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Artigo de Divulgação Científica sobre Telescópios

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Colégio Betel Brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Português 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa/2021 
 
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Colégio Betel Brasileiro 
Alunas: Larissa do Nascimento Souza e Maria Eduarda de Oliveira Ribeiro 
Série: 9º ano 
Disciplina: Língua Portuguesa 
Professora: Débora Oriente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo de Divulgação Científica sobre Telescópios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pessoa/2021 
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Sumário 
1. Introdução.................................................................................................................................4 
2. O que são telescópios?...............................................................................................................5 
3. Qual a origem dos telescópios?..................................................................................................5 
4. Quais os tipos de telescópios?....................................................................................................5 
 4.1. Telescópio de Investigação..................................................................................................5 
 4.2. Telescópio Refrator.............................................................................................................6 
 4.3. Telescópio Newtoniano.......................................................................................................6 
 4.4 Telescópio Cassegrain..........................................................................................................6 
 4.5 Radiotelescópio....................................................................................................................6 
 4.6 Telescópios Espaciais...........................................................................................................6 
5. Considerações Finais.................................................................................................................9 
6. Referências..............................................................................................................................10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
Este trabalho é caracterizado como um Artigo de Divulgação Científica que falará a 
respeito de Telescópios. Conterá informações sobre a origem dos telescópios, seus tipos (com 
destaque para os telescópios espaciais, que desempenham funções importantes nas companhias 
espaciais) e descrições de fenômenos ópticos. Nas considerações finais encontram-se pontos que 
devem ser avaliados na compra de um telescópio. 
É importante salientar que todos os tipos de telescópios desempenham excelentemente 
suas funções dependendo do objeto que quer ser observado; e que com auxílio deste instrumento, 
inicialmente desenvolvido por Hans Lippershey, nomes como Galileu Galilei, Nicolau 
Copérnico, Isaac Newton, Laurent Giovani Cassegrain e Johannes Kepler puderam desenvolver 
estudos sobre os astros e melhorar ainda mais o telescópio já inventado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O que são Telescópios? 
 
Telescópios são na verdade lunetas em proporções maiores, que nos permitem observar 
objetos longínquos. Ele vai além da capacidade humana de enxergar; e através de raios de luz é 
possível coletar imagens de objetos distantes, sejam estes celestes ou não. A ampliação de 
imagens e captação de radiação oferecidas pelos telescópios, nos permitem entender a 
composição e estrutura dos astros. 
Qual a origem dos Telescópios? 
A criação do primeiro telescópio é atribuída a Hans Lippershey, um fabricante de lentes 
holandês. Em 1608 (século XVI), ele criou um instrumento capaz de observar objetos localizados 
a longas distâncias, utilizando um tubo com lentes. Isso nos permite concluir que o objeto se 
assemelhava na verdade a uma luneta e que não seria usada para fins astronômicos, mas sim para 
fins militares. Visto que o objetivo de Lippershey não estava ligado a Astronomia, Galileu Galilei 
se tornou o primeiro homem a utilizar telescópios para investigações astronômicas. 
Utilizando esse simples instrumento óptico capaz de dar um aumento de 30 vezes na 
imagem, Galileu fez descobertas importantíssimas para a Astronomia, tais como: sombras 
lunares (ocasionadas pelo relevo irregular, como também a presença de crateras na Lua), 
manchas solares, fases de Vênus, os principais satélites de Júpiter (Io, Europa, Ganimedes e 
Calisto) e descobriu que a Via Láctea era formada por várias estrelas que não podem ser vistas 
a olho nu. 
O telescópio astronômico substituiu instrumentos como astrolábios, quadrantes, 
sextantes e esferas armilares, que a partir da criação dele, passaram a ser aparelhos da 
antiguidade; dando lugar aos telescópios e ajudando nas descobertas, como foi o caso de Nicolau 
Copérnico, um dos principais defensores da teoria heliocêntrica. Os primeiros telescópios foram 
refratores, ou seja, utilizavam duas lentes nas extremidades de um tubo. Mas, eles apresentam 
um erro chamado de aberração cromática (o índice de refração de um vidro é diferente para cada 
cor). Tendo em vista este problema, Isaac Newton criou o telescópio refletor na metade do século 
XVII. 
Quais os tipos de Telescópios? 
- Telescópios de Investigação: São telescópios de grandes dimensões que atuam como 
um cassegraniano ou como um newtoniano, ou seja, utilizando a reflexão. Em sua construção, 
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há um espelho primário muito fino entre 6 a 8 metros de diâmetro; e futuramente, esses 
telescópios podem chegar a ter 30, 50 ou até 100 metros de diâmetro. 
