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ECA Estatuto da Criança e do Adolescente

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO CRISTÓVÃO 
CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS JURÍDICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECA – O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 
 
2021 
 
 
NUNO JOSÉ DE SOUZA WUST 
MAYANA LOPES TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECA – O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
 
 
 
 
 
Elaboração de trabalho para a matéria de 
Noções de Processo Civil com o tema: ECA 
– O Estatuto da Criança e do Adolescente 
para obtenção de nota parcial no Curso 
Técnico em Serviços Jurídicos, sob 
orientação do Professor Raoni Galete. 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 
 
2021 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. OBJETIVO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ........... 4 
2. OS SUJEITOS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ..... 4 
3. DIREITOS PREVISTOS NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE E SUAS IMPLICAÇÕES ........................................................ 5 
4. GUARDA E ADOÇÃO – CRITÉRIOS ......................................................... 6 
5. VIAGEM DE MENOR DE IDADE – CRITÉRIOS ......................................... 8 
6. AS ENTIDADES DE ATENDIMENTO – OBJETIVOS E FISCALIZAÇÃO 10 
7. MEDIDAS DE PROTEÇÃO ....................................................................... 11 
8. ATO INFRACIONAL E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS ......................... 12 
9. RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PAIS PELOS ATOS DOS FILHOS ... 13 
10. CONCLUSÃO – PERSPECTIVAS E CONSIDERAÇÕES FINAIS ........ 14 
11. REFERÊNCIAS ...................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. OBJETIVO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
 
 O Estatuto da Criança e do Adolescente teve sua criação em 13 de julho 
de 1990, hoje com seus 31 anos de existência, continua atendendo ao seu 
objetivo inicial, ou seja, a proteção à infância e a adolescência. 
 Sua criação foi um grande marco para a sociedade, especialmente do 
direito das crianças e dos adolescente no Brasil. 
 De acordo com o site Criança Livre de Trabalho Infantil (2018), temos o 
seguinte objetivo do Estatuto da Criança e do Adolescente: “o Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA), regulamentado pela Lei Federal nº 8.069/1990, 
é o principal marco legal e regulatório dos direitos das crianças e dos 
adolescentes no Brasil. 
 
Já em seu artigo 1º, o ECA define-se como uma lei que dispõe sobre a 
proteção integral à criança e ao adolescente. Nesse sentido, ele exclui 
qualquer possibilidade de discriminação dos brasileiros com menos de 
18 anos, independentemente da condição de nascimento, da situação 
familiar, da idade, do gênero, da raça, etnia ou cor, da religião ou 
crença, de deficiência, da condição pessoal, social, econômica e 
ambiental. E a legislação livra as crianças e adolescentes de qualquer 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade 
e opressão. (CRIANÇA LIVRE DE TRABALHO INFANTIL, 2018). 
 
2. OS SUJEITOS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
 Nas palavras de Santos (2007), as “crianças e adolescentes são sujeitos 
de direitos, sujeitos especiais porque pessoas em desenvolvimento. 
O reconhecimento da criança e do adolescente como sujeitos de direitos, 
a serem protegidos pelo Estado, pela sociedade e pela família com prioridade 
absoluta, como expresso no art. 227, da Constituição Federal, implica a 
compreensão de que a expressão de todo o seu potencial quando pessoas 
adultas, maduras, tem como precondição absoluta o atendimento de suas 
necessidades enquanto pessoas em desenvolvimento. 
Nesse sentido, a expressão da proteção integral consagrada no texto 
constitucional. Para tanto, sobressai a ação do Estado propiciando as políticas 
públicas necessárias para que o seu desenvolvimento se faça de forma plena.” 
5 
 
Os sujeitos presentes no ECA, no Estatuto da Criança e do Adolescente 
estão representados em seus artigos 3º e 4º, sendo: a criança, o adolescente, à 
família, à comunidade, à sociedade em geral e o poder público 
 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção 
integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros 
meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o 
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições 
de liberdade e de dignidade. 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas 
as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, 
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, 
deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, 
condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou 
outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade 
em que vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do 
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos 
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (LEI Nº 
8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990). 
 
