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GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS - 3

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01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 1/51
GESTÃO INTEGRADA DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOSRESÍDUOS
Me. Renata Crist ina de Souza Chatalov
IN IC IAR
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 2/51
introdução
Introdução
No contexto desta Unidade, vamos estudar a questão da disposição �nal dos resíduos sólidos. Para
tanto, vamos iniciar com os aterros sanitários, que visam a destinação �nal dos resíduos, buscando
técnicas baseadas em engenharia para minimizar os impactos ambientais que os resíduos podem
causar ao meio ambiente. Trata-se de uma técnica controlada que traz vantagens e desvantagens, as
quais vamos estudar. Também abordaremos os aterros industriais, que são formas de destinação
�nal adequada para resíduos industriais. Além disso, vamos re�etir sobre a questão da disposição
�nal de resíduos perigosos, bem como os tipos de tratamentos de resíduos e as formas de
recuperação destes.
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 3/51
O aterro é uma forma de disposição de resíduos no solo que, com base em critérios de engenharia
operacionais especí�cas, garante um con�namento seguro em termos de poluição ambiental e
proteção à saúde pública (SILVA, 2008). Embora o método seja simples, um aterro sanitário requer
cuidados, desde a seleção e o preparo da área até sua operação e seu monitoramento. É de�nido
pela NBR 8.419 (ABNT, 1992, p. 1) como:
Aterro SanitárioAterro Sanitário
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 4/51
[...] uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à
saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que
utiliza princípios de engenharia para con�nar os resíduos sólidos à menor área possível
e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na
conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário. O
projeto deve ser elaborado para a implantação de um aterro sanitário que deve
contemplar todas as instalações fundamentais ao bom funcionamento e ao necessário
controle sanitário e ambiental durante o período de operação e fechamento do aterro
(ABNT, 1992, p. 1).
Para Barbosa e Ibrahin (2013), o aterro sanitário deve contar com todos os elementos de proteção
ambiental, tais como:
Impermeabilização de base e laterais;
Sistema de recobrimento diário e cobertura �nal;
Coleta e drenagem de líquidos percolados;
Coleta e tratamentos dos gases;
Drenagem super�cial;
Tratamento de líquidos percolados e sistema de monitoramento.
Todos esses elementos tem como intuito evitar danos ao meio ambiente, evitar a contaminação das
águas subterrâneas pelo lixivado e o acúmulo do biogás resultante da decomposição anaeróbia do
lixo no interior do aterro.
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 5/51
A operação de aterros sanitários, conforme a Figura 3.1, consiste em um sistema de
impermeabilização de base e laterais, geralmente, um �lme plástico de polietileno de alta densidade,
com sistema de recobrimento diário do resíduo depositado e com cobertura �nal da área quando
saturada.
Figura 3.1: Vala de um aterro sanitário. 
Fonte:  Georgy Stepanov / 123RF.
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 6/51
Para avaliar a e�ciêcia da operação de um aterro sanitário, é preciso fazer o monitoramento
ambiental, para isso, devem ser controladas as águas super�ciais e subterrâneas da área, realizar o
monitiramento da qualidade do lixiviado (também conhecido como chorume, que é um líquido de
cor escura, fétido e com elevado potencial poluidor, resultante da decomposição da matéria
orgânica) e do e�uente tratado; a caracterização dos resíduos da massa aterrada; o monitoramento
geotécnico do maciço do aterro; e o controle da saúde das pessoas envolvidas na operação do
aterro (BARBOSA; IBRAHIN, 2013).
Nesse contexto, segundo a Abrelpe (2017), as principais vantagens de um aterro sanitário são:
Baixo custo operacional;
Tecnologia conhecida;
Possibilidade de aproveitamento do biogás, que pode ser aproveitado para geração de
produtos, tais como: energia elétrica, calor e metano.
Também apresenta alguns pontos de atenção, tais como:
Grandes áreas para empreendimento;
Tratamento de lixiviado deve ser e�ciente;
Após a capacidade esgotada, ainda exige cuidados e manutenção por anos.
Podemos observar que, infelizmente, além de todo conhecimento sobre os aterros sanitários, boa
parte dos resíduos são lançados inadequadamente em “lixões”. A Figura 3.2 nos apresenta um
comparativo de resíduos que são dispostos em aterros e lixões em 2017 (em ton./dia).
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 7/51
Podemos observar que, embora haja um avanço na destinação �nal dos resíduos, ainda existem
lixões e aterros controlados ativos, recebendo uma enorme quantidade de resíduos.
