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2019 
GEOGRAFIA 
 
PRÉ ENEM 
 
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
Agentes geomorfológicos – Feijão com Arroz 
 
Resumo 
 
Estrutura geomorfológica 
A macroestrutura geológica brasileira é formada por bacias sedimentares (64% do território), onde podem ser 
encontrados petróleo e carvão mineral, e por escudo cristalino (36% do território), onde podem ser encontrados 
minerais metálicos. O contínuo processo de transformação dessas macroestruturas pelos agentes externos 
(erosão e intemperismo) é que modelou o relevo brasileiro. 
 
Agentes endógenos (internos) 
• Vulcanismo 
Processo em que ocorre o extravasamento do magma por uma abertura na litosfera, formando uma estrutura 
denominada vulcão, geralmente cônica e montanhosa. O magma, ao atingir a superfície, é denominado lava. A 
maioria dos vulcões surge nos limites entre placas tectônicas. A liberação do magma pode ocorrer em forma 
de derrame (extravasamento lento e gradual) ou erupção (extravasamento rápido e explosivo). O Círculo de 
Fogo do Pacífico (anel de fogo) corresponde à borda da Placa do Pacífico, uma enorme área de contato entre 
diferentes placas que registra o maior número de ocorrências vulcânicas e sísmicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Hotspots (pontos quentes) são uma exceção, pois correspondem a pontos de liberação de magma no 
interior das placas tectônicas, formando um conjunto de ilhas vulcânicas. 
 
Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-
f9fUdCQ9rlc/TuTIsi23AvI/AAAAAAAAAIs/XvxPkW3t0XM/s1600/Forma%25C3%25A7%25C3%25A3o+de+corais.jpg 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
• Sismicismo 
Os abalos sísmicos são comumente chamados de tremores de terra, terremotos (continente) ou maremotos 
(assoalho oceânico). São decorrentes do alívio de tensão de uma falha tectônica ou do choque de placas. É 
liberada uma enorme quantidade de energia em forma de ondas que, ao atingir a superfície, provoca grandes 
tremores. Nesse sentido, é importante diferenciar o epicentro, local na superfície terrestre em que a energia é 
liberada, do hipocentro, local no interior da litosfera onde ocorre a falha ou o choque e posterior liberação de 
energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esses abalos sísmicos podem ser medidos a partir de duas escalas. A escala Richter é uma medida quantitativa 
que mede a magnitude (quantidade de energia liberada) dos terremotos. A escala Mercalli corresponde aos 
efeitos destrutivos gerados pelos terremotos, que se diferenciam de acordo com o desenvolvimento 
socioeconômico dos lugares. Dois terremotos igualmente altos na escala Richter podem ter valores diferentes 
na escala Mercalli, decorrente do desenvolvimento de cada país. 
 
Agentes exógenos (externos) 
• Erosão 
A erosão consiste no desgaste, transporte e deposição dos sedimentos. São tipos de erosão e respectivas 
formas: 
• Pluvial: Provocada pela precipitação e pode levar ao ravinamento do solo, evoluindo para uma voçoroca. É 
agravada pela remoção da cobertura vegetal para ocupação ou atividade agrícola. Nas encostas, essa 
erosão produz os movimentos de massa, podendo levar a grandes perdas materiais e humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://professorjamesonnig.files.wordpress.com/2012/10/vertente-para-o-blog.png?w=552&h=343 
 
http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/descomplica-blog/wp-content/uploads/2015/09/plano_de_seguranca_escarpa.jpg
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
• Fluvial: Provocada pela ação dos rios e leva à formação de vales e cânions. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: 
http://s2.glbimg.com/m2vzTbevwRvxjPMiSyId5FeFcb8=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/02/23/canions.jpg 
 
 
• Eólica: Provocada pela ação dos ventos e é comumente associada ao relevo em forma de taça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSp0H1y3X7I0SQ7GSe9DOgDYvIqAx_8fJ2UjFfowh8H4ChG_XED 
 
• Marinha: Provocada pelo mar, principalmente a ação das ondas. É denominada abrasão marinha e produz 
formas características, como a falésia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://www.abc.net.au/news/image/2691092-3x2-940x627.jpg 
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
• Glacial ou nival: Provocada pela ação de geleiras, que conseguem carregar grandes massas. Formam 
vales em forma de U, denominados fiordes. São grandes vales rochosos com paredões. Também 
produzem as morainas e as estrias glaciares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9c/Glacier_svartisen_engabreen.JPG 
 
 
• Intemperismo 
O processo de intemperismo, também conhecido como meteorização, consiste na transformação das rochas 
em fragmentos, sedimentos. O principal produto do intemperismo é o solo. Esse processo de formação dos 
solos é denominado pedogênese. O intemperismo pode ser classificado em: 
• Físico: Transformações que derivam de fenômenos físicos, tais como a temperatura e a pressão. 
• Químico: Transformações que derivam de fenômenos químicos, tais como a hidrólise, acidificação e 
oxidação. O principal agente é a água. 
• Biológico: Transformações que derivam da ação de seres vivos e que frequentemente aparecem 
associadas a um dos outros dois tipos de intemperismo. Alguns exemplos do intemperismo biológico 
podem ser destacados, tais como a ação das minhocas, da decomposição de organismos e de raízes de 
árvores. 
 
Cabe destacar que, nas áreas mais secas, existe o predomínio do intemperismo físico, a exemplo do Sertão 
Nordestino, e nas áreas mais úmidas, existe o predomínio do intemperismo químico, a exemplo das áreas 
litorâneas e da Amazônia. 
 
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
Exercícios 
 
1. O conceito de erosão apresenta definições mais amplas ou mais restritas. A mais abrangente envolve os 
processos de denudação da superfície terrestre de forma geral, incluindo desde os processos de 
intemperismo de todos os tipos até os de transporte e deposição de material. Outro conceito, mais 
restrito, envolve apenas o deslocamento do material intemperizado, seja solo ou rocha, por agentes de 
transporte como a água corrente, o vento, o gelo ou a gravidade, produzindo formas erosivas 
características. 
R. Fairbridge. The Encyclopedia of Geomorphology, 1968. Adaptado. 
 
Exemplo de processo ao qual se aplica o conceito mais restrito de erosão é 
a) a formação de rochas. 
b) a oxidação de rochas. 
c) a formação de sulcos no solo. 
d) a formação de concreções no solo. 
e) o vulcanismo da crosta. 
 
 
2. Os processos geomorfológicos internos ou exógenos deixam sempre impressas, nas paisagens, as 
marcas de sua atuação. Eles desenvolvem, inclusive, um conjunto de feições de relevo característico. 
Esse fato reveste-se de uma particular importância, quando o pesquisador de áreas, como Biologia, 
Geografia, Geologia etc, volta-se à análise de ambientes pretéritos. Com relação a esse assunto, observe, 
atentamente, a fotografia reproduzida a seguir e assinale, com base nas evidências morfológicas, o 
processo responsável pela elaboração da paisagem visualizada em primeiro plano. 
 
 
a) Erosão eólica. 
b) Erosão glacial. 
c) Tectonismo ruptural. 
d) Neotectonismo plástico. 
e) Sedimentação fluvial. 
 
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
3. “Os processos fluviais, em um sentido mais amplo, compreendem o processo de erosão, transporte e 
sedimentação. Em um rio, o volume de água é determinante no predomínio de um ou de outro 
mecanismo da erosão". 
Riccomini, C., Giannini, P. C. e Mancini, F. Rios e Processos aluviais. In. Decifrando a Terra. Teixeira, W. et al. São Paulo. Oficina 
de Textos. 2001. 
 
Em um rio, quando o volume e a velocidade da água aumentam de maneira considerável, a atividade 
predominante que o curso fluvial tende a apresentar em seu leito é de 
a) erosão linear e aprofundamento do vale. 
b) acumulação de sedimentos e abertura do vale. 
c) acumulação de sedimentos e alargamento da planície fluvial.d) erosão lateral e aumento da alteração das rochas pelo intemperismo. 
e) acumulação de sedimentos e erosão superficial do talvegue do rio. 
 
 
4. O Rio Grande do Norte apresenta um elevado potencial turístico, principalmente em decorrência das 
belezas de sua paisagem litorânea, destacando-se algumas formas do relevo cuja configuração está 
associada a processos erosivos desencadeados pela ação de diferentes agentes. 
 
 
Disponível em: < www.viagem.uol.com.br/ultnot/2011/08/29/nisia-floresta-tem-historia- gastronomia-e-belezas-naturais.jhtm 
>. Acesso em: 29 ago. 2011. 
 
Considerando os elementos da paisagem litorânea expostos na Figura, pode-se afirmar que esta 
corresponde a uma 
a) falésia, constituída pela deposição de areia paralelamente à costa, em decorrência da erosão eólica. 
b) restinga, formada pela consolidação da areia de antigas praias, em decorrência da erosão marinha. 
c) falésia, formada a partir de processos de erosão marinha, que originam paredões escarpados. 
d) restinga, constituída a partir de processos de erosão eólica, que formam costas íngremes. 
e) falésia, formada a parir de processos de erosão pluvial, que originam vales marinhos. 
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
5. As fortes chuvas que caíram desde a noite de domingo (28) deixaram várias ruas do Grande Recife 
completamente alagadas, invadiram casas e derrubaram árvores. Técnicos e engenheiros da Defesa Civil 
interditaram mais quatro casas da vizinhança por causa do risco de um novo deslizamento. 
Adaptado de Disponível em: http/gl.globo.com. 29 de junho de 2015. 
 
Ao considerar a influência da infiltração da água no solo e o escoamento superficial em topos e encostas, 
é correto afirmar que 
a) a maior infiltração e o menor escoamento superficial retardam o processo de intemperismo físico e 
aceleram a erosão. 
b) a menor infiltração e o menor escoamento superficial inibem a erosão e favorecem o intemperismo 
químico. 
c) a menor infiltração e o maior escoamento superficial aceleram o intemperismo físico e químico e 
retardam o processo de erosão. 
d) a infiltração e o escoamento superficial aceleram, respectivamente, os processos de intemperismo 
químico e de erosão. 
e) A menor infiltração e o maior escoamento superficial diminuem o processo erosivo nas encostas e 
ajudam na estabilidade dos solos. 
 
6. 
 
De acordo com as figuras, a intensidade de intemperismo de grau muito fraco é característica de qual 
tipo climático? 
a) Tropical. 
b) Litorâneo. 
c) Equatorial. 
d) Semiárido. 
e) Subtropical. 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
7. De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lustres balançam, objetos se movem 
sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas, 
poucos minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo 
sísmico. 
ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. ComCiência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, no 117, 
abr. 2010. Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012. 
 
O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as populações que ocupam espaços próximos 
às áreas de 
a) alívio da tensão geológica. 
b) desgaste da erosão superficial. 
c) atuação do intemperismo químico. 
d) formação de aquíferos profundos. 
e) acúmulo de depósitos sedimentares. 
 
 
8. Examine a figura a seguir: 
 
 
A figura ilustra o processo de 
a) processo de desertificação em ambientes temperados. 
b) formação de terraço fluvial. 
c) origem e evolução de solos. 
d) efeito da poluição dos neossolos, em face das atividades agrícolas. 
e) conjunto de horizontes de uma dobra geológica. 
 
 
 
 
 
 
 
http://comciencia.br/
 
 
 
 
9 
Geografia 
 
9. “As cinzas do vulcão chileno Puyehue voltaram a atrapalhar o espaço aéreo argentino, obrigando as 
companhias aéreas LAN Argentina, Aerolíneas Argentinas e Austral a cancelarem dezenas de voos 
programados para decolar do aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, nesta terça-feira (26). No Uruguai, 
pelo menos 15 voos também foram cancelados devido às cinzas”. 
(Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/07/26/cinzas-do-vulcao-chileno-voltam-a-
cancelar-voos-na-argentina.htm>. Acesso em: 31 ago. 2011.) 
 
A questão envolvendo o vulcão chileno reacendeu a discussão sobre os riscos da região da Cordilheira 
dos Andes, especialmente pela existência de vulcões e terremotos, que ocorrem em função de essa 
região estar em área de choque de: 
a) placas tectônicas. 
b) massas de ar. 
c) montanhas. 
d) correntes marítimas. 
e) rochas. 
 
 
10. O arquipélago de Fernando de Noronha, as ilhas de Trindade e Martin Vaz e os rochedos São Pedro e São 
Paulo são ilhas oceânicas brasileiras. Considerando que essas ilhas não guardam nenhuma relação com 
o relevo continental, é correto dizer que sua origem está vinculada a: 
a) soerguimento de blocos falhados 
b) dobramentos terciários 
c) vulcanismo submarino 
d) ascenso do nível do mar 
e) acumulação de corais 
 
 
 
 
 
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/07/26/cinzas-do-vulcao-chileno-voltam-a-
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/07/26/cinzas-do-vulcao-chileno-voltam-a-
 
 
 
 
10 
Geografia 
 
Gabarito 
 
1. C 
A formação de sulcos na superfície está associada, principalmente, ao processo de erosão pluvial, podendo 
evoluir para ravinas e voçorocas. Esse fenômeno consiste no transporte de sedimentos e partículas pela 
água da chuva e, portanto, se aplica o conceito mais restrito de erosão, em que se visualizam formas 
erosivas características. 
 
2. A 
O relevo em forma de taça, tal como ilustrado na figura, é um exemplo típico de formações resultantes da 
erosão eólica, em que os ventos exercem uma força mais intensa na parte baixa da estrutura, removendo 
as partículas ali existentes e originando o relevo da figura. 
 
3. A 
Quanto maior é a velocidade de um rio, maior é a capacidade das águas do rio de carregarem sedimentos 
e maior é o aprofundamento do talvegue (parte mais profunda do leito do rio). 
 
4. C 
A abrasão marinha provocada pelas ondas no relevo litorâneo pode originar as falésias, que são paredões 
escarpados resultantes do solapamento da sua base pela ação das ondas. 
 
5. D 
Quanto maior é a infiltração de água, maior é o contato com as partículas do solo e mais intenso é o 
processo de intemperismo químico. À medida que maior for a declividade, maior será o escoamento 
superficial e, assim, mais intenso será o processo erosivo. 
 
6. D 
O intemperismo (desagregação da rocha por processos físicos e químicos) é “muito fraco” no Sertão 
Nordestino, onde prevalece o clima semiárido. A baixa pluviosidade (inferior a 600 mm anuais) proporciona 
menor infiltração de água e menor intemperismo químico, produzindo solos mais rasos e menos 
desenvolvidos. 
 
7. A 
O “alívio de tensão geológica" refere-se a um abalo sísmico ou terremoto, cuja origem dá-se em 
profundidade (hipocentro). As ondas sísmicas atingem a superfície (epicentro) e se propagam, podendo 
causar danos socioeconômicos. 
 
8. C 
A sequência de quadros da figura mostra a evolução de um perfil rochoso sofrendo intemperização e 
formando os horizontes do solo. 
 
9. A 
O Chile localiza-se na zona de convergência (colisão ou choque) entre as placas tectônicas da América do 
Sul e de Nazca (recoberta pelo Oceano Pacífico). Portanto, o país é bastante vulnerável a terremotos de alta 
intensidade, tsunamis e vulcanismo ativo. Na Cordilheira dos Andes, a atividade vulcânica é frequente, como 
foi o caso do Puyehue. Um dos impactos socioeconômicos mais graves do vulcanismo é a emissão de 
grande quantidade de material piroclástico (cinzas, gases e vapor d'água), que pode interromper 
 
 
 
 
11 
Geografia 
 
momentaneamente o tráfego aéreo. Foi o que aconteceu noChile, Argentina, Uruguai e sul do Brasil, em 
2011. 
 
10. C 
As ilhas citadas no texto são ilhas vulcânicas e estão relacionadas ao vulcanismo submarino de tempos 
passados, durante o processo de separação do Brasil da África. 
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
Agentes geomorfológicos – Gourmet 
 
Resumo 
 
Estrutura geomorfológica 
A macroestrutura geológica brasileira é formada por bacias sedimentares (64% do território), onde podem ser 
encontrados petróleo e carvão mineral, e por escudo cristalino (36% do território), onde podem ser encontrados 
minerais metálicos. O contínuo processo de transformação dessas macroestruturas pelos agentes externos 
(erosão e intemperismo) é que modelou o relevo brasileiro. 
 
Agentes endógenos (internos) 
• Vulcanismo 
Processo em que ocorre o extravasamento do magma por uma abertura na litosfera, formando uma estrutura 
denominada vulcão, geralmente cônica e montanhosa. O magma, ao atingir a superfície, é denominado lava. A 
maioria dos vulcões surge nos limites entre placas tectônicas. A liberação do magma pode ocorrer em forma 
de derrame (extravasamento lento e gradual) ou erupção (extravasamento rápido e explosivo). O Círculo de 
Fogo do Pacífico (anel de fogo) corresponde à borda da Placa do Pacífico, uma enorme área de contato entre 
diferentes placas que registra o maior número de ocorrências vulcânicas e sísmicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Hotspots (pontos quentes) são uma exceção, pois correspondem a pontos de liberação de magma no 
interior das placas tectônicas, formando um conjunto de ilhas vulcânicas. 
 
Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-
f9fUdCQ9rlc/TuTIsi23AvI/AAAAAAAAAIs/XvxPkW3t0XM/s1600/Forma%25C3%25A7%25C3%25A3o+de+corais.jpg 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
• Sismicismo 
Os abalos sísmicos são comumente chamados de tremores de terra, terremotos (continente) ou maremotos 
(assoalho oceânico). São decorrentes do alívio de tensão de uma falha tectônica ou do choque de placas. É 
liberada uma enorme quantidade de energia em forma de ondas que, ao atingir a superfície, provoca grandes 
tremores. Nesse sentido, é importante diferenciar o epicentro, local na superfície terrestre em que a energia é 
liberada, do hipocentro, local no interior da litosfera onde ocorre a falha ou o choque e posterior liberação de 
energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esses abalos sísmicos podem ser medidos a partir de duas escalas. A escala Richter é uma medida quantitativa 
que mede a magnitude (quantidade de energia liberada) dos terremotos. A escala Mercalli corresponde aos 
efeitos destrutivos gerados pelos terremotos, que se diferenciam de acordo com o desenvolvimento 
socioeconômico dos lugares. Dois terremotos igualmente altos na escala Richter podem ter valores diferentes 
na escala Mercalli, decorrente do desenvolvimento de cada país. 
 
