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Remédios constitucionais (art. 5º, incs. LXVIII a LXXIII + arts. 647 a 667 do Código de Processo Penal [habeas corpus] e Leis nº 12.016, de 2009 [mandado de segurança], nº 13.300, de 2016 [mandado de injunção], nº 9.507, de 1997 [habeas data], e nº 4.717, de 1965 [ação popular]) Prof. Marcelo Caminha Filho (a) Habeas corpus; (b) Mandado de segurança; (c) Mandado de segurança coletivo; (d) Mandado de injunção; (e) Habeas data; (f) Ação popular. Remédios constitucionais (a) Habeas corpus; (b) Mandado de segurança; (c) Mandado de segurança coletivo; (d) Mandado de injunção; (e) Habeas data; (f) Ação popular. Remédios constitucionais CRFB: “Art. 5º. (...) LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;” (a) Habeas corpus; (b) Mandado de segurança; (c) Mandado de segurança coletivo; (d) Mandado de injunção; (e) Habeas data; (f) Ação popular. Remédios constitucionais CRFB: “Art. 5º. (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;” (a) Habeas corpus; (b) Mandado de segurança; (c) Mandado de segurança coletivo; (d) Mandado de injunção; (e) Habeas data; (f) Ação popular. Remédios constitucionais CRFB: “Art. 5º. (...) LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;” (a) Habeas corpus; (b) Mandado de segurança; (c) Mandado de segurança coletivo; (d) Mandado de injunção; (e) Habeas data; (f) Ação popular. Remédios constitucionais CRFB: “Art. 5º. (...) LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;” (a) Habeas corpus; (b) Mandado de segurança; (c) Mandado de segurança coletivo; (d) Mandado de injunção; (e) Habeas data; (f) Ação popular. Remédios constitucionais CRFB: “Art. 5º. (...) LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;” (a) Habeas corpus; (b) Mandado de segurança; (c) Mandado de segurança coletivo; (d) Mandado de injunção; (e) Habeas data; (f) Ação popular. Remédios constitucionais CRFB: “Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;” Habeas corpus Primeiro remédio constitucional. Constitucionalmente, desde 1891, mas já existia antes. Constituição de 1988: “Art. 5º. (...) LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;” Habeas corpus Constituição de 1988: alguém Habeas corpus Paciente: aquele a favor de quem é impetrado o habeas corpus. Constituição de 1988: alguém Habeas corpus impetrado Impetrante: aquele que apresenta o habeas corpus. Constituição de 1988: sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção Habeas corpus Cerceamento efetivo ou mera ameaça Constituição de 1988: ilegalidade ou abuso de poder Habeas corpus Autoridade coatora: aquela, pública ou privada, que praticou o ato ilegal ou em abuso de poder que cerceie ou ameace cercear a liberdade. Paciente: pode ser qualquer pessoa física. A pessoa jurídica não corre risco de cerceamento de liberdade de locomoção. Habeas corpus Impetrante: pode ser qualquer pessoa e a capacidade postulatória é plena (não necessita de advogado). É gratuito (art. 5º, inc. LXXVII) e independe de qualquer formalidade. Mesmo estrangeiro e mesmo não domiciliado no Brasil (HC nº 94.016). Mesmo pessoa jurídica. Até o Ministério Público? Sim. Até o MP (HC nº 90.305). Habeas corpus Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB O deputado “M” é um famoso político do Estado “Y”, e tem grande influência no governo estadual, em virtude das posições que já ocupou, como a de Presidente da Assembleia Legislativa. Atualmente, exerce a função de Presidente da Comissão de Finanças e Contratos. Durante a reunião semestral com as empresas interessadas em participar das inúmeras contratações que a Câmara fará até o final do ano, o deputado “M” exigiu do presidente da empresa “Z” R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para que esta pudesse participar da concorrência para a realização das obras na sede da Câmara dos Deputados. O presidente da empresa “Z”, assustado com tal exigência, visto que sua empresa preenchia todos os requisitos legais para participar das obras, compareceu à Delegacia de Polícia e informou ao Delegado de Plantão o ocorrido, que o orientou a combinar a entrega da quantia para daqui a uma semana, oportunidade em que uma equipe de policiais estaria presente para efetuar a prisão em flagrante do deputado. No dia e hora aprazados para a entrega da quantia indevida, os policiais prenderam em flagrante o deputado “M” quando este conferia o valor entregue pelo presidente da empresa “Z”. Na qualidade de advogado contratado pelo Deputado, assinale a alternativa que indica a peça processual ou pretensão processual, exclusiva de advogado, cabível na hipótese acima. (A) Liberdade Provisória. (B) Habeas Corpus. (C) Relaxamento de Prisão. (D) Revisão Criminal. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB O deputado “M” é um famoso político do Estado “Y”, e tem grande influência no governo estadual, em virtude das posições que já ocupou, como a de Presidente da Assembleia Legislativa. Atualmente, exerce a função de Presidente da Comissão de Finanças e Contratos. Durante a reunião semestral com as empresas interessadas em participar das inúmeras contratações que a Câmara fará até o final do ano, o deputado “M” exigiu do presidente da empresa “Z” R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para que esta pudesse participar da concorrência para a realização das obras na sede da Câmara dos Deputados. O presidente da empresa “Z”, assustado com tal exigência, visto que sua empresa preenchia todos os requisitos legais para participar das obras, compareceu à Delegacia de Polícia e informou ao Delegado de Plantão o ocorrido, que o orientou a combinar a entrega da quantia para daqui a uma semana, oportunidade em que uma equipe de policiais estaria presente para efetuar a prisão em flagrante do deputado. No dia e hora aprazados para a entrega da quantia indevida, os policiais prenderam em flagrante o deputado “M” quando este conferia o valor entregue pelo presidente da empresa “Z”. Na qualidade de advogado contratado pelo Deputado, assinale a alternativa que indica a peça processual ou pretensão processual, exclusiva de advogado, cabível na hipótese acima. (A) Liberdade Provisória. (B) Habeas Corpus. (C) Relaxamento de Prisão. (D) Revisão Criminal. Autoridade coatora: pessoa pública ou privada (exemplos: hospital psiquiátrico). Ato pode ser de cerceamento ou de mera ameaça de cerceamento. Exemplo: habeas corpus para trancamento de ação penal (HC nº 102.422) oude inquérito policial. Habeas corpus preventivo salvo-conduto liberatório ou repressivo Ato tem que implicar cerceamento ou potencial de cerceamento da liberdade de locomoção (exemplos em que não há: processo de impeachment [HC nº 70.055]; processo administrativo-disciplinar; improbidade). Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. [Súmula 693 STF] Habeas corpus http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=693.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas A ilegalidade pode consistir em excesso de prazo, desde que não seja atribuível à defesa. Exemplo: preso preventivamente, mas processo não é julgado em tempo razoável. Habeas corpus Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: OAB-SP Adalberto, indiciado pelo crime de roubo, está preso preventivamente por mais de dois anos, sendo o excesso de prazo culpa do Poder Judiciário. Além disso, o juiz marcou a audiência de oitiva de testemunhas do Ministério Público para 2009. Nesse caso, o advogado de Adalberto, a fim de que este aguarde o término do processo em liberdade, poderá (A) impetrar habeas corpus. (B) opor embargos de declaração da decisão do juiz quanto à designação da audiência de oitiva de testemunhas para 2009. (C) opor embargos infringentes da decisão do juiz quanto à designação da audiência de oitiva de testemunhas para 2009. (D) interpor agravo em execução. Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: OAB-SP Adalberto, indiciado pelo crime de roubo, está preso preventivamente por mais de dois anos, sendo o excesso de prazo culpa do Poder Judiciário. Além disso, o juiz marcou a audiência de oitiva de testemunhas do Ministério Público para 2009. Nesse caso, o advogado de Adalberto, a fim de que este aguarde o término do processo em liberdade, poderá (A) impetrar habeas corpus. (B) opor embargos de declaração da decisão do juiz quanto à designação da audiência de oitiva de testemunhas para 2009. (C) opor embargos infringentes da decisão do juiz quanto à designação da audiência de oitiva de testemunhas para 2009. (D) interpor agravo em execução. Habeas corpus não é sucedâneo recursal, nem a via para discutir- se prova. O habeas corpus é garantia constitucional que pressupõe, para o seu adequado manejo, uma ilegalidade ou um abuso de poder tão flagrante que se revele de plano (inciso LXVIII do art. 5º da Magna Carta de 1988). Tal qual o mandado de segurança, a ação constitucional de habeas corpus é via processual de verdadeiro atalho. Isso no pressuposto do seu adequado ajuizamento, a se dar quando a petição inicial já vem aparelhada com material probatório que se revele, ao menos num primeiro exame, induvidoso quanto à sua faticidade mesma e como fundamento jurídico da pretensão. [HC 96.787, rel. min. Ayres Britto, j. 31-5-2011, 2ª T, DJE de 21-11-2011.] Habeas corpus http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1581279 Competência: dependerá da autoridade coatora e do paciente (existe foro por prerrogativa de função). Exemplos: art. 102, inc. I, alíneas “d” e “i”; art. 105, inc. I, alínea “c”. Se o julgamento for colegiado, o empate favorece o réu. Habeas corpus Código de Processo Penal: “Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: (...) X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;” CRFB: “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: II - julgar, em recurso ordinário: a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;” “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...) II - julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;” Habeas corpus Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) Em razão de uma determinada conduta de um juiz de direito de 1ª instância, que atuava em uma Vara Criminal da Comarca de Curitiba, o advogado Frederico ingressou com um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná, figurando como autoridade coatora o magistrado. A ordem de habeas corpus foi denegada pelo Tribunal. Dessa decisão, desconsiderando a hipótese de habeas corpus, caberá ao advogado interpor a seguinte medida: (A) recurso em sentido estrito, que permite o exercício do juízo de retratação. (B) recurso ordinário constitucional perante o STJ. (C) recurso ordinário constitucional perante o STF. (D) recurso especial perante o STJ. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2016-oab-exame-de-ordem-unificado-xx-primeira-fase-reaplicacao-salvador-ba Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) Em razão de uma determinada conduta de um juiz de direito de 1ª instância, que atuava em uma Vara Criminal da Comarca de Curitiba, o advogado Frederico ingressou com um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná, figurando como autoridade coatora o magistrado. A ordem de habeas corpus foi denegada pelo Tribunal. Dessa decisão, desconsiderando a hipótese de habeas corpus, caberá ao advogado interpor a seguinte medida: (A) recurso em sentido estrito, que permite o exercício do juízo de retratação. (B) recurso ordinário constitucional perante o STJ. (C) recurso ordinário constitucional perante o STF. (D) recurso especial perante o STJ. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2016-oab-exame-de-ordem-unificado-xx-primeira-fase-reaplicacao-salvador-ba Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Marcus, advogado, atua em duas causas distintas que correm perante a Vara Criminal da Comarca de Fortaleza. Na primeira ação penal, Renato figura como denunciado em ação penal por crime de natureza tributária, enquanto, na segunda ação, Hélio consta como denunciado por crime de peculato. Entendendo pela atipicidade da conduta de Renato, Marcus impetra habeas corpus, perante o Tribunal de Justiça, em busca do “trancamento” da ação penal. Já em favor de Hélio, impetra mandado de segurança, também perante o Tribunal de Justiça, sob o fundamento de que o magistrado de primeira instância, de maneira recorrente, não estava permitindo o acesso aos autos do processo. Na mesma data são julgados o habeas corpus e o mandado de segurança por Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará, sendo que a ordem de habeas corpus não foi concedida por maioria de votos, enquanto o mandado de segurança foi denegado por unanimidade. Intimado da decisão proferida no habeas corpus e no mandado de segurança, caberá a Marcus apresentar, em busca de combatê-las, (A) Recurso Ordinário Constitucional, nos dois casos. (B) Recurso em Sentido Estrito e Recurso Ordinário Constitucional, respectivamente. (C) Embargos infringentes, nos dois casos. (D) Embargos infringentes e Recurso Ordinário Constitucional, respectivamente. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Marcus, advogado, atua em duas causas distintas que correm perante a Vara Criminal da Comarca de Fortaleza. Na primeira ação penal, Renato figura como denunciado em ação penal por crime de natureza tributária, enquanto, na segunda ação, Hélio consta como denunciado por crime de peculato. Entendendo pela atipicidade da conduta de Renato, Marcus impetra habeas corpus, perante o Tribunal de Justiça, em busca do “trancamento” da ação penal. Já em favor de Hélio, impetra mandado de segurança, também perante o Tribunal de Justiça, sob o fundamento de que o magistrado de primeira instância, de maneira recorrente, não estava permitindo o acesso aos autos do processo. Na mesma data são julgados o habeascorpus e o mandado de segurança por Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará, sendo que a ordem de habeas corpus não foi concedida por maioria de votos, enquanto o mandado de segurança foi denegado por unanimidade. Intimado da decisão proferida no habeas corpus e no mandado de segurança, caberá a Marcus apresentar, em busca de combatê-las, (A) Recurso Ordinário Constitucional, nos dois casos. (B) Recurso em Sentido Estrito e Recurso Ordinário Constitucional, respectivamente. (C) Embargos infringentes, nos dois casos. (D) Embargos infringentes e Recurso Ordinário Constitucional, respectivamente. Foro por prerrogativa de função CRFB: “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: (...) c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;” CRFB: “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: (...) d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;” Habeas corpus Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: OAB-SP Prova: CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase Será competente para julgar originariamente habeas corpus em que figure como paciente desembargador de tribunal de justiça estadual (A) o TRF da respectiva região. (B) o STF. (C) o próprio tribunal de justiça estadual ao qual esteja vinculado o desembargador. (D) o STJ. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/cespe-2008-oab-sp-exame-de-ordem-2-primeira-fase Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: OAB-SP Prova: CESPE - 2008 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase Será competente para julgar originariamente habeas corpus em que figure como paciente desembargador de tribunal de justiça estadual (A) o TRF da respectiva região. (B) o STF. (C) o próprio tribunal de justiça estadual ao qual esteja vinculado o desembargador. (D) o STJ. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/cespe-2008-oab-sp-exame-de-ordem-2-primeira-fase ● Juiz pode conceder a ordem de habeas corpus de ofício. ● Desvinculação do princípio dispositivo: juiz pode conceder a ordem de habeas corpus por outros motivos que não os arguidos pelo impetrante. Habeas corpus ● O habeas corpus é incabível para questionar o mérito de punições disciplinares militares. CRFB: “Art. 142. (...) § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.” O Poder Judiciário pode, no entanto, fiscalizar o cumprimento dos pressupostos de legalidade (hierarquia, competência, poder disciplinar, ato ligado à função e pena suscetível de ser aplicada disciplinarmente). Habeas corpus Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB João dos Santos foi selecionado para atuar como praça prestadora de serviço militar inicial, fato que lhe permitirá ser o principal responsável pelos meios de subsistência de sua família. No entanto, ficou indignado ao saber que sua remuneração será inferior ao salário mínimo, contrariando o texto constitucional, insculpido no Art. 7º, inciso IV, da CRFB/88. Desesperado com tal situação, João entrou no gabinete do seu comandante e o questionou, de forma ríspida e descortês, acerca dessa remuneração supostamente inconstitucional, sofrendo, em consequência dessa conduta, punição administrativo-disciplinar de prisão por 5 dias, nos termos da legislação pertinente. Desolada, a família de João procurou um advogado para saber sobre a constitucionalidade da remuneração inferior ao salário mínimo, bem como da possibilidade de a prisão ser relaxada por ordem judicial. Nessas circunstâncias, nos termos do direito constitucional brasileiro e da jurisprudência do STF, assinale a opção que apresenta a resposta do advogado. (A) A remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial não viola a Constituição de 1988, bem como não cabe habeas corpus em relação às punições disciplinares militares, exceto para análise de pressupostos de legalidade, excluída a apreciação de questões referentes ao mérito. (B) A remuneração inferior ao salário mínimo contraria o Art. 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, bem como se reconhece o cabimento de habeas corpus para as punições disciplinares militares, qualquer que seja a circunstância. (C) O estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial não viola a Constituição da República, mas é cabível o habeas corpus para as punições disciplinares militares, até mesmo em relação a questões de mérito da sanção administrativa. (D) A remuneração inferior ao salário mínimo contraria a ordem constitucional, mais especificamente o texto constitucional inserido no Art. 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, bem como não se reconhece o cabimento de habeas corpus em relação às punições disciplinares militares, exceto para análise dos pressupostos de legalidade, excluídas as questões de mérito da sanção administrativa. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB João dos Santos foi selecionado para atuar como praça prestadora de serviço militar inicial, fato que lhe permitirá ser o principal responsável pelos meios de subsistência de sua família. No entanto, ficou indignado ao saber que sua remuneração será inferior ao salário mínimo, contrariando o texto constitucional, insculpido no Art. 7º, inciso IV, da CRFB/88. Desesperado com tal situação, João entrou no gabinete do seu comandante e o questionou, de forma ríspida e descortês, acerca dessa remuneração supostamente inconstitucional, sofrendo, em consequência dessa conduta, punição administrativo-disciplinar de prisão por 5 dias, nos termos da legislação pertinente. Desolada, a família de João procurou um advogado para saber sobre a constitucionalidade da remuneração inferior ao salário mínimo, bem como da possibilidade de a prisão ser relaxada por ordem judicial. Nessas circunstâncias, nos termos do direito constitucional brasileiro e da jurisprudência do STF, assinale a opção que apresenta a resposta do advogado. (A) A remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial não viola a Constituição de 1988, bem como não cabe habeas corpus em relação às punições disciplinares militares, exceto para análise de pressupostos de legalidade, excluída a apreciação de questões referentes ao mérito. (B) A remuneração inferior ao salário mínimo contraria o Art. 