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Profa. Dra. Fernanda Simoni Schuch INTEMPERISMO E SOLOS CLIMA E INTEMPERISMO Intemperismo: É o conjunto dos processos químicos, físicos e biológicos que ocasionam a decomposição e desintegração das rochas. CLIMA E INTEMPERISMO O clima é o fator predominante sobre o intemperismo. Sob a influência da Lua, do Sol, das marés, de correntes marinhas, ações de vulcanismo e quantidade de CO2 na atmosfera há variações climáticas ano após ano. O comportamento médio do clima numa região é determinado após um período de 30 a 40 anos de observações. CLIMA E INTEMPERISMO Assim, divide-se a Terra em zonas climáticas que coincidem (até certo ponto) com os tipos de solos e vegetação: Clima Tropical: Caracterizado por elevadas temperaturas e precipitações pluviométricas. Desenvolvem-se as florestas perenes e savanas. CLIMA E INTEMPERISMO Clima árido e semiárido: pouca chuva, grandes variações de temperatura. Ex.: desertos CLIMA E INTEMPERISMO Clima úmido de latitude média: verão quente e seco com inverso frio e chuvoso. Ex.: clima do mediterrâneo. CLIMA E INTEMPERISMO Clima temperado úmido: típico das regiões interiores de grandes territórios continentais, com pouca chuva e grande oscilação de temperatura durante as estações. CLIMA E INTEMPERISMO Climas polares: nas regiões permanentemente cobertas pelo gelo ou por tundra. As temperaturas não se elevam mais do que o ponto de congelamento da água por mais de 4 meses ao ano. CLIMA E INTEMPERISMO O clima controla o intemperismo diretamente através da temperatura e da precipitação e, indiretamente através da vegetação que recobre a paisagem. Os tipos de solo refletem as características climáticas regionais. Elevada precipitação Manto de alteração é espesso; grau de decomposição avançado, solo espesso Baixa precipitação Solo menos espesso, mais pedregoso ou até ausente CLIMA E INTEMPERISMO Em latitudes equatoriais Intemperismo químico é intenso, atingindo grandes profundidades Regiões tropicais Formação de lateritos: solos que passam por forte lixiviação Regiões desérticas Intensa desintegração mecânica devido ao contraste térmico. Decomposição química somente por capilaridade. CLIMA E INTEMPERISMO Regiões temperadas O congelamento é um dos agentes mais acentuados na degradação das rochas. Pólos As rochas encontram-se protegidas do intemperismo CLIMA E INTEMPERISMO Nos processos de pedogênese (formação do solo) que ocorre a partir dos detritos do intemperismo intervêm: a atmosfera, os seres vivos, animais ou plantas. atmosfera fungos bactérias insetos CLIMA E INTEMPERISMO O clima também influencia nos processos morfogenéticos: erosão, transporte e deposição das partículas resultantes do intemperismo. Há regiões do globo onde predomina a erosão: regiões glaciais e desérticas. Em outras predominam os processos de deposição: bacias sedimentares. Dependendo do clima pode predominar a decomposição química ou a desintegração mecânica. CLIMA E INTEMPERISMO No Brasil, o clima úmido favorece a ação da decomposição química. Elevadas temperaturas propiciam a aceleração das reações químicas. Nas florestas equatoriais há aumento de gás carbônico e ácidos úmicos no solo desempenham um papel importante nas reações químicas. INTEMPERISMO Manto Rochoso Física Química Desintegração Decomposição Os organismos vivos podem produzir tanto a desintegração mecânica quanto a decomposição química (intemperismo biológico). INTEMPERISMO Processos Físicos Congelamento da água Variação de temperatura Esfoliação Decomposição esferoidal Destruição orgânica INTEMPERISMO Processos Físicos Congelamento da água Variação de temperatura Esfoliação