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Aula 4 - Sinapses e Neurotransmissores

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Fisiologia
· Neurotransmissores e Sinapses
	As informações regulam os órgãos e determinam a homeostase do organismo.Para que as células se comunicam?
- Funções celulares: crescer, proliferar, secretar...
Como as células se comunicam?
Sinal 		 	Detecção	 Resposta
 	 		 
Célula 		célula-alvo
sinalizadora		 
 			receptores
Ligante
		RESPOSTA
	As informações ocorrem através de moléculas que passam de célula a célula.
	As etapas são: síntese da molécula sinalizadora (pela célula sinalizadora), transporte da molécula sinalizadora ate a célula alvo, e detecção da molécula sinalizadora pela célula alvo através de um receptor especifico.
Na ultima aula, vimos que:
	Neurônios Conduzem informações através de sinais elétricos Movimentos de íons através da membrana celular Correntes iônicas codificam sinais que percorrem os axônios para ocorrer comunicação do neurônio para outra célula-alvo.
Transmissão de sinais em um neurônio
Fases: 
	Estimulo causa alteração da polaridade da célula (potencial de membrana em repouso) leva a ativação de canais iônicos voltagem-dependentes permitindo a geração de potencial de ação (despolarização) propagação da alteração (PA) até as terminações do neurônio (ativação dos botões terminais).
Comunicação Neurócrina:
	É semelhante à parácrina. Nesse caso ocorre entre neurônios, ou entre neurônio e célula-alvo.
	Ação Neurócrina: - Envolve a liberação de mensageiros químicos através de terminações nervosas
- As substâncias de natureza neurócrina podem ser:
A. Neurotransmissor
B. Sinalizador neural (através de junção GAP ou junção do tipo comunicante)
C. Neuro hormônio (neurônio que é neuro secretório para o sangue e atinge uma célula-alvo distante)
Células nervosas são capazes de conduzir sinais bioelétricos por longas distancias sem que haja enfraquecimento do impulso ao longo do percurso. Além disso tem a capacidade de apresentarem comunicação com células musculares lisas, estriadas, glandulares e outras células nervosas. Essa comunicação permite que haja resposta nos músculos, liso, cardíaco, esquelético, glândulas exócrinas e neurônios pós sinápticos pela liberação de respostas químicas especificas (neurotransmissores). 
HIPOTÁLAMO
- Parte do SNC
- Função endócrina: contituido de neurônios que fazem comunicação com a glândula hipófise. Possui neurônios que produzem hormônios - Libera hormônios liberadores (libera na adenohipófise para desencadear sinais em outras glândulas) de outros hormônios e sintetizam ocitocina e vasopressina (na adenohipófise).
Como um neurônio transmite informação para outro neurônio (comunicação célula-célula no sistema nervoso)?
- A especificidade da comunicação neural depende:
1) Conexões anatômicas entre os neurônios e seus alvos (regiões sinapses);
2) Neurotransmissores
3) Neuromoduladores
4) Receptores das células alvo
Sinapse:
- É uma região no qual um neurônio encontra sua célula-alvo
A maioria das sinapses são químicas, na espécie humana.
Elétricas:
Caracterizada por canais que conduzem eletricidade de uma célula para a próxima. A maior parte dessas sinapses consiste em estruturas tubulares proteicas chamadas de junções comunicantes ou GAPs. São estruturas que permitem a comunicação através de conexinas, que são proteínas pertencentes a cada uma das células e que as atravessam, permitindo o movimento livre dos ions de uma célula para outra. Apenas pequeno numero de junções GAP pode ser encontrado no sistema nervoso central. Entretanto é por meio dessas junções que os potenciais de ação são transmitidos com velocidade e precisao, por exemplo, no musculo cardíaco e liso. Essas sinapses são incomuns e ocorrem principalmente no SNC. No musculo cardíaco as junções GAP estão presentes nos discos intercalares. 
Químicas:
	A transmissao da informação nas sinapses quimicas envolve a liberação de neurotransmissores pela célula pré sinaptica, difusao na fenda sinaptica e ligação pelo receptor especifico na membrana pós sinaptica, produzindo variação de potencial de membrana.
