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Cuidados paliativos no Brasil

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Cuidados paliativos no Brasil
APRESENTAÇÃO
Desde as primeiras iniciativas sobre cuidados paliativos (CP) ao redor do mundo, a ideia de 
prestar cuidados às pessoas em terminalidade sempre foi um tabu a ser vencido e uma ciência a 
ser explorada. No Brasil não foi diferente e profssionais da saúde interessados em melhorar a 
qualidade da assistência aos pacientes em terminalidade buscaram iniciativas para fazer dos 
cuidados palaitivos um direito do paciente e do familiar, além de dever ético profissional de 
quem presta cuidado.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer a história dos cuidados palitivos no Brasil e 
qual a situação atual dos serviços oferecidos no Brasil voltados para esse tipo de cuidado. Além 
disso, saberá como os cuidados paliativos estão se desenvolvendo no mundo.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar quando os cuidados paliativos começaram a despontar no Brasil.•
Analisar a situação atual do Brasil em relação aos serviços de cuidados paliativos.•
Relacionar a classificação dos países de acordo com nível de desenvolvimento em 
cuidados paliativos da Organização Mundial de Saúde (OMS).
•
DESAFIO
A classificação dos cuidados paliativos quanto ao seu desenvolvimento organizado e modelo de 
assistência é dada pela OMS. Sendo assim, de acordo com o que cada serviço de saúde oferece 
para paciente e família e como é realizado, se tem um determinado nível classificatório.
Tendo essas definições iniciais, imagine que você é enfermeiro de um hospital geral que recebe 
muitos pacientes em cuidados paliativos. Devido à grande demanda desses pacientes, você e 
outros profissionais foram convidados para organizar um serviço de cuidados paliativos. As 
informações iniciais que todos recebem são de que, por questões financeiras, o serviço será 
iniciado por nível 2 e 3a.
Quais ações você poderá propor para iniciar esse serviço de cuidados paliativos com os demais 
profissionais?
INFOGRÁFICO
Os cuidados paliativos no Brasil possuem alguns marcos importantes no seu desenvolvimento, 
até chegar aos dias atuais.
No Infográfico a seguir, você poderá ver os principais pontos da trajetória dos cuidados 
paliativos no Brasil.
CONTEÚDO DO LIVRO
Você verá a história dos cuidados paliativos no Brasil, seus principais marcos históricos e como 
esses fatos influenciam no desenvolvimento desses cuidados nos dias de hoje.
Leia o capítulo Cuidados paliativos no Brasil, da obra Princípios dos cuidados paliativos, para 
saber mais sobre como a OMS classfica os países quanto ao desenvolvimento de ações em 
cuidados paliativos.
Boa leitura.
PRINCÍPIOS 
DOS 
CUIDADOS 
PALIATIVOS 
Karine Mendonça 
Rodrigues
Cuidados paliativos no Brasil
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar quando os cuidados paliativos começaram a despontar 
no Brasil.
 � Analisar a situação atual do Brasil em relação aos serviços de cuidados 
paliativos.
 � Relacionar a classificação dos países de acordo com nível de desen-
volvimento em cuidados paliativos da Organização Mundial da Saúde.
Introdução
O interesse por entender e melhor atender os pacientes com doenças 
sem possibilidade de cura ou terminalidade se apresenta como um 
desafio e um paradigma importante para profissionais da saúde. Por 
essa razão, compreender como os cuidados paliativos se estabeleceram 
no Brasil, após seu surgimento na Inglaterra, é o ponto de partida para 
que profissionais da saúde brasileiros saibam como lidar e executar as 
melhores práticas assistenciais nessa área.
Neste capítulo, você conhecerá a história dos cuidados paliativos no 
Brasil desde suas primeiras iniciativas até os dias atuais.
Cuidados paliativos no Brasil: fatos 
cronológicos
No Brasil, na década de 1970 os cuidados paliativos começaram a ser 
discutidos. Porém, apenas nos anos de 1990 é que surgiram os primeiros 
serviços organizados, embora ainda como projetos “piloto”. A referência 
nesse momento no Brasil foi o Professor Marco Túlio de Assis Figueiredo, 
que criou os primeiros cursos e atendimentos com a filosofia paliativista 
na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo 
(UNIFESP/EPM). 
