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1 
1. ASPECTOS GERAIS DA TRIBUTAÇÃO DO IRPJ 
 
São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ): 
 
I – as pessoas jurídicas; 
II – as empresas individuais. 
 
As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, 
registradas ou não. 
 
As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência 
sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às pessoas jurídicas, 
em relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os 
procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo (Lei 
9.430/96, art. 60). 
 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas 
subsidiárias, são contribuintes nas mesmas condições das demais pessoas 
jurídicas (Constituição Federal, art. 173 § 1º). 
 
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 
As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por 
uma das seguintes formas: 
 
a) Simples. 
b) Lucro Presumido. 
c) Lucro Real, que será abordado no presente manual. 
d) Lucro Arbitrado. 
 
2. IMPOSTO DE RENDA 
Definido como “tributo que as pessoas jurídicas ou físicas pagam ao Estado 
(União), relativamente aos seus rendimentos, em proporção estabelecida pela Lei”, 
sendo que para as pessoas jurídicas, excetuadas as que optarem pelo Simples. 
LUCRO REAL 
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, 
exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento (Decreto-
lei 1.598/77, art. 6). 
 
A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada 
período de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei 
8.981/95, art. 37, § 1º). 
 
O lucro líquido do exercício referido no conceito acima é a soma algébrica do lucro 
operacional, dos resultados não operacionais e das participações, e deverá ser 
determinado com observância dos preceitos da lei comercial. 
 
 2 
Portanto, o lucro líquido é aquele definido no art. 191, da Lei 6.404/76, porém, sem 
as deduções do art. 189 (prejuízos contábeis acumulados e provisão para o 
imposto sobre a renda). 
 
EXEMPLO DE LUCRO LÍQUIDO: 
 
Descrição Valor R$ 
1. Receita Operacional Bruta 10.000.000,00 
2. Impostos sobre a Receita Operacional 2.105.000,00 
3. Receita Operacional Líquida (1 - 2) 7.895.000,00 
4. Custo da Receita Operacional 4.973.850,00 
5. Lucro Operacional Bruto (3 - 4) 2.921.150,00 
6. Despesas Operacionais 1.145.674,00 
7. Lucro Operacional Líquido (5 - 6) 1.775.476,00 
8. Despesas - Receitas Não Operacionais 10.559,40 
9. Participações de Funcionários 177.547,60 
10. Provisão para a Contribuição Social * 176.722,47 
11. Lucro Líquido do Exercício antes do IRPJ (7 +- 8 - 9 - 10) 1.410.646,53 
 
* Observar que, para fins de apuração do Lucro Real, o lucro líquido contábil é o 
resultado antes da provisão para a Contribuição Social. 
 
 
2.1.1 PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL 
 
 
A partir de 1999 estão obrigadas à apuração do Lucro Real as pessoas jurídicas 
(Lei 9.718/98, art. 14): 
 
I – cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a R$ 
48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro 
milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses (limite fixado pela Lei 
10.637/2002); 
 
Nota: o limite acima é válido a partir de 01.01.2003. Até 31.12.2002, a obrigação 
pela opção do lucro real era para as pessoas jurídicas cuja receita total no ano-
calendário fosse superior a R$ 24.000.000,00, ou proporcionalmente, quando o 
número de meses de atividades fosse inferior a 12 meses. 
 
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos 
de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, 
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de 
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
 
 
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
 
 3 
Notas: com base no Ato Declaratório Interpretativo 5/2001 SRF: 
1) Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior 
com receitas de exportação. As exportadoras podem optar pelo Lucro 
Presumido, desde que não estejam nas hipóteses de vedação. A 
restrição deste item alcança aquelas empresas que tenham lucros 
gerados no exterior (como empresas offshore, filiais controladas e 
coligadas no exterior, etc.). 
2) A prestação direta de serviços no exterior (sem a utilização de filiais, 
sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras 
unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam 
assemelhadas) não obriga á tributação do lucro real. 
 
IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais 
relativos à isenção ou redução do imposto; 
 
Nota: como exemplo de benefícios fiscais: o programa BEFIEX (isenção do lucro 
de exportação), redução do IR pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, 
projetos incentivados pela ADENE e SUDAM, etc. 
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo 
regime de estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/96; 
 
Nota: o regime de estimativa é a opção de pagamento mensal, estimado, com 
base na receita bruta ou nos balancetes de suspensão/redução do Imposto de 
Renda, para fins de apuração do Lucro Real em Balanço Anual. 
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios 
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
 
Também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, enquanto não 
concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado 
(IN SRF 25/99). O custo orçado é a modalidade de tratamento contábil dos custos 
futuros de conclusão de obras. 
 
2.2 LUCRO REAL TRIMESTRAL 
Apuração definitiva em períodos encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de 
setembro e 31 de dezembro, sendo irretratável durante todo o ano calendário, 
tendo como manifestação da opção o pagamento do impostos. 
Outro ponto a ser considerado é em relação às vantagens e desvantagens, sendo 
assim, verificamos que face à limitação da compensação dos prejuízos fiscais, 
 4 
apenas as empresas que auferiram somente lucros, ou somente prejuízos em 
todos os trimestres tal forma de pagamento será benéfica. 
Vejamos uma situação: 
1a. Opção: Lucro Real Trimestral: 
 
Prejuízo Fiscal no 1º trimestre: R$ 500.000,00 
Lucro Real no 2º trimestre: R$ 100.000,00 
Prejuízo compensável: 30% de R$ 100.000,00 = R$ 30.000,00 
Lucro Real no 2º trimestre, após a compensação de prejuízo do 1º trimestre: 
R$ 100.000,00 menos R$ 30.000,00 = R$ 70.000,00 
IRPJ e CSLL ( base de calculo) R$ 70.000,00, sendo 
IRPJ (15%) = R$ 10.500,00 
CSLL (9% ) = R$ 6.300,00 
Adicional de IRPJ (10%) sendo (R$ 70.000,00 – R$ 60.000,00 = R$ 10.000,00) = 
R$ 1.000,00 
IRPJ e CSLL a pagar = R$ 17.800,00 
 
2a Opção: Lucro Real Anual (com balancetes de suspensão mensais): 
 
Neste caso, o prejuízo apurado em 30 de junho seria de: 
 
R$ 500.000,00 (prejuízo fiscal de 01.01 à 31.03 1º trimestre) menos R$ 
100.000,00 (lucro real de 01.04 a 30.06, 2º trimestre) = R$ 400.000,00 de prejuízo. 
 
IRPJ e CSLL a pagar: ZERO. 
 
Fundamento legal – CTN., art. 44; DL n.º 1598/77, art. 6º; Lei n.º 8.981/95, art. 37; 
RIR/99, art. 247. 
 
 
2.3 LUCRO PRESUMIDO 
Forma de tributação simplificada para determinação de base de calculo do imposto, 
mediante a aplicação de percentuais específicos sobre a receita bruta,acrescidos 
de demais receitas e ganhos de capital, apurados definitivamente em períodos 
trimestrais encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de 
dezembro. 
Fundamento legal – CTN., art. 44; Lei n.º 9.718/99, art. 13; RIR/99, art. 516. 
 
2.4 LUCRO ARBITRADO 
Tributação aplicada pelo fisco aos contribuintes que obrigados ou optantes pelo 
Lucro Real, não mantiveram a escrituração na forma da lei ou esta escrituração 
apresentar indícios de fraude, tornando imprestável para determinar o Lucro Real, 
sendo que nos períodos não abrangidos pelo arbritamento o contribuinte poderá 
optar pelo Lucro Real/Arbitrado ou Lucro Presumido/Arbitrado. Quando conhecida 
a receita bruta, será aplicado os percentuais do lucro presumido, acrescido de 
20%. 
 5 
Fundamento legal – CTN., art. 44; Lei n.º 8.981/95, art. 47; Lei n.º 9.430/96, art. 1º; 
RIR/99, art. 531. 
3. ENTIDADES NÃO ALCANÇADAS 
Apresentamos as situações de forma que os rendimentos auferidos serão 
tributados pelo imposto de renda, entretanto, em outras situações, o legislador 
concede isenções especificas ou se for o caso, a própria Constituição já impõe 
restrição a tributação, ou apenas parte de seus resultados serão tributados. 
Estas entidades, apesar de serem beneficiadas com a não tributação se seus 
lucros (imunes ou isentas), ou serem tributados de forma simplificada, devem 
prestar informações nos moldes das declarações DIPJ ou Simplificadas. 
3.1 IMUNES 
São consideradas como as pessoas jurídicas constituídas de acordo com a 
legislação civil, e amparadas por dispostos constitucionais que vedam o alcance do 
Estado em tributá-las, visto as mesmas cumprirem de forma direta funções sociais 
de responsabilidade do Estado, devendo estas prestarem informações na DIPJ, 
nos prazos previstos na lei. São exemplos: templos de qualquer culto, partidos 
políticos, entidades sindicais de trabalhadores e instituições de educação e de 
assistência social. 
Fundamento legal – CF 1988, art. 150, VI, “b” e “c”; Lei n.º 10.406/02, arts. 53 a 61; 
Lei n.º 9.532/97, art. 12; RIR/9, art. 167 a 173. 
3.2 ISENTAS 
Segue os mesmos moldes das entidades Imunes, observando que neste caso o 
alcance da tributação não é tático, ou seja, depende se algumas condições a 
serem observadas pelas entidades, embora que as mesmas agem em parceria 
com o estado nas funções sociais, com as mesmas obrigações em relação a 
prestação de informações na DIPJ. São exemplos: Sociedades beneficientes, as 
fundações, as associações e sindicatos (exceto de trabalhadores). 
Fundamento legal – Lei n.º 10.406/02, arts. 53 a 61; Lei n.º 9.532/97, arts. 15, 18 e 
81, II; RIR/9, art. 174. 
 
