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Investigação I - Crimes Patrimoniais Aula 7 resumo

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Aula 7 - Estelionato (art. 171, CP)
Bem jurídico tutelado no crime de dano
O bem jurídico protegido no crime do art. 171 do CP é o patrimônio e é praticado mediante fraude.
Vamos analisar o caso a seguir:
Após analisar o caso, responda: podemos caracterizar os atos da empresa de buffet como crime de estelionato?
Resposta:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Elementos do tipo (objetivos, normativos e subjetivos)
O tipo penal pode ser constituído de elementos objetivos, normativos e subjetivos. Quando o tipo penal contiver somente elementos objetivos temos tipo normal, porém quando a definição típica contém além de elementos objetivos, elementos normativos e subjetivos, chama-se de tipo anormal.
Consumação e tentativa
Classificação Doutrinária
Crime comum | Aquele que não exige qualquer condição especial do sujeito ativo;
Crime de dano | Consuma-se apenas com a lesão efetiva ao bem jurídico tutelado;
Crime material - quanto ao resultado | Exige resultado naturalístico, consistente no dano patrimonial;
Crime comissivo | É da essência do próprio verbo nuclear, que só pode ser praticado por meio de uma ação positiva;
Crime doloso | Não há previsão legal para a figura culposa;
Crime de forma livre | Pode ser praticado por qualquer meio, forma ou modo;
Crime instantâneo | A consumação opera-se de imediato, não se alongando no tempo;
Crime unissubjetivo | Pode ser praticado, em regra, apenas por um agente;
Crime plurissubsistente | Pode ser desdobrado em vários atos que, no entanto, integram a mesma conduta.
Figuras típicas – simples e majorada
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
O estelionato é praticado mediante fraude. É crime de duplo resultado, pois é necessário obtenção de vantagem ilícita e prejuízo alheio.
§ 1º 
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
A jurisprudência considera como pequeno valor do prejuízo aquele que não ultrapassa um salário mínimo.
§ 2º 
O § 2º trata das figuras equiparadas ao estelionato.
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
DISPOSIÇÃO DE COISA ALHEIA COMO PRÓPRIA
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria.
ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO FRAUDULENTA DE COISA PRÓPRIA
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias.
DEFRAUDAÇÃO DE PENHOR
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado.
FRAUDE NA ENTREGA DE COISA
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém.
FRAUDE PARA RECEBIMENTO DE INDENIZAÇÃO OU VALOR DE SEGURO
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro.
A presente figura é crime formal (de consumação antecipada), pois se consuma com a prática da conduta, não havendo necessidade para consumação do delito o recebimento da indenização ou valor do seguro.
FRAUDE NO PAGAMENTO POR MEIO DE CHEQUE
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
O cheque é ordem de pagamento à vista. Portanto, sendo o cheque pós-datado (na prática negocial chama-se pré-datado), há descaracterização da natureza do cheque, impossibilitando a imputação do crime de estelionato por esta figura equiparada, pois nessa hipótese o cheque é meramente garantia de dívida. Vale registrar, que se no momento da emissão de cheque pós-datado já havia dolo de obter vantagem ilícita em prejuízo alheio, o estelionato será do caput do art. 171 do Código Penal.
JURISPRUDÊNCIA STJ - 5ª TURMA
"RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS Nº 13.793 - SP (2002/0169545-2)
PENAL. HABEAS CORPUS . ESTELIONATO. TRANCAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA. CHEQUE DADO EM GARANTIA DE DÍVIDA. PRÉ-DATADO. DEVOLVIDO SEM FUNDOS. PRECEDENTES.
1. A emissão de cheques como garantia de dívida (pré-datados), e não como ordem de pagamento à vista, não constitui crime de estelionato, na modalidade prevista no art. 171, § 2º, inciso VI, do Código Penal. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.
2. Recurso provido."
§ 3º 
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
Trata-se de causa de aumento de pena.
§ 4º 
Estelionato contra idoso
§ 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015)
O § 4º do art. 171 do CP foi acrescentado pela Lei 13.228/15.
Atenção
Estelionato e falsidade documental (Súmula 17 do STJ).
Súmula 17: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.
Súmulas relativas ao estelionato
Exercícios
Questão 1 - Uma entidade beneficente é vítima do estelionatário Tício. Neste caso, a condenação de Tício vai gerar:
· Causa de aumento de pane.
· Qualificadora.
· Privilégio.
· Atenuante.
· Agravante.
Questão 2 - De acordo com a classificação doutrinária, o crime de estelionato é:
· Próprio e formal.
· Comum e material.
· Culposo e de mera conduta.
· Doloso e formal.
· Comum e de mera conduta.
Questão 3 - Caio tem conhecimento de que Tício vai entregar uma motocicleta nova para Pedro. Assim, Caio diz a Tício que é representante de Pedro e recebe a motocicleta, apropriando-se dela. Neste caso, é CORRETO afirmar que Caio cometeu crime de:
· Apropriação indébita.
· Estelionato.
· Furto qualificado mediante fraude.
· Roubo.
· Extorsão.

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