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Anatomia do trato reprodutor do macho

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Anatomia do trato reprodutor do macho 
 
 
 
 
 
Testículo 
• Estrutura: 
- A superfície do testículo é revestida 
por uma cápsula fibrosa densa com 1 
a 2 mm de espessura (túnica 
albugínea), a qual é composta de 
fibras colágenas e contem vasos 
sanguíneos maiores visíveis na 
superfície dos testículos em um 
padrão característico de cada espécie. 
A túnica vaginal visceral é uma 
membrana serosa com o peritônio que 
cobre a cápsula fibrosa e confere uma 
aparência lisa da superfície testicular. 
O parênquima do testículo 
normalmente se encontra sob pressão. 
Consequentemente, qualquer 
expansão significativa eleva a pressão 
intratesticular e produz dores graves 
como a que se observa durante 
inflamação (orquite). Os componentes 
de testículo conectivo do testículo se 
dispõem do exterior para o interior : 
• Cápsula Fibrosa (túnica albugínea) 
• Septos 
• Mediastino 
- A cápsula emite septos que se 
irradiam para dentro do testículo, 
dividindo o parênquima em lóbulos 
piramidais. Esses septos convergem 
centralmente para formar o 
mediastino do testículo. Esse 
mediastino pode ser axial ou 
ligeiramente deslocado em direção ao 
epidídimo. O parênquima do testículo 
compõe-se de: 
1. Túbulos seminíferos contorcidos. 
2. Túbulos seminíferos retos. 
3. Rede do testículo. 
4. Ductos eferentes. 
A parede desde túbulos contém 
células espermatogenéticas e células de 
sustentação, as quais possuem 
propriedades de sustentação e de 
produção de hormônios. Eles são 
responsáveis ela regulação da 
espermatogênese, fornecendo os 
nutrientes para as células 
O sistema genital masculino compreende os órgãos envolvidos no desenvolvimento, no 
amadurecimento, no transporte e no armazenamento dos gametas masculino. É formado por: 
Um par de testículo, epidídimo, ducto deferente, uretra e as glândulas genitais acessórias. 
espermatogenéticas durante os 
diferentes estágios de 
desenvolvimento e a liberação de 
espermatozoides no lúmen do túbulo. 
Cada túbulo seminífero contorcido 
apresenta forma de alças, de modo que 
se abre em uma rede de túbulos 
confluentes dentro do mediastino, 
chamada de rede do testículo. Antes 
de penetrar a rede do testículo, as 
extremidades dos túbulos seminíferos 
ficam retas para se tornarem os 
túbulos seminíferos retos. O tecido 
intersticial que preenche esse espaço 
entre os túbulos contém celular de 
Leydig, q s principais produtoras dos 
hormônios esteroides androgênicos 
como a testosterona. Cada rede do 
testículo é drenada por oito a doze 
ductos eferentes contorcidos que 
perfuram a cápsula fibrosa para 
penetrar na cabeça do epidídimo. 
 
 
 
⬧ Epidídimo 
- O epidídimo é a estrutura 
adjacente ao testículo e consiste 
em rolos de túbulos contorcidos 
alongados, cuja união é mantida 
por tecido conectivo. Pode ser 
dividido em três segmentos: 
1. Cabeça 
2. Corpo 
3. Cauda 
Cabeça- A cabeça do epidídimo 
está firmemente fixada à cápsula 
testicular e recebe os ductos 
eferentes do testículo. 
Imediatamente após penetrar m, 
os ductos eferentes de unem para 
formar o ducto do epidídimo. 
Corpo- Os ductos contorcidos 
formam o corpo do epidídimo, 
mantido no lugar por uma camada 
dupla de serosa. O espaço entre o 
corpo do epidídimo e o testículo é 
denominado bolsa testicular. 
Cauda- O ducto do epidídimo 
processe até a cauda do epidídimo. 
Ela se fixa a extremidade caudada 
do testículo pelo ligamento 
próprio do testículo e ao processo 
vaginal pelo ligamento da cauda 
do epidídimo. Esse ligamento 
projeta fibras na camada profunda 
do escroto, o ligamento do escroto, 
o qual é particularmente 
desenvolvido no garanhão e no 
cachaço. O ducto do epidídimo 
emerge em sua cauda e prossegue 
na forma de ducto deferente. 
No ducto do epidídimo, os 
espermatozoides amadurecem, o 
fluido testicular é absorvido, os 
fragmentos celulares sofrem 
fagocitose e os nutrientes para os 
espermatozoides são secretados. Os 
espermatozoides são armazenados 
na cauda do epidídimo até o 
momento da ejaculação. 
Comprimento do ducto do 
epidídimo nas espécies domésticas: 
• Equino: 72-81m 
• Touro: 40-50m 
• Carneiro: 47-52m 
• Cachaço: 17-18m 
• Cão: 5-8m 
• Gato: 4-6m 
 