3.3 SOCIEDADES COOPERATIVAS 
Ver manual 
 
3.4 MICROEMPRESAS E EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
Vale alertar que a Lei n.º 9.841/99 regulamenta as atividades societárias nestas 
empresas, concedendo tratamento diferenciado, o que não se aplica a legislação 
tributaria, pois poderá incorrer em determinada entidade enquadrada com “ME” ou 
“EPP”, sendo tributada normalmente pelo lucro real ou presumido, visto que a Lei 
n.º 9.317/96, restringi sua opção. 
 6 
Fundamento legal – CF 1988, art. 179; Lei n.º 9.317/96; Lei n.º 9.841/97; RIR/9, art. 
185 a 205. 
4. BASE DE CALCULO - LUCRO REAL 
 
A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de 
ocorrência do fato gerador, é o lucro real correspondente ao período de apuração. 
 
Como regra geral, integra a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de 
capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente 
da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que 
decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do 
previsto na norma específica de incidência do imposto. 
 
5. PERIODO DE APURAÇÃO 
O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por 
períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 
30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. 
 
No caso da apuração com base no lucro real, o contribuinte ainda tem a opção de 
apurar anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o 
imposto por estimativa. 
 
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do 
imposto devido será efetuada na data do evento. 
 
Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da 
base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento. 
 
6. ALIQUOTAS E ADICIONAL 
 
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota 
de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado de 
conformidade com o Regulamento. 
 
A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder ao valor resultante da 
multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do 
respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à 
alíquota de 10% (dez por cento). 
 
O adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de 
extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação. 
 
É aplicável o adicional à pessoa jurídica que explore atividade rural. 
 
O adicional será pago juntamente com o imposto de renda apurado pela aplicação 
da alíquota geral de 15%. 
 
Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de (Lei 
9.249/95, art. 15, § 1º): 
 
 7 
ESPÉCIES DE ATIVIDADES PERCENTUAIS 
SOBRE A RECEITA 
Revenda, para consumo, de combustível derivado de 
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural 
1,6% 
• Venda de mercadorias ou produtos 
• Transporte de cargas 
• Atividades imobiliárias 
• Construção por empreitada, quando houver emprego 
de materiais próprios 
• Serviços hospitalares 
• Atividade Rural 
• Industrialização com materiais fornecidos pelo 
encomendante 
• Outras atividades não especificadas (exceto 
prestação de serviços) 
8 % 
• Serviços de transporte (exceto o de cargas) 
• Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos 
de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades 
de crédito, financiamento e investimento, sociedades 
de crédito imobiliário, sociedades corretoras de 
títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários, empresas de 
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, 
empresas de seguros privados e de capitalização e 
entidades de previdência privada aberta 
• Serviços gerais com receita bruta até R$ 
120.000/ano (ver nota 1) 
16% 
• Serviços em geral (ver nota 2) 
• Serviços prestados pelas sociedade civis de 
profissão legalmente regulamentada 
• Intermediação de negócios (ver nota 2) 
• Administração, locação ou cessão de bens 
móveis/imóveis ou direitos (ver nota 2) 
• Construção por administração ou empreitada, 
quando houver emprego unicamente de mão de obra 
(ver nota 2) 
• Factoring (ver nota 2) 
32% 
No caso de exploração de atividades diversificadas, 
será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o 
respectivo percentual 
1,6 a 32% 
 
 
 
7. RECEITA BRUTA 
Para efeitos da sistemática de pagamento por Estimativa Mensal, a receita bruta 
compreende: 
 
• O produto da venda de bens nas operações de conta própria 
• O preço dos serviços prestados e 
• O resultado auferido nas operações de conta alheia. 
 8 
 
O resultado auferido nas operações de conta alheia é aquele decorrente de 
comissões obtidas sobre representação de bens ou serviços de terceiros. 
 
As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de cálculo 
do imposto, na proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao 
regime de tributação com base no lucro real, fizer jus (Lei 9.249/95, art. 15, § 3º). 
 
 
8. DEDUÇÃO DA RECEITA BRUTA 
 
 
Na receita bruta não se incluem (Lei 8.981/95, art. 31, parágrafo único): 
 
1. as vendas canceladas; 
2. os descontos incondicionais concedidos (constantes na nota fiscal de venda 
dos bensou da fatura de serviços e não dependentes de evento posterior á 
emissão desses documentos); 
os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou 
contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero 
depositário. Estes impostos são: o IPI incidente sobre as vendas e ao ICMS devido 
por substituição tributária 
 
8. GANHOS DE CAPITAL E OUTRAS RECEITAS 
Os ganhos de capital, demais receitas e os resultados positivos decorrentes de 
receitas não abrangidas na receita bruta, serão acrescidos à base de cálculo da 
estimativa (Lei 8.981/95, art. 32, e Lei 9.430/96, art. 2). 
 
O ganho de capital nas alienações de bens do ativo permanente e de aplicações 
em ouro não tributadas como renda variável corresponderá à diferença positiva 
verificada entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil. 
 
NÃO INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO POR ESTIMATIVA 
 
De acordo com a Instrução Normativa SRF 93/1997, art. 7, os seguintes 
rendimentos não integram a base de cálculo por estimativa mensal: 
 
I – os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda 
fixa e de renda variável, quando houverem sido submetidos à incidência na fonte 
ou ao recolhimento mensal previstos nas regras específicas de tributação a que 
estão sujeitos (art. 65 a 75 da Lei 8.981/95). 
II – as receitas provenientes de atividade incentivada, na proporção do benefício de 
isenção ou redução do imposto a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de 
tributação com base no lucro real, fizer jus; 
III – as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas 
receitas; 
IV – a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas; 
 9 
V – os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo 
custo de aquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de 
investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; 
VI – o imposto não cumulativo cobrado destacadamente do comprador ou 
contratante, do qual o vendedor dos bens seja mero depositário; 
VII – os juros sobre o capital próprio auferidos. 
 
Exemplo: 
 
Receita Bruta da Venda de Produtos: R$ 80.000,00 
Ganho de Capital: R$ 5.000,00 
Rendimentos de Aplicações financeiras (submetidos ao IRF): R$ 2.000,00 
 
Demonstração da Base de Cálculo por Estimativa Mensal: 
 
Descrição Valor/Cálculo 
1. Receita Bruta da Venda de Produtos 80.000,00 
2. Alíquota aplicável á Receita Bruta 8% 
3. Base de Cálculo sobre a Receita Bruta (1 x 2) 6.400,00 
4. Ganho de Capital 5.000,00 
5. Rendimentos de renda fixa (submetidos ao 
IRF) 
(não entram no cômputo do cálculo) 
6. Total da Base de Cálculo (3 + 4) 11.400,00 
 
 
VARIAÇÕES CAMBIAIS 
 
A partir de 01.01.2000, as receitas decorrentes das variações monetárias dos 
direitos de créditos e das obrigações, em função da taxa de câmbio, serão 
consideradas, para efeitos da base de cálculo da estimativa mensal, entre uma das 
seguintes opções: 
 
no momento da liquidação da operação correspondente ("regime de caixa"); ou 
pelo regime de competência. 
 
Aplica-se a opção escolhida para todo o ano-calendário. Assim, para fins de 
planejamento tributário, é mais conveniente tributar as respectivas variações pelo 
regime de caixa. 
 
Base: art. 30 da MP 2.158-35/2001. 
 
 
9. SALDO DE LUCRO INFLACIONÁRIO A TRIBUTAR 
 
A pessoa jurídica que tiver saldo de lucro inflacionário (oriundo de correção 
monetária credora do balanço até 31.12.1995) deverá adicionar á base de cálculo 
da estimativa 1/120 do saldo existente em 31.12.1995. 
 
 
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA PARA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E 
CONGÊNERES 
 
 10 
Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas 
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de 
crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, 
cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e 
entidades de previdência privada aberta, poderão deduzir da receita bruta (Lei 
8.981/95, art. 29, § 1º, e Lei 9.430/96, art. 2): 
 
I – no caso das instituições financeiras, sociedades corretoras de títulos, valores 
mobiliários e câmbio, e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários: 
a) as despesas incorridas na captação de recursos de terceiros; 
b) as despesas com obrigações por refinanciamentos, empréstimos e repasses de 
recursos de órgãos e instituições oficiais e do exterior; 
c) as despesas de cessão de créditos; 
d) as despesas de câmbio; 
e) as perdas com títulos e aplicações financeiras de renda fixa; 
f) as perdas nas operações de renda variável realizadas em bolsa, no mercado de 
balcão organizado, autorizado pelo órgão competente, ou através de fundos de 
investimento, para a carteira própria das entidades citadas neste inciso I; 
 
II – no caso de empresas de seguros privados: o cosseguro e resseguro cedidos, 
os valores referentes a cancelamentos e restituições de prêmios e a parcela dos 
prêmios destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas; 
 
III – no caso de entidades de previdência privada abertas e de empresas de 
capitalização: a parcela das contribuições e prêmios, respectivamente, destinada à 
constituição de provisões ou reservas técnicas. 
 
Em qualquer caso, é vedada a dedução de qualquer despesa administrativa (Lei 
8.981/95, art. 29, § 2º, Lei 9.249/95, art. 15, § 1º, inciso II, alínea b, e Lei 9.430/96, 
art. 2). 
 
 Mercados de Liquidação Futura 
 
A partir de 01.01.2006, para efeito de determinação da base de cálculo do IRPJ e 
da CSLL, as instituições financeiras e as demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo Banco Central do Brasil devem computar como receitas ou 
despesas incorridas nas operações realizadas em mercados de liquidação futura, 
segundo os critérios do artigo 110 da Lei 11.196/2005. 
 
ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS 
 
As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de 
terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados a venda, bem 
como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, deverão 
considerar como receita bruta o montante recebido, relativo às unidades 
imobiliárias vendidas (Lei 8.981/95, art. 30, e Lei 9.430/96, art. 2). 
 
Basicamente, esta regra se traduz como "regime de caixa". Ou seja, somente a 
parcela recebida das prestações dos imóveis vendidos é que comporão a receita 
bruta. 
 11 
 
 RECEITAS FINANCEIRAS DE CONTRATOS IMOBILIÁRIOS 
 
A partir de 01.01.2006, por força do artigo 34 da Lei 11.196/2005, as receitas 
financeiras da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a 
loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados 
à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, 
será considerada para recolhimentos mensais estimados como receita da 
operação. Portanto, para fins de IRPJ Estimado, a base de cálculo será de 8% da 
respectiva receita financeira, e 12% para fins de CSLL Estimada. 
 
Só podem receber este tratamento as receitas financeiras decorrente da 
comercialização de imóveis e quando for apurada por meio de índices ou 
coeficientes previstos em contrato. 
 
CONTRATOS COM ENTIDADES GOVERNAMENTAIS 
 
Não entram no cômputo da receita bruta os valores não recebidos de empreitada 
ou fornecimento contratado nas condições do art. 409 do Regulamento do Imposto 
de Renda, com pessoa jurídica de direito público ou empresa sob seu controle, 
empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária (Lei 8.981/95, 
art. 30, parágrafo único, Lei 9.065/95, art. 1, e Lei 9.430/96, art. 2, IN SRF 93/97, 
art. 5, IV). 
 
Observe-se que a condição prevista é que a venda ao poder público seja realizada 
a longo prazo, ou seja, em contrato com prazo de execução superior a um ano. 
 
Esta receita será reconhecida no mês do recebimento. 
 
Quando os créditos decorrentesdesses contratos forem quitados pelo Poder 
Público com títulos de sua emissão, a receita será considerada recebida somente 
por ocasião do resgate ou da alienação (venda) dos títulos. 
 
RECEITAS DE CONTRATOS DE EXECUÇÃO POR EMPREITADA OU BENS 
E SERVIÇOS A SEREM PRODUZIDOS 
 
Nos casos de contratos com prazo de execução superior a um ano, de construção 
por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços a 
serem produzidos, será computada na receita bruta parte do preço total da 
empreitada, ou dos bens ou serviços a serem fornecidos, determinada mediante e 
aplicação, sobre o preço total, da percentagem do contrato ou da produção 
executada em cada mês (IN SRF 21/79). 
 
Exemplo: 
 
Um contrato de construção, ao custo total de R$ 27.000.000, a ser entregue em 18 
meses. Se, no primeiro mês, já foram cumpridos 3,5% da obra total, então a receita 
bruta a ser considerada será de 3,5% x R$ 27.000.000 = R$ 810.000. 
 
No caso de construções ou fornecimentos contratados com base em preço unitário 
de quantidades de bens ou serviços produzidos em prazo inferior a um ano, a 
 12 
receita deverá ser incluída na base de cálculo do IRPJ no mês em que for 
completada cada unidade. 
 
Exemplo: 
 
Contrato de fornecimento de 5 geradores de energia, ao valor de R$ 200.000,00 
cada, para entrega em 8 meses. Ao final do 3º mês do contrato, conclui-se os dois 
primeiros geradores. Então a receita a ser incluída na base de cálculo do IRPJ, 
naquele mês, será de R$ 200.000,00 x 2 = R$ 400.000,00. 
 
DEDUÇÕES DO IMPOSTO MENSAL 
 
Para efeito de pagamento, poderá se deduzir do IRPJ no mês: 
 
O Imposto de Renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a 
base de cálculo, inclusive o IR retido nos pagamentos efetuados por órgãos, 
autarquias e fundações da administração pública federal (art. 64 da Lei 
9.430/96). 
Os incentivos de dedução do imposto relativos ao Programa de Alimentação do 
Trabalhador (PAT)*. 
Doações aos Fundos da Criança e do Adolescente, Atividades Culturais ou 
Artísticas e Atividade Audiovisual*. 
O Imposto de Renda pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores. 
 
* Observar os limites, demais condições e prazos para estes incentivos: 
 
4% do IRPJ devido (sem o adicional), para o PAT. 
1% do IRPJ devido (sem o adicional), para as Doações aos Fundos da 
Criança e do Adolescente. 
4% do IRPJ devido (sem o adicional), para Atividades Culturais ou Artísticas. 
3% do IRPJ devido, para a Atividade Audiovisual (sem o adicional), até o 
exercício financeiro de 2.003. 
 
� Os incentivos relativos às Atividades Culturais ou Artísticas, somados a 
Atividade Audiovisual, não poderão ultrapassar a 4% do IRPJ devido, não 
considerado o valor do adicional. 
 
EXEMPLO DE CÁLCULO DE RECOLHIMENTO POR ESTIMATIVA: 
 
Descrição Valor R$ 
1. IRPJ devido por Estimativa 20.000,00 
2. IR Fonte sobre Receitas que integraram o cálculo do IRPJ 
devido por Estimativa 
1.000,00 
3. Dedução do PAT 528,00 
4. Valor do IRPJ a Recolher (1 - 2 - 3) 18.472,00 
 
No caso em que o imposto retido na fonte seja superior ao devido, a diferença 
poderá ser compensada com o imposto mensal a pagar relativo aos meses 
subseqüentes. 
 
 13 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – BASE DE CÁLCULO DA 
ESTIMATIVA MENSAL 
As empresas que optarem pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa deverão 
também pagar a CSLL pelo mesmo critério (art. 28 da Lei 9.430/96). 
 
A base de cálculo corresponderá ao somatório mensal dos seguintes valores: 
 
12% (doze por cento) da receita bruta da venda de mercadorias e/ou prestação 
de serviços, exceto em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 
01.09.2003 para empresas de serviços (veja tópico “Base de Cálculo da 
CSLL a partir de 01.09.2003”). 
Ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de bens do ativo permanente e 
de aplicações em ouro não caracterizado como ativo financeiro. 
Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de 
operações financeiras de renda variável (ações, swap, etc.). 
Demais receitas e resultados positivos não abrangidos anteriormente (como 
juros e descontos obtidos, aluguéis, etc.), inclusive juros remuneratórios do 
capital próprio recebidas pela empresa da qual seja sócia ou acionista. 
 
 
ALÍQUOTAS DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
 
A partir de 01.02.2000 a alíquota é de 9% (nove por cento). 
No período de 01.05.1999 a 31.01.2000, a alíquota era de 12% (doze por cento) 
A alíquota da CSL era de 8% (oito por cento) até 30.04.1999. 
BASE DE CÁLCULO DA CSLL 
 
A partir de 01.09.2003, por força do art. 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo 
da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pela sistemática de recolhimento 
mensal (estimativa) corresponderá a: 
 
12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços 
hospitalares e de transporte; 
 
32% para: 
 
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de 
transporte; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza; 
 
 
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de 
 14 
contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de 
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
 
Exemplo: 
Empresa que efetua recolhimento por estimativa mensal apurou os seguintes 
valores de receita bruta na prestação de serviços de administração de bens 
imóveis (não houve obtenção de receitas de juros, ganhos de capital ou outras 
operações tributáveis): 
 
mês/ano Receita R$ 
% Base 
cálculo 
CSLL 
Base 
Cálculo 
CSLL R$ 
CSLL 
Estimativa 
R$ 
jul/03 10.000,00 12% 1.200,00 108,00 
ago/03 15.000,00 12% 1.800,00 162,00 
set/03 12.000,00 32% 3.840,00 345,60 
 
CSLL - BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA FISCAL 
 
A partir de 01.01.2003, é instituído, em relação aos tributos e contribuições 
administrados pela Secretaria da Receita Federal, bônus de adimplência fiscal, 
aplicável às pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação com base no 
lucro real ou presumido. 
 
CÁLCULO DO BÔNUS 
 
O bônus corresponde a: 
 
 I – 1% um por cento da base de cálculo da CSL determinada segundo as 
normas estabelecidas para as pessoas jurídicas submetidas ao regime de 
apuração com base no lucro presumido; 
 II – será calculado em relação à base de cálculo referida no item I, 
relativamente ao ano-calendário em que permitido seu aproveitamento. 
 
Exemplo: 
 
Base de cálculo da CSLL no 1º trimestre de 2.005: R$ 100.000,00 
Bônus: R$ 100.000,00 x 1% = R$ 1.000,00 
 
Na hipótese de período de apuração trimestral, o bônus será calculado em relação 
aos quatro trimestres do ano-calendário e poderá ser deduzido da CSLL devida 
correspondente ao último trimestre. 
 
 
 
 
 15 
22.1 IMPEDITIVO AO DIREITO DO BÔNUS 
 
Não fará jus ao bônus a pessoa jurídica que, nos últimos cinco anos-calendário, se 
enquadre em qualquer das seguintes hipóteses, em relação a tributos e 
contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal: 
 
 I – lançamento de ofício; 
 II – débitos com exigibilidade suspensa; 
 III – inscrição em dívida ativa; 
 IV – recolhimentos ou pagamentos em atraso; 
 V – falta ou atraso no cumprimento de obrigação acessória. 
 
Na hipótese de decisão definitiva, na esfera administrativa ou judicial, que implique 
desoneração integral da pessoa jurídica, as restrições referidas nos itens I e II 
acima serão desconsideradas desde a origem. 
 
O período de cinco anos-calendário será computado por ano completo, inclusive 
aquele em relação ao qual dar-se-á o aproveitamento do bônus. 
 
22.2 UTILIZAÇÃO DO BÔNUS 
 
A dedução do bônus dar-se-á em relação à CSLL devida no ano-calendário. 
A parcela do bônus que não puder ser aproveitada em determinado período poderá 
sê-lo em períodos posteriores, vedadoo ressarcimento ou a compensação com 
outros tributos. 
 
REGISTRO CONTÁBIL 
 
O bônus será registrado na contabilidade da pessoa jurídica beneficiária: 
 
 I – na aquisição do direito, a débito de conta de ativo circulante e a crédito de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados; 
 II – na utilização, a débito da provisão para pagamento da CSLL e a crédito da 
conta de ativo circulante referida no item I acima. 
 
 
Exemplo: 
 
1) Aquisição do direito ao bônus: 
 
D - CSLL - Bônus de Adimplência a Compensar (Ativo Circulante) 
C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) 
 
2) Na utilização, mediante compensação com a própria CSLL a pagar: 
 
D - Provisão da CSLL a Pagar (Passivo Circulante) 
C - CSLL - Bônus de Adimplência a Compensar (Ativo Circulante) 
 16 
 
SUSPENSÃO, REDUÇÃO E DISPENSA DO IMPOSTO MENSAL 
 
A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em 
cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que 
o valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado 
com base no lucro real do período em curso (Lei 8.981/95, art. 35, e Lei 9.430/96, 
art. 2). 
 
