Buscar

Equipe Cirúrgica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@resumosdamed_ 
 
1 
 
EQUIPE CIRÚRGICA 
METODIZAÇÃO CIRÚRGICA: 
DEFINIÇÃO: 
É o conjunto de regras e disposições que devem presidir o ato cirúrgico, às 
quais cada um deve manter-se fiel, para que se consiga a mais elevada 
eficiência técnica. Evitam-se movimentos inúteis e perda de tempo. 
Favorece rapidez e precisão. 
COMPONENTES: 
Dá-se pela técnica e pela tática: 
• Técnica (padronização): depende da habilidade e do treinamento. 
• Tática (melhor para cada paciente): depende do conhecimento. 
PRINCÍPIOS GERAIS DA CIRURGIA METODIZADA: 
SILÊNCIO: 
É o princípio fundamental para que não se estabeleça confusão e 
desordem e para que se poupe o psicológico do doente nas vezes em que 
a anestesia é loco-regional ou raquidiana. As palavras devem ser reduzidas 
ao mínimo imprescindível. 
AUTONOMIA: 
É o princípio básico para que cada um seja respeitado pelo seu trabalho e 
acatada sua atuação, evitando que um profissional interfira na ação do 
outro, o que poderia gerar desarmonia e falta de ordem. Garante os direitos 
de cada um, como retribuição as suas funções e obrigações. 
RESPEITO E COMPREENSÃO MÚTUOS: 
É o princípio que preconiza que não existem funções subalternas, pois todos 
se equivalem em suas respectivas atribuições, nas quais são autônomos e 
respeitados. 
EVITAR MOVIMENTOS SEM FINALIDADE: 
Esses movimentos levam a perda de tempo e tiram a beleza do ato 
operatório. O movimento durante a cirurgia deve ser medido e exato para 
as funções a quais são destinadas e deve ocorrer de forma harmônica com 
participação de toda a equipe. 
HISTÓRIA: 
EPHRAIM MCDOWELL: 
Cirurgia na era moderna - ressecção TU ovário em 1809; considerado o “pai 
da ginecologia”. Fez a primeira ovariectomia (extração dos ovários) 
inicialmente, apenas em casos de problemas como cistos. 
WILLIAM T. G. MORTON: 
Dentista - 1846 - anestesia inalatória. Considerado o “pai da anestesia”, foi 
um dentista americano responsável pela primeira demonstração pública 
com sucesso, de uma droga anestésica por inalação. 
BILLROTH: 
Considerado o “pai da cirurgia abdominal”, fez a primeira gastrectomia 
bem-sucedida ao câncer gástrico. 
ELEMENTOS DO ATO CIRÚRGICO: 
CIRURGIÃO: 
@resumosdamed_ 
 
2 
 
O cirurgião é o responsável integral do ato operatório. Ele deve manter o 
controle, a ordem e a harmonia na cirurgia, bem como a notificação dos 
procedimentos realizados durante a cirurgia. 
Cabe ao cirurgião: 
• Escolher a equipe e coordenar o trabalho da mesma; 
• Ser o principal executor e responsável pela intervenção cirúrgica - 
secciona estruturas, faz hemostasia e promove a síntese dos tecidos; 
• Ter raciocínio rápido, decisões prontas, destreza manual e equilíbrio 
emocional. 
ANESTESISTA: 
O anestesista deve procurar a melhor via e forma para realizar a anestesia 
do paciente. Além disso, o anestesista deve estar atento a todas as 
intercorrências que interfiram no estado geral do paciente durante a 
aplicação, a ação e após efeito do anestésico. 
A este cabe: 
• A escolha do pré-anestésico e da anestesia mais adequada; 
• Autorizar o início da cirurgia; 
• Poder solicitar a suspensão ou interrupção da cirurgia, na vigência 
do risco de vida ao paciente; 
• Ser responsável pela vigilância constante do paciente, aferindo e 
corrigindo as variações homeostáticas; 
• Ao término da cirurgia, ser responsável por fiscalizar e orientar a 
recuperação anestésica, até que o operado tenha condição de 
manter os reflexos vitais. 
CIRURGIÃO AUXILIAR: 
O auxiliar do cirurgião pode colaborar ao facilitar o proceder cirúrgico, 
como: cortar fios, segurar e enxugar estruturas, dissecar acessos, fazer 
preparação pré e peri-operatório, orientar a posição correta do paciente 
para a cirurgia e colaborar com o instrumentador e o circulante. 
Além disso, é responsável por: 
• Posicionar o paciente na mesa operatória, preparar o campo 
cirúrgico, organizar a mesa apropriada com o seu instrumental 
(pinça dente de rato, pinça anatômica, tesoura, afastadores e 
válvulas para exposição do campo operatório); 
• Auxiliar o cirurgião nas manobras de hemostasia e afastar estruturas 
de maneira adequada; 
Obs: dependendo da complexidade da cirurgia, podem haver dois 
auxiliares, que dividem as tarefas entre si. 
INSTRUMENTADORA: 
O instrumentador auxilia a cirurgia ao dinamizar o processo de 
instrumentação cirúrgica. Este profissional deve ser atento, ágil, organizado, 
respeitoso e perspicaz. 
Ademais, é responsável: 
• Pela preparação mesa de instrumentação no início da intervenção 
e participa ativamente do ato cirúrgico; 
• Por manter o campo cirúrgico limpo e organizado, substituindo 
compressas, colocando as gazes e retirando fios e instrumentos 
deixados sobre o doente. 
POSICIONAMENTO NO CAMPO CIRÚRGICO: 
O cirurgião se posiciona de acordo com a cirurgia a ser realizada. 
Primeiro auxiliar se posiciona a frente do cirurgião. 
Se houver segundo auxiliar, este se posiciona ao lado do cirurgião. 
@resumosdamed_ 
 