Decomposição esferoidal Destruição orgânica INTEMPERISMO INTEMPERISMO Processos Químicos Dissolução simples Hidratação Hidrólise Dissolução simples CO2 + H2O H2CO3 Toda água em contato com o ar contém gás carbônico dissolvido. INTEMPERISMO Dissolução simples CO2 + H2O H2CO3 O ácido carbônico ataca mais facilmente minerais que contém: Fe, Ca, Mg, Na ou K. INTEMPERISMO Dissolução simples CO2 + H2O H2CO3 O ácido carbônico ataca mais facilmente minerais que contém: Fe, Ca, Mg, Na ou K. Hidratação É a adição de água num mineral e sua absorção dentro do retículo cristalino. INTEMPERISMO Hidratação CaSO4 + 2H2O CaSO4H2O anidrita Gipsita (gesso) Fe3O3 + 3H2O Fe2(OH)4 hematita limonita As rochas ígneas são mais suscetíveis a esse fenômeno. Nas rochas sedimentares esse fenômeno é menos efetivo. INTEMPERISMO Hidratação CaSO4 + 2H2O CaSO4H2O anidrita Gipsita (gesso) Fe3O3 + 3H2O Fe2(OH)4 hematita limonita As rochas ígneas são mais suscetíveis a esse fenômeno. Nas rochas sedimentares esse fenômeno é menos efetivo. INTEMPERISMO Hidratação CaSO4 + 2H2O CaSO4H2O anidrita Gipsita (gesso) Fe3O3 + 3H2O Fe2(OH)4 hematita limonita As rochas ígneas são mais suscetíveis a esse fenômeno. Nas rochas sedimentares esse fenômeno é menos efetivo. INTEMPERISMO Hidratação CaSO4 + 2H2O CaSO4H2O anidrita Gipsita (gesso) Fe3O3 + 3H2O Fe2(OH)4 hematita limonita As rochas ígneas são mais suscetíveis a esse fenômeno. Nas rochas sedimentares esse fenômeno é menos efetivo. INTEMPERISMO Hidrólise Consiste na reação química entre o mineral e a água. Entre íons H+ ou OH- da água e os íons do mineral. Ortoclásio + água + CO2 caolinita Feldspatos alcalinos Caulin - porcelana INTEMPERISMO Hidrólise Caolinita é o principal mineral do caulim (material porcelânico branco). Utilizado na fabricação de tijolos e telhas. Entre os minerais argilosos hidratados encontram-se os silicatos hidratados de alumínio (caulita, montmorilonitas, ilita, etc.) e de magnésio, ferro e alumínio (vermiculita e clorita). A montmorilonitas e a vermiculita possuem a propriedade de se expandirem e absorverem outras substâncias. A bentonita (montmorilonitas sódica) origina-se do intemperismo das lavas vulcânicas. INTEMPERISMO MANTO DO INTEMPERISMO O manto de alteração das rochas que recobre grandes extensões da superfície, é também chamado de regolito. Consiste numa mistura de fragmentos de rochas e minerais, areias, argilas, etc. Em geral, nas porções mais declivosas da superfície, a espessura do manto é bem menor do que naquelas menos acidentadas. Os detritos podem permanecer in situ como material residual denominando-se elúvio. Ou pode se deslocar induzido pela gravidade, ação das águas superficiais, etc, denominando-se colúvio. MOVIMENTOS DE MASSA Conhecidos genericamente como escorregamentos referem-se a todo e qualquer movimento que envolva materiais terrosos e/ou rochosos que, por qualquer causa, processo ou velocidade, sofra deslocamentos movidos pela ação da gravidade. MOVIMENTOS DE MASSA Conhecidos genericamente como escorregamentos referem-se a todo e qualquer movimento que envolva materiais terrosos e/ou rochosos que, por qualquer causa, processo ou velocidade, sofra deslocamentos movidos pela ação da gravidade. Rastejo (+ lento) MOVIMENTOS DE MASSA MOVIMENTOS DE MASSA Corrida de lama Escorregamento SC401 MOVIMENTOS DE MASSA Corrida de lama OS SOLOS São aquela parte do manto do intemperismo que sofreu decomposição e modificação intensas, tornando-o capaz de comportar o desenvolvimento de vegetais superiores. É constituído direta ou indiretamente de produtos da intemperização ou meteorização das rochas. São consequência de fenômenos de decomposição, migração e acumulação de substâncias de natureza diversa. OS SOLOS O desenvolvimento pleno do solo é lento. Decomposição da parte superior – vegetais pioneiros de pequeno porte OS SOLOS O desenvolvimento pleno do solo é lento. O aparecimento do ácido húmico auxilia na alteração de partículas minerais do manto. Lixiviação carreia substâncias para níveis inferiores. OS SOLOS O desenvolvimento pleno do solo é lento. Gradualmente o solo se torna mais profundo atingindo o estágio de maturidade. OSSOLOS Constituição dos solos: 1)Matéria mineral; 2)Matéria orgânica; 3)Umidade; 4)Ar do solo. O desenvolvimento do perfil do solo pode se dar simultaneamente ao processo de meteorização da rocha. O perfil do solo compõem-se de horizontes definidos desde a superfície (A, B e C) até a rocha original (D). OS SOLOS OS SOLOS OS SOLOS De acordo com o desenvolvimento do perfil do solo, podemos classifica-lo em: a) Solos não desenvolvidos; b) Solos pouco desenvolvidos; c) Solos desenvolvidos. a) Solos não desenvolvidos Possuem características próximas do material – mãe. Constituídos por material detrítico sem aporte significativo de matéria orgânica. Ex.: solos de regiões desérticas, depósitos arenosos de dunas e restingas. OS SOLOS De acordo com o desenvolvimento do perfil do solo, podemos classifica-lo em: a) Solos não desenvolvidos; b) Solos pouco desenvolvidos; c) Solos desenvolvidos. a) Solos não desenvolvidos Possuem características próximas do material – mãe. Constituídos por material detrítico sem aporte significativo de matéria orgânica. Ex.: solos de regiões desérticas, depósitos arenosos de dunas e restingas. OS SOLOS b) Solos pouco desenvolvidos O horizonte A se assenta diretamente sobre a rocha mãe. São jovens, em estágio inicial de formação (neossolos). OS SOLOS c) Solos desenvolvidos Possui horizontes bem diversificados. OS SOLOS Quanto à sua gênese, podemos classificar os solos em: 1) Residuais; 2) Sedimentares; 3) Orgânicos. 1) Residuais São aqueles que se originam sobre a rocha mãe. OS SOLOS Quanto à sua gênese, podemos classificar os solos em: 1) Residuais; 2) Sedimentares; 3) Orgânicos. 1) Residuais São aqueles que se originam sobre a rocha mãe. OS SOLOS Contorno viário da BR 101 em Biguaçú/SC Fonte: própria OS SOLOS OS SOLOS Granito Decomposição do Granito Planos de fratura da rocha original OS SOLOS 2) Sedimentares São solos transportados! Eólicos – vento Aluvionares – água Coluvionares – gravidade Glaciais - gelo OS SOLOS 2) Sedimentares São solos transportados! Eólicos – vento Aluvionares – água Coluvionares – gravidade Glaciais - gelo Dunas - eólico OS SOLOS 2) Sedimentares Argilas - aluvionar OS SOLOS 2) Sedimentares coluvionares OS SOLOS 2) Sedimentares glaciais OS SOLOS 2) Sedimentares glaciais Permafrost: superfície formada por solo, rocha, matéria orgânica, permanentemente congelado OS SOLOS 2) Sedimentares glaciais Permafrost: superfície formada por solo, rocha, matéria orgânica, permanentemente congelado OS SOLOS 3) Orgânicos Cor escura e cheiro característico - chernossolos - Turfa Mangue OS SOLOS De regiões Tropicais, Subtropicais e Mediterrâneas Clima quente e pluviosidade anual maior que 500 mm. Ferruginosos e ferralíticos (lateríticos). Enriquecidos em ferro e a alumina Lixiviação da sílica OS SOLOS De regiões Tropicais Secas São de coloração avermelhada. Caracterizam-se pela ausência de lixiviação. OS SOLOS De regiões Tropicais Úmidas Latossolos vermelhos: bem desenvolvidos. O horizonte B pode variar de 1 a 1,5 metros. OS SOLOS De regiões Frias e Temperadas úmidas Podzol: solos que tem a cor e a consistência de cinzas.
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