Como exemplifica o site Vivendo a Adolescência (2017), “desde 1990 com 
o advento do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), as crianças e os(as) 
adolescentes são reconhecidos como sujeitos de direitos e estabelece que a 
família, o Estado e a sociedade são responsáveis pela sua proteção, já que são 
pessoas que estão vivendo um período de intenso desenvolvimento físico, 
psicológico, moral e social.” 
 
3. DIREITOS PREVISTOS NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE E SUAS IMPLICAÇÕES 
 
A criança e o adolescente têm garantidos em seu estatuto, a proteção à 
vida e à saúde, fica explicito em seu artigo 7º essa preocupação e busca efetivar 
políticas públicas sociais que permitem o nascimento e desenvolvimento desses 
sujeitos, aqui incluímos ações de acompanhamento desde o pré natal, até 
campanhas de vacinação entre coisas. 
Conforme ressalta a Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de (1990), em seu artigo 
7º “a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante 
6 
 
a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o 
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.” 
É direito da criança e do adolescente de serem educados de forma digna, 
sem o emprego de castigo físico ou mental, cruel e constrangedor pelos seus 
pais, integrantes familiares, educandos entre outras pessoas.” 
 
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e 
cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou 
degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou 
qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família 
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de 
medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de 
cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (LEI Nº 8.069, DE 13 
DE JULHO DE 1990). 
 
O direito à informação, cultura, lazer, esporte, diversão, espetáculos e 
produtos e serviços que atendam às necessidades das crianças e dos 
adolescentes também estão presente no ECA, especificamente no seu artigo 
71º. 
Nos ensinamentos da Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de (1990), em seu 
artigo 71º, “a criança e o adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, 
esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua 
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.” 
 De acordo com SEJUSC/AM (2019), a criança e o adolescente têm o 
“direito à convivência familiar e comunitária, de serem criados e educados no 
seio de sua família, com a convivência familiar e comunitária garantidas).” 
 Ainda nas palavrasda SEJUSC/AM (2019), toda criança e adolescente 
tem o “direito à profissionalização e à proteção no trabalho, o direito à educação, 
visando o desenvolvimento tranquilo e saudável, na forma com que este item 
seja um exercício da cidadania, além da qualificação para o trabalho. Segundo 
o estatuto, a profissionalização deve oferecer condições para a frequência 
regular na escola, tendo a pratica proibida para menores de 14 anos.” 
 
4. GUARDA E ADOÇÃO – CRITÉRIOS 
 
 A guarda de uma criança ou adolescente pressupõe à sua assistência 
material, moral e educacional, o guardião pode se opor aos pais, mas não implica 
7 
 
na perda ou suspensão do poder familiar. Cabe ressaltar que a guarda não é 
definitiva, tem seu caráter temporário. 
 A adoção de crianças e adolescentes desliga o adotado de vínculos com 
os pais e parentes, o adotado recebe o nome do adotante e torna-se 
beneficiários de eventuais direitos previdenciários. 
 O ato de adotar é irrevogável e de caráter permanente, leva consigo a 
perda do poder familiar da antiga família. 
 No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), (1990), encontramos do 
artigo 33º ao 35º todos os dispositivos referente a guarda de uma criança ou 
adolescente no Brasil. 
 
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e 
educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o 
direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, 
de 2009) 
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser 
deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e 
adoção, exceto no de adoção por estrangeiros. 
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela 
e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual 
dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de 
representação para a prática de atos determinados. 
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de 
dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive 
previdenciários. 
§ 4 o Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da 
autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em 
preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou 
adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas 
pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto 
de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do 
Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 
 
Art. 34. O poder público estimulará, através de assistência jurídica, 
incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, 
de criança ou adolescente órfão ou abandonado. 
 