 
 
Ductos deferentes 
O ducto deferente é a continuação 
direta do ducto do epidídimo. Sua 
origem é a parte ondulante da 
cauda do epidídimo e se torna reto 
gradualmente à medida que 
atravessa a margem medial do 
testículo. Ele ascende dentro do 
cordão ou funículo espermático e 
penetra a cavidade abdominal 
através do canal inguinal. O ducto 
deferente forma uma alça convexa 
cranialmente dentro de uma prega 
do peritônio, o mesoducto, e passa 
sob o ureter conforme alcança a 
face dorsal da vesícula urinária, 
atravessando a próstata até se abrir 
na parte proximal da uretra no 
calículo seminal. A porção 
terminal do ducto deferente se 
torna espessa pela presença de 
glândulas em sua parede para 
formar a ampola do ducto 
deferente. No cachaço, não há uma 
ampola evidente, mas existe uma 
parte glandular na extremidade do 
ducto deferente. No equino e nos 
ruminantes, o ducto deferente se 
une ao ducto excretor da glândula 
vesicular próximo a seu término. A 
passagem compartilhada desses 
dois ductos é conhecida como 
ducto ejaculatório. 
 
 
Envoltórios do testículo 
Os envoltórios do testículo não 
apenas cobrem o testículo, o 
epidídimo e partes do cordão 
espermático, mas também se 
moldam ao redor desses órgãos. As 
diferentes camadas dos envoltórios 
do testículo correspondem às 
camadas da parede abdominal. São 
as seguintes camadas: 
• Escroto 
– Pele externa; – Camada 
subcutânea fibromuscular (túnica 
dartos); – Fáscia espermática 
externa de dupla camada (fáscia 
spermatica externa), 
destacamentos das fáscias 
abdominais; – Músculo cremaster, 
um destacamento do músculo 
oblíquo interno do abdome, 
juntamente com sua fáscia. 
• Processo Vaginal 
– Fáscia espermática interna 
 – Lâmina parietal da túnica vaginal. 
A pele externa, a túnica dartos 
subcutânea e a fáscia espermática 
externa formam o escroto. A fáscia 
espermática interna e a lâmina 
parietal da túnica vaginal formam 
o processo vaginal, uma expansão 
da cavidade peritoneal no escroto. 
O processo vaginal se prolonga 
para os compartimentos direito e 
esquerdo do escroto, os quais são 
divididos por um septo formado 
pela pele e pela camada subcutânea 
do escroto. O septo do escroto 
separadamente e é marcado 
externamente com a rafe do 
escroto. 
 
 
 
A pele do escroto costuma não 
apresentar pelos, exceto no gato e 
em determinadas raças de ovinos, 
nos quais é coberta por pelos. Ela 
apresenta uma grande quantidade 
de glândulas sudoríparas e sebáceas 
e se adere firmemente à túnica 
dartos subjacente. Internamente à 
túnica dartos, há uma camada 
delgada de tecido mole (fáscia 
subdartoica). A túnica dartos 
possui várias fibras de músculo 
liso, as quais se contraem para 
tensionar e retrair o escroto e, 
desse modo, contribuem para a 
regulação de temperatura do 
testículo. A túnica dartos é 
bastante desenvolvida no bovino, 
no qual pode alcançar 10 mm de 
espessura. 
A fáscia espermática externa se 
destaca das fáscias superficial e 
profunda do abdome na altura do 
escroto e é dividida em uma 
camada profunda e outra 
superficial. As duas camadas da 
fáscia espermática externa e da 
fáscia espermática interna e a 
túnica vaginal estão conectadas por 
tecido conectivo frouxo. Essa 
camada intermediária folgada 
permite o movimento do processo 
vaginal dentro do escroto. Ela 
possui importância clínica, já que 
facilita a castração por técnica 
fechada, na qual a túnica vaginal é 
ligada aos vasos sanguíneos e ao 
ducto deferente. O músculo 
cremaster é um destacamento do 
músculo oblíquo interno do 
abdome na altura do anel inguinalprofundo. Ele cobre parte do 
processo vaginal e é recoberto por 
uma camada delgada de tecido 
conectivo frouxo. Durante a 
contração, retrai o escroto e seu 
conteúdo em direção à região 
inguinal. Em roedores, abarca o 
processo vaginal como uma colher 
e, desse modo, os testículos podem 
ser retraídos para o abdome pelo 
canal inguinal. 
Processo Vaginal e Cordão 
espermático 
O processo vaginal é formado pela 
fáscia transversa e pelo peritônio 
como uma evaginação da cavidade 
abdominal através do canal 
inguinal. Ele envolve a cavidade 
vaginal e é formado antes da 
descida embriológica dos 
testículos. O formato do processo 
vaginal se assemelha a uma garrafa 
com uma porção proximal estreita, 
cuja extensão depende da posição 
do escroto, e uma porção distal 
mais ampla, que se molda aos 
órgãos que envolve. A cavidade 
vaginal se comunica com a 
cavidade abdominal pelo óstio 
vaginal situado na abertura interna 
do canal inguinal. Normalmente, 
ela contém uma quantidade muito 
baixa de líquido peritoneal, o que 
auxilia na redução de atrito entre a 
parede e os órgãos que envolve. 
Eventualmente, uma alça do 
intestino ou parte do omento 
forma uma hérnia no processo 
vaginal. Essa condição é mais 
comum em espécies com um anel 
vaginal amplo, como o equino e o 
suíno. Como ela parece ser 
hereditária no suíno, os animais 
que desenvolvem essa condição 
não devem ser usados para 
reprodução. 
A porção proximal estreita do 
processo vaginal envolve o cordão 
espermático, o qual é composto 
pelo ducto deferente e pelos vasos 
e nervos testiculares, juntamente 
com suas membranas serosas. O 
cordão espermático se fixa ao 
mesofunículo, o qual é contínuo 
distalmente com o mesórquio. O 
ducto deferente é envolvido dentro 
de uma prega do mesofunículo. A 
prega vascular, também 
denominada mesórquio proximal, 
se fixa ao epidídimo e prossegue 
até o testículo como mesórquio 
distal. 
 
 
 
 
Posição do escroto 
A posição e a orientação do escroto 
variam consideravelmente entre os 
mamíferos domésticos. O escroto 
se situa na região inguinal no 
equino e no cão, abaixo da região 
inguinal em ruminantes, perineal 
no suíno e subanal no gato. Em 
ruminantes, os testículos são 
mantidos com o eixo longo na 
vertical e, desse modo, possuem 
um escroto profundo e pendular. 
Os testículos se orientam com o 
eixo longo na horizontal no 
equino e no cão, ao passo que no 
suíno e no gato eles são inclinados 
em direção ao ânus. 
Vascularização, drenagem 
linfática e inervação do 
testículo e seus envoltórios 
A artéria testicular se ramifica 
diretamente da aorta abdominal e 
segue a parede abdominal, 
suspensa dentro da prega vascular 
juntamente com a veia testicular. 
No interior do cordão 
espermático, a artéria testicular é 
extremamente contorcida. No 
bovino, 10 centímetros de cordão 
espermático contêm 
aproximadamente 7 metros de 
artéria. A artéria testicular projeta 
ramos para irrigar o epidídimo e a 
parte original do ducto deferente. 
As veias testiculares formam um 
plexo pampiniforme de elaboração 
complexa semelhante a uma malha 
ao redor das alças arteriais. Há 
anastomoses arteriovenulares entre 
a artéria testicular e as veias 
circundantes no cordão. O plexo 
pampiniforme por fim se reduz a 
uma veia única, a qual desemboca 
na veia cava caudal. O amplo 
contato entre os vasos no interior 
do funículo refrigera o sangue 
dentro da artéria em sua descida 
para o testículo. Os linfáticos do 
testículo desembocam nos 
linfonodos aórticos lombares e nos 
linfonodos ilíacos mediais. A linfa 
conduz uma fração substancial dos 
hormônios produzidos pelos 
testículos. No caso de tumor 
testicular, é fundamental remover 
o testículo afetado o quanto antes, 
já que o acesso aos linfonodos é 
impossível devido à sua localização 
na parede dorsal do abdome e da 
pelve. Os testículos recebem 
inervação do sistema nervoso 
autônomo. As fibras 
parassimpáticas se derivam do 
nervo vago e do plexo pélvico; as 
fibras simpáticas emergem do 
plexo mesentérico caudal e do 
plexo pélvico. Os envoltórios do 
testículo são vascularizados pela 
artéria e veia pudendas externas (a. 
et v. pudenda externa). Os 
linfáticos desembocam nos 
linfonodos escrotais ou inguinais 
superficiais. A inervação deriva dos 
ramos ventrais dos nervos 
lombares. Os nervos ílio-
hipogástrico, ilioinguinal e 
genitofemoral contribuem para 
sua inervação. 
 
 
 
 Uretra 
A uretra masculina se prolonga 
desde o óstio interno da uretra na 
extremidade caudada do pescoço da 
vesícula urinária até o óstio externo da 
uretra na extremidade livre do pênis. 
Conforme sua localização, ela pode ser 
dividida em uma parte pélvica e uma 
parte peniana. A parte pélvica pode ser 
subdividida em uma parte pré-
prostática proximal, a qual conduz 
urina, e uma parte prostática, a qual 
recebe a companhia do ducto deferente 
e do ducto vesicular ou ejaculatório 
combinados. Na parte pré-prostática, 
há uma crista uretral que se projeta no 
lúmen e termina em um espessamento. 
O colículo marca as aberturas dos 
ductos deferentes (no equino e nos 
ruminantes, os ductos ejaculatórios 
combinados) e é acompanhado pelas 
aberturas muito menores pelas quais os 
vários ductos prostáticos liberam suas 
secreções. Ao deixar a cavidade pélvica, 
a uretra é envolvida por um tecido 
altamente vascularizado e prossegue 
como parte do pênis. 
Glândulas genitais acessórias 
As glândulas genitais acessórias situam-
se na extensão da parte pélvica da 
uretra. Sua presença varia entre as 
espécies e pode incluir algumas das 
seguintes: 
❖ Ampla do ducto deferente ou 
glândula ampular. 
❖ Glândula vesicular 
❖ Próstata 
❖ Glândula bulbouretral 
O touro e o garanhão possuem o 
conjunto completo de glândulas 
acessórias. O cachaço possui as 
glândulas vesiculares, bulbouretrais e a 
próstata. No gato estão presentes a 
ampola do ducto deferente, as 
glândulas bulbouretrais e a próstata, e 
apenas a ampola do ducto deferente e a 
próstata estão presentes no cão. A 
ampola do ducto deferente envolve a 
parte terminal do ducto deferente e foi 
descrita anteriormente neste capítulo. 
 
Glândula vesicular 
As glândulas vesiculares pares estão 
presentes em todos os mamíferos 
domésticos, com exceção do cão e do 
gato. Em ruminantes e no equino, seu 
ducto excretor se une ao ducto 
deferente logo antes de seu término e 
essa passagem comum curta é 
denominada ducto ejaculatório. No 
cachaço, as glândulas vesiculares se 
abrem separadamente na uretra, 
próximas ao colículo seminal. A 
glândula vesicular do equino é um 
órgão oco relativamente grande com 
uma parede muscular espessa e uma 
superfície lisa. No touro e no cachaço, 
a superfície é irregular. A glândula 
vesicular é particularmente bem-
desenvolvida no cachaço, apresentando 
um formato piramidal característico. 
No touro, essa glândula pode ser 
palpada transretalmente. 
 
 
 
 
 
 
Próstata 
A próstata está presente em todos os 
mamíferos domésticos. Em alguns ela 
é composta por duas partes, uma 
espalhada difusamente na parede da 
uretra pélvica, a parte disseminada, e a 
outra é um corpo compacto situado 
externamente à uretra. O equino 
possui apenas o corpo e os pequenos 
ruminantes possuem apenas a parte 
disseminada. O touro possui ambos, 
mas o corpo é pequeno e plano. No 
cão e no gato, há apenas vestígios da 
parte disseminada, mas o corpo é 
grande e globular. Ele é tão extenso 
nessas espécies que envolve 
completamente a uretra no cão e 
grande parte da uretra no gato. A 
hipertrofia da próstata é relativamente 
comum em cães mais velhos e pode 
levar a obstrução devido à pressão da 
próstata aumentada sobre o reto. 
Glândula bulbouretral 
A glândula bulbouretral par é 
encontrada em todos os mamíferosdomésticos, com exceção do cão. Ela 
se situa na face dorsal da uretra pélvica 
próxima à extremidade caudada. No 
garanhão, seu tamanho é o mesmo de 
uma noz, enquanto no touro chega ao 
tamanho de uma cereja. No gato, ela é 
bastante pequena e esférica. Seu 
tamanho é considerável no cachaço, 
onde se projeta em toda a extensão da 
parte pélvica da uretra, sendo seu 
formato cilíndrico. Em suínos 
castrados é consideravelmente menor, 
de forma que seu tamanho pode ser 
usado como indicativo de castração 
recente. Todas as glândulas genitais 
acessórias possuem cápsulas de tecido 
mole bem desenvolvidas e septos 
internos, os quais são ricos em fibras 
musculares lisas. Essas fibras 
musculares são inervadas pelo sistema 
nervoso autônomo e são responsáveis 
por expelir a secreção das glândulas. A 
testosterona possui um efeito positivo 
sobre a produção de secreções e 
contém frutose e citrato para nutrição, 
transporte e proteção dos 
espermatozoides. A testosterona 
também intensifica a movimentação 
dos espermatozoides e atua como 
agente de tamponamento fisiológico 
contra o ambiente ácido no interior da 
vagina. 
 
Pênis 
O pênis se origina como dois pilares 
do arco isquiático. Os pilares 
convergem para formar a raiz do 
pênis, a qual prossegue como o corpo 
do pênis até a glande do pênis. O 
pênis é suspenso entre as coxas na face 
ventral do tronco com sua 
extremidade livre voltada para o 
umbigo em todos os mamíferos 
domésticos, com exceção do gato, no 
qual ele se direciona caudalmente. O 
órgão é construído a partir de três 
colunas de tecido erétil, as quais são 
independentes na raiz do pênis, mas se 
combinam nos segmentos restantes do 
pênis. O pênis compõe-se das 
seguintes divisões e subdivisões: 
• Raiz do pênis com: 
- Pilares do pênis formado por duas 
lunas de tecido cavernoso. 
- Bulbo ímpar do pênis formado pelo 
corpo esponjoso do pênis. 
• Corpo do pênis com: 
- Corpo cavernoso 
- Corpo esponjoso 
• Glande do pênis com: 
- Corpo esponjoso 
- Osso peniano, uma modificação do 
corpo cavernoso (cão). 
As duas colunas dorsais de tecido 
erétil são conhecidas como os pilares 
do pênis e consistem em um centro de 
tecido cavernoso envolvido por uma 
camada espessa de tecido conectivo, a 
túnica albugínea. Os corpos 
cavernosos pares preenchidos com 
sangue convergem e prosseguem 
distalmente no corpo do pênis. O 
corpo cavernoso de cada pilar 
permanece distinto dentro do corpo, 
onde existe um septo entre eles. O 
dorso do pênis é marcado por um 
sulco raso, enquanto a face ventral 
apresenta um sulco profundo para 
acomodar a uretra e sua lâmina 
vascular, o corpo esponjoso. O corpo 
esponjoso ímpar fornece a terceira 
coluna de tecido erétil e é mais 
delicado que os corpos cavernosos 
com espaços maiores para o sangue 
separados por septos mais finos. O 
corpo esponjoso se origina na abertura 
pélvica caudal com alargamento 
repentino do pouco tecido esponjoso 
que circunda a parte pélvica da uretra. 
A expansão forma o bulbo do pênis, 
anteriormente denominado bulbo 
uretral, um sáculo esponjoso, 
preenchido com sangue e com dois 
lobos que se situa entre os pilares 
próximos ao arco isquiático. O bulbo 
forma uma união ininterrupta com o 
corpo esponjoso do pênis que envolve 
a uretra peniana. O corpo esponjoso se 
prolonga para além da extremidade 
distal do corpo cavernoso para formar 
a glande do pênis, a qual constitui o 
ápice do órgão inteiro. Na glande do 
pênis, está o óstio externo da uretra 
em todos os mamíferos domésticos, 
com exceção dos pequenos 
ruminantes, nos quais um processo 
uretral livre prolonga a uretra para 
além da glande. Há dois tipos 
diferentes de pênis nos mamíferos 
domésticos quanto à estrutura do 
corpo cavernoso. O tipo de pênis 
fibroelástico dos ruminantes e do 
suíno possui pequenos espaços 
sanguíneos divididos por quantidades 
substanciais de tecido fibroelástico 
resistente e é envolvido por uma 
túnica albugínea espessa que envolve 
tanto o corpo cavernoso quanto o 
corpo esponjoso. Nesses animais, o 
pênis em repouso exibe uma flexura 
sigmoide entre as coxas. 
Relativamente pouco sangue adicional 
é necessário para deixar esse tipo de 
pênis ereto, e o alongamento do pênis 
é alcançado principalmente ao se 
deixar a flexura sigmoide reta. No tipo 
de pênis musculo cavernoso, os 
espaços sanguíneos são maiores e a 
túnica e os septos interpostos são mais 
delicados e musculares. Esse tipo 
musculo cavernoso é encontrado no 
garanhão e em carnívoros. Um volume 
de sangue consideravelmente maior é 
necessário para se alcançar a ereção, a 
qual é marcada por um aumento 
significativo tanto de diâmetro como 
de comprimento do pênis (Figs. 10-1, 
10-2 e 10-5). A glande do pênis exibe 
alterações específicas de cada espécie. 
No garanhão, a glande se assemelha a 
um cogumelo, sendo que a coroa é a 
parte mais larga. Na direção do corpo 
do pênis e por trás da corona, a glande 
é comprimida para formar o colo da 
glande. A extremidade livre da coroa é 
marcada por uma fossa central na qual 
a parte terminal da uretra se projeta A 
fossa da glande tende a acumular 
esmegma, cujo espessamento pode 
causar desconforto. No cão, a 
extremidade distal do corpo cavernoso 
é modificada para formar o osso 
peniano, o qual apresenta um sulco 
ventral para acomodar a uretra no 
interior do corpo esponjoso. O 
envolvimento parcial da uretra dentro 
do sulco do osso peniano impede a 
passagem de cálculos uretrais, os quais 
podem ficar alojados na extremidade 
proximal do osso. A glande do pênis é 
bastante avantajada e se divide em 
uma parte longa, a parte longa da 
glande e uma parte proximal 
expandida, o bulbo da glande. A 
forma característica das duas partes da 
glande corresponde ao formato do 
bulbo vestibular da fêmea. A 
separação forçada do macho e da 
fêmea caninos durante o coito pode 
causar lesões graves aos dois animais. 
O pênis do gato tem características 
que o tornam único entre os 
mamíferos domésticos, devido à sua 
orientação caudal em estado de 
repouso. No gato, o osso peniano 
mede de 5 a 8 mm e não possui sulco 
ventral. A glande dispõe de papilas 
queratinizadas, as quais se direcionam 
proximamente em estado de repouso e 
se irradiam em todas as direções 
durante a ereção. As papilas 
diminuem de tamanho com a 
castração. Durante a ereção, a direção 
do pênis se inverte com o auxílio do 
ligamento da extremidade do pênis. A 
obstrução da uretra por cálculos é 
bastante comum no gato. No suíno, a 
terminação livre do pênis gira em 
torno de seu eixo longitudinal, de 
modo semelhante a um saca-rolhas, 
em cujo topo há uma pequena glande 
(Fig. 10-26). Embora a anatomia geral 
inclua o pênis do suíno no tipo 
fibroelástico, há evidências 
histológicas que sustentam a opinião 
de alguns autores de que o pênis do 
suíno é do tipo musculo cavernoso. 
No touro, a extremidade livre do pênis 
é coroada por uma pequena glande, a 
qual é assimétrica e ligeiramente 
espiralada. A uretra termina em uma 
projeção baixa com uma abertura 
oblíqua e estreita em sua ponta. A 
extremidade do pênis é bastante 
característica em pequenos 
ruminantes, nos quais o processo 
uretral prossegue (cerca de 4 cm no 
ovino e 2,5 cm no caprino) além da 
glande substancial. O processo uretral 
contém tecido erétil. 
 
