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Introdução aos princípios ativos

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Introdução aos princípios ativos 
cosméticos
APRESENTAÇÃO
Eleger ativos e bases cosméticas corretamente são fundamentais para o sucesso efetivo nos 
tratamentos cosmético e estético, assim como compreender os mecanismos de ação dos ativos 
contribui para os resultados esperados. Além disso, distinguir ativos em função de sua origem e 
indicar vantagens e desvantagens em optar por um natural, orgânico ou sintético oportunizam a 
ampliação de novos nichos de mercado do mundo cosmético.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá a diferenciar ativos cosméticos vegetais, 
sintéticos e semi-sintéticos quanto à composição química. Também, relacionará os princípios 
ativos do mecanismo de ação à função fisiológica e compreenderá as funções dos cosméticos 
"verdes" e orgânicos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar ativos cosméticos vegetais, sintéticos e semi-sintéticos quanto à composição 
química.
•
Relacionar os princípios ativos do mecanismo de ação à função fisiológica.•
Reconhecer as funções dos cosméticos "verdes" e cosméticos orgânicos.•
DESAFIO
Para que as empresas IBD e Ecocert certifiquem os produtos cosméticos em orgânicos e 
naturais, é preciso cumprir as exigências legais, assim como as porcentagens mínimas para 
cada ingrediente nessas definições, as quais você pode acompanhar na tabela a seguir.
 
A partir desses dados, para este Desafio, considere dois exemplos de formulações 
cosméticas e responda as questões a seguir.
* Fórmula do produto 1: 90% argila natural, 7,5% extratos vegetais orgânicos e 2,5% 
conservante sintético permitido.
* Fórmula do produto 2: 90% água potável, 9,5% água floral orgânica e 
0,5% conservante natural.
1) Qual fórmula é considerada orgânica pela Ecocert e não orgânica pelo IBD? Justifique.
2) Qual formula é considerada orgânica pelo IBD e não orgânica pela Ecocert? Justifique.
3) Quando o IBD exclui em seu cálculo água e sal significa que a certificação orgânica torna-se 
mais rígida? Justifique.
INFOGRÁFICO
Nos rótulos dos produtos cosméticos, é indicada a lista de ingredientes que didaticamente, em 
função de suas atividades, podem ser classificados como ativos, adjuvantes, excipientes e 
veículos.
Acesse o Infográfico a seguir, para conhecer as funções de cada um dos ingredientes de 
determinado produto.
CONTEÚDO DO LIVRO
Os ativos e a base cosmética em uma composição são de fundamental importância para 
relacionar todos os ingredientes e atuar sinergicamente em benefício à função fisiológica sob 
demanda. Além disso, ter conhecimento da origem do ativo possibilita compreender os 
mercados cosméticos natural e orgânico.
No capítulo Introdução aos princípios ativos cosméticos, da obra Princípios ativos em estética, 
você estudará as diferenças entre ativos cosméticos vegetais, sintéticos e semi-sintéticos quanto 
à composição química, relacionando os princípios ativos do mecanismo de ação à função 
fisiológica e, por fim, analisando as funções dos cosméticos "verdes" e orgânicos.
Boa leitura.
PRINCÍPIOS 
ATIVOS EM 
ESTÉTICA
Celio Takashi Higuchi
Introdução aos princípios 
ativos cosméticos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Diferenciar ativos cosméticos vegetais, sintéticos e semi-sintéticos 
quanto à composição química.
  Relacionar os princípios ativos do mecanismo de ação à função 
fisiológica.
  Reconhecer as funções dos cosméticos “verdes” e orgânicos.
Introdução
Indicar produtos cosméticos corretamente em função da necessidade 
fisiológica da pele é de fundamental importância para mantê-la sempre 
em equilíbrio, ou seja, naquilo que a pele executa de funções essenciais. 
Assim, nos casos em que ocorrem deficiências bioquímicas, os ativos são 
indicados e utilizados como um auxílio.
Por esse motivo, conhecer os mecanismos de ação dos ativos cos-
méticos contribui muito para os resultados propostos nos tratamentos 
cosméticos e estéticos indicados e oferece vasta clareza sobre o que se 
pode esperar com relação aos principais benefícios inerentes à natureza 
física e química dos ativos.
Neste capítulo, você vai aprender a diferenciar ativos cosméticos 
vegetais, sintéticos e semi-sintéticos quanto à composição química, re-
lacionar os princípios ativos do mecanismo de ação à função fisiológica 
e compreender as funções dos cosméticos "verdes" e orgânicos.
U N I D A D E 1
Ativos cosméticos vegetais, sintéticos 
e semi-sintéticos e sua composição química
Diariamente, a população utiliza cosméticos sem saber que substâncias se 
encontram presentes em sua constituição. A grande maioria das pessoas é 
convencida pelos setores de marketing das marcas, por indicação de leigos 
ou até de especialistas. Entretanto, antes de se adquirir quaisquer produtos, 
é preciso ter o conhecimento da composição do cosmético por meio da lei-
tura crítica do rótulo, visualizar e identifi car os ativos e as matérias-primas 
presentes nos produtos.
Para que possamos diferenciar os ativos cosméticos em função de sua 
composição química, é necessário definir o que são cosméticos e quais são 
as suas principais funções. Além disso, é importante esclarecer que os ativos 
apresentam funções específicas, inclusive para atender interesses com fins 
comerciais.
Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são preparações cons-
tituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas 
partes do corpo humano — pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais 
externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral —, com o objetivo 
exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/
ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado 
(BRASIL, 2015).
Nos rótulos de produtos cosméticos, os ingredientes apontam os nomes 
químicos por meio da Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos 
— INCI (International Nomenclature of Cosmetic Ingredients). Trata-se de um 
sistema internacional de codificação para designar os ingredientes utilizados 
em produtos cosméticos que é reconhecido e adotado mundialmente.