FORMALIDADES 
 
Os balanços ou balancetes: 
 
I – deverão ser levantados com observância das leis comerciais e fiscais e 
transcritos no Livro Diário; 
II – somente produzirão efeitos para determinação da parcela do imposto devido no 
decorrer do ano-calendário. 
 
REGISTRO DA PARTE “A” DO LALUR 
 
A empresa que suspender ou reduzir o pagamento por estimativa, deverá também 
escriturar a Parte “A” do LALUR, em cada mês que efetuou a suspensão ou 
redução do imposto. 
 
Para detalhes do preenchimento, acesse o tópico “Livro de Apuração do Lucro 
Real (LALUR)”. 
 
DISPENSA DO PAGAMENTO MENSAL 
 
Estão dispensadas do pagamento mensal as pessoas jurídicas que, através de 
balanços ou balancetes mensais, demonstrem a existência de prejuízos fiscais 
apurados a partir do mês de janeiro do ano-calendário (Lei 8.981/95, art. 35, § 2º, e 
Lei 9.065/95, art. 1). 
 
O pagamento mensal, relativo ao mês de janeiro do ano-calendário, poderá ser 
efetuado com base em balanço ou balancete mensal, desde que fique 
demonstrado que o imposto devido no período é inferior ao calculado com base 
nas regras de estimativa (Lei 8.981/95, art. 35, § 3º, e Lei 9.065/95, art. 1). 
 
ESTOQUES NA DATA DO BALANCETE 
 
Os estoques apurados na data do balancete de suspensão ou redução não 
precisam ser escriturados no Livro Registro de Inventário, bastando que haja 
listagem contendo a quantidade, descrição, valor unitário e valor total dos 
respectivos itens em estoques. 
 
O valor assim apurado deverá ser contabilizado, de forma que a conta “Estoques” 
tenha saldo idêntico ao do apurado na relação respectiva. 
 
REFLEXO NA APURAÇÃO DA CSL 
 
 17 
No mês em que o pagamento do IRPJ for suspenso ou reduzido, deverá ser 
calculado a CSL devida com base no resultado apurado no ano calendário em 
curso, até o mês de levantamento do balanço ou balancete, ajustado pelas 
adições, exclusões e compensações admitidas pela legislação. 
 
 
 
 
 
 
BALANÇO ANUAL 
 
A empresa que optar por pagamento do IRPJ por Estimativa mensal, estará 
obrigada, no final do ano civil (31 de Dezembro) a levantar o Balanço Anual, para 
fins de apuração do Lucro Real do Exercício. 
 
OPÇÃO DA FORMA DE PAGAMENTO 
 
A adoção da forma de pagamento do IRPJ será irretratável para todo o ano-
calendário. 
 
O IRPJ deverá ser pago até o último dia útil do mês subseqüente àquele a que se 
referir (Lei 9.430/96, art. 6). Assim, o IRPJ devido por Estimativa de março/2005, 
será pago até o último dia útil do mês de abril/2005. 
 
O saldo do IRPJ apurado em 31 de dezembro no Balanço Anual será (Lei 9.430/96, 
art. 6, § 1º): 
 
I – Pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano 
subseqüente, se positivo, sendo acrescido de juros calculados à taxa SELIC, a 
partir de 1º de fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um 
por cento no mês do pagamento (Lei 9.430/96, art. 6, § 2º). 
 
II – Compensado com o IRPJ devido a partir do mês de janeiro do ano 
subseqüente, a pagar a partir de fevereiro, se negativo, assegurada a alternativa 
de requerer, após a entrega da declaração de rendimentos, a restituição do 
montante pago a maior. A permissão de compensação já em janeiro é decorrente 
do Ato Declaratório SRF 3/2000, já que a Lei estipulava a compensação somente a 
partir de abril do ano subsequente. 
 
O saldo do IRPJ será acrescido de juros calculados à taxa SELIC, a partir de 1º de 
fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um por cento no 
mês do pagamento (Lei 9.430/96, art. 6, § 2º). 
 
Exemplo 1: 
 
IRPJ Apurado em Balanço Anual de 31.12.2004: R$ 250.000,00 
IRPJ Pago por Estimativa: R$ 150.000,00 
Saldo do IRPJ a Pagar: R$ 250.000,00 - R$ 150.000,00 = R$ 100.000,00 
 
 18 
O saldo do IRPJ a pagar, de R$ 100.000,00, deverá ser pago em quota única, até o 
último dia útil do mês de março/2005, acrescido dos juros SELIC de fevereiro + 1% 
juros de março/2005. 
 
Exemplo 2: 
 
IRPJ Apurado em Balanço Anual de 31.12.2004 = R$ 50.000,00 
IRPJ Pago por Estimativa: R$ 90.000,00 
Saldo a Compensar: R$ 50.000,00 - R$ 90.000,00 = - R$ 40.000,00 
 
A compensação deste valor de R$ 40.000,00 poderá ser procedida já em 
janeiro/2005. Se houver saldo a compensar, em fevereiro/2005, a compensação 
poderá ser procedida pelo saldo + 1% de juros. Em março/2005, pelo saldo + juros 
SELIC de fevereiro/2005 + 1% juros, etc. 
 
IMPORTANTE: 
O prazo de pagamento não se aplica ao IRPJ devido por estimativa, relativo ao 
mês de dezembro, que deverá ser pago até o último dia útil do mês de janeiro do 
ano subseqüente (Lei 9.430/96, art. 6, § 3º). 
 
DEDUÇÕES DO IMPOSTO ANUAL 
 
Para efeito de determinação do IRPJ a pagar ou a ser compensado, a pessoa 
jurídica poderá deduzir do IRPJ devido o valor (Lei 9.430/96, art. 2, § 4º): 
 
I – dos incentivos fiscais de dedução do imposto, observados os respectivos 
limites, bem assim o disposto no art. 543 do Regulamento do IR, que não permite o 
abatimento sobre a parcela de adicional do IRPJ (10%). 
II – dos incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados com base 
no lucro da exploração; 
III – do imposto pago ou retido na fonte, incidente sobre receitas computadas na 
determinação do lucro real; 
IV – do imposto pago na forma de estimativa mensal. 
 
Exemplo: 
 
Descrição Valor R$ 
1. IRPJ Lucro Real apurado no Balanço Anual 50.000,00 
2. Incentivos Fiscais (PAT) 1.819,67 
3. IR Fonte Aplicações Financeiras e Outras 2.999,00 
4. IR Pago por Estimativa Mensal 20.945,00 
5. Saldo do IRPJ a Pagar (1 - 2 - 3 - 4) 24.236,33 
 
EXERCÍCIOS DO MÓDULO 3: 
 
Uma empresa apresenta a seguinte situação: 
 
Pagou R$ 20.500,00 de IRPJ por Estimativa no período de Fevereiro a 
Junho/2001. 
O balancete de Junho/2001 apresentou um IRPJ Devido, no período de 01.01.2001 
a 30.06.2001, de R$ 21.750,00. 
 19 
A receita bruta de revendas de mercadorias de Junho/2001 foi de R$ 300.000,00. 
Questiona-se: é possível suspender/reduzir o pagamento por estimativa, em 
Julho/2001? 
 
Calcule o IRPJ a pagar por Estimativa, considerando o que segue: 
 
Serviços de Transporte de Cargas: R$ 500.0000,00 
Receitas de Aplicações Financeiras, tributadas pelo IRF: R$ 20.000,00 
Conhecimentos de Fretes Cancelados: R$ 18.000,00 
Ganho de Capital de Venda de um Caminhão: R$ 10.000,00 
Benefício do PAT: R$ 500,00 
 
Calcule o IRPJ a pagar em 31.03.2001: 
 
Lucro Real apurado no Balanço de 31.12.2000: R$ 1.400.000,00 
IRPJ Pago por Estimativa Mensal: R$ 290.000,00 
Doações ao Fundo da Criança e do Adolescente: R$ 25.000,00 
Despesas do PAT, admissíveis para dedução do IRPJ: R$ 20.500,00 
IR Fonte sobre Aplicações Financeiras: R$ 9.750,00 
 
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS DO MÓDULO 3: 
 
Cálculos: 
 
Valor do IRPJ a Pagar por Estimativa, em Julho/2001, com base na Receita de 
Junho/2001: 
R$ 300.000,00 x 8% (valor da base de cálculo) =R$ 24.000,00. 
R$ 24.000,00 x 15% IRPJ = R$ 3.600,00 
R$ 24.000,00 - R$ 20.000,00 (limite para cálculo/mês do adicional do IRPJ) = 
R$ 4.000,00 
R$ 4.000,00 x 10% = R$ 400,00 
Total do IRPJ Devido por Estimativa: R$ 3.600,00 + R$ 400,00 = R$ 4.000,00 
 
Valor do IRPJ a Pagar com base no balancete de Junho/2001: 
IRPJ Devido R$ 21.750,00 
IRPJ Estimativa paga de Fevereiro a Junho/2001: R$ 20.500,00 
IRPJ a Recolher, com base no balancete: R$ 21.750,00 - R$ 20.500,00 = R$ 
1.250,00 
 
Conclusão: é vantagem recolher o IRPJ com base no balancete de Junho/2001. 
 
b) Cálculos: 
 
1. Serviços de Transporte de Cargas 500.000,00 
2. Fretes Cancelados 18.000,00 
3. Total da Receita Bruta (1 – 2) 482.000,00 
4. Base de cálculo (3 x 8%) 38.560,00 
5. Receitas Aplicações Financeiras (tributadas 
pelo IRF) 
 não entram na base de 
cálculo 
6. Ganho de Capital 10.000,00 
7. Total da Base de Cálculo (4 + 6) 48.560,00 
 20 
8. IRPJ (7 x 15%) 7.284,00 
9. IRPJ Adicional (7 - 20.000 x 10%) 2.856,00 
10. Total IRPJ (8 + 9) 10.140,00 
11. Limite PAT (8 x 4%) 291,36 
12. Valor a Recolher (10 - 11) 9.848,64 
 
c) Cálculos: 
 
1. Lucro Real 
1.400.000,00 
2. IRPJ (1 x 15%) 
210.000,00 
3. IRPJ Adicional (1 - 20.000 x 12 x 10%) 
116.000,00 
4. Total IRPJ (2 + 3) 
326.000,00 
5. Dedução Fundo Criança e Adolescente (limitado a 1% de 2) 
2.100,00 
6. Dedução PAT (limitado a 4% de 2) 
8.400,00 
7. IR Fonte s/Aplicações Financeiras 
9.750,00 
8. IRPJ pago por Estimativa Mensal 
290.000,00 
9. Saldo do IRPJ a Recolher (4 - 5 - 6 - 7 - 8) 
15.750,00 
 
AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO PARA A DETERMINAÇÃO DO LUCRO 
REAL - LIVRO LALUR - ADIÇÕES 
 
 
Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período de 
apuração (Decreto-lei 1.598/77, art. 6, § 2): 
 
I – os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer 
outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o 
Regulamento, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; 
 
II – os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos 
na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, devam ser 
computados na determinação do lucro real. 
 