3 
 
Instrumentador se posiciona na diagonal do cirurgião. 
Anestesista, geralmente na cabeça do paciente. 
• Cirurgia no abdome superior ou supra-umbilica: cirurgião a direita 
do paciente (destro); 
• Cirurgia no abdome inferior, infra-umbilical, ginecológicas ou 
próstata: cirurgião a esquerda (destro); 
• Cirurgias lateralizadas (ex: apendicectomia, esplenectomia, hérnias 
laterais): cirurgião se posiciona do lado a ser operado. 
Obs: se o cirurgião for canhoto, a posição é ao contrário. 
 
COLOCAÇÃO DOS CAMPOS CIRÚRGICOS: 
Duas pessoas paramentadas realizam o desdobramento dos campos 
estéreis e os posicionam no paciente de acordo com a cirurgia e prende 
com os Backhaus. 
A ordem dá-se por: degermação → campos cirúrgicos → antissepsia. 
CASOS: 
1) Você, como aluno do 4º ano, começa a frequentar o centro 
cirúrgico de um hospital da cidade, e empolgado leva seu 
smartphone e tira várias fotos. Discuta o fato. 
Não se deve tirar fotos, a não ser com prévia permissão do paciente (se ele 
estiver no fato) e do hospital (se for nas suas dependências). 
2) Em outra ocasião entra no centro cirúrgico, e astuto que você é, 
percebe em uma sala que o cirurgião é todo educado e usa termos 
como: “Por favor, um Kelly; muito obrigado pelo afastador”, e em 
outra sala o cirurgião, aparentemente ríspido, diz “Kelly”, “Farabeuf”. 
Discuta as formas de comunicação dos dois. 
As palavras devem ser reduzidas ao mínimo imprescindível aos pedidos 
estritamente necessários, e esses mesmos feitos sob a forma mais lacônica 
possível, designando-se apenas o nome daquilo que se deseja, orientando 
todos as fórmulas habituais de cortesia ou todo comentário inútil. Estes 
termos estão subtendidos pela própria harmonia e vontade mútua, 
colaboração que preside o trabalho de todos. 
3) Você é cirurgião, fez uma gastrectomia por tumor, e na checagem 
final a instrumentadora disse estar tudo certo (instrumentos cirúrgicos 
e compressas conferidos). Cerca de 2 anos depois recebe uma 
intimação a comparecer ao fórum. Existe um processo daquele 
paciente contra você por ele ter sido reoperado tempos depois 
@resumosdamed_ 
 
4 
 
achando compressas. Discuta as responsabilidades da cirurgia e o 
caso. 
A responsabilidade é do cirurgião no ato cirúrgico e do assistente de 
anestesia, já que o cirurgião é o principal responsável por manter o campo 
operatório limpo, evitando o acúmulo de gazes e compressas. 
O instrumentador apenas lhe entrega as gazes e compressas que lhe foram 
requeridas. Deve-se conferir a quantidade que foi utilizada antes e após o 
término da cirurgia e avisar em caso de falta. Além disso, a circulante conta 
quantas gazes já foram utilizadas. 
4) Esquematize no quadro a disposição da equipe cirúrgica e do 
anestesista nas seguintes cirurgias: laparotomia exploradora, 
retossigmoidectomia, colecistectomia videolaparoscópica e 
craniotomia. 
A instrumentadora deve ficar àfrente (diagonal) do cirurgião, nunca ao 
lado. Antes de iniciar a cirurgia, o cirurgião auxiliar (ou mesmo o cirurgião) 
orienta o anestesista a disposição do campo cirúrgico. 
No caso das varizes, a instrumentadora ficará nos pés para passar os ferros 
para os dois lados. 
Na neurocirurgia, os cuidados com o tubo orotraqueal e acessos venosos, 
que tenham conexões longas e bons monitores. Muitas vezes cobre-se toda 
a cabeça. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
1) CIRINO, L.M.I. Manual de técnica cirúrgica para a graduação. 1ª edição. 
São Paulo: Sarvier, 2006. 
2) KIRK, R.M. Bases técnicas da cirurgia. 6ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2011.

Continue navegando