Visto que existem mais de 12 mil ingredientes utilizados em produtos 
cosméticos e que muitos possuem, além da denominação química, mais 
de um nome comercial, o INCI permite designar de forma única e simpli-
ficada a composição dos ingredientes no rótulo dos produtos cosméticos.
O objetivo do uso da nomenclatura INCI é facilitar a identificação de qualquer 
ingrediente de forma clara, precisa e imediata não só no Brasil, mas em qual-
quer país no mundo e, principalmente do ponto de vista sanitário, proteger e 
resguardar a saúde da população (AGENCIA..., 2018).
De acordo com a Anvisa (BRASIL, 2015), para que as empresas possam 
comercializar os produtos cosméticos que são sujeitos à vigilância sanitária, é 
preciso, necessariamente, atender aos critérios estabelecidos em leis e à regu-
lamentação específica estabelecida. Tais critérios visam minimizar eventuais 
Introdução aos princípios ativos cosméticos2
riscos associados ao produto. Cabe à empresa fabricante ou à importadora a 
responsabilidade pela qualidade e pela segurança dos produtos registrados 
junto à Anvisa (BRASIL, 2015).
Além disso, somente os produtos de grau 2 constantes no Anexo VIII da 
RDC nº. 07/2015 estão sujeitos ao procedimento de registro na Anvisa. São 
eles: protetores solares e bronzeadores, produtos infantis, alisantes capilares, 
repelentes de insetos e geis antisséptico para as mãos. Produtos de grau 2 
possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação 
de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e res-
trições de uso.
Define-se produtos de grau 1 como produtos de higiene pessoal, cosméticos 
e perfumes cuja formulação cumpre com a definição adotada no item I do 
Anexo I da RDC nº. 07/2015 e que se caracterizam por possuir propriedades 
básicas ou elementares,cuja comprovação não seja inicialmente necessária 
e não requeira informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas 
restrições de uso devido às características intrínsecas do produto, conforme 
mencionado na lista indicativa “Lista de tipos de produtos de grau 1” estabe-
lecida no item I dessa seção.
Define-se produtos de grau 2 como produtos de higiene pessoal, cosmé-
ticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição adotada no item I 
do Anexo I da RDC nº. 07/2015 e que possuem indicações específicas, cujas 
características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como 
informações e cuidados, modo e restrições de uso, conforme mencionado na 
lista indicativa “Lista de tipos de produtos de grau 2” estabelecida no item II 
dessa seção (BRASIL, 2015).
Didaticamente, os produtos cosméticos são divididos em função da com-
posição cosmética da seguinte maneira:
  ativos cosméticos;
  adjuvantes;
  veículos e excipientes.
Os adjuvantes, veículos e excipientes compõem a base cosmética do 
produto. A natureza da base pode ser de sólida a gasosa. Produtos como 
maquiagem, solução, gel, loção, espuma, máscara, gel-creme, creme e outros 
são exemplos dessa natureza.
A função dos adjuvantes é conferir ação modificadora de propriedade 
ou corretiva. Os adjuvantes com essa ação modificadora de propriedade são 
os emolientes (ácidos graxos, ceras e silicones), umectantes, tensoativos, 
3Introdução aos princípios ativos cosméticos
espessantes, entre outros. O principal objetivo é alterar as características 
físico-químicas da base cosmética, não os considerando ativos propriamente.
Nos adjuvantes com ação corretiva, incluem-se os corantes, fragrâncias e 
conservantes (sequestrantes, antioxidantes e antimicrobianos), entre outros. 
O seu objetivo principal é adicionar funções que permitam melhor aceitabi-
lidade ao consumidor, como dar cor e aroma. Os conservantes são utilizados 
para garantir a validade do produto estabelecido e são matérias-primas que 
podem ser retiradas da composição sem comprometer a propriedade principal 
do produto cosmético (HIGUCHI, 2014).
Os veículos e excipientes são considerados adjuvantes inertes que têm 
como finalidade dar forma ao cosmético, auxiliar na solubilização e veicular 
os ingredientes e ativos cosméticos. De forma objetiva e clara, os veículos 
apresentam natureza líquida, como, por exemplo, água, hidroalcoólico e ácido 
glicólico; como sólida, o talco.
A base cosmética compõe praticamente a maior porcentagem do produto, 
não contribuindo diretamente no apelo de marketing, como ocorre com os 
ativos. Isso faz com que tenhamos interesse em compreender claramente o 
objetivo de cada atividade de um ativo.
Os ativos podem ser de origem natural (vegetal, animal ou mineral), sinté-
tica ou semi-sintética. É importante salientar que, nos últimos anos, o uso de 
ativos de origem vegetal tem crescido muito em função da preocupação e da 
conscientização com o meio ambiente. Entretanto, esse tipo ainda é muito raro 
no mercado cosmético e muitos desses ativos são modificados quimicamente, 
tornando-se semi-naturais ou semi-sintéticos (HIGUCHI, 2014).
Quimicamente, os ativos são considerados substâncias químicas, assim 
como todos os outros ingredientes que compõem um produto cosmético. As 
áreas de aplicação de uso externo e em pele íntegra podem ser a pele, o sistema 
capilar, os lábios, as unhas e os órgãos genitais externos.
Para serem considerados ativos cosméticos, eles devem garantir segurança 
e eficácia e atribuir funções específicas para os produtos cosméticos. Incluem-
-se verificações de segurança, como a ausência de irritação, sensibilização, 
fototoxicidade e fotoalergia por meio de testes clínicos e/ou testes in vitro.
