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Origem da Sociedade e do Estado

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1. Origem da sociedade 
 
• O homem: animal político. O ser humano é um ser social. Desde o nascimento, vive 
normalmente em sociedade: família, escola, clube, igreja, cidade, Estado (“país”), 
sociedade global. Embora a vida em sociedade traga restrições à liberdade, o ser humano 
isolado é uma exceção. O que leva o homem a viver em sociedade? 
 
 Por que vivemos em sociedade? Determinar o motivo pelo qual o ser humano vive em 
sociedade é importante para se determinar a posição do indivíduo na sociedade: o ser 
humano foi feito para a sociedade ou a sociedade foi feita para o ser humano? O que é 
mais importante, a coletividade ou o indivíduo? 
 
• Teorias sobre a origem da sociedade: 
 
a) sociedade natural – o ser humano é dotado de um instinto de sociabilidade que o leva 
naturalmente a viver em sociedade – o homem é um animal político (ênfase no todo, no coletivo: 
organicismo): Aristóteles, Cícero, S. Tomás de Aquino, Ranelletti. 
 
“A sociedade que se formou da reunião de várias aldeias constitui a Cidade, que tem a faculdade de se bastar a si 
mesma, sendo organizada não apenas para conservar a existência, mas também para buscar o bem-estar. Esta 
sociedade, portanto, também está nos desígnios da natureza (...) É, portanto, evidente que toda Cidade está na 
natureza e que o homem é naturalmente feito para a sociedade política” (Aristóteles – 384 a.C. - 322 a.C.) 
 
b) sociedade como ato racional – as teorias contratualistas negam o impulso associativo 
natural; a sociedade é uma criação humana, fruto de uma decisão racional (ênfase no indivíduo - 
mecanicismo); partindo do estado de natureza, o homem, baseado na razão e por vontade 
própria, firma um contrato social, estabelecendo um governo e regras para a vida em sociedade. 
 
 
 
2. Origem do Estado 
 
 A origem da palavra ESTADO vem do latim Status. “Status Rei Publicae” (Situação da coisa 
pública). 
O primeiro emprego da palavra Estado, como nós o fazemos modernamente, foi feito por 
Maquiavel em sua obra “O Príncipe”, em Florença, no ano de 1513. Maquiavel é tido como o 
fundador da Ciência Política, pois separou pela primeira vez a moral da política. 
 
Existem três teorias quanto à época do aparecimento do Estado. 
 
1ª Teoria 
 
- Segundo esta teoria o Estado surgiu na mesma época em que surgiu a sociedade. Eduard 
Meyer, principal teórico dessa corrente, equiparou estrutura de poder a Estado. Para ele, o 
Estado surgiu na mesma época em que surgiu a sociedade, pois toda a sociedade possui 
estrutura de poder. 
- Essa teoria para muitos estudiosos não é correta, pois o Estado foi confundido com estrutura 
de poder. 
 
2ª Teoria 
 
- As sociedades existiram em determinado momento sem a presença do Estado e algumas 
delas evoluíram e criaram Estados. 
- Essa é a corrente mais aceita, tendo um grande número de adeptos. A época do 
aparecimento do Estado depende de cada caso, que deve ser estudado separadamente. 
- Em geral, quando surgem as primeiras civilizações surgem os primeiros Estados. 
 
 
3ª Teoria 
 
- O Estado é um fenômeno recente, moderno; não é um conceito geral válido para todos os 
tempos, mas um conceito histórico concreto, que surge quando nasce a ideia e a prática da 
soberania, o que só ocorreu a partir do século XVII 
- Carl Smith acreditava que até o séc. XVII o que existia era poder, e que a partir daí, os 
Estados começaram a surgir, porque surge a prática da soberania. Portanto, o Estado é um 
fenômeno recente. 
 
 
 
Causas do Surgimento do Estado 
 
 
1. Formação Originária: é aquela que deu origem ao primeiro Estado que uma determinada 
sociedade conheceu. 
 
As causas de formação originária podem ser contratualista (quando o Estado surge de um contrato 
social) e não contratualista (quando o Estado surge por outros motivos, que não o contrato social). 
 
Formação Originária Não-Contratualista 
 
Existem 3 casos dentro da formação originária não-contratualista: 
 
1º caso- Origem familial, patriarcal ou matriarcal 
 Essas teorias sustentam o núcleo social fundamental na família. Segundo elas, cada família 
primitiva se ampliou e deu origem a um Estado. (Principal teórico: Robert Filmer (1589-1653) 
 A moderna antropologia tende a desmentir tal teoria, haja vista o fato de que as comunidades 
de origem familial, matriarcal ou patriarcal raramente criavam forma estatal, tendendo a permanecer 
em tribos, hordas ou bandos, havendo algumas exceções importantes. O Estado hebreu (antigo) 
tinha formação de causa familial ou patriarcal: Abraão era o patriarca do Estado (primitivo) de Israel. 
 
2º caso - Origem da força, violência ou conquista. 
 
 Essas teorias sustentavam que a superioridade de força de um grupo social permitiu -lhe 
submeter um grupo mais fraco, nascendo dessa junção entre dominantes e dominados o Estado. 
Um dos principais teóricos é o francês Bertrand de Jouvenel. 
Exemplo: Pérsia, Estado formado por grandes conquistadores como Ciro, Xerxes, Artaxerxes e 
Dário. 
Outros Estados conquistadores: Babilônia, Suméria e Assíria, Cidades-Estado gregas, Roma 
(Império Romano), Macedônia, etc. 
 Um povo é dominado por outro através da conquista e da violência. Num primeiro momento 
o povo conquistador explora ao máximo o conquistado para recuperar as perdas decorrentes da 
conquista. Porém, não é possível dominar sempre pela força e a violência; é preciso conseguir a 
adesão do povo conquistado, que lentamente é incorporado ao novo conquistador, através da 
miscigenação racial, cultural, pela imposição da língua do conquistador. Para exercer seu domínio 
são criados os quartéis, os tribunais, as leis para o controle, os palácios, o governo local e, 
futuramente, os órgãos assistenciais. A finalidade do Estado será, então, garantir a ordem e a paz 
social e, no futuro, o bem comum. 
 