	São eficientes e precisas pois apresentam o potencial de controlar, modular e transmitir todas as mensagens elétricas que chegam por meio do potencial de ação e químicas que chegam por meio de neurotransmissores. Nas sinapses químicas, o botão pre-sinaptico armazena os neurotransmissores em vesículas sinápticas. O neurônio secreta por seu terminal a substancia química chamada de neurotransmissor, que vai atuar em proteínas receptoras presentes na membrana do neurônio pós-sinaptico, para promover a inibição, excitação ou ainda atuar de outro modo nessa célula. Mais de 40 substancias neurotransmissoras foram descobertas nos últimos anos.
Transferência de informação na sinapse:
Etapa 1 – um potencial de ação despolariza o terminal axônico. A membrana pré-sinaptica tem grande numero de canais de cálcio dependentes de voltagem. Quando o potencial de membrana percorre o axônio e o impulso nervoso chega ao axônio despolariza a membrana pré-sinaptica 
Etapa 2 – a despolarização abre os canais de cálcio controlados por voltagem e o cálcio entra na célula. A abertura dos canais de cálcio permite a entrada de ions cálcio para o terminal pré-sinaptico.
Etapa 3 – a entrada do cálcio inicia a exocitose do conteúdo das vesículas sinápticas. O conteúdo (neurotransmissor) das vesículas sinápticas é liberado. 
Etapa 4 – o neurotransmissor se difunde através da fenda sináptica e se liga aos receptores na célula pós-sináptica. Ocorre assim, a interação neurotransmissor/receptor na célula pós-sinaptica, causando abertura dos canais iônicos.
Etapa 5 – a ligação do neurotransmissor inicia uma resposta na célula pós-sináptica. A abertura dos canais iônicos promoverá a resposta na célula pós-sinaptica.
As sinapses químicas são sempre transmitidas em uma única direção (unidirecionais). Do neurônio que secreta o neurotransmissor (pré-sinaptico) para o neurônio em que o neurotransmissor age (pós-sinaptico). Nas sinapses elétricas as transmissões ocorrem em todas as direções.
Sabemos que...
A informação é passada para o sistema nervoso central na forma de impulsos nervosos (potencial de ação) que se propagam por sucessão de neuronios um após o outro. Entretanto cada impulso pode ser: bloqueado na sua transmissão para o próximo; transformado de impulso único para repetitivo; integrado a impulsos vindos de outros neurônios para gerar padrões de impulsos complexos em neurônios sucessivos. Todas essas funções podem ser classificadas como funções sinápticas dos neurônios.
Circuitos neuronais básicos:
· Circuitos divergentes e amplificadores
· Circuitos convergentes (utilizados nas funções complexas)
· Circuito reverberativo (ciclo respiratório, sono-vigília, marcha,...)
· Circuito paralelo (independente da fadiga sináptica)
Um neurônio pré-sinaptico faz sinapse com vários outros neurônios pós-sinaptico.
Ex: estimulação de um neurônio do córtex motor do cérebro pode fazer com que 15 mil fibras do musculo periférico contraiam
Esse tipo de circuito permite a amplificação do impulso.
Vários neurônios pré-sinapticos fazem sinapse com um neurônio pós-sinaptico. 
Esse tipo de circuito permite que impulsos de diferentes regiões causem determinada sensação. Nesse caso sinais vindos de diversas áreas do cérebro devem atuar ao mesmo tempo em um único neurônio para que ele possa responder ao estimulo de forma adequada. 
Neurônios vindos de lugares diferentes e convergindo a um único neurônio promovem a somação espacial necessária para fazer o neurônio atingir o limiar para descarga. A convergência pode vir de sinais aferentes excitatórios ou inibitórios de fontes múltiplas. A convergência é um dos importantes modos que o SNC usa para correlacionar, separar e soma os diferentes tipos de informações.
O circuito reverberatório é formado por uma serie de neurônios que transmitem a informação por uma via circular. Isto é, um neurônio estimula outro e assim por diante ate que o sinal retorne ao neurônio inicial. Dessa forma o sinal percorre o circuito,ou reverbera, até que o neurônio fatigue. Contudo, enquanto o circuito reverbera também envia sinais para outras partes do cérebro e para o sistema muscular, causando estimulação prolongada. Por exemplo, as contrações musculares que promovem a respiração são resultado complexo de reverberação no centro respiratório do tronco cerebral.