Para que um ativo cosmético exerça seu efeito na pele, é necessário que sua 
molécula ultrapasse a barreira do estrato córneo e atinja seu local de ação — se o 
ativo não for capaz de permear através do estrato córneo, o produto não desem-
penhará sua ação efetiva. Um ponto importante é que os ativos cosméticos devem 
penetrar até as camadas mais profundas da pele, principalmente da epiderme, 
para exercer sua ação, porém, não devem ser absorvidos pelo organismo, de 
modo a evitar um efeito sistêmico indesejado (COMISSÃO..., 2018).
Introdução aos princípios ativos cosméticos4
Como já citado, os ativos cosméticos são classificados de acordo com as 
suas funções e origens em:
  Vegetais: são obtidos por meio de processos físico-químicos, com uso 
de solventes extratores, expressão a frio, enfleurage, maceração, entre 
outros para obter ativos de interesse. Tornam-se ativos cosméticos ao 
garantir segurança e eficácia comprovadas com relação aos benefícios 
à pele. Os ativos cosméticos vegetais são obtidos pelos metabólitos 
secundários das espécies vegetais e apresentam várias aplicações, 
sendo classificados em adstringentes, emolientes, umectantes, toni-
ficantes, rubefacientes, calmantes, anti-inflamatórios, antioxidantes, 
antienvelhecimento, aromáticos, tintoriais, detergentes, antissépticos, 
antiseborreicos, anticelulite e protetores solares (CASTELLANI, 2012). 
Os metabólitos secundários têm um papel importante na adaptação das 
plantas aos seus ambientes; essas moléculas contribuem para que as 
mesmas possam ter uma boa interação com os diferentes ecossistemas. 
Os metabólitos secundários estão intimamente associados a estratégias 
de defesa das plantas (NASS, 2007).
  Sintéticos: os ativos e adjuvantes sintéticos são substâncias químicas 
sintetizadas em laboratórios, como, por exemplo, os aromatizantes, co-
rantes, conservantes, silicones, tensoativos, entre outros. Esses ativos são 
muito utilizados devido ao seu baixo custo, à sua multifuncionalidade 
e eficácia; além disso, também prolongam a durabilidade dos produtos. 
Entre os ativos cosméticos sintéticos, incluem-se hidroquinona (clare-
ador), retinol (antienvelhecimento), ureia (hidratante), hexilresorcinol 
(esfoliante) e adjuvantes como lauril éter sulfato de sódio (tensoativo), 
carboximetilcelulose (espessante), EDTA (sequestrante), BHT e BHA 
(antioxidante), entre outros.
  Semi-sintéticos: os ativos semi-sintéticos são ingredientes de origem 
natural, mas transformados segundo procedimentos químicos autori-
zados (etoxilação, sulfonação, alquilação, esterificação, entre outros). 
Entre os ativos cosméticos semi-sintéticos, incluem-se gluconolactona 
(esfoliante), ácido lactobiônico (esfoliante), ácido ascórbico esterificado 
(antioxidante e clareador), entre outros.
De acordo com Michalun e Dinardo (2016), os formuladores estão combi-
nando ingredientes naturais ou semi-sintéticos com ingredientes sintéticos, 
criando um conjunto maior de ingredientes para formulação. O resultado 
é que produtos formulados com ingredientes naturais representam um dos 
5Introdução aos princípios ativos cosméticos
segmentos que mais cresce no mercado de cosméticos. Os ativos cosméticos 
vegetais incluem-se como ingredientes naturais desde que respeitados os 
critérios adotados pelas empresas certificadoras de cosméticos naturais e 
orgânicos.
Os consumidores frequentemente se confundem ao procurar produtos que sejam 
realmente 100% naturais, pois o mercado cosmético dispõe, em seus produtos, termos 
como “derivado de matérias-primas naturais”, “extratos de plantas naturais”, “origem 
natural”, entre outros. Na verdade, todos os “produtos naturais” contêm certa porcen-
tagem de ingredientes sintéticos (MICHALUN; DINARDO, 2016).
A interação entre os ingredientes do veículo e os princípios ativos, bem como os 
próprios efeitos do veículo sobre a pele, podem influenciar decisivamente a eficácia 
e a segurança de um produto (CAMPOS; MERCÚRIO, 2012).
Princípios ativos e função fisiológica
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano em peso e área de 
superfície (Figura 1). Essa área pode variar, aproximadamente, de 1,7 m² 
a 2,0 m² (em indivíduos adultos), correspondendo a em torno de 5,5% da 
massa corporal (CARVALHO, 2010; LEONARDI,2008). A pele recobre 
o corpo e é considerada a maior interface entre o meio ambiente e o corpo 
humano, estando exposta intensamente a variações como: temperatura, 
umidade, luz solar, xenobióticos ambientais e ocupacionais (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2008).
Introdução aos princípios ativos cosméticos6
Figura 1. Representação esquemática da anatomia de pele humana com as respectivas 
indicações de sua camada. 
Fonte: Soutor e Hordinsky (2015, p. 2).
Os ativos cosméticos atuam sobre a pele influenciados por diversos fato-
res, que incluem a região anatômica, condições da pele, idade, metabolismo 
cutâneo, descamação, irritação cutânea, sensibilização e fatores relacionados 
ao ativo e à formulação (COMISSÃO..., 2018).
De acordo com a Anvisa (AGÊNCIA..., 2018), destaca-se, no Quadro 1, 
algumas funções dos ingredientes utilizados em cosméticos seguidas de suas 
definições e exemplos (MICHALUN; DINARDO, 2016):
7Introdução aos princípios ativos cosméticos
Fonte: Adaptado de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2018, documento on-line).
Função Definição Exemplos
Antioxidante Inibe reações promovidas 
pelo oxigênio, evitando a 
oxidação e a rancificação.
Vitamina C
Adstringente Contrai os poros da pele e reduz 
a quantidade de oleosidade. 
Bardana
Emoliente Hidrata e suaviza a pele. Óleo vegetal em geral
Umectante Mantém e retém a umidade. 