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, 
incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, 
de criança ou adolescente afastado do convívio familiar. (Redação 
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§ 1 o A inclusão da criança ou adolescente em programas de 
acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, 
observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da 
medida, nos termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§ 2 o Na hipótese do § 1 o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado 
no programa de acolhimento familiar poderá receber a criança ou 
adolescente mediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§ 3 o A União apoiará a implementação de serviços de acolhimento em 
família acolhedora como política pública, os quais deverão dispor de 
equipe que organize o acolhimento temporário de crianças e de 
8 
 
adolescentes em residências de famílias selecionadas, capacitadas e 
acompanhadas que não estejam no cadastro de adoção. (Incluído pela 
Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 4 o Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e 
municipais para a manutenção dos serviços de acolhimento em família 
acolhedora, facultando-se o repasse de recursos para a própria família 
acolhedora. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato 
judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público. (LEI Nº 8.069, DE 
13 DE JULHO DE 1990). 
 
Já para a adoção de criança ou adolescente, os artigos referente a esse 
assunto estão presentes no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), do 39º 
ao 52º. 
 Como exemplifica Souza (2020), “os principais requisitos exigidos pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente para a adoção são: Idade mínima de 18 
anos para o adotante; Diferença de 16 anos entre adotante e adotado; 
Consentimento dos pais ou dos representantes legais de quem se deseja adotar. 
(Pode ser dispensado se os pais foram destituídos do poder familiar, mas se 
deve ter uma rigorosa observância do procedimento do contraditório. Quando os 
titulares do poder familiar não são localizados, devem ser citados por edital. 
Cumpridas todas as formalidades legais, “é decretada a destituição por sentença 
passada em julgado, a autoridade judiciária, ao deferir a adoção, suprirá o 
consentimento paterno”); Concordância do adotado, se contar mais de 12 anos; 
Processo Judicial. (O ECA prevê procedimentos próprios aos menores de 18 
anos, em que se necessita de outro requisito que é o estágio de convivência, a 
ser promovido obrigatoriamente, só podendo ser dispensado “se o adotando já 
estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para 
que seja possível avaliar a convivência da constituição do vínculo”. Em caso de 
adoção internacional o prazo mínimo é de 30 dias, independentemente da idade 
da criança ou adolescente) e Efetivo benefício para o adotando.” 
 
5. VIAGEM DE MENOR DE IDADE – CRITÉRIOS 
 
 De acordo com o site AASP Educacional (2021), “a Lei 13.812/2019, 
sancionada em 16 de março, que alterou o artigo 83 do Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), a obrigatoriedade de acompanhante ou autorização judicial 
9 
 
para viagens nacionais de crianças e adolescentes passa a valer para até a 
idade de 16 anos – antes abrangia menores até 12 anos. 
Assim, para passageiros menores de 16 anos viajarem sozinhos, é 
indispensável a autorização judicial, que é cedida gratuitamente. Se estiverem 
acompanhados dos pais, responsáveis ou parente até o terceiro grau não é 
necessária autorização judicial, apenas a documentação da criança (certidão de 
nascimento ou carteira de identidade para comprovar a identificação do menor e 
a filiação) e do acompanhante. 
Se não houver parentesco entre a criança e o acompanhante, este deverá 
apresentar a autorização escrita, assinada pelo pai ou pela mãe, pelo guardião 
ou tutor, com firma reconhecida por autenticidade ou semelhança. O documento 
deve informar quem acompanhará a criança, por quanto tempo e também o 
destino, assinalando se é válida para a ida e volta ou somente para a ida. 
Os Adolescentes a partir de 16 anos não precisam de qualquer 
autorização para viajar desacompanhados em todo o território nacional.” 
 Os dispositivos legal presente no ECA que estabelecem os critérios de 
autorização para viagem de crianças e adolescentes estão inseridos do artigo 
83º ao 85º. 
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) 
anos poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado 
dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial. 
(Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019) 
§ 1º A autorização não será exigida quando: 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na 
mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região 
metropolitana; 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do 
adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da 
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; (Redação 
dada pela Lei nº 13.812, de 2019) 
b) a criança estiver acompanhada: 
b) a criança ou o adolescente menorde 16 (dezesseis) anos estiver 
acompanhado: (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019) 
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado 
documentalmente o parentesco; 
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou 
responsável. 
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, 
conceder autorização válida por dois anos. 
 
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é 
dispensável, se a criança ou adolescente: 
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; 
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente 
pelo outro através de documento com firma reconhecida. 
 
10 
 
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança 
ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em 
companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. (LEI Nº 
8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990). 
 