A determinação da base real exige demonstrações financeiras, ajustando-se o 
lucro líquido apurado no Demonstrativo de Resultados, após a CSLL e antes do IR, 
pelas adições, exclusões e compensações previstas na legislação. 
 
LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL (LALUR) 
 
Os controles de adições, exclusões e compensações do Lucro Real são efetuados 
em Livro próprio para isto, chamado "Livro de Apuração do Lucro Real" (LALUR). 
 
 21 
Este Livro contém 2 partes: 
 
PARTE "A" - é a parte aonde irão discriminados os ajustes, por data, ao Lucro 
Real, como: despesas indedutíveis, valores excluídos, e a respectiva 
Demonstração do Lucro Real. 
 
Exemplo: 
 
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO 
EXERCÍCIO 
 pág. 12 
DATA H I S T Ó R I C O ADIÇÕES 
EXCLUSÕE
S 
 NATUREZA DOS AJUSTES 
 
05.10.05 MULTA registradas Livro Diário, fl. 108 6.438,47 
31.10.05 MULTA registradas Livro Diário, fl. 115 612,39 
29.11.05 MULTA registrada Livro Diário, fl. 129 510,68 
18.12.05 MULTA registradas Livro Diário, fl. 137 5.938,92 13.500,46 
30.11.05 DIVIDENDOS recebidos registrados Livro 
Diário, fl. 130 
 
1.744,00 
 
 TOTAL ADIÇÕES E EXCLUSÕES 
13.500,46 
 
1.744,00 
 
31.12.05 DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL 
Período de 01.10.2005 a 31.12.2005 
 
 
 R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 
 
 15.001,00 
 A D I Ç Õ E S : 
 MULTAS 
13.500,46 
 
 
 T O T A L A D I Ç Õ E S 
13.500,46 
 
 
 E X C L U S Õ E S : 
 
DIVIDENDOS 
 
1.744,00 
 
 
TOTAL DAS EXCLUSÕES 
 
1.744,00 
 
 
 LUCRO REAL ANTES DA 
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS 
 26.757,46 
 
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS: 
Períodos bases anteriores 
 
LUCRO REAL APÓS A COMPENSAÇÃO 
DE PREJUÍZOS 
 
 
(8.027,23) 
 
 
 
18.730,23 
 
 22 
 31 de DEZEMBRO de 2.005 
 
 
 
 assinatura) ______________________ 
(assinatura) 
 Paulo Cardoso José Sampaio 
 Sócio Gerente Contador CRC ............. 
 
 
 
PARTE "B" - incluem-se os valores que afetarão o Lucro Real de períodos-base 
futuros, como, por exemplo: Prejuízos a Compensar, Depreciação Acelerada 
Incentivada, Lucro Inflacionário Acumulado até 31.12.1995, etc. 
 
Exemplo: 
 
PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE 
DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
Pág.52 
CONT
A: 
PREJUÍZO FISCAL ANO CALENDÁRIO 2004 
Para efeitos de 
Correção 
Monetária 
Controle de Valores DATA H I S T Ó R I C O 
Mês 
de 
Ref. 
 Valor 
a 
 
Corrig
ir 
 Coef. Débito Crédito Valor 
Corrigid
o 
 
D/
C 
31.12.0
4 
Prejuízo Fiscal n/ano, cfe. 
Página 05 - Parte A, d/livro 
12.04 * * 
18.033,2
0 
 
18.033,2
0 
 C 
 
Nota: os campos com asterisco (*) não são mais preenchidos a partir de 
31.12.1995, data da extinção da correção monetária. 
 
ATUALIZAÇÃO DOS VALORES DA PARTE “B” DO LALUR 
 
Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real, 
existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão atualizados 
monetariamente até essa data, observada a legislação então vigente, ainda que 
venham a ser adicionados, excluídos ou compensados em períodos de apuração 
posteriores (Lei 9.249/95, art. 6). 
 
A atualização dos valores referidos até 31.12.1995 será efetuada tomando-se por 
base o valor da UFIR vigente em 1° de janeiro de 1996 – R$ 0.8287 (Lei 9249/95, 
art. 6, parágrafo único). 
 
AS ADIÇÕES NA PARTE "A" DO LALUR 
 
 23 
As adições, fundamentalmente, são representadas por despesas contabilizadas e 
indedutíveis para a apuração do Lucro Real, como multas indedutíveis, doações, 
brindes, etc. 
 
Assim, uma empresa que apurou um lucro contábil de R$ 100.000,00, mas 
contabilizou despesas indedutíveis de R$ 20.000,00, deverá ajustar o lucro 
contábil, via Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). 
 
O ajuste é feito via LALUR porque o resultado não pode e não deve ser alterado 
contabilmente. Desta forma procede-se a adição ao lucro contábil de R$ 20.000,00, 
na Parte "A" do LALUR, o que produz, na prática, um efeito de anulação das 
despesas indedutíveis contabilizadas. 
 
Este ajuste mantém o lucro contábil em R$ 100.000,00, porém, para fins fiscais o 
aumentará para R$ 120.000,00, valor equivalente ao que representaria o lucro 
contábil, caso não tivessem sido contabilizadas as despesas não dedutíveis. 
 
Observe-se que, neste caso, não há necessidade de controle a ser efetuado na 
Parte "B" do LALUR, pois a despesa é indedutível. 
 
O controle na Parte "B" seria necessário se a dedutibilidade fosse vinculada a um 
evento futuro, como por exemplo, de despesas com a constituição de provisões, 
que são dedutíveis apenas quando o fato provisionado ocorrer. Nesta última 
hipótese, a despesa seria adicionada e anotada na Parte "B" do LALUR, para ser 
excluída, quando efetivamente a perda provisionada se materializasse. 
 
EXEMPLOS DE ADIÇÕES AO LUCRO REAL: 
 
1) Os lucros auferidos no exterior, por intermédio de filiais, sucursais, controladas 
ou coligadas serão adicionados ao lucro líquido, para determinação do lucro real 
correspondente ao balanço levantadono dia 31 de dezembro do ano-calendário 
em que tiverem sido disponibilizados para a pessoa jurídica domiciliada no Brasil 
(Art. 1, Lei 9.532/97). 
 
2) Os pagamentos efetuados à sociedade civil quando esta for controlada, direta ou 
indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores, gerentes, controladores da 
pessoa jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo cônjuge ou 
parente de primeiro grau das referidas pessoas (Decreto-lei 2.397/87, art. 4); 
 
3) Encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem 
já integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais previstos no 
Regulamento do Imposto de Renda; 
 
4) Perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-
trade), realizadas em mercado de renda fixa ou variável (Lei 8.981/95, art. 76, § 
3°); 
 
5) Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, ressalvado 
a hipótese em que são considerados salários indiretos (Lei 9.249/95, art. 13, inciso 
IV); 
 
 24 
6) Contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e 
planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência 
social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica (Lei 
9.249/95, art. 13, inciso V); 
 
7) Doações, exceto as expressamente admissíveis como dedutíveis (Lei 9.249/95, 
art. 13, inciso VI); 
 
8) Despesas com brindes (Lei 9 249/95, art. 13, inciso VII); 
 
9) A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (a partir de 1997), registrado como 
custo ou despesa operacional (Lei 9.316/96, art. 1 e parágrafo único); 
 
10) Perdas apuradas nas operações realizadas nos mercados de renda variável e 
de swap, que excederem os ganhos auferidos nas mesmas operações (Lei 
8.981/95, art. 76, § 4°). 
 
11) Provisões, exceto a provisão de férias, 13º salário e as provisões técnicas 
obrigatórias das companhias de seguro e de capitalização. 
 
12) A parcela realizada da reserva de reavaliação, quando computada no resultado 
do exercício e ainda não tributada. 
 
13) As participações nos lucros atribuídas a administradores e partes beneficiárias 
de sua emissão (art. 463 do Regulamento do IR). 
 
14) Saldos do lucro inflacionário acumulado, realizado no período-base. 
 
15) Perda apurada na alienação ou baixa de investimento adquirido mediante 
dedução do IRPJ (exemplo: quotas do Finor, Finam). 
 
16) Resultado negativo da equivalência patrimonial no capital social de coligada ou 
controlada. 
 
17) Prejuízos de alienação de ações, títulos ou quotas de capital, com deságio 
superior a 10% (dez por cento) dos respectivos valores de aquisição, salvo se a 
venda houver sido realizada em bolsa de valores ou decorrer de participações 
permanentes. 
 
18) Multas, salvo as de natureza compensatória (como multas pagas 
espontaneamente no atraso de recolhimento de tributos). 
 
19) Valor da variação cambial passiva, amortizada no ativo diferido, que tiver sido 
excluída em 2.001 do lucro real (art. 2, parágrafo único da Lei 10305/2001). 
 
20) Tributos e contribuições cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos dos 
incisos II a IV do art. 151 da Lei nº 5.172, de 1966, haja ou não depósito judicial 
(Lei nº 8.981, de 1995, art. 41, § 1º). 
 
TRIBUTOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA 
 
 25 
Os tributos e contribuições cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos dos 
incisos II a IV do art. 151 da Lei 5.172/66, não são dedutíveis enquanto persistir a 
suspensão. Os citados incisos referem-se às condições de suspensão da 
exigibilidade, exceto o inciso I do artigo 151 do CTN, que trata da moratória. 
Adiante, a transcrição dos incisos II a IV: 
 
"II – o depósito do seu montante integral; 
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo 
tributário administrativo; 
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança". 
 
Tais valores adicionados ao lucro real deverão ser controlados na parte B do 
LALUR, em folha específica, pois no momento em que houver sentença definitiva 
da lide, tais montantes deverão ser excluídos no Lucro Real. 
 
Na apuração da base de cálculo da CSLL, se aplicará o mesmo procedimento. 
 
Exemplo: 
 
Determinado contribuinte impetrou mandato de segurança contra o PIS, 
requerendo depósito dos montantes questionados até o julgamento da lide. No ano 
de 2.004, contabilizou: 
 
D – PIS (Conta de Resultado) 
C – PIS a Recolher (Passivo Circulante) 
R$ 100.000,00 
 
Pelo depósito do montante para recurso: 
 
D – Depósito Judicial – PIS (Realizável a Longo Prazo) 
C – Bancos cta. Movimento (Ativo Circulante) 
R$ 100.000,00 
 
Pela transferência do valor do Passivo Circulante para Exigível a Longo Prazo 
 
D – PIS a Recolher (Passivo Circulante) 
C – PIS – Recurso Judicial (Exigível a Longo Prazo) 
R$ 100.000,00 
 
No LALUR, parte A, relativo á apuração de 2.004, tal contribuinte adiciona o valor 
de R$ 100.000,00 ao lucro real, controlando tal valor na parte B do respectivo livro, 
em folha específica (“PIS – Ação Judicial”). Adicionará também, na base de cálculo 
da CSLL o mesmo valor. 
 
Em 31.03.2005 há sentença judicial definitiva que é desfavorável ao contribuinte na 
respectiva ação, e o depósito judicial é revertido como renda da União. O 
lançamento contábil, para zerar o ativo e passivo é: 
 
D - PIS – Recurso Judicial (Exigível a Longo Prazo) 
C. Depósito Judicial – PIS (Realizável a Longo Prazo) 
 
 26 
No período de apuração do Lucro Real em 31.03.2005, o contribuinte poderá 
excluir, na parte A do LALUR, o saldo existente, mediante transferência da Parte B 
(folha “PIS – Ação Judicial”) do mesmo livro. Excluirá, também, na base de cálculo 
da CSLL. 
 
CONTRIBUIÇÕES PARA A PREVIDÊNCIA PRIVADA – LIMITE 
 
Na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, o valor das despesas 
com contribuições para a previdência privada, a que se refere o inciso V do art. 13 
da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e para os Fundos de Aposentadoria 
Programada Individual - Fapi, a que se refere a Lei no 9.477, de 24 de julho de 
1997, cujo ônus seja da pessoa jurídica, não poderá exceder, em cada período de 
apuração, a 20% (vinte por cento) do total dos salários dos empregados e da 
remuneração dos dirigentes da empresa, vinculados ao referido plano. 
 
O somatório das contribuições que exceder o valor do limite de 20% deverá ser 
adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real e da base de 
cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido. 
 
Base: art. 11 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997, § 2 (Redação dada pela 
Lei 10.887/ 2004).. 
 
SEGURO DE VIDA COM CLÁUSULA DE COBERTURA POR 
SOBREVIVÊNCIA 
 
O art. 4º da Lei nº 11.053/2004 estabelece que, a partir de 01.01.2005, a dedução 
na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, das contribuições da 
pessoa jurídica para seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência 
fica condicionada, cumulativamente: 
 
a) ao limite de 20% (vinte por cento) do total dos salários dos empregados e 
da remuneração dos dirigentes da empresa, vinculados ao seguro (§ 2º do 
art. 11 da Lei nº 9.532/97, com a redação dada pela Lei nº 10.887/2004); e 
b) a que o seguro seja oferecido indistintamente aos empregados e 
dirigentes. 
 
EXCLUSÕES AO LUCRO REAL 
 
Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líquido do período 
de apuração (Decreto-Lei 1.598/77, art. 6, § 3º): 
 
I – os valores cuja dedução seja autorizada pelo Regulamento e que não tenham 
sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração; 
 
II – os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na 
apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, não sejam 
computados no lucro real; 
 
III – o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitado a 30% 
(trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas no 
Regulamento, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos,27 
exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para 
compensação (Lei 9.065/95, art. 15 e parágrafo único). 
 
As exclusões, em parte, são representadas pelas receitas não tributáveis 
contabilizadas. Excluem-se, também, os valores cuja tributação pode ser diferida, 
entre outras. 
 
� EXEMPLOS DE EXCLUSÕES AO LUCRO REAL: 
 
Todos os exemplos citados foram extraídos do Regulamento do Imposto de Renda, 
anotando-se ao final o artigo correspondente: 
 
RECEITAS NÃO TRIBUTÁVEIS OU ISENTAS 
 
Resultado Credor da Equivalência Patrimonial, art. 389. 
Lucros e Dividendos recebidos, tributados nas pessoas jurídicas que o distribuíram, 
art. 379. 
Ganho de Capital obtido nas operações de transferência de imóveis 
desapropriados para fins de reforma agrária, art. 423. 
Acréscimo do valor de patrimônio líquido de investimento, decorrente de ganho de 
capital por variação na percentagem de participação no capital social de 
controlada ou coligada, art. 428. 
Capital das apólices de seguros ou pecúlio em favor da empresa, pago por morte 
do sócio segurado, art. 445. 
 
 RECEITAS CUJA TRIBUTAÇÃO PODE SER DIFERIDA 
 
As receitas ou incentivos adiante DEVERÃO ser controladas na Parte "B" do 
LALUR, em folha específica, se excluídas na Apuração do Lucro Real: 
 
Lucro decorrente de contratos com Entidades Governamentais, 
proporcionalmente á receita não recebida, art. 409. 
Venda de bens do ativo permanente para recebimento do preço, no todo ou em 
parte, após o término do ano-calendário seguinte ao da contratação, art. 
421. 
Ganho de Capital obtido na desapropriação de bens, nas condições do art. 422. 
Depreciação Acelerada incentivada, nas condições do art. 313 a 323. 
 
SENTENÇA DEFINITIVA – TRIBUTOS COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA 
 
No momento em que houver a sentença definitiva da lide dos tributos com 
exigibilidade suspensa nos termos dos incisos II a IV do art. 151 da Lei nº 5.172, de 
1966 – Código Tributário Nacional (CTN), haja ou não depósito judicial, exclui-se o 
saldo respectivo controlado em folha específica na parte “B” do LALUR. 
 
Exemplo Prático: 
 
Uma empresa que apurou um lucro contábil de R$ 350.000,00. 
Contabilizou um Resultado Credor de Equivalência Patrimonial de R$ 60.000,00 
 
 28 
Poderá ajustar o resultado contábil, via LALUR (Parte "A"), uma vez que tal 
resultado não pode e não deve ser alterado contabilmente? 
 
Sim. Procede-se a exclusão ao lucro contábil, de R$ 60.000,00, na Parte "A" do 
Livro de Apuração do Lucro real (LALUR), o que produz, na prática, um efeito de 
anulação da receita contabilizada. Este ajuste mantém o lucro contábil em R$ 
350.000,00, porém, para fins fiscais diminuirá para R$ 290.000,00, valor 
equivalente ao que representaria o lucro contábil, caso não tivessem sido 
contabilizadas o Resultado Credor da Equivalência Patrimonial, que é uma receita 
não tributável, conforme artigo 389 do Regulamento do IR. 
 
Ressalte-se que não há, neste caso, necessidade de controle na Parte "B" do 
LALUR, pois a receita é isenta de tributação (Resultado Credor da Equivalência 
Patrimonial). 
 
O controle na Parte "B" far-se-ia necessário se o valor correspondesse a uma 
receita diferida ou a uma parcela do lucro com tributação adiada para um período 
futuro, a exemplo de um lucro na venda de bens do permanente para recebimento 
do todo ou em parte após o término do exercício social seguinte. 
 
Nesta última hipótese, o lucro diferido seria excluído num primeiro período e 
anotado na Parte "B" do LALUR, para ser adicionado, quando do efetivo 
recebimento das parcelas pela venda do bem. 
 
Outro caso de controle necessário na Parte “B” é a adição de tributos com 
exigibilidade suspensa. 
 
 
EXCLUSÃO DO RESULTADO LÍQUIDO NEGATIVO DAS VARIAÇÕES 
CAMBIAIS CONTABILIZADAS COMO ATIVO DIFERIDO NO ANO 2.001 
 
As pessoas jurídicas poderão registrar, em conta do ativo diferido, o resultado 
líquido negativo decorrente do ajuste de valores em reais de obrigações e créditos, 
efetuado em virtude de variação nas taxas de câmbio ocorrida no ano-calendário 
de 2.001. 
 
Nesta hipótese, deverá ser excluído do lucro líquido, para determinação do lucro 
real e da base de cálculo da CSLL, relativos ao ano de 2.001, a diferença entre o 
valor da despesa, registrada no ativo diferido, e o amortizado no mesmo período. 
 
Exemplo: 
 
Registro no ativo diferido do resultado líquido negativo da variação cambial: R$ 
1.000.000 
Amortização relativa ao ano 2.001: R$ 250.000 
Saldo a amortizar: R$ 1.000.000 – R$ 250.000 = R$ 750.000 
Valor a excluir do lucro real de 2.001: R$ 750.000 
 
Notas: 
 
O valor da despesa deverá ser amortizada à razão de 25%, no mínimo, por ano-
calendário, a partir de 2001. 
 29 
O valor amortizado nos períodos de apuração subsequentes ao da exclusão será 
adicionado ao lucro real e á base de cálculo da CSLL correspondentes ao 
mesmo período. 
 
Base: Lei 10.305/2001. 
COMPENSAÇÕES AO LUCRO REAL - PREJUÍZOS FISCAIS 
 
PREJUÍZO FISCAL X PREJUÍZO CONTÁBIL 
 
Quando a legislação refere-se a “prejuízos fiscais”, não refere-se ao prejuízo 
contábil. 
 