Aumenta o teor de água da pele 
e ajuda a mantê-la macia e suave.
Glicerina
Queratolítico Ajuda a eliminar as células 
mortas da camada córnea.
Ácido salicílico
Oxidante Altera a natureza química da 
substância pela adição de 
outro átomo de oxigênio ou 
remoção de hidrogênio.
Peróxido de hidrogênio
Redutor Altera a natureza química da 
substância pela adição de 
outro átomo de hidrogênio 
ou remoção de oxigênio.
Hidróxido de amônio
Tensoativo Diminui a tensão superficial 
da cosmética, bem como 
auxilia a distribuição 
uniforme do produto.
Lauril éter sulfato 
de sódio (LESS)
Quadro 1. Ingredientes cosméticos e suas funções
Os antioxidantes referem-se à capacidade de um ingrediente de desacelerar, 
impedir ou bloquear a oxidação causada pelos efeitos nocivos dos radicais 
livres. A vitamina C atua como coenzima e, sob determinadas condições, 
como agente redutor e antioxidante (MICHALUN; DINARDO, 2016). Direta 
ou indiretamente, fornece elétrons a enzimas que requerem íons metálicos 
reduzidos. Age como cofator para prolil e lisil hidroxilases na biossíntese do 
colágeno (INFINITY PHARMA, 2012).
Introdução aos princípios ativos cosméticos8
Os adstringentes são usados para reduzir o conteúdo de óleo na superfície 
da pele e reequilibrar seu nível ácido após o uso de certos produtos de higiene. 
A bardana é um bom exemplo de extrato vegetal que confere efeito adstringente 
(FLORIEN, 2016).
Os emolientes possuem um efeito hidratante, reduzindo a evaporação da 
umidade da superfície da pele por meio da difusão de água na camada córnea e 
nos tecidos subjacentes. Os óleos vegetais, como de abacate, andiroba e amên-
doas doces, são bons candidatos para esse efeito (INFINITY PHARMA, 2013).
Os umectantes são utilizados em formulações cosméticas para aumentar o 
conteúdo de umidade da pele. Eles podem ligar-se à água, por isso são conside-
rados hidratantes. “A glicerina é usada como solvente para diversas substâncias 
e também por sua ação umectante e protetora da pele” (INFINITY PHARMA, 
2014, documento on-line).
Os queratolíticos reduzem a adesão dos corneócitos, desprendendo-os, e, 
consequentemente, levando a esse processo na pele. “O ácido salicílico é um 
ativo biossintetizado do aminoácido fenilalanina, com ação queratolítica e 
antimicrobiana, que é bastante usado em pacientes que apresentam oleosidade 
excessiva, acne, calosidades e outras desordens da camada córnea da pele” 
(INFINITY PHARMA, 2017).
Os oxidantes são utilizados para conferir meio oxidativo; os redutores, para 
reduzido. Esses meios favorecem reações químicas e aceleram a geração de 
produtos de interesse. São muito utilizados em aplicações capilares. O peró-
xido de hidrogênio é encontrado em concentrações baixas (3-9%) como efeito 
oxidante para auxiliar na descoloração capilar. Em geral, os hidróxidos são 
considerados bons redutores e incluem, por exemplo, o hidróxido de amônio.
Os tensoativos diminuem a tensão superficial e auxiliam na espalhabilidade 
de produtos quando aplicados à pele. O lauril éter sulfato de sódio confere 
“excelente solubilidade em água, alta detergência, alto poder espumante, emul-
sionante e espessante na presença de eletrólitos (NaCl e NH4Cl)” (INFINITY 
PHARMA, 2014, documento on-line).
A Anvisa informa, por meio de pareceres técnicos, se um determinado ingrediente 
inclui-se na lista de substâncias restritivas ou proibidas. As principais restrições podem 
ser em função de sua concentração, pH, local de aplicação e efeitos indesejáveis 
(AGÊNCIA..., 2018).
9Introdução aos princípios ativos cosméticos
As funções dos cosméticos “verdes” e orgânicos
No que se refere à biodiversidade, o Brasil tem excepcional força e respeito no 
cenário internacional, já que possui as maiores reservas de recursos naturais, 
diversos biomas e a mais rica biodiversidade tropical do mundo. Estima-se 
que o Brasil concentre mais de 20% do total mundial de espécies inventa-
riadas, e as plantas e os microrganismos existentes no território brasileiro, e 
especialmente na Amazônia, destacam-se entre toda essa megabiodiversidade 
(BRASIL, 1998).
Entretanto, há que se destacar as diferenças entre os cosméticos naturais/
orgânicos e os cosméticos com ativos naturais, isto é, aqueles produtos que 
contêm, em suas composições, ingredientes de origem natural, mas que apre-
sentam, também em suas propriedades, variados graus e concentrações de 
componentes sintéticos, químicos e conservantes necessários para manter a 
estabilidade e durabilidade dos produtos (JONES; DUERBECK, 2004). Por 
esse motivo, é importante destacar que muitas empresas vendem seus produtos 
baseadas no argumento de que eles são cosméticos naturais.
Considerar uma matéria-prima ou um cosmético orgânico (“verde”) repre-
senta exibir certificações sobre diversas questões: o cultivo ou a retirada das 
matérias-primas de forma sustentada, sem uso de agrotóxicos ou sacrifício de 
um animal, pesquisa in vitro e ex vivo, cadeia produtiva que minimize o uso 
de água industrial, energia ou geração de resíduos (contaminantes ou sólidos) 
e embalagens ecologicamente corretas. 
É importante observar e atentar para todos esses critérios e cuidados, 
independentemente do que seja orgânico ou natural, diferença que consiste na 
porcentagem de matérias-primas presentes, e considerar que, de acordo com o 
Programa Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS Lei nº. 12305/10 (BRASIL, 
2010), o setor cosmético é obrigado a atender às normas regulamentadoras 
de gerenciamento e a gestão integrada de resíduos sólidos. Por esse motivo, 
por exemplo, as embalagens são o grande destaque para todos os setores por 
serem biodegradáveis ou retornáveis. 
No Brasil, as duas empresas certificadoras de cosméticos orgânicos e 
naturais são IBD e Ecocert Brasil. Segundo o IBD, existem os cosméticos 
orgânicos e os cosméticos feitos com matérias-primas orgânicas. Os cosméticos 
orgânicos devem possuir, no mínimo, 95% de matérias-primas certificadas 
como orgânicas, excluindo água e sal no cálculo. Os 5% restantes podem ser 
compostos por água e por outras matérias-primas naturais. Para os naturais, 
é necessário um mínimo 95% de ingredientes naturais ou de origem vegetal 
(sobre o total de ingredientes).
Introdução aos princípios ativos cosméticos10
Para saber mais sobre o IBD Certificações, acesse o link a seguir.
https://goo.gl/vauv8f
A Ecocert segue esses mesmos princípios de definição de um cosmético 
orgânico. Já para os cosméticos feitos com matérias-primas orgânicas, a 
Ecocert define que eles devem possuir, no mínimo, 70% e, no máximo, 95% 
de matérias-primas certificadas como orgânicas. A Ecocert tambémdefine 
que os cosméticos naturais podem ter, no mínimo, 95% do conteúdo total de 
matérias-primas naturais. Os outros 5% podem ser constituídos por substâncias 
sintéticas listadas pela certificadora, mas que não estão inseridas nas matérias-
-primas proibidas para cosméticos naturais. São produtos livres de corantes 
sintéticos, fragrâncias sintéticas, polietilenoglicóis, quaternários de amônio, 
preservantes sintéticos (parabenos) e derivados do petróleo (ECYCLE, 2013).
Para conhecer a Ecocert Brasil, organismo de inspeção e certificação a serviço do 
homem e do meio ambiente, acesse o link a seguir.
https://goo.gl/maZnxZ
Os cosméticos orgânicos são considerados bons produtos, pois apresentam 
os seguintes pontos positivos:
  respeito maior em função da compatibilidade da pele, causando menores 
processos irritativos ou alérgicos por serem mais receptivos devido às 
restrições de matérias-primas;
  substituição de produtos à base de substâncias sintéticas por naturais, 
com eficácia e menores efeitos tóxicos;
  em sua grande maioria, as matérias-primas são consideradas biodegra-
dáveis e pouco poluentes.
11Introdução aos princípios ativos cosméticos
Os pontos negativos são:
  em alguns produtos, o resultado esperado é menor para cosméticos 
orgânicos, como, por exemplo, baixa formação de espuma para produtos 
com fins de higiene, o que faz com que o público consumidor não os 
compre por achar que não têm qualidade;
  preços bem superiores aos dos cosméticos sintéticos, que apresentem 
os mesmos resultados finais.
As matérias-primas vegetais orgânicas são mais íntegras em função do 
baixo processo de síntese química e, dessa forma, contribuem com mais 
possibilidade benéfica de suas propriedades que uma substância sintética que 
apresenta somente uma propriedade esperada.
Os óleos vegetais penetram na pele de forma mais efetiva que os óleos minerais. 
Além disso, os óleos vegetais são ricos em nutrientes como vitaminas e sais mine-
rais. Por outro lado, os óleos minerais não penetram com facilidade e apresentam 
a sensação de matéria-prima densa e de baixa espalhabilidade (ECYCLE, 2013).
Os anti-idades faciais orgânicos apresentam eficácias comprovadas em fun-
ção dos benefícios de suas matérias-primas, ricas em ácidos graxos essenciais 
orgânicos, vitaminas A, C e E orgânicas. Em função de apresentarem maior 
compatibilidade com a pele, os resultados são mais efetivos e apresentam 
menores contraindicações.
Os protetores solares orgânicos têm a mesma eficiência dos tradicionais e, 
além disso, são extremamente interessantes, pois são livres de filtros quími-
cos, como, por exemplo, PABA e benzofenonas, já relatados como potenciais 
alergênicos. Além disso, são formulados com óxido de zinco, dióxido de titânio 
micronizado e antioxidantes naturais, como óleo de semente de uva e chá verde.
Os produtos orgânicos para cabelos são realmente eficientes, pois apre-
sentam, por exemplo: substituição do lauril éter sulfato de sódio (LESS), 
matéria-prima extremamente agressiva e irritativa na pele, por derivados 
naturais, como o milho ou a cana-de-açúcar, que realiza a função de limpeza 
e formação de espuma de maneira mais suave e menos agressiva e, além disso, 
livre de sal e silicone, deixando os cabelos menos ressecados e menos densos.
Os cosméticos orgânicos são indicados para que tem suscetibilidade ao 
quadro alérgico em função do uso de conservantes naturais, não uso de ma-
térias-primas derivadas do petróleo e matérias-primas livres de agrotóxicos. 
Entretanto, não se deve considerar que são hipoalergênicas, já que, nesse 
sentido, são necessários testes para comprovação (HIGUCHI, 2013).
Introdução aos princípios ativos cosméticos12
Além do apelo da sustentabilidade, um bom produto se elege pela compo-
sição das matérias-primas. Em outras palavras, a matéria-prima deve, sim, 
respeitar o meio ambiente, mas também atender no que se refere à sua natureza 
e à compreensão do mecanismo de ação. Deve-se pesquisar a toxicidade, irrita-
bilidade e alergenicidade, elegendo o produto de menores atividades apontadas. 
Portanto, considerar a responsabilidade da matéria-prima é compreender sua 
responsabilidade de ação no produto (orgânico) e sua aplicabilidade (pele) 
(HIGUCHI; DIAS; TENGUAN, 2012).
No Brasil, Yamada et al. (2013), sobre o mercado de cosméticos naturais e 
certificados organicamente, apontam a baixa demanda e venda de cosméticos 
orgânicos ou naturais devido a fatores como o não interesse sobre o conceito 
de sustentabilidade ao que se aplica o cosmético, a falta de regulamentação 
sobre o registro de cosméticos orgânicos, que não fideliza o consumidor, preço 
mais elevado em relação ao produto de concorrência de origem sintética e que 
atingem a mesma proposta de ação e, por fim, falta de informação mais clara 
nos rótulos (Figura 2).
Figura 2. Requisitos mínimos necessários que se encontram em 
produtos cosméticos orgânicos. 
Fonte: Venimo/Shutterstock.com.
13Introdução aos princípios ativos cosméticos
No mercado cosmético, são comumente utilizados ativos cosméticos naturais e sin-
téticos no mesmo produto. Veja exemplos disso:
  Extrato de mel: promove nutrição para ajudar a manter a umidade natural da pele. 
  Extrato de geleia real: devolve aminoácidos, vitaminas e minerais que melhoram 
a hidratação. 
  Trimetilglicina (TMG): poderoso umectante que hidrata a pele.
  Esferas de carvão vegetal ativado: absorvem e eliminam as toxinas e impurezas 
retidas nos poros. Também protegem da ação nociva causada pela poluição, de 
forma a reduzir a ocorrência de alergias e impedir o ressecamento. 
  Barosma betulina: reduz os poros e controla a oleosidade excessiva. 
  Ácido salicílico, zinco, melaleuca e própolis: com propriedades antissépticas, anti-
-inflamatórias e antiacne, controlam a oleosidade, combatem o aparecimento de 
espinhas e melhoram a aparência da pele.
  Silício orgânico: promove uma reparação celular. 
  Aloe Vera: ajuda na limpeza e possui ação antibacteriana enquanto hidrata, nutre, 
regenera e cicatriza a pele.
  Blend de fitocosméticos botânicos (como alecrim, menta e sálvia): ricos em taninos 
e flavonoides, proporcionam assepsia e redução da oleosidade.
1. Os ingredientes cosméticos indicados 
nos rótulos de produtos cosméticos 
respeitam um sistema internacional 
de codificação reconhecido e 
adotado mundialmente. Além disso, 
há objetivos claros e precisos de uso. 
Assinale a alternativa que aponta o 
sistema adotado e seus principais 
objetivos, respectivamente:
a) TMG — facilitar a identificação 
de qualquer ingrediente de 
forma clara, precisa, imediata 
e, do ponto de vista sanitário, 
proteger e resguardar a 
saúde da população.
b) INCI — facilitar a identificação 
de qualquer ingrediente de 
forma clara, precisa, imediata 
e, do ponto de vista sanitário, 
proteger e resguardar a 
saúde da população.
c) INCI — descentralizar a 
identificação de qualquer 
ingrediente de forma distinta 
para cada país integrante e não 
incluir necessariamente a atenção 
do ponto de vista sanitário.
d) TMG — descentralizar a 
identificação de qualquer 
ingrediente de forma distinta 
para cada país integrante e não 
incluir necessariamente a atenção 
do ponto de vista sanitário.
Introdução aos princípios ativos cosméticos14
e) RDC — facilitar a identificação 
de qualquer ingrediente de 
forma clara, precisa, imediata 
e, do ponto de vista sanitário, 
proteger e resguardar a 
saúde da população.
2. Os ativos cosméticos devem 
garantir segurança e eficácia, 
atribuir funções específicas para os 
produtos cosméticos e exercer seu 
efeito na pele. De acordo com essa 
afirmação, assinale a alternativa que 
a complementa corretamente.
a) Não devem ser absorvidos pelo 
organismo para que se evite um 
efeito sistêmico indesejado.
b) Podem ser absorvidos pelo 
organismo para que exerçam 
um efeito sistêmico desejado.
c) Não devem ser absorvidos pelo 
organismo para que exerçam 
um efeito sistêmico desejado.
d) Podem ser absorvidospelo 
organismo para que exerçam 
um efeito sistêmico indesejado.
e) Não devem ser absorvidos pelo 
organismo para que se evite 
um efeito sistêmico desejado.
3. Indique a alternativa que aponta 
corretamente exemplos de 
adjuvantes com ação corretiva 
e suas principais funções 
gerais, respectivamente.
a) Emolientes, umectantes, 
tensoativos e conservantes — 
alterar as características físico-
químicas da base cosmética.
b) Emolientes, fragrâncias e 
espessantes — alterar as 
características físico-químicas 
da base cosmética.
c) Corantes, fragrâncias e 
conservantes — alterar as 
características físico-químicas 
da base cosmética.
d) Corantes, fragrâncias e 
conservantes — permitir melhor 
aceitabilidade ao consumidor, 
como dar cor, e conservantes 
para garantir a validade do 
produto estabelecido.
e) Corantes, fragrâncias e 
tensoativos — garantir a validade 
por meio do uso de tensoativos.
4. No laboratório de química, um 
profissional responsável por síntese 
química propôs coletar uma espécie 
de uma determinada planta com 
fragrância desejada e realizou um 
processo de etoxilação, obtendo um 
produto mais estável e com melhor 
eficácia. Com base nessa afirmação, 
assinale a alternativa correta.
a) O ingrediente é sintético 
independemente de ter passado, 
ou não, no processo químico.
b) O ingrediente é vegetal mesmo 
após o processo químico.
c) O ingrediente deixou de 
ser vegetal e tornou-se 
semi-sintético em função 
do processo químico.
d) O ingrediente é semi-sintético 
independemente de ter passado, 
ou não, no processo químico.
e) O ingrediente deixou de ser 
semi-sintético e tornou-se 
sintético em função do 
processo químico.