6. AS ENTIDADES DE ATENDIMENTO – OBJETIVOS E FISCALIZAÇÃO 
 
 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990), afirma em seu artigo 
90 que “as entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das 
próprias unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de 
proteção e socioeducativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de: 
I - orientação e apoio sócio familiar; II - apoio socioeducativo em meio aberto; III 
- colocação familiar; I V - abrigo; IV - acolhimento institucional; V - liberdade 
assistida; V - prestação de serviços à comunidade; VI - semiliberdade; VI - 
liberdade assistida; VII – internação; VII - semiliberdade; e VIII - internação. 
Parágrafo único. As entidades governamentais e não-governamentais deverão 
proceder à inscrição de seus programas, especificando os regimes de 
atendimento, na forma definida neste artigo, junto ao Conselho Municipal dos 
Direitos da Criança e do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e 
de suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade 
judiciária. 
§ 1 o As entidades governamentais e não governamentais deverão proceder à 
inscrição de seus programas, especificando os regimes de atendimento, na 
forma definida neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do 
Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de suas alterações, do que 
fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária. 
§ 2 o Os recursos destinados à implementação e manutenção dos programas 
relacionados neste artigo serão previstos nas dotações orçamentárias dos 
órgãos públicos encarregados das áreas de Educação, Saúde e Assistência 
Social, dentre outros, observando-se o princípio da prioridade absoluta à criança 
e ao adolescente preconizado pelo caput do art. 227 da Constituição Federal e 
pelo caput e parágrafo único do art. 4 o desta Lei. 
§ 3 o Os programas em execução serão reavaliados pelo Conselho Municipal 
dos Direitos da Criança e do Adolescente, no máximo, a cada 2 (dois) anos, 
constituindo-se critérios para renovação da autorização de funcionamento: 
11 
 
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem como às resoluções 
relativas à modalidade de atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de 
Direitos da Criança e do Adolescente, em todos os níveis; II - a qualidade e 
eficiência do trabalho desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo 
Ministério Público e pela Justiça da Infância e da Juventude; III - em se tratando 
de programas de acolhimento institucional ou familiar, serão considerados os 
índices de sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à família substituta, 
conforme o caso.” 
 
Tais entidades são destinadas a atender crianças e adolescentes que 
estiverem em situação de risco pessoal ou social por terem seus 
direitos violados, seja em razão de ação ou omissão da sociedade ou 
do Estado; da falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável, ou em 
razão de sua própria conduta, nos termos do artigo 98 do Estatuto da 
Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/90. 
 
A principal finalidade da entidade de atendimento é a execução de 
medidas de proteção ou medidas socioeducativas para aqueles que 
assim as necessitem, conforme disposto nos artigos 111 e 112 da lei 
acima mencionada, podendo funcionar em regime de apoio e 
orientação sócio familiar, apoio sócio educativo em meio aberto, 
colocação familiar, acolhimento institucional, liberdade assistida, 
semiliberdade ou, nos casos mais graves, regime de internação. 
 
Ademais, o ECA classifica as chamadas entidades de atendimento em 
governamentais ou não governamentais e as regula em seus artigos 
90 e subsequentes. É exigido das entidades que procedam ao registro 
perante o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do 
Adolescente, que comunicará o Conselho Tutelar e a autoridade 
judiciária local. Observe-se que há previsão para impossibilidade de 
registro apenas para as entidades não governamentais que não 
obedecerem aos padrões de higiene, salubridade, segurança e 
habitabilidade ou que tiverem plano de trabalho em desacordo com os 
princípios do Estatuto. (DELITTI, 2009). 
 
7. MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
 
O Tribunal de Justiça do Tocantins (2021), corrobora que “são medidas 
aplicadas com a finalidade de cessar a situação de risco, proteger a criança ou 
adolescente e garantir o pleno gozo dos direitos ameaçados ou violados 
aparados pelo ECA: o encaminhamento aos pais ou responsável, mediante 
termo de responsabilidade; a orientação, o apoio e acompanhamento 
temporários; a matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de 
ensino fundamental; a inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à 
12 
 
família, à criança e ao adolescente; a requisição de tratamento médico, 
psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; a inclusão em 
programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras 
e toxicômanos; o acolhimento institucional; a inclusão em programa de 
acolhimento familiar e a colocação em família substituta. 
 O ECA prevê ainda medidas pertinentes aos pais ou responsável, em seu 
artigo 129, incisos I a X, quais sejam: o encaminhamento a programa oficial ou 
comunitário de proteção à família; a inclusão em programa oficial ou comunitário 
de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; o 
encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; o encaminhamento a 
cursos ou programas de orientação; a obrigação de matricular o filho ou pupilo e 
acompanhar sua frequência e aproveitamento escolar; a obrigação de 
encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; a advertência; 
a perda da guarda; a destituição da tutela e a suspensão ou destituição do poder 
familiar.” 
8. ATO INFRACIONAL E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
 
 A configuração legal do ato infracional no Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), está presente em seu título III, capítulo I, em suas 
Disposições Gerais do artigo 103º ao 105º. 
 
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime 
ou contravenção penal. 
 
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, 
sujeitos às medidas previstas nesta Lei. 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a 
idade do adolescente à data do fato. 
 
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as 
medidas previstas no art. 101. (LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 
1990). 
 
A criança com até 12 anos incompletos, praticando um ato infracional, terá 
como destino o Conselho Tutelar, estando sujeita às medidas de proteção 
previstas no artigo 101º; já o adolescente que possui idade entre 12 e 18 anos, 
praticando ato infracional, estará sujeito a processo contraditório, com ampla 
defesa, após o devido processo legal, receberá ou não uma “sanção”, 
13 
 
denominada medida socioeducativa, descrita no artigo 112º, do Estatuto da 
Criança e do Adolescente. 
Ressalto que aindaprocede aplicação de medidas socioeducativas ao 
adolescente que complete 18 anos se à data do fato era menor de 18 anos. 
De acordo com Aquino (2018), “o art. 112 do Estatuto estabelece as 
medidas socioeducativas inerentes, a prática de ato infracional, senão vejamos: 
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente 
poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: I – advertência; II – 
obrigação de reparar o dano; III – prestação de serviços à comunidade; IV – 
liberdade assistida; V – inserção em regime de semiliberdade; VI – internação 
em estabelecimento educacional; VII – qualquer uma das previstas no art. 101, 
I a VI. 
§1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade 
em cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração. 
§2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação 
de trabalho forçado. §3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência 
mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às 
suas condições.” 
9. RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PAIS PELOS ATOS DOS FILHOS 
 
De forma geral, os pais são responsáveis, assim como seus tutores da 
criança e adolescente pela reparação civil decorrente de atos ilícitos praticados 
pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia, essa 
responsabilidade dos pais e tutores é derivada do princípio, da guarda do menor 
e não exatamente do poder familiar. 
 
A moradia dos filhos com os genitores, em nosso sentir, não deve mais 
ser requisito para a responsabilidade dos pais, visto que com os 
avanços da tecnologia, a fiscalização e a direção da conduta daqueles 
podem ser exercidas mesmo que vivam pais e filhos em casas 
separadas. 
 
Entretanto, se o filho abandonou o lar “por ato de insubordinação ou 
malandragem”, estará excluída a responsabilidade dos pais desde que 
provem que realizaram todos os esforços para trazer o filho à casa 
paterna, bem como demonstrem que a fuga do infante não se deu por 
culpa deles, genitores. 
 
Todavia, se o afastamento do filho se der por culpa dos pais, a 
responsabilidade destes permanece. Em havendo adoção do infante, 
14 
 
a responsabilidade é deslocada dos pais naturais para os pais civis, a 
partir da data em que o ato jurídico da adoção se consumou, de 
maneira que, enquanto existir o poder familiar, os genitores naturais 
responderão pelos atos dos filhos menores, eximindo-se dessa 
responsabilidade com a adoção. (BONFIM, 2018). 
 