Prejuízo Fiscal é aquele apurado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR. 
 
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração (apurado contabilmente) 
ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas 
pelo Regulamento (Decreto-lei 1.598/77, art. 6). 
 
Já Prejuízo Contábil é o apurado na escrituração comercial. 
 
Nem sempre, portanto, o prejuízo fiscal será igual ao prejuízo contábil. 
 
Exemplo de Prejuízo Fiscal, apurado a partir do prejuízo contábil: 
 
Descrição Valor R$ 
1. Prejuízo Contábil apurado na escrituração (100.000,00) 
2. Adições ao Lucro Real – Despesas Não Dedutíveis 10.000,00 
3. Exclusões ao Lucro Real – Equivalência Patrimonial Credora 50.000,00 
4. Prejuízo Fiscal no Período (1 + 2 – 3) (140.000,00) 
 
COMPENSAÇÕES 
 
As compensações referem-se a prejuízos fiscais (lucro real negativo) apurados em 
períodos anteriores. 
 
Desta forma, quando a pessoa jurídica obtiver lucro real, este poderá ser “abatido” 
com eventuais prejuízos fiscais apurados em períodos anteriores. 
 
Entretanto, a compensação de tais prejuízos é limitada a 30% do lucro real antes 
da compensação. 
 
Exemplo: 
 
Descrição Valor R$ 
1. Lucro Real em 31.12.2004, antes da Compensação de Prejuízos 100.000,00 
2. Prejuízos Fiscais Compensáveis 80.000,00 
3. Prejuízos Fiscais que poderão ser utilizados, para compensação com 
o Lucro Real de 31.12.2004 (1 x 30%) 
30.000,00 
 
 
 
 30 
 
 
 
 
 
PREJUÍZOS NÃO OPERACIONAIS 
 
Para efeito de compensação dos prejuízos não operacionais em períodos-base 
futuros, a pessoa jurídica que apurar prejuízo fiscal em algum períodos-base 
iniciado a partir de 1996, deverá verificar se ele provém, no todo ou em parte, de 
resultados negativos não operacionais. 
 
Considera-se resultado não operacional a diferença, positiva ou negativa, entre o 
valor pelo qual o bem ou direito do ativo permanente houver sido alienado e o seu 
valor contábil. 
 
Caso sejam apurados, cumulativamente, resultados não operacionais negativos e 
prejuízo fiscal, proceder-se-á à seguinte segregação: 
 
a) se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo será 
considerado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente será 
considerada prejuízo fiscal das atividades operacionais; 
 
b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao prejuízo 
fiscal, todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional. 
 
EXEMPLOS: 
 
No quadro abaixo são apresentadas as possíveis combinações de resultados 
operacionais e não operacionais (valores contábeis), com Lucro real, no objetivo de 
mostrar a necessidade ou não de separação do prejuízo fiscal, e a correspondente 
quantificação deste, na Parte B do LALUR, de acordo com as instruções das letras 
“a” e “b” do parágrafo precedente. 
 
Os valores entre parênteses ( ), correspondem a valores negativos: 
 
Descrição/Valores R$ Hipótese1 
 Hipótese 2 Hipótese 
3 
 Hipótese 
4 
 Hipótese 5 
Resultado Operacional 100.000 (100.000) 
(80.000) 
 400.000 (150.000) 
Resultado Não 
Operacional 
 
(50.000) 
 110.000 10.000 
(300.000) 
 
(60.000) 
Lucro/Prejuízo Real * 80.000 10.000 
(20.000) 
 
(100.000) 
 
(200.000) 
Parte B do LALUR: 
Prejuízo Não Operacional - - - 
(100.000) 
 
(60.000) 
Prejuízo Demais 
Atividades 
 - - 
(20.000) 
 - 
(140.000) 
 
 31 
* O Lucro/Prejuízo Real não corresponde, no exemplo, à soma algébrica dos 
resultados operacionais e não operacionais. O valor é hipotético, pois omitimos 
informações sobre as adições e exclusões. 
 
O prejuízo não operacional assim apurado deverá ser controlado em folha 
específica na parte B do LALUR e só poderá ser compensado em período-base 
subseqüente onde for apurado resultado não operacional positivo, até o valor 
deste. 
 
Exemplo 1: 
 
Saldo de prejuízos não operacionais na Parte B do LALUR: R$ 100.000 
Resultado não Operacional positivo, no período-base subsequente: R$ 30.000 
Lucro Real: R$ 80.000 
Limite de compensação (30% de R$ 80.000) = R$ 24.000 
Lucro Real após a compensação dos prejuízos = R$ 80.000 - R$ 24.000 = R$ 
56.000 
 
Exemplo 2: 
 
Saldo de prejuízos não operacionais na Parte B do LALUR: R$ 100.000 
Saldo de prejuízos operacionais na Parte B do LALUR: ZERO 
Resultado não Operacional negativo, no período-base subsequente: R$ 20.000 
Lucro Real: R$ 80.000 
Compensação (não haverá, porque somente é admissível a compensação dos 
prejuízos não operacionais quando houver lucro não operacional no período base 
de compensação). 
 
Exemplo 3: 
 
Saldo de prejuízos não operacionais na Parte B do LALUR: R$ 100.000 
Saldo de prejuízos operacionais na Parte B do LALUR: ZERO 
Resultado não Operacional positivo, no período-base subsequente: R$ 20.000 
Lucro Real: R$ 80.000 
Limite de compensação (30% de R$ 80.000) = R$ 24.000; entretanto, este valor é 
superior ao Resultado não Operacional positivo, de R$ 20.000, de forma que só 
poderá ser compensado este último valor. 
Lucro Real após a compensação dos prejuízos = R$ 80.000 - R$ 20.000 = R$ 
60.000 
 
O prejuízo referente às atividades operacionais, que será controlado na parte B do 
LALUR sem a inclusão do prejuízo não operacional, pode ser compensado sem a 
análise quanto à composição do lucro. A soma de ambos os prejuízos 
(operacionais e não operacionais), a ser compensada, não poderá exceder o limite 
de 30% (trinta por cento) do lucro real antes das compensações, exceto quanto às 
atividades que não se sujeitam a tal limite (atividade rural e empresas titulares de 
programas BEFIEX aprovados até 03.06.1993). 
 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – NÃO APLICABILIDADE DA 
SEGREGAÇÃO DE PREJUÍZOS OPERACIONAIS E NÃO 
OPERACIONAIS 
 
 32 
Na apuração da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) não 
se aplica a segregação dos prejuízos operacionais e não operacionais. 
 
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA RECUPERAÇÃO DE PREJUÍZOS NÃO 
OPERACIONAIS 
 
No período-base em que for apurado resultado não operacional positivo, todo o seu 
valor poderá ser utilizado para "liberar" os prejuízos fiscais não operacionais de 
períodos anteriores, ainda que a parcela do lucro real admitida para compensação 
não seja suficiente ou que tenha sido apurado prejuízo fiscal. 
 
Nesse caso, a parcela dos prejuízos fiscais não operacionais, até o limite dos 
lucros não operacionais, que não puder ser compensada com o lucro real, seja em 
virtude do limite de 30% (trinta por cento) acima referido ou de ter ocorrido prejuízo 
fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo das atividades operacionais, 
podendo, a partir de então, ser compensada sem a análise quanto à composição 
do lucro. 
 
Exemplo 1: 
 
Saldo de Prejuízos não operacionais na Parte "B" do LALUR: R$ 90.000 
Lucro Não Operacional no Período Subsequente: R$ 100.000 
Lucro Real no Período Subsequente (antes da compensação dos prejuízos) R$ 
200.000 
Compensação de Prejuízos (30% de R$ 200.000) R$ 60.000 
Saldo de Prejuízos não operacionais da Parte "B" do LALUR: ZERO (porque R$ 
60.000 foram absorvidos com o lucro não operacional e R$ 30.000 foram 
transferidos de prejuízos não operacionais para prejuízos operacionais, no 
LALUR). 
 
Exemplo 2: 
 
Saldo de Prejuízos não operacionais na Parte "B" do LALUR: R$ 90.000 
Lucro Não Operacional no Período Subsequente: R$ 70.000 
Lucro Real no Período Subsequente (antes da compensação dos prejuízos) R$ 
1.000 
Compensação de Prejuízos (30% de R$ 1.000) R$ 300 
Saldo de Prejuízos não operacionais da Parte "B" do LALUR: 
 
Descrição Valor R$ 
Saldo Inicial 90.000 
Compensação do Prejuízo com Lucro Operacional - 300 
Transferência de Prejuízos não Operacionais para Prejuízos Operacionais 
(R$ 70.000 Lucro Não Operacional - R$ 300 compensados) 
- 69.700 
Saldo Final 20.000 
 
Portanto, para fins de planejamento tributário, sempre é interessante estar atento à 
possibilidade de transferência de prejuízos não operacionais para prejuízos 
operacionais, viabilizando, assim, uma recuperação mais rápida do direito de 
compensação dos prejuízos, independentemente da existência ou não de lucros 
não operacionais nos exercícios subsequentes. 
 
 33 
PREJUÍZOS APURADOS NA ATIVIDADE RURAL 
 
As empresas que exercerem, simultaneamente, atividades em geral e atividades 
rurais poderão compensar o prejuízo apurado nas atividades em geral, no próprio 
período-base, com o lucro da atividade rural. 
 
De outra forma estas empresas poderão compensar o prejuízo da atividade rural, 
no próprio período-base, com o lucro apurado nas atividades em geral nesse 
mesmo período. 
 
Essas compensações não estão sujeitas ao limite de 30% (trinta por cento), 
estando limitadas, apenas, ao valor do lucro real antes da compensação de 
prejuízos. 
 
Os prejuízos da atividade rural de períodos-base anteriores também podem ser 
utilizados para compensar lucros das atividades em geral, porém, neste caso é 
exigida a limitação de 30%. Caso os prejuízos da atividade rural, a compensar, 
forem anteriores a 1991 (1986 a 1990), estes somente poderão ser compensados 
com lucros da atividade rural. Evidentemente, neste caso, a compensação não 
estará limitada a 30%. 
 