Figura 3.2 - Disposição �nal de RSU no Brasil no ano de 2017 (em toneladas por dia). 
Fonte: adaptada de ALBERPE (2017, p. 15).
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 8/51
Aterro Industrial
A disposição em aterros industriais é uma das formas adequadas de destinação �nal dos resíduos
sólidos gerados pelas indústrias, porém, não é a única. De acordo com a norma ABNT 10004 (ABNT,
2004), resíduos sólidos industriais seriam todos os resíduos no estado sólido ou semissólido
resultantes das atividades industriais, incluindo lodos e determinados líquidos, cujas características
saiba mais
Saiba mais
A quantidade de lixões no Brasil, continua crescendo. Eram
1.559 lixões em 2016 e, em 201,7 passaram para 1.610.
Para saber mais, sobre o assunto acesse o conteúdo a
seguir.
Fonte: Adaptado de Mello (2018).
ACESSAR
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-09/lixoes-continuam-crescer-no-brasil-mostra-levantamento
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 9/51
tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água ou que exijam para
isso soluções técnicas e economicamente inviáveis.
A instalação de um aterro industrial é controlada por legislação própria que tem o intuito de
minimizar os impactos ambientais. Para isso, são obrigatórios a implantação de sistemas de
impermeabilização, a drenagem e o tratamento de gases e de e�uentes (BARBOSA; IBRAHIN, 2013).
Os orgãos responsáveis, no Brasil, pelo licenciamento e pela �scalização dos aterros industriais são
os órgãos ambientais estaduais, ou seja,  cada estado em que o aterro foi instalado, além de normas
registradas na ABNT que regem esse serviço e que dão respaldo ao órgão público para aplicar a lei.
Dessa forma, os aterros industriais podem ser classi�cados nas classes, a saber:
i. Resíduos perigosos;
ii. : Não perigosos, não inertes;
iii. B: Não perigosos, inertes.
Para Silva (2008), em um aterro Classe I, são destinados os resíduos considerados perigosos, por
exemplo, resíduos in�amáveis, cinzas de incineradores, tóxicos e outros. Esse tipo de de aterro
precisa ser operado com cobertura total para evitar a formação de percolado, devido à ocorrência
de águas pluviais. Para isso, ele possui um sistema de dupla impermeabilização com manta
polietileno de alta densidade (PEAD), protegendo o solo e as águas subterrâneas. O aterro classe I
deve estar de acordo com o estabelecido pela norma NBR 10.157 (ABNT, 1987), que de�ne as
exigências quanto aos critérios de projeto, à construção e à operação de aterros industriais Classe I
(SILVA, 2008).
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 10/51
Como a legislação ambiental varia de acordo com o estado, antes do envio de qualquer resíduo para
um aterro industrial, deve-se estar atento às especi�cidades dos requisitos legais acercado tema.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, há uma portaria da Fundação Estadual de Proteção Ambiental -
FEPAM, Nº 16/2010, de 20/04/2010 que “dispõe sobre o controle da disposição �nal de resíduos
Classe I com características de in�amabilidade no solo, em sistemas de destinação �nal de resíduos
denominados “aterro de resíduos classe I” e “central de recebimento e destinação de resíduos classe
I”, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul” (FEPAM, 2010, p. 2).
A Portaria Nº 16/2010 da FEPAM proíbe, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, a destinação dos
seguintes resíduos para aterro de resíduos Classe I e central de recebimento e destinação de
resíduos dessa classe:
Borras Oleosas; borras de processos petroquímicos; borras de fundo de tanques de
combustíveis e de produtos in�amáveis; elementos �ltrantes de �ltros de combustíveis e
lubri�cantes; solventes e borras de solventes; borras de tintas a base de solventes; ceras
contendo solventes; panos, estopas, serragem, EPIs, elementos �ltrantes e absorventes
contaminados com óleos lubri�cantes,solventes ou combustíveis (álcool, gasolina, óleo
diesel, etc); lodo de caixa separadora de óleo com mais de 5% de hidrocarbonetos
derivados de petróleo ou mais 70% de umidade; solo contaminado com combustíveis
ou com qualquer um dos componentes acima identi�cados (FEPAM, 2010, p. 2).
Em um aterro Classe II-A, temos as seguintes características, a saber:
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 11/51
Impermeabilização com argila e geomembrana de PEAD;
Sistema de drenagem e de tratamento de e�uentes líquidos e gasosos e completo
programa de monitoramento ambiental.