3º caso - Origens econômicas e patrimoniais 
 
 O Estado teria sido formado para que se aproveitassem os benefícios da divisão do trabalho, 
da produtividade e da atividade econômica em geral, caracterizando-se assim a origem do Estado 
por motivos econômicos. 
 O principal teórico é o filósofo grego Platão (professor de Aristóteles), sua principal obra: A 
República. Segundo ele, quanto mais organizado o Estado, mais eficiente a economia. 
 
Patrimonial: Visão de Marx e Engels 
 
 Engels sustenta a teoria de que a origem do Estado se dá quando surge uma institu ição que 
assegure as novas riquezas resultantes da acumulação que a propriedade privada propiciou, uma 
instituição que perpetuasse a nascente divisão da sociedade em classes e assegurasse o direito da 
classe possuidora explorar a possuída. 
 
Formação Originária Contratualista 
 
 Os contratualistas, por caminhos diferentes, negam que o homem seja por natureza um 
animal social e político, afirmando que para que seja possível a vida em sociedade é preciso celebrar 
um amplo pacto social, um acordo de vontades, que ficou denominado “Contrato Social”. 
É importante salientar que todos os teóricos contratualistas viveram no período de ascensão da 
burguesia e, nesta classe, a ideia e a prática dos contratos é muito frequente, o que teria influenciado 
todo o pensamento político dessa época. 
Para esses teóricos o Estado surge por um amplo acordo de vontades, um amplo pacto social, que 
retire o homem do estado de natureza (homem primitivo) e o conduza a vida civil, à maneira pela 
qual cada um pensa o contrato social é diferente: 
 
a) Thomas Hobbes (1588-1679): a natureza humana não muda, é sempre a mesma (“conhece-te 
a ti mesmo”). O homem é mau, invejoso, ambicioso, cruel e não sente prazer na companhia do 
outro. O estado de natureza é uma “guerra de todos contra todos”, o “homem é o lobo do homem”. 
Sem lei nem autoridade, todos têm direito a tudo. A vida é “solitária, pobre e repulsiva, animalesca 
e breve”. Para fugir desse estado, reúnem-se em sociedade e firmam o contrato social, 
estabelecendo uma autoridade soberana com poder ilimitado e incontestável para impor a ordem(Estado – Leviatã). O pacto é de submissão e não pode ser quebrado. A obra de Hobbes serviu 
como justificação do absolutismo. Obra: O Leviatã. 
 
 
“Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que 
queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, 
são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e 
coisas semelhantes. E os pactos sem a espada não passam de palavras (...) À multidão assim unida numa só pessoa se 
chama Estado, em latim civitas. É esta a geração daquele grande Leviatã, ou melhor (para falar em termos mais 
reverentes), daquele Deus Mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa. Pois graças a esta 
autoridade que lhe é dada por cada indivíduo no Estado, é-lhe conferido o uso de tamanho poder e força que o terror 
assim inspirado o torna capaz de conformar as vontades de todos eles, no sentido da paz em seu próprio país, e da 
ajuda mútua contra os inimigos estrangeiros” (Hobbes) 
 
 
b) John Locke(1632-1704): inspirador da “Revolução Gloriosa”, que estabeleceu a monarquia 
moderada na Inglaterra (1688-89). Para Locke, o estado de natureza é pacífico, com os homens 
gozando dos direitos naturais à vida, à liberdade e aos bens. O contrato social serve para a 
proteção desses direitos e o consentimento é a base da autoridade. O Estado, formado com base 
no contrato, tem poder limitado e baixo grau de intervenção na vida social (individualismo liberal). 
Caso o governo não cumpra o dever de proteger os direitos naturais, o povo possui direito à 
rebelião. Influiu na independência dos EUA. Obra básica: Segundo tratado sobre o governo. 
 
“O poder político é o que cada homem possuía no estado de natureza e cedeu às mãos da sociedade e dessa maneira 
aos governantes, que a sociedade instalou sobre si mesma, com o encargo expresso ou tácito de que seja empregado 
para o bem e para a preservação de sua propriedade (...) Esse poder tem origem somente no pacto, acordo e 
assentimento mútuo dos que compõem a comunidade (...) Digo que empregar a força sobre o povo, sem autoridade e 
contrariamente ao encargo contratado, a quem assim procede, constitui estado de guerra com o povo, que tem o 
direito de restabelecer o poder legislativo ao exercício de seus poderes”(Locke) 
 
 
c) Barão de Montesquieu (1689-1755). Filósofo francês que elaborou a teoria da separação de 
poderes como forma de garantir a liberdade. Para ele, o estado de natureza era pacífico. Os seres 
humanos se aproximam pelo medo e pela atração mútua. O estado de guerra começa depois do 
surgimento da sociedade, surgindo a necessidade do estabelecimento, por acordo, das leis e do 
Estado, que devem ser organizados de forma apropriada para cada sociedade, pois as leis são as 
“relações necessárias que derivam da natureza das coisas”. Influência no constitucionalismo. 
Obra: O espírito das leis. 
 
“O homem, no estado natural (...) pensaria na conservação do seu ser (...) Semelhante não sentiria a princípio senão 
a sua fraqueza; sua timidez seria extrema (...) Nesse estado, cada qual sente-se inferior; mal percebe a igualdade. 
Nem procurariam pois atacar-se, e a paz seria a primeira lei natural (...) Mas as demonstrações de um temor 
recíproco fá-los-iam logo aproximar-se. Seriam levados talvez pelo prazer que sente um animal à aproximação de 
outro da sua espécie (...) Os homens, tão logo se acham em sociedade, perdem o sentimento de fraqueza; a igualdade, 
que existia entre eles, cessa; e o estado de guerra começa (...) Esses dois tipos de estado de guerra [de nação contra 
nação e indivíduo contra indivíduo] fazem estabelecer as leis entre os homens (...) O governo mais conforme à 
natureza, deve admitir-se, é aquele cuja disposição particular melhor corresponde à disposição do povo para o qual é 
estabelecido” (Montesquieu) 
 
 
d) Jean Jacques Rousseau (1712-1778) - Segundo Rousseau , no estado de natureza o homem 
era por natureza bom, livre e igual a seus semelhantes. A humanidade é nômade, os homens 
vivem dispersos pelos campos. Num dado momento, um homem cerca um pedaço de terra e diz: 
“isso é meu”. Deixa de ser nômade passando a ser sedentário. Então Rousseau diz: “Começou a 
tragédia humana!” porque a sociedade corrompe o homem. Essa corrupção levaria a sociedade 
ao caos e à desordem. Para terminar com o caos existente fez-se o Contrato Social. Obra: Do 
Contrato Social 
 
"O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou -se de dizer 'isto é 
meu' e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e 
horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a 
seus semelhantes: 'Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e 
que a terra não pertence a ninguém.'( Rousseau) 
 
 
2. Formação Derivada: é aquela em que o Estado surge de outros preexistentes, um Estado 
que surge de outro Estado. As causas da formação derivada se dividem em dois processos: 
típicos e atípicos. 
 
- Processos típicos: são aqueles que se repetem na história, ou seja, que ocorrem várias vezes. 
Eles se dividem em dois grupos: união e fracionamento. 
 
• União: ocorre quando dois ou mais Estados se unem formando um ovo Estado. 
Exemplos: 
EUA: ficaram independentes da Inglaterra em 1776, quando as 13 colônias se tornaram Estados 
independentes. Depois de 11 anos elas se unem e passam a formar os Estados Unidos da América, 
a partir de 1787, quando é proclamada a constituição. 
 
Alemanha: unificada em 1870 na guerra franco-prussiana por Otto Von Bismark, resultante da fusão 
de vários reinos e ducados. 
 
Itália: surgiu também em 1870, resultante da sua unificação feita por Garibaldi e pelo Reino de 
Savóia, representado pelo Conde de Cavour. 
 
Ex-URSS: formada no período de 1917 a 1945, quando 15 repúblicas se uniram. Atualmente, 11 
dessas repúblicas integram a Comunidade de estados Independentes. 
 
Ex-Iugoslávia: 6 repúblicas compunham a ex-Iugoslávia, que depois tornou-se uma federação 
comunista em 1948. 
 
• Fracionamento: ocorre quando um Estado se divide, dando origem a novos Estados 
 
O fracionamento pode ser por: 
 
A - Independência: quando um Estado surge a partir do final de um império colonial. 
 
Exemplos: 
América 
- toda a América surgiu por independência: o Brasil, Peru, México, Paraguai, Equador, Canadá, etc. 
África 
- África (Inglesa) – quebra do império colonial. Quênia, Zâmbia, Nigéria, Tanzânia, etc. 
- África Ocidental Francesa: Argélia, Tunísia, Senegal, etc. 
- África Portuguesa: Cabo Verde, Moçambique, Angola, Guiné Bissau 
- África Holandesa – África do Sul 
- África Italiana: Etiópia, Líbia, Somália, Eritréia 
- África Belga: Zaire 
 
Ásia e Oceania: 
Espanha – Filipinas 
Holanda – Indonésia 
Inglaterra – Austrália, Nova Zelândia 
 
 Na independência perde-se o império colonial, mas o Estado “matriz” continua intacto em 
termos territoriais. Quando o Brasil se tornou independente de Portugal, nada ocorreu com o 
território Português na Europa. 
 
 
B- Separatismo: ocorre quando um Estado se divide e surgem novos Estados da destruição do 
anterior. Ou o Estado desaparece ou perde parte de seu território. 
 
Exemplos: Rússia, Ucrânia, Letônia, Estônia, Lituânia, Armênia, Moldavia, Casaquistão, 
Usbequistão, Turquemenistão, Geórgia, Bielo Rússia, da destruição da União Soviética. 
- República Tcheca e República Eslovaca. 
 
 
Movimentos separatistas: quando há um movimento para separar uma determinada região de um 
Estado. 
 
Exemplos: 
 
1) Canadá – movimento do Quebec 
- a parte francesa quer se separar da parte inglesa. É um movimento forte, mas pacífico, via eleitoral. 
 
2) Irlanda do Norte – IRA (Exército Republicano Irlandês)- quer separar a Irlanda do Norte do Reino Unido. É um movimento terrorista e forte. 
 
3) Espanha – ETA (Pátria Basca e Liberdade) 
- País Basco, região nordeste da Espanha, fronteira com a França. É um movimento terrorista, 
como o IRA. 
 
4) Chechênia – é uma parte da federação Russa, localizada na região Cáucaso. Movimento 
guerrilheiro e terrorista. 
 
5) OLP – Palestina. Foi feito de um acordo onde parte do território da Palestina já está consolidado 
como Estado. É considerada entre o separatismo e o movimento separatista. 
 
6) Liga Lombardia, Aliança Norte na Itália. Na região norte da Itália, nas regiões da Lombardia, 
Vêneto, Piemonte, Friuli Venezia Giulia e Ligúria existe um forte movimento separatista, pacífico, 
que pretende a separação dessas regiões da Itália ou o federalismo. Atualmente está inclinada para 
o federalismo. 
 
7) Movimento separatista curdo, povo que vive nos territórios da Turquia e Iraque e que pretende a 
criação do Estado do Curdistão nessa região. Movimento terrorista e revolucionário. 
 
8) Kosovo – Movimento guerrilheiro que pretendia separar essa província de maioria albanesa da 
Iugoslávia, em razão da tirania Sérvia. Depois da guerra de 1999 e a invasão das tropas Europeias, 
esse movimento desaparece. 
 
 
- Processos atípicos: são aqueles cuja causa ocorreu uma única vez na história, portanto não 
se repetem. 
 
São quatro os casos de processos atípicos: 
 
1) Ex-RDA (República Democrática Alemã) e RFA (República Federal da Alemanha), de 1948 a 
1989. 
- Considerado atípico porque foi contra os interesses da nação alemã 
- Muro de Berlim / Berlim dividida entre ex-URSS e EUA. 
 
2) Israel – 1948 
- Foi o único Estado criado pela ONU. O brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a sessão de 
criação deste Estado, e como houve empate, deu seu voto de Minerva a favor da criação do 
Estado de Israel. 
 
3)Vaticano – 1929 
- Sete anos após as negociações entre a Igreja Católica e o Estado Italiano, surge o Estado 
Vaticano, com o Tratado de Latrão. Foi uma concordata entre o Estado Italiano e a Igreja, 
assinada em 1929 pelo Papa Pio XI e Mussolini. O Estado do Vaticano é o único Estado que 
fica dentro de uma cidade, Roma. 
 
4) Coréia do Norte e do Sul – 1945 
- Contra vontade da Coréia e por militarização de fora. 
- Durante a 2ª Guerra, a Coréia ficou militarizada pelo Japão. Terminada a guerra, os EUA 
protegeram a parte sul, e a ex-URSS a parte norte, dividindo a Coréia em dois Estados. 
 
 
Evolução Histórica do Estado 
 
1) Estado do Oriente, Antigo ou Teocrático. 
 
 Os Estados Teocráticos surgiram no Oriente Médio. O aparecimento desses Estados varia 
de lugar para lugar, oscilando entre 5000a.C. e 2500a.C. 
 Ao mesmo tempo em que surge a civilização surge o Estado Teocrático. Há o aparecimento 
dos primeiros documentos escritos. 
 Teocracia significa o governo de Deus. Estados Teocráticos são aqueles em que o chefe 
religioso e o chefe de Estado são a mesma pessoa, o governante e o sacerdote se unem, onde não 
há separação entre política e religião, sendo que a religião domina toda a vida social. O governante 
é um enviado de Deus ou é um Deus (como ocorria com os faraós do Egito), sendo que este e o 
sacerdote são a mesma pessoa. 
 
Exemplos: Pérsia, Egito, Comeria e Assíria, Babilônia, Fenícia, Estado Hebreu (3700a.C) 
 
Características dos Estados Teocráticos: 
- Sistema político predominantemente monárquico (reis, imperadores, faraós). 
- Economia era basicamente agrícola e comercial) 
- Estado com forte poder centralizado 
 
2) Estado Grego ou Cidades-Estado 
 
 Cidades-Estado são aquelas em que todo Estado está inserido dentro dos limites de uma 
cidade. 
 Houve cidades-Estado na Grécia e no sul da Itália (Magna Grécia). Surgiram próximo ao ano 
1000a.C., e tiveram seu apogeu e fim por volta de 370 a.C. 
 Essas cidades gregas chamavam-se polis. 
Principais pólis na Grécia: Atenas, Esparta, Corinto, Tebas, Mileto, Samos, Éfeso. 
 
Características das Cidades-Estado: 
 
- Autonomia ou independência de uma cidade com relação às outras. Cada cidade é um 
Estado, e estes são autônomos, independentes uns dos outros, e portanto há a 
descentralização política. 
- Nas cidades gregas o Estado é laico, ou seja, não é teocrático, não possui religião oficial. Os 
gregos, pela primeira vez na história, separam política da religião. 
- A cidade-estado grega Atenas é conhecida como berço da razão. 
- A Grécia é o primeiro lugar na história da humanidade onde a explicação dos fenômenos não 
é feita através de Deus, mas é buscada na própria natureza do fenômeno. É a explicação 
dos fenômenos por eles mesmos, através da racionalidade (razão). 
- Sistema de governo conhecido como democracia, que significa “governo do povo”. 
- Democracia ateniense – democracia direta, ou seja, os cidadãos decidem diretamente na 
praça pública, nas assembleias os destinos da vida política ateniense. 
- Os cidadãos que não participavam da vida pública eram mal vistos pela sociedade. 
- Em Atenas, participavam os cidadãos, homens maiores de 30 anos e nascidos em Atenas. 
As mulheres, os menores, os estrangeiros e escravos não participavam. 
- As cidades-estado, enquanto Estados autônomos desaparecem quando foram invadidas 
pelos macedônios. 
3) Estado-Império ou Estado Romano 
 
 Foi um dos maiores Estados em dimensão territorial que a história da humanidade já 
conheceu. 
 A época do surgimento da cidade de Roma (753 a.C, segundo a tradição) não é a mesma do 
surgimento do Império. A palavra latim para designar cidade é civitas. A palavra “civilização” deriva 
de civitas. A civilização começa quando surgem as cidades. 
 A primeira forma de governo em Roma foi a realeza (monarquia). Esta realeza, de origem 
romana, durou até 612 a.C. quando Roma foi invadida pelos etruscos. Foram sete os reis de Roma. 
O último rei, que era etrusco, foi Tarquínio, o Soberbo. Descontentes com o absolutismo dos reis 
etruscos, os aristocratas proclamaram a República em 509 a.C. O pretexto foi o ultraje feito por 
Sexto, filho do rei Tarquínio, a Lucrécia, esposa de Colatino. 
 Antes da invasão dos etruscos Roma era uma comunidade, depois desta invasão passou a 
ser uma sociedade. A república surge com a saída dos etruscos. Na República, o Senado Romano 
(Câmara de Idosos) passa a ser o órgão dirigente em substituição ao rei. 
Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado em um grande 
império. 
 
Características do Senado Romano 
 
- era vitalício, o senador só deixava o cargo quando morria. 
- os senadores eram escolhidos entre os nobres ou patrícios. 
- na República Romana, o senado era o que chamamos de Poder Executivo, além de 
Legislativo. 
 
A Ditadura Romana 
 
 Quando havia um abalo da ordem pública nos limites da dominação romana ou na cidade de 
Roma, a lei estabelecia que se nomeasse um cônsul ou general com poderes extraordinários, 
conferidos pela ditadura, para sufocar a rebelião. Terminada esta, acabava os poderes de ditador e 
se voltava ao status quo anterior. A ditadura era um instituto jurídico que correspondia ao estado de 
sítio na nossa constituição. 
 