5. De acordo com as empresas 
certificadoras de cosméticos 
orgânicos e naturais IBD e Ecocert 
Brasil, existem cosméticos orgânicos, 
naturais e os feitos com matérias-
primas orgânicas. Assinale a 
alternativa que indica corretamente 
as porcentagens exigidas.
15Introdução aos princípios ativos cosméticos
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Pareceres sobre cosméticos. 2018. Dispo-
nível em: <http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos/pareceres>. Acesso em: 14 out. 2018.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Regularização de Produtos Cosméti-
cos: nomenclatura de ingredientes. 2018. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.
br/registros-e-autorizacoes/cosmeticos/produtos/nomenclatura-de-ingredientes>. 
Acesso em: 14 out. 2018.
BRASIL. Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sóli-
dos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, 
DF, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/
Lei/L12305.htm>. Acesso em: 14 out. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da 
Diretoria Colegiada RDC nº. 07, de 10 de fevereiro de 2015. Dispõe sobre os requisitos téc-
nicos para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e 
dá outras providências. Brasília, DF, 2015. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/
documents/10181/2867685/RDC_07_2015_.pdf/>. Acesso em: 14 out. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Superintendência da Zona Franca de Manaus. 
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Produtos Potenciais da 
Amazônia: relatório técnico. Brasília, DF: MMA, 1998.
a) Cosméticos naturais devem 
possuir, no mínimo, 70% e, no 
máximo, 95% de matérias-primas 
certificadas como orgânicas.
b) Cosméticos orgânicos devem 
possuir, no mínimo, 70% e, no 
máximo, 95% de matérias-primas 
certificadas como orgânicas.
c) Cosméticos feitos com 
matérias-primas orgânicas 
devem possuir, no mínimo, 
95% de matérias-primas 
certificadas como orgânicas. 
Os 5% restantes podem ser 
compostos por água e por 
outras matérias-primas naturais.
d) Cosméticos naturais devem 
possuir, no mínimo, 95% de 
matérias-primas certificadas 
como orgânicas. Os 5% 
restantes podem ser compostos 
por água e por outras 
matérias-primas naturais.
e) Cosméticos orgânicos 
devem possuir, no mínimo, 
95% de matérias-primas 
certificadas como orgânicas. 
Os 5% restantes podem ser 
compostos por água e por 
outras matérias-primas naturais.
Introdução aos princípios ativos cosméticos16
CARVALHO, D. Pele: abordagem cosmetoxicológica. Cosmet Toiletries, v. 22, p. 30, 2010.
CASTELLANI, D. C. Cosmecêuticos botânicos. In: COSTA, A. Tratado Internacional de 
Cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
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da penetração de ativos na pele. 2018. Disponível em: <http://www.crf-pr.org.br/
uploads/comissao/6301/eficacia_de_produto_cosmeticos_importancia_da_pene-
tracao_de_ativos_na_pele.pdf>. Acesso em: 14 out. 2018.
ECYCLE. Conheça as diferenças entre cosméticos naturais, orgânicos, convencionais. 2013. 
Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-
-dia/2099-cosmeticos-organicos-naturais-convencionais-deferencas-tipos-materia-prima-
-composicao-definicao-consumidor-como-fazer-receitas.html>. Acesso em: 14 out. 2018.
FLORIEN. Bardana. 2016. Disponível em: <http://florien.com.br/wp-content/uplo-
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HIGUCHI, C. T. Composição cosmética. 2014. Disponível em: <http://negocioestetica.
com.br/site/composicao-cosmetica-primeiro-interpretar-para-depois-indicar/>. Acesso 
em: 14 out. 2018.
HIGUCHI, C. T. O uso racional de cosméticos e o seu descarte consciente e apelo do uso 
por produtos de origens orgânica e natural. InterfacEHS, v. 8, n. 3, p. 138-142, dez. 2013.
HIGUCHI, C. T.; DIAS, L. C. V.; TENGUAN, R. H. Regulamentação de cosméticos orgânicos 
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INFINITY PHARMA. Ácido salicílico. 2017. Disponível em: <https://infinitypharma.com.
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INFINITY PHARMA. Óleos vegetais. 2013. Disponível em: <https://infinitypharma.com.
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INFINITY PHARMA. Vitamina C. 2012. Disponível em: <https://infinitypharma.com.br/
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JONES, A.; DUERBECK, K. Natural ingredients for cosmetics: EU Market Survey. Centre 
for the Promotion of Imports from developing countries (CBI), Set. 2004.
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 11. ed. Guanabara 
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LEONARDI, G. R. Cosmetologia aplicada. 2. ed. São Paulo: Santa Isabel; 2008.
17Introdução aos princípios ativos cosméticos
MICHALUN, M. V.; DINARDO, J. C. Milady Dicionário: ingredientes para cosmética e 
cuidados da pele. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
NASS, L. L. Recursos genéticos vegetais. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos Vegetais 
e Biotecnologia, 2007.YAMADA, D. A. S. et al. Discussão crítica da legislação orgânica 
aplicada aos produtos cosméticos sustentáveis e investigação científica na prática do 
consumo. InterfacEHS, v. 8, n. 3, p. 3-20, 2013.
SOUTOR, C.; HORDINSKY, M. Dermatologia Clínica. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2015.
Leituras recomendadas
BRUNETON, J. Elementos de fitoquímica y de farmacognosia. Zaragoza: Acribia,1991. 
CAMPOS, P. M. B. G. M.; MERCÚRIO, D. G. Formas e veículos cosmecêuticos. In: COSTA, 
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GARCIA, C. F.; LUCAS, E. M. F. Química Orgânica: estrutura e propriedades. Porto Alegre: 
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MONTEIRO, J. M.; ALBUQUERQUE, U. O.; ARAÚJO, E. L. Taninos: uma abordagem da quí-
mica a ecologia. Química Nova, v. 28, n. 5, p. 892-896,2005. Disponível em: <http://www.
