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UNIDADE 1 - RECURSOS ESTÉTICOS E COSMÉTICOS CAPILARES

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RECURSOS ESTÉTICOS E COSMÉTICOS CAPILARES 
FISIOLOGIA E ANATOMIA DO PELO E A ESTÉTICA 
CAPILAR 
OLÁ! 
Você está na unidade Fisiologia e anatomia do pelo e a estética capilar. 
Conheça aqui os principais conceitos relacionados a estética capilar, como o 
que é a tricologia e o que ela estuda e a terapia capilar como recurso utilizado 
no tratamento de diversas patologias relacionadas fio de cabelo e couro 
cabeludo, tais como: alopecias, tricoses, dermatite seborreica e afins. 
Aprenda os conceitos relacionados ao cabelo e suas características 
estruturais, químicas e anatômicas. E como elas podem ajudar o profissional 
da Estética capilar a identificar patologias relacionadas ao fio de cabelo e ao 
couro cabeludo. 
 
 
Bons estudos! 
1 Introdução a estética capilar 
Cabelos são conhecidos como a moldura do rosto e estão ligados a auto 
estima de cada indivíduo. Problemas relacionados a ausência de cabelos 
como a Alopecia, tem uma influência negativa na qualidade de vida e podem 
causar problemas nas interações sociais. Com isso cada vez mais há a 
necessidade de profissionais capacitas para lidar com as patologias que 
estão relacionadas a saúde do couro cabeludo e do fio de cabelo em si. 
Robbins em sua obra “Chemical and Physical Behavior of Human Hair” diz 
que: 
“O cabelo, além de ser um adorno, tem a função de proteger a cabeça dos raios 
solares, o que é feito através da melanina presente nele, a qual é também 
responsável pela sua coloração. O cabelo possui receptores nervosos que 
funcionam como sensores, os quais o levam a aumentar a proteção da cabeça 
quando necessário.” (ROBBINS, 2002, p. 483). 
Na medicina há um ramo especializado em tratamentos capilares, denominada 
como tricologia, está é a ciência responsável pelo o estudo das afecções 
relacionadas a estrutura capilar. Ligado a tricologia estão as terapias capilares que 
são os instrumentos com o qual o profissional da estética associado ao 
conhecimento da tricologia irá desenvolver o tratamento das afecções relacionadas 
ao couro cabeludo e distúrbios capilares. 
FIQUE DE OLHO 
A tricologia (ciência responsável pelo estudo do cabelo) tem como função 
auxiliar profissionais das diversas áreas do conhecimento a buscar soluções 
para desordens capilares e seus embelezamentos. 
Para Borges e Scorza na obra “Terapêutica em estética: conceitos e técnicas”. 
“A intervenção nas disfunções do fio e couro cabeludo é realizada mediante 
um trabalho interdisciplinar, que reúne profissionais da área de saúde e 
profissionais da estética. Entre os profissionais médicos atuam as 
especialidades de dermatologia, cirurgia plástica, endocrinologia, psiquiatria 
e hematologia. Outros profissionais como os psicólogos, fisioterapeutas, 
profissionais da estética (tecnólogos e esteticistas), profissionais que 
confeccionam próteses capilares e de visagismo são essenciais para alcançar 
os objetivos dos tratamentos capilares. Não podemos deixar de ressaltar a 
importância do profissional cabeleireiro nas finalizações e mudanças de 
cores e estrutura das fibras capilares.” (BORGES e Scorza, 2016, p. 580). 
1.1 A diferença entre o terapeuta capilar e tricologista 
O terapeuta capilar é o profissional que está habilitado e especializado para 
realizar a análise e os cuidados relacionados a couro cabeludo e fios. Além 
do conhecimento sobre os produtos que serão aplicados durante os 
procedimentos. Geralmente o terapeuta capilar está associado ao 
profissional que possui graduação em estética e realiza uma pós-graduação 
na área da terapia capilar. 
É de responsabilidade do terapeuta capilar qualquer alteração que não inclua lesões 
cutâneas e que não necessite da utilização fármacos. Quando ocorre esse tipo de 
intercorrência é necessária a orientação dermatológica. 
O profissional atuante na terapêutica capilar precisa ter a formação 
adequada na área com foco em estudos relacionados às disciplinas de: 
anatomia, fisiologia, eletroterapia, cosmetologia capilar, além dos ativos 
utilizados para tratamento do escalpe (couro cabeludo), fibras capilares, 
tricoses e patologias capilares, como os fatores de penetração, adsorção e 
absorção de substâncias químicas, de redução e de oxidação, e as patologias 