O circuito paralelo ocorre quando o sinal aferente para o grupamento provoca descarga eferente prolongada (pós-descarga) com a duração de alguns milissegundos até muitos minutos após o sinal eferente tenha terminado. Quando as sinapses excitatórias atuam sobre o corpo celular ou dendritos, desenvolve-se no neurônio um potencial pós sináptico que dura milissegundos especialmente quando algumas substancias transmissoras de ação prolongada estão envolvidas. Enquanto esse potencial permanece, ele pode continuar a excitar o neurônio fazendo com que transmita sequencia continua de impulsos eferentes. Assim, apenas com esse resultado do mecanismo de pós descarga sináptica é possível que um so sinal aferentes instantâneo gere sinal eferente sustentado (serie de descargas repetitivas que duram muitos milissegundos).
Neurotransmissores
- São substâncias químicas (mensageiros químicos) especializadas na condução do estímulo nervoso;
- São responsáveis por transportar, equilibrar e estimular os sinais entre os neurônios e outras células do corpo;
- São produzidos no Sistema Nervoso Central e no Sistema Nervoso Periférico;
- Sintetizados no interior do neurônio , transportados através do axônio e liberados no terminal axônico na fenda sináptica.
Mais de 50 substancias já foram descritas como transmissores sinápticos.
Neurotransmissores de moléculas pequenas e de ação rápida:
Induzem as respostas agudas no S. Nervoso como a transmissão de sinais sensoriais para o encéfalo e os sinais motores do encéfalo para os músculos.
Classe I:
- Acetilcolina
Classe II: (as aminas)
- Norepinefrina
- Epinefrina
- Dopamina
- Serotonina
- Histamina
Classe III: (aminoácidos)
- Ácido gama-aminobutirico (GABA)
- Glicina 
- Glutamato 
- Aspartato
Classe IV:
- Oxido nítrico (NO)
Neurotransmissores peptídicos de ação lenta ou fatores de crescimento:
Neuropeptideos em gral, produzem ação mais prolongada, como mudança ao longo prazo do numero de receptores neuronais; abertura e fechamento por longos períodos de certos canais iônicos; mudança a longo prazo da dimensão das sinapses. 
Hormônios liberadores hipotalâmicos:
- hormônio liberador de tirotrofina 
- hormônio liberador do hormônio luteinizante
- somatostatina (fator inibitório do hormônio de crescimento)
Peptídeos hipofisários:
- hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
- ocitocina
- vasopressina
- hormônio do crescimento
- hormônio luteinizante
- tirotrofina
- hormônio a-melanócito estimulante
- prolactina
- 3-endorfina
Peptídeos que agem no intestino e no cérebro:
- encefalina leucina
- encefalina metionina
- substancia P
- gastrina
- colecistocinina
- peptídeo intestinal vasoativo (VIP)
- fator de crescimento neural
- fator neurotrófico derivado do cérebro
- neurotensina
- insulina
- glucagon
De outros tecidos:
- Angiotensina II
- bradicinina
- carnosina
- peptídeos do sono
- calcitonina
Neurotransmissores excitatórios:
Aumentam a probabilidade de um neurônio disparar um potencial de ação
- Exemplos: 	Noradrenalina/estado de alerta, estresse
		Dopamina/ humor/motricidade extrapiramidal
		Serotonina/ciclo sono vigília/humor
		Acetilcolina /cognição/contração muscular
Neurotransmissores inibitórios:
Diminuem a probabilidade de um neurônio disparar um potencial de ação
Exemplos: 	Endorfinas/dor
		Melatonina/ciclo sono vigília
		Ácido gama amino butírico = GABA/inibição de descargas elétricas excessivas geradoras de crises epiléticas.
Neurotransmissores como acetilcolina e dopamina pode causar os dois efeitos, dependendo do tipo de receptores que estão presentes.
a) PPSE: O NT é excitatório. Causa despolarização na membrana pós-sináptica (entrada de sódio).
Na sinapse excitatória ocorre a despolarização da membrana pos sináptica, através do influxo de cátions (sódio) e a entrada de carga positiva altera a polaridade da membrana que é negativa, levando ao potencial. Se a despolarização gerada pela sinapse excitatória for maior que o limiar máximo sera gerado um potencial de ação. As sinapses excitatórias geram potenciais pos sinápticos excitatórios da membrana do neurônio pos sináptico. Em geral a sinapse excitatória estimula a produção do potencial de ação 
b) PPSI: O NT é inibitório. Causa hiperpolarização na membrana pós-sináptica (entrada de cloro e/ou saída de potássio).
