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1 Vitoria Araujo – Turma 7 - @vitoria_arjo Vitoria Araujo Turma 7 - @vitoria_arjo Anestesia Introdução • Definição: o É a técnica utilizada para permitir que o paciente receba o tratamento cirúrgico sem sofrimento e sem risco, e que o cirurgião possa realizar o trabalho e maneira confortável e segura; • Histórico: o Anestesia geral precedeu a locorregional em quase meio século; o Cirurgias – pequenas operações e amputações de membros; o Rapidez essencial; o Especialidade nascida nos EUA no século XIX; o Anos subsequentes alta mortalidade; o Avanço na farmacologia, aparelhos de anestesia e de monitoramento; • Objetivos: o Suprimir a sensibilidade dolorosa do paciente durante a cirurgia, mantendo- o consciente ou não; o Promover relaxamento muscular; o Proporcionar condições ideais para que o cirurgião possa atuar da melhor maneira; • Anestesia: o Anestesia geral: § Suprimir 3 funções orgânicas: 1. Consciência 2. Dor 3. Movimento; o Bloqueios regionais – Bloqueio do neuroeixo: § Inibição da dor e do movimento; § Inibição da dor (permanecendo os movimentos); • Qual tipo de anestesia escolher? o Doenças coexistentes e sua gravidade; o Tipo, duração e abordagem da cirurgia; o Disponibilidade técnica (materiais, equipamentos e fármacos); o Preferência do paciente por determinada técnica ou até mesmo sua recusa; o Topografia do procedimento e posição do paciente durante a cirurgia; o Condições do paciente na recuperação pós-operatória; o Necessidade de técnica anestésica adjuvante; o Recuperação pós-operatória; • Avaliação anestésica: o Avaliação pré-anestésica: § É fundamental para o planejamento e a segurança do ato anestésico; § O alvo da avaliação é tentar estratificar o risco do paciente e implementar estratégias para a redução desse risco; § Componentes da avaliação pré- anestésica: 1. História medica e anestésica; 2. Medicações em uso; 3. Exame físico focado; 4. Revisão dos exames e consultorias disponíveis; 5. Indicação de testes diagnósticos; 6. Estratificação do risco; 7. Formulação do plano anestésico; 2 Vitoria Araujo – Turma 7 - @vitoria_arjo Vitoria Araujo Turma 7 - @vitoria_arjo • Avaliação do estado físico: • Exame da via aérea: Anestesia geral • O que é? o Estado inconsciente reversível, caracterizado por amnésia (temporária), inconsciência (hipnose), analgesia, relaxamento muscular, bloqueio dos reflexos autonômicos e homeostase das funções vitais; • 3 tipos: o Inalatória, intravenosa ou conjunta; • Procedimento é dividido em 3 fases: o Fase de indução; § Emprego de medicação pré-anestésica (BZD); § Pré-oxigenação com O2 a 100% sob máscara facial; § Agentes indutores – venosos e/ou inalatórios § Bloqueadores neuromusculares; § Intubação orotraqueal; o Fase de manutenção; § Alcançado o plano anestésico- cirúrgico -> manter até o fim da cirurgia; § Anestésicos inalatórios e/ou novas doses de agentes IV e bloqueadores neuromusculares (geralmente até 20% das doses iniciais); o Fase de recuperação; § Transição abrupta de um estado hipoadrenérgico para um estado adrenérgico; § A anestesia atua sobre o sistema nervoso autônomo, causando depressão na atividade do sistema nervoso simpático; § Complicações – taquiarritimias, elevação da PA, laringoespasmo, entre outras; • Anestesia geral inalatória: o Fármacos anestésicos voláteis são administrados sob pressão; o Estado de anestesia + agente inalado atinge a concentração adequada no cérebro; o Resulta em anestesia, inconsciência e amnésia; o Anestésicos inalatórios: § Anestésicos voláteis existem como líquidos claros e não inflamáveis em temperatura ambiente, sendo liberados ao paciente na forma de vapor; § Os mais utilizados: 1. Gases: óxido nitroso; 2. Vapores: predominância dos éteres halogenados, como halonato, enflurano, isoflurano, sevoflurano, desoflurano e motoxiflurano; a. Halotano: > potência, droga antiga, efeitos cardiovasculares graves predispondo a arritmias; 3 Vitoria Araujo – Turma 7 - @vitoria_arjo Vitoria Araujo Turma 7 - @vitoria_arjo b. Enflurano: pode levar a disfunção renal e é contraindicado em pacientes com desordem convulsiva; c. Isoflurano: + utilizados, metabolismo mínimo no organismo, menor sensibilização do miocárdio as catecolaminas. Pode elevar discretamente a PIC; d. Sevoflurano: inicio mais rápido de ação, menor duração, sonolência e náuseas na recuperação; • Anestesia geral endovenosa: o A infusão dos fármacos é realizada por um acesso venoso e tem como meta atingir os 4 elementos: § Analgesia; § Hipnose-amnésia; § Relaxamento muscular; § Proteção neurovegetativa; o Anestésicos venosos: § Midazolam: benzodiazepínico de rápida ação, possui efeito amnésico; § Fentanil, sulfentanil, remifentanil: opioides que permitem a redução da dose de anestésicos voláteis, não deprimem o