do couro cabeludo (WICHROWSK, 2007). 
Wichrowsk, 2007 destaca ainda a necessidade da habilidade de manuseio 
sobre a utilização de equipamentos e recursos, tais como: equipamentos 
para avaliação capilar, como fichas de anamneses e recursos visuais 
(tricoscópio) recursos eletrofototerapêuticos, cosmetológicos, de terapêutica 
manual, entre outros. 
Já o tricologista é o profissional médico com especialização dermatologia e 
tricologia, este avalia e diagnóstica através de exames laboratoriais as 
alterações capilares. São de responsabilidade do médico tricologista os 
procedimentos invasivos como: mesoterapia, implantes capilares, dentre 
outros. Além da prescrição de fármacos. 
2 Anatomia da pele 
De os órgãos do corpo humano a pele é considerada o maior deles. Ela 
representa 15% do nosso peso corporal. Apresenta diversas funções, mas a 
principal delas é a proteção. 
Para Cestari, 2018: 
FIQUE DE OLHO 
“A pele é um órgão de defesa e de revestimento externo, com capacidade de se 
adaptar às variações do meio ambiente e às necessidades do organismo que 
protege, cobrindo-o em sua totalidade. É multifuncional, desempenhando funções 
essenciais para a vida, como termorregulação, vigilância imunológica, sensibilidade 
e proteção contra agressões exógenas (químicas, físicas ou biológicas) e contra a 
perda de água e de proteínas para o meio externo. Recebe também estímulos do 
ambiente e colabora com mecanismos para regular sua temperatura.” (CESTARI, 
2018, p. 180). 
Anatomicamente a pele é formada por três camadas distintas, firmemente unidas 
entre si: a epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é considerada a camada mais 
externa, a derme a camada intermediária e hipoderme a mais profunda. 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Estrutura da pele 
Fonte: shutterstock 142194067, mediapool, 2020. 
#PraCegoVer: Na imagem “Estrutura da pele” temos a figura de uma das 
camadas da pele divididas anatomicamente em epiderme, derme e 
hipoderme. A epiderme é a camada mais superficial da pele é avascular.Tem 
espessura irregular, variando conforme a região do corpo, sendo mais fina 
nas pálpebras e mais espessa nas palmas e plantas dos pés. 
A epiderme é formada por várias camadas (estratos) de células achatadas 
(epitélio pavimentoso) justapostas, são elas: a camada basal (estrato 
germinativo), a camada espinhosa, a camada granulosa, o estrato lúcido e a 
camada córnea. 
A camada basal é a camada de células mais interna, ela está em contato 
direto com a derme, possui células cúbicas que se multiplicam 
constantemente dando origem as camadas superiores. Na camada basal 
também são encontrados os queratinócitos, que são responsáveis pela 
produção de queratina. A camada espinhosa está acima da camada basal, 
possui células espinhosas justapostas e desmossomos, que são estruturas 
complexas que conferem à pele resistência a traumas mecânicos. A camada 
granulosa é rica em lipídios e proteínas além de outros componentes 
necessários para a morte programada das células e a formação da barreira 
superficial impermeável à água. Estrato lúcido possui células achatadas sem 
núcleo. Normalmente, está presente na pele onde não a presença de 
folículos pilosos, como as palmas das mãos e plantas dos pés. Estrato córneo 
é a camada mais superficial da epiderme. Possui células anucleadas e 
possuem um sistema de filamentos de queratina imerso em uma matriz 
contínua. 
 
Para Cestari, 2018: 
“A queratina é a proteína de suporte desta camada, conferindo-lhe 
elasticidade, resistência e impermeabilidade. Resulta da transformação dos 
elementos constitutivos da célula basal ao longo da sua migração em direção 
à superfície. No decorrer da sua migração,as células sintetizam elementos 
estruturais específicos, de natureza proteica (tonofilamentos, querato- -
hialina) ou lipídicas (corpos lamelares de Odland). No final da diferenciação, 
estas células sofrem uma fase de transição que as leva à morte e as 
transforma nos constituintes da camada córnea em esfoliação superficial.” 
(CESTARI, 2018, p. 210) 
 
 
 
 
Figura 2 - Estrutura da epiderme 
Fonte: shutterstock 1360275428, mediapool, 2020. 
#PraCegoVer: na imagem, temos a figura das subdivisões da epiderme: 
estrato córneo, estrato lúcido, estrato espinhoso, estrato granuloso e estrato 
basal. 
 