Na sinapse inibitória ocorre uma hiperpolarização da membrana pós sináptica, através do influxo de anions (cloro) e efluxo de cátions (potássio). Dessa forma, a entrada de carga negativa e a saída de carga positiva altera a polaridade da membrana, tornando-a ainda mais negativa e afastando do potencial de repouso. As sinapses inibitórias produzem portanto potenciais inibitórios pos sinápticos e dessa forma fica mais difícil do neurônio pos sináptico produzir potencial de ação.
Somação espacial:
A excitação de um só terminal pos sináptico sobre a superfície do neurônio quase nunca excita a célula. Isso se deve ao fato de que a quantidade de substancia transmissora liberada por um só terminal para provocar o potencial excitatório é normalmente de valor não superior à faixa de 0,5 a 1 mV, ao invés dos 10 mV necessários para gerar um potencial de ação. Entretanto diversos terminais pré sinápticos são estimulados ao mesmo tempo. Embora esses terminais estejam distribuídos por amplas e distantes áreas no neurônio, os efeitos ainda podem ser somados, ou seja, os potenciais podem se somar a outros até que a excitação neuronal ocorra. 
A razão para que isso ocorra é:
A alteração do potencial em qualquer ponto isolado do corpo celular alterara o potencial em qualquer local do corpo celular, quase do mesmo modo. Isso ocorre, pois a condutividade elétrica no grande corpo celular neuronal é muito alta. Portanto para cada sinapse excitatória que dispara simultaneamente, o potencial de membrana total fica mais positivo que 0,5 - 1 mV. Quando o potencial excitatório é grande o suficiente, o limiar de disparo será alcançado e o potencial de ação vai ser gerado espontaneamente no segmento inicial do axônio.
etapa 1 – três neurônios excitatórios disparam. Seus potenciais graduados separadamente estão abaixo do limiar
etapa 2 – os potenciais graduados alcançam a zona de disparo e se somam para criar um sinal supralimiar
etapa 3 – um potencial de ação é gerado
Neurotransmissores de moléculas pequenas e de ação rápida
Neurotransmissores Classe I:
Acetilcolina (Ach): é secretada por neurônios em diversas áreas especificas do sistema nervoso. Controla a atividade de áreas ligadas à atenção, aprendizagem e memoria. É liberada pelos núcleos colinérgicos e é responsável pelo sistema parassimpático atuando na juncao neuromuscular para contrair músculos esqueléticos e contrair o sistema digestório e escretor, efeito oposto da adrenalina. Em muitos casos tem efeito excitatório. Entretanto, sabe-se que tem efeito inibitório em algumas terminações parassimpáticas periféricas.
A acetilcolina é sintetizada a partir da colina e acetil coA, no terminal axônico.
Os neurônios e receptores relacionados à acetilcolina, são chamados de colinérgicos.
Na fenda sináptica, a ACh é rapidamente quebrada pela enzima acetilcolinesterase
A colina é transportada de volta para o terminal axônico e utilizada para a síntese de mais ACh.
Neurotransmissores Classe II:
Aminas:
Grupo das catecolaminas: Norepinefrina, Epinefrina, Dopamina.
São derivados do aminoácido tirosina e também funcionam como neurohormonios quando são secretados pela medula adrenal. 
	Norepinefrina:
A norepinefrina é uma substancia química que induz a excitação física e mental e ao bom humor. Ela atua nos centros de prazer do cérebro e sua falta esta associada a transtornos depressivos. É secretada por terminais de diversos neurônios cujos corposcelulares estão localizados no tronco cerebral e no hipotálamo. Especialmente os neurônios secretores de norepinefrina estão localizados na ponte, e enviam fibras nervosas para áreas encefalicas muito disseminadas no encéfalo auxiliando no controle da atividade geral e na disposição da mente, tal como aumento do nível de vigilia. Em muitas dessas áreas a norepinefrina se liga a receptores excitatórios, mas ao contrario em poucas áreas se liga a receptores inibitórios. A norepinefrina é secretada também pela maioria dos neurônios pós-ganglionares no SN Simpatico, onde excitam alguns órgãos e inibem outros. 