miocárdio e reduzem a resposta adrenérgica; § Propofol: potente efeito hipnótico e amnésico com início e fim rápido de ação. Induz broncodilatação; § Etomidato: imidazólico que atua como hipnótico de ação rápida. Alteração mínima na hemodinâmica, ótima para pacientes cardiopatas; § Quetamina: único que possui potente efeito hipnótico e analgésico. Aumenta a PA e FC. Está associado à anestesia dissociativa; • Anestesia dissociativa: o É o ato anestésico capaz de dissociar o córtex cerebral., causando analgesia e sono do paciente, sem com que ocorra a perda dos reflexos protetores; o Depressão cerebral e tálamo (amnésia profunda e analgesia); o Permanência do reflexo laríngeo e faríngeo; • Bloqueadores neuromusculares: o Despolarizante (Succinilcolina): duração em torno de 5 minutos. § Efeitos colaterais: hipercalcemia grave, bradicardia e hipertermia maligna; o Não despolarizante: § Pancurônio -> efeito prolongado, elevar a PA; Vecurônio e Rocurônio - > + bem tolerados; Anestesia regional • Os bloqueios do neuroeixo ou neuroaxiais envolvem a administração de anestésicos locais na coluna vertebral; • Raquianestesia: infusão no espaço subaracnoide; o Não pode ser realizada em qualquer nível da coluna (realizada na lombar); • Peridural: o Infusão no espaço epidural; o Consegue-se fazer uma maior quantidade de anestésico; o Pode-se ser feita a qualquer nível da coluna; • Fármacos utilizados: o Bupivacaína; § Inicio de ação lento; § Tempo de ação maior; o Lidocaína; § Início de ação rápido; § Tempo de ação menor; o Ropivacaína; o Cloroprocaína; *Obs: se associado a adrenalina -> maior tempo de bloqueio; 4 Vitoria Araujo – Turma 7 - @vitoria_arjo Vitoria Araujo Turma 7 - @vitoria_arjo • Raquianestesia: o Anestésico local é injetado no espaço subaracnóide e se mistura ao líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquor) o Bloqueio nervoso reversível das raízes nervosas, levando o indivíduo à perda das atividades autonômica, sensitiva e mototra; o Indicações: § Cirurgias em andar inferior do abdômen, urológicas, ortopédicas de MMII e perineais; o Procedimento: § Administra-se ALs (ex: bupivacaína), com ou sem opioides no espaço subaracnoide -> difusão no líquor -> raízes nervosas. § Geralmente ao nível de L2; § Verificar gotejamento antes de infundir; o Ocorre: § Perda sensitiva, autônoma e motora abaixo do nível desejado de bloqueio; o Variáveis: § Tipo de AL administrado: potência e início de ação diferentes; § Volume e dose do AL: quanto > a dose > o tempo de bloqueio e > o riso de extensão cefálica; § Uso de vasoconstritores: o uso de adrenalina associado a AL de curta duração aumentará a ação da droga; § Adição de opioides: prolongará o tempo de analgesia (fentanil, morfina); § Fatores fisiológicos e anatômicos: gravidez, obesidade, escoliose, entre outros. o Vantagens: § Evita manipulação das VA;§ Mantem a consciência em procedimentos onde esta medida é necessária; § Apresenta menor incidência de delirium e confusão mental pós- operatório; o Complicações: § Hipotensão; § Bradicardia; § Cefaleia pós-punção; § Dor lombar; § Retenção urinária; § PCR por extensão cefálica; o Cefaleia pós-raqui: § Extravasamento de líquor da punção espinhal; § Posição ortostática provoca tensão IC nos vasos e nervos meníngeos na dura máter; § Duração de até duas semanas; § Tratamento: 1. Repouso, hidratação vigoroa, AINE e/ou Blood patch (realizado em último caso); o Contraindicações absolutas: § Coagulopatia; § Elevação da PIC; § Infecção no sítio de punção; § Hipovolemia grave; § Sepse/bacteremia; § Anticoagulação terapêutica; • Peridural: o Caracteriza-se pela injeção de AL, com ou sem opioides, no espaço piridural. Após a identificação do espaço com a agulha, é inserido um cateter; o Pode-se utilizar os medicamentos de forma mais controlada, segura e em repetidas doses; o Pode ser feita em qualquer nível da coluna, promovendo um bloqueio segmentar cranial e caudal ao local de injeção do anestésico; o Infusão no espaço epidural; o Vantagens: § Menor incidência de cefaleia; § Bloqueios mais restritos; § Utilização de cateter; 5 Vitoria Araujo – Turma 7 - @vitoria_arjo Vitoria Araujo Turma 7 - @vitoria_arjo o Desvantagens: § Maior tempo de latência; § Menor intensidade de bloqueio § Maior possibilidade de toxicidade pelo anestésico local; § Maior experiência do anestesista; *O cateter pode permanecer? -> Sim. Fornece analgesia pós-operatória adequada, expande-se melhor a caixa torácica, reduz a FC e em alguns casos é bem superior a analgesia EV; *Uso de heparina associado ao cateter: -> O surgimento do hematoma peridural ocorre com maior frequência em dois momentos: na inserção e na retirada do cateter. Deve-se respeitar um intervalo de 12h após a ultima dose de heparina;
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