Já em um Aterro Classe II-B, destinado aos resíduos inertes, não há a necessidade de
impermeabilização do solo, devido às características dos resíduos que nele devem ser dispostos, no
entanto, é necessário o sistema de drenagem de águas pluviais e um programa de monitoramento
ambiental (SILVA, 2008).
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 12/51
atividade
Atividade
Um aterro sanitário é uma forma adequada de disposição �nal dos resíduos sólidos em que, por meio de
técnicas de engenharia, os resíduos são dispostos no solo, cobertos por uma camada de solo (com proteção
por uma geomembrana) e há monitoramento de lixiviado e de gases. Sobre o aterro sanitário, avalie as
a�rmativas a seguir e classi�que (V) para Verdadeiro e (F) para Falso.
i. Resíduos oriundos de indústrias podem ser destinados a aterros sanitários.
ii. Resíduos de serviços de saúde Classe A (biológicos) podem ser encaminhados para aterros
sanitários sem tratamento prévio.
iii. O sistema de drenagem de águas pluviais de um aterro deve permitir a in�ltração de águas
pluviais para seu interior.
Assinale a alternativa que apresenta o que as a�rmações I, II e III são respectivamente:
a) V, V, V.
b) F, F, F.
c) V, F, F.
d) V, F, V.
e) F, F, V.
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 13/51
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 14/51
A destinação, o tratamento e a disposição �nal de resíduos sólidos devem seguir a Política Nacional
de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010), bem como a NBR 10.004 (ABNT), que classi�ca os resíduos de
acordo com as reações que produzem quando são colocados no solo.
Em atividades de gerenciamento de resíduos, a NBR 10.004 é uma ferramenta essencial, que vem
sendo aplicada por instituições e órgãos �scalizadores. A partir da classi�cação estabelecida pela
Resíduos PerigososResíduos Perigosos
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 15/51
NBR 10.004, o gerador de um resíduo pode facilmente identi�car o potencial de risco deste, bem
como identi�car as melhores alternativas para destinação �nal e/ou reciclagem.
Além disso, o gerenciamento de resíduos sólidos é matéria com previsão constitucional,
enquadrando-se nos dispositivos que preveem a obrigação de conservação da natureza, a defesa do
solo e dos recursos naturais, a proteção do meio ambiente e o controle de poluição (BECHARA,
2013).
A instalação e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere
com resíduos perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas
autoridades competentes se o responsável comprovar, no mínimo, capacidade técnica e
econômica, além de condições para prover os cuidados necessários ao gerenciamento
desses resíduos (BRASIL, 2010, p. 20).
O artigo 38 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) nos diz que cabe às pessoas jurídicas,
que operam com resíduos perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, a obrigação de se
cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos. Para o cadastramento, as
pessoas jurídicas necessitam contar com um responsável técnico pelo gerenciamento dos resíduos
perigosos, de seu próprio quadro de funcionários ou contratado, devidamente habilitado, cujos
dados serão mantidos atualizados no cadastro (BRASIL, 2010). Cabe às pessoas jurídicas que operem
com resíduos perigosos:
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 16/51
Manter registro atualizado e facilmente acessível a todos os procedimentos relacionados à
implementação e à operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos perigosos;
Informar anualmente ao órgão competente do SISNAMA e, se couber, do SNVS, sobre a
quantidade, a natureza e a destinação temporária ou �nal dos resíduos sob sua
responsabilidade;
Adotar medidas destinadas a reduzir o volume e a periculosidade dos resíduos sob sua
responsabilidade, bem como a aperfeiçoar seu gerenciamento;
Informar imediatamente aos órgãos competentes sobre a ocorrência de acidentes ou
outros sinistros relacionados aos resíduos perigosos.
No processo de licenciamento ambiental de atividades que operem com resíduos perigosos, o órgão
licenciador do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) pode exigir a contratação de seguro
de responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou à saúde pública, observando as
regras sobre cobertura e os limites máximos de contratação �xados em regulamento (BRASIL, 2010).
Essas atividades, além do licenciamento ambiental, devem fazer o plano de gerenciamento de
resíduos sólidos, contemplado pela PNRS, na qual direcionam as formas de minimização, de coleta,
de tratamento e de disposição �nal dos resíduos. Estão sujeitos à elaboração de Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010):
Os geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;
Os geradores de resíduos industriais, ou seja, os gerados nos processos produtivos e nas
instalações industriais;
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 17/51
Os geradores de resíduos de serviços de saúde;
Os geradores de resíduos de mineração, ou seja, aqueles gerados nas atividades de
pesquisa, de extração ou de bene�ciamento de minérios;
Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: (a) gerem resíduos
perigosos; (b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua
natureza, sua composição ou seu volume, não sejam equiparados aos resíduos
domiciliares pelo Poder Público Municipal;
As empresas de construção civil nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas
pelos órgãos do SISNAMA;
Os responsáveis pelos terminais de serviços de transportes originários de portos, de
aeroportos, de terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira,
nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e, se
couber, do SNVS;
Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do
SISNAMA, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) ou do Sistema Uni�cado de
Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA).
Quanto à destinação ou à disposição �nal de resíduos sólidos ou rejeitosestão estabelecidas as
seguintes proibições (BRASIL, 2010):
Lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;
Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 18/51
Queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para
essa �nalidade;
Outras formas vedadas pelo Poder Público.
saiba mais
Saiba mais
Uma outra alternativa para eliminar o lixo tóxico, gerado por
qualquer segmento industrial, seja ele um hospital ou uma
metalúrgica, é contratar uma empresa especializada na
destinação correta desses resíduos ou fazer o
coprocessamento destes. Para saber mais, acesse o link.
Fonte: Adaptado de CETESAMBIENTAL (2019).
ACESSAR
https://www.cetesambiental.com.br/coprocessamento-residuos-perigosos
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 19/51
atividade
Atividade
Os resíduos perigosos podem ser incinerados, sendo a incineração um processo de queima na presença de
excesso de oxigênio, no qual os materiais à base de carbono são decompostos, desprendendo calor e
gerando um resíduo de cinzas, de gases e de escória.
Sobre a incineração, leia as a�rmações a seguir.
i. A incineração do lixo é um tratamento e�caz para aumentar o seu volume, tornando o resíduo
absolutamente inerte em pouco tempo, se realizada de forma adequada.
ii. Na incineração ocorre a decomposição térmica, via oxidação à alta temperatura da parcela
orgânica dos resíduos, sendo transformada em uma fase gasosa e outra sólida, na qual são
reduzidos o volume, o peso e as características de periculosidade dos resíduos.
iii. A incineração é um processo que, se não operado em condições adequadas, pode liberar gases
nocivos à saúde humana, além disso, tem um custo alto e torna-se inacessível para a maioria dos
municípios.
iv. A incineração seria uma alternativa que resolveria integralmente o problema da destinação �nal
de resíduos sólidos.
É correto o que se a�rma em:
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 20/51
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 21/51
Agora, vamos conhecer alguns tratamentos de resíduos sólidos, tais como: biodigestor,
compostagem, incineração e pirólise.
Biodigestor
Tratamento de ResíduosTratamento de Resíduos
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 22/51
O biodigestor é um processo de tratamento que pode ser utilizado para dejetos de animais e demais
resíduos orgânicos que tenham alto teor de umidade, entretanto, existem sistemas desenvolvidos
para a decomposição anaeróbia de resíduos sólidos com menor teor de umidade. Para esttes
últimos, o tempo de decomposição é maior, mas é gerado o biogás, composto principalmente por
metano (cerca de 65%), gás carbônico e outros gases (SILVA JUNIOR, 2015).
Um biodigestor deve ser composto por dois compartimentos: o primeiro é fechado, recebendo os
dejetos orgânicos (exclusivamente) que são decompostos anaerobiamente, gerando o biogás e o
biofertilizante, que será lançado gradativamente no segundo compartimento, que é aberto.
O biofertilizante, resultante do processo, é um condicionador de solo que contém nitrogênio e
fósforo, com baixa carga orgânica e não provoca poluição quando lançado na lavoura. Em lugares
muito frios, é possível construir biodigestores aquecidos com o próprio biogás gerado, a �m de
manter uma temperatura adequada (entre 20 e 35ºC), não cessando a decomposição e a produção
de biogás (SILVA JUNIOR, 2015, p. 304).
Assim como em aterros sanitários, na construção de um biodigestor, é preciso ter a
impermeabilização do solo. Esse é um processo que traz vantagens, tais como:
Pode receber vários tipos de resíduos orgânicos;
Se instalado e operado de forma adequada, pode gerar energia;
Há o aumento de vida útil dos aterros.
Já como desvantagens, podemos citar as seguintes:
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 23/51
Requer monitoramento;
Caso compostos, como o enxofre, se não forem reduzidos, podem ter  a vida útil dos
equipamentos comprometida.