Agentes exógenos (externos) 
• Erosão 
A erosão consiste no desgaste, transporte e deposição dos sedimentos. São tipos de erosão e respectivas 
formas: 
• Pluvial: Provocada pela precipitação e pode levar ao ravinamento do solo, evoluindo para uma voçoroca. É 
agravada pela remoção da cobertura vegetal para ocupação ou atividade agrícola. Nas encostas, essa 
erosão produz os movimentos de massa, podendo levar a grandes perdas materiais e humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://professorjamesonnig.files.wordpress.com/2012/10/vertente-para-o-blog.png?w=552&h=343 
 
http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/descomplica-blog/wp-content/uploads/2015/09/plano_de_seguranca_escarpa.jpg
 
 
 
 
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Geografia 
 
• Fluvial: Provocada pela ação dos rios e leva à formação de vales e cânions. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: 
http://s2.glbimg.com/m2vzTbevwRvxjPMiSyId5FeFcb8=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2016/02/23/canions.jpg 
 
 
• Eólica: Provocada pela ação dos ventos e é comumente associada ao relevo em forma de taça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSp0H1y3X7I0SQ7GSe9DOgDYvIqAx_8fJ2UjFfowh8H4ChG_XED 
 
• Marinha: Provocada pelo mar, principalmente a ação das ondas. É denominada abrasão marinha e produz 
formas características, como a falésia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://www.abc.net.au/news/image/2691092-3x2-940x627.jpg 
 
 
 
 
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Geografia 
 
 
• Glacial ou nival: Provocada pela ação de geleiras, que conseguem carregar grandes massas. Formam 
vales em forma de U, denominados fiordes. São grandes vales rochosos com paredões. Também 
produzem as morainas e as estrias glaciares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9c/Glacier_svartisen_engabreen.JPG 
 
 
• Intemperismo 
O processo de intemperismo, também conhecido como meteorização, consiste na transformação das rochas 
em fragmentos, sedimentos. O principal produto do intemperismo é o solo. Esse processo de formação dos 
solos é denominado pedogênese. O intemperismo pode ser classificado em: 
• Físico: Transformações que derivam de fenômenos físicos, tais como a temperatura e a pressão. 
• Químico: Transformações que derivam de fenômenos químicos, tais como a hidrólise, acidificação e 
oxidação. O principal agente é a água. 
• Biológico: Transformações que derivam da ação de seres vivos e que frequentemente aparecem 
associadas a um dos outros dois tipos de intemperismo. Alguns exemplos do intemperismo biológico 
podem ser destacados, tais como a ação das minhocas, da decomposição de organismos e de raízes de 
árvores. 
 
Cabe destacar que, nas áreas mais secas, existe o predomínio do intemperismo físico, a exemplo do Sertão 
Nordestino, e nas áreas mais úmidas, existe o predomínio do intemperismo químico, a exemplo das áreas 
litorâneas e da Amazônia. 
 
 
 
 
 
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Geografia 
 
Exercícios 
 
1. As rochas são desagregadas e decompostas e os materiais resultantes de sua ação, tais como seixos, 
cascalhos, areias, siltes e argilas, são carregados e depois depositados e, também, substâncias 
dissolvidas na água podem precipitar. Em virtude de sua atuação, quaisquer rochas, independentemente 
de suas características, podem ficar destacadas no relevo. 
BELLOMO, H. R. et al. (Org.). Rio Grande do Sul: aspectos da geografia. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1997 (adaptado). 
 
O texto refere-se à modelagem do relevo pelos processos naturais de 
a) magmatismo e fusão. 
b) vulcanismo e erupção. 
c) intemperismo e erosão. 
d) tectonismo e subducção. 
e) metamorfismo e recristalização. 
 
 
2. O terremoto de 8,8 na escala Richter que atingiu a costa oeste do Chile, em fevereiro, provocou mudanças 
significativas no mapa da região. Segundo uma análise preliminar, toda a cidade de Concepción se 
deslocou pelo menos três metros para a oeste, enquanto Santiago, mais próxima do local do evento, 
deslocou-se quase 30 centímetros para a oeste-sudoeste. As cidades de Valparaíso, no Chile, e Mendoza, 
na Argentina, também tiveram suas posições alteradas significativamente (13,4 centímetros e 8,8 
centímetros, respectivamente). 
Revista InfoGNSS, Curitiba, ano 6, n. 31,2010. 
 
No texto, destaca-se um tipo de evento geológico frequente em determinadas partes da superfície 
terrestre. Esses eventos estão concentrados em 
a) áreas vulcânicas, onde o material magmático se eleva, formando cordilheiras. 
b) faixas costeiras, onde o assoalho oceânico recebe sedimentos, provocando tsunamis. 
c) estreitas faixas de intensidade sísmica, no contato das placas tectônicas, próximas a dobramentos 
modernos. 
d) escudos cristalinos, onde as rochas são submetidas aos processos de intemperismo, com 
alterações bruscas de temperatura. 
e) áreas de bacias sedimentares antigas, localizadas no centro das placas tectônicas, em regiões 
conhecidas como pontos quentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
 
3. 
 
SUERTEGARAY, D. M. A.(Org.).Terra: feições ilustradas. Porto Alegre: EdUFRGS, 2003 (adaptado). 
 
A imagem representa o resultado da erosão que ocorre em rochas nos leitos dos rios, que decorre do 
processo natural de 
a) fraturamento geológico, derivado da força dos agentes internos. 
b) solapamento de camadas de argilas, transportadas pela correnteza. 
c) movimento circular de seixos e areias, arrastados por águas turbilhonares. 
d) decomposição das camadas sedimentares, resultante da alteração química. 
e) assoreamento no fundo do rio, proporcionado pela chegada de material sedimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
4. 
 
LEINZ, V. Geologia geral. São Paulo: Editora Nacional, 1989 (adaptado). 
 
A causa da formação do curso d'água encachoeirado, tal como ilustrado na imagem, é a 
a) deposição de fragmentos rochosos. 
b) circulação das águas em redemoinho. 
c) quantidade de material sólido transportado. 
d) escavação de caldeirões pelo turbilhonamento. 
e) diferente resistência à erosão oferecida pelas rochas. 
 
 
5. De repente, ouve-se uma explosão. Espanto! Num instante, todos estão na rua. Espetáculo alucinante, o 
topo do Vesúvio havia se partido em dois. Uma coluna de fogo escapa dali. Logo depois é a agitação. Em 
volta começa a desabar uma chuva de projéteis: pedras-pomes, lapili e, às vezes, pedaços de rochas — 
fragmentos arrancados do topo da montanha e da tampa que obstruía a cratera. 
GUERDAN, R. A tragédia de Pompeia. Disponível em: www2.uol.com.br. Acesso em: 24 out. 2015 (adaptado). 
 
A destruição da cidade relatada no texto foi decorrente do seguinte fenômeno natural: 
a) Atuação de epirogênese recente. 
b) Emissão de material magmático. 
c) Rebaixamento da superfície terrestre. 
d) Decomposição de estruturas cristalinas. 
e) Metamorfismo de horizontes sedimentares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
6. A destruição, o transporte e a deposição de pequenos fragmentos rochosos dependem da direção e 
intensidade com que este agente atua na superfície terrestre, sobretudo em regiões áridas e semiáridas, 
com pouca presença de vegetação. É nesse ambiente que se verifica o constante trabalho de formação, 
destruição e reconstrução de elevações de areia que recebem o nome de dunas. 
LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia geral. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1995 (adaptado). 
 
A modelagem do relevo apresentado relaciona-se ao processo de erosão decorrente da ação 
a) glacial. 
b) fluvial. 
c) eólica. 
d) pluvial. 
e) marinha. 
 
 
7. Um dos principais objetivos de se dar continuidade às pesquisas em erosão dos solos é o de procurar 
resolver os problemas oriundos desse processo, que, em última análise, geram uma série de impactos 
ambientais. Além disso, para a adoção de técnicas de conservação dos solos, é preciso conhecer como 
a água executa seu trabalho de remoção, transporte e deposição de sedimentos. A erosão causa, quase 
sempre, uma série de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo em grandes áreas. 
GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de 
bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007 (adaptado). 
 
A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para evitar 
catástrofes em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue no caminho contrário 
a essa solução é 
a) a aração. 
b) o terraceamento. 
c) o pousio. 
d) a drenagem. 
e) o desmatamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Geografia 
 
8. Leia atentamente o seguinte enunciado: 
“Os processos associados aos rios, denominados processos fluviais, enquadram-se, num sentido mais 
amplo, no conjunto de processos aluviais, que compreendem a erosão, transporte e sedimentação em 
leques aluviais, rios e leques deltaicos". 
Riccomini, C., Giannini, P. C. e Mancini, F. Rios e Processos aluviais. In. Decifrando a Terra. Teixeira, W. et al. São Paulo. Oficina 
de Textos. 2001. 
 
Os leques aluviais, presentes em várias regiões de clima árido e úmido, constituem um importante tipo 
de depósito, com grande importância econômica, uma vez que podem conter ouro e diamantes dentre 
outros tipos de placer 
. 
Dentre as principais características desses sistemas, encontra-se 
a) a tendência de apresentarem forte escoamento superficial e transporte de clastos de granulação 
grossa resultante da desagregação mecânica das rochas. 
b) a presença majoritária de sedimentos finos depositados durante o Cretáceo em ambientes 
fluviomarinhos. 
c) a ocorrência de camadas sub-horizontais de rochas cristalinas que recobrem um substrato com 
dobras e falhas. 
d) o conteúdo variável de detritos orgânicos em camadas empilhadas, compostas por sedimentos finos 
como argilas siltosas. 
e) A existência de depósito granulares de cascalho com camadas horizontais de rochas sedimentares 
litificadas sobre enorme pressão. 
 
 
9. Os produtos do intemperismo (rocha alterada e solo) mostram-se sujeitos a outros processos (erosão, 
transporte, sedimentação) levando à denudação continental e aplainamento do relevo. 
Adaptado de: http://professor.pucgoias.edu.br 
 
Solos pouco evoluídos, delgados, com ausência de horizonte B, onde predominam de forma bastante 
preservadas as características da rocha original, são conhecidos como 
a) luvissolos. 
b) argissolos. 
c) neossolos. 
d) planossolos. 
e) nitossolos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://professor.pucgoias.edu.br/
 
 
 
 
10 
Geografia 
 
10. Observe atentamente a figura a seguir: 
 
 
Assinale o título que define corretamente essa sucessão de ilustrações de um importante fato geológico. 
a) A Formação de Dobras na Crosta Terrestre 
b) O Desenvolvimento de um Graben Tectônico 
c) A Evolução dos Processos de Erosão Eólica em Ambiente Árido 
d) A Gênese de Pedimentos Tectônicos 
e) A Zona de Subducção de Placas Litosféricas 
 
 
 
 
11 
Geografia 
 
Gabarito 
 
1. C 
O intemperismo físico (variação de temperatura) e químico (ação da água) é responsável pela 
desagregação das rochas. A erosão consiste no desgaste da superfície com remoção de partículas 
minerais (cascalho, argila, areia e silte) e matéria orgânica, com a ação de agentes exógenos, como a água 
e o vento. Por vezes, a combinação desses processos leva à exposição de rochas na superfície, inclusive 
os blocos chamados de matacões. 
 
2. C 
A propagação de ondas sísmicas tem sua origem em áreas de bordas de placas tectônicas, a exemplo da 
localização do Chile na Cordilheira dos Andes. 
 
3. C 
A forma resultante da ação erosiva (tendo como agente as águas dos rios) aponta que o processo que a 
originou foram sucessivos movimentos circulares, com a presença de sedimentos. Sendo assim, a única 
opção que faz a descrição desses movimentos é a que fala sobre as águas turbilhonares com a presença 
de seixos e areias. 
 
4. E 
Conforme a figura, a formação da cachoeira ocorre devido à erosão diferencial provocada pela água do rio 
nas rochas. A queda d’água ocorre onde a rocha oferece maior resistência à erosão remontante. 
 
5. B 
O texto relata a explosão vulcânica do Vesúvio, cujo fenômeno é responsável pela ascensão do material 
magmático em forma de fragmentos rochosos e lava vulcânica. 
 
6. C 
Em regiões áridas e semiáridas, com escassez de água, predomina o intemperismo físico (desagregação 
das rochas pela variação de temperatura: dilatação e contração) e a erosão eólica (desgaste da superfície 
com remoção de partículas minerais pelo vento). Esses processos levam à modelagem das formas de 
relevo dessas regiões, como os inselbergs do semiárido do Sertão Nordestino, os cogumelos (formas 
residuais) e as dunas nos desertos. 
 
7. E 
No clima equatorial, a elevada e constante pluviosidade retira os cátions de cálcio, potássio e magnésio e 
concentra os cátions de hidrogênio e alumínio, criandoa tendência de acidificação do solo. As alternativas 
anteriores estão incorretas, pois, para haver a acidificação, os solos passam pelo processo de lixiviação 
(lavagem), cuja pré-condição é a elevada pluviosidade, que não é encontrada em climas áridos, 
intertropicais, polares ou temperados. 
 
8. A 
O leque aluvial, ou cone aluvial, é uma feição de relevo resultante do acúmulo de sedimentos com diversas 
granulações transportados pelo intenso escoamento superficial da água. Apresenta inclinação suave, pois 
localiza-se na base de uma vertente. Normalmente, apresenta a forma de “leque” devido às ramificações do 
fluxo de água na deposição dos sedimentos. 
 
 
 
 
 
12 
Geografia 
 
9. C 
Os neossolos são caracterizados pela baixa profundidade e pequeno desenvolvimento e, dessa forma, 
apresentam baixa retenção de água. 
 
10. B 
A sequência das ilustrações indica a formação de um graben, ou seja, uma fossa ou depressão de origem 
tectônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
Clima e biomas do Brasil 
 
Resumo 
 
Climas do Brasil 
Para entender o clima brasileiro, é necessário compreender as massas de ar que atuam no país. 
Massa equatorial continental - mEc: Origina-se no Equador, por isso, é quente. Forma-se sobre o 
continente, o que a faria ser seca, porém, na região, existe a Floresta Amazônica, que, devido à 
evapotranspiração, faz com que essa massa seja úmida. É responsável por também provocar chuvas nas 
Regiões Centro-Oeste e Sudeste. Esse processo de transporte de enorme quantidade de água na atmosfera é 
denominado rios voadores. É responsável pelo clima equatorial, com elevados índices pluviométricos e 
térmicos ao longo do ano, formando uma enorme zona de convergência de ventos. 
Massa equatorial atlântica - mEa: Origina-se no Equador, por isso, é quente. Forma-se sobre o oceano e, 
por isso, é úmida. Colabora para a formação dos ventos alísios no Nordeste. 
Massa tropical continental - mTc: Origina-se no Trópico, por isso, é quente. Forma-se sobre o continente, 
na depressão do Chaco, na Bolívia, Argentina e Paraguai, por isso, é seca. Sua atuação no território brasileiro é 
o que caracteriza o clima tropical típico ou continental, com versão chuvoso e inverno seco. 
Massa tropical atlântica - mTa: Origina-se no Trópico, por isso, é quente. Forma-se sobre o oceano e, 
por isso, é úmida. Atua em todo o litoral brasileiro, caracterizando o clima tropical úmido ou litorâneo, que 
apresenta maiores índices pluviométricos. Na área de atuação (Sudeste) dessa massa, ocorre a formação de 
uma célula de alta pressão (anticiclone) que impede a chegada de umidade da mEc e do litoral, provocando 
secas na região mais densamente ocupada do país. 
Massa polar atlântica - mPa: Origina-se na região polar, por isso, é fria. Forma-se sobre o Oceano 
Atlântico e, por isso, é úmida. É responsável pela neve no Sul e pelas diversas frentes frias que chegam no país. 
Quando a frente fria penetra na Amazônia, origina o fenômeno da friagem. Sua influência forma o clima 
subtropical, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano e grande variação de amplitude térmica, o que 
possibilita quatro estações do ano mais bem definidas. 
É importante destacar que a variação altimétrica do território brasileiro, principalmente no litoral do 
Sudeste, produz o clima tropical de altitude, caracterizado por uma estação chuvosa e outra seca, com grande 
amplitude térmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
Vegetação brasileira 
A distribuição da vegetação brasileira possui correlação direta com a distribuição climática. É impossível 
estudar a primeira sem entender a segunda. Sobre a distribuição da vegetação, é possível fazer uma abordagem 
apenas sobre os ecossistemas, no caso biomas, que a Biologia já faz. Para a Geografia, interessam muito mais 
os domínios morfoclimáticos. Esses são caracterizados não só pela fitogeografia (distribuição da vegetação), 
mas também pelo relevo e clima predominantes. 
 
 
Disponível em: https://momentogeo.files.wordpress.com/2012/06/dominios-moforclimaticos1.jpg 
 
Domínio Amazônico: Caracterizado pela Floresta Amazônica, com vegetação latifoliada, higrófila, 
hidrófila, grande biodiversidade e três extratos de vegetação (mata de igapó, mata de várzea e mata de terra 
firme). O clima é equatorial e o relevo é formado por terras baixas (Planície Amazônica) e planaltos residuais. 
O principal impacto é o avanço da pecuária, que é responsável por 70% do desmatamento. A extração de 
madeira e o avanço da soja, somados à atividade pecuária, caracterizam o avanço da fronteira agrícola sobre 
esse domínio. 
Domínio dos Mares de Morro: Atualmente, restam apenas 7% da Mata atlântica e, por isso, é o único 
domínio que não carrega o nome da vegetação. A floresta tropical é caracterizada por vegetação latifoliada, 
higrófila e está presente no litoral do país. O relevo é composto por uma imensidão de morros em formato de 
meia laranja (mamelonar) e, por isso, seu nome. Estende-se do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. O 
principal impacto é a ocupação humana, atividade colonial e urbanização. É considerado um hotspot da 
biodiversidade, isto é, área com enorme presença de vegetação endêmica e com menos de 70% da sua 
cobertura original. 
Domínio das Araucárias: Caracterizado por uma vegetação aciculifoliada, isto é, em forma de agulha, 
adaptada ao clima subtropical. Característica do Sul do país, principalmente o estado do Paraná, onde a 
Araucária é símbolo e parte da identidade do estado. O relevo predominante é de planaltos e serras. O principal 
impacto é o desmatamento para a construção civil, indústria da celulose e moveleira. 
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
Domínio do Cerrado: Vegetação tropófila adaptada ao clima tropical típico, verão chuvoso e inverno 
seco. Relevo de planaltos e chapadas. O principal impacto é o avanço do agronegócio (soja). É considerado a 
caixa d’água do Brasil, com seu sistema de veredas (vegetação que cresce nas áreas úmidas do Cerrado e que 
ajuda a represar a água). É o segundo domínio considerado um hotspot. 
Domínio da Caatinga: Vegetação xerófila adaptada ao clima semiárido, como as cactáceas e arbustos 
caducifólios e espinhosos. Podem armazenar água no caule e nas raízes. Geralmente, é associado a uma 
vegetação esbranquiçada. É o único bioma típico do país, embora alguns pesquisadores o caracterizem como 
Estepes. O relevo é marcado por inselbergs (morros residuais com entorno plano). O principal impacto é o 
processo de desertificação e salinização dos solos. 
Domínio das Pradarias: Também denominado Pampas ou Campos Sulinos, apresenta um relevo 
formado por coxilhas (colina aplainada) cobertas por vegetação herbácea. O clima predominante é o 
subtropical. O principal impacto é o avanço da atividade pecuária e o processo de arenização (perda de 
fertilidade devido à formação de bancos de areia). 
Por fim, o Pantanal, a Mata dos Cocais e o Agreste são considerados zonas de transição, ou ecótonos, 
e possuem características mistas entre os domínios que estão localizados. 
 
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
Exercícios 
 
1. “O que mais há na Terra é paisagem (…) Não faltam cores a esta paisagem (…)Tem épocas do ano em 
que o chão é verde, outras, amarelo, e depois castanho ou negro.” 
SARAMAGO, José. Levantando do chão. Caminho, Lisboa, 1979. 
 
O Brasil apresenta a maior parte de suas terras na zona intertropical da Terra, o que resulta em climas 
que não apresentam as quatro estações definidas. Foge a essa consideração apenas o clima: 
a) equatorial 
b) tropical de altitude 
c) subtropical 
d) temperado 
e) tropical litorâneo 
 
 
2. A convecção na Região Amazônica é um importante mecanismo da atmosfera tropical e sua variação, 
em termos de intensidade e posição, tem um papel importante na determinação do tempo e do clima 
dessa região. A nebulosidade e o regime de precipitação determinam o clima amazônico.FISCH, G.; MARENGO, J. A.; NOBRE, C. A. “Uma revisão geral sobre o clima da Amazônia”. Acta Amazônica, v. 28, n. 2, 1993 
(adaptado). 
O mecanismo climático regional descrito está associado à característica do espaço físico de 
a) resfriamento da umidade da superfície. 
b) variação da amplitude de temperatura. 
c) dispersão dos ventos contra-alísios. 
d) existência de barreiras de relevo. 
e) convergência de fluxos de ar. 
 
 
3. A presunção de que a superfície das chapadas e chapadões representa uma velha peneplancíe é a 
corroborada pelo fato de que ela é coberta por acumulações superficiais, tais como massas de areia, 
camadas de cascalhos e seixos e pela ocorrência generalizada de concreções ferruginosas que formam 
uma crosta laterítica, denominada “canga”. 
WEIBEL, L. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br. Acesso em: 8 jul. 2015 (adaptado). 
 
Qual tipo climático favorece o processo de alteração do solo descrito no texto? 
a) Árido, com déficit hídrico. 
b) Subtropical, com baixas temperaturas. 
c) Temperado, com invernos frios e secos. 
d) Tropical, com sazonalidade das chuvas. 
e) Equatorial, com pluviosidade abundante. 
 
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
4. TEXTO I 
Há mais de duas décadas, os cientistas e ambientalistas têm alertado para o fato de a água doce ser um 
recurso escasso em nosso planeta. Desde o começo de 2014, o Sudeste do Brasil adquiriu uma clara 
percepção dessa realidade em função da seca. 
 
TEXTO II 
Dinâmicas atmosféricas no Brasil 
Elementos relevantes ao transporte de umidade na América do Sul a leste dos Andes pelos Jatos de 
Baixos Níveis (JBN), Frentes Frias (FF) e transporte de umidade do Atlântico Sul, assim como a presença 
da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), para um verão normal e para o verão seco de 2014. “A” 
representa o centro da anomalia de alta pressão atmosférica. 
 
 
MARENGO, J. A. et al. A seca e a crise hídrica de 2014-2015 em Sao Paulo. Revista USP, n. 106, 2015 (adaptado). 
 
De acordo com as informações apresentadas, a seca de 2014, no Sudeste, teve como causa natural o(a) 
a) constituição de frentes quentes barrando as chuvas convectivas. 
b) formação de anticiclone impedindo a entrada de umidade. 
c) presença de nebulosidade na região de cordilheira. 
d) avanço de massas polares para o continente. 
e) baixa pressão atmosférica no litoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
5. 
 
Disponível em: http://globalwarmingart.com. Acesso em: 12 jul. 2015 (adaptado). 
 
Qual característica do meio físico é condição necessária para a distribuição espacial do fenômeno 
representado? 
a) Cobertura vegetal com porte arbóreo. 
b) Barreiras orográficas com altitudes elevadas. 
c) Pressão atmosférica com diferença acentuada. 
d) Superfície continental com refletividade intensa. 
e) Correntes marinhas com direções convergentes. 
 
 
6. Ao destruir uma paisagem de árvores de troncos retorcidos, folhas e arbustos ásperos sobre os solos 
ácidos, não raro laterizados ou tomados pelas formas bizarras dos cupinzeiros, essa modernização 
lineariza e aparentemente não permite que se questione a pretensão modernista de que a forma deve 
seguir a função. 
HAESBAERT, R. “Gaúchos” e baianos no “novo” Nordeste: entre a globalização econômica e a reinvenção das identidades 
territoriais. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, R. L. (Org.). Brasil: questões atuais da reorganização do território. Rio de 
Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. 
 
O processo descrito ocorre em uma área biogeográfica com predomínio de vegetação 
a) tropófila e clima tropical. 
b) xerófila e clima semiárido. 
c) hidrófila e clima equatorial. 
d) aciculifoliada e clima subtropical. 
e) semidecídua e clima tropical úmido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
7. No mês de fevereiro de 2015, foram detectados 42 quilômetros quadrados de desmatamento na 
Amazônia Legal. Isso representa um aumento de 282% em relação a fevereiro de 2014. O desmatamento 
acumulado no período de agosto de 2014 a fevereiro de 2015 atingiu 1 702 quilômetros quadrados. 
Houve aumento de 215% do desmatamento em relação ao período anterior (agosto de 2013 a fevereiro 
de 2014). 
FONSECA, A.; SOUZA JR., C.; VERlSSIMO, A. Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (fev. 2015). Belém: Imazon, 2015. 
 
O dano ambiental relatado deriva de ações que promovem o(a) 
a) instalação de projetos silvicultores. 
b) especialização da indústria regional. 
c) expansão de atividades exportadoras. 
d) fortalecimento da agricultura familiar. 
e) crescimento da integração lavoura-pecuária. 
 
 
8. O bioma Cerrado foi considerado recentemente um dos 25 hotspots de biodiversidade do mundo, 
segundo uma análise em escala mundial das regiões biogeográficas sobre áreas globais prioritárias para 
conservação. O conceito de hotspot foi criado tendo em vista a escassez de recursos direcionados para 
conservação, como objetivo de apresentar os chamados “pontos quentes", ou seja, locais para os quais 
existe maior necessidade de direcionamento de esforços, buscando evitar a extinção de muitas espécies 
que estão altamente ameaçadas por ações antrópicas. 
PINTO, P.P.; DINIZ-FILHO, J. A. F. In: ALMEIDA, M. G. (Org.). Tantos cerrados: múltiplas abordagens sobre a biogeodiversidade e 
singularidade cultural. Goiânia: Vieira. 2005 (adaptado). 
 
A necessidade desse tipo de ação na área mencionada tem como causa a 
a) intensificação da atividade turística. 
b) implantação de parques ecológicos. 
c) exploração dos recursos minerais. 
d) elevação do extrativismo vegetal. 
e) expansão da fronteira agrícola. 
 
 
9. Determinado bioma brasileiro apresenta vegetação conhecida por perder as folhas e ficar apenas com 
galhos esbranquiçados, ao passar por até nove meses de seca. As plantas podem acumular água no 
caule e na raiz, além de apresentarem folhas pequenas, que em algumas espécies assumem a forma de 
espinhos. 
Qual região fitogeográfica brasileira apresenta plantas com essas características? 
a) Cerrado. 
b) Pantanal. 
c) Caatinga. 
d) Mata Atlântica. 
e) Floresta Amazônica. 
 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
10. 
 
Disponível em: <http://www.ra-bugio.org.br>. Acesso em: 28 jul. 2010. 
 
A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de um importante bioma brasileiro que, no entanto, já 
foi bastante degradado pela ocupação humana. Uma das formas de intervenção humana relacionada à 
degradação desse bioma foi 
a) o avanço do extrativismo de minerais metálicos voltados para a exportação na região Sudeste. 
b) a contínua ocupação agrícola intensiva de grãos na região Centro-Oeste do Brasil. 
c) o processo de desmatamento motivado pela expansão da atividade canavieira no Nordeste brasileiro. 
d) o avanço da indústria de papel e celulose a partir da exploração da madeira, extraída principalmente 
no Sul do Brasil. 
e) o adensamento do processo de favelização sobre áreas da Serra do Mar na região Sudeste. 
 
 
 
 
 
9 
Geografia 
 
Gabarito 
 
1. C 
Entre os climas existentes no Brasil, o subtropical é aquele que foge a essa consideração. O clima 
temperado não é encontrado no país. 
 
2. E 
A Amazônia está situada em área de baixa latitude e, portanto, de elevada média térmica, o que resulta em 
uma área de convergência de fluxos de ar. 
 
3. D 
A descrição do texto indica a região do Planalto Central, com presença de solos lateríticos. Tal tipo de solo 
é característico de clima tropical típico, com um período de chuva e outro, de seca. Tal variabilidade 
determina a lixiviação e concentração, na superfície, de hidratos de ferro e alumínio, formando as cangas. 
 
4. B 
A formação de um anticiclone no litoral (centro de alta pressão), que é uma área de divergência de ventos, 
impede o ingresso das massas úmidas, causando a seca no Sudeste. 
 
5. C 
Os ciclones tropicais se formam devido à diferença de pressão atmosférica. 
 
6. A 
A descrição feita pelo textoresume as características do Cerrado: clima tropical semiúmido, com verões e 
invernos quentes, e chuvas concentradas no verão. É caracterizado pela vegetação tropófila, que se adapta 
à intermitência da pluviosidade. 
 
7. C 
O desmatamento na Amazônia tem sido causado pela expansão do agronegócio, que é voltado para a 
exportação. 
 
8. E 
O Cerrado é um bioma complexo, com grande biodiversidade. É um bioma de Savana, com estratos 
herbáceo e arbustivo dominantes, além de árvores com troncos tortuosos. Esse bioma está sendo 
devastado pelo avanço da agropecuária nos últimos anos. 
 
9. C 
A descrição corresponde à Caatinga, que possui vegetação decídua e xerófita. Tais características são 
influenciadas pelo clima semiárido. 
 
10. D 
A Mata de Araucária foi devastada principalmente para a produção de celulose, móveis e construção civil 
(casas). 
 
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
Impactos ambientais 
 
Resumo 
 
Movimento de massa: A remoção da vegetação das encostas para ocupação agrícola ou urbana diminui a 
infiltração e aumenta o escoamento superficial, causando deslizamentos nessas áreas de elevada declividade. 
 
Enchente: De forma bem similar ao impacto anterior, a impermeabilização do solo diminui as taxas de infiltração 
do solo. Quando ocorre uma chuva, essa água rapidamente chega aos canais, aumentando o nível dos rios. A 
canalização dos rios e o assoreamento agravam esse fenômeno, causando perdas materiais e humanas, 
principalmente devido à ocupação das margens dos rios. 
 
Lixo urbano: O surgimento de uma sociedade de consumo em massa possibilitada e exigida pelo Fordismo 
aumentou drasticamente a quantidade de lixo gerado. Atualmente, a obsolescência programada, característica 
do Toyotismo, agrava a geração de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. O lixo produz chorume 
(líquido que polui o solo e as águas), além de gases e outras substâncias tóxicas. Para resolver essa questão, é 
necessário substituir os lixões (locais inadequados em que se deposita o lixo) por aterros sanitários (locais 
preparados para receber o lixo), além de repensar nossa relação com o consumo. 
 
Emissão de gases: A queima de combustíveis fósseis (transporte e indústria) é a principal razão para a maior 
emissão de gases poluentes. Muitos desses gases agravam o efeito estufa, contribuindo, assim, para o 
aquecimento global. 
 
 
Disponível em: https://static.todamateria.com.br/upload/58/5b/585bea1f823ca-efeito-estufa.jpg 
 
Chuva ácida: Ocorre devido à emissão de dióxido de enxofre (SO2) e dióxido de nitrogênio (NO2), que reagem 
com o vapor d’água na atmosfera, aumentando a acidez da chuva. O principal impacto é a alteração do pH dos 
corpos hídricos e ecossistemas. No meio urbano, pode corroer faixadas de prédios, estátuas e outros 
monumentos. 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
 
 
Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/wp-content/uploads/2017/05/chuva-acida-1024x551.png 
 
Ilha de calor: Corresponde ao aumento da temperatura média dos centros urbanos, quando comparada às 
áreas periféricas menos urbanizadas. Decorre da poluição atmosférica, pavimentação das ruas e diminuição 
das áreas verdes. 
 
 
Disponível em: http://www.karlacunha.com.br/wp-content/uploads/2014/10/ilha-de-calor.jpg 
 
Inversão térmica: Fenômeno no qual o ar mais frio e denso já se encontra próximo à superfície do solo, 
rompendo a circulação atmosférica (vento). Com isso, a poluição emitida pela atividade humana tende a se 
concentrar nessa camada, gerando um enorme “balão de ar poluído” nos centros urbanos. O principal impacto 
são os problemas respiratórios. 
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
 
 
Disponível em: https://static.todamateria.com.br/upload/52/40/52405bd6336c6-inversao-termica-large.jpg 
 
 
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
Exercícios 
 
1. O fenômeno de ilha de calor é o exemplo mais marcante da modificação das condições iniciais do clima 
pelo processo de urbanização, caracterizado pela modificação do solo e pelo calor antropogênico, o qual 
inclui todas as atividades humanas inerentes à sua vida na cidade. 
BARBOSA, R. V. R. Áreas verdes e qualidade térmica em ambientes urbanos: estudo em microclimas em Maceió. São Paulo: 
EdUSP, 2005. 
 
O texto exemplifica uma importante alteração socioambiental, comum aos centros urbanos. A 
maximização desse fenômeno ocorre 
a) pela reconstrução dos leitos originais dos cursos d'água antes canalizados. 
b) pela recomposição de áreas verdes nas áreas centrais dos centros urbanos. 
c) pelo uso de materiais com alta capacidade de reflexão no topo dos edifícios. 
d) pelo processo de impermeabilização do solo nas áreas centrais das cidades. 
e) pela construção de vias expressas e gerenciamento de tráfego terrestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
2. 
 
Os 225,8 km de água enlameada que cruzam a Floresta Amazônica anunciam a tragédia adiante: 
megagarimpos ilegais encravados na Terra Indígena Munduruku e na Floresta Nacional do Crepori, no 
sudoeste do Pará. Mas, ao contrário do rio Doce, a destruição do remoto rio das Tropas acontece de 
forma oculta – menos para os índios. Cansados de esperar uma intervenção do Estado, guerreiros e 
lideranças da etnia, incluindo o cacique geral, Arnaldo Kaba, organizaram uma expedição para expulsar 
os garimpeiros não indígenas do local. Em seis lanchas, dezenas viajaram armados com flechas e 
espingardas de caça, incluindo mulheres, crianças e idosos. 
Adaptado de Folha de São Paulo, 04/02/2018. 
 
A reportagem aborda conflitos que simbolizam as muitas diferenças culturais entre grupos na região 
amazônica, como indígenas e garimpeiros, em especial no que diz respeito à relação com o ecossistema. 
 
O uso da terra e de seus recursos nas sociedades indígenas é baseado no seguinte princípio: 
a) estabilidade climática. 
b) preservação ambiental. 
c) hierarquização produtiva. 
d) sustentabilidade comercial. 
e) desconcentração fundiária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
3. O Decreto Federal n. 7.390/2010, que regulamenta a Lei da Política Nacional sobre Mudança do Clima 
(PNMC) no Brasil, projeta que as emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) em 2020 serão de 
3,236 milhões. Esse mesmo decreto define o compromisso nacional voluntário do Brasil em reduzir as 
emissões de GEE projetadas para 2020 entre 38,6% e 38,9%. 
BRASIL. Decreto n. 7.390, de 9 de dezembro de 2010. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2014. (adaptado). 
 
O cumprimento da meta mencionada está condicionada por 
a) abdicar das usinas nucleares. 
b) explorar reservas do pré-sal. 
c) utilizar gás de xisto betuminoso. 
d) investir em energias sustentáveis. 
e) encarecer a produção de automóveis. 
 
 
4. 
 
Disponível em: http://img15.imageshack.us (adaptado). 
 
A maior frequência na ocorrência do fenômeno atmosférico apresentado na figura relaciona-se a 
a) concentrações urbano-industriais. 
b) episódios de queimadas florestais. 
c) atividades de extrativismo vegetal. 
d) índices de pobreza elevados. 
e) climas quentes e muito úmidos. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
5. Nas últimas décadas, descobriu-se que os volumosos e inadequados descartes de resíduos plásticos e 
de outros materiais sintéticos, mesmo quando realizados nos continentes, podem resultar em 
consideráveis depósitos em áreas distantes nos oceanos e mares, seja em seu fundo, na coluna d’água, 
ou na sua superfície. Como consequência, ocorrem mudanças físicas, químicas e ecológicas nesses 
oceanos e mares, em que alguns desses depósitos já atingem a escala planetária, como é o caso dos 
materiais plásticos flutuantes representados na figura. 
www.revistapesquisafapesp.br, maio de 2016. 
 
DEPÓSITOS FLUTUANTES DE RESÍDUOS PLÁSTICOS NOS OCEANOS 
 
Ocean Trash Map - National Geographic. www.news.nationalgeographic.com.Adaptado. 
 
Os depósitos flutuantes representados na figura apresentam-se 
a) com padrões concentrados na parte interna dos giros oceânicos do Pacífico norte e sul, locais de 
menor atividade das grandes correntes marinhas. 
b) com maior acumulação no litoral de ambos os hemisférios, devido à atuação de importantes 
correntes marinhas nessas áreas. 
c) mais volumosos no hemisfério norte, em função das menores temperaturas de suas águas, o que 
faz aumentar a velocidade de correntes, como a do Peru e a do Japão. 
d) com concentrações idênticas em ambos os hemisférios, devido à forte atuação de importantes 
correntes marinhas que transitam do hemisfério norte ao sul. 
e) mais concentrados e abundantes no hemisfério norte, devido à grande mobilidade de importantes 
correntes marinhas, como a de Humboldt e a de Madagascar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
6. O ganhador do Prêmio Nobel, Philip Fearnside, já alertava em estudos de 2004 que, como consequência 
do desmatamento em grande escala, menos água da Amazônia seria transportada pelos ventos para o 
Sudeste durante a temporada de chuvas, o que reduziria a água das chuvas de verão nos reservatórios 
de São Paulo. 
SERVA, L. Para ganhador do Prêmio Nobel, cheias no Norte e seca no Sudeste estão conectadas. Disponível em: 
www1 .folha.uol.com.br. Acesso em: 10 nov. 2014. 
 
O fator apresentado no texto para o agravamento da seca no Sudeste está identificado no(a) 
a) redirecionamento dos ventos alísios. 
b) redução do volume dos rios voadores. 
c) deslocamento das massas de ar polares. 
d) retenção da umidade na Cordilheira dos Andes. 
e) alteração no gradiente de pressão entre as áreas. 
 
 
7. No início da década de 1990, dois biólogos importantes, Redford e Robinson, produziram um modelo 
largamente aceito de “produção sustentável” que previa quantos indivíduos de cada espécie poderiam 
ser caçados de forma sustentável baseado nas suas taxas de reprodução. Os seringueiros do Alto Juruá 
tinham um modelo diferente: a quem lhes afirmava que estavam caçando acima do sustentável (dentro 
do modelo), eles diziam que não, que o nível da caça dependia da existência de áreas de refúgio em que 
ninguém caçava. Ora, esse acabou sendo o modelo batizado de “fonte-ralo" proposto dez anos após o 
primeiro por Novaro, Bodmer e o próprio Redford e que suplantou o modelo anterior. 
CUNHA, M. C. Revista USP, n. 75, set.-nov. 2007. 
 
No contexto da produção cientifica, a necessidade de reconstrução desse modelo, conforme exposto no 
texto, foi determinada pelo confronto com um(a) 
a) conclusão operacional obtida por lógica dedutiva. 
b) visão de mundo marcada por preconceitos morais. 
c) hábito social condicionado pela religiosidade popular. 
d) conhecimento empírico apropriado pelo senso comum. 
e) padrão de preservação construído por experimentação dirigida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Geografia 
 
8. O modelo de conservacionismo norte-americano espalhou-se rapidamente pelo mundo recriando a 
dicotomia entre “povos” e “parques”. Como essa ideologia se expandiu, sobretudo para os países do 
Terceiro Mundo, seu efeito foi devastador sobre as “populações tradicionais” de extrativistas, pescadores, 
índios, cuja relação com a natureza é diferente da analisada pelos primeiros “ideólogos” dos parques 
nacionais norte-americanos. É fundamental enfatizar que a transposição deste “modelo” de parques sem 
moradores, vindo de países industrializados e de clima temperado, para países cujas florestas 
remanescentes foram e continuam sendo, em grande parte, habitadas por populações tradicionais, está 
na base não só de conflitos insuperáveis, mas de uma visão inadequada de áreas protegidas. 
DIEGUES, A. C. O mito da natureza intocada. São Paulo: Hudtec; Nupaub-USP/CEC, 2008 (adaptado). 
 
O modelo de preservação ambiental criticado no texto é considerado inadequado para o Brasil por 
promover ações que 
a) incentivam o comércio de produtos locais. 
b) separam o homem do lugar de origem. 
c) regulamentam as disputas fundiárias. 
d) deslocam a diversidade biológica. 
e) fomentam a atividade turística. 
 
 
9. 
 
Disponível em: www.bidogiasur.org. Acesso em: 4 jul. 2015 (adaptado). 
A dinâmica hidrológica expressa no gráfico demonstra que o processo de urbanização promove a 
a) redução do volume dos rios. 
b) expansão do lençol freático. 
c) diminuição do índice de chuvas. 
d) retração do nível dos reservatórios. 
e) ampliação do escoamento superficial. 
 
 
 
 
 
10 
Geografia 
 
10. Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas em 
Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do acúmulo demasiado de dióxido de carbono e 
enxofre na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa camada, formam gotículas de chuva ácida 
e partículas de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente ocorre no local poluidor, pois tais 
poluentes, ao serem lançados na atmosfera, são levados pelos ventos, podendo provocar a reação em 
regiões distantes. A água de forma pura apresenta pH 7, e, ao contatar agentes poluidores, reage 
modificando seu pH para 5,6 e até menos que isso, o que provoca reações, deixando consequências. 
Disponível em: http://www.brasilescola.com. Acesso em: 18 maio 2010 (adaptado). 
 
O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador de graves problemas ao meio ambiente: a 
chuva ácida (pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem como consequência 
a) a corrosão de metais, pinturas, monumentos históricos, destruição da cobertura vegetal e 
acidificação dos lagos. 
b) a diminuição do aquecimento global, já que esse tipo de chuva retira poluentes da atmosfera. 
c) a destruição da fauna e da flora e redução de recursos hídricos, com o assoreamento dos rios. 
d) as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão urbano, corroendo, em curto prazo, automóveis e 
fios de cobre da rede elétrica. 
e) a degradação da terra nas regiões semiáridas, localizadas, em sua maioria, no Nordeste do nosso 
país. 
http://www.brasilescola.com/
 
 
 
 
11 
Geografia 
 
Gabarito 
 
1. D 
A grande concentração de concreto e a extensa cobertura asfáltica das cidades elevam a temperatura dos 
centros urbanos, originando uma área de baixa pressão. 
 
2. B 
Um rio pode ter diversas intenções de uso. A questão pede para associar o uso da terra para os indígenas 
com um princípio. A conservação ambiental é inerente ao tipo de vida de alguns povos, que possuem um 
sistema autossustentável de pouco impacto, quando comparado à forma de produção hegemônica. 
 
3. D 
O Brasil apresenta uma Política Nacional sobre Mudança do Clima aprovada pelo Congresso Nacional. 
Portanto, o país se compromete a combater o aquecimento global e adaptar-se às possíveis mudanças 
climáticas. Entre as propostas importantes, encontram-se o combate ao desmatamento em biomas como 
a Amazônia e o incentivo às fontes de energia renováveis, como a eólica e a solar. 
 
4. A 
O mapa mostra as regiões mais industrializadas dos continentes. Nessas regiões, são maiores as emissões 
de gases como óxidos de nitrogênio e de enxofre, responsáveis pela formação dos ácidos nítrico e sulfúrico, 
que contribuem para a formação da “chuva ácida”. 
 
5. A 
Para acertar a questão, é preciso interpretar o mapa. Os padrões mais concentrados estão na parte interna 
dos giros. A maior presença mostrada no mapa encontra-se no Oceano Pacífico norte e sul. 
 
6. B 
O desmatamento em larga escala na Amazônia reduz a evapotranspiração da floresta, que é responsável 
por 50% da umidade do ar. A redução da umidade diminui a quantidade de vapor d’água transportada pela 
Massa Equatorial Continental. A transferência de umidade da Amazônia para outras regiões, como o 
Centro-Oeste e o Sudeste, ocorre através desses “rios voadores” compostos pela mEc. 
 
7. D 
A reconstrução do modelo ocorreu a partir da observação e checagem dos dados, portanto,do confronto 
entre a concepção científica e o conhecimento empírico. 
 
8. B 
Alguns modelos de unidades de conservação que separam o homem do lugar acabam entrando em conflito 
com a cultura dos povos tradicionais, como indígenas, caiçaras e quilombolas. Esses povos sempre usaram 
os recursos naturais para sua sobrevivência e, assim, se faz necessário que o modelo de conservação 
também incorpore essa questão. 
 
 
9. E 
A impermeabilização do solo das cidades impede ou dificulta a infiltração da água, resultando em aumento 
do escoamento superficial. 
 
 
 
 
 
12 
Geografia 
 
10. A 
A produção industrial tem sido crescente desde o século XIX até hoje e, com isso, a atmosfera recebe 
quantidades crescentes de gases do efeito estufa e resíduos industriais variados. A chuva ácida é um 
exemplo desse tipo de poluição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
Modelos produtivos e o trabalho 
 
Resumo 
 
Fordismo 
O engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor, visando a aumentar a eficiência produtiva, estudou tempos 
e movimentos de operários e máquinas na linha de produção. Seus estudos ficaram conhecidos como 
Taylorismo. Enquanto isso, Henry Ford desenvolvia sua linha de montagem, quando ouviu falar das ideias de 
Taylor. Impressionado, Ford contratou o engenheiro para trabalhar na sua fábrica. O Fordismo nasce dessa 
associação entre as ideias de Taylor e a prática de Ford. 
 
São características do Fordismo: 
• Linha de montagem: É a famosa esteira de produção retratada no filme Tempos Modernos. 
• Trabalho especializado (repetitivo): É a pura aplicação das ideias de Taylor. Quanto menor fosse a tarefa 
executada pelo trabalhador, mais eficiente ele poderia ser. Com o tempo, a tendência era se tornar um 
especialista naquela tarefa. 
• Padronização: A repetição das tarefas exigia uma padronização da produção. 
• Mão de obra alienada: O trabalhador executava apenas uma tarefa e não conhecia todo o método de 
produção, apenas a sua função. 
• Produção concentrada: Espacialmente, a fábrica fordista era concentrada em um local, produzindo e 
armazenando (estoques lotados) tudo no mesmo espaço. 
 
Toyotismo 
Modelo produtivo conhecido como sistema flexível ou pós-fordista, foi desenvolvido em uma fábrica de 
automóveis da Toyota, no Japão. Surgiu como alternativa para o Fordismo, que enfrentava sua crise na década 
de 1970. 
São características do Toyotismo: 
• Produtos pouco duráveis: A durabilidade foi um problema para o Fordismo. Nesse sentido, a lógica do Ciclo 
de Obsolescência Programada, em que os produtos possuem uma data de “validade”, foi fundamental para 
superar as limitações do consumo fordista. 
• Diversificação: A produção diversificada, com muitas opções, buscando atender às características de cada 
mercado, foi importantíssima para oferecer uma maior variedade de produtos. 
• Just in time: Seguindo a lógica acima, produzir de acordo com a demanda e gosto do mercado permitiu 
reduzir os estoques e a possibilidade de perdas produtivas. 
• Mão de obra qualificada: Outra característica que possibilitava o amplo desenvolvimento desse modelo. 
Com uma mão de obra altamente educada e qualificada, toda melhoria no processo produtivo poderia ser 
mais rapidamente incorporada, ao mesmo tempo que esses trabalhadores contribuíam para esse progresso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
A imagem a seguir nos permite observar o fluxo de produção nos modelos fordista e toyotista. 
 
 
 Diferença do fluxo de produção industrial fordista-taylorista e toyotista. 
 
Mundo do trabalho 
As transformações na estrutura produtiva repercutem no mundo do trabalho. Durante o Fordismo, a pressão 
sindical possibilitava maiores ganhos para os trabalhadores, que repercutiam em maiores salários, benefícios 
e melhores condições de trabalho. O Toyotismo inaugura uma nova lógica de maximização da lucratividade e 
da produtividade. Com isso, o trabalhador também é afetado. A revolução nos transportes e comunicações 
possibilitou à indústria buscar lugares com menor pressão sindical e, assim, leis trabalhistas menos rígidas, isto 
é, uma mão de obra mais barata. O processo de terceirização é cada vez mais comum e diminui os custos de 
operação. A guerra fiscal entre os lugares ampliou a prática de incentivos fiscais como uma forma de atrair as 
empresas. Porém, é necessário oferecer também uma infraestrutura eficiente e uma mão de obra qualificada. 
 
 
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
Exercícios 
 
1. 
 
THAVES. Jornal do Brasil, 19 fev. 1997 (adaptado). 
A forma de organização interna da indústria citada gera a seguinte consequência para a mão de obra 
nela inserida: 
a) Ampliação da jornada diária. 
b) Melhoria da qualidade do trabalho. 
c) Instabilidade nos cargos ocupados. 
d) Eficiência na prevenção de acidentes. 
e) Desconhecimento das etapas produtivas. 
 
 
2. 
 
Disponível em: http://ensino.univates.br. Acesso em: 11 maio 2013 (adaptado). 
Na imagem, estão representados dois modelos de produção. A possibilidade de uma crise de 
superprodução é distinta entre eles em função do seguinte fator: 
a) Origem da matéria-prima. 
b) Qualificação da mão de obra. 
c) Velocidade de processamento. 
d) Necessidade de armazenamento. 
e) Amplitude do mercado consumidor. 
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
3. O cooperativismo de consumo não está morto, mas perdeu a batalha contra o grande capital comercial, 
que é atacadista e varejista ao mesmo tempo. Em termos de preços e qualidade, o grande capital é 
imbatível. Só que é impessoal, burocrático, não permite atentar para necessidades particulares. Suas 
vantagens se dirigem a um público cujas preferências são pautadas pela publicidade nos meios de 
comunicação. 
(Paul Singer. Introdução à economia solidária, 2013. Adaptado.) 
 
Um pressuposto das relações contemporâneas de consumo, coerente com a lógica do modo de 
produção capitalista, é 
a) a pluralidade na produção. 
b) a diversidade dos indivíduos. 
c) a generalização de tarefas. 
d) a massificação da sociedade. 
e) a pequena escala produtiva. 
 
 
4. Os fatores locacionais da indústria passaram por grandes modificações, desde o século XVIII, alterando 
as decisões estratégicas das empresas acerca da escolha do local mais rentável para seu 
empreendimento. 
O esquema abaixo apresenta alguns modelos de localização da siderurgia, considerando os fatores 
locacionais mais importantes para esse tipo de indústria: minério de ferro, carvão mineral, mercado e 
sucata. 
 
TERRA. Lygia e outros. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna. 2008. 
 
No caso dos modelos C e D, as mudanças socioeconômicas que justificam as escolhas de novos locais 
para instalação de usinas siderúrgicas nas últimas décadas são, respectivamente: 
a) dispersão dos mercados consumidores – revalorização das economias de aglomeração 
b) eliminação dos encargos com a mão de obra – generalização das redes de telecomunicação 
c) diminuição dos preços das matérias-primas – substituição de fontes de energia tradicionais 
d) redução dos custos com transporte – ampliação das práticas de sustentabilidade ambiental 
e) ampliação dos custos de transporte – redução da necessidade de matéria-prima 
 
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
5. O capitalismo já conta com mais de dois séculos de história e, de acordo com alguns estudiosos, vive-se 
hoje um modelo pós-fordista ou toyotista desse sistema econômico. Observe o anúncio publicitário: 
 
Adaptado de Casa Cláudia, dezembro/2008 
 
Uma estratégia própria do capitalismo pós-fordista presente neste anúncio é: 
a) concentração de capital, viabilizando a automação fabril 
b) terceirização da produção, massificando o consumo de bens 
c) flexibilização da indústria, permitindo a produção por demanda 
d) formação de estoque, aumentando a lucratividade das empresas 
e) terciarização do trabalho, com a ampliação do setor de comércio6. Cade abre processo contra 21 empresas e 59 executivos 
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do Ministério da Justiça, instaurou 
processo administrativo para investigar 21 empresas e 59 pessoas físicas em licitações públicas para 
contratação de serviços de engenharia, construção e montagem industrial. Para o Cade, há evidências 
de que os investigados teriam celebrado acordos para fixar preços, dividir mercado e ajustar condições, 
vantagens ou abstenção em licitações. 
Adaptado de O Globo, 23/12/2015 
 
A prática empresarial investigada pelo Cade, ilegal no Brasil, é denominada: 
a) cartel 
b) holding 
c) dumping 
d) monopólio 
e) oligopólio 
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
7. O processo de desconcentração industrial no estado de São Paulo, iniciado na década de 1970, alterou 
profundamente seu mapa e território: a mancha metropolitana da capital se expandiu em direção ao Vale 
do Paraíba, Sorocaba e às regiões de Campinas e Ribeirão Preto, conglomerados urbanos especializados 
se formaram ao longo de uma densa malha rodoviária e as cidades médias assumiram a liderança do 
mercado em seu entorno. 
(Claudia Izique. Pesquisa FAPESP, julho de 2012.) 
 
A transformação da indústria na metrópole de São Paulo pode ser entendida pela modificação do sistema 
de produção, associada aos avanços em transporte e comunicação. As empresas que participaram 
desse processo procuravam 
a) conseguir mão de obra suficiente para suas atividades, já que na metrópole os trabalhadores não 
aceitavam mais trabalhar nas fábricas. 
b) adquirir matéria-prima para seus produtos, visto que os recursos naturais na metrópole haviam se 
esgotado. 
c) obter novos mercados, já que a influência dos produtos importados no centro da metrópole é muito 
grande. 
d) antecipar mercados, prevendo as futuras necessidades das cidades médias em expansão. 
e) reduzir os custos da produção, sabendo que as novas cidades ofereciam incentivos fiscais, terrenos 
e mão de obra mais baratos. 
 
 
8. Base da formação, há 35 anos, do Polo Industrial de Camaçari, considerado o maior do gênero no 
Hemisfério Sul, na região metropolitana de Salvador (BA), a indústria química e petroquímica pode estar 
em via de extinção no local, onde seguidos fechamentos de fábricas do setor no polo ilustram a situação. 
Apenas na última década, a Braskem – maior indústria do setor no local – fechou três de suas oito 
unidades. Além dela, deixaram o polo ou reduziram bastante a atividade, nos últimos cinco anos, grandes 
empresas internacionais, como Dow, DuPont, Air Products e Taminco, entre outras. 
(www.estadao.com.br. Adaptado.) 
 
Constituem motivos para a saída das indústrias do ramo químico e petroquímico do Polo Industrial de 
Camaçari: 
a) o fim dos incentivos fiscais, os elevados gastos com segurança e o aumento dos impostos. 
b) as frágeis redes de transporte, a dificuldade de comunicação e a falta de matérias-primas. 
c) a queda na demanda do consumo local, a baixa qualificação da mão de obra e o sucateamento dos 
maquinários. 
d) o término das concessões, a falta de manutenção das infraestruturas e o desmembramento dos 
terrenos. 
e) as plantas industriais rígidas, a logística precária e os elevados custos de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
9. Existe uma concorrência global, forçando redefinições constantes de produtos, processos, mercados e 
insumos econômicos, inclusive capital e informação. 
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011. 
 
Nos últimos anos do século XX, o sistema industrial experimentou muitas modificações na forma de 
produzir, que implicaram transformações em diferentes campos da vida social e econômica. A 
redefinição produtiva e seu respectivo impacto territorial ocorrem no uso da 
a) técnica fordista, com treinamento em altas tecnologias e difusão do capital pelo território. 
b) linha de montagem, com capacitação da mão de obra em países centrais e aumento das 
discrepâncias regionais. 
c) robotização, com melhorias nas condições de trabalho e remuneração em empresas no Sudeste 
asiático. 
d) produção just in time, com territorialização das indústrias em países periféricos e manutenção das 
bases de gestão nos países centrais. 
e) fabricação em grandes lotes, com transferências financeiras de países centrais para países 
periféricos e diminuição das diferenças territoriais. 
 
 
10. O fenômeno da mobilidade populacional vem, desde as últimas décadas do século XX, apresentando 
transformações significativas no seu comportamento, não só no Brasil como também em outras partes 
do mundo. Esses novos processos se materializam, entre outros aspectos, na dimensão interna, pelo 
redirecionamento dos fluxos migratórios para as cidades médias, em detrimento dos grandes centros 
urbanos; pelos deslocamentos de curta duração e a distâncias menores; pelos movimentos pendulares, 
que passam a assumir maior relevância nas estratégias de sobrevivência, não mais restritos aos grandes 
aglomerados urbanos. 
OLIVEIRA, L. A. P.; OLIVEIRA, A. T. R. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2011 
(adaptada). 
 
A redefinição dos fluxos migratórios internos no Brasil, no período apontado no texto, tem como causa a 
intensificação do processo de 
a) descapitalização do setor primário. 
b) ampliação da economia informal. 
c) tributação da área residencial citadina. 
d) desconcentração da atividade industrial. 
e) saturação da empregabilidade no setor terciário. 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
Gabarito 
 
1. E 
A organização interna da indústria e do trabalho fordista/taylorista é caracterizada pela adoção da linha de 
montagem, produção em massa, grandes estoques e especialização do trabalho. Um dos impactos da 
divisão e especialização do trabalho é que o operário não conhece a totalidade ou o conjunto das etapas 
produtivas. 
 
2. D 
Observando-se as duas imagens, é possível identificar que a diferença entre elas é a necessidade ou não 
de estoque. No modelo 1, o armazenamento é originado pela produção em massa, característica do modelo 
fordista-taylorista de produção, enquanto no modelo 2, a produção ocorre quando é requerida, eliminando, 
assim, os estoques, característica essa que corresponde ao modelo toyotista de produção (just in time). 
 
3. D 
O capitalismo financeiro e monopolista impulsiona a formação de corporações que controlam várias 
empresas, inclusive no ramo comercial, desde atacadistas até varejistas. O processo também favorece a 
padronização e a massificação do consumo, restringindo o acesso à diversidade de produtos e alternativas 
de consumo. 
 
4. D 
Existem vários motivos que influenciam a escolha locacional de uma indústria, sendo a proximidade da 
matéria-prima, no caso das siderúrgicas, um elemento fundamental. Além da proximidade da matéria-prima 
(ferro) e da fonte de energia (carvão), o mercado consumidor também é muito importante na circulação do 
capital entre mão de obra, trabalho e venda. Nos modelos C e D, observa-se que a localização próxima 
passa a não ser tão relevante, pela evolução das tecnologias de transporte e comunicação. O modelo D 
amplia as práticas de sustentabilidade pela reciclagem de sucata para o aço, sendo o mercado consumidor 
uma fonte de matéria-prima nesse caso. 
 
5. C 
A imagem evidencia uma das características do modelo produtivo toyotista, a produção sob demanda, isto 
é, a produção de bens de acordo com a procura e os desejos dos consumidores, evitando, assim, o estoque 
lotado e a padronização, características do Fordismo. 
 
6. A 
Cartel é um acordo entre empresas, com o objetivo de dividir o mercado e fixar preços, obtendo condições 
e vantagens específicas. 
 
7. E 
A desconcentração industrial no Brasil iniciou-se a partir da década de 1970, acelerando durante as décadas 
de 1990 e 2000. As empresas que participaram desse processo buscavam uma maior competitividade

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