A Política Romana na época republicana 
 
Concórdia Romana: em uma determinada sociedade existem pontos de vista sobre os quais não se 
pode discordar, ou seja, todos têm que estar de acordo, podendo no restante haver discordância. 
 Pontos essenciais com os quais não se podia discordar em Roma: 
- todos estavam de acordo que o Senado era o órgão máximo de governo da República e a 
“Liberta” - a liberdade dos romanos - que significa que cada romano deveria ser governado por leis 
e não por homens (como no caso da realeza). 
 Por várias razões, a concórdia vai desaparecer quando aumenta o poderio militar e político 
de Roma. Para solucionar a crise interna na cidade, será criado o Tribunato da Plebe, uma 
representação dos plebeus junto ao Senado. 
 O Tribuno da Plebe não poderia propor normas ao Senado, mas poderia vetar qualquernorma por ele elaborada, o que lhe conferia um alto poder. 
A crise da República Romana teve início quando o senado romano passou a ter seu poder 
desafiado pelo poderio militar de alguns generais. 
Com o desaparecimento da Concórdia cresce as lutas sociais e as guerras civis. No século I a.C., 
o Senado vai se julgar incapaz de controlar as crises políticas e sociais e ocorre uma grande 
disputa entre generais e políticos que lutavam contra os rebeles, guerras civis e revoltas 
populares; movimentos separatistas e insurreições de escravos. Podemos salientar também, que 
a estrutura política da República era inadequada ao Império. 
 
 Da luta de três deles, Caio Júlio César, Pompeu e Crasso vai surgir a primeira ditadura 
vitalícia que Roma conheceu, a de Júlio César. 
 
Com a morte de Júlio César, assassinado por uma conspiração, o Senado se reúne e convoca três 
personalidades políticas para governar, Otávio, Marco Antonio e Lépido. 
Marco Antonio vai para o Egito, Lépido é morto em batalha e Otávio fica sozinho para assumir o 
poder e é intitulado Augusto. Esta época, séc. I a.C., ano 27 a.C., foi o apogeu de Roma e o começo 
do Estado-Império. 
 Os 12 primeiros Césares, cujas biografias são narradas por Suetônio: 
 
1º Caio Júlio César 7º Galba 
2º Augusto 8º Otão 
3º Tibério 9º Vitélio 
4º Calígula 10º Vespasiano 
5º Cláudio 11º Tito 
6º Nero 12º Domiciano 
 
Principais características do Estado-Império: 
 
- Domínio de grande extensão territorial e predominância da vida urbana sobre a rural (a cidade de 
Roma, em seu apogeu, contava com 1,5 milhão de habitantes.) e grande atividade comercial. 
 
- O Império Romano teve a maior extensão territorial que a história da humanidade conheceu, 
Império significa domínio, neste caso, sobre grande extensão territorial. 
 
- Centralização política. Embora o Império fosse dividido por razões administrativas, prevalecia 
sempre a vontade do imperador nas questões que ele pudesse resolver. 
 
- A maior parte da população vivia na cidade, o que conferia uma grande centralização de poder na 
pessoa do imperador, já que vivia em Roma. A partir do Império é que o Senado assume a função 
que tem hoje, que é somente legislar. 
 
- Os romanos eram admiradores da lei e da ordem, daí a superioridade militar que tiveram e a grande 
contribuição que deram à humanidade no campo jurídico. 
 
Direito civil: IUS CIVILE para quem era cidadão romano. 
 IUS GENTIUM para quem não era cidadão romano, estrangeiro. 
 
 Havia uma força (exército romano) que fazia com que se cumprissem as leis. Roma possuía 
grande atividade militar. 
 
Principais causas da decadência ou desaparecimento do Estado-Império: 
 
- Dificuldades de conceber a ideia de Nação, dificuldade de incorporar os povos dominados, que 
eram tratados como estrangeiros, apesar da tentativa feita pelo imperador Caracala. Através do 
Edito de Caracala, de 212 d.C., foi concedida naturalização a todos os povos do Império, medida 
tardia que não resolveu o problema da desintegração do Império. 
- Considerando o crescente número de cristãos, o imperador Constantino adotou medidas que 
assegurassem a liberdade religiosa no Império. Com o Edito de Milão, de 313 d.C., o Cristianismo 
(perseguido durante muito tempo), passou a poder expressar-se livremente, o que fez com que a 
noção de superioridade dos romanos viesse a decair. Sob Teodósio I, o Grande, o Cristianismo 
tornou-se religião oficial do Império. 
- Grande número de estrangeiros ingressou no exército, não possuíam a disciplina dos romanos, 
quando chegaram aos postos de comando, o exército começou a conhecer derrotas. Essas derrotas 
acabaram por influenciar a economia, pois os escravos eram feitos prisioneiros de guerra e as 
derrotas militares significavam menor número de escravos e, conseqüentemente, menor produção. 
- A medida que o exército romano foi enfraquecendo, os germânicos (bárbaros) foram penetrando 
o território romano, até que em 476 d.C. um bárbaro chamado Odoacro entrou em Roma e destituiu 
o último imperador romano, Rômulo Augusto, tomando o poder para si. 
 
4) Estado Medieval ou Feudal 
 
 O nome “Estado Medieval” vem da chamada Idade Média, que durou do século V ao XV. Esta 
se divide em Alta Idade Média (período do século V ao X) e Baixa Idade Média (período do século 
XI ao XV). Do ponto de vista cronológico costuma-se indicar o começo da Idade Média em 476 d.C. 
(queda de Roma), estendendo-se até 1453 (queda de Constantinopla). 
 
Principais características do Estado Medieval: 
 
 Íntima relação entre propriedade da terra e poder político, o que levou a um período de 
descentralização política. Predominância da vida rural sobre a vida urbana, baseada na unidade 
agrícola conhecida como feudo e a presença de pequenas vilas chamadas burgos. 
- a economia era agrícola 
- o feudo era a unidade agrícola da época 
- os senhores feudais eram de origem germânica e cada um deles tinha seu próprio exército 
- Germanização do continente europeu, presença do estilo germânico durante este período. 
- Grande influência da Igreja Católica. A Igreja é a maior força espiritual desse período. 
 
Principais causas do desaparecimento do Estado Medieval: 
- Movimento das Cruzadas ou Guerra Santa, que buscavam retomar a cidade de Jerusalém do 
domínio árabe. 
- Reativação do comércio e das rotas comerciais. 
- Aumento de intensidade da vida urbana em razão do comércio, crescimento das cidades e 
tendência à centralização do poder. 
 
5) Estado Moderno 
 
O Estado Absolutista 
 
 Como primeiro formato de Estado moderno deve-se destacar o absolutismo, surgido em um 
período de confronto entre nobreza e clero – de um lado – e burguesia – de outro . 
Durante a Idade Média, o poder político era controlado pelos diversos senhores a feudais, que 
geralmente se submeteram ao imperador do Sacro Império e do Papa. Não haviam estados 
nacionais centralizados. A princípio a burguesia tentou estabelecer acordos políticos com os 
monarcas, que aproveitaram a disputa entre as camadas sociais para aumentar seu poder político. 
As crises no final do período provocaram a dissolução do sistema feudal e prepararam o caminho 
para a implantação do capitalismo. 
A terra deixou de ser a única fonte de riqueza. O comércio se expandia trazendo grandes 
transformações econômicas e sociais. Alguns servos acumulavam recursos econômicos e 
libertavam-se dos senhores feudais e migravam para as cidades. Em algumas regiões afastadas 
senhores feudais ainda exploravam seus servos A consequência desses maltrato foi a revoltas 
dos camponeses. A expansão do comércio contribuiu para desorganização do sistema feudal, e a 
burguesia , que era a classe ligada ao comercio,tornou-se cada vez mais rica e poderosa e 
consciente que a sociedade precisa de uma nova organização política. 
Para a classe da burguesia continuasse progredindo, necessitava de um governos estáveis e de 
uma sociedade ordeira. 
• Acabar com as constantes guerras e intermináveis guerras entre os membros da antiga 
nobreza feudal. Eram guerras fúteis que prejudicavam muito o comércio. 
• Diminuir a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos vários senhores 
feudais. 
• Reduzir o grande número de moedas regionais, que atrapalhava os negócios. 
 
O absolutismo teve em Thomas Hobbes (1588-1679) seu representante, cuja teoria procurava as 
origens do Estado e sua finalidade. Hobbes defendia um Estado soberano com representação 
máxima de uma sociedade civilizada e racional. A explicação era simples: Em estado natural os 
homens viveriam em igualdade, segundo seus instintos. O egoísmo, a ambição e a crueldade, 
próprios de cada um, gerariam uma luta sem fim e tornariam difícil a vida em sociedade, levando-
os a destruição. Somente o Estado - poder acima das individualidades – garantiria segurança a 
todos. Quanto mais soberano ele fosse, mais humanos e racionais seriam os homens em sociedade. 
Ao Estado nunca interessou afastar a Igrejada vida política, pois o melhor seria submetê-la ao seu 
poderio e conservar sua função religiosa, que beneficiava o próprio Estado. 
Importante setor da burguesia e de uma nobreza progressista passou a contribuir para o 
fortalecimento da autoridade dos reis. O objetivo era a construção das MONARQUIAS NACIONAIS 
capaz de investir no desenvolvimento do comercio, na melhoria dos transportes e na segurança das 
comunicações. 
Com a formação moderna, diversos reis passaram a exercer autoridade nos mais variados setores: 
organizavam os exércitos, que ficavam sobre o seu comando, distribuíam a justiça entre seus 
súditos, decretavam leis e arrecadavam tributos. Todo essa concentração de poder passou a ser 
denominado absolutismo monárquico. 
 
Monarquia Tradicional – é o estado onde os reis governam enfrentando inúmeras resistências dos 
poderes locais, sejam elas dos nobres ou senhores feudais, da burguesia, ou da Igreja. É o Estado 
que se mantém através do equilíbrio destas forças. 
 A Monarquia tradicional foi a primeira forma de Estado-Nação dos séculos XII ao XVII. 
Surgem quando os feudos se uniram e entregaram o poder a um senhor feudal de maior poderio, 
que se tornará rei – o governo do rei sofre pressões de todos os outros poderes 
 
Monarquia Absoluta, Estado Absolutista ou Absolutismo Monárquico: é o Estado em que o monarca 
tende destruir todos os poderes locais (dos senhores feudais, Igreja) e governa de forma absoluta 
sem enfrentar resistências. É o momento em que o rei vai destruir o equilíbrio instituído n a Idade 
Média, destruindo os poderes que restringiam sua atuação, mas ao mesmo tempo mantinham a 
monarquia tradicional. Neste sentido o Absolutismo é a destruição da Monarquia Tradicional. Isto 
será conseguido, em grande medida, cooptando todos os expoentes dos poderes locais e 
oferecendo-lhes cargos na burocracia do Estado. Esta é uma das principais causas da grande 
burocracia dos Estados atuais. 
Exemplos: França , Portugal, Espanha, etc. 
 
Monarquia Constitucional ou Monarquia Parlamentar: Dá-se quando o monarca enfrentando as 
resistências dos poderes locais, se vê obrigado a pactuar normas que regulamentem o exercício do 
seu próprio poder. Tais normas que visavam limitar seu poder passam a ser conhecidas como 
“constituições”. Na “Monarquia Constitucional” o rei governa de acordo com uma constituição. Além 
da constituição, surgem câmaras ou parlamentos, que são a expressão do poder local no poder 
central ou junto ao rei, daí o fato de a monarquia, neste caso, ser também conhecida como 
“Monarquia Parlamentar”. A Inglaterra foi a primeira Monarquia Constitucional (1688) 
 
 
 
O Estado Absolutista. 
 