Compostagem
A compostagem é uma forma de tratamento biológico da parcela orgânica de resíduos, na qual
podemos reduzir seu volume e transformar esses compostos húmus, que podem ser aplicados ao
solo.
Esse processo consiste na decomposição da matéria orgânica, em condições aeróbias (presença de
oxigênio) e de maneira controlada, a �m de obter um material estabilizado, não sujeito mais às
reações de putrefação, que se tratam da decomposição que ocorrem com os resíduos orgânicos. A
oxigenação pode ser feita de forma manual, por meio de reviramentos em leiras de compostagem.
Essa aeração tem por intuito suprir a demanda de oxigênio que os microrganismos requerem e para
controlar a temperatura. Dependendo do tamanho da leira, esse reviramento pode ser feito por pás
carregadeiras ou trator destinado a esse �m, conforme apresentado na Figura 3.3. 
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 24/51
Durante o reviramento das leiras de compostagem, é necessário liberar o calor para o ambiente,
então, é preciso fazer a correção da umidade, inserindo uma distribuição da água uniformemente na
massa de compostagem. É importante frisar que a água no processo de compostagem deve ser
natural, sem tratamento, pois a água tratada contém cloro e agentes químicos, que eliminam todos
os microrganismos e, até mesmo, aqueles que fazem a decomposição da matéria orgânica. Esse
processo de compostagem traz inúmeras vantagens, tais como:
Figura 3.3 - Processo de Compostagem (leira e pá para revolvimento). 
Fonte: Elenathewise / 123RF.
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 25/51
Reciclagem de nutrientes ao solo;
Aumento de vida útil do aterro sanitário;
Aproveitamento agrícola de matéria orgânica;
Processo ambientalmente seguro.
No entanto, se a compostagem for implantada com técnicas incorretas, pode causar transtornos
como mau cheiro e proliferação de vetores, além de produzir chorume e/ou compostos de baixa
qualidade e contaminados por papel e plásticos (ROCHA; ROSA; CARDOSO, 2009). O produto �nal da
compostagem, quando operado em condições ideais, é conhecido como composto orgânico que
possui coloração escura e com umidade reduzida.
Incineração
A incineração é um processo de queima na presença de excesso de oxigênio, na qual os materiais à
base de carbono são decompostos, desprendendo calor e gerando um resíduo de cinzas, de gases e
de escória. É realizado sob alta temperatura de 900 a 1.200ºC, com tempo de residência controlada e
utilizada para tratamento de resíduos de alta periculosidade (SILVA, 2008). Segundo Monteiro et al.
(2001, p. 140), um incinerador é:
Um equipamento composto por duas câmaras de combustão onde, na primeira
câmara, os resíduos, sólidos e líquidos, são queimados a temperatura variando entre
800 e 1.000°C, com excesso de oxigênio, e transformados em gases, cinzas e escória. Na
01/03/2022 15:14 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=6244 26/51
segunda câmara, os gases provenientes da combustão inicial são queimados a
temperaturas da ordem de 1.200 a 1.400°C. Os gases da combustão secundária são
rapidamente resfriados para evitar a recomposição das extensas cadeias orgânicas
tóxicas e, em seguida, tratados em lavadores, ciclones ou precipitadores eletrostáticos,
antes de serem lançados na atmosfera através de uma chaminé. Como a temperatura
de queima dos resíduos não é su�ciente para fundir e volatilizar os metais, estes se
misturam às cinzas, podendo ser separados destas e recuperados para
comercialização. Para os resíduos tóxicos contendo cloro, fósforo ouenxofre, além de
necessitar maior permanência dos gases na câmara (da ordem de dois segundos), são
precisos so�sticados sistemas de tratamento para que estes possam ser lançados na
atmosfera (MONTEIRO et al., 2001, p. 140).
Vejamos, na Figura 3.4, um modelo de um incinerador utilizado para queima de resíduos.
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São resíduos exemplos de resíduos passíveis de incineração, de acordo com Pinto (2011):
Resíduos sólidos e líquidos;
Resíduos orgânicos clorados e não-clorados (borra de tinta, agrodefensivos, resíduos
farmacêuticos, de laboratório e outros);
Resíduos hospitalares;
Figura 3.4: Incinerador. 
Fonte: Martinh76 / 123RF.
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Resíduos inorgânicos contaminados com óleo.
São considerados resíduos não passíveis de incineração:
Radioativos;
Resíduos totalmente inorgânicos.
Na incineração, ocorre a decomposição térmica, via oxidação à alta temperatura da parcela orgânica
dos resíduos, sendo transformada em uma fase gasosa e outra sólida, na qual são reduzidos o
reflita
Re�ita
Nesse contexto, é importante observarmos que a
Gestão de Resíduos é importante até na sua
destinação �nal, desde que aconteça de forma
adequada.
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volume, o peso e as características de periculosidade dos resíduos. É importante salientar que as
escórias e as cinzas devem ser dispostas em aterro; os e�uentes líquidos encaminhados para
estação de tratamento para que possam retornar ao processo; já os gases provenientes da queima
devem ser tratados e monitorados sob os seguintes parâmetros: vazão, temperatura, níveis de
oxigênio, gás carbônico e materiais particulados (SILVA, 2008). De acordo com Pinto (2011), é uma
técnica que apresenta inúmeras vantagens, tais como:
Destruição total da parcela orgânica dos resíduos;
Monitoramento online de todo o processo;
Flexibilidade na forma de recebimento dos resíduos (tambores, bombonas, caixas, fardos,
sacos e big bags);
Redução do volume;
Recuperação energética;
Alternativa para não recicláveis.
É um processo que, além de tratar resíduos perigosos, também pode ser utilizado na queima de
outros resíduos reduzindo seu volume, pois as cinzas e as escórias ocupam menos espaços em
aterros. No entanto, se não operados em condições adequadas, podem liberar gases nocivos à
saúde humana, além disso, tem um custo alto e torna-se inacessível para a maioria dos municípios.
Observa-se que a incineração não resolve integralmente o problema da destinação dos resíduos e,
assim, há a necessidade de se providenciar uma disposição �nal adequada para as cinzas, as
escórias e para o lodo resultante do tratamento dos gases (PINTO, 2011).
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Em um processo de incineração, a característica do resíduo é o fator mais importante para
determinar a viabilidade de incineração deste. Segundo Silva (2008), os resíduos perigosos podem
ser divididos em cinco categorias, a saber:
Resíduos oleosos e óleos clorados;
Resíduos in�amáveis e orgânicos sintéticos;
Metais tóxicos;
Explosivos, metais reativos e seus compostos;
Sais, ácidos e bases.
O processo de incineração deve ser visto como um conjunto de cinco sistemas, que tem como
função:
Preparar o resíduo para queima;
Combustão do resíduo;
Tratamento dos gases de saída;
Tratamento de e�uentes;
Acondicionamento e disposição dos resíduos gerados no processo de queima e nos
equipamentos de controle de poluição do ar.
Pirólise
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Na pirólise, há ausência de oxigênio, com produção de gás, de óleo e de carvão. É o processo
utilizado para a produção de carvão vegetal, no qual são produzidos como subprodutos o extrato
pirolenhoso e o alcatrão.
A pirólise pode ser utilizada, em equipamentos mais so�sticados, como um processo
anterior à gasei�cação. Em um equipamento com processo térmico misto, há fases de
baixo, médio e alto aquecimento durante o processamento dos resíduos. É considerado
um processo ecoe�ciente, pois não necessita de energia externa, além de gerar
excedente energético (SILVA JUNIOR, 2015, p. 310).
Algumas vantagens que a pirólise apresenta são:
Minimização do volume de resíduos;
Geração de gás combustível para produção de energia;
Possibilidade de descentralização do tratamento, com redução da logística de resíduos;
Minimização da necessidade de espaço em aterros sanitários.
Já como desvantagens desse processo, podemos citar:
Riscos com a operação do processo;
Custo elevado.
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atividade
Atividade
Em um processo de incineração ocorre a destruição de componentes orgânicos e a minimização da
presença de resíduos combustíveis nas cinzas resultantes. Sobre a incineração, assinale alternativa correta:
a) A incineração de resíduo hospitalar é obrigatória.
b) Antes da implementação de incinerador é ideal tomar alguns cuidados.
c) A combustão secundária tem duração de 30 a 120 minutos, com cerca de 500 a 800 ºC.
d) As cinzas resultantes devem ser encaminhadas para lixões.
e) A incineração exige grandes áreas de instalações para sua implantação.
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Umas das formas de recuperar os resíduos é aproveitar o seu potencial energético. Existem várias
opções de procedimentos para a produção de energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos.
Vamos apresentar a seguir três desses procedimentos:
Incineração;
processamento biológico associado à compostagem;
Recuperação de ResíduosRecuperação de Resíduos
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utilização do biogás (GDL) emitido em aterros sanitários.
Aproveitamento energético por meio de
Incineração
Segundo Saiani, Dourado e Toneto Júnior (2014), a incineração é a tecnologia mais usada para o
aproveitamento energético dos resíduos sólidos urbanos em diversos países europeus, nos Estados
Unidos e no Japão, ou seja, países que apresentam elevadas pressões sobre o espaço físico urbano,
principalmente, em localidades mais populosas, o que reduz o número de terrenos disponíveis para
a construção de aterros.
A produção de energia elétrica pela incineração dos resíduos sólidos urbanos ocorre nas chamadas
usinas WTE (wast-to-energy) que, em média, são capazes de produzir entre 450 e 700 kWh por
tonelada de resíduo.  Essas  usinas usam o vapor da incineração para a produção de energia,
seguindo um processo similar ao das usinas térmicas tradicionais. A capacidade de produção
depende da e�ciência na transformação do calor em energia e do poder calorí�co (PC) dos materiais
empregados na incineração.
Outra forma de aproveitamento energético dos resíduos industriais é por meio do coprocessamento
em fornos de cimento que, de acordo com Phillipi Jr. et al. (2014, p. 51), “também pode ser entendido
como uma forma de disposição �nal, apesar de ser considerado um processo de incineração”.
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Além de RSU, outra possibilidade de obter energia a partir de resíduos por meio de incineração é a
utilização de outros materiais, tais como: lodo de esgoto.
Processamento biológico associado à compostagem
Também podemos produzir energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos, possuindo como
benefício adicional a redução da destinação destes a aterros sanitários, sendo este o processamento
saiba mais
Saiba mais
As usinas de geração de energia a partir de resíduos sólidos
WTE ( Waste-to Energy ) surgem como alternativade
investimento que poderia trazer benefícios tanto para a
gestão dos RSU, pela mitigação de impactos ambientais,
quanto para o setor elétrico brasileiro. Para saber mais
sobre o assunto, acesse o conteúdo a seguir.
Fonte: MULLER; ARRUDA; HILUY FILHO (2018).
ACESSAR
https://www.producaoonline.org.br/rpo/article/view/2975
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biológico, que deve ser associado à compostagem.
A compostagem pode ser de�nida como o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a
decomposição dos materiais orgânicos dos resíduos e, consequentemente, obter adubo natural
(orgânico). O artigo 3º da Lei n. 12.305 classi�cou a compostagem como uma destinação
ambientalmente adequada (BRASIL, 2010).
Enquanto no artigo 36 da PNRS foi estabelecido que, na responsabilidade compartilhada pelo ciclo
de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos
resíduos a implantação da compostagem para resíduos sólidos orgânicos e a articulação com os
agentes econômicos e sociais para a de�nição do uso do composto resultante no processo (adubo).
No processamento biológico, os materiais orgânicos dos resíduos são convertidos em adubo natural
por meio da compostagem. O processamento ocorre naturalmente pela digestão anaeróbica de
microrganismos em áreas com baixas concentrações de oxigênio. Ao longo da conversão dos
materiais orgânicos, é liberado um biogás — também chamado gás do lixo (GDL) — que pode ser
utilizado na produção de energia, com potenciais impactos ambientais negativos inferiores aos da
incineração (SAIANI, DOURADO; TONETO JÚNIOR, 2014).
Segundo Saiani, Dourado e Toneto Júnior (2014), o processamento deve ocorrer adequadamente em
suas quatro fases, que são elas:
Na primeira fase, os resíduos sólidos precisam ser separados: retiramos o que poderá ser destinado
à reciclagem e mantemos apenas o resíduo orgânico. Após a separação, os resíduos vão para um
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digestor no qual são diluídos por água limpa, água de esgoto ou por líquido recirculante do e�uente
do própriodigestor, permanecendo nessa imersão por aproximadamente 20 dias (segunda fase).
Na medida em que o material vai sendo anaerobicamente digerido, o biogás é liberado, captado e
pode ser tratado para que suas impurezas sejam retiradas (terceira fase). Os biossólidos resultantes
podem ser aerobicamente tratados para a obtenção de adubo natural, estabilizados para a
destinação �nal em aterros ou reaproveitados como combustível na incineração de usinas WTE,
potencializando a capacidade de produção de energia a partir dos resíduos sólidos (quarta fase).
