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Noções de Farmacologia na Administração de Medicamentos

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Noções de Farmacologia na Administração de Medicamentos
CONCEITO
Farmacologia tem origem grega e apresenta vários significados: substências de uso terapêutico, venenos, susbtâncias de uso místico ou sobrenatural, entre outros. O termo droga tem origem holandesa e significa folha seca (ervas), por conta de até o início do século XX todos os medicamentos eram feitos utilizando plantas e outros produtos de origem vegetal. 
O estudo da farmacologia visa proporcionar aos profissionais conhecimentos sobre os agentes químicos e biológicos e como afetam os sistemas biológicos dos seres vivos. A farmacologia é uma ciência e seu estudo pode ser utilizado com finalidade:
· Terapêutica: quando destinada para cura e/ou controle de doenças e para o alívio de sintomas.
· Preventiva: quando destina à prevenção de doenças (vacinas e colocação de fluor na água).
· Diagnóstica: quando utiliza contrastes em exames. 
O profissional de enfermagem é responsável pelo preparo e administração dos medicamentos. Todos os cuidados de enfermagem prestados ao paciente são importantes, o ato de medicar pode ser considerado um dos que mais oferecem riscos. 
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
Ao administrar qualquer medicamento, o profissional tem como objetivo alcançar os efeitos terapêuticos desejados provocando o mínimo de efeitos colaterais. É fundamental o conhecimento dos princípios básicos que envolvem a farmacologia. 
Farmacocinética: estuda o movimento do medicamento dentro do organismo nas fases de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação. Descreve a ação do organismo sobre o medicamento. 
Farmacodinâmica: estuda o local e o mecanismo de ação e os efeitos do medicamento no organismo. Descreve a ação do medicamento sobre o organismo. 
Absorção: os medicamentos são administrados por diversas vias, influenciando na absorção. É a passagem do fármaco do local onde foi administrado para a corrente sanguínea. Essa etapa não acontece quando o farmaco é administrado por via endovenosa. Os locais mais comuns onde ocorre a absorção são os músculos, mucosa oral, pele e intestino. 
Em casos de medicamentos administrados por via oral, a absorção ocorre no trato gastrointestinal e sofre influênciade vários fatores como: área disponível para absorção, fluxo sanguíneo regional, propriedades físico-químicas dos medicamentos, concentração local do medicamento, acidez gástrica, presença ou não de nutrientes no momento da administração, alteração da função gastrointestinaç, preparação do fármaco e sua forma de apresentação, concentração do medicamento. 
Nos medicamentos administrados via sublingual a absorção ocorre na própria cavidade oral, através do sistema venoso bucal. 
As vias de administração de medicamentos classificadas como paraenterais (endovenosa, instramuscular e subcutânea) apresentam peculiaridades quanto à absorção de medicamentos. Na via endovenosa o medicamento é administrado diretamente na circulação sanguínea. Na via intramuscular a absorção está relacionada ao fluxo sanguíneo local e ao tipo de solução (soluções que utilizam água como base são absorvidas mais rapidamente que as soluções oleosas). 
As características químicas dos fármacos podem influenciar a absorção por via intramuscular. Medicamentos por via subcutânea possuem absorção lenta e contínua. A absorção de medicamentos por via transdérmica dependerá da integridade da pele (tecidos lesionados promovem uma absorção mais lenta que tecidos íntegros). 
A absorção pode estar relacionada à extensão do local onde será aplicado o medicamento e o fluxo sanguíneo na região. 
Biodisponibilidade: fração do medicamento administrado que atinge a circulação sistêmica (medicamentos por via endovenosa tem biodisponibilidade de 100%). O percentual de biodisponibilidade dependerá de vários fatores como grau e velocidade da absorção desse medicamento e a fração que é metabolizada pelo fígado (antes de atingir a circulação). Problemas no fígado podem modificar a metabolização de um medicamento, alterando sua biodisponibilidade. 
Distribuição: passagem do medicamento da circulação sanguínea para os diversos órgãos e tecidos. Esse processo sofre influência de vários aspectos:
· Características físico-químicas do medicamento como lipossolubilidade e grau de ionização.
· Tamanho da molécula (complexo fármaco-proteína).
· pH local.
· Vascularização do tecido. 
A distribuição pode ser dividida em duas fases:
Fase inicial: envolvidos ógãos que apresentam alta perfusão e recebem a maior parte do medicamento nos primeiros minutos – coração, fígado, trato gastrointestinal, rins e cérebro. 
Segunda fase: os órgãos e tecidos atingidos são músculos, algumas vísceras, tecidos com perfusão média e tecido adiposo. 
Outro fator importante é a ligação proteina – somente medicamentos livres conseguem passar pelas membranas celulares, atingindo seu alvo e promovendo o efeito farmacológico desejado. 
Eliminação: retirada do medicamento do organismo, tendo início assim que o medicamento atingir a circulação sistêmica. Ocorre por modificação metabólica e por excreção. O fígado é o mais importante no processo de eliminação por modificação metabólica, podendo ocorrer também nos rins, pulmões, pele e trato gastrointestinal. O processo de excreção ocorre principalmente nos rins e também podem ocorrer nos pulmões, trato gastrointestinal (fezes), suor, saliva e lágrimas. Alguns medicamentos são eliminados pela bile, sendo reabsorvidos e eliminados pelos rins. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Bioequivalência: estudo que compara a biodisponibilidade de um medicamento de referência e a de um medicamento genérico (quando possuem a mesma biodisponibilidade podem substituir o outro). 