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REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 6. ed. São Paulo: Senac, 2005.
SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; ATHAYDE, M. L. Saponinas. In: SIMÕES, C. M. et al. Far-
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ZHAO, Y. et al. Resveratrol inhibits proliferation, migration and invasion via Akt and 
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Acesso em: 14 out. 2018.
Introdução aos princípios ativos cosméticos18
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
As funções cosméticas dos ativos cosméticos vegetais estão intimamente relacionadas com os 
metabólitos secundários encontrados em sua composição.
Assista a esta Dica do Professor, para mais bem compreender essa relação.
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EXERCÍCIOS
1) Os ingredientes indicados nos rótulos de produtos cosméticos respeitam um sistema 
internacional de codificação reconhecido e adotado mundialmente. Além disso, há 
objetivos claros e precisos do uso. Assinale a alternativa correta que aponta o sistema 
adotado e seus principais objetivos, respectivamente.
A) TMG: facilitar a identificação de qualquer ingrediente de forma clara, precisa e imediata e, 
do ponto de vista sanitário, proteger e resguardar a saúde da população.
B) INCI: facilitar a identificação de qualquer ingrediente de forma clara, precisa e imediata e, 
do ponto de vista sanitário, proteger e resguardar a saúde da população.
C) INCI: descentralizar a identificação de qualquer ingrediente de forma distinta para cada 
país integrante e não incluir necessariamente a atenção do ponto de vista sanitário.
D) TMG: descentralizar a identificação de qualquer ingrediente de forma distinta para cada 
país integrante e não incluir necessariamente a atenção do ponto de vista sanitário.
E) RDC: facilitar a identificação de qualquer ingrediente de forma clara, precisa e imediata e, 
do ponto de vista sanitário, proteger e resguardar a saúde da população.
2) 
Os ativos cosméticos devem garantir segurança e eficácia, além de atribuírem funções 
específicas para os produtos cosméticos e exercerem seu efeito na pele. De acordo 
com essa afirmação, assinale a alternativa que a complementa corretamente.
A) Não devem ser absorvidos pelo organismo para evitar um efeito sistêmico indesejado.
B) Podem ser absorvidos pelo organismo para que exerçam um efeito sistêmico desejado.
C) Não devem penetrar até as camadas mais profundas da pele.
D) Podem ser absorvidos pelo organismo para que exerçam um efeito sistêmico indesejado.
E) Não devem ser absorvidos pelo organismo para evitar um efeito sistêmico desejado.
3) Indique a alternativa que aponta corretamente exemplos de adjuvantes com ação 
corretiva e suas principais funções gerais.
A) Emolientes, umectantes, tensoativos e conservantes: alterar as características físico-
químicas da base cosmética.
B) Emolientes, fragrâncias e espessantes: alterar as características físico-químicas da base 
cosmética.
C) Corantes, fragrâncias e conservantes: alterar as características físico-químicas da base 
cosmética.
D) Corantes, fragrâncias e conservantes: permitir melhor aceitabilidade ao consumidor 
e garantir a validade do produto estabelecido.
E) Corantes, fragrâncias e tensoativos: garantir a validade do produto estabelecido.
4) No laboratório de química, um profissional responsável em síntese química 
propôs coletar uma espécie de uma determinada planta com fragrância desejada e 
realizar um processo de etoxilação, obtendo um produto mais estável e com melhor 
eficácia. Com base nisso, aponte a alternativa correta. 
A) O ingrediente é sintético, independemente se passou ou não no processo químico.
B) O ingrediente é vegetal, mesmo após o processo químico.
C) O ingrediente deixou de ser vegetal e tornou-se semi-sintético em função do processo 
químico.
D) O ingrediente é semi-sintético, independemente se passou ou não no processo químico.
E) O ingrediente deixou de ser semi-sintético e tornou-se sintético em função do processo 
químico.
5) De acordo com as duas empresas certificadoras de cosméticos orgânicos e naturais, 
IBD e Ecocert Brasil, existem os cosméticos orgânicos, os naturais e os feitos com 
matérias-primas orgânicas. Assinale a alternativa que indica corretamente as 
porcentagens exigidas.
A) Os cosméticos naturais devem ter, no mínimo, 70% e, no máximo, 95% de matérias-
primas certificadas como orgânicas.
B) Os cosméticos orgânicos devem ter, no mínimo, 70% e, no máximo, 95% de matérias-
primas certificadas como orgânicas.
C) Os cosméticos feitos com matérias-primas orgânicas devem ter, no mínimo, 95% de 
matérias-primas certificadas como orgânicas. Os 5% restantes podem ser compostos por 
água e outras matérias-primas naturais.
D) Os cosméticos naturais devem ter, no mínimo, 95% de matérias-primas certificadas como 
orgânicas. Os 5% restantes podem ser compostos por água e outras matérias-primas 
naturais.
E) Os cosméticos orgânicos devem ter, no mínimo, 95% de matérias-primas certificadas 
como orgânicas. Os 5% restantes podem ser compostos por água e outras matérias-primas 
naturais.
NA PRÁTICA
Analisar criteriosamente os ativos cosméticos presentes na formulação cosmética é de suma 
importância para compreender as principais funções do produto.
Na Prática, você verá a lista de ingredientes de um óleo para banho e os mecanismos de ação 
dos ativos cosméticos vegetais relacionados.
Confira, a seguir.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Regulamentação de cosméticos orgânicos no Brasil: apelo sustentável a pele
Neste artigo, é abordado o empenho das empresas brasileiras em comercializar produtos 
orgânicos certificados pelas empresas Ecocert e IBD. Aproveite a leitura.
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Nomenclatura de ingredientes
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