Exemplo: 
 
Descrição Ano 2001 Ano 2002 Ano 2003 Ano 2004 Ano 2005 
Lucro/Prejuízo Real 
Atividade Rural 
 (50.000) (100.000) 80.000 (10.000) 50.000 
Lucro/Prejuízo Real 
Demais Atividades 
 80.000 (20.000) 10.000 20.000 25.000 
Lucro Real Total 30.000 (120.000) 90.000 10.000 75.000 
Compensação de 
Prejuízos: 
 - - (83.000) (3.000) (27.500) 
Atividade Rural - - (80.000) - (20.000) 
Demais Atividades - - (3.000) (3.000) (7.500) 
Lucro Real após Compensação de Prejuízos: 
Atividade Rural - (100.000) - - 30.000 
Demais Atividades 30.000 (20.000) 7.000 7.000 17.500 
Saldo Parte B do LALUR: 
Prejuízo Atividade Rural - (100.000) (20.000) (20.000) - 
Prejuízo Demais 
Atividades 
 - (20.000) (17.000) (14.000) (6.500) 
 
MUDANÇA DE CONTROLE SOCIETÁRIO E DE RAMO DE ATIVIDADE 
 
A pessoa jurídica não poderá compensar seus próprios prejuízos fiscais se, entre a 
data da apuração e da compensação houver ocorrido, cumulativamente, 
modificação de seu controle societário e do ramo de atividade. 
 
Assim, os prejuízos fiscais apurados em data anterior à da modificação do controle 
societário e do ramo de atividade devem ser baixados da ParteB do Livro de 
Apuração do Lucro Real. É de se observar que os dois eventos citados não 
 34 
precisam ocorrer ao mesmo tempo. Há, portanto, a possibilidade de terem sido 
apurados prejuízos fiscais que apenas são anteriores a um dos eventos. Estes 
continuam sendo compensados normalmente, somente perdendo-se esta 
possibilidade quando ocorrer o outro evento. 
 
Para exemplificar a questão imaginemos a seguinte hipótese envolvendo uma 
empresa tributada pelo lucro real com apuração trimestral: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Data Evento/Resultado Fiscal antes 
da compensação 
Ações e Valores: 
31.12.1999 Prejuízo de R$ 10.000,00 Registra Parte B do LALUR 
30.01.2000 Mudança do Controle Acionário 
31.03.2000 Lucro de R$ 5.000,00 Compensa R$ 1.500,00 do prejuízo 
de 31.12.1999 
30.06.2000 Prejuízo de R$ 8.000,00 Registra na Parte B do LALUR 
30.09.2000 Lucro de R$ 1.000,00 Compensa R$ 300,00 do prejuízo 
de 31.12.1999 
10.12.2000 Mudança do Ramo de Atividade Baixa o saldo do prejuízo de 
31.12.1999, de R$ 8.200,00 
31.12.2000 Lucro de R$ 100.000,00 Compensa o saldo dos prejuízos do 
LALUR, de R$ 8.000,00 
 
CONTROLE SOCIETÁRIO 
 
A definição de acionista controlador está na Lei 6.404/76, em seu artigo 116. 
 
Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de 
pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: 
 
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria 
dos votos nas deliberações da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos 
administradores da companhia; e 
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o 
funcionamento dos órgãos da companhia. 
 
RAMO DE ATIVIDADE: 
 
A classificação das atividades das empresas, para fins da legislação do imposto de 
renda, é a constante da tabela do Código Nacional de Atividades Econômicas – 
CNAE. 
 
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS: INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO 
 
 35 
A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá 
compensar prejuízos fiscais da sucedida (Decreto-Lei 2.341/87, art. 33). 
 
No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os seus 
próprios prejuízos, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio 
líquido (Decreto-Lei 2.341/87, art. 33, parágrafo único). 
 
Nestes casos, em hipótese alguma, a sucessora pode levar para o seu LALUR 
prejuízos fiscais apurados na empresa sucedida. 
 
Assim, os prejuízos fiscais que não puderem ser compensados na apuração do 
lucro real relativo ao evento, não mais poderão ser aproveitados, exceto no caso 
de cisão parcial. Nessa forma de reestruturação de empresas, a pessoa jurídica 
cindida parcialmente pode continuar a compensar seus próprios prejuízos 
proporcionalmente à parte remanescente do patrimônio líquido. 
 
Exemplo: 
 
Cisão parcial, na qual 40% do patrimônio líquido da cindida foi vertido para uma 
empresa nova. A empresa cindida mantinha registrado na Parte B do Livro de 
Apuração do Lucro Real um prejuízo fiscal de períodos anteriores de R$ 
100.000,00. O lucro real relativo ao evento, antes da compensação de prejuízos, 
resultou em R$ 50.000,00. 
 
Assim, na apuração do Lucro real, obrigatório em virtude da cisão parcial, absorveu 
R$ 15.000,00 de prejuízos fiscais (30% de 50.000,00). 
 
Por outro lado, permanecerá no LALUR, para compensação futura, o valor de R$ 
51.000,00 [(100.000,00 – 15.000,00) x 60%], devendo ser baixado, além dos R$ 
15.000,00, o valor de R$ 34.000,00 (100.000,00 – 15.000,00 – 51.000,00), 
correspondente à parcela de prejuízos proporcional ao patrimônio vertido (40%). 
 
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS – TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO 
PRESUMIDO E RETORNO AO LUCRO REAL 
 
A pessoa jurídica tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal a compensar, que 
venha a optar pelo lucro presumido em período (s) posterior (es), poderá efetuar a 
compensação desse prejuízo caso retorne ao lucro real. 
Exemplo: 
Prejuízo fiscal em 2.003, quando optou pelo Lucro Real: R$ 100.000,00 
Opção de tributação em 2.004: Lucro Presumido 
Opção de tributação em 2.005: Lucro Real 
Lucro Real ocorrido em 2.005: R$ 50.000,00 
Poderá compensar até 30% deste lucro real (R$ 15.000,00) relativo ao prejuízo 
fiscal de 2.003. 
 
 36 
COMPENSAÇÃO CONTÁBIL DE PREJUÍZOS 
A absorção na escrituração comercial de prejuízos contábeis apurados mediante 
débito à conta de lucros acumulados, de reservas de lucros ou de capital, ao 
capital social, ou à conta de sócios, matriz ou titular de empresa individual, não 
impede a compensação dos prejuízos fiscais (PN CST nº 4, de 1981). 
 
ESCRITURAÇÃO DO CONTRIBUINTE 
A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no Lucro Real deve manter 
escrituração com observância das leis comerciais e fiscais (Decreto-lei 1.598/77, 
art. 7). 
 
A escrituração deverá abranger todas as operações do contribuinte, os resultados 
apurados em suas atividades no território nacional, bem como os lucros, 
rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior (Lei 2.354/54, art. 2, e Lei 
9.249/95, art. 25). 
 
MUDANÇA DE REGIME TRIBUTÁRIO 
 
Ocorrendo a mudança de regime tributário, de lucro presumido para lucro real, a 
pessoa jurídica que não manteve escrituração contábil fica obrigada a realizar 
levantamento patrimonial no dia 1o de janeiro seguinte ao do último período-base 
em que foi tributada pelo lucro presumido, a fim de proceder a balanço de abertura 
e iniciar a escrituração contábil (parágrafo único do artigo 19 da Lei 8541/92). 
 
O levantamento patrimonial deverá incluir todos os bens do ativo, o patrimônio 
líquido e as obrigações. 
 
No ativo deverão ser inventariados o dinheiro em caixa e em bancos, as 
mercadorias, os produtos, as matérias primas, as duplicatas a receber, os bens do 
ativo permanente, etc. 
 
No passivo deverão ser arroladas todas as obrigações e no patrimônio líquido o 
capital registrado e a diferença (devedora ou credora) do ativo menos o passivo 
exigível e capital social. 
Exemplo Prático: 
 
Descrição das Contas: Valor R$ 
Dinheiro 5.152,00 
C/C Bancos 7.617,00 
Aplicações Financeiras 20.600,00 
Duplicatas a Receber 350.500,00 
Estoques 106.700,00 
Imobilizado 195.400,00 
1. Total do Ativo 685.969,00 
 
Fornecedores 93.400,00 
 37 
Obrigações Tributárias 45.775,00 
Obrigações Sociais e Trabalhistas 75.325,00 
2. Total do Passivo Exigível 214.500,00 
 
3. Capital Social 150.000,00 
 
Lucros Acumulados (1-2-3) 321.469,00 
 
CONTABILIDADE NÃO CENTRALIZADA 
 
É facultado às pessoas jurídicas que possuírem filiais, sucursais ou agências 
manter contabilidade não centralizada, devendo incorporar ao final de cada mês, 
na escrituração da matriz, os resultados de cada uma delas (Lei 2.354/54, art. 2). 
 
PESSOAS JURÍDICAS COM SEDE NO EXTERIOR 
 
As disposições do item anterior aplicam-se também às filiais, sucursais, agências 
ou representações, no Brasil, das pessoas jurídicas com sede no exterior, devendo 
o agente ou representante do comitente com domicilio fora do País escriturar os 
seus livros comerciais, de modo que demonstrem, além dos próprios rendimentos, 
os lucros reais apurados nas operações de conta alheia, em cada período de 
apuração (Lei 2.354/54, art. 2, e Lei 3.470/58, art. 76 e § 1°). 
 
Para apuração do resultado das operações referidas, o intermediário no País que 
for o importador ou consignatário da mercadoria deverá escriturar e apurar o lucro 
de sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no 
exterior (Lei 3.470/58, art. 76 e §§ 1º e 2°). 
 
PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS 
 
Os livros comerciais e fiscais poderão ser escriturados por sistema de 
processamento eletrônico de dados, em formulários contínuos, cujas folhas 
deverão ser numeradas, em ordem seqüencial, mecânica ou tipograficamente. 
 
LIVROS COMERCIAIS 
 
A pessoa jurídica é obrigada a seguir ordem uniforme de escrituração, mecanizada 
ou não, utilizando os livros e papéis adequados,

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