Buscar

3-PSICOLOGIA-DA-EDUCAÇÃO-E-DA-APRENDIZAGEM-APOSTILA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Psicologia da Educação e 
da Aprendizagem 
 
 02 
 
 
 
1. Conceito Geral: Psicologia da Educação 5 
O Trabalho do Psicólogo 5 
Áreas de atuação do psicólogo 6 
A Pesquisa 7 
A Experimentação 8 
A Compreensão do aluno 9 
A Compreensão do processo de ensino-aprendizagem 9 
A Compreensão do papel do professor 10 
Psicologia da educação x Psicologia escolar 11 
A importância da psicologia na formação docente 14 
 
2. Elementos Essenciais Para o Estudo da Psicologia da 
Educação 16 
Estudo dos Elementos 16 
Motivação 16 
Percepção 17 
Personalidade 18 
Desenvolvimento 19 
Aprendizagem 21 
Afetividade 21 
A inteligência 22 
Emoções 23 
Medicação na educação 25 
 
3. Matrizes do pensamento psicológico e implicações 
para a educação 27 
A psicologia na percepção e a educação pelos sentidos 27 
Tato 29 
Visão 29 
Olfato 29 
Paladar 29 
Audição 29 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
4. Contribuições da Psicologia para o entendimento do 
contexto 32 
Visão Sobre os Contos de Fadas e a Prática Pedagógica 32 
Concepção do Desenvolvimento Humano 34 
O papel da linguagem na aprendizagem e 
desenvolvimento 38 
Linguagem verbal 39 
Linguagem não-verbal 39 
Material Complementar 40 
 
5. O Desenvolvimento Humano 43 
Fases do Desenvolvimento Humano 43 
Período Gestacional 43 
Primeira Infância 43 
Segunda Infância 44 
Terceira Infância 44 
Adolescência 44 
Início da Vida Adulta 44 
Vida Adulta Intermediária 44 
Terceira Idade 44 
Tipos de Aprendizagem 45 
 
6. Referências Bibliográficas 47 
 
 
 04 
 
 
 
 
 
 5 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
1. Conceito Geral: Psicologia da Educação 
 
 
Fonte: Dr. Consulta1 
 
O Trabalho do Psicólogo 
 
uando se pensa sobre o traba-
lho do psicólogo logo se ima-
gina um divã onde se apoia o paci-
ente para falar de seus conflitos pes-
soais associando, neste contexto 
imaginário que o psicólogo é apenas 
um ouvinte. No entanto quando se 
dispõe a pesquisar sobre o tema per-
cebe-se que o trabalho do psicólogo 
é muito mais amplo e significativo e 
este profissional está presente nos 
diversos segmentos da sociedade. 
 
1 Retirado em: https://blog.drconsulta.com/ 
De origem grega, a palavra psi-
cologia significa estudo da mente. 
Sendo assim, o psicólogo tem o pa-
pel de analisar os processos mentais 
e as interações do ser humano con-
sigo mesmo e com o mundo à sua 
volta. A partir da compreensão des-
ses processos é possível propor in-
tervenções que podem auxiliar o in-
divíduo no autoconhecimento e no 
aprimoramento de suas relações so-
ciais. 
O entendimento da ação do 
psicólogo e a ampliação de sua atua-
Q 
 
 
6 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
ção em áreas diversificadas contri-
buem para a formação de seres hu-
manos mais equilibrados emocio-
nalmente e consequentemente, de 
uma sociedade melhor. 
 
Áreas de atuação do psicó-
logo 
 
Campo de atuação do psicólogo 
é bastante abrangente e foram espe-
cificadas na Resolução 13/2007: 
Psicologia Escolar/Educacional; Psi-
cologia Organizacional e do Traba-
lho; Psicologia de Trânsito; Psicolo-
gia Jurídica; Psicologia do Esporte; 
Psicologia Clínica; Psicologia Hospi-
talar; Psicopedagogia; Psicomotrici-
dade; Psicologia Social; Neuropsico-
logia. 
No campo da educação o psi-
cólogo desenvolve pesquisas, faz di-
agnóstico e propõe intervenções 
preventivas e corretivas de forma in-
dividual ou coletiva. As ações desen-
volvidas por este profissional possi-
bilitam, a longo prazo, o desenvolvi-
mento pessoal dos profissionais e 
alunos e produz resultados positivos 
no processo de ensino e aprendiza-
gem, além de beneficiar as demais 
áreas da vida. 
O trabalho do psicólogo edu-
cacional possui basicamente duas 
vertentes: 
Acadêmica – pesquisa, apri-
moramento de teorias. 
Aplicada – onde os conheci-
mentos das pesquisas realizadas são 
utilizados para melhorar a quali-
dade da educação. 
Há atualmente diversos proce-
dimentos utilizados na área esco-
lar/educacional, entretanto algumas 
são mais corriqueiras e fácil de se-
rem percebidas no cotidiano. 
 Para melhor ilustrar e tornar 
mais didático a compreensão, será 
usado a seguir, um exemplo, será 
analisado à partir de um exemplo 
claro e recorrente, que acontece nas 
escolas. 
Exemplo: Após as avaliações 
foram verificados um rendimento 
muito inferior ao esperado a deter-
minada matéria. A partir dessa veri-
ficação é necessário entender o pro-
blema e apontar a solução mais ade-
quada. O psicólogo entra em cena e 
observa a rotina, faz pesquisas com 
envolvidos no processo. Ademais, é 
feita uma pesquisa sobre a realidade 
social que possam ter contribuído 
para o baixo desempenho. 
Partindo das hipóteses para o 
problema ela elabora e aplica questi-
onários para alunos das turmas, 
professores, pais dos alunos envolvi-
dos, direção da escola e elabora os 
gráficos de resultados com os dados 
obtidos: Depois decide pela utiliza-
ção de outra estratégia, redividindo 
os alunos em grupos e alternando os 
professores; por último ela sugere a 
 
 
7 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
mudança do ambiente, da sala onde 
os alunos se encontram. 
Depois de todas as etapas da 
pesquisa a conclusão da psicóloga 
foi: 
 
 Os alunos foram unânimes em 
declarar que estudavam deter-
minada matéria, mas que, ape-
sar disso, não em-tendiam a o 
que era proposto; 
 
 Embora trabalhassem, os alu-
nos mostravam-se interessa-
dos e, segundo depoimentos 
dos pais, estudavam nos fins 
de semana; Os alunos aprova-
ram a troca de professores e 
obtiveram melhores resulta-
dos. 
 
 Observando o trabalho do pri-
meiro professor, a psicóloga 
compreendeu que ele real-
mente procurava explicar bem 
a matéria. Ao observar as aulas 
do novo professor, verificou 
que, além de explicar a maté-
ria, ele procurava ser amigo 
dos alunos, conversar com 
eles, interessar-se por seus 
problemas, e que os alunos se 
mostravam mais entusiasma-
dos em suas aulas. 
 
 A psicóloga concluiu que o 
problema era devido à atitude 
do professor em relação à ma-
téria e aos alunos: em-quanto 
o primeiro professor limitava-
se a explicar a matéria, sem 
muito entusiasmo e sem um 
relacionamento amigável com 
os alunos, o segundo profes-
sor, além de mostrar muito en-
tusiasmo em relação à mate-
mática, mantinha com os alu-
nos uma relação de amizade e 
confiança. 
 
No caso exemplificado acima, 
vemos que as pessoas com quem a 
psicóloga conversou inicialmente 
partiram de informações parciais ou 
de ideias pré-concebidas, entretanto 
a conclusão resultou de uma pes-
quisa e a partir de estudos, observa-
ção e experimentação. 
 
A Pesquisa 
 
Fonte: Andrea Piacquadio 
 
 A pesquisa é de suma impor-
tância na psicologia, pois é à partir 
dela que é possível investigar a causa 
do problema a ser resolvido. Ao logo 
dos anos se absorve conhecimentos, 
através de processos culturais, ou-
tros repassados de uma pessoa para 
 
 
8 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
outra, na maioria das vezes de pai 
para filhos, dentre outros. 
Esses conhecimentos popula-
res, passados de pai para filhos não 
podem ser desprezados, pois consti-
tuem uma fonte de cultura e cons-
trução do seu ser. No entanto muitas 
informações ou impressões que pas-
saram a ser tratadas como certezas 
no decorrer do tempo podem na ver-
dade ser equivocadas e podem nos 
levar a atitudes inadequadas por 
desconhecimento acerca do que é 
real e comprovável. 
Os ditados populares muitas 
vezes são desmentidos por especia-
listas que testam as informações 
consolidadas culturalmente e com-
provam através da ciência que não 
eram reais. 
As pesquisas nos levam do 
campo do imaginário ao campo da 
realidade. A partir de uma questão 
que pode ser uma simples questão 
do cotidiano, são realizados testes 
que permitam a organização dos da-
dos que permitam a interpretaçãodos resultados. 
A pesquisa não deve sugerir 
uma resposta específica e nenhuma 
pesquisa realizada pode ser conside-
rada perdida, ainda que existam no-
vas teorias sobre o mesmo tema. 
Como resultado da pesquisa reali-
zada uma nova hipótese é criada e 
isso vai instigar novas pesquisas e 
novas hipóteses sobre o tema cri-
ando um ciclo de novos conheci-
mentos. 
 
A Experimentação 
 
 
Fonte: www.shutterstock.com 
 
Um experimento pode ser con-
siderado como um conjunto de 
ações a respeito dos fatos pesquisa-
dos e possui papel fundamental, 
pois é à partir dele que conseguimos 
obter um conhecimento de forma 
mais aprofundada sobre determi-
nada questão através de testes. A ex-
perimentação faz com que facilite a 
próxima fase, a tomada de decisão à 
partir da conclusão que chegou o es-
tudo. 
Para melhor ilustrar, o con-
ceito de experimentação, segue 
abaixo o significado de experimen-
tação, segundo a infopédia: 
 
 
1.ato ou efeito de experimentar 
2.emprego sistemático da expe-
riência 
 
 
 
9 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
3.método científico que con-
siste em provocar observações, 
em condições especiais, para 
verificar uma hipótese2 
 
Uma diferença que deve ser 
destacada, é que os experimentos 
que são realizados em laboratório, 
não sofrem influências externas, ao 
contrário dos experimentos realiza-
dos em campo, isso faz com que no 
primeiro seja totalmente controlado 
por quem o realiza e no segundo 
caso não há esse controle. 
Segundo a concepção de al-
guns estudiosos a intenção da expe-
rimentação, não é confirmar as hi-
póteses, mas sim a retificação dos 
erros nelas contidos. 
 
A Compreensão do aluno 
 
Não é a mesma coisa trabalhar 
com crianças de quatro anos, com 
crianças de dez anos ou com adoles-
centes. O aluno está em formação, 
em desenvolvimento. E em cada 
uma das etapas desse desenvolvi-
mento tem características diferen-
tes, necessidades diferentes, manei-
ras diferentes de entender as coisas. 
Cada aluno possui característi-
cas e experiências próprias, e essa 
individualidade deve ser levada em 
conta, para garantir efetivamente 
 
2 Retirado em: https://www.infopedia.pt/ 
um ensino e aprendizagem de quali-
dade e que atenda suas especificida-
des. 
Estudando o seu desenvolvi-
mento nos aspectos emocionais, fí-
sico, intelectual, dentre outros, di-
ante das técnicas apresentadas, uti-
lizando de métodos de aprendiza-
gem de forma individual no que for 
possível, a fim de garantir que o 
aluno absorva os conteúdos apre-
sentados, pois como dito acima, 
cada aluno possui sua individuali-
dade e portanto limitações e apti-
dões frente a determinados métodos 
de ensino. 
A maioria das escolas dá maior 
ênfase ao conteúdo a ser trabalhado. 
Entretanto, é extremamente neces-
sário olhar esses aspectos, pois po-
dem e muito prejudicar o desenvol-
vimento intelectual. 
 
A Compreensão do pro-
cesso de ensino-aprendiza-
gem 
 
Para que ocorro o processo de 
ensino e aprendizagem não basta 
que o professor domine o seu conte-
údo ou conheça o seu aluno. É pre-
ciso que o professor consiga enten-
der os mecanismos de aprendiza-
gem do educando a fim de que con- 
 
 
10 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
siga estimular estes mecanismos e 
mediar o processo de ensino e 
aprendizagem. 
A psicologia da educação pos-
sui papel fundamental no processo 
de aprendizagem, e ocorre por inú-
meros fatores que são estudados 
pela psicologia. 
 
A Compreensão do papel 
do professor 
 
Durante muitos tempos cons-
truímos e alimentamos a ideia de 
que o professor é um sábio detentor 
de todo conhecimento que transmite 
conhecimento aos alunos iguais que 
aprenderão da mesma forma e no 
mesmo tempo. Esse conceito vem 
sendo desconstruído ao longo do 
tempo por pesquisadores e pensado-
res que investigaram o tema e ofere-
ceram grandes contribuições sobre 
ele. 
Durante muitos tempos cons-
truímos e alimentamos a ideia de 
que o professor é um sábio detentor 
de todo conhecimento que transmite 
conhecimento aos alunos iguais que 
aprenderão da mesma forma e no 
mesmo tempo. Esse conceito vem 
sendo desconstruído ao longo do 
tempo por pesquisadores e pensado-
res que investigaram o tema e ofere-
ceram grandes contribuições sobre 
ele. 
A relação entre o professor e o 
aluno é de extrema relevância no 
processo de ensino e aprendizagem, 
bem como a relação de empatia, o 
clima que o ambiente proporciona. 
Cabe ao professor muito mais que 
passar a matéria no quadro e aplicar 
provas, é necessário ouvir as dúvidas 
e questionamentos dos alunos, de 
estudar métodos que facilite o en-
sino e aprendizagem, estabelecendo 
uma “ponte” entre o aluno e o conte-
údo. 
A forma com que o professor 
aponta os conteúdos, como lida no 
dia-a-dia com os desafios encontra-
dos com os alunos, são muito rele-
vantes no ensino e aprendizagem, 
pois são considerados referências 
àqueles que estão na condição de 
aluno, de quem absorve o conteúdo. 
Embora traga aspectos positi-
vos, trazem também aspectos nega-
tivos se não observados e tratados de 
forma adequada, pois transmite 
crenças, valores, opiniões, entre-
tanto é capaz também de transmitir 
preconceitos, que são extremamente 
nocivos e limitadores. Por vezes o 
aluno aprende e absorve à partir de 
exemplos, do modo em que o profes-
sor age, com o que faz e com o que 
deixa de fazer, do que realmente diz. 
Por este motivo, é ressaltada a 
importância do professor de agir de 
forma consciente e entender que 
 
 
11 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
possui um papel fundamental e am-
plamente além do que deseja trans-
mitir de forma oral e que suas atitu-
des influenciam, conscientemente 
ou não àqueles aos quais possui fun-
ção de transmitir conteúdo em sala 
de aula, bem como nos demais am-
bientes escolares. 
Cabe ainda ressaltar que o pa-
pel do professor não para por aí, é 
muito importante, a sua participa-
ção em atividades escolares fora da 
sala de aula como dito acima, claros 
exemplos dessas atividades são: Re-
creio, torneios, promoção de eventos 
culturais e artísticos, nos esportes 
pois esse tipo de atividade é também 
faz parte das formas de aprendiza-
gem, embora não seja atividade em 
sala contribui e muito na aprendiza-
gem. 
Essas ações promovem gosto 
pela prática de esportiva, artes e in-
terfere em processos culturais, por é 
também formas de transmissões 
culturais. 
O professor deve participar 
dessas atividades que contribuem 
para uma melhor aprendizagem das 
matérias escolares. Essa participa-
ção proporcionaria ao professor 
oportunidades ótimas de conhecer 
melhor seus alunos e por vezes a sua 
realidade social e sua família. A inte-
ração entre os professores e os pais 
dos alunos embora cada vez mais es-
cassa possui uma relevância enorme 
no processo de aprendizagem. 
É necessário que além de ter 
ações conscientes na transmissão de 
conteúdos, cuidando para que seja 
transmitido aspectos positivos como 
citado acima, o professor acredite na 
relevância do seu trabalho, e tenha 
sede de melhorar a cada dia, de bus-
car o melhoramento constante e no-
vas técnicas e métodos que por ven-
tura venham a surgir e possibilite 
uma melhor forma de aprendiza-
gem. 
É sabido que cada vez menos 
pessoas se interessem pela área edu-
cacional, porém é necessário por 
àqueles que optem por esse caminho 
ter ciência a importância e responsa-
bilidade do seu papel. 
 
Psicologia da educação x 
Psicologia escolar 
 
Você sabe a diferença entre 
psicologia da educação e psicologia 
escolar? 
 
Fonte: Guia do estudante 
 
 
12 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
A certa discussão entre os ter-
mos psicologia da educação e psico-
logia escolar. 
Desde Piaget, a utilização da 
psicologiacomo aliada da aprendi-
zagem vem sendo explorada, sendo 
que, até então, não havia qualquer 
preocupação com relação às etapas 
de aprendizagem, bem como não ha-
via também nenhuma preocupação 
acerca de cada aluno como indivíduo 
autônomo. 
 Não havia, portanto, nenhum 
estudo quanto à individualidade dos 
estudantes. 
 Ao aluno cabia, tão somente, 
ser um depósito de informações, e 
que deveria se esforçar ao máximo 
para que tais informações fossem 
“decoradas”. 
 Tal concepção foi fortemente 
atacada por Piaget, que decidiu estu-
dar a forma como se dava o aprendi-
zado, e, assim, montar uma pedago-
gia que se adaptasse a cada estágio 
de evolução do indivíduo. 
 Piaget desenvolveu sua teoria 
afirmando que era preciso compre-
ender os tipos de conhecimento para 
que fosse possível entender a forma 
pela qual as crianças adquiriam co-
nhecimento. 
 Segundo ele, o primeiro tipo 
de conhecimento que as crianças ti-
nham era o conhecimento físico, ou 
seja, o conhecimento do mundo 
através da observação, ou através de 
brincadeiras, etc. 
 Até que a criança desenvolva 
uma forma de conhecimento através 
da leitura, ou outro método tradicio-
nal, a utilização de brinquedos, de 
formas de experiência física são fun-
damentais para o primeiro contato 
com o mundo do conhecimento. 
 O segundo tipo de conheci-
mento é o lógico-matemático, onde 
as crianças são levadas a adquirirem 
conhecimento através do processa-
mento mental das informações que 
são obtidas através da observação. 
 É um tipo de conhecimento 
mais abstrato que o conhecimento 
físico, uma vez que, por meio dele, as 
crianças são levadas a deduzir o co-
nhecimento das coisas através da 
observação e a responderem a ques-
tionamentos que buscam explicar as 
coisas que elas testemunharam atra-
vés do conhecimento físico. 
 Destarte, o conhecimento ló-
gico-matemático não exclui o conhe-
cimento físico, mas o complementa. 
 O terceiro e último tipo de co-
nhecimento, segundo o pensamento 
de Piaget, é o conhecimento social. 
 Por meio dele, as crianças são 
levadas a compreender os processos 
formadores da comunicação, e a 
forma como os indivíduos se relaci-
onam socialmente, o que demanda 
um entendimento complexo das 
 
 
13 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
emoções humanas e dos estímulos 
sociais. Através da construção do co-
nhecimento na forma estabelecida 
pelos estudos de Piaget, passou-se a 
conhecer a importância da formação 
escolar na vida das crianças, e, por-
tanto, foi necessário construir um 
ambiente propício para que o apren-
dizado se desse de maneira profícua, 
através da criação de uma pedagogia 
voltada a motivar o aprendizado, e a 
construir pessoas inteligentes e com 
pensamento crítico. 
 Neste contexto entram em 
cena a psicologia escolar e a psicolo-
gia da educação. 
 A psicologia escolar procura 
identificar, no ambiente da escola, 
aquelas crianças que possuem pa-
drões específicos de comporta-
mento, bem como aquelas que apre-
sentam um nível mais elevado de 
aprendizagem, levando-se em consi-
deração a sua idade. 
 Já a psicologia da educação 
fornece a forma adequada para lidar 
com tais tipos de comportamento. 
 Por exemplo: enquanto a psi-
cologia escolar identifica os alunos 
que possuem hiperatividade ou défi-
cit de atenção, a psicologia da educa-
ção irá dizer qual a forma adequada 
para que a escola possa realizar o en-
sino de forma que tais alunos não se-
jam excluídos. 
 A psicologia escolar procura 
ajudar indivíduos que necessitam de 
um cuidado especial, através de 
aconselhamentos, bem como atra-
vés de profissionais específicos 
como fonoaudiólogos, etc. Os profis-
sionais desta área são treinados para 
oferecer o suporte necessário tanto 
para o aluno como para a família, de 
forma que a aprendizagem se dê da 
forma mais proveitosa possível. 
 Enquanto isso, a psicologia da 
educação procura entender a forma 
como se dá o comportamento do 
aluno em cada ambiente, obser-
vando, por exemplo, a forma como o 
aprendizado se dá individualmente 
e em grupo. Ela estuda o comporta-
mento humano, de forma a criar ma-
teriais e técnicas adequadas para 
cada idade e etapa de desenvolvi-
mento. 
 
 A propósito: 
 
A Psicologia da educação es-
tuda importantes aspectos do 
processo de ensino e de apren-
dizagem, como as implicações 
das fases de desenvolvimento 
dos alunos conforme idades e 
os mecanismos psicológicos 
presentes na assimilação ativa 
de conhecimentos e habilida-
des. A Psicologia aborda ques-
tões como: o funcionamento da 
atividade mental, a influência 
do ensino no desenvolvimento 
intelectual, a ativação das po-
tencialidades mentais para a 
aprendizagem, a organização 
das relações professor-alunos e 
dos alunos entre si, a estimula-
ção e o despertamento do gosto 
 
 
14 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
pelo estudo, etc. A Psicologia, 
de sua parte, fornece impor-
tante contribuição, também, 
para a orientação educativa dos 
alunos.3 
 
Os dois tipos de psicologia 
atuam de forma integrada e comple-
mentar, auxiliando em benefício 
tanto dos professores quanto dos 
alunos. 
 
A importância da psicolo-
gia na formação docente 
 
A partir do conceito anterior, é 
válido relembrar que há diferenças 
entre a psicologia da educação e a 
psicologia escolar, para falar da im-
portância de cada uma delas. 
A educação escolar, identifica 
os alunos com algum distúrbio de 
aprendizagem, ou problemas que 
possam existir no campo da educa-
ção que limite ou atrapalhe o ensino, 
enquanto a psicologia da educação, 
se preocupa em resolvê-los de forma 
eficaz, ou se não for possível ao me-
nos minimizá-los, para que possibi-
lite a aprendizagem do aluno. 
Em resumo, há necessidade do 
trabalho conjunto da psicologia es-
colar e psicologia da educação, pois 
enquanto a primeira é responsável 
pela pesquisa, a segunda se encar-
 
3 LIBÂNEO, José Carlos, Didática, editora Cortez, 
São Paulo, 2006, páginas 26/27 
rega da resolução prática. Sendo as-
sim, não há como resolver determi-
nado problema, sem identifica-lo, 
bem como identificar e não encon-
trar formas de resolvê-lo, de nada 
adiantaria. 
Apesar de suas diferenças, a 
psicologia da educação e a psicologia 
escolar contribuem para o processo 
de formação escolar. Esta importân-
cia se dá devido a contribuição que a 
psicologia traz diante das dificulda-
des encontradas no caminho do 
curso. 
Através da Psicologia é possí-
vel o estudo de práticas educacionais 
eficientes ao ensino, a identificação 
no início da vida escolar de distúr-
bios de aprendizagem, que pode-
riam retardar ou inviabilizar o en-
sino de determinado aluno. 
Esse conjunto entre a psicolo-
gia da educação e a psicologia esco-
lar são peças chaves no processo de 
aprendizagem, pois juntos facilita 
muito o processo de formação do 
aluno, sendo assim necessário seu 
estudo na formação docente, a psi-
cologia dá um suporte para que o 
profissional esteja mais apto a pro-
porcionar uma educação eficaz e de 
qualidade, atingindo o objetivo da 
educação. 
 
 
 1
5
 
 
 
 
 16 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
2. Elementos Essenciais Para o Estudo da Psicologia 
da Educação 
 
 
Fonte: Gustavo Fring4 
 
Estudo dos Elementos 
 
motivação, percepção, perso-
nalidade, afetividade, desen-
volvimento, aprendizagem, inteli-
gência, emoção, são elementos es-
senciais para o estudo da psicologia 
da educação, para melhor demostrar 
o papel e importância de cada um, 
será percebido abaixo separada-
mente cada um deles: 
 
 
 
4 Retirado em: https://www.pexels.com/ 
Motivação: 
 
Dentre os elementos essenci-
ais para estudo da psicologia da edu-
cação, a motivação é a que mais me-
rece destaque, ela é a porta de en-
tradapara a aprendizagem, pois ela 
impulsiona a aprendizagem e é a 
principal responsável para que ela 
ocorra. 
 
 
A 
 
 17 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
Sem a motivação, a vontade de 
aprender, de assimilar e absorver 
conteúdos, torna-se quase impossí-
vel a que o ensino e a aprendizagem 
ocorra, uma vez que ao estar desmo-
tivado o aluno não busca absorver 
conteúdos, não busca superar os de-
safios encontrados ao longo do ca-
minho, pois qualquer que seja o en-
sino e por mais capaz o aluno seja, 
ele irá encontrar dificuldades e desa-
fios ao longo do percurso, por vezes 
desafios que nem são diretamente li-
gado a aprendizagem. 
Esses desafios podem ser 
desde um problema de aprendiza-
gem que necessite buscar formulas 
alternativas para que o ensino se de-
senvolva, quanto a realidade social 
que o aluno vive. 
As questões sociais interferem 
muito na aprendizagem do aluno, o 
envolvimento familiar, cultural. Al-
guns alunos se encontram em ambi-
entes extremamente hostis, violen-
tos e até abusivos. Esses são apenas 
exemplos da infinidade de aspectos 
que podem ser considerados desafi-
adores no processo de aprendiza-
gem e se desmotivado. 
Esses aspectos, aliados a uma 
desmotivação inviabiliza a aprendi-
zagem, limita e por várias vezes faz 
com que o aluno desista de seguir 
em frente, de passar por cima dos 
desafios para que se chegue ao obje-
tivo desejado. Por este motivo a mo-
tivação é tão importante. 
Quando o aluno está motivado 
ele se empenha, supera desafios e 
não se intimida diante das dificulda-
des, dos obstáculos. É como uma 
força que mantêm o aluno disposto 
a continuar ainda quando a sua rea-
lidade é extremamente desmotiva-
dora. 
 
Percepção: 
 
A percepção muda de acordo 
com os olhos e perspectivas de quem 
olha determinada situação. O que 
numa percepção pode ser um facili-
tador, em outra pode ser algo que in-
viabilize alcançar o seu objetivo. 
Isso acontece porque cada 
aluno possui sua realidade social, 
cultura, ambiente familiar diferente 
e, portanto um ser individual, com 
experiências pessoais diferentes. A 
partir das experiências vividas, cada 
aluno vê determinado elemento por 
um ângulo diferente, cada aluno tem 
a sua percepção sobre algo. 
Alguns alunos aprendem me-
lhor de uma forma, outros de outra. 
Alguns alunos veem determinada 
matéria como algo “chato”, não tem 
nenhuma empolgação com a maté-
ria, outros já se identificam mais, 
 
 
 18 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
possuem mais facilidade, mais apti-
dão e portanto gostam da matéria. 
Esses são exemplos claros de 
como a percepção pode influenciar 
no ensino e aprendizagem, a forma 
com que cada aluno vê determinado 
objeto, e é necessário buscar formas 
alternativas para minimizar algu-
mas formas na metodologia de en-
sino de acordo com a percepção do 
aluno quando negativa sobre deter-
minado elemento de estudo a fazê-lo 
olhar por outra perspectiva, que o 
motive e desperte a vontade de ab-
sorver o conteúdo trabalhado. 
 
Personalidade: 
 
Como já dito, cada aluno é um 
ser individual, um conjunto de expe-
riências vividas, crenças, culturas, 
criação e isso faz com que cada aluno 
tenha uma personalidade diferente, 
afinal, a personalidade é formada a 
partir de um conjunto de aspectos e 
não de um isolado. 
 Abaixo se traz algumas defini-
ções de personalidade pertinentes: 
 
1 - Pessoalidade; qualidade ou 
estado de existir como pessoa. 
 
2 - As características pró-
prias e particulares que de-
finem moralmente uma 
pessoa. 
 
3 - [Por Extensão] Celebridade; 
alguém que possui relevância 
 
5 Retirado em: Dicio.com.br/ 
social, cultural, artística etc. 
 
4 - Os traços próprios e distinti-
vos que diferenciam algo ou al-
guém de outra coisa ou pessoa. 
 
5 - Imagem; aspecto que uma 
pessoa demonstra e assume de 
maneira pública ou o que faz 
parte do caráter de alguém, se-
gundo a opinião alheia. 
 
6-[Psicologia] Reunião dos as-
pectos ou das características 
psíquicas que, analisados de 
modo único, diferenciam um 
indivíduo, normalmente tendo 
em conta aspectos sociais.5 
 
Como se pode observar a par-
tir das definições acima demonstra-
das, a personalidade pode ser vista 
de diversas formas, mas todas como 
um conjunto de aspectos, sejam eles 
aspectos sociais, morais, e como ca-
racterísticas próprias. 
Cabe uma ênfase especial na 
última definição de personalidade 
pois se refere ao conceito segundo a 
psicologia, que é o objeto a ser estu-
dado. Na psicologia os aspectos leva-
dos em conta em sua definição a reu-
nião das características psíquicas e 
que e aspectos sociais e diferenciam 
os indivíduos. 
 Por esse motivo é necessário a 
análise da personalidade do aluno 
para garantir uma melhor aprendi-
zagem, e é ainda necessário destacar 
que o ensino também contribui na 
 
 19 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
formação da personalidade, sendo 
assim uma via de mão dupla, onde a 
compreensão do conjunto de aspec-
tos que determinam a personalidade 
de cada aluno contribui para um en-
sino de qualidade, e o ensino contri-
bui para a formação da personali-
dade do aluno. 
 Como os alunos entram na es-
cola ou creches-escolas já nos pri-
meiros anos de idade, logo perma-
nece grande parte do tempo no am-
biente escolar, esse período é crucial 
na formação da personalidade. 
 O ambiente familiar, bem 
como o ambiente escolar possuem 
grande importância na formação da 
personalidade, sendo assim é im-
portante “bater na tecla” da impor-
tância da interação da família com a 
escola, pois são dois ambientes to-
talmente diferentes, e com rotinas e 
princípios diferentes, e que preci-
sam no que couber estarem alinha-
dos. 
 Grandes pesquisadores contri-
buíram com suas pesquisas para de-
mostrar a importância do papel da 
escola nos anos iniciais de vida na 
formação da personalidade como: 
 
 Jean Piaget; 
 Lev Vygotsky; 
 Maria Ferreiro; 
 Henri Wallon e 
 Maria Montessori 
 
 
Desenvolvimento: 
 
O desenvolvimento do aluno 
em sala de aula é o mínimo esperado 
pelos pais e professores e também 
pelos alunos que iniciam a cami-
nhada em busca do ensino. A forma 
como o aluno irá se desenvolver de-
penderá de vários aspectos como 
dito acima. 
Quando é falado em desenvol-
vimento, por vezes não é levado em 
conta sua amplitude. O desenvolvi-
mento vai muito além do ensino, se 
trata do desenvolvimento intelec-
tual, pessoal, morais, psicológicos, 
dentre outros, que podem ser espe-
rado que na área educacional. 
Claramente o “desenvolvi-
mento” quando referido a escolari-
zação é mais comum ser compreen-
dido como um bom desempenho na 
assimilação dos conteúdos, entre-
tanto, podemos observar a ligação 
entre os mais diversos tipos de de-
senvolvimento relacionados com a 
escolarização. 
Ao frequentar o ambiente edu-
cacional o aluno não aprende so-
mente ler e escrever, mas desen-
volve seu lado artístico, cultural, 
suas relações interpessoais, desen-
volve inteligência emocional, etc. 
Abaixo algumas definições de 
desenvolvimento para melhor ilus-
trar: 
 
 20 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
1 - Ação ou efeito de desenvol-
ver, de crescer, progredir, se 
tornar maior; desenvolução: o 
desenvolvimento de uma espé-
cie. 
 
2 - Ação de crescer ou progre-
dir; progresso: o desenvolvi-
mento das artes plásticas. 
 
3- [Economia] Crescimento 
que, sendo social, político e eco-
nômico, pode ser observado 
num país, numa região, numa 
comunidade etc.: plano de de-
senvolvimento. 
 
4 - Ação de compor ou elaborar, 
de criar algo novo; elaboração: 
o projeto de pesquisa ainda está 
em desenvolvimento. 
 
5 - [Biologia] Aumento das ca-
racterísticas relacionadas ao 
corpo; crescimento: desenvol-
vimento mental; desenvolvi-
mento de um órgão. 
 
6 - Crescimentodos atributos 
individuais (psicológicos, mo-
rais, intelectuais etc.): desen-
volvimento de um talento. 
 
7 - [Música] Parte de um musi-
cal cujo elemento mais impor-
tante (temático) é executado 
em suas múltiplas partículari-
dades, detalhes ou possibilida-
des; crescimento.6 
 
Com essas definições é possí-
vel observar a imensidão de concei-
tos que pode ser trazidos, à partir da 
palavra desenvolvimento, e que 
 
6 Retirado em: https://www.dicio.com.br/ 
pode ser aplicada na área da educa-
ção e consequentemente entender 
que desenvolvimento está relacio-
nado ao aperfeiçoamento, evolução, 
criação. 
Os alunos nos anos iniciais 
trabalham a sua criatividade e as de-
senvolvem, desenvolvem a capaci-
dade de memorização, de trabalhar 
com os estímulos a eles apresenta-
dos, e é necessário acompanhar esse 
desenvolvimento pessoal do aluno. 
 
 
 
Fonte: https://unsplash.com 
 
Esse acompanhamento deve 
se dar de forma tranquila, sem co-
branças, pois cada aluno responde 
de forma diferente a cada estímulo. 
Alguns alunos por outro lado pos-
suem dificuldades de aprendizagem, 
como será trabalhado de forma mais 
detalhada mais à frente, fato é que 
estes necessitam de um olhar espe-
cial. Nesse caso será necessário um 
 
 21 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
trabalho diferenciado à depender da 
questão apresentada. 
Embora o papel principal da 
escola seja a absorção de conteúdos, 
(desenvolvimento focado na apren-
dizagem), o desenvolvimento nas 
demais áreas não podem ser ignora-
dos, eles merecem também atenção 
especial, pois fazem parte e estrutu-
ram a absorção de conteúdo. 
 
Aprendizagem 
 
O processo de aprendizagem, é 
o processo utilizado para que o 
aluno cumpra o objetivo esperado, 
que é aprender (aprender ler, escre-
ver, conviver com os colegas, ab-
sorva o conteúdo apresentado), o 
desenvolvimento de coordenação 
motora, desenvolvimento de aspec-
tos cognitivos, etc.). 
 O método utilizado é de ex-
trema relevância na aprendizagem, 
como já estudado. 
 O processo pode ser alterado 
ao longo dos anos de acordo com a 
idade, os anos iniciais embora os 
alunos ainda sejam menores, pos-
suem uma capacidade enorme de 
absorção de conteúdos, sendo assim 
é inegável que o processo utilizado é 
de suma importância. 
 Aprendizagem pode ser consi-
derada é um processo no qual se 
aprende algo, que não implica em 
ser necessariamente conteúdo didá-
tico. 
 
Afetividade 
 
 
Fonte: Trinity Kubassek 
 
As crianças, desde muito pe-
quenas possuem necessidade de se 
comunicar com as outras pessoas, 
pois faz parte do ser humano se rela-
cionar uns com os outros, para que 
transmita informações. 
 Os bebês menores não pos-
suem a fala desenvolvida, assim 
usam o choro para se comunicar, 
para dizer quando sente fome, frio 
ou algum desconforto, já os maiores 
possuem essa capacidade de falar o 
que sente, o que deseja, embora em 
algumas situações possuam dificul-
dades para se comunicar. 
 A dificuldade de comunicação 
pode se dar tanto por questões físi-
cas, quanto emocionais. Ambas me-
recem uma atenção especial, pois di-
ficultam a relação interpessoal, o 
que afeta o aluno de diversas formas, 
inclusive na absorção de conteúdo. 
 
 22 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
 A afetividade surge a partir das 
relações interpessoais: a relação de 
um aluno com o outro, a relação do 
aluno com o professor. A afetividade 
no ambiente educacional é um faci-
litador, além de criar um ambiente 
agradável. A relação afetiva com o 
professor, principalmente na educa-
ção infantil traz muitos benefícios, 
mas não somente na educação in-
fantil, pois em qualquer etapa de en-
sino é mais benéfico estudar e traba-
lhar em um ambiente agradável e 
afetuoso. 
 
A inteligência 
 
A inteligência é um fato curioso, ela 
não possui só uma definição ou tipo. 
Quando falamos de inteligência, não 
estamos falando somente na aptidão 
que o aluno possui em determinadas 
áreas educacionais, ou ao seu bom 
desempenho nas avaliações e ativi-
dades. Quando falamos de inteli-
gência, não nos atentamos para as 
suas vertentes. 
 Sobre os tipos de inteligência 
podemos destacar a inteligência 
emocional que desempenha papel 
fundamental na absorção de conteú-
dos, na inteligência linguística, cor-
poral, musical, espacial, interpes-
soal, corporal, etc. 
 Saber dessa diversidade de in-
teligências é necessária para enten-
der que o aluno pode ter determina-
das inteligências mais desenvolvidas 
que outras, não devendo portanto 
ser julgado como menos ou mais in-
teligente por esse motivo. 
 É extremamente normal que 
algumas pessoas possuam alguma 
aptidão em determinadas áreas e di-
ficuldades em outras, cada pessoa 
possui uma região cerebral mais de-
senvolvida ou trabalhada, entre-
tanto, nada impede que trabalhe as 
áreas com menor desenvolvimento. 
Por vezes essa aptidão se dá exata-
mente por mais trabalhar essa área. 
 É necessário dizer que em al-
gumas situações, o professor precisa 
se atentar, como por exemplo, nos 
casos em que o aluno possui algum 
distúrbio de aprendizagem como foi 
já foi dito, pois é necessário abordar 
outras metodologias à fim de garan-
tir que o aluno absorva o conteúdo 
que precisa ser trabalhado, que de-
senvolva coordenação motora e de 
forma geral cumpra com o objetivo 
pretendido. 
 Esses são casos especiais e por 
isso merecem maior destaque e es-
tudo. Alguns alunos que possuem 
distúrbios de aprendizagem como: 
dislexia, discalculia, disgrafia e 
transtorno de déficit de atenção e hi-
peratividade. 
 Alguns desses casos e do grau 
do distúrbio, somente novas meto-
dologias de ensino podem resolver 
ou minimizar o problema, em outros 
é necessário a medicação que deverá 
 
 23 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
ser feita por um profissional habili-
tado, para evitar que o aluno seja 
prejudicado de uma forma geral na 
área escolar, e até mesmo em outras 
áreas da vida. 
 
 
Fonte: www.institutonoa.org/ 
 
 Os distúrbios de aprendiza-
gem serão melhor trabalhados em 
outro módulo, de forma mais deta-
lhada, porém é pertinente dizer 
nesse momento que esses distúrbios 
podem afetar a aprendizagem muito 
além do que se possa por vezes ima-
ginar, pois esse distúrbio afeta a au-
toestima, a relação entre os alunos e 
a relação do aluno com o professor. 
Fato é que isso também afeta de 
modo geral a aprendizagem do 
aluno. 
 Por esse motivo é tão impor-
tante o conhecimento do professor 
de novas metodologias, e da identi-
ficação desses distúrbios, pois 
quanto antes se atentarem para um 
distúrbio de aprendizagem que o 
aluno possa ter, mais rápido será es-
tudado fórmulas alternativas, para 
minimizar o dano que poderá cau-
sar. 
 Como dito anteriormente, 
cada pessoa é única e com caracte-
rísticas próprias, aptidões diferen-
tes. Um aluno com dislexia por 
exemplo, pode ter uma aptidão ar-
tística, consequentemente uma inte-
ligência artística. 
 Albert Einstein, Leonardo da 
Vinci, Walt Disney, Van Gog são 
exemplos claros de que não é a capa-
cidade de ler e escrever que define a 
inteligência, todos eles tiveram dis-
lexia, e são considerados hoje “gê-
nios”, verdadeiros exemplos. 
Eles possuíam um distúrbio de 
aprendizagem, mas por outro lado, 
possuem outros tipos de inteligên-
cia, Einstein, por exemplo é conside-
rado gênio da física e iniciou grandes 
pesquisas que interferem e contri-
buem com pesquisas até hoje e 
trouxe inúmeras conquistas para o 
mundo. 
 
Emoções 
 
É inegável que as emoções 
possuem papel importante na 
aprendizagem, não é possível com-
preender a aprendizagem sem que 
antes se entenda o papel das emo-
ções. Sendo assim segue abaixo a de-
finição de emoção: 
 
 
 24 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
1 - Reação moral,psíquica ou 
física, geralmente causada por 
uma confusão de sentimentos 
que, diante de algum fato, situ-
ação, notícia etc., faz com que o 
corpo se comporte tendo em 
conta essa reação, expressando 
alterações respiratórias, circu-
latórias; comoção. 
 
2 - Ação de se movimentar, des-
locar.7 
 
A aprendizagem está ampla-
mente ligada à questões emocionais, 
por esse motivo é importante seu es-
tudo. O rendimento do aluno pode 
melhorar ou ter uma queda de 
acordo com seu lado emocional, pois 
se o aluno está bem emocional-
mente, a probabilidade de que ele te-
nha um melhor rendimento e de-
sempenho é muito maior, por outro 
lado se o aluno se encontra com seu 
lado emocional abalado seu rendi-
mento pode sofrer um abalo. 
Como visto acima nas defini-
ções de emoção, pode se observar 
que emoção não é somente um ema-
ranhado de sentimentos que são ge-
rados por determinados conjunto de 
fatos, mas também o “mover-se”, ir 
a diante, sair de onde se encontra. 
De fato as emoções podem 
causar determinadas consequências 
como o movimento, como impulso 
em seguir em frente. 
A relação entre os amigos, a 
 
7 Retirado de: www.dicio.com.br/ 
relação familiar, bem como a relação 
entre o professor e aluno é determi-
nante na aprendizagem, pois o ser 
humano é um ser afetivo e que as re-
lações sociais contam para que 
ocorra se desenvolvimento. 
 
 
Fonte: Lukas 
 
Essa relação gera uma infini-
dade de sentimentos e emoções, que 
podem ser positivas ou negativas de 
forma a contribuir ou prejudicar o 
desenvolvimento da aprendizagem. 
Essa relação cria emoções ca-
pazes de incentivar e facilitar, esse 
processo de aprendizagem, pois a 
parte do cérebro que processa as 
emoções também atua em outros fa-
tores como a memorização, atenção 
e raciocínio. Por outro lado as emo-
ções negativas podem atuar de 
forma contrária, desse modo preju-
dicando o processo de aprendiza-
gem. 
 
 
 25 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
Medicação na educação 
 
Por vezes somente terapia e 
metodologias especiais no uso da 
aprendizagem não são suficientes 
em casos de distúrbios de aprendi-
zagem mais severos e que portanto 
precisa da introdução de medica-
mentos. 
 Para que haja a medicação no 
intuito de que o aluno não tenha sua 
aprendizagem comprometida, é ne-
cessário que esta prescrição seja 
feita por meio de um profissional ha-
bilitado, para que ao invés de corri-
gir um possível problema, faça atos 
que podem piorar, ou comprometer 
a saúde física do aluno. 
 Embora seja responsabilidade 
dos pais acompanhar os filhos ao 
médico, o cuidado com a saúde, por 
vezes isso não acontece. Isso pode se 
dar por inúmeros motivos, e não 
deve ser considerado negligência 
dos pais, se estes desconhecem a si-
tuação do filho. 
 O que é bem comum de acon-
tecer nesses casos é o professor 
identificar sinais desses distúrbios e 
conversar com os pais pra que algo 
possa ser feito. Mas essa é uma rea-
lidade nova, era bastante comum 
que os pais entendessem como ato 
de rebeldia, ou preguiça do aluno, 
isso não quer dizer que ainda não 
aconteça, mas em menor escala. 
 É de suma importância o papel 
do psicólogo na área educacional, 
pois é possível diagnosticar precoce-
mente esses tipos de distúrbios, o 
que ajuda e muito na aprendizagem. 
O professor não pode medicar 
ou diagnosticar o aluno, pois só um 
especialista possui propriedade para 
tal, e mesmo entre os especialistas 
ainda é muito comum nos dias atu-
ais o abuso na prescrição de medica-
mentos. 
 
 
Fonte: www. bebe.abril.com.br/ 
 
 É evidente que no decorrer nos 
anos tem crescido o abuso de medi-
camentos de uma forma geral, inclu-
sive na área educacional. Por vezes 
alunos que são naturalmente agita-
dos, são diagnosticados erronea-
mente como portadores de TDAH, e 
medicados. A medicalização é o úl-
timo caminho e deve ser feito se ne-
nhuma outra metodologia for sufi-
centemente eficaz no tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
PSCILOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
3. Matrizes do pensamento psicológico e implica-
ções para a educação 
 
 
Fonte: canal ciencias criminais8 
 
A psicologia na percepção 
e a educação pelos senti-
dos 
 
corpo humano é dotado de 
cinco sentidos: Visão, audição, 
tato, olfato, paladar, sendo cada um 
desenvolvido por determinada área 
do cérebro, e é desenvolvido dife-
rente entre as pessoas. 
 Cada aluno pode aprender me-
lhor através de um determinado 
 
8 Retirado de: https://canalcienciascriminais.com.br/ 
 
sentido, alguns são mais visuais, ou-
tros mais auditivos e outros mais si-
nestésicos. Essas características não 
fazem com que o aluno tenha vanta-
gem ou prejuízo sobre os outros, so-
mente que melhor assimila os conte-
údos através de determinado sen-
tido. 
 Essa habilidade de aprender 
melhor de determinada maneira não 
é algo que as pessoas nascem e mor-
rem com as mesmas habilidades, e 
O 
 
 28 
PSCILOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
que podem ser aprendidas ou ensi-
nadas de acordo com a forma que 
trabalhamos essa limitação ou a 
forma que nos aprimoramos e que 
podem mudar várias vezes ao longo 
dos anos. 
 Uma pessoa pode ter um ou 
mais sentidos que se destacam, mas 
nada impede que fiquem presos a 
ele. O ideal é que procure se traba-
lhar o maior número de sentidos 
possíveis, até porque em determina-
dos momentos, não é possível esco-
lher com qual trabalhar, é cobrado 
que ele desenvolva um determinado 
sentido. 
 Em algumas situações, como 
em sala de aula ou recreio, por 
exemplo, é preciso que o professor 
aplique o uso dos cinco sentidos 
para que não atinja somente parte 
dos alunos, no que for possível, é 
ideal que trabalhe de forma indivi-
dualizada com os alunos, para ga-
rantir mais qualidade de aprendiza-
gem, mas é compreensível que a 
maior parte do ensino é realizado 
em conjunto e portanto não é fácil 
trabalhar as individualidades de 
cada aluno. 
Mas uma outra questão que 
deve ser levantada é que é de suma 
importância que o professor se de-
senvolva nos cinco sentidos, pois se 
o professor não trabalhar em si pró-
prio essas habilidades, como será 
possível ensiná-las? 
O desenvolvimento de deter-
minada área pode se dar por aspec-
tos culturais, sociais, contexto vivido 
e ainda pode se dar pelos estímulos 
que recebe. Por este motivo é impor-
tante desde os anos iniciais que a es-
cola trabalhe e estude com os alunos 
os cinco sentidos, suas funções, con-
ceitos, etc. Que os alunos entendam 
de maneira didática o papel de cada 
um dos sentidos e principalmente 
receber estímulos capaz de trabalha-
los. 
O ensino na educação infantil 
séries inicias são marcadas por esses 
estímulos pois nessa fase aprendem 
a pegar no lápis, a distinguir as co-
res, a ouvir com maior atenção os 
professores, entre outros. 
 
 
Fonte: Bebe Abril 
 
Como o próprio nome já diz, é 
o início de tudo, o início da aprendi-
zagem da convivência com os cole-
gas de classe, o ler, o escrever, por 
este motivo é tão importante ser tra-
balhado já nas fases inicias do es-
tudo, para que no decorrer do ensino 
 
 29 
PSCILOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
e aprendizagem a percepção do uso 
dos sentidos seja construída e traba-
lhada, para que não seja um pro-
blema posteriormente, para que 
possa lidar com os estudos que são 
trabalhados das mais diversas áreas. 
 
Tato: 
 
O tato é o sentido sensorial 
responsável pelo que sentimos, na 
pele. O tato é o sentido que possui 
em maior parte no corpo, pois se en-
contra em todo o corpo, e não so-
mente nas mãos como muitos acre-
ditam. 
É importante ainda dizer que, 
esse sentido pode ser sentido com 
maior ou menor intensidade de 
acordo com a parte do corpo, isso 
pode se dar por estímulos,entre ou-
tros fatores. 
 
Visão: 
 
A visão, como o próprio nome 
diz, é tudo o que vemos através dos 
olhos. A visão é um sentido sensorial 
muito utilizado na educação, por-
tanto, é também um dos mais desen-
volvidos, justamente pelo motivo de 
ser mais trabalhado. 
É muito comum algumas pes-
soas dizerem: “eu sou mais visual”, o 
que essa pessoa quis dizer com essa 
expressão é que possui esse sentido 
mais desenvolvido e que portanto, 
aprende melhor vendo imagens, 
gráficos, etc. 
 
Olfato: 
 
O olfato é o sentido sensorial 
responsável por sentirmos os chei-
ros das coisas. Embora não muito 
utilizado ele também pode contri-
buir para a aprendizagem. Os senti-
dos mais utilizados na educação são: 
A audição, visão e o tato. 
 
Paladar: 
 
O paladar é o sentido sensorial 
pelo gosto, pelo que sentimos o sa-
bor através da língua. Esse sentido 
sensorial também não é muito tra-
balhado na aprendizagem escolar. 
Por vezes é utilizado nos anos inici-
ais, porém no Ensino Médio e no En-
sino Fundamental normalmente 
não é utilizado, mas trabalhamos 
com ele todos os dias quando nos 
alimentamos, mas quanto a educa-
ção sua importância perde para os 
demais. 
 
Audição: 
 
Audição é o sentido sensorial 
responsável por aquilo que ouvimos, 
algumas pessoas tem mais facilidade 
de aprender, de assimilar algo, a 
partir do que ouve. São pessoas com 
este sentido sensorial mais desen-
volvido. 
 
 30 
PSCILOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
Essas pessoas possuem maior 
capacidade de absorção de conteúdo 
quando ouve uma aula, uma pales-
tra, ou lê em voz alta para que ouça 
sua voz e à partir disso absorva me-
lhor os conteúdos. São pessoas que 
normalmente são boas ouvintes. 
Embora cada sentido seja mais 
ou menos trabalhado, é necessário 
estudá-los e conhecê-los. É impor-
tante também, que seja trabalhado 
de forma a torna-los desenvolvidos, 
os motivos são óbvios: identificar 
qual meio é mais produtivo para o 
aluno na intenção de facilitar o es-
tudo, ao mesmo tempo que identifi-
car o que está menos desenvolvido e 
criar estímulos a fim de trabalhar o 
seu desenvolvimento. 
Embora seja mais estudada 
nos anos iniciais, sua contribuição 
perdura nos anos seguintes, pois o 
processo de aprendizagem perdura 
por toda a vida, como dito anterior-
mente, estamos aprendendo algo a 
cada momento, portanto a vida pos-
sui constante aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 32 
TITULO DA APOSTILA 
4. Contribuições da Psicologia para o entendimento 
do contexto 
 
 
Fonte: Jornal VS 9 
 
Visão Sobre os Contos de 
Fadas e a Prática Pedagó-
gica 
 
Nos encontramos em um 
mundo cada vez mais digital e con-
sequentemente as crianças também 
sofreram o impacto dessas mudan-
ças. As histórias infantis, contos de 
fadas, por algumas crianças são até 
desconhecidos. 
As crianças na modernidade 
atual, estão acostumadas aos dispo-
 
9 Retirado em: https://www.jornalvs.com.br/ 
sitivos eletrônicos, onde podem jo-
gar, ver desenhos, filmes e por este 
motivo com o passar dos anos as cri-
anças tem deixado cada vez mais as 
bonecas, os carrinhos e principal-
mente os livros de lado. 
Sabe-se que a leitura é essen-
cial na formação da criança, não so-
mente no lado educacional, mas de 
uma forma geral. Até mesmo as cri-
anças menores se contribuem com 
os livros, muito embora algumas 
ainda nem saibam ler. Os livros in-
fantis são dotados de imagem e isso 
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
33 
é algo proposital, não é algo por 
acaso. 
As ilustrações trabalham a 
imaginação, a criatividade, a dedu-
ção o conhecimento das cores. Fato 
é que esse conjunto de desenhos, co-
res e letras, transportam a criança 
para uma nova realidade, e até 
mesmo contribuem para a formação 
da personalidade. 
A leitura dos livros infantis, 
por sua vez trabalham a fala, a inter-
pretação a construção do imaginá-
rio, e todas essas mudanças vem 
prejudicado esse processo de forma-
ção inicial que é tão importante na 
vida das crianças, embora a majora-
ção do uso de dispositivos eletrôni-
cos venham prejudicando também 
as outras etapas de formação. 
 
A contação de histórias é ativi-
dade própria de incentivo à 
imaginação e o trânsito entre o 
fictício e o real. Ao preparar 
uma história para ser contada, 
tomamos a experiência do nar-
rador e de cada personagem 
como nossa e ampliamos nossa 
experiência vivencial por meio 
da narrativa do autor. Os fatos, 
as cenas e os contextos são do 
plano do imaginário, mas os 
sentimentos e as emoções 
transcendem a ficção e se mate-
rializam na vida real. (RODRI-
GUES, 2005, p. 4)10. 
 
A contação de histórias é um pa-
pel importante na transmissão de 
conhecimentos, valores, costumes e 
tradições, fato que incentiva a 
 
10 RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. 
Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia, 
2005. 
aprendizagem, pois muitos contos 
trazem aspectos culturais e traba-
lham na imaginação da criança. 
 
Chegaram ao seu coração e à 
sua mente, na medida exata do 
seu entendimento, de sua capa-
cidade emocional, porque con-
tinham esse elemento que a fas-
cinava, despertava o seu inte-
resse e curiosidade, isto é, o en-
cantamento, o fantástico, o ma-
ravilhoso, o faz de conta. 
(ABRAMOVICH, 1997, p. 37).11 
 
Como visto, a curiosidade e a 
percepção dos alunos, são motiva-
dores na leitura. A leitura trabalha 
vários aspectos emocionais, quase 
inconscientes na criança, trazendo 
como dito acima uma nova reali-
dade, transporta os alunos pra den-
tro das histórias. Sejam essas histó-
rias contadas pelo professor, ou li-
das pelos próprios alunos tem essa 
capacidade de trabalhar até mesmo 
problemas que acontecem no dia a 
dia trazendo dentro da história um 
contexto semelhante para que desta 
forma a criança se identifique na 
história e siga o exemplo do perso-
nagem, ou dependendo do contexto 
faça o oposto para que não aconteça 
algo semelhante com ela. 
São inúmeras as possibilida-
des que a contação de histórias e a 
leitura pelos alunos das histórias po-
dem trazer na vida dos alunos, a de-
pender do contexto e da história na 
qual se encontram. 
11 ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infan-
til: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997. 
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
34 
Concepção do Desenvolvi-
mento Humano 
 
Uma questão que sempre foi 
alvo de pesquisa entre os estudiosos 
da educação é: como o seu humano 
aprende? 
As concepções sobre como se 
dá o aprendizado tentam responder 
a esse questionamento e, de acordo 
com as respostas por elas dadas é 
que se faz o planejamento pedagó-
gico. 
Portanto, toda ação pedagó-
gica é sustentada por uma concep-
ção de “ensino-aprendizagem”, 
ainda que os professores não te-
nham conhecimento disso. 
Desde a antiguidade grega, 
onde o ser humano passa a procurar 
explicações racionais para fenôme-
nos da natureza, desvinculando-se 
dos mitos, procurou-se saber se os 
indivíduos possuem características 
inatas ou se era possível determinar 
o aprendizado no ambiente acadê-
mico. 
Existem, basicamente, três 
correntes que são mais frequentes e 
tentam explicar a forma como o ser 
humano se desenvolve e aprende no 
ambiente escolar: a inatista, a ambi-
entalista e a interacionista. 
Para os defensores da concep-
ção inatista, como o próprio nome 
sugere, os seres humanos já têm as 
suas características e potencialida-
des ao nascer. O desenvolvimento, 
de acordo com tal pensamento, seria 
algo que já estaria biologicamente 
determinado, pois seria consequên-
cia de características que o ser her-
dava geneticamente. 
Desta forma, todas as experi-
ências pelas quais o ser humano pas-
sasse não interferiam no seu desen-
volvimento, pois isto já estaria pre-
viamente determinado, o que im-
plicaem dizer que os defensores de 
tal concepção não admitiam a inter-
ferência de eventos externos na ma-
turação do sujeito desde o nasci-
mento até a fase adulta. 
Platão foi o primeiro filósofo 
que defendeu que o ser humano já 
nasceria com características inatas, 
trazidas do “mundo das ideias”. Por-
tanto, para ele, o ser humano já teria 
contato com o conhecimento antes 
mesmo de nascer. 
Essa concepção desconsidera 
a influência do meio ambiente, das 
experiências individuais, das rela-
ções do sujeito com outras pessoas, 
justamente pelo fato de acreditar-se 
que o que ele será já está previa-
mente determinado, desenvol-
vendo-se espontaneamente dentro 
do processo de maturação biológica. 
Ora, se o indivíduo já nasce 
previamente determinado a desen-
volve-se de certa forma, o papel do 
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
35 
educador e da escola pouco ser-
viriam, pois a estes estaria reservado 
apenas o encargo de facilitar o de-
senvolvimento que já seria normal 
para o indivíduo. De nada adianta-
ria, portanto, tentar construir, por 
meio da ação educacional, qualida-
des, aptidões e habilidades que não 
seriam inatas ao ser humano. 
Isto importa dizer que, para os 
defensores da concepção inatista, a 
educação não seria um fator rele-
vante para o desenvolvimento do in-
divíduo, servido ela, apenas, para 
desenvolver capacidades biologica-
mente determinadas. O processo de 
educação seria, destarte, depen-
dente de características próprias do 
indivíduo. 
Não é preciso muito esforço 
para se chegar à conclusão de que tal 
concepção coloca a responsabilidade 
do fracasso escolar no aluno, uma 
vez que, caso este não aprenda, é 
porque já nasceu sem as habilidades 
ou capacidades necessárias para que 
desenvolvesse o aprendizado no am-
biente escolar. 
Cria-se, assim, uma espécie de 
preconceito para com o aluno que 
demonstra dificuldade no aprendi-
zado, uma vez que se o sujeito não 
aprende o conteúdo, é porque possui 
características que o impediram de 
avançar nos estudos. 
Ao defender-se essa concep-
ção, por conseguinte, cria-se uma si-
tuação que tira da escola qualquer 
responsabilização pelo aprendizado 
ou seu fracasso. 
A segunda concepção é a am-
bientalista. 
Para os defensores desta con-
cepção, que surgiu como contra-
ponto à concepção inatista, as ques-
tões genéticas não seriam relevantes 
no processo de aprendizagem. 
O indivíduo possui, para esta 
concepção, uma elasticidade que lhe 
permite aprender de acordo com o 
ambiente em que vive, importando 
em dizer que seria no ambiente em 
que está inserido que ele encontra 
condições que irão desenvolver e 
moldar a sua personalidade, seus va-
lores, seus comportamentos, etc. 
Considerando-se o fato de que 
o ser humano se desenvolve de 
acordo com o ambiente em que está 
inserido, tal concepção desenvolve a 
estratégia de ensino e aprendizagem 
através de ações que visam a moldar 
o comportamento do educando, pro-
piciando condições para que ele se 
desenvolva de acordo com o que es-
tabelece o meio em que ele se encon-
tra. 
E como se daria tal aprendi-
zado de acordo com esta concepção? 
 
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
36 
Promovendo a repetição de 
comportamentos considerados cor-
retos, bem como a punição a com-
portamentos considerados inade-
quados pelo meio social onde o edu-
cando está inserido. 
Ou seja, a forma como o 
aprendizado se dava era através de 
estímulos (reforços ou punições). 
Era assim que acreditava-se que de-
terminado comportamento surgiria 
no indivíduo. 
Pode-se facilmente chegar à 
conclusão de que, para os defensores 
da concepção ambientalista, o de-
senvolvimento seria um processo 
através do qual determinado com-
portamento é alterado ou reforçado 
pelas condições criadas e até mesmo 
manipuladas pelo ambiente em que 
o mesmo se encontra inserido. 
Como trazer tal concepção 
para o ambiente escolar? 
O professor seria o encarre-
gado de realizar o molde do compor-
tamento do aluno. Ele é quem vai 
planejar, organizar e executar as 
condições de aprendizagem. Como 
exemplos de premiação para as situ-
ações que se entendem adequadas 
podemos citar: elogios, notas, diplo-
mas, premiações. 
 
 
 
12 LIBÂNEO, José Carlos, Didática, editora 
Cortez, São Paulo, 2006, páginas 12/13. 
José Carlos Libâneo assim de-
fende: 
As dificuldades encontradas 
nos estudos não podem levar os 
alunos ao desânimo. O profes-
sor deve colocar essas dificulda-
des como desafios a vencer. (...) 
Os alunos devem ser encoraja-
dos a buscar mais conheci-
mento, a ampliar sua visão das 
coisas, a se manterem informa-
dos dos acontecimentos políti-
cos, econômicos, culturais e 
educacionais, a discutirem com 
fundamento os problemas da 
profissão, da cidade e do país. 
Para isso, precisam convencer-
se da importância do estudo sis-
temático e ganhar confiança em 
relação às suas próprias possi-
bilidades intelectuais.12 
 
Por outro lado, ao professor 
cabe também a repreensão aos com-
portamentos que se entende como 
inadequados, aplicando-se puni-
ções. 
A concepção ambientalista 
também não ficou imune a críticas. 
Se, por um lado, na concepção 
inatista, retirava-se toda a responsa-
bilidade da escola quanto à aprendi-
zagem, colocando no aluno a res-
ponsabilidade pelo fracasso, na con-
cepção ambientalista houve um ex-
cessivo controle do professor no 
aprendizado do educando, despre- 
 
 
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
37 
zando-se a espontaneidade no de-
senvolvimento do aluno. 
Ou seja, ela não permite que o 
conhecimento se dê de forma natu-
ral, pelo fato de que só permitia o de-
senvolvimento dos comportamentos 
e das atividades que faziam parte do 
planejamento traçado pelo profes-
sor. 
Critica-se, ainda, a ideia de 
que o ser humano é um sujeito pas-
sível frente ao meio em que vive. 
O fracasso escolar, para os de-
fensores desta concepção seria cau-
sado pelas condições sociais, como a 
falta de estrutura, a pobreza, a fome, 
a estrutura familiar, a violência, a in-
fluência midiática, etc. 
Por mais contraditório que pa-
reça ser, é justamente com base 
nessa “plasticidade” que o indivíduo 
possui de absorver o meio em que 
vive que faz com que a escola sinta-
se impotente, uma vez que, de nada 
adiantaria incutir determinados 
comportamentos no aluno, se o que 
determinaria a sua forma comporta-
mental seria o meio em que está in-
serido. 
Aristóteles, que foi o primeiro 
filósofo a defender o empirismo na 
educação escolar, já dizia em sua 
“Ética a Nicômaco”: 
 
 
 
13 LIBÂNEO, José Carlos, Didática, editora Cortez, 
São Paulo, 2006, páginas 12/13. 
“As virtudes, portanto, não são 
geradas em nós nem através da 
natureza nem contra a natu-
reza. A natureza nos confere a 
capacidade de recebe-las, e essa 
capacidade é aprimorada e 
amadurecida pelo hábito”.13 
 
A concepção interacionista co-
loca-se de certa forma contra tanto a 
ideia de que os serem humanos já 
nascem com as características e ap-
tidões que irão desenvolver, quanto 
a ideia de que os seres humanos são 
seres passivos frente ao meio em que 
vivem. 
Os defensores desta concepção 
sustentam que o desenvolvimento 
do ser humano depende tanto dos 
aspectos biológicos quanto dos as-
pectos sociais. 
Entende-se que o processo de 
aprendizagem do indivíduo neces-
sita dos aspectos biológicos, uma vez 
que se devem respeitar as possibili-
dades de aprendizagem de cada 
idade do ser humano, bem como da 
sua interação com o meio, com as 
pessoas, e com o conhecimento acu-
mulado, que é inegavelmente um as-
pecto social. 
Os professores, neste aspecto, 
se transformam em mediadores en-
tre o aluno e o conhecimento adqui-
rido da cultura social. 
 
 
 
 
PSICOLOGIADA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
38 
A propósito: 
 
Fizemos essas considerações 
para mostrar que a prática edu-
cativa, a vida cotidiana, as rela-
ções professor-alunos, os obje-
tivos da educação, o trabalho 
docente, nossa percepção do 
aluno estão carregados de sig-
nificados sociais que se consti-
tuem na dinâmica das relações 
entre classes, entre raças, entre 
grupos religiosos, entre ho-
mens e mulheres, jovens e adul-
tos. São os seres humanos que, 
na diversidade das relações re-
cíprocas que travam em vários 
contextos, dão significado às 
coisas, às pessoas, às ideias; é 
socialmente que se formam 
ideias, opiniões, ideologias. Es-
te fato é fundamental para 
compreender como cada socie-
dade se produz e se desenvolve, 
como se organiza e como enca-
minha a prática educativa atra-
vés dos seus conflitos e suas 
contradições. Para quem lida 
com a educação tendo em vista 
a formação humana dos indiví-
duos vivendo em contextos so-
ciais determinados, é impres-
cindível que desenvolva a capa-
cidade de descobrir as relações 
sociais reais implicadas em ca-
da acontecimento, em cada si-
tuação real da sua vida e da sua 
profissão, em cada matéria que 
ensina como também nos dis-
cursos, nos meios de comuni-
cação de massa, nas relações 
cotidianas na família e no tra-
balho.14 
 
 
 
 
14 LIBÂNEO, José Carlos, Didática, editora 
Cortez, São Paulo, 2006, páginas 21/22. 
O papel da linguagem na 
aprendizagem e desenvol-
vimento 
 
Antes de adentrar ao tema, é 
necessário a compreensão dos con-
ceitos que envolvem a linguagem. 
Abaixo, o conceito trazido pelo dici-
onário de linguagem: 
 
1 - Faculdade que têm as 
pessoas de se comunicar umas 
com as outras, exprimindo pen-
samentos e sentimentos por pa-
lavras, que podem ser escritas, 
quando necessário. 
2 - Maneira de falar, relativa-
mente às expressões, ao estilo: 
linguagem obscura. 
3 - Voz, grito, canto dos ani-
mais: linguagem dos papagaios. 
4 - Modo de se exprimir por 
meio de símbolos, formas artís-
ticas etc.: a linguagem do ci-
nema. 
5 - [Linguística] Sistema orga-
nizado através do qual é possí-
vel se comunicar por meio de 
sons, gestos, signos convencio-
nais. 
6 - Sistema de símbolos que 
permite a representação de 
uma informação; código: lin-
guagem do teatro. 
7 - Capacidade natural da espé-
cie humana para se comunicar 
por um a língua. 
8 - Maneira particular de se co-
municar usada por um grupo 
específico; jargão: linguagem 
da rua.15 
 
 
15 Retirado em: https://www.dicio.com.br/ 
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
39 
Como visto, a linguagem está 
relacionada a forma de comunica-
ção. O processo de construção da 
linguagem é demorado, e já se inicia 
ao nascimento e perdura normal-
mente até a adolescência. Na fase 
adulta já se encontra totalmente de-
senvolvida. Ela começa a se cons-
truir com o nascimento e vai se cons-
truindo aos poucos, de forma grada-
tiva e individual. Cada criança tem 
seu ritmo. 
Na aprendizagem, o papel da 
linguagem é muito importante, pois 
é a forma de comunicação mais viá-
vel seja entre colegas, seja entre o 
aluno e o professor. Na vida em geral 
o uso da linguagem é a forma mais 
fácil na comunicação, de se expres-
sar. Mas é necessário ressaltar que 
ao se referir em linguagem, não se li-
mita a fala. A linguagem pode ser 
verbal ou não. 
 
Linguagem verbal: 
 
A linguagem verbal se refere a 
fala, escrita, qualquer forma que usa 
a palavra como a forma de comuni-
car, e consequentemente é a forma 
mais clara e mais usual de comuni-
cação. 
 
Linguagem não-verbal: 
 
Linguagem não-verbal: Na lin-
guagem não verbal, ao contrário da 
linguagem verbal, não há o uso da 
palavra. A forma utilizada na comu-
nicação através da linguagem não 
verbal são gestos, imagens, cores, 
etc. São portanto formas de comuni-
cação através da linguagem à partir 
de aspectos visuais. 
Em outras palavras, não se dá 
por aquilo que é lido, escrito ou ou-
vido e sim pelo que é visto, seja uma 
imagem, uma expressão facial ou 
gestos que as pessoas trazem de 
forma consciente ou não, além da 
forma de imagens que poderia ser 
pictogramas, pinturas e placas de 
transito, etc. 
Abaixo a imagem de uma pin-
tura na caverna, um clássico exem-
plo de comunicação não-verbal utili-
zado a milhares de anos chamada de 
arte rupestre. 
 
 
 Fonte: Pinterest 
 
 Na literatura, teatro e cinema, 
as formas de comunicação mais 
usual também é a utilização da lin-
guagem verbal, entretanto podemos 
destacar o desenho “pantera cor-de-
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
40 
rosa” e também a série de comédia 
“Mister Bean”. Há ainda a parte que 
é dedicada a deficientes auditivos. 
 A linguagem pode ser ainda a 
união da linguagem verbal e não-
verbal, que é considerada “lingua-
gem hibrida ou mista”. 
 
 
Material Complementar: 
 
 
O texto abaixo é uma transcrição de um trecho do filme indiano de 2007 
chamado “Como estrelas na terra: toda criança é especial” dirigido por Aamir 
Khan e Amole Gupte. O filme traz a história de um menino chamado Ishaan, 
que possuía um distúrbio de aprendizagem que o deixava com a autoestima 
baixa, tímido e retraído. Os pais não compreendiam sua dificuldade e o viam 
como que se desculpando para não estudar. 
Até que ele chega na sala de aula e o professor (que também é diretor do 
filme) resolve contar uma história: 
 
“Hoje vou contar uma história, de um garoto... 
Era uma vez um garoto, não me perguntem onde, que não sabia ler ou 
escrever, mesmo tentando muito. Ele não conseguia lembrar que o B vem de-
pois do A para fechar. As palavras eram sua inimigas, dançavam feito formi-
gas, assustando-o e atormentando-o. Os estudos lhe causavam terror. Mas 
quem podia compartilhar a sua dor? 
Seu cérebro estava cheio, nada fazia sentido no meio, o alfabeto dan-
çava em devaneio, certo dia o garoto falhou e nos estudos desmoronou, todos 
riram na sua cara, mas sua coragem ninguém arrancara. 
E um dia ele achou o ouro, o mundo ficou maravilhado com a teoria que 
ele contou. Podem adivinhar quem ele é? ...” 
 
Mostrando uma foto os alunos disseram se tratar de Albert Einstein, fa-
moso físico que trouxe inúmeras contribuições em vários campos da física. 
O professor contou sobre os feitos de Albert Einstein, Leonardo da 
Vinci, Thomas Edson, Abhishek Bachchan, Pablo Picasso, Walt Disney, Agatha 
Christie, dentre outros nomes nacionalmente reconhecidos por talentos variá-
veis como: artes, cinema, física e mencionou escritores que possuíam distúr-
bios de aprendizagem e mesmo assim foram verdadeiros gênios, exemplos a 
serem seguidos. 
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
41 
 
 Fonte: Medium.com 
 
“Como estrelas na terra: toda criança é especial” é um dos filmes que 
todo professor deveria assistir. Embora por vezes sejam encontrados inúmeros 
desafios no caminho docente, o trabalho do professor é extremamente impor-
tante para a vida do aluno. 
Todo professor deveria ter ciência do seu poder de influenciar a vida dos 
alunos, do quão importante seu trabalho é para a formação do discente, de tra-
balhar de forma a atingir a todos, de transmitir ensinamentos além do ler e 
escrever. 
No trecho citado, em que o professor conta uma simples história aos 
alunos, depois de perceber que um deles possui um distúrbio de aprendizagem, 
faz com que o aluno se identifique com a história e com os problemas enfren-
tados por pessoas tão importantes e de renome mundial. Neste contexto, surge 
um fio de esperança para o aluno que não se sente mais sozinho. 
Ele percebe que pode ir além e também ser um dos nomes reconhecidos 
como os que o professor citou. 
Assim podemos ilustrar melhor a importância da psicologia na prática 
docente, bem como, de que modo uma abordagem simples como um conto de 
fadas, uma históriainventada, além de todos os benefícios que já foram men-
cionados acima, tem o poder de transformar vidas! 
42 
 
 
 
 43 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
5. O Desenvolvimento Humano 
 
 
Fonte: Uol Universa16 
 
Fases do Desenvolvimento 
Humano 
 
omo dito, o ser humano se 
encontra em constante evo-
lução, constante desenvolvimento e 
aprendizagem, desde a sua concep-
ção. Esse desenvolvimento se dá em 
algumas fases: 
 
Período Gestacional: 
 
O período gestacional, é o pe-
ríodo desde a concepção até a o mo-
mento anterior ao nascimento. Em 
 
16 Retirado em: https://www.uol.com.br/ 
outras palavras, compreende o perí-
odo em que a criança está no ventre 
da mãe. 
 
Primeira Infância: 
 
A primeira infância é o período 
compreendido desde o nascimento 
até os três anos de idade. Os sentidos 
começam a se desenvolver à partir 
dos três meses, enquanto a parte 
cognitiva, já se inicia nas primeiras 
semanas. 
 
C 
 
 4
4 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
Segunda Infância: 
 
A segunda infância compre-
ende o período dos três aos seis 
anos. 
 
Terceira Infância: 
 
A terceira infância compre-
ende o período de seis aos onze anos, 
nesta fase por se tratar de fase esco-
lar, a criança recebe mais estímulos 
 
Adolescência: 
 
Compreende a fase entre a 
transição da terceira infância e o iní-
cio da vida adulta, ou seja, é quando 
se deixa de ser criança e começa a se 
encaminhar para a vida adulta. 
 Nesta fase a lei 8.069/90 (Es-
tatuto da Criança e do Adolescente) 
entente por compreender dos doze 
aos dezoito anos. 
 
Início da Vida Adulta: 
 
Compreende a idade dos vinte 
aos quarenta anos de idade. 
 
Vida Adulta Intermediária: 
 
Compreende a idade dos qua-
renta aos sessenta e cinco anos. 
 
Terceira Idade: 
 
Compreende a fase à partir dos 
sessenta e cinco anos de idade. 
Nessa fase embora a memória se en-
contre na maioria dos casos com cer-
tas perdas, é a fase em que as mais 
variadas áreas sofreram desenvolvi-
mento. Em outras palavras, pos-
suem muitos conhecimentos acu-
mulados. 
 
O corpo humano, se desen-
volve desde a gestação, desde a sua 
concepção. Ainda na barriga da mãe, 
a criança tem seu desenvolvimento 
cerebral, corporal e até mesmo inte-
lectual. Ela sente e vive experiência 
externas através da mãe, assim já 
nasce com uma série de informa-
ções, experiências, além de desen-
volver suas habilidades que são ine-
rentes do ser humano, que se torna 
mais perceptível após o nascimento. 
Na gestação ocorre a primeira 
fase do desenvolvimento. 
 
 
Fonte: Sou Mamãe 
 
Após o nascimento se inicia 
um processo mais perceptível desse 
desenvolvimento, pois apesar do de-
senvolvimento intrauterino ser 
 
 45 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
maior, a sua parte intelectual é mais 
perceptível quando a criança co-
meça a interagir com o meio e as 
pessoas com os quais convivem. 
Cada uma dessas fases pos-
suem relevância em aspectos dife-
rentes, na memória, capacidade de 
aprendizagem, raciocínio lógico, ve-
locidade mental, etc. A partir dos 30 
anos, esses aspectos citados costu-
mam ter um queda quase impercep-
tível que eleva nos anos subsequen-
tes. Cabe ressaltar que esses aspec-
tos são extremante variáveis de uma 
pessoa pra outra. 
 
Tipos de Aprendizagem 
 
A aprendizagem possui di-
versas formas que podem ser utiliza-
das para o seu desenvolvimento. Es-
sas formas variam de cada professor 
e também dos alunos. Geralmente a 
forma utilizada é a mais benéfica 
para a maioria dos alunos, entre-
tanto alguns alunos demandam uma 
metodologia diferente para garantir 
que o aluno acompanhe os demais 
na aprendizagem. 
A aprendizagem tem relação 
com mudança. Em outras palavras, 
ao adquirir novas informações, no-
vos ensinamentos o aluno não é 
mais o mesmo, houve uma mu-
dança, pois se acrescentou informa-
ções, novos comportamentos à par-
tir das mudanças causadas por essas 
informações e não somente em am-
bientes escolares, mas também em 
ambientes não escolares. 
A aprendizagem consiste em 
aprender, na integração de algo 
novo. Aprender a jogar futebol, a 
pescar, a ler, é uma infinidade de 
coisas aprendidas ao longo da vida. 
Apesar de nesse momento o assunto 
principal seja a aprendizagem esco-
lar, é necessário ressaltar que não é 
exclusividade da área educacional, 
para então partir para os tipos de 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 46 
 
 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
47 
6. Referências Bibliográficas 
 
 
 
 LIBÂNEO, José Carlos, Didática, editora 
Cortez, São Paulo, 2006. 
 
 
 RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. 
Cultura, arte e contação de histórias. Goi-
ânia, 2005. 
 
 ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infan-
til: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipi-
one, 1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 04
8

Continue navegando

Outros materiais