 
 
 
Prepúcio 
O prepúcio, ou bainha, é uma dobra 
de pele que cobre a extremidade livre 
do pênis em estado de repouso. Ele 
consiste em uma lâmina externa e 
outra interna, as quais são contínuas 
no óstio prepucial. O prepúcio equino 
possui uma característica distinta ao 
apresentar uma prega adicional que 
permite o alongamento considerável 
do pênis durante a ereção. Divertículo 
prepucial Septo Pênis com glande do 
pênis Óstio prepucial Prepúcio e da 
glande do pênis do cachaço 
(representaçãoesquemática). Cavidade 
prepucial Corpo cavernoso Corpo 
esponjoso Uretra Prega prepucial 
Prega prepucial Glande do pênis Fossa 
da glande do pênis Processo uretral 
Ânulo prepucial Óstio. A lâmina 
externa é a pele da superfície exterior, 
a qual prossegue como a bainha 
interna no ânulo prepucial. Por fim, 
ela forma uma camada visceral, a qual 
é aplicada diretamente sobre a parte 
distal do pênis. A lâmina interna 
possui uma grande quantidade de 
tecido linfoide e glândulas sebáceas 
modificadas que secretam esmegma, o 
qual facilita a introdução do pênis na 
vagina. A lâmina externa é marcada 
por uma rafe mais ou menos distinta 
como a continuação da rafe do 
escroto. O prepúcio pode ser retraído 
e projetado por meio de diversos 
músculos estriados, os quais podem 
ser entendidos como destacamentos 
do músculo cutâneo do tronco. Os 
músculos prepuciais caudais estão 
presentes em todas as espécies 
domésticas, exceto no equino, e 
servem para retrair o prepúcio e expor 
a extremidade do pênis. Os músculos 
prepuciais craniais que projetam o 
prepúcio são encontrados apenas em 
ruminantes. No touro e no cachaço, 
pelos longos circundam a entrada para 
o prepúcio. No cachaço, o prepúcio se 
dobra sobre si dorsalmente para 
formar o divertículo prepucial, o qual 
é dividido em dois compartimentos 
por um septo mediano. Ele possui 
uma capacidade de cerca de 135 ml e 
contém fluido de aroma pungente 
composto de resquícios celulares e 
urina, responsáveis pelo odor 
característico. 
 
 
 
 
 
