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História e Historiografia da América

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História e Historiografia da América
Aluna: Carla Pontes
Prof.: Rafael Scheffer
1. Em aula e com apoio do texto de Leon Portilla discutimos a situação na Mesoamérica
e na região andina pré-colombiana. Sobre esse período, discuta como a relação entre
diferentes etnias foi estruturada dentro dos impérios asteca e inca, e quais as
consequências dessa dominação para os demais grupos nativos.
R= No trabalho de León Portilla “A Mesoamérica antes de 1519” o autor trabalha com
perspectivas relacionadas aos povos pré-colombianos antes do desembarque de Hernán Cortez
e a armada espanhola em terras americanas. Neste início, devido a um crescimento na
população da Mesoamérica houve a percepção de uma grande diversidade cultural e étnica.
Dentre este contexto de variedade popular, haviam os olmecas, povos que se destacaram por
grandiosas construções de cunho religioso e um possível pioneirismo com relação a uma
espécie de escrita e calendário. Uma outra linhagem de destaque são os maias com a
abrangência da agricultura e como consequência o êxito das plantações de algodão; havia uma
espécie de divisão social onde os indivíduos poderiam ser de plebeus a dominantes, mas este
povo inevitavelmente deve sua notoriedade aos calendários apurados por eles elaborados e
que fizeram com que significasse o auge civilizacional de uma "Mesoamérica Clássica”. Incas
e astecas foram dois outros grupos marcantes dentro deste contexto das civilizações: os
primeiros foram um império grandioso por um bom tempo, possuindo habilidades na
construção de “tecnologias” voltadas a agricultura como um elaborado mecanismo para a
irrigação das lavouras e uma excelente administração em todos os âmbitos da vida social e
religiosa além de possuir um poderoso sistema militar. Os segundos, também chamados de
mexicas, "reelaboram" sua gênese sendo a mesma moldada ao bel-prazer da classe dominante,
que iria do nascimento à constituição do caráter identitário. Tendo todas essas qualidades os
mexicas conseguiram conquistar novos territórios e por consequência também novos grupos
sociais sob os quais exerceriam influência de modo a fortalecerem e aumentarem o seu poder,
tudo isso sendo também muito importante o aspecto religioso. Estes grupos humanos foram
de suma importância para as sociedades ao passo que suas invenções, costumes e mecanismos
para a manutenção da ordem social influenciaram os demais indivíduos não se limitando ao
continente americano.
Dentre todas essas sociedades temos os incas e astecas, já citados, que foram grupos
humanos organizados socialmente, religiosamente e militarmente. E eram a partir desses
âmbitos que exerceriam dominância sobre povos de outras regiões como por exemplo na
“relação” religião e guerras onde os derrotados serviam de oferenda aos deuses (além de todo
temor no que diz respeito a essas divindades) a fim de que os incas continuassem a prosperar.
Estes sacrifícios aparentemente eram de cunho comum dentre as culturas. Um outro fator de
influência estaria relacionado à percepção de possíveis processos de mudança ou fusão de
costumes ou culturas por assim dizer de modo a manterem o controle sobre os povos e a
aumentarem seu domínio. As produções artísticas e o desenvolvimento comercial são pontos
que também devem ser levados em consideração quando se fala de uma expansão, este último
ponto essencial para a conquista de potenciais governados. Tal supremacia, como tantas
outras no decorrer da história, em algum momento passariam a incomodar grupos sociais não
tão poderosos e, portanto, subordinados de forma que os mesmos viram os europeus como a
melhor chance de se "livrar das amarras” destes impérios, porém mal sabiam que estavam
contribuindo para o roubo de suas riquezas e o ingresso em um novo regime de submissão.
2. Analisando a relação da Espanha com os territórios conquistados na América, John
Elliott discute como se estruturou essa dinâmica colonial. A partir desse debate, indique
que mecanismos de controle foram estabelecidos para que a Coroa espanhola buscasse
explorar e dominar os territórios coloniais.
R= Com a “descoberta” de um Novo Mundo os espanhóis projetam uma ascensão que os
colocaria enquanto possíveis ‘soberanos mundiais’, e a fim de conseguirem e manter esta
posição se faziam necessários mecanismos destinados aos níveis básicos de organização
social como nos âmbitos comercial, político, militar e etc. O conselho das índias foi um
mecanismo importante de controle dos americanos ao passo que era um sistema formado por
conselhos diversos que seriam tutelares de distintas regiões de modo a possibilitarem uma
unidade que privilegia os interesses da coroa e consequentemente isto estaria relacionado ao
controle do comércio das Índias. A Casa de la Contratación foi uma outra importante
ferramenta administrativa no que concerne ao intercâmbio de mercadorias e indivíduos no
translado Espanha e América o que auxiliou na centralização destes “bens e serviços” para
Sevilha o que traria grandes benefícios a Coroa Espanhola que sofria pressões de Castela por
conta da tutela das terras americanas. Vale salientar, sobre este último modelo, a necessidade
vista pelos espanhóis do domínio sobre a navegação a fim de evitar possíveis inimigos e etc.
A existência de um meio burocrático efetivo através de um reinado conciliar, ademais seria
indispensável a fim da obtenção de Estados sob controle.
As governadorias seriam munidas de certo pioneirismo com relação a sua constituição
e, portanto, seus governadores voltados a um expansionismo do poderio sob as regiões
americanas mais isoladas e carentes. Com o tempo, acabam resistindo e se tornando um
recurso baseado em papeladas referentes ao eixo “administrativo-militar”. O mais
significativo dos mecanismos de administração foi o vice-reinado, em que o encarregado (ou
vice-rei) desempenhava várias atividades que na Coroa Espanhola eram realizadas por mais
de um indivíduo, tais ações tinham vieses burocráticos e jurídicos. As audiências seriam
espécies de tribunais espalhados e que com o tempo acabaram assumindo responsabilidades
cada vez mais “governamentais” de modo a obter um alto grau de importância para a
condução das Índias. Um outro fator de relevância, no tocante ao domínio das Índias, seria o
meio religioso sendo contidos todos os seus ganhos sejam eles materiais ou de outra natureza,
sob a responsabilidade da Coroa Espanhola com que mantinham uma relação “estável” por
assim dizer. De forma geral o sistema adotado pela Coroa Espanhola era relativamente
complexo, cuidadosamente disposto onde um empregado poderia desempenhar diferentes
tarefas de forma que a estrutura poderia apresentar “pontos fracos” e que poderiam ser
explorados por seus desafetos com o objetivo de findar esse sistema.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CIVILIZAÇÕES, Grandes. O Império Asteca (Parte 01). Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v= GlASQmAquYU & feature= logo. Acesso em: 15 de
outubro de 2020.
CIVILIZAÇÕES, Grandes. O Império Asteca (Parte 02). Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=R5b9YRjOQUg. Acesso em: 15 de outubro de 2020.
CIVILIZAÇÕES, Grandes. O Império Inca (Parte 01). Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=HmQCtGW-JCk & feature= logo. Acesso em: 15 de
outubro de 2020.
CIVILIZAÇÕES, Grandes. O Império Inca (Parte 02). Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=H-0qJVQlFoY. Acesso em: 15 de outubro de 2020.
ELLIOTT, J.H. A Espanha e a América nos séculos XVI e XVII. In: BETHELL, Leslie (Org.)
História da América Latina V. 1. São Paulo: EDUSP, 1998, pp. 283-337.
PORTILLA, Leon. A Mesoamérica antes de 1519. In: BETHELL, Leslie (Org.) História da
América Latina V. 1. São Paulo: EDUSP, 1998, pp. 25-61.

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