	Epinefrina:
A epinefrina é considerada tanto hormônio como neurotransmissor. Geralmente é um hormônio do estresse que é liberado pela glândula adrenal. No entanto, funciona como neurotransmissor no cérebro. A adrenalina está associada a alerta máximo no sistema nervoso. Predomina no SN Autônomo atuando especificamente no SN Smpático. Ela aumenta a taxa cardíaca e a pressão sanguínea, tende a se esgotar no estresse e a aumentar no exercício físico. 
Os neurônios que secretam a noradrenalina são denominados adrenérgicos ou noradrenergicos.
	Dopamina:
Controla a estimulação e os níveis dos neurônios motor. É secretada por neurônios que se originam da zona negra e se projetam principalmente para a região estriatal dos gânglios da base. O efeito da dopamina é em geral inibitório.
Serotonina:
É um dos neurotransmissores mais importantes e com mais neurônios e funções diferentes. Possui forte influencia no humor, desejo sexual, memoria, aprendizagem e sono reparador. A falta de serotonina é apontada como uma das causas de transtornos depressivos, alimentares, sexuais e do sono. Para sua boa produção é importante o consumo de triptofano, uma boa rotina de sono (6-8h) e exercícios regulares. A serotonina é secretada por núcleos que se originam em uma área do tronco cerebral e projetam para diversas áreas encefálicas e da medula espinhal. Ela age como inibidor das vias da dor na medula espinhal e acredita-se que sua ação inibitória nas regiões superiores do sistema nervoso auxilie no controle do humor do indivíduo, possivelmente até provocando o sono
Histamina:
Atua como neurotransmissor no cérebro e na medula espinhal. Sintetizada a partir de histidina, a histamina apresenta funções térmicas e relacionadas ao despertar. No resto do organismo é importante para regular o fluxo sanguíneo e a resposta à inflamação.
Neurotransmissores Classe II:
Aminoácidos:
Acido gama-aminobutirico: 
Age como o principal mensageiro químico inibidor do corpo. O GABA contribui para a visão, controle motor, e desempenha um papel no controle da ansiedade. É secretado por terminais nervosos situados na medula espinhal, no cerebelo, nos gânglios da base e em diversas áreas do córtex. Acredita-se que sempre tenha efeito inibitório. Os benzodiazepínicos utilizados para o tratamento da ansiedade funcionam aumentando a eficiência dos neurotransmissores GABA, o que pode aumentar a sensação de relaxamento e calma.
Glutamato:
É o neurotransmissor mais abundante encontrado no sistema nervoso, onde desempenha seu papel em funções cognitivas como memória e aprendizagem. Considerado o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso, o glutamato é secretado por terminais pré sinápticos em muitas vias sensoriais aferentes. Assim, como em diversas áreas do córtex cerebral.
Glicina:
É um neurotransmissor encontrado em todo o organismo e atua como neurotransmissor inibitório em neurônios do sistema nervoso central, principalmente no tronco cerebral e na medula espinhal. Também atua como antiinflamatorio, protetor celular e na modulação do sistema imune.
Aspartato:
Também atua como neurotransmissor excitatório de modo similar ao glutamato.
Neurotransmissores Classe IV:
Oxido nítrico (NO):
Desempenha um papel na afetação dos músculos lisos relaxando-os, permitindo que os vasos sanguíneos se dilatem, aumentando o fluxo sanguíneo para certas áreas do corpo. O oxido nítrico é especialmente secretado por terminais nervosos em áreas encefálicas responsáveis pelo comportamento a longo prazo e pela memoria. Sendo assim, esse sistema de neurotransmissão poderá, futuramente, explicar alguns comportamentos da memoria que ate hoje tem sido um desafio. O oxido nítrico difere de outros neurotransmissores de pequena molécula por seu mecanismo de formação no terminal pré-sinaptico e por sua ação no neurônio pós-sinaptico. O NO não é formado e armazenado em vesículas no terminal pre sináptico como os outros neurotransmissores. Na verdade é sintetizado quase que instantaneamente conforme a sua necessidade, quando então se difunde para fora dos terminais pré sinápticos por períodos de segundo, ao invés de ser liberado em embalagens vesiculares. Em seguida difunde-se para neurônios pós-sinapticos adjacentes. No neurônio pos sináptico o NO não induz grandes alterações no potencial de membrana, mas modifica as funções metabólicas intracelulares que promovem alterações na excitabilidade do neurônio por segundos, minutos ou até por mais tempo.