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, bem como se reconhece o cabimento de habeas corpus para as punições disciplinares militares, qualquer que seja a circunstância. (C) O estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial não viola a Constituição da República, mas é cabível o habeas corpus para as punições disciplinares militares, até mesmo em relação a questões de mérito da sanção administrativa. (D) A remuneração inferior ao salário mínimo contraria a ordem constitucional, mais especificamente o texto constitucional inserido no Art. 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, bem como não se reconhece o cabimento de habeas corpus em relação às punições disciplinares militares, exceto para análise dos pressupostos de legalidade, excluídas as questões de mérito da sanção administrativa. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oabAno: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - IX - Primeira Fase A respeito da ação de habeas corpus, assinale a afirmativa incorreta. Alternativas (A) Pode ser impetrado por estrangeiro residente no país. (B) É cabível contra punição disciplinar militar imposta por autoridade incompetente. (C) Não é meio hábil para controle concreto de constitucionalidade. (D) A Constituição assegura a gratuidade para seu ajuizamento. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2012-oab-exame-de-ordem-unificado-ix-primeira-fase Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - IX - Primeira Fase A respeito da ação de habeas corpus, assinale a afirmativa incorreta. Alternativas (A) Pode ser impetrado por estrangeiro residente no país. (B) É cabível contra punição disciplinar militar imposta por autoridade incompetente. (C) Não é meio hábil para controle concreto de constitucionalidade. (D) A Constituição assegura a gratuidade para seu ajuizamento. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2012-oab-exame-de-ordem-unificado-ix-primeira-fase Habeas corpus coletivo? Sim! HC 143641. “XIV – Ordem concedida para determinar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar - sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 do CPP - de todas as mulheres presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e deficientes, nos termos do art. 2º do ECA e da Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiências (Decreto Legislativo 186/2008 e Lei 13.146/2015), relacionadas neste processo pelo DEPEN e outras autoridades estaduais, enquanto perdurar tal condição, excetuados os casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, contra seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. XV – Extensão da ordem de ofício a todas as demais mulheres presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e de pessoas com deficiência, bem assim às adolescentes sujeitas a medidas socioeducativas em idêntica situação no território nacional, observadas as restrições acima.” Habeas corpus Habeas data Destina-se ao acesso ou retificação de informações. CRFB: “Art. 5º. (...) LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;” Regulamentado pela Lei nº 9.507, de 1997. Habeas data CRFB: assegurar o conhecimento de informações Habeas data Não é necessário justificar a finalidade, ao contrário do direito de certidão. CRFB: “Art. 5º. (...) XXXIV – (...) b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;” CRFB: relativas à pessoa do impetrante Habeas data Destina-se à obtenção de dados próprios. Se forem dados de terceiros, o remédio é o mandado de segurança. Ano: 2011 Banca: FGV Órgão: OAB O habeas data não pode ser impetrado em favor de terceiro PORQUE visa tutelar direito à informação relativa à pessoa do impetrante. A respeito do enunciado acima é correto afirmar que (A) ambas as afirmativas são verdadeiras, e a primeira justifica a segunda. (B) a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa. (C) a primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira. (D) ambas as afirmativas são falsas. Ano: 2011 Banca: FGV Órgão: OAB O habeas data não pode ser impetrado em favor de terceiro PORQUE visa tutelar direito à informação relativa à pessoa do impetrante. A respeito do enunciado acima é correto afirmar que (A) ambas as afirmativas são verdadeiras, e a primeira justifica a segunda. (B) a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa. (C) a primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira. (D) ambas as afirmativas são falsas. CRFB: registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público Habeas data Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações Exemplo: SPC, Serasa. CRFB: registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público Habeas data Código de Defesa do Consumidor: “Art. 43. (...) § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público.” Exemplo: SPC, Serasa. Ano: 2005 Banca: OAB-SP Órgão: OAB-SP Dentre as garantias constitucionais, o indivíduo, para assegurar o conhecimento de informações relativas à sua pessoa, constantes de bancos de dados de entidades governamentais, poderá valer-se de (A) Mandado de Segurança Coletivo. (B) Mandado de Injunção. (C) Habeas Data. (D) Ação Popular. Ano: 2005 Banca: OAB-SP Órgão: OAB-SP Dentre as garantias constitucionais, o indivíduo, para assegurar o conhecimento de informações relativas à sua pessoa, constantes de bancos de dados de entidades governamentais, poderá valer-se de (A) Mandado de Segurança Coletivo. (B) Mandado de Injunção. (C) Habeas Data. (D) Ação Popular. CRFB: retificação de dados Habeas data Lei nº 9.507, de 1997: “Art. 7° Conceder-se-á habeas data: I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público; II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.” Habeas data É necessária a prova da recusa em oferecer a informação, ou o decurso de mais de 10 (acesso) ou 15 (retificação ou anotação) dias sem decisão; É gratuita a ação (art. 5º, inc. LXXVII); Habeas data Competência: dependerá da autoridade coatora. Exemplos: art. 102, inc. I, alíneas “d”; art. 105, inc. I, alínea “b”. Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto habeas corpus e mandado de segurança. Habeas data Lei nº 9.507, de 1997: “Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, quando não for o caso de habeas data, ou se lhe faltar algum dos requisitos previstos nesta Lei. Parágrafo único. Do despacho de indeferimento caberá recurso previsto no art. 15.” “Art. 15. Da sentença que conceder ou negar o habeas data cabe apelação.” Habeas data Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB J.G., empresário do ramo imobiliário, surpreendeu tomar conhecimento de que seu nome constava de um banco de dados de caráter público como inadimplente de uma dívida no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Embora reconheça a existência da dívida, entende que o não pagamento encontra justificativa no fato de o valor a que foi condenado em primeira instância ainda estar sob discussão em grau recursal. Com o objetivo de fazer com que essa informação complementar passe a constar juntamente com a informação principal a respeito da existência do débito, consulta um advogado, que sugere a impetração de um habeas data. Sobre a resposta à consulta, assinale a afirmativa correta (A) O habeas data não é o meio adequado, já que a ordem jurídica não prevê a possibilidade de sua utilização para complementar dados, mas apenas para garantir o direito de acessá-los ou retificá-los. (B) Deveria ser impetrado, em vez de habeas data ,mandado de segurança, ação constitucional adequada para os casos em que se faça necessária a proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeasdata. (C) Deve ser impetrado habeas data, pois, embora o texto constitucional não contemple a hipótese específica do caso concreto, a lei ordinária o faz, de modo a ampliar o âmbito de incidência do habeas data como ação constitucional (D) O habeas data não deve ser impetrado, pois a lei ordinária não pode ampliar uma garantia fundamental prevista no texto constitucional, já que tal configuraria violação ao regime de imutabilidade que acompanha os direitos e as garantias fundamentais. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB J.G., empresário do ramo imobiliário, surpreendeu tomar conhecimento de que seu nome constava de um banco de dados de caráter público como inadimplente de uma dívida no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Embora reconheça a existência da dívida, entende que o não pagamento encontra justificativa no fato de o valor a que foi condenado em primeira instância ainda estar sob discussão em grau recursal. Com o objetivo de fazer com que essa informação complementar passe a constar juntamente com a informação principal a respeito da existência do débito, consulta um advogado, que sugere a impetração de um habeas data. Sobre a resposta à consulta, assinale a afirmativa correta (A) O habeas data não é o meio adequado, já que a ordem jurídica não prevê a possibilidade de sua utilização para complementar dados, mas apenas para garantir o direito de acessá-los ou retificá-los. (B) Deveria ser impetrado, em vez de habeas data ,mandado de segurança, ação constitucional adequada para os casos em que se faça necessária a proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. (C) Deve ser impetrado habeas data, pois, embora o texto constitucional não contemple a hipótese específica do caso concreto, a lei ordinária o faz, de modo a ampliar o âmbito de incidência do habeas data como ação constitucional. (D) O habeas data não deve ser impetrado, pois a lei ordinária não pode ampliar uma garantia fundamental prevista no texto constitucional, já que tal configuraria violação ao regime de imutabilidade que acompanha os direitos e as garantias fundamentais. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB A ação de habeas data, como instrumento de proteção de dimensão do direito de personalidade, destina-se a garantir o acesso de uma pessoa a informações sobre ela que façam parte de arquivos ou banco de dados de entidades governamentais ou públicas, bem como a garantir a correção de dados incorretos. A partir do fragmento acima, assinale a opção correta. (A) Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou de parente deste até o segundo grau, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou privadas. (B) Além dos requisitos previstos no Código de Processo Civil para petição inicial, a ação de habeas data deverá vir instruída com prova da recusa ao acesso às informações ou o simples decurso de dez dias sem decisão. (C) Do despacho de indeferimento da inicial de habeas data por falta de algum requisito legal para o ajuizamento caberá agravo de instrumento. (D) A ação de habeas data terá prioridade sobre todos os atos judiciais, com exceção ao habeas corpus e ao mandado de segurança. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB A ação de habeas data, como instrumento de proteção de dimensão do direito de personalidade, destina-se a garantir o acesso de uma pessoa a informações sobre ela que façam parte de arquivos ou banco de dados de entidades governamentais ou públicas, bem como a garantir a correção de dados incorretos. A partir do fragmento acima, assinale a opção correta. (A) Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou de parente deste até o segundo grau, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou privadas. (B) Além dos requisitos previstos no Código de Processo Civil para petição inicial, a ação de habeas data deverá vir instruída com prova da recusa ao acesso às informações ou o simples decurso de dez dias sem decisão. (C) Do despacho de indeferimento da inicial de habeas data por falta de algum requisito legal para o ajuizamento caberá agravo de instrumento. (D) A ação de habeas data terá prioridade sobre todos os atos judiciais, com exceção ao habeas corpus e ao mandado de segurança. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab Mandado de segurança Art. 5º. (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; Regulamentado pela Lei nº 12.016, de 2009. Mandado de segurança Art. 5º. (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; Mandado de segurança Fatos devem ser demonstráveis mediante prova pré-constituída, sem a necessidade de dilação probatória. Súmula nº 625 do STF: Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança. Pode ser de ameaça (preventivo) ou violação já consolidada (repressivo). Art. 5º. (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; Mandado de segurança Caráter residual: quando não se tratar de liberdade de locomoção e ao acesso ou retificação de informações. Art. 5º. (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; Mandado de segurança Autoridade coatora: aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. Equiparam-se a autoridade todos aqueles que exerçam função pública, ainda que seja pessoa natural. Lei nº 12.016, de 2009: Art. 1º (...) § 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. Impetrante: é o detentor do direito líquido e certo ou de direito decorrente (art. 3º da Lei nº 12.016). Seja pessoa física (brasileiros ou não, residentes ou não), jurídica, ou entidade despersonalizada com capacidade processual. Mandado de segurança Lei nº 12.016, de 2009: “Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III - de decisão judicial transitada em julgado.” Casos do agravo de instrumento no novo CPC e na Lei dos Juizados (Lei nº 9.099, de 1995). Mandado de segurança ● Prazo decadencial de 120 dias, contados da ciência do ato (depois desse prazo, o direito não pode ser buscado por mandado de segurança, mas pode ser por outras vias); ● Não é gratuito, mas não há condenação ao pagamento de honorários advocatícios. Mandado de segurança Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Maria solicitouao Município Alfa licença de localização e funcionamento para exercer determinada atividade empresarial, apresentando todos os documentos necessários para tanto. Contudo, transcorrido mais de ano do mencionado pedido, não houve qualquer manifestação por parte da autoridade competente para sua apreciação. Diante dessa situação, na qualidade de advogado, assinale a afirmativa que indica o procedimento correto. (A) Não se pode adotar qualquer medida contra a inércia da autoridade competente, considerando que o princípio da razoável duração do processo não se aplica à via administrativa. (B) Deve-se ajuizar uma ação popular contra a omissão da autoridade competente, diante do preenchimento dos respectivos requisitos e da violação ao princípio da impessoalidade. (C) Deve-se impetrar mandado de segurança, uma vez que a omissão da autoridade competente para a expedição do ato de licença constitui abuso de poder. (D) Deve-se impetrar habeas data diante da inércia administrativa, considerando que a omissão da autoridade competente viola o direito à informação. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Maria solicitou ao Município Alfa licença de localização e funcionamento para exercer determinada atividade empresarial, apresentando todos os documentos necessários para tanto. Contudo, transcorrido mais de ano do mencionado pedido, não houve qualquer manifestação por parte da autoridade competente para sua apreciação. Diante dessa situação, na qualidade de advogado, assinale a afirmativa que indica o procedimento correto. (A) Não se pode adotar qualquer medida contra a inércia da autoridade competente, considerando que o princípio da razoável duração do processo não se aplica à via administrativa. (B) Deve-se ajuizar uma ação popular contra a omissão da autoridade competente, diante do preenchimento dos respectivos requisitos e da violação ao princípio da impessoalidade. (C) Deve-se impetrar mandado de segurança, uma vez que a omissão da autoridade competente para a expedição do ato de licença constitui abuso de poder. (D) Deve-se impetrar habeas data diante da inércia administrativa, considerando que a omissão da autoridade competente viola o direito à informação. Mandado de segurança coletivo CRFB: “Art. 5º. (...) LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;” Regulamentado pela Lei nº 12.016, de 2009. Mandado de segurança coletivo Art. 5º. (...) LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Mandado de segurança coletivo Ao menos um Deputado Federal ou um Senador. Art. 5º. (...) LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Mandado de segurança coletivo Não é ação de controle abstrato! Lei nº 12.016, de 2009: Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Mandado de segurança coletivo Restrição da amplitude da norma de legitimidade. Restrição da amplitude da norma de legitimidade. Ao contrário do que ocorre com ações ordinárias. SÚMULA nº 629 do STF A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. SÚMULA nº 630 do STF A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. Mandado de segurança coletivo Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Alfa, entidade de classe de abrangência regional, legalmente constituída e em funcionamento há mais de 1 ano, ingressa, perante o Supremo Tribunal Federal, com mandado de segurança coletivo para tutelar os interesses jurídicos de seus representados. Considerando a urgência do caso, Alfa não colheu autorização dos seus associados para a impetração da medida. Com base na narrativa acima, assinale a afirmativa correta. (A) Alfa não tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, de modo que a defesa dos seus associados em juízo deve ser feita pelo Ministério Público ou, caso evidenciada situação de vulnerabilidade, pela Defensoria Pública. (B) Alfa goza de ampla legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, inclusive para tutelar direitos e interesses titularizados por pessoas estranhas à classe por ela representada. (C) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos dos seus associados, sendo, todavia, imprescindível a prévia autorização nominal e individualizada dos representados, em assembleia especialmente convocada para esse fim. (D) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos da totalidade ou mesmo de parte dos seus associados, independentemente de autorização. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Alfa, entidade de classe de abrangência regional, legalmente constituída e em funcionamento há mais de 1 ano, ingressa, perante o Supremo Tribunal Federal, com mandado de segurança coletivo para tutelar os interesses jurídicos de seus representados. Considerando a urgência do caso, Alfa não colheu autorização dos seus associados para a impetração da medida. Com base na narrativa acima, assinale a afirmativa correta. (A) Alfa não tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, de modo que a defesa dos seus associados em juízo deve ser feita pelo Ministério Público ou, caso evidenciada situação de vulnerabilidade, pela Defensoria Pública. (B) Alfa goza de ampla legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, inclusive para tutelar direitos e interesses titularizados por pessoas estranhas à classe por ela representada. (C) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos dos seus associados, sendo, todavia, imprescindível a prévia autorização nominal e individualizada dos representados, em assembleia especialmente convocada para esse fim. (D) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos da totalidade ou mesmo de parte dos seus associados, independentemente de autorização. https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/bancas/fgv https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/institutos/oab Art. 21. (...) Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; Objeto indivisível e indisponibilidade individual. II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comume da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. São divisíveis e titularizados por sujeitos específicos. Mandado de segurança coletivo Código de Defesa do Consumidor: Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. (acidentalmente coletivos!) Mandado de segurança coletivo
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