 Como primeiro formato de Estado moderno deve-se destacar o absolutismo, surgido em um 
período de confronto entre nobreza e clero – de um lado – e burguesia – de outro - A princípio a 
burguesia tentou estabelecer acordos políticos com os monarcas, que aproveitaram a disputa entre 
as camadas sociais para aumentar seu poder político. Surgiu um novo tipo de Estado, apoiado 
pela burguesia, que se estendeu por vastos territórios e centralizou as decisões políticas. 
 O absolutismo teve em Thomas Hobbes (1588-1679) seu representante, cuja teoria procurava 
as origens do Estado e sua finalidade. Hobbes defendia um Estado soberano com representação 
máxima de uma sociedade civilizada e racional. A explicação era simples: Em estado natural os 
homens viveriam em igualdade, segundo seus instintos. O egoísmo, a ambição e a crueldade, 
próprios de cada um, gerariam uma luta sem fim e tornariam difícil a vida em sociedade, levando-
os a destruição. Somente o Estado - poder acima das individualidades – garantiria segurança a 
todos. Quanto mais soberano ele fosse, mais humanos e racionais seriam os homens em 
sociedade. 
 Ao Estado nunca interessou afastar a Igreja da vida política, pois o melhor seria submetê-la ao 
seu poderio e conservar sua função religiosa, que beneficiava o próprio Estado. 
 No absolutismo surge a separação entre a pessoa do monarca e o poder político do Estado. 
Os monarcas defendiam medidas econômicas e políticas em nome do interesse geral e não de 
acordo com interesses próprios. Começava-se a estabelecer o que era público e o que era privado. 
O bem público é um bem de todos, mas essa distinção entre o que é publico e o que é privado é 
produto da época atual, com inicio no Estado Absolutista. 
 No Absolutismo o poder político centralizou-se no interior do domínio nacional (ou territorial) e 
os parlamentos que surgiram nesse Estado funcionavam como órgãos consultivos, pois não eram 
permanentes e não tinham força perante o rei. 
 
 
Monarquia Tradicional – é o estado onde os reis governam enfrentando inúmeras resistências dos 
poderes locais, sejam elas dos nobres ou senhores feudais, da burguesia, ou da Igreja. É o Estado 
que se mantém através do equilíbrio destas forças. 
 A Monarquia tradicional foi a primeira forma de Estado-Nação dos séculos XII ao XVII. 
Surgem quando os feudos se uniram e entregaram o poder a um senhor feudal de maior poderio, 
que se tornará rei – o governo do rei sofre pressões de todos os outros poderes 
 
Monarquia Absoluta, Estado Absolutista ou Absolutismo Monárquico: é o Estado em que o monarca 
tende destruir todos os poderes locais (dos senhores feudais, Igreja) e governa de forma absoluta 
sem enfrentar resistências. É o momento em que o rei vai destruir o equilíbrio instituído na Idade 
Média, destruindo os poderes que restringiam sua atuação, mas ao mesmo tempo mantinham a 
monarquia tradicional. Neste sentido o Absolutismo é a destruição da Monarquia Tradicional. Isto 
será conseguido, em grande medida, cooptando todos os expoentes dos poderes locais e 
oferecendo-lhes cargos na burocracia do Estado. Esta é uma das principais causas da grande 
burocracia dos Estados atuais. 
Exemplos: França , Portugal, Espanha, etc. 
 
Monarquia Constitucional – Dá-se quando o monarca enfrentando as resistências dos poderes 
locais, se vê obrigado a pactuar normas que regulamentem o exercício do seu próprio poder. Tais 
normas que visavam limitar seu poder passam a ser conhecidas como “constituições”. Na 
“Monarquia Constitucional” o rei governa de acordo com uma constituição. Além da constituição, 
surgem câmaras ou parlamentos, que são a expressão do poder local no poder central ou junto ao 
rei, daí o fato de a monarquia, neste caso, ser também conhecida como “Monarquia Parlamentar”. 
A Inglaterra foi a primeira Monarquia Constitucional. 
 
 
O Estado Liberal. 
 
A população europeia do século VI a 1800 se manteve em torno de 180 milhões de 
habitantes. De 1801 a 1914 a população aumentou para 460 milhões de habitantes, dando como 
resultante a sociedade de massas. 
A sociedade de massas vai gerar duas revoluções importantes (Revolução Americana, em 
1776 e Revolução Francesa, em 1789) que vão propiciar o surgimento do Estado Liberal 
Democrático. 
A burguesia assumiu o governo, instituiu o mercado livre e fez da sociedade civil o seu 
sinônimo. Era necessária maior nitidez entre o que era público e o que era privado. 
Estado Liberal mostra-se como a representação desta separação, como símbolo do que é público 
e protetor do que é privado. 
No século XVIII, a burguesia liberal recusava qualquer intervenção do Estado na economia e 
começou a difundir a ideia de que as restrições às atitudes estatais seriam benéficas para a 
economia geral. 
O Estado, para os liberais, seria necessário para intervir em assuntos que incomodassem a 
burguesia, como para reprimir reivindicações da classe operária. 
A burguesia reivindicava ampla liberdade na economia, restringindo – mas não tirando – o 
poder do Estado. 
Para implantar o liberalismo econômico, a burguesia baseou-se na teoria formulada por Adam 
Smith (1723-1790) na obra “A riqueza das nações”, na qual este afirma que existe uma lógica 
interna, uma razão na produção das mercadorias em que a interferência de um elemento externoseria dispensável. 
 De acordo com essa teoria, a sociedade se civilizaria ao incorporar valores que defendiam a 
liberdade de mercado e garantiam igualdade a todos – compradores e vendedores -. 
Se as condições para a liberdade e a igualdade entre os indivíduos estavam dadas sociedade civil, 
o Estado deveria proteger esta situação – teoria da “mão-invisível”. John Locke (1632-1704), na 
obra “Segundo tratado sobre o governo”, dá ao Estado a imagem de um vigia noturno. 
 O Estado, segundo os liberais, deve proteger os indivíduos contra situações que possam 
subverter seus direitos inalienáveis: liberdade, igualdade, vida e propriedade. 
 O homem, dotado de racionalidade tornara-se o dono do próprio destino e assim as 
transformações burguesas exigiam a participação da maioria da população. 
 
 
O Estado Liberal-Democrático. 
 
As sociedades capitalistas, movidas pela burguesia revolucionaria, criaram o Estado Liberal 
Democrático, que entrou em prática em locais onde a burguesia se chocou com a nobreza e buscou 
apoio entre os operários e camponeses. 
 O Estado Liberal Democrático é aquele em que o Estado procura equilibrar os valores de 
liberdade e igualdade, procurando dar ênfase à primeira. Estes dois valores são antagônicos na 
medida em que quanto maior a liberdade menor a igualdade. A medida em que se aumenta a 
liberdade, cada vez mais os homens se mostram diferentes uns dos outros. 
 
Características do Estado Liberal Democrático: 
 
- o povo governa através de seus representantes. Nesse Estado o soberano não é o rei e sim o 
povo. 
- a adoção do sufrágio universal (voto) para escolha de seus representantes. 
- o surgimento da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Código Napoleônico) 
- o Estado busca preservar as liberdades, como exemplo, a liberdade de imprensa, organização 
partidária, sindical, atividade econômica, de mercado.É a proposta do Estado mínimo. 
 
 O Estado Liberal Democrático tinha como objetivo ser um Estado com muita liberdade e 
bastante estabilidade. Ocorre que a extrema liberdade no campo econômico fez com que houvesse 
a superprodução, a crise financeira e a quebra da bolsa de Nova York em 1929. Após a crise de 
1929 (quebra da economia americana) surge uma nova proposta de Estado: o Estado do Bem-Estar 
Social (Welfare State) 
 
 
Estado do Bem-Estar Social ou Estado Social 
 
O Estado do Bem-estar também é conhecido por sua denominação em inglês,Welfare State. Os 
termos servem basicamente para designar o Estado assistencial que garante padrões mínimos de 
educação, saúde, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos.O "Welfare state" teve a 
origem no pensamento keynesiano e surgiu como resposta para o que se vivia na Europa, se desenvolveu 
principalmente por lá. Os termos servem basicamente para designar o Estado assistencial que garante 
padrões mínimos de educação, saúde, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos. 
É o Estado que procura manter as liberdades que o Estado Liberal Democrático garantia. Entretanto, 
no conflito entre valores liberdade e igualdade, procura sacrificar algumas liberdades em favor da 
igualdade, como acontece, por exemplo, no campo econômico, dão o nome Estado do Bem-Estar 
Social. 
 A diferença básica entre os dois Estados é que o primeiro quer menos Estado e o máximo de 
liberdade, e o segundo sacrifica algumas liberdades em nome de um Estado que promova o bem-
estar social. 
O Estado do Bem-estar, tal como foi definido, surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Seu 
desenvolvimento está intimamente relacionado ao processo de industrialização e os problemas 
sociais gerados a partir dele. A Grã-Bretanha foi o país que se destacou na construção do Estado 
de Bem-estar com a aprovação, em 1942, de uma série de providências nas áreas da saúde e 
escolarização. Nas décadas seguintes, outros países seguiriam essa direção. 
 
ACaracterísticas do Estado do Bem-Estar Social 
- presença de um alto déficit público ou dívida interna 
- alta carga tributária, grande volume de impostos, que se pretende sejam aplicados no social 
(aposentadoria, licença gestante, ect). 
- diminuição da liberdade econômica, com o aumento progressivo da presença do Estado na 
economia (planos econômicos). 
 
 
Estados Totalitários 
 
Estado Totalitário ou Total é o estado que absorve a sociedade civil (tudo aquilo que a 
sociedade criou de organizado). É aquele que não permite nenhuma manifestação de caráter 
público que não seja autorizada pelo Estado. Tudo pelo estado, nada fora dele. É, portanto um 
Estado que não permite as liberdades públicas, só permite aquelas que não contrariem seus 
próprios interesses. 
 
Estado Fascista na Itália (1922-25 a 1945) 
Características: 
- movimento nacionalista, anti-comunista e anti-liberal 
- amplo movimento de massas ou movimento popular. 
- não é permitida oposição, restrições as liberdades públicas. 
- sistema de partido único (Partido Nacional Fascista – PNF) 
- expansionismo militar 
- corporativismo econômico 
- abolido direito de greve e qualquer expressão da luta de classes 
 
Estado Nacional Socialista ou Nazista na Alemanha (1933 a 1945) 
Características: 
- movimento nacionalista (pan-germânico), anti-comunista e anti-liberal. 
- amplo movimento de massas ou movimento popular. 
- sistema de partido único (Partido Nacional Socialista do Trabalhador Alemão – NSDAP) 
- expansionismo militar 
- Supressão total das liberdades públicas - GESTAPO (Polícia Secreta do Estado) 
- Intensivo uso da propaganda. Criação do Ministério da Propaganda. 
- Idolatria do Führer (líder), no caso Hitler. O líder jamais poderia ser questionado, ou seja, ele é 
infalível e será sempre o último a decidir nas questões mais importantes. 
- Anti-semitismo – os nacional-socialista eram anti-semitas porque entendiam que os judeus 
formavam uma nação dentro da nação alemã e isto não era permitido, daí a perseguição aos judeus. 
- doutrina de superioridade da raça ariana ou racismo 
 
Estado Comunista ou Socialista da URSS 
Características: 
- sistema de partido único (Partido Comunista da União Soviética) 
- supressão total das liberdades públicas, inclusive religiosa, já que o Estado Comunista de auto-
intitulava ateu, do direito de ir e vir, com a adoção do passaporte interno. 
- uso intensivo da propaganda. 
- tomada do poder pela via revolucionária e adoção da Teoria Marxista. 
- na economia, supressão total da propriedade privada, dos meios de produção e distribuição, o que 
significava a estatização da economia. 
 
Demais Estados Comunistas ou Socialistas: 
- os que fizeram revolução: China (Mão Tse-Tung –1949), Cuba (Fidel Castro – 1960), Iugoslávia 
(Marechal Tito 1945/48), Albânia (1948), Angola (1975), Moçambique (1975), Vietnã (década de 
60). 
- os que não fizeram revolução, tornaram-se comunistas por razões militares a partir de 1945: Leste 
Europeu (Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Alemanha Oriental, Romênia, Bulgária); no Oriente, a 
Coréia do Norte. 
 
Referência Bibliográfica 
Teoria Geral do Estado 
Sahid Maluf 
Ed. Saraiva 
 
Elementos da Teoria Geral do Estado 
Dalmo de Abreu Dallari 
Editora Saraiva

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