Obs: O CO tem sido considerado atualmente como um neurotransmissor. Ele é conhecido por ser um gas incolor e inodoro que pode ter efeitos tóxicos e potencialmente fatais quando as pessoas são expostas a altos níveis da substancia. No entanto é produzido naturalmente pelo corpo como um neurotransmissor que ajuda a modular a resposta inflamatória do corpo.
Neurotransmissores peptídicos de ação lenta ou fatores de crescimento
Não são sintetizados no citosol dos terminais sinápticos, mas são formados a partir de partes integrais de grandes moléculas proteicas pelos ribossomos do corpo celular dos neurônios. As moléculas proteicas entram então na região interna do RE do corpo celular e, consequentemente, no aparelho de golgi onde passam por duas alterações:
· Proteína formadora de neuropeptideo é clivada por acao enzimática em fragmentos menores, sendo alguns deles o próprio neuropeptideo, ou seu precursor
· O aparelho de golgi empacota o neuropeptideo em vesículas miúdas que serão liberadas no citoplasma. As vesículas são então transportadas até as terminações das fibras nervosas pelo fluxo axônico do citoplasma, sendo transportadas em lenta velocidade – alguns cm/dia. 
Por fim, essas vesículas liberam seu conteúdo nos terminais neuronais em resposta a potenciais de ação da mesma forma que os neurotransmissores de molécula pequena.
Peptídeos hipofisarios:
	Endorfina:
Neurotransmissores que agem como inibidores dos sinais de dor e promovem sentimentos de euforia e felicidade. Esses mensageiros são produzidos naturalmente pelo organismo em resposta à dor, mas também podem ser desencadeados por outras atividades como exercício físico aeróbico. Assim como a encefalina, a endorfina é um opiáceo (bem como heroína e morfina), e modulam a resposta a dor, relaxamento muscular e reduzem o estresse. Também estão envolvidas nos mecanismos de dependência física. Além de seu envolvimento nas vias de dor, os peptídeos opioides estão envolvidos em grande variedade de funções regulando a resposta ao estresse, de alimentação, humor, aprendizado, memoria e imunes, além de apresentar grande importância na modulações de inúmeras funções sensoriais, motivacionais, emocionais e funções cognitivas.
	Ocitocina:
É tanto um hormônio quanto um neurotransmissor. É produzida pelo hipotálamo e desempenha um papel no reconhecimento social, na ligação e na reprodução sexual
Peptídeos que agem no intestino e cérebro:
Susbstancia P: 
É um neuropeptideo que atua como modulador facilita processos inflamatórios, é secretada por macrófagos, eosinófilos, linfócitos e células dendríticas, além dos nervos sensitivos específicos. Também pode ser responsável pelo controle da respiração e da regeneração do tecido epitelial nervoso e atua favorecendo a vasodilatação.
Neuromoduladores:
Esses neurotransmissores são capazes de afetar um numero maior de neurônios ao mesmo tempo. Também afetam o efeito de outros mensageiros químicos. Onde os neurotransmissoressinápticos são liberados para ter um impacto de ação rápida em outros neurônios receptores, os neuromoduladores se difundem por outra área maior e são mais lentos 
Receptores das células-alvo:
Há dois tipos de receptores na membrana do neurônio pós-sinaptico. Podem ser classificados como:
Inotrópicos – que alteram a função do canal de íon;
Metabotrópicos – exercem suas ações nos sistemas de segundos mensageiros (ligados a proteínas G e também regulam a abertura e fechamento de canais iônicos indiretamente).
Os receptores ionotropicos são canais iônicos que se abrem quando se ligam ao neurotransmissor e deixam passar ions para dentro ou fora do neurônio pós-sinaptico. Dependendo do neurotransmissor, ao se ligar ao receptor ionotropico pode provocar: 
- uma pequena despolarização local da membrana (potencial pós-sinaptico excitatório, ou despolarização excitatória) pela entrada de carga positiva;
- uma pequena hiperpolarização local da membrana (potencial pós-sinaptico inibitório, ou hiperpolarização inibitória) pela entrada de carga negativa. 
A ligação dos receptores metabotrópicos com os neurotransmissores não provoca a abertura de canais iônicos de forma direta, mas de forma indireta, porque os receptores metabotrópicos não formam canais iônicos. Quando um neurotransmissor se liga a um receptor desse tipo, o receptor ativa a proteína G de membrana que vai ativar a via de formação de segundos mensageiros. Isso desencadeia uma sequencia de eventos bioquímicos no interior do neurônio pós-sinaptico que pode causar diversos fenômenos como abertura de canais iônicos, alteração conformacional sem abertura de canais de proteínas de membrana e de moléculas transportadoras, e ate alterações na expressão genica. 
As modificações causadas pela ligação de um neurotransmissor ou receptor metabotrópico ocorrem mais lentamente e são mais duradouras que as modificações causadas pela ligação de um neurotransmissor com um receptor ionotropico. Além disso elas podem ocorrer em regiões mais distantes da sinapse 
Receptores Glutaminérgicos:
Os principais receptores ionotropicos para glutamato se chamam receptores AMPA e receptores NMDA. Esses nomes fazem referencia às drogas agonistas que os ativam acido alfa-amino 3 hidroxi 5 metil 4 isoxazolipropionico (AMPA) e n-metil-d-aspartato (NMDA), respectivamente. Ambos os receptores quando ligados ao glutamato atuam como canais iônicos para cátions em geral, embora o receptor NMDA seja mais permeável ao cálcio que o AMPA. O canal NMDA é um canal bloqueado por magnésio. A corrente iônica associada ao canal AMPA é ativada e inativada muito rapidamente. Já a corrente associada ao receptor NMDA é ativada mais lentamente e sua inativação é muito mais lenta. 
etapa 1 – o glutamato se liga a canais AMPA e NMDA
etapa 2 – a entrada resultante de sódio via canais AMPA despolariza a célula pós-sinpatica
etapa 3 – a despolarização ejeta o magnésio (que estava bloqueando o canal) do receptor-canal NMDA e abre o canal
etapa 4 – o cálcio entra no citoplasma por canais NMDA
etapa 5 – o cálcio ativa vias do segundo mensageiro
etapa 6 – substancia parácrina da célula pós sináptica aumenta a liberação de glutamato
Receptores Colinérgicos
Possui dois subtipos principais:
(1) Nicotínicos (a nicotina é agonista);
Os receptores nicotínicos são encontrados no musculo esquelético, no sistema nervoso autônomo e no sistema nervoso central. São canais de cátions onde sódio, potássio podem passar. 
(2) Muscarínicos (muscarina, encontrada em fungos, é agonista);
Dividem-se em 5 subtipos, e são acoplados à proteína G que dispara sinalizações que envolvem síntese de segundos mensageiros intracelulares. Localizam-se no SNC, Células parietais gástricas e gânglios autônomos, coração, musculo liso e glândulas.
Receptores Adrenérgicos:
Pertencem à classe de receptores ligados à proteína G, são ativados por seus ligantes endógenos, as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). 
- Existem dois grupos principais de receptores adrenérgicos: a (alfa) e b (beta)
- Desencadeiam a ativação da via proteínas G-química
Os receptores do tipo alfa, possuem localização e resposta diferentes. 
Os receptores do tipo beta estão todos ligados à proteína G, que por sua vez estão ligados à enzima adenilato ciclase que é responsável em converter ATP no segundo mensageiro do tipo AMPc. Também estão presentes em diversos tecidos e desencadeiam diferentes sinalizações.
Inativação de neurotransmissores:
Dependendo do tipo de neurotransmissor ele vai ser inativado de formas diferentes
Tipo 1 – os neurotransmissores podem retornar aos terminais axonicos para reutilização ou ser transportados para as células da glia
Ex: noradrenalina
Tipo 2 – as enzimas inativam os neurotransmissores
Ex: acetilcolina é inibida pela acetilcolinesterase
Tipo 3 – os neurotransmissores podem difundir-se para fora da fenda sináptica por difusão, cair na corrente sanguínea e ser absorvido por algum tecido que acaba o degradando
Ex: aminoácidos, polipeptideos.

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