A derme é a camada intermediária, está localizada sob a epiderme. É 
constituída por um tecido fibroso chamado colágeno, responsável por 
conferir a resistência a essa pele. E a elastina responsável pela elasticidade. 
Na derme são encontrados os vasos sanguíneos, os nervos, glândulas e 
folículos pilosos. 
A derme é dividida estruturalmente em camadas: a derme papilar 
(superficial), a derme reticular (profunda) e a e a derme perianexial. A derme 
papilar é altamente vascularizada. É formada por feixes delicados de fibras 
colágenas e elásticas, dispostas em uma rede frouxa, circundada por 
abundante gel de mucopolissacarídeos. A derme reticular representa 4/5 da 
espessura da derme, estando localizada abaixo do nível das cristas 
epidérmicas. A derme perianexial possui a mesma composição da derme 
papilar, mas localiza-se em torno dos anexos cutâneos. 
A hipoderme é uma camada de tecido conjuntivo frouxo rica em fibras e em 
células que armazenam gordura, os adipócitos. A hipoderme também atua 
como reserva energética, proteção contra traumas mecânicos e isolantes 
térmicos. 
2.1 Anatomia do couro cabeludo 
O couro cabeludo ou escalpo é uma estrutura constituída por uma barreira 
física protetora onde estão implantados os cabelos. Ele é formado por 5 
camadas. cujas três primeiras (escalpo propriamente dito) estão 
intimamente conectadas e se movem como uma unidade. Escalpo vem da 
palavra em inglês “ scalp” (Skin: Pele, Close subcutaneous tissue: Tecido 
Conectivo Denso , Aponeurose: Gálea Aponeurótica , Loose subaponeurotic 
tissue: Tecido Subaponeurótico , pericranium: Periósteo Externo do Crânio). 
Que dá o origem a palavra couro cabeludo. 
Pele: espessa, com grande quantidade de glândulas sudoríparas, glândulas 
sebáceas e folículos pilosos. Possui suprimento arterial e drenagem venosa 
abundantes, e a pilificação. 
 Epiderme – Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. 
 Derme – Tecido Conjuntivo Propriamente Dito. 
Tecido conectivo denso: constituído por um estrato adiposo, avascular, e 
um estrato membranáceo vascular, mais profundo. O último possui grande 
vasos sanguíneos e nervos. 
Galea aponeurótica: anatomicamente, a gálea aponeurótica ou, 
simplesmente, gálea é a estrutura fibrosa que une os dois ventres do 
músculo frontal, que é o músculo mimético do couro cabeludo. 
Tecido subaponeurótico: é denominada como área perigosa, porque 
infecções podem se estender facilmente através das veias emissárias nela 
presente, para as estruturas intracranianas. Ela que permite movimentos 
livres das três primeiras camadas. É facilmente rompida em feridas 
profundas do couro cabeludo. 
Periósteo: camada de tecido conjuntivo denso que forma o periósteo 
externo da calvária. Possui baixa capacidade osteogênica, visto que os ossos 
da calvária crescem por ossificação endocondral nas fontanelas. 
2.2 Fisiologia e anatomia do cabelo 
Os fios de cabelo têm início no terceiro mês de vida intra-uterina. O cabelo 
tem como principal função a proteção contra agentes externos como: micro-
organismos, bactérias e vírus, principalmente em áreas caracterizadas como 
“porta de entradas” tais como: a região da boca, nariz, ouvido ânus e região 
genital. Se tratando de couro cabeludo os fios de cabelo possuem a 
importante função de proteção ao crânio. 
O cabelo é uma fibra de pequeno diâmetro, formado por células mortas 
queratinizadas que chegam até a derme e que forma o canal folicular. O pelo 
se forma dentro de uma estrutura localizada na derme, chamada folículo 
piloso. 
FIQUE DE OLHO 
Você já nasceu com todos os seus folículos pilosos presentes, e com praticamente 
todos em fase anágena. Porém, na fase adulta, apenas 85 a 90% dos seus pelos 
encontram-se nessa fase, considerando que o ciclo de crescimento de seus pelos 
esteja saudável. 
Segundo Rivitti e Sampaio, 2014 os pelos podem ