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1
DESENVOLVIMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
 Aluno (a):
 Professor:
Centro Universitário Leonardo Da Vinci
Trabalho de Graduação
Pedagogia (PED 0505)
RESUMO
Esta pesquisa tem por objetivo analisar e refletir sobre como se desenvolve a aprendizagem no ser humano desde de bebê até a fase adulta, focando nas dificuldades de ensino aprendizagem dos alunos. Sendo que são inúmeros os fatores que podem levar os educandos a terem dificuldades (psíquica, emocional, afetiva e outros…). É preciso observar como se aprende em cada fase da vida, e desenvolver propostas didáticas que atendam o desenvolvimento da aprendizagem em cada uma dessas etapas. É importante o trabalho de inclusão na escola desde que a clientela seja atendida de acordo com cada momento. O professor tem o compromisso de observar as dificuldades de seus alunos e tentar achar meios para ajuda-los a vencer os obstáculos e dificuldades que surgirem. Se for necessário modificar seus métodos de ensino para alcançar o objetivo (levar o aluno aprender).
Palavras-chave: Aluno; Aprender; Professor.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho de graduação é um componente curricular obrigatório, sendo também uma atividade de pesquisa, a área de concentração e metodologias do ensino. O tema abordado foi o desenvolvimento do ensino aprendizagem em cada fase da vida humana. Este TG está embasado nas pesquisas de alguns teóricos, centrado no tema e suas diversas formas de aprender. Tais como: VYGTSKY (2007), BOSSA (1994), BOCK (2003), DURKAHEIM (2008), OLIVEIRA (1997), FREIRE (2006), PIAGET (1190), MIRANDA (2008),
Elaborado com objetivo de contribuir para ampliação de seus conhecimentos sobre o desenvolvimento da aprendizagem caracterizando as relações entre os processos de desenvolvimento e aprendizagem humana nas diversas fases de sua vida, através de perspectivas teóricas na área de aprendizagem, que influenciam em diferentes contextos de ensinar e aprender. 
2 DESENVOLVIMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 
Durante meus estágios pode observar que as pessoas aprendem de formas diferentes e o quando é difícil lidar com as dificuldades para aprender. A ideia central está delimitada na temática: como lidar com as pessoas em cada fase da vida na sala de aula. Sendo que cada etapa requer práticas diferentes. Este é um problema real e atual, mas que está mascarado pelo comodismo e falta de interesse e dedicação tanto das autoridades competentes, bem como a maioria dos educadores. Sendo que o número de crianças que passam de ano sem saber quase nada é alarmante e vergonhoso. Afinal, cada um faz o que é mais confortável e segue adiante como se tivesse cumprido seu dever. Me recuso a fingir que sou educadora, quero realmente fazer a diferença... 
Para compreender as teorias de aprendizagem é importante voltar ao conceito de aprendizagem, onde a palavra aprender é derivada do latim aprehendere, que significa agarrar, apoderar-se de algo. No entanto, cada época, sociedade, tem suas singularidades, o que faz a aprendizagem ser um conceito histórico, psicossocial e cultural. Um processo no qual o sujeito se apropria de certos conhecimentos e habilidades. Uma iteração complexa que se constitui da relação do sujeito com as situações concretas na qual está inserido.
que pode ou não se relacionar com saberes que o indivíduo tem, podendo provocar 
Ensinar não é transmitir só conhecimento, mas criar possibilidades onde a criança busque sua construção no saber, levando sempre em consideração o que o aluno já sabe, para ampliar o seu conhecimento. A aprendizagem acontece no cotidiano, a cada momento de novas experiências do indivíduo, e isto acontece de forma contínua, e é importante para a sobrevivência e convívio social. Desde que a aprendizagem seja de qualidade e foque no desenvolvimento do aluno. 
Este tema foi escolhido pelo convívio em sala de aula, pois pode observar que há uma grande dificuldade no ensino aprendizagem dos alunos, e é de extrema importância que os educadores busquem alternativas que os auxiliem para amenizar esta questão. Sendo que há inúmeros fatores que impossibilitam o desenvolvimento e aprendizagem do educando.
O professor, mediador e organizador do processo de reconstrução do conhecimento na sala de aula, precisam conviver com o “quando” e “como” intervir. Por meio das sondagens é possível que a intervenção seja adequada e continua. Não se pode perder de vista, contudo, que há momentos que o aluno é “impermeável” as solicitações, mesmo potencializando conflituosas que lhe são propostas. Cada aluno tem necessidade de um tempo próprio para resolver conflito. Ao professor cabe respeitar os níveis reais do desenvolvimento/aprendizagem. (DURKAHEIM, 2008, p.60)
O educador deve ser alguém capaz de despertar nos seus alunos habilidades tais como: pensamento crítico, conexão de ideias, conviver com diferenças, ser sociável, criativo e até ir em busca suas metas e objetivos, se tornando indivíduos autônomos e capazes de lutar pelos seus sonhos. Não podendo esquecer que, é necessária uma parceria ou parceria entre a escola, família e governo. “O ideal da educação não é aprender ao máximo, é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprendera continuar a se desenvolver depois da escola”. (Piaget, 1980, p.225)
 Percebe-se então que o objetivo não é aprender ao máximo mais sim realmente aprender adquirir o real conceito do que se está aprendendo, pois assim o aprendizado perdurará por toda a fase adulta. 
Vygotsky desenvolveu conceitos para explicar como ocorre a aprendizagem sendo estes a zona de desenvolvimento real que é o que a criança já consegue fazer sem a ajuda de um adulto.
A zona de desenvolvimento proximal que nada mais é do que a distância entre o que a criança já consegue fazer sozinha e o que ainda precisa do auxilio do outro para realizar. É fundamental o auxilio de um mediador para que a criança realize as atividades propostas a ela. Ressaltando isso, segundo Vygotsky (1995, p.85) essa é a zona cooperativa do conhecimento. O mediador ajuda a criança a concretizar o desenvolvimento que está próximo, ou seja, ajuda a transformar o desenvolvimento potencial em desenvolvimento real.
Mas pode observar que isto também ocorre com adultos que, por alguns motivos não conseguiram frequentar a escola na idade adequada, no entanto a prática pedagógica aplicada com uma criança não pode ser a mesma com um adulto. Faz-se necessário uma flexibilidade e coerência para discernir um e outro, sendo que um adulto não alfabetizado tem mais experiências no contexto social, e por isso tem um grau de letramento maior. Sendo que o mundo social e cultural aonde estamos inseridos, ao ser experimentado nos possibilita a construção um mundo interno, no qual se atribui sentido.
Pode-se analisar o quanto é importante o professor conhecer como se dá o desenvolvimento do educando, pois, só assim poderá observar a quando a aprendizagem ocorre de forma efetiva.
A forma como o professor interage com o aluno, assim como suas expectativas em relação ao seu desenvolvimento, interfere no resultado do processo ensino-aprendizagem. O educador tende a ser um mediador mais eficaz quando acredita no aluno, criando situações propícias para sua aprendizagem e desenvolvimento. Porém, quando existe uma expectativa negativa em relação às possibilidades do aprendiz, o professor tende a não se esforçar muito, pois não acredita que este possa corresponder ao que dele se espera. (MIRANDA, 2008, p. 18).
O educador deve conhecer seus alunos, interagir com eles e acreditar que o aluno pode sim, aprender, mesmo diante das dificuldades que o mesmo possa apresentar. Pois quando um educador acredita que o aluno pode se desenvolver e aprender, ele busca alternativas para que isto aconteça. Levando o indivíduo a acreditar em sua capacidade de transformação subjetiva.
2.1 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
A Psicologia do Desenvolvimento Humano é uma área da psicologia que estuda como as pessoas mudam,e as características que permanecem estáveis durante todo a vida. Esse estudo tem como objetivo compreender o desenvolvimento das crianças gradualmente, se expandindo para todo o ciclo vital. , visualizar dentro do contexto este fará acontecer uma real mudança dentro da sua sala de aula criando possibilidade do aluno aprender com prazer e dele próprio se realizar com seu trabalho.
A ideia de que o desenvolvimento continua depois da infância ainda é nova. Os estudos d o ciclo vital, nos Estados Unidos surgiram a partir de programas destinados acompanhar crianças até a fase adulta. A medida que este estudos avançavam, os cientistas do desenvolvimento começaram a se concentrar em como algumas experiências, ligadas a tempo e lugar influenciavam no rumo da vida das pessoas.
Atualmente, a maioria dos cientistas do desenvolvimento reconhece que o desenvolvimento ocorre durante toda a vida. É um processo vitalício.
Segundo B. Baltes (1987), cada período do tempo de vida é influenciado pelo que acontece antes e irá afetar o que está por vir. Portanto cada período em suas especificidades deve ter um olhar singular do educador. O desenvolvimento durante toda a vida envolve um equilíbrio entre crescimento e declínio.
O desenvolvimento humano é muito complexo então, faz-se necessário uma parceria interdisciplinar, incluindo psicologia, psiquiatria, sociologia, etc. 
Vygotsky estudou o que é chamado funções psicológicas superiores, buscando compreender os mecanismos psicológicos mais sofisticados, mais complexos, que são característicos do ser humano: o controle consciente do comportamento, a ação intencional e a liberdade do individuo para se expressar. Para compreender as concepções vygotskyanas sobre o funcionamento psicológico, é fundamental o conceito “mediação”. E Vygotsky se utilizava de signos e instrumentos. Esse conceito nos auxilia a compreender a noção de que a relação do homem com o mundo é mediada. A capacidade de representar o externo internamente dá ao ser humano ganhos como fazer ligações mentais na ausência do objeto, imaginar, planejar, etc.
Para Oliveira: 
[...] as representações da realidade têm se articulado em sistemas simbólicos. Isto é, os signos não se mantêm como marcas externas isoladas, referentes a objetos avulsos, nem como símbolos usados por indivíduos particulares. Passam a ser signos compartilhados pelo conjunto dos membros do grupo social, permitindo a comunicação entre indivíduos e o aprimoramento da interação social. (1997, p. 36).
2.2 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM 
Conforme aponta Antunes (2000), ao longo da nossa história a psicologia tornou-se parte construtiva do pensamento educacional brasileiro, isto se reporta a importância das diferentes contribuições da psicologia, vindas de várias tendências teóricas na construção de ideais pedagógicos que fundamentam práticas e propostas educacionais no Brasil.
Em relação aos processos de aprendizagem, se destaca, as influencias dos primeiros psicólogos da educação: Edward L. Thorndike e Charles H. Judd. Entre as leis de aprendizagem formuladas por Thorndike, a lei do efeito é talvez a que teve maior repercussão para o desenvolvimento posterior da psicologia da aprendizagem. A principal finalidade é, segundo este autor, analisar os processos mentais mediante os quais o sujeito assimila esse sistema de experiências social cumulativa, que são as disciplinas incluídas no currículo escolar.
A aprendizagem é considerada um processo contínuo, no qual o ser humano desde a vida uterina começa a aprender e permanece durante toda a vida, sendo que o crescimento, a maturidade e desenvolvimento como pessoa no mundo, onde as interações com o meio possibilitam a organização do conhecimento, é a aprendizagem.
A psicologia da educação busca empregar princípios e a informações que as pesquisas psicológicas oferecem acerca do comportamento humano, para tornar eficiente o processo de ensino aprendizagem. Essa contribuição da Psicologia da Educação abrange dois aspectos:
Compreensão do aluno: compreender suas necessidades, suas características e como ele se desenvolve nos aspectos físico, emocional, intelectual e social. 
Compreensão do processo ensino-aprendizagem: conhecer o aluno não é o bastante para o educador. Ele precisa saber como funciona o processo de aprendizagem, o que facilita ou prejudica o desenvolvimento para aprender.
Assim a psicologia da educação estabelece um conjunto de relações estáveis entre sujeito e objeto. A ação do sujeito estruturada por dados internos e externos.
O professor precisa estar calçado nas teorias predominantes sobre aprendizagem, para que possa orientar de forma adequada o aluno. 
Provocar interesse, curiosidade, entusiasmo, vontade de pesquisar., estimulo, amor e dedicação pelo conhecimento, problematização do conteúdo, são estratégias que contribuem neste processo e poderiam ser empregadas na prática docente. Sendo que querer é necessário para aprender. Então é preciso que os conteúdos sejam apresentados de formas atrativas para despertar o interesse do aluno, em qualquer fase da vida. A motivação psicológica é o processo que se desenvolve no interior do indivíduo e impulsiona o agir. Nesse momento o sujeito não medira esforços para alcançar seus objetivos, pois seu interesse foi despertado.
A motivação na educação sistematizada deve considerar as respectivas faixas etárias, as condições psicológicas, o imaginário, o meio social, a cultura e as aspirações do educando. 
Um aluno motivado sente a necessidade de aprender o que está sendo apresentado. Esta vontade o leva a esforçar-se a fim de conseguir realizar seu desejo (aprender). Nesta construção progressiva de significados compartilhados, o professor e o aluno têm papeis nitidamente distintos: o professor conhece em princípios os significados que espera chegar a compartilhar com aluno ao termino do processo educacional, conhecimento tal que serve para planejar o ensino; o aluno por outro lado, desconhece este referente. Portanto deve ir acomodando os sentidos e os significados para construção do saber de forma ineterrupta no decorrer das atividades escolares.
Alguns educadores reclamam de alunos que não param, que não prestam atenção nas atividades propostas, ficam perambulando pela sala, tiram a atenção dos colegas, interrompem a aula, não esperam, não obedece regras, não realizam os trabalhos escolares, e seu rendimento escolar é baixo. A falta de motivação conduzira ao aumento de tensão emocional, problemas disciplinares, aborrecimento, fadiga e déficit na aprendizagem.
Entre os professores, Del Prette e Del Prette (2001) afirmam que a construção do conhecimento em sala de aula depende da competência do professor e do interesse do aluno em aprender, pois apenas falar a matéria na aula é insuficiente; chega de decoreba, salas decoradas para propiciar ao educando um ambiente agradável, se a pratica não visa os progressos reais dos mesmos. 
3. FORMAÇÃO DE CONCEITO
O desenvolvimento intelectual do ser humano vai se desenvolvendo ao longo da vida através de fases diversas que envolvem os processos mentais, um deles é o processo de formação de conceito que se inicia na infância e vai amadurecendo e se configura na puberdade.
A formação de conceito envolve todas as funções mentais superiores e é um processo mediado por signos. 
Segundo Vygtsky a formação do conceito passa por três fases. o "Sincretismo", onde a criança não consegue dferenciar atributos nos objetivos, ela simplesmente agrupa de forma desorganizada.
O "Pensamento por Complexo" onde o agrupamento não é formado por um pensamento lógico abstrato e sim por ligações concretas entre seus componentes, agrupando por cor, tamanho ou classe. 
Os adolescentes não abandonam totalmente as formas de pensamento primitivos (sincretismo e por complexo), seu uso vai diminuindo e começa a formar conceitos.
Os conceitos do cotidiano são os que a criança aprende no dia a dia, no contato com o meio e seus componentes.
Os conceitos cientificos são aqueles formados a partir da aprendizagem sistematizada,quando inicia na escola, atavés da mediação do professor, amigos e magterial didático. São conceitos que se aprende no meio escolar. 
 
4. A AFETIVIDADE NA MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO
Diretamente ligada à emoção, a fetividade consegue determinar o modo com que as pessoas visualizam o mundo e como se se manifestam diante das mais diversas situações. Fatos e acontecimentos passados são determinantes para o cotidiano de cada individuo. dessa forma a ausência de afeto efluênciará no desnvolvimento de cada um.
A afetividade é estimulada por meio da vivência na qual o educador estabelece um vínculo de afeto com o educando. A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem O afeto pode ser uma maneira eficaz de se chegar perto do sujeito e a ludicidade, em parceria, um caminho estimulador e enquecedor para se atingir uma totalidade no processo de aprender. Almeida (2011, p.1).
Perceber o sujeitto como um ser intelectual e afetivo, que pensa e sete simultaneamente, e reconhecer a afetividade como parte integrante do processo de construção do conhecimento implica um novo olhar sobre a prática pedagógica, não restringindo o processo ensino-apredizagem apenas à dimensão congnitiva. A percepção, os valores, as ações, interesses, emoções e preferencias são geradas a partir do potencial de cada um.
Na escola a atitude do professor é um fator importante para estimular a criança, observando e percebendo as preferencias e interesses, direciona do sua pratica pedagogica de acordo com as manifestações dos alunos. 
A atenção, ocarinho e o incentivo devem ser iguais para todas as crianças, sem preconceitos ou discriminação. A criança deseja e precisa se sentir amada, aceita, acolhida e ouvida, para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado. E é o professor quem prepara e organiza o pequeno universo da busca e do intesresse da criança.
Alguém jaá viu crança feliz ir mal na escola? por que existem crianças que, de uma série para outra, passam a gostar mais ou menos de determinada disciplina, modificando até seu desempenho? Tudo indica que é a troca de oprofessor, e não do conteúdo da displina, a responsável pela mudança. Portanto, aprender deve estar ligado ao ato afetivo: deve ser gostoso, prazeroso [...]. ( Rossoni, 2001, p.9).
O desenvolvimento infantil é um processo dinâmico em que os íveis de desenvolvimento 
 motor, afetivo e cognitivo não acontecem de forma isolada e sim integrada. A criança desnvolve sua capacidade afetiva, a sensibilidade, a autoestima, o raciocínio, o pensamento e tambem a linguagem, por meio do seu corpo, do meio em que vive e por meio de iterações com outras cranças, educadores e familiares. É processo contínuo e importante para o desnvolvimento cognitiva da criança.
Portanto o papel do professor no ensino infantil é proporcionar às crianças experiências lúdicas, prazerosas, diversificadas e enriquecedoras para fortalecer a autoestima e desenvolver suas pontencialidades.
Se acreditamos numa prática pedagógica transformadora na vida das pessoas, devemos pensar numa mudança de postura, na qual alunos e professores sejam agentes da construção do conhecimento, tornando o respeito mutuo uma ponte de afetividade. E assim os alunos perceberõ que são importantes no processo de aprendizagem e que sua opinião é respeitada por todos que integram a sala de aula.Favorecendo o convívio afetivo, que será um grande aliado pra uma educação lúdica e de qualidade.
5. ESCOLA E SOCIEDADE 
A escola é considerada uma instituição social importante no processo de mediação entre conhecimento do meio social com o indivíduo. Por isso a vida social é tão importante para os seres humanos, que precisa de construção, de conhecimento sobre as normas que regem as relações sociais e nossa conduta relativa aos outros, entendo também o funcionamento das instituições sociais nas quais se desenvolve nossa vida.
A educação, a partir da Idade Média passou esta responsabilidade para a escola, ou seja, havia pessoas especializadas na tarefa de transmitir o conhecimento. A escola desenvolvia-se como uma instituição social especializada, que atendia os filhos da elite social. 
A escola passou por várias transformações, sendo de extrema relevância a universalização, ou seja, a instituição deveria atender a todas as crianças da sociedade. Mudanças aconteceram devido a transferência do local de trabalho da casa para fabrica. Assim essa mudança trouxe consequências para a família, onde a mesma não tinha mais condições de orientar sozinha seus filhos para o trabalho e a vida social.
A sociedade exige cada vez mais que as pessoas frequentem a escola durante anos e aprendam conhecimentos que serão usados na sua vida posterior, aumentando cada vez mais a complexidade da escola. A instituição passa a ser um dos espaços privilegiados de formação e informação, isto é, onde a aprendizagem dos conteúdos deve estar relacionados ao cotidiano do educando, além de possibilitar aos alunos a apropriação dos conteúdos de forma crítica, construtiva e reflexiva, valorizando a cultura da comunidade e contribuindo para exercício da cidadania. 
A situação da educação no Brasil é centralizada em decisões de um grupo de conservadores, que representa o poder dominante, o que impede as mudanças necessárias para a classe dita, popular. A educação vira um jogo de interesses políticos elitizados em pro do bem individual, que não atende os interesses da população.
De acordo com os PCNs durante as décadas da ditadura militar, a política educacional brasileira recaiu sobre a expansão das oportunidades de escolarização, havendo um aumento expressivo no acesso à escola básica. No entanto a qualificação, condições do trabalho docente, espaço físico e remuneração não acompanhou esta proposta. 
Assim, cada escola deve enfrentar as mais diversas situações com sabedoria e buscar alternativas de atuação num sentido mais amplo, fazendo surgir uma escola interligada ao processo educacional em sua complexidade, sustentada no reconhecimento do seu papel social, que influencia o comportamento humano, embasado em teorias de aprendizagem e desenvolvimento do ser humano.
Segundo os registros históricos, entende-se que houve muitos esforços na tarefa de proporcionar uma base cientifica à educação e ao ensino e aprendizagem. Essas formas se baseiam em concepções diferentes e porque não dizer divergentes entre pratica e teoria, como a freudiana, a behaviorista, a Gestalt e a humanista. 
A partir do século XX, Waddington e Piaget são os autores das obras associadas a ênfase nas interações entre ambiente e organismo, o foi denominado como interacionismo. Assim, o desenvolvimento humano ocorre de trocas que o indivíduo e meio estabelecem durante toda sua vida, onde as influencias são reciprocas. No interacionismo não há uma essência humana, mas uma construção do homem em sua permanente atividade de adaptação a um ambiente.
Skinner desenvolveu uma tecnologia de ensino baseada nos princípios da aprendizagem de comportamentos, “instrução programada”, uma forma condicionada de se aprender, onde uma pessoa acaba cumprindo automaticamente certas tarefas, pelo exercício da repetição.
A aprendizagem cognitiva refere-se ao conhecimento, ao pensamento, à conceitos, às tomadas de decisão, às percepções, à solução de problemas, aos processos mentais.
Bruner é conhecido pela sua teoria da instrução e por ser defensor atualmente, do método da aprendizagem por descoberta. Para ele os processos de aprendizagem, de desenvolvimento e de ensino não devem ser tratados separadamente. Sua concepção do desenvolvimento cognitivo no homem, procura explicar como o indivíduo, em diferentes etapas de sua existência, tende a representar o mundo com o qual interage em três níveis de representação cognitiva, segundo La Rosa (1998): inativa, icônica e simbólica.
Para Vygotsky (1989), o homem se constitui no plano das relações sociais, a partir de contato com o meio social, onde as pessoas e a cultura influenciam no seu desenvolvimento. Ele estava preocupadocom a formação da mente, com o desenvolvimento do ser humano, com a linguagem, com a formação de conceitos, com o pensamento em diferentes culturas, com a relação do sujeito no ambiente e trabalho, com os
signos criados pelo homem, com estimulação interna e externa, com a relação intrapessoal e interpessoal, com cérebro humano diante da evolução do da história e a globalização.
A cultura é representada através da linguagem e depende do intercambio social. A linguagem permite que o mundo seja refratado na consciência humana por meio de significados culturais selecionados pelo indivíduo e por ele apropriados com um sentido próprio. 
Segundo Oliveira: “[...] a aquisição de um sistema linguístico dá forma ao pensamento e reorganiza as funções psicológicas, sua atenção, memória e imaginação.” (2002, p. 101).
A perspectiva sócio-histórica do desenvolvimento destaca a importância do jogo e da brincadeira nos espaços escolares, sendo que estes associados a linguagem indicam elementos centrais do projeto pedagógico para educação. 
Na infância, a imaginação, a fantasia e o brinquedo não são atividades que podem se caracterizar apenas pelo prazer que proporcionam. Segundo Rocha (1999), a criança muito pequena tem suas limitações e seu comportamento é determinado pelas condições do ambiente imediato.
Desenvolvimento e aprendizagem estão interligadas desde o primeiro ano de vida da criança, envolvendo a mediação de adultos antes, durante e depois da pratica escolar, segundo Vygotsky. Neste autor pode ser encontrada a forte ênfase na ideia de que a capacidade de aprender através de instrução é uma característica fundamental da inteligência humana. Quando os adultos auxiliam as crianças em tarefas que sozinhas não conseguiriam realizar, eles promovem o desenvolvimento do conhecimento e de suas capacidades. Isto se estende também aos adultos que sozinhos são incapazes de realizar coisas.
Outro conceito-chave de Vygotsky é a mediação. Segundo ele, toda relação do sujeito com o mundo é feita por meio de instrumentos ou signos, que podem ser representação gráfica, desenhos, de mapas etc. afirma que o signo é um meio pelo qual o sujeito se vale para influenciar psicologicamente em sua própria conduta, ou na dos demais; é um meio para sua atividade interior, dirigida a dominar o próprio ser humano.
Para Vygotsky, o professor deve apresentar problemas que contenham elementos dentro da ZDR, mas que contenham também elementos da zona cognitiva que se encontra em desenvolvimento (ZDP). 
Freire (1993), acreditava que a educação de jovens e adultos não deve ser apenas mecanizada e neste caso a formação de professores para esta clientela deve ir além de cursos de capacitação, que torne o ensino em técnica. Faz-se necessário um a educação diferenciada, com embasamento em teorias, proposta e métodos adequados, considerando a especificidade do universo da educação de jovens e adultos. Os conteúdos que os educadores da EJA irão aplicar, têm que focar num ensino voltado para uma pratica com base no cotidiano deste aluno, tornando-a atrativa e interessante para quem quer aprender.
A proposição de pedagógica de Paulo Freire está baseada numa visão crítica e transformadora, em contraposição a uma concepção alienadora de homens e de educação, empenhando-se na luta por liberdade em todos os sentidos. O diálogo entre professor e aluno seria um método usado na construção de uma educação qualitativa. O método dele inclui pesquisa de campo, dialogo, planejar, decodificar e elaborar praticas pedagógicas que possam propiciar formas de ajudar a população analfabeta, para que a mesma se organize reflexivamente na maneira de pensar e consequentemente no agir. Tendo consciência crítica e autonomia para se inserirem como cidadãos ativos no meio social onde vivem.
Muitos educadores tratam os adultos como se fossem crianças, direcionando da mesma forma, praticas pedagógicas, no entanto esta clientela requer um currículo diferenciado, aulas diversificadas e eficientes que correspondam as expectativas de quem quer aprender. 
Se na criança faz-se necessário despertar o interesse pela atividade proposta, no adulto é essencial para que a aprendizagem aconteça. A relação entre alfabetizador e alfabetizando são complexas, fundamentais e difíceis, necessitando de constante avaliação e decisões em torno dessas dificuldades e modificações nas formas de planejar e desenvolver a pratica pedagógica. 
Segundo Paschoal (apud CARRANO: “a escola é percebida como opressiva pelos alunos, que sentem o ensino como: cansativo e desinteressante, pois não corresponde às suas expectativas”. 2000, P.18.
Deaquino (2007) descreve alguns problemas enfrentados na fase adulta para aprender como: o tempo que ficaram fora do ambiente escolar falta de organização do educando para desenvolver as atividades, falta de uma metodologia que esteja alinhada ao seu estágio de desenvolvimento cognitivo, sensação de desconforto em ter que voltar à aprender, falta de motivação pessoal, pois muitos veem como um mal necessário. 
Promover a educação do adulto torna-se primordial para a sustentabilidade do planeta, afinal quanto mais capazes forem os adultos de fazer escolhas que direcione suas vidas, mais condições terão de auxiliar seus filhos no quesito aprender. E quanto mais conhecermos, mais respeito teremos, em todos os sentidos. 
Segundo Rigo (2008), a condição de adulto apresentada por por Knowels (andragogia), quer dizer: ser guiado, dirigido por si mesmo, isto é, ser capaz de fazer opções, decidir, tomar iniciativas. 
A educação inclusiva é fundamental para realização do desenvolvimento humano social e econômico. Reparar todos os indivíduos para contribuir efetivamente e incentiva-lo a viver com dignidade e harmonia social. Não pode haver exclusão decorrente de idade, gênero, etnia, condição social, língua, religião ou deficiência. E imprescindível combater o efeito cumulativo de carências múltiplas. 
Segundo Marques (1997), é da interlocução dos saberes que resulta a aprendizagem enquanto saber novo, saber reconstruído a partir de saberes prévios dos interlocutores, ou seja, o conhecimento que aluno constituiu anteriormente, prévio as relações com o que irão aprender, numa efetiva reconstrução de saberes, na perspectiva do diálogo de interlocutores constituídos em comunidades de livre conversação e de argumentos. 
Nos dias de hoje a psicopedagogia é importante campo de atuação, com o objetivo de regatar uma visão globalizada do processo de aprendizagem e dos problemas decorrentes desse processo e foi a partir da década de 80, teve uma função eficaz demonstrada na pratica clínica, o que estruturou conhecimentos e se transformou em campos de conhecimentos multidisciplinares.
A psicopedagogia, como área independente, será tributária da psicologia e se ocupará de distúrbios da aprendizagem, que impede crianças, jovens e adultos de dominarem as matérias escolares e adquirir novos conhecimentos. Por isso compete ao psicopedagogo, enquanto profissional analisar e se possível intervir em aspectos que dificultam a aprendizagem de conteúdos escolares, buscando recuperar em certos aspectos, tal que o individuo possa se desenvolver no que diz respeito ao aproveitamento escolar.
“A tarefa da psicopedagogia é interpretar o processo de aprendizagem, verificar o que está por traz da linguagem, da organização do universo de significações, de representações, de desejo, daquele que não aprende. (LA ROSA, 1998, P.49).”
O trabalho psicopedagógico busca a relação do sujeito com o saber e como o mesmo pode aprender, com seus significados, onde a escola infere tanto no plano individual quanto coletivo. Uma instituição designada socialmente para transmitir conhecimentos científicos à nossa plena cidadania.
6. PSICOMOTRICIDADE NO DESNVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
Muito antes de a palavra psicomotricidade der discernida, havia estudiosos pensando sobre a atuação do corpo no universo. Descartes (filosofo) foi um dos primeiros a pensar no assunto. Discursando, algumas vezes afirmou que os corpos estavam situadosno espaço e ocupavam parte dele, “eu penso, logo existo”, era sua famosa frase, ele fazia uma ligação da mente com o corpo, pois um e outro estariam interligados.
Segundo Coste (1978), sob influência dos pedagogos Claparède, Montessori, Pierre Janet e Piaget, manifestou-se interesse pelo estudo comportamental sensório-motor, considerando o movimento humano um aspecto fundamental da constituição do indivíduo.
Wallon e Dupré, precursores da implantação e afirmação da psicomotricidade, afirmam que o desenvolvimento da criança se dá através da ação motriz, o que regularia o desenvolvimento das formações mentais. Portanto a evolução da criança está relacionada à motricidade, à afetividade e à inteligência.
No Brasil a psicomotricidade começou a ser discutida a partir da década de 70, com influência da França, e os primeiros cursos começaram no Rio de Janeiro, para professores de Educação Especial. Esta área traz como objetivo: a) Promover a capacidade de atenção interiorizada; b) Desenvolver o potencial criativo; c) Propiciar a busca da autonomia.
Com estes elementos básicos pretende-se alcançar uma mudança de atitudes e a percepção de que o corpo motor do sujeito não é algo tão simples assim. O movimento se traduz por intermédio das emoções, dos sentimentos, da expressão e da aprendizagem por meio da relação com o outro.
A psicomotricidade conquistou novos espaços no decorrer da história no campo educativo e clinico. No começo a pratica psicomotriz era restrita à testes para avaliar as dificuldades da aprendizagem das crianças. Depois foi disseminada e incorporada à pratica pedagógica.
Na terapia psicomotora se utiliza os movimentos do corpo e o diagnóstico é feito através da expressividade do corpo, onde são usados jogos simbólicos, situações lúdicas e relaxantes. 
A psicomotricidade educativa atua em dois sentidos: funcional e relacional. A psicomotricidade funcional toma com referência o perfil psicomotriz, onde a criança é avaliada a partir de testes padronizados. A psicomotricidade relacional, por sua vez utiliza atividades relacionadas ao meio, ao brincar, ao criar e imaginar. 
“ É de grande importância a educação pelo movimento no processo escolar, uma vez que seu objetivo central é contribuir para o desenvolvimento motor da criança o qual auxiliara na evolução de sua personalidade e no seu sucesso na escola. (LE BOULCH, 2001, P.63).”
A educação da criança começa desde que ela nasce, na influência do meio familiar, com pais, irmãos, etc., construindo sua identidade, seus sentimentos, emoções e desejos. Quando ela vai para escola, já traz consigo uma bagagem de saberes adquiridos na medida em que foi crescendo. A escola de contra partida tem um papel fundamental de incentivar a mesma à explorar e descobrir novas experiências, visando melhorar suas habilidades corporais e intelectuais.
“É de grande importância a educação pelo movimento no processo escolar, uma vez que seu objetivo central é contribuir para o desenvolvimento motor da criança o qual auxiliara na evolução de sua personalidade e no seu sucesso na escola. (LE BOULCH, 2001, P.63).”
Segundo Lapierre e Aucouturier (1974), [...] o desenvolvimento da personalidade da criança e sua inteligência requer organização e estrutura do seu mundo, a partir de vivencias que as levaram à novas descobertas.
A pratica psicomotora tem por objetivo favorecer e potencializar a adaptação da pessoa a seu meio, a partir de sua identidade que se revela por meio das relações que o corpo estabelece com o tempo, espaço e os outros. Na criança, a partir de 6 meses aos 8 anos existe uma estreita relação entre mente e corpo, e a sensório-motor é a principal via de expressão de seu mundo interno.
A psicomotricidade, ao longo da história nos possibilita garantir a formação integral do ser humano por meio da ação do corpo, das relações afetivas, do envolvimento do homem com o meio ambiente e com outras pessoas.
Para Le Boulch: 
Dá-se através de ações educativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais da criança, proporcionando-lhe um a imagem do corpo, contribuindo para a formação de sua personalidade. É uma pratica pedagógica que visa contribuir para o desenvolvimento integral da criança no processo de ensino e aprendizagem, favorecendo os aspectos físicos, mentais, afetivos-emocionais e socioculturais, buscando estar sempre condizentes com a realidade dos educandos. (2001, p. 21).
A psicomotricidade tem como objetivo proporcionar ao aluno possibilidades de se conhecerem melhor enquanto sujeitos, descobrindo seu corpo e suas necessidades, buscando satisfação na área afetiva, emocional e assim auxilia-lo no desempenho escolar.
Quando se pensa em alfabetização, logo pensamos nas series iniciais do Ensino Fundamental, no entanto este processo começa bem mais cedo, já na Educação Infantil, quando pais ou professores brincam com a criança de esconde-esconde, correr, pular, etc, todas essas experiências desenvolvem a capacidade motora do bebê, algo indispensável para o processo de alfabetização, pois nesta fase a criança é toda movimento. Sendo assim a psicomotricidade esta totalmente ligada ao processo de aprendizagem. 
Os materiais disponibilizados no meio escolar fazem parte de um trabalho pedagógico necessário para ampliar as oportunidades e ações dos educadores, possibilitando a criança o manuseio com material concreto onde a mesma pode interagir. Mas é necessário que o profissional da educação tem consciência do trabalho realizado, sempre ligando teoria a pratica, dessa forma poderá avaliar sua pratica, podendo modificá-las se precisar. Não esquecendo também que toda pratica psicomotora tem que estar ligada a uma concepção lúdica, onde a criança possa esse expressar através do corpo, lhe proporcionando então prazer no que faz (brincar). 
Ao colocar o corpo e os gestos no centro do desenvolvimento infantil, os estudos sobre psicomotricidade estão auxiliando a pedagogia e se redefinir com novos princípios para o ensino.
O psicólogo e professor de Educação Física argentino Esteban Levin é um dos pesquisadores que mais contribuem com seus estudos de campo. O corpo em movimento e a imagem que se tem desse corpo são essenciais na aprendizagem e na formação do geral da indivíduo. Levin afirma que o educador pode explorar também a agitação natural da criança para ensina-la a ler e escrever. Segundo ele, na Educação Infantil, a necessidade de movimentar-se é respeitada pela escola através de brincadeiras, atividades de artes, de música, etc. mas quando chega na 1ª série, normalmente, os professores exigem uma postura totalmente diferente da que era permitida ates. As crianças são colocadas em carteiras e enfileiradas, devem ficar quietas e prestar atenção ao que o educador está ensinando. O que pode acontecer com uma criança que é obrigada a ficar muito tempo sentada? a obrigação deixa o corpo estático, sem movimento e isto pode ser uma das causas da hiperatividade – um dos distúrbios da aprendizagem mais comum atualmente, bem como da anorexia, de bulimia e de depressão infantil, e sem falar das dores corporais por falta de atividade física.
 Para Levin basta colocar a busca pelo saber acompanhada de movimento. O corpo docente ode se reportar a sua infância, suas necessidades e desejos nesse estágio da vida e verificar o que o impulsiona a querer trabalhar com crianças e dessa forma compreender melhor as necessidades da turma.
Na compreensão da psicomotricidade enquanto componente das manifestações da corporeidade, pode-se perceber características da emancipação humana, reconhecendo a utilidade do corpo em sua totalidade, construindo uma imagem estruturada corporal e indivisível. Nesse sentido podemos pensar que a experiência motora é o centro do desenvolvimento do corpo, sendo que é através deste que apresentamos nossas representações metais, nossas experiências, nossa percepção, nossos sentidos, nossos conhecimentos, como nos comunicamos e relacionamos com o mundo exterior, o que se faz necessário para compreender a complexidade do corpo vivido.
 A compreensão docorpo e suas manifestações, aqui citadas como corporeidade, possibilita à criança perceber seu potencial e suas limitações, respeitando-os e dessa forma permitindo se desenvolvimento integral como ser humano em todas as suas dimensões.
 7. ENSINO E APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO
Frequentemente comparam e lançam críticas aos métodos de alfabetização que sucederam no decorrer do tempo, mas não se pode esquecer que cada época tem suas necessidades especificas, hoje com certeza temos expectativas diferentes da que tínhamos à dez ano atrás relativo a educação. Mas o ato de ensinar a ler e escrever, tanto ontem como hoje, revela a forma como o professor entende que o sujeito aprende. 
 A sala de aula é um lugar privilegiado para trocar experiências de conhecimentos entre as pessoas que ali se encontram. Neste meio social o sujeito pode se expressar através de suas rotinas, relações interpessoais, o que pensa, o imaginário e suas representações sociais, e isto, deve nortear a pratica pedagógica, considerando o que o aluno já sabe, sua história, seus valores e sua cultura. Os momentos planejados pelo professor devem permitir a vivências múltiplas, estimulando a criatividade, a imaginação e desenvolvimento do indivíduo nas mais diversas linguagens.
Um trabalho de investigação que desencadeou intensas mudanças na forma dos professores brasileiros compreenderem a alfabetização foi o coordenado de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, publicado no Brasil com título de Psicogênese da Língua Escrita. A partir dessa investigação, foi preciso rever as concepções que norteavam a alfabetização, o levou à uma transformação radical nas práticas de ensino da leitura e da escrita. A partir daí os saberes trazidos pelos alunos foram de suma importância na construção do desenvolvimento do sujeito, onde o mesmo poderia então relacionar o que já sabe com novos conhecimentos e internalizar melhor o novo.
 
8- METODOLOGIA 
Pode observar na prática, que, o que estou aprendendo na teoria não confere com a realidade onde estou inserida. Pois há uma diferença considerável entre a teoria e a prática. Quando chegamos na sala de aula na maioria das vezes não podemos colocar em prática aquilo que aprendemos durante quatro anos acompanhado de nossas lutas pessoais para chegar ao fim do curso de graduação. Mas o sonho é o que impulsiona nossas ações no que tange à educação, sonho de que um dia teremos uma educação que atenda realmente as especificidades de cada indivíduo. Buscando alternativas interdisciplinar abrangente para envolver a todos no ato de ensinar e aprender. Pois segundo Paulo Freire ninguém é tão sábio que não tenha algo novo para aprender... ou tão ignorante que não possa ensinar alguma coisa. E buscando este subsídio nos saberes do aluno, é possível direcionar a prática pedagógica e trazer êxito no que diz respeito ao ensino e aprendizagem. Mas para que isto aconteça faz-se necessário que o educador esteja disposto à enfrentar novos desafios. O que pode mudar radicalmente sua forma de ensinar. É preciso ser desbravador e abrir novos caminhos para direcionar a educação, no intuito de desenvolver o sujeito de forma integral, formando assim cidadãos capazes de tomar decisões sobre aspectos que envolvam a sua realidade como política, religião, etc.
 Ao observar como se desenvolve a aprendizagem desde a Educação Infantil até o EJA, percebi que em cada fase ou situação da vida o ser humano aprende de forma diferente. Então, fazer o diagnóstico da turma antes de qualquer inserção pedagógica é essencial para desenvolver um trabalho que traga resultados satisfatórios. Pois não posso ensinar uma criança dita “normal” da mesma forma que uma criança que tenha algum tipo de deficiência, ou um adulto do mesmo jeito que ensinarei uma criança, etc. Cada caso requer um trabalho específico de acordo com a realidade apresentada.
As atividades devem ser pensadas de acordo com cada etapa da vida do ser humano, visando alguns aspectos fundamentais como meio social, idade, cultura, e limitações que possam haver, seja ela física, psíquica, emocional ou situacional. A forma de enriquecer a cultura de quem trabalha no pescado ou no meio rural não pode ser a mesma de uma pessoa urbana. Por isso as atividades tem que estar de acordo com cada realidade.
9- DISCUSSÃO
É intrigante pensar que em pleno século XXI, e depois de vários estudos feitos sobre a que Educação, as pessoas ainda fazem vistas grossas ao descaso e desrespeito no que tange à educação. Usando-a, não para o fim a que veio “educar”, mas para benefícios políticos, onde os interessados visam seu próprio bem e não o da comunidade. 
Os acontecimentos da atualidade mostram o descaso com a educação, onde o professor, um dia foi chamado de “mestre’, são humilhados publicamente por quem devia dar mais apoio a tudo que se refere à educação “o governo”. Pois a educação básica não é a base de todas as outras áreas profissionais? Onde tudo começa? 
O moderno é ser capaz de ir além de nossas próprias hipocrisias e relevar aquilo que compete à todos para vivermos numa sociedade mais digna e justa. Onde os valores sejam resgatados para estruturar um novo modo de vida pessoal e social. 
O Mito da Caverna, numa reflexão atual, pode descrever bem esta realidade...só para relembrar, o Mito da Caverna foi escrito pelo filósofo Platão. Ele utilizou uma linguagem mítica para mostrar o quanto o indivíduo está preso a certas crendices superstições. Vou narrar de uma forma reelaborada o mito. A história narra a vida de algumas pessoas que nasceram e cresceram dentro de uma caverna e ficavam voltadas para o fundo dela e apenas contemplavam as sombras na parede. Até que uma dessas pessoas decidiu se voltar para fora da caverna, ficando quase cego pela claridade da luz, mas aos poucos foi se adaptando e assim pode ver um novo mundo. Voltou entusiasmado para caverna para contar aos outros o que vira lá fora, mas não acreditaram nele e o mataram.
Com esta história Platão relata que a realidade depende de nossas decisões e ações. Estamos dispostos a correr o risco da mudança ou apenas ficamos na linha de conforto. Pois tudo que é novo requer esforço e dedicação para obter êxito em nossos objetivos. 
 E somente quando saímos da linha de conforto, é que temos a possibilidade de ver um novo mundo colorido e cheio de opções, onde ensinar e aprender, passa a ser prazeroso e gratificante. E quando isso acontece nossos olhos veem uma realidade que antes não podiam ver. 
10- CONSIDERAÇÕES FINAIS
A emoção interfere no processo de retenção de informação. Faz-se necessário motivação para aprender, pois a atenção é fundamental na aprendizagem, sendo que o cérebro se modifica em contato com o meio durante a vida, dando ênfase a formação da memória efetiva, quando a mesma consegue associar o novo saber com o conhecimento prévio.
Da mesma forma precisamos sentir fome para aprender a comer, sem motivação não conseguimos aprender. Estudos comprovam que no cérebro existe u sistema dedicado à motivação e à recompensa. Quando o sujeito é afetado positivamente por algo, a região responsável pelos centros de prazer produz uma substância chamada dopamina, o que gera bem-estar, mobiliza a atenção da pessoa e reforça o comportamento da mesma em relação ao objeto que a afetou. 
A interferência do ambiente no sistema nervoso causa mudanças anatômicas e funcionais no cérebro, mudando assim a quantidade de neurônios e as conexões entre eles (sinapses) mudam dependendo das experiências pelas quais passamos.
Há, portanto, todo um conjunto de fatores, que poderíamos qualificar como motivadores, reacionais ou afetivos, que desempenham um papel de primeira grandeza na mobilização de conhecimentos prévios do aluno e sem cuja consideração seria impossível entender os significados que o aluno constrói, diante dos conteúdos que são ensinados à ele na escola.
Para Vygotsky (1989, p.79), o homem se constitui no plano das relações sociais, a partir dos insumos que a sociedade lhe propicia. As relações sociais e a cultura onde se insere formam base de seudesenvolvimento.
Aprender possibilita algo novo, uma situação de stress no momento presente, que poderá trazer um sentimento de satisfação, se alcançarmos o objetivo almejado, que pode ou não se relacionar com saberes que o indivíduo tem, podendo provocar mudanças da posturas diante das mais diversas situações da vida.
Os educadores necessitam ter disposição e flexibilidade nos conteúdos para contornar as dificuldades dos alunos de acordo com sua realidade. As aulas devem ser criativas com atividades onde cada um se sinta envolvido nesse universo do saber. Buscando alternativas atrativas para os métodos utilizados na prática. 
Mas, para que a realidade mude faz-se necessário que saíamos das cavernas onde estamos acostumados a viver e lutemos para conquistar nosso espaço no mundo real, revendo nossos valores e expectativas de vida, na qual queremos viver. O conhecimento é um caminho que pode nos direcionar e impulsionar à seguir um norte.
Mas me frustra o fato de saber que muitos alunos passam adiante sem estar aptos para prosseguir de uma série para outra, ou seja com diploma sim, mas não habilitados a exercer sua cidadania. 	
11- REFERÊNCIAS
BOSSA, N. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir daprática.Porto Alegre: Artes Médicas.1994.
DURKAHEIM, E. O criador da Sociologia da Educação. Revista escola. São Paulo. V1. Julho.2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessário a pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
MIRANDA, M. Problemas de aprendizagem na alfabetização e intervenção escolar. São Paulo: Cortez, 2008.
NOLTE, Dorothy. As Crianças Aprendem o que Vivenciam. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: Educação e Reeducação num Enfoque Psicopedagógico. 14 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
VYGOTSKY, L.S. A formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
WEISZ, T.O diálogo entre ensino e aprendizagem. São Paulo: Ática, 2002
SCHOTTEN, Neuzi. Processos de Alfabetização. Indaial, SC: ed. UNIASSELVI, 2011.
STEUCK, Cristina Danna; PIANEZZER, Lúcia Cristiane Moratelli. Pedagogia da Educação Infantil. Indaial, SC: ed. UNIASSELVI, 2013.
PATEL, Viviane Pessoa Padilha; KRENKEL, Scheila; LARANGEIRA, Eduardo Cartier. Psicomotricidade. Indaial, SC: ed. UNIASSELVI, 2012.
OLIVEIRA, Fernanda Germani de. Psicologia da Educação e Aprendizagem. Indaial, SC: ed. UNIASSELVI, 2011.

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