Utilização do biogás (GDL) emitido em aterros
sanitários
Trata-se do aproveitamento energético do biogás da decomposição dos resíduos sólidos urbanos
que são emitidos em aterros sanitários. O gás do lixo (GDL) é gerado pela ação de microorganismos,
que decompõem anaerobicamente alguns materiais existentes nos resíduos sólidos. Como um dos
principais componentes do GDL, o metano pode ser convertido em energia se, após coletado e
�ltrado, alimentar geradores de combustão inerna (SAIANI; DOURADO; TONETO JÚNIOR, 2014).
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Dessa maneira, uma usina de geração de energia a partir do biogás deve ser composta por sistemas
de captação, de secagem e �ltragem, de produção e de injeção nas redes de distribuição. Além
disso, é importante salientar que a geração de energia a partir de aterros tem sua capacidade
associada ao tempo em que os resíduos são depositados e que, após o encerramento do aterro, as
taxas de geração podem diminuir.
saiba mais
Saiba mais
O estado do Paraná será o primeiro do Brasil a construir
uma estação de energia por meio de lixo orgânico e de
esgoto. Será uma usina de biogás, que utilizará esses
resíduos transformando-os em energia para abastecer
casas. Para saber mais sobre o assunto, acesse o conteúdo a
seguir.
Fonte: Drumont (2019).
ACESSAR
https://casacor.abril.com.br/noticias/parana-sera-1a-usina-do-brasil-a-gerar-energia-atraves-de-esgoto-e-lixo/
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atividade
Atividade
Segundo o IBGE (2007), faz-se necessário esclarecer que as práticas da reciclagem, da compostagem e da
incineração não podem ser analisadas como técnicas de disposição �nal dos resíduos sólidos, mas como
processos de manejo do lixo urbano. Sobre o aproveitamento de resíduos sólidos, por meio da
compostagem, analise as a�rmações a seguir e assinale (V) para Verdadeiro e (F) para Falso:
Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB.
Contagem Populacional . Rio de Janeiro, 2007.
i. A compostagem consiste na decomposição da matéria orgânica, em condições aeróbias e de
maneira controlada, a �m de obter um material estabilizado, não sujeito mais as reações de
putrefação que ocorrem com os resíduos orgânicos.
ii. As usinas de compostagem transformam os resíduos orgânicos presentes nos resíduos sólidos em
compostos orgânicos, e também reduzem o volume destinado que seria encaminhado a lixões.
iii. A compostagem também é conhecida por ser um tratamento biológico no qual a parte orgânica
do resíduo é decomposta pelos microrganismos presentes na camada super�cial do próprio solo.
Assinale a alternativa que apresenta o que as a�rmações I, II e III, são respectivamente:
a) V, F, F.
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b) F, F, F.
c) V, V, F.
d) F, V, V.
e) V, V, V.
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indicações
Material
Complementar
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FILME
Estamira
Ano: 2006
Comentário: Estamira Gomes de Souza é uma mulher de 63 anos, que
sofre de distúrbio mentais e que trabalha em um aterro sanitário que
�ca no Jardim Gramacho, na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de um
documentário que fala sobre a história de uma sobrevivente de um
lixão.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível.
TRA ILER
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LIVRO
O aproveitamento energético dos resíduos sólidos: as
causas do subaproveitamento do Biogás de aterro
sanitário no Brasil
Ana Paula Santos Del�no
Editora: Novas edições acadêmicas.
ISBN: 978-6202400565.
Comentário: O livro sugerido fala sobre as causas do
subaproveitamento do biogás de aterro sanitário do Brasil. Como linha
de investigação, trata dos instrumentos econômicos que visam
incentivar o aproveitamento energético dos resíduos sólidos urbanos.
Aborda que apesar de todo potencial que temos no Brasil, a destinação
�nal dos resíduos ainda é um problema enfrentado pela sociedade
atual.
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conclusão
Conclusão
Nesta Unidade estudamos a questão da disposição dos resíduos, item que também é contemplado
na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Iniciamos nossos estudos explicando o conceito de
aterro sanitário e industrial, apresentando como é essa disposição �nal adequada de resíduos, bem
como sua manutenção, suas vantagens e desvantagens. Em seguida, abordamos a questão da
disposição de resíduos perigosos.
Também tivemos a oportunidade de trabalhar com a questão dos tratamentos de resíduos, tais
como: incineração, pirólise, compostagem e biodigestores. E, por �m, encerramos nossos estudos
com a questão do aproveitamento energético dos resíduos por meio de incineração, por processos
relacionados à compostagem e à utilização de biogás emitido em aterrossanitários.
f ê i
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referências
Referências
Bibliográ�cas
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aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos. Rio de Janeiro, 1992.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm
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