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GESTAO DE RECURSOS HÍDRICOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS atividade 1

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PERGUNTA 1
1. Sabemos que os componentes fundamentais da fase terrestre do ciclo hidrológico são: precipitação, escoamentos, armazenamentos (tanto superficial como subterrâneo), evaporação/evapotranspiração e condensação. Especificamente falando da evaporação e da evapotranspiração, são processos associados à transformação da água do estado líquido para vapor, responsável por integrar e formar, juntamente com os aerossóis, as nuvens.
Por meio, principalmente, da evapotranspiração, a Amazônia é responsável por liberar uma enorme quantidade de água para a atmosfera, que recebe o nome de “rios voadores”, encarregada por distribuir chuvas para diferentes regiões do país e até do mundo.
Nesse contexto, discorra sobre como o desmatamento da Amazônia pode interferir no ciclo hidrológico.
Quando parte de uma floresta é removida, as árvores já não evaporam parte da água extraída do solo, resultando em um clima muito mais seco. O desmatamento reduz o teor de água no solo e de águas subterrâneas, bem como a umidade atmosférica. Outra consequência é a redução da coesão do solo, de modo que a erosão, inundações e deslizamentos de terra ocorram mais frequentemente. A redução da cobertura florestal reduz a capacidade da paisagem de reter a chuva. Em vez de prender a chuva, que depois se infiltra nos sistemas de águas subterrâneas, as áreas desmatadas se tornar fontes de escoamento superficial da água, que se move muito mais rápido. O transporte mais rápido das águas superficiais pode traduzir-se em inundações e cheias mais localizadas do que poderia ocorrer com a cobertura florestal.
O desmatamento não é um impacto ambiental isolado. Ele está intimamente ligado a outros danos ecossistêmicos, como a poluição, a invasão de espécies exóticas e o aquecimento global, reage com eles e essa integração os reforça mutuamente, gerando efeitos negativos maiores do que a simples soma de seus componentes, efeitos que são muitas vezes irreversíveis.
O desmatamento na Amazônia afeta o ciclo da água e os padrões de chuva regional, com consequências para toda a floresta: 1) com o número menor de árvores, a quantidade de água devolvida à atmosfera através da transpiração é menor; 2) a redução da rugosidade da superfície florestal (o dossel das árvores) gera menos atrito na circulação da atmosfera e afeta também a quantidade e localidade da chuva. Os impactos climáticos são evidentes. No lugar da chuva tradicional amazônica, em que a umidade é inicialmente trazida do oceano e levada ao longo da floresta, nas áreas desmatadas, a chuva é empurrada de acordo com a direção do vento.

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