Concentração: quantidade de determinada substância (ativa ou inativa) em certo volume ou massa de produto. 
Dispensação: ato de fornecer o medicamento para o comprador ou ao profissional.
Dose de ataque: dosagem única de medicamento com capacidade de atingir rapidamente a concentração terapêutica. 
Dose de manutenção: dosagem de medicamento que deverá ser repetido, periódica ou continuamente para garantir estabilidade da sua concentração dentro de limites. 
Dose letal: dose que pode atingir a morte, efeito indesejável. 
Droga: qualquer substância que apresenta característica a capacidade de alterar a função do organismo vivo, acarretando mudanças fisiológicas e/ou comportamentais. 
Droga-tóxico: droga com ação maléfica sobre o organismo. 
Efeito adverso: ação indesejável e não esperada ocasionada pelo medicamento.
Fármaco: droga com ação benéfica sobre o organismo, substância denominada princípio ativo de um medicamento. 
Farmacopeia: conjunro de medicamentos oficializados pelo MS com ação consagrada e resultados eficazes e uteis para a população. 
Farmacovigilância: identificação e avaliação dos efeitos dos medicamentos sobre o paciente, incluindo riscos de uso dos medicamentos pela população. 
Idiossincrasia: suscetibilidade anormal de um individuo a uma droga, mesmo quando administrada em dose terapêutica. 
Janela terapêutica: área entre a dose mínima eficaz e a máxima permitida, intervalo de dose em que os resultados são positivos. 
Medicamentos de referência: registrado pelo MS com eficácia e segurança comprovadas, protegido pela Lei de Patente, não podendo ser produzido sem permissão do fabricante por um determinado período de tempo. 
Medicamento genérico: medicamento semelhante ao medicamento de referência, produzido após tempo determinado pela patente. 
Medicamento similar: tem os mesmos princípios ativos do medicamento de referência mas apresenta diferença quando comparado (rótulo, forma de apresentação, prazo de validade, excipientes), não sendo bioequivalentes. 
Medicamentos oficinal: produzidos nas farmácias de manipulação ou magistrais. 
Medicamento de controle especial: medicamento relacionado pela ANVISA e que tem capacidade de causar dependência física ou química. 
Medicamento de uso contínuo: utilizado no tratamento de doenças crônicas, continuamente. 
Medicamentos fitoterápicos: medicamento com composição de vegetais como matériaprima. 
Meia vida: tempo necessário para a concentração plasmática de um medicamento ser reduzida em 50%. 
Posologia: estuda a abordagem dos medicamentos. 
Placebo: medicamento com substâncias inativas, sem finalidade terapêutica. 
Pós-droga: susbtância que passará por transformação no organismo, tornando-se droga ativa. 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
Os medicamentos podem ser classificados por sua forma, apresentação e por sua ação. 
Forma: sólidos, líquidos, semissólidos e gasosos. 
FORMA SÓLIDA
Cápsula: medicamento sólido ou líquido é envolvido por um invólucro de substância gelatinosa. Possibilita a eliminação do sabor e/ou odor desagradável e facilita a deglutição e liberação. 
Comprimido: medicamento sólido em pó que é comprimido, podendo ser revestidos ou não por substância açicarada. 
Drágea: comprimido revestido por susbtância resistente à acidez gástrica, sendo liberado no intestino. Elimina o odor e/ou sabor desagradável, facilita a deglutição e protege o medicamento da ação estomacal. 
Granulado: pequenos grãos que serão dissolvidos em água, podendo ser efervecentes ou não. 
Óvulo: medicamento em forma de ovóide destinado à aplicação vaginal.
Pastilha: dissolver lentamente na cavidade bucal.
Pílula: medicamento em pó submetido à compressão, podendo ou não ser revestido com substância açucarada. 
Pó: dois tipos: solúveis em água e não solúveis, podendo ser misturados em alimentos. 
Supositório: medicamento em formato cônico ou oginal com finalidade de administração via retal. 
FORMA LÍQUIDA
Ampola: recipiente de plástico ou vidro que acondiciona medicamento em pó ou líquido sendo necessário aspiração do conteúdo com seringa e agulha. 
Elixir: líquido preparada que contém alcool, açúcar, glicerol ou propilenoglicol. 
Emulsão: solução que contém pequenas partículas de líquido dispersas em outro líquido, sendo necessário agitar antes de administrar. 
Frasco-ampola: medicamento em frasco que permite a retirada de doses parciais, podendo reaproveitar a dosagem restante, considerando cuidados para manueio e conservação. Possibilita o fracionamento da dose total em doses menores, permitindo a reutilização. 
Suspensão: forma líquida e forma sólida que se torna homogênea ao ser agitada. 
FORMAS SEMISSÓLIDAS
Creme: emulsão semissólida contendo água e óleo com boa penetração na pele. 
Xarope: solução a base de açúcar e água com adição de medicamento. 
Gel: formado por material gelatinoso com parte dispersa em estado líquido e dispersante em estado sólido. 
Loção: formada por pó insolúvel em água ou por substância dissolvida em líquido espesso, sendo necessário agitar antes de administrar. 
Pasta: preparado de consistência pastosa, oleosa, de fácil adesão e pouca penetração na pele.
Unguento: mediamento de aparência de papa, utilizado em áreas do organismo que estejam dolotidas ou inflamadas. 
Um mesmo medicamento pode ser encontrado sob várias formas de apresentação, facilitando a sua administração em casos de restrições. A apresentação está relacionada à via de administração determinada em prescrição médica.

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