A primeira tentativa de reunião entre paliativistas brasileiros aconteceu 
em 1997, com a fundação da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos 
(ABCP) pela psicóloga Ana Geórgia de Melo.
Além da experiência na UNIFESP, outro serviço importante e pioneiro no 
Brasil foi do Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Ministério da Saúde, 
que inaugurou, em 1998, o Hospital Unidade IV, exclusivamente dedicado 
aos cuidados paliativos. Contudo, atendimentos a pacientes com doenças 
ameaçadoras da vida já eram realizados no Brasil desde 1986.
Em dezembro de 2002, o Hospital do Servidor Público Estadual de São 
Paulo (HSPE/SP) inaugurou uma enfermaria de cuidados paliativos, coorde-
nada pela Dra. Maria Goretti Sales Maciel. O programa, no entanto, já existia 
há dois anos. 
Ainda em São Paulo, outro serviço pioneiro foi do Hospital do Servidor 
Público Municipal, coordenado pela Dra. Dalva Yukie Matsumoto, com início 
em 2001, mas inaugurado somente em junho de 2004.
Em 2005, um grupo de médicos fundou a Academia Nacional de Cuidados 
Paliativos (ANCP). Com a ANCP, avançou a regularização profissional, 
estabeleceram-se critérios de qualidade para os serviços de cuidados pa-
liativos, realizaram-se definições precisas sobre que era ou não cuidados 
paliativos e levou-se a discussão para o Ministério da Saúde, o Ministério da 
Educação, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica 
Brasileira (AMB).
Em 2009, o Instituto Paliar começou a realizar cursos de capacitação e 
formação em cuidados paliativos, liderados pelas Dras. Dalva Yukie Matsu-
moto e Maria Goretti Sales Maciel e pelo Dr. Ricardo Tavares de Carvalho. 
No mesmo ano, pela primeira vez na história da medicina no Brasil, o CFM 
incluiu, em seu novo Código de Ética Médica, os cuidados paliativos como 
princípio fundamental. Em 2010, a Medicina Paliativa foi reconhecida como 
área de atuação médica pelo CFM e pela AMB. 
O primeiro exame de proficiência foi realizado em julho de 2011. Também 
em 2011, o Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da Universidade de São 
Paulo (FMUSP) consolidou o seu Grupo de Cuidados Paliativos, coordenado 
pelo Dr. Ricardo Tavares de Carvalho. Em outubro de 2012, a ANCP se tornou 
parceira oficial do World Hospice and Palliative Care Day (Dia Mundial de 
Cuidados Paliativos), celebrado anualmente. 
Cuidados paliativos no Brasil2
Em 2012, a ANCP lançou a segunda edição do Manual de Cuidados Paliativos ANCP, que 
você pode acessar no link a seguir.
https://goo.gl/j795J2
Em 2013, foram oferecidas as primeiras vagas para residência em Medicina 
Paliativa no Brasil. Os serviços pioneiros foram o Hospital do Servidor Público 
Estadual de São Paulo (HSPE/SP), o Instituto de Medicina Integral Fernando 
Figueira (IMIP/PE) e o Hospital das Clínicas de Porto Alegre da Faculdade 
de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCPA/UFRGS).
Em um panorama geral brasileiro, as atividades relacionadas aos cuidados 
paliativos ainda precisam ser regularizadas na forma de lei. Há desconheci-
mento, tabus e paradigmas quanto aos cuidados paliativos, principalmente 
entre profissionais de saúde, gestores hospitalares e o poder judiciário. 
Ainda se confunde assistência paliativa com eutanásia e há um notório 
preconceito em relação ao uso de opioides e outras analgesias. Ainda há mais 
demanda de paciente em cuidados paliativos do que serviços que possam 
assumi-los. Esses serviços requerem modelos padronizados de atendimento 
que garantam sua eficácia e qualidade. Tem-se, também, uma lacuna na for-
mação dos profissionais de saúde em cuidados paliativos, devido à ausência 
de disciplinas na graduação e à pouca oferta de cursos de especialização e 
pós-graduaçãona área. 
As equipes multiprofissionais de cuidados paliativos podem ajudar os 
pacientes e suas famílias no suporte integral à saúde, controlando os sintomas 
físicos e psíquicos, no âmbito social, espiritual e promovendo qualidade de vida.
Situação atual do Brasil em relação aos serviços 
de cuidados paliativos
Segundo a Worldwide Hospice Palliative Care Alliance, organização não 
governamental internacional que pesquisa sobre o desenvolvimento dos 
cuidados paliativos e hospices no mundo, em apenas 20 países os cuidados 
paliativos estão bem integrados ao sistema de saúde, e o Brasil não está entre 
eles (SITUAÇÃO..., 2018).
3Cuidados paliativos no Brasil
Segundo um levantamento de 2017 realizado pela ANCP, no Brasil existem 
aproximadamente 150 equipes especializadas em cuidados paliativos. O que 
surpreende é que o país possui mais de 5 mil hospitais, a metade deles tendo 
mais de 50 leitos. Atualmente, a demanda por atendimento de cuidado paliativo 
é muito superior à oferta disponibilizada.
De acordo com Classificação Internacional de Doenças (CIDs) e conforme 
estudo publicado em 2017 (ANCP) estima-se que de 24% a 68% dos óbitos 
registrados no Brasil teriam necessidades de cuidados paliativos. Em números 
absolutos, referentes aos 1.227.039 óbitos registrados no Brasil, no ano de 2014, 
entre 294.489 e 834.387 pessoas por ano teriam necessidades de cuidados 
paliativos no país (OS CUIDADOS..., 2018).
O jornal Folha de São Paulo realizou uma matéria sobre panorama atual dos cuidados 
paliativos no Brasil, como você pode ler no link a seguir.
https://goo.gl/CSE54W
Classificação da Organização Mundial de Saúde
De acordo com a Worldwide Palliative Care Alliance (2014), ainda que mais 
de 100 milhões de pessoas se beneficiem de cuidados paliativos anualmente 
(incluindo familiares e cuidadores), menos de 8% que precisam desse tipo 
de assistência têm seu acesso de fato garantido. Infelizmente, a formação 
em cuidados paliativos é raramente incluída no currículo educacional dos 
profissionais de saúde. Além disso, a disponibilidade de drogas para dor — o 
tópico mais básico quando se fala em minimizar sofrimento dos pacientes — é 
lamentavelmente inadequada na maior parte do mundo, muitas vezes, devido a 
preocupações relativas ao seu uso ilícito e ao tráfico de drogas (WORLDWIDE 
PALLIATIVE CARE ALLIANCE, 2014). 
O Economist Intelligence Unit, comissionado pela Lien Foundation — uma 
organização filantrópica de Singapura — elaborou um índice de qualidade de 
morte, posicionando cada país em relação à sua provisão de cuidados ao final 
Cuidados paliativos no Brasil4
da vida, a partir dos escores obtidos. O primeiro relatório foi publicado em 2010 
e mediu o desenvolvimento atual da assistência prestada nos cuidados ao final 
da vida em 40 países. Foram incluídos aspectos quantitativos e qualitativos, 
procurando incluir aspectos éticos e sociais relacionados ao processo de morrer 
e envolvendo quatro categorias relacionadas aos cuidados no final da vida: 
 � ambiente da assistência em saúde;
 � disponibilidade de cuidados;
 � custos;
 � qualidade. 
O Brasil ocupou a 38º posição em qualidade de morte. Vale ressaltar, 
entretanto, que a pesquisa incluiu um número limitado de países e que, pos-
sivelmente, esses países estão em posições mais favoráveis se comparados a 
seus pares. Em 2015, o The Economist publicou um segundo relatório, mais 
atualizado, incluindo 80 países, e o Brasil passou a ocupar a 42º posição. Reino 
Unido e Austrália configuram os países com melhor índice de qualidade de 
morte em ambos os relatórios.
Lima (2009 apud GOMES; OTHERO, 2016) ressalta que os programas de 
cuidados paliativos variam internacionalmente. Cada país tem adotado dife-
rentes modelos, devido a diferenças em sua situação socioeconômica, políticas 
de saúde e necessidades de pacientes e seus familiares. Segundo a autora, nos 
pacientes em desenvolvimento, os programas ainda são pouco conectados com 
as políticas locais de saúde, e a assistência é centrada nos cuidados de final 
de vida. Limitações econômicas e pouca formação de recursos humanos são 
as duas principais razões apontadas em seu estudo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os países em quatro 
grupos, de acordo com seu nível de desenvolvimento em cuidados paliativos. 
Segundo os dados de 2014, o Brasil está incluído no nível 3a, juntamente com 
Rússia, México, países do Sudeste Asiático, entre outros (WORLDWIDE 
PALLIATIVE CARE ALLIANCE, 2014). Os níveis de classificação são:
 � Nível 1 — nenhuma atividade detectada.
 � Nível 2 — em capacitação.
 � Nível 3a — provisão isolada.
 � Nível 3b — provisão generalizada.
 � Nível 4a — integração preliminar.
 � Nível 4b — integração avançada.
5Cuidados paliativos no Brasil
Os serviços de cuidados paliativos podem ser providos em diferentes 
modelos: hospitais exclusivos (tradução em português para o termo hospice), 
enfermarias em hospitais gerais, equipe interconsultora, ambulatório, assis-
tência domiciliar, hospedarias e hospital-dia. Galriça Neto (2010) recomenda 
que não há um modelo único e ideal para a prestação dos cuidados, devendo 
ser determinado com base nas necessidades e recursos locais. Entretanto, a 
existência de equipes de referência e de equipes de apoio ou suporte é fun-
damental, bem como a necessidade de formação de todos os profissionais de 
saúde para prestar medidas paliativas básicas, denominadas ações paliativas.
Assista aos vídeos disponíveis nos links a seguir para mais informações sobre as unidades 
de cuidados paliativos.
https://goo.gl/EUBwZd
https://goo.gl/MJeXVN
GALRIÇA NETO, I. (Coord.). Cuidados paliativos: testemunhos. Lisboa: Alêtheia, 2010. 220 p.
GOMES, A. L. Z.; OTHERO, M. B. Cuidados Paliativos. Estudos Avançados, São Paulo, 
v. 30, n. 88, p. 155-166, 2016. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/eav/article/
view/124275>. Acesso em: 2 nov. 2018.
OS CUIDADOS paliativos no Brasil. Portal Hospitais Brasil, São Paulo, 17 jan. 2018. Dis-
ponível em: <http://portalhospitaisbrasil.com.br/os-cuidados-paliativos-no-brasil/>. 
Acesso em: 2 nov. 2018.
SITUAÇÃO dos cuidados paliativos no Brasil. Snif Doctor, São Paulo, 17 jan. 2018. 
Disponível em: <http://www.snifdoctor.com.br/noticias.php?id=8444>. Acesso 
em: 2 nov. 2018.
WORLDWIDE PALLIATIVE CARE ALLIANCE. Global atlas of palliative care at the end of life. 
London: Worldwide Palliative Care Alliance, 2014. 111 p. Disponível em: <http://www.
thewhpca.org/resources/global-atlas-on-end-of-life-care>. Acesso em: 2 nov. 2018.
Cuidados paliativos no Brasil6
Leituras recomendadas
ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Panorama dos cuidados paliativos 
no Brasil. São Paulo: out. 2018. Disponível em: <https://paliativo.org.br/wp-content/
uploads/2018/10/Panorama-dos-Cuidados-Paliativos-no-Brasil-2018.pdf>. Acesso em: 
2 nov. 2018.
CAMPBELL, M. L. Cuidados paliativos em enfermagem: nurse to nurse. Porto Alegre: 
AMGH; Artmed, 2011. 296 p.
CARVALHO, R. T. et al. (Ed.). Manual da residência de cuidados paliativos: abordagem 
multidisciplinar. Barueri: Manole, 2018. 1056 p.
CARVALHO, R. T.; PARSONS, H. A. (Orgs.). Manual de cuidados paliativos ANCP: ampliado 
e atualizado. 2. ed. 2012. Rio de Janeiro: ANCP, 2012. Disponível em: <http://biblioteca.
cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Manual-de-cuidados-paliativos-ANCP.pdf>. 
Acesso em: 24 out. 2018.
DEL RÍO, M. I.; PALMA, A. Cuidados Paliativos: historia y desarrollo. Boletín de la Escuela 
de Medicina de la Universidad Católica de Chile, Santiago, v. 32, n. 1, p. 82-88, 2007. Dis-
ponível em: <http://publicacionesmedicina.uc.cl/Boletin/20071/CuidadosPaliativos.
html>. Acesso em: 2 nov. 2018.
MORAES, A. Direito constitucional. 34. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 1024 p.
STERNSWARD, J.; CLARK, D. Palliative medicine: a global perspective. In: DOYLE, D. et 
al. (Eds.). Oxford textbook of palliative medicine. 3. ed. Oxford: Oxford University Press, 
2004. p. 1199-1224.
7Cuidados paliativos no Brasil
Conteúdo:DICA DO PROFESSOR
A classficação quanto ao desenvolvimento da prestação dos cuidados paliativos da OMS é uma 
forma de medir como os países estão investindo nessa área. Quanto maior o nível, mais 
estruturado e qualificado é o cuidado.
Veja, nesta Dica do Professor, alguns exemplos de iniciativas aplicáveis a cada nível de 
desenvolvimento:
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Os cuidados paliativos no Brasil tiveram suas primeiras discussões em meados de 
1970, porém apenas em 1990 foram registradas as primeiras iniciativas. Quem foi um 
dos pioneiros de paliativismo no Brasil, na formação com cursos?
A) Prof. Marco Túlio de Assis Figueiredo, criador dos primeiros cursos e atendimentos com a 
filosofia paliativista na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo 
(UNIFESP/EPM).
B) As iniciativas foram todas estrangeiras, iniciadas em países com alto IDH e foi se 
expandindo para outros países menos desenvolvidos, por meio de pesquisadores de 
diversas universidades do Brasil.
C) Ana Geórgia de Melo, psicóloga que coordenou a primeira reunião de profissionais de 
cuidados paliativos junto à Associação Brasileira de Cuidados Paliativos.
D) Dr. Ricardo Tavares de Carvalho, criador da ala de cuidados paliativos do Hospital dos 
Servidores Públicos de São Paulo e fundador do instituto PALIAR, em São Paulo.
E) Dra. Dalva Yukie Matsumoto, fundadora e diretora da primeira unidade de cuidados 
paliativos em São Paulo, o instituto PALIAR.
2) A área de cuidados paliativos ainda tem diversos tabus que acabam dificultando que 
o paciente receba uma assistência adequada e de qualidade. Entre esses tabus, 
observamos:
A) O uso de opioides, como morfina, sendo visto como duvidoso, pois pode gerar 
dependência em pacientes em cuidados paliativos. Essa conduta deixaria o paciente 
dependente e prejudicaria seu tratamento principal.
B) A inclusão do familiar como parte integrante do cuidado que deve ser dispensado pela 
equipe.
C) Iniciativas como a ortotanásia como sendo um entendimento de antecipação da morte do 
paciente em cuidados paliativos.
D) O uso de procedimentos invasivos e de tratamentos variados para manter a vida do 
paciente é sempre necessário.
E) O paciente sempre preferir passar seus últimos momentos no hospital, onde ele sabe que 
receberá toda assistência necessária para evitar sua morte.
3) A Organização Mundial de Saúde classifica os países de acordo com o 
desenvolvimento das iniciativas em cuidados paliativos. Dessa forma, quais iniciativas 
seriam esperadas para uma classificação nível 2?
A) Capacitação de profissionais da saúde para conhecerem, entenderem e aprenderem a lidar 
com pacientes e famílias em cuidados paliativos.
B) Capacitação das equipes que já atendem cuidados paliativos em hospitais pequenos.
C) Atendimento domiciliar aos pacientes em cuidados paliativos.
D) Atendimento ambulatorial e acompanhamento domiciliar para que pacientes e suas 
famílias tenham toda a assistência em casa, onde o paciente sente-se melhor.
E) Atendimento individualizado para diagnóstico de cuidados paliativos e atendimento 
domiciliar para preparar o paciente e a família para os próximos passos do cuidado.
4) No Brasil, as questões éticas e legais permitem que paciente e família possam ter 
autonomia quanto à escolha do tratamento. Assinale a alternativa que contenha uma 
dessas possibilidades.
A) O paciente pode ser internado e receber medicações que antecipem sua morte, a fim de 
evitar o sofrimento dele e de sua família. Essas medidas podem ser atribuídas 
independente do paciente estar na ala hospitalar ou em domicílio.
B) O paciente pode ser cuidado e acompanhado pela equipe de cuidados paliativos, quando 
houver, em sua casa ou onde sentir-se melhor acolhido e atendido, desde que as medidas 
não prolonguem o sofrimento ou antecipem a morte.
C) A autonomia do paciente sempre será respeita de acordo com as suas condições de tomar 
decisões, a fim de possilitar sua qualidade de vida, independentemente se as medidas irão 
prolongar seu sofrimento ou antecipar sua morte.
D) A eutanásia, quando realizada pela equipe de cuidados paliativos dentro do hospital, pode 
ser aceita como morte assistida. Ela pode ser requerida pelo paciente ou por seus 
familiares.
E) Apenas quando o Brasil for classificado como nível 4b o paciente poderá ter autonomia 
total sobre a escolha de seu tratamento, independentemente do método utilizado, seja em 
hospitais ou domicílio.
5) Quais consequências podem haver para o paciente paliativo de um país classificado 
em nível 1 de cuidados paliativos?
A) Nessa classificação, paciente e familiar ainda não são atingidos. Não há a comunicação do 
diagnóstico para o paciente e, por essa razão, não se iniciam os cuidados paliativos 
propriamente ditos.
B) Nessa classificação, paciente e sua família são atendidos por profissionais generalistas em 
unidades generalistas, podendo ter uma condução do tratamento e cuidado limitados ou 
inadequados quanto às necessidades de cuidados paliativos.
C) Nessa classificação, o paciente começa receber alguns atendimentos mais simples, porém 
ainda não há suporte para sua família. Ele faz acompanhamento esporádico e opta por não 
incluir o familiar nas suas consultas.
D) Nessa classificação, o atendimento, por ser incompleto, atinge pacientes e familiares em 
fase inicial de diagnóstico, apenas pelo médico, prejudicando seu tratamento em outros 
aspectos de saúde.
E) Nessa classificação, os profissionais estão recebendo capacitação e, por essa razão, os 
pacientes ainda não são atendidos pelas equipes de cuidados paliativos.
NA PRÁTICA
A complexidade dos cuidados paliativos é vista tanto na formação da equipe multiprofissional 
quanto na constituição das iniciativas e dos serviços desse cuidado. Sabe-se que quanto mais 
serviços e instituições tiverem foco em cuidados paliativos, mais pacientes e suas famílias 
poderão ser contempladas com uma assistência de qualidade.
Veja, no Na Prática, um case de sucesso sobre um serviço brasileiro de nível 4a:
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Manual de cuidados paliativos ANCP
O manual a seguir irá mostrar um pouco o que são os cuidados paliativos.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
A evolução dos cuidados paliativos no Brasil - INSTITUTO PALIAR
Breve conversa com Dr Ricardo Tavares de Carvalho, presidente do instituto Paliar, sobre o 
histórico dos cuidados paliativos no Brasil. Essa é uma das instituições de grande relevância 
para a prática e ciência dos cuidados paliativos brasileiros.
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Ala de cuidados paliativos: um sonho possível
O vídeo a seguir mostra a ala de cuidados paliativos do Hospital de Câncer de Mato Grosso.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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