 
Músculos do pênis 
Os músculos do pênis compreendem: 
⬧ Músculo isquiocavernoso. 
⬧ Músculo bulboesponjoso. 
⬧ Músculo retrator do pênis par 
Os músculos isquiocavernoso pares 
são fortes, emergem do arco isquiático 
e envolvem os pilares até a altura de 
sua fusão na raiz do pênis. O músculo 
bulboesponjoso é a continuação 
extrapélvica do músculo uretral 
estriado, o qual envolve a parte pélvica 
da uretra. Ele se prolonga distalmente 
na superfície do corpo esponjoso em 
uma distância que varia conforme o 
tipo de pênis. Em animais com pênis 
fibroelástico, ele se limita ao terço 
proximal do pênis; no garanhão, ele 
prossegue até a extremidade do pênis. 
O músculo retrator do pênis também 
é par e emerge das vértebras caudais, 
descendo através do períneo ao redor 
do ânus para alcançar o pênis. Em 
espécies com uma flexura sigmoide 
(ruminantes e suíno), ele se fixa ao 
arco caudal dessa flexura; em espécies 
com pênis musculocavernoso, ele 
segue o músculo bulboesponjoso até a 
extremidade do pênis. O músculo 
retrator compõe-se principalmente de 
fibras musculares lisas. 
Vascularização, drenagem 
linfática e inervação da uretra 
e do pênis 
A uretra, as glândulas genitais 
acessórias e o pênis são irrigados por 
ramos da artéria pudenda interna. Um 
ramo, a artéria prostática, irriga os 
órgãos genitais situados na cavidade 
pélvica. Na altura do arco isquiático, a 
artéria pudenda interna se divide em 
artéria do bulbo do pênis, que irriga o 
corpo esponjoso, artéria profunda do 
pênis, que irriga o corpo cavernoso, e 
artéria dorsal do pênis, que segue a 
extensão do pênis para irrigar a 
glande. A artéria pudenda interna é 
aumentada por ramos da artéria 
pudenda externa para vascularização 
da extremidade do pênis e forma 
anastomose com a artéria dorsal do 
pênis para vascularizar também o 
prepúcio. No garanhão, formam-se 
anastomoses adicionais entre a artéria 
dorsal do pênis e a artéria obturatória. 
Os vasos linfáticos dos órgãos genitais 
situados na cavidade pélvica fluem 
para os linfonodos ilíacos mediais e 
para os linfonodos sacrais. Os vasos 
linfáticos do pênis e do prepúcio 
escoam para os linfonodos inguinais 
(do escroto) superficiais. A inervação 
do pênis é realizada pelo nervo 
pudendo par, o qual transporta 
múltiplas fibras parassimpáticas. 
Encontra-se uma grande quantidade 
de terminações nervosas na glande do 
pênis e na lâmina interna do prepúcio. 
Ereção e ejaculação 
No início da ereção, o fluxo sanguíneo 
para o pênis aumenta enquanto as 
paredes das artérias irrigadoras 
relaxam. Ao mesmo tempo, o fluxo 
venoso se obstrui na raiz do pênis, 
onde as veias são comprimidas contra 
o arco isquiático, o que causa um 
efeito maior sobre o corpo cavernoso 
do que sobre o corpo esponjoso; este 
último, portanto, é preenchido depois 
do corpo cavernoso. O processo 
continua e se intensifica após a 
introdução do pênis e a pressão 
interna do tecido erétil se eleva ainda 
mais. Após a ejaculação, o corpo 
cavernoso se esvazia antes do corpo 
esponjoso, e a pressão cai 
rapidamente. Em espécies com pênis 
fibroelástico, pouco sangue adicional é 
necessário para distender os espaços 
cavernosos. Portanto, obtém-se ereção 
total mais rapidamente. O pênis não 
aumenta muito de tamanho e sua 
projeção ocorre em grande parte 
devido ao recolhimento da flexura 
sigmoide. No tipo musculocavernoso 
de pênis, os espaços cavernosos são 
muito maiores e é necessário reter um 
volume maior de sangue para obter 
ereção total. Portanto, esse processo 
requer mais tempo e há um aumento 
muito maior da extensão e do 
diâmetro do pênis. A ereção ocorre 
antes da ejaculação. O sêmen é 
transportado continuamente em 
direção à ampola do ducto deferente 
através de movimentos peristálticos do 
ducto do epidídimo e do ducto 
deferente, causados por células 
musculares lisas no interior de suas 
paredes. A atividade secretora do 
revestimento do ducto do epidídimo é 
regulada por andrógenos, os quais têm 
efeito positivo sobre a motilidade 
espermática. Expressões clínicas 
relacionadas ao sistema genital 
masculino: orquite, orquiectómica, 
funiculite, epididimite, prostatite, 
cisto paraprostático, priapismo, 
fimose, criptorquidismo, neoplasia de 
células de Sertoli, hérnia inguinal, 
torções testiculares etc.

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