- Refrator: A luz é recepcionada por uma lente objetiva, que a envia para lente ocular. A 
ocular pode ser trocada, podendo obter aumentos e diminuições. A desvantagem dos refratores 
são as imagens falsamente coloridas apresentadas por eles. E como o nome já sugere, ele 
funciona através da refração. 
Os refratores podem ser aromáticos ou apocromáticos. O apocromático é o melhor em 
comparação com o acromático. Isso se deve à maior correção cromática e menor aberração 
esferocromática. Em outras palavras, ele apresenta as cores mais aproximadas ao objeto que está 
sendo observado e confere maior esfericidade a ele. Essa superioridade ao acromático é 
explicada pelo tipo de lente usada, a lente de óptica tripla. Logo, o preço de refratores 
apocromáticos também será superior, uma decorrência da qualidade do vidro usado nas lentes. 
- Refletor newtoniano: Criado por Isaac Newton em 1689, funciona da seguinte maneira: 
a luz é refletida no espelho primário em forma de parabólica (ele concentra a luz em um foco), 
é passada para o espelho secundário, para por fim, chegar na ocular. A ocular é responsável por 
ampliar a imagem. 
- Cassegrain: Recebe esse nome em homenagem ao criador Laurent Giovani Cassegrain 
(o ano de criação foi 1672). Também chamado de telescópio dobsoniano, ele foi muito usado na 
década de 1960. É uma configuração de telescópio refletor que possui um espelho parabólico e 
outro hiperbólico. É usada em telescópios profissionais, é bastante útil e se destaca pela 
praticidade. A luz é captada pelo refletor primário e passa para o secundário antes de atingir o 
foco principal. 
- Radiotelescópios: Graças a evolução, o final do século XX foi marcado pelo 
desenvolvimento de sensores que captassem micro-ondas e rádio frequência. A esses sensores, 
atribui-se o nome de radiotelescópios. Apresentam uma grande antena e são interligados a uma 
sala que registra os dados obtidos. Os telescópios profissionais trabalham juntamente com outros 
instrumentos, tais como a câmera (para mostrar imagens), fotômetro (para medir a quantidade 
de luz) e espectroscópio (para obter o espectro de um astro). 
- Telescópios espaciais: Na década de 60, jásurgiram os telescópios espaciais, que 
orbitavam a Terra para captar imagens que seriam enviadas a nós via satélite. Levaremos em 
consideração dois deles: o Hubble e o James Webb. 
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Conhecido como as lentes do universo, o telescópio Hubble é responsável pelas imagens 
que recebemos do vasto espaço. Há mais de 30 anos, ele nos fornece as mais diversas e belas 
imagens lá de cima. Ele nada mais é, do que um satélite que transporta um grande telescópio. 
Foi lançado pela Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos da 
América (NASA) em 24 de abril de 1990. O Telescópio Espacial Hubble recebeu seu nome em 
homenagem a Edwin Powell Hubble, que revolucionou a Astronomia ao identificar que a 
velocidade de afastamento das galáxias é proporcional à sua distância. 
Projetado nos anos 1970 e 1980, o telescópio foi lançado em 1990 e proporcionou uma 
reviravolta na Astronomia. As imagens captadas por meio das lentes desse telescópio revelaram 
um universo muito maior e mais belo do que poderíamos imaginar. Para termos uma ideia da 
precisão na formação das imagens do Hubble, por meio dele, é possível enxergar uma bola de 
futebol a 51 quilômetros de distância. Tal precisão permite a observação detalhada de corpos 
celestes. 
Ele possui o tamanho de um ônibus escolar, um espelho primário de 2,4m de diâmetro, 
feito de um vidro especial revestido de alumínio e um composto que reflete a luz ultravioleta. 
Ele completa sua órbita em volta da Terra a cada uma hora e meia, aproximadamente. E 
curiosamente, aquelas imagens cheias de cores que vemos na internet chegam aos computadores 
da NASA em preto e branco. Exatamente, em preto e branco! Por isso, a NASA possui um 
especialista que atribui cores de acordo com os elementos químicos detectados pelos 
instrumentos do Hubble. A cor azul é oxigênio, o vermelho é enxofre e o verde é hidrogênio. 
O Hubble fez grandes descobertas, um exemplo é a Nebulosa de Águia, um jovem 
aglomerado estelar localizado na constelação de serpente. Descoberta em meados de 1745 pelo 
astrônomo Jean-Philippe de Chéseaux, recebeu esse nome por conta de sua nuvem interestelar 
em torno do aglomerado que lembra uma águia. Um dos importantes feitos do Hubble, foi ter 
observado a colisão do cometa Shoemaker-Levy 9, ele se partiu em pedaços ao colidiu em 
Júpiter, em 1994, e isso nos forneceu a primeira observação direta da colisão entre dois corpos 
do sistema solar. 
Infelizmente, depois de anos de serviço o Hubble apresentou falhas, e então foram feitas 
missões de serviço a ele. Foram um total de cinco missões, a primeira missão foi a SM-1, lançada 
em 1993, onde foram instalados novos instrumentos, e um problema que havia ocorrido com o 
espelho primário foi arrumado. A quinta e última missão, STS-125 foi realizada em 2009 pelo 
ônibus espacial Atlantis, onde foram adicionados alguns instrumentos e houve a substituição dos 
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giroscópios e baterias. A Era do Hubble está para chegar ao fim; logo a NASA planeja substituí-
lo por seu novo protótipo, o telescópio James Webb. Sendo maior e mais tecnológico que o 
Hubble 
O Hubble ainda é extremamente importante para cientistas e astrônomos. Cumpriu sua 
missão por vários anos antes de apresentar falhas em seu espelho primário, fazendo com que ele 
passasse a "usar óculos", uma expressão mais informal para manutenção de seus "olhos". Os 
cientistas são audaciosos, e já planejaram substituí-lo pelo grande telescópio James Webb, que 
possui a finalidade de captar a radiação infravermelha do espaço. Ele será bem maior que o 
Hubble, visto que a tecnologia atual permite isso. 
Seria lançado dia 18 de dezembro de 2021, mas houve um incidente nos preparativos do 
lançamento e agora ele só será lançado em 22 de dezembro de 2021. Seu designer também é 
belíssimo, seu espelho principal em formato de colmeia é banhado a ouro e totalmente dobrável, 
o que vai tornar sua viagem de ida ao espaço mais fácil. O plano é que ele seja transportado no 
foguete Ariane 5; um lançador descartável. Dentro do foguete, o telescópio se encontrará 
totalmente dobrado, e apenas assumirá sua forma real, quando chegar ao espaço, onde o mesmo 
se desdobrará por completo. 
Esperamos grandes feitos do James Webb e desejamos que ele seja tão brilhante 
(literalmente) quanto o Hubble. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Considerações Finais 
 Uma das maiores conquistas dos amantes de Astronomia é ter seu próprio telescópio. E 
se você deseja um que seja útil para observações astronômicas, temos alguns pontos a considerar. 
Ao longo do artigo, foi apresentado o fenômeno de aberração cromática que ocorre nos 
telescópios refratores; mas não é apenas isso que o torna inferior aos refletores. 
 A abertura nada mais é que o diâmetro do espelho (para refletores) ou lente (para 
refratores), também chamada de objetiva. Quanto maior a abertura melhor, por isso, é bom 
preferir telescópios com aberturas superiores ou iguais a 70mm. O aumento da objetiva vem 
acompanhado do aumento proporcional dos preços, principalmente se o telescópio for refrator, 
pois lentes são mais caras que espelhos. Com isso, encontra-se facilmente telescópios refletores 
de tamanho superior. 
 Além da abertura, deve-se analisar a montagem. A montagem não é simplesmente um 
tripé que apoiará o tubo; ela será a responsável por garantir o controle e estabilidade. As 
montagens pequenas e frágeis devem ser desconfiáveis, pois estas costumas ser instáveis e ruins 
de ajustar. Prefira sempre uma montagem altazimutal ou equatorial. 
 A distância focal é um ponto importantíssimo na compra de um telescópio, pois é ela que 
determinará a ampliação da imagem. Para obter o resultado do cálculo de ampliação óptica, basta 
dividir a medida da objetiva pela medida da ocular. Se um telescópio tem objetiva de 500mm e 
uma ocular de 25mm, sua ampliação será de 20 vezes. 
 Por último e não menos importante, as marcas e os locais onde encontrá-los. As melhores 
marcas são Meade, Instruments, Skywatcher, Orion e Celestron. Aqui no Brasil não existem 
lojas famosas e que ofereçam produtos de qualidade, por isso, opte por um site internacional ou 
torça para ganhar um telescópio de um amigo que mora fora; ou ainda, se escolher por uma loja 
física, avalie bem os pontos anteriores. 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
<clubecentauri.com.br> Acesso em: 23/11/2021; 
<forum.astronomia.clerigo.pt> Acesso em: 22/11/2021; 
<hubblesite.org> Acesso em: 20/11/2021; 
<pt.m.wikipedia.org> Acesso em: 20/11/2021.

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