10. CONCLUSÃO – PERSPECTIVAS E CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O Estatuto da Criança e do Adolescente foi uma marco para a sociedade 
brasileira, especialmente para nossas crianças e adolescentes, no tocante a sua 
proteção e garantia de direitos e também deveres. 
 Embora, muitas pessoas o vejam com um teor muito paternalista, temos 
de nos conscientizar que estamos tratando de crianças e adolescentes, pessoas 
em formação de caráter, atitudes e por que não, exemplos, diga-se de 
passagem, exemplos que veem de nós, os adultos. 
 Tratá-los como adultos, quando nos referimos a atos infracionais, com a 
simples justificativa que enviar para a cadeia junto com pessoas maiores de 18 
anos é um grande erro. 
 Saliento que é um o ECA é um ordenamento jurídico exemplar, de 
proteção a esse público e que tem um arcabouço que vai desde o momento que 
está no ventre da sua mãe, passando pelo momento que nasce e posteriormente 
no seu acompanhamento com vacinas, consultas médicas, garantia à 
segurança, à saúde, à educação, contra todo tipo de abuso, ao trabalho infantil 
entre outras coisas. Acredito que as perspectivas referente ao Estatuto da 
Criança e ao Adolescente são as melhores, continuando com suas práticas e 
melhorias no que for possível, cumprindo assim seu papel de protetor de nossas 
crianças e adolescentes. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
11. REFERÊNCIAS 
 
AASP Educacional. Orientações para viagem de crianças e adolescentes. 
2021. Disponível em <https://www.aasp.org.br/noticias/orientacoes-para-
viagem-de-criancas-e-adolescentes/>. Acesso em 03 de dez. de 2021. 
 
AQUINO, Leonardo Gomes de. Criança e adolescente: o ato infracional e as 
medidas socioeducativas. Revista Âmbito Jurídico. 2012. Disponível em 
<https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-99/crianca-e-adolescente-o-ato-
infracional-e-as-medidas-socio-educativas/>. Acesso em 03 de dez. de 2021. 
 
BONFIM, Silvano Andrade do. A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PAIS 
PELOS ATOS DOS FILHOS MENORES. 2018. Disponível em 
<https://ibdfam.org.br/assets/upload/anais/220.pdf>. Acesso em 03 de dez. de 
2021. 
 
CRIANÇA LIVRE DE TRABALHO INFANTIL. ECA. 2018. Disponível em 
<https://livredetrabalhoinfantil.org.br/conteudos-formativos/glossario/eca/>. 
Acesso em 03 de dez. 2021. 
 
DELITTI, Luana Souza. O que se entende por entidade de atendimento? 
2009. Disponível em <https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2115873/o-que-se-
entende-por-entidade-de-atendimento-luana-souza-delitti>. Acesso em 03 de 
dez. de 2021. 
 
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança 
e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em 03 de dez. de 
2021. 
 
SANTOS, Eliane Araque dos Santos. Criança e adolescente – sujeitos de 
direitos. Inclusão Social, Brasília, v. 2, n. 1, p. 130–134, out. 2006/mar. 2007. 
 
SEJUSC/AM (Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania. 
Estatuto da Criança e do Adolescente completa 29 anos: conheça cinco 
direitos fundamentais previstos na lei. 2019. Disponível em 
<http://www.sejusc.am.gov.br/estatuto-da-crianca-e-adolescente-completa-29-
anos-conheca-cinco-direitos-fundamentais-previstos-na-lei/ >. Acesso em 03 de 
dez. de 2021. 
 
SOUZA, Amós Ribeiro. Os requisitos da adoção em conformidade com a Lei 
nº12.010/2009. Disponível em <https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos 
/54169/os-requisitos-da-adoo-em-conformidade-com-a-lei-n-12-010-2009>. 
Acesso em 03 de dez. de 2021. 
 
16 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO TOCANTIS. O QUE DIZ O ECA – VIOLAÇÃO DE 
DIREITOS E AS PROVIDÊNCIAS A SEREM ADOTADAS. 2021. Disponível em 
<https://www.tjto.jus.br/index.php/o-que-diz-o-eca>. Acesso em 03 de dez. de 
2021. 
 
VIVENDO A ADOLESCÊNCIA. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
2017. Disponível em <http://www.adolescencia.org.br/site-pt-br/eca>. Acesso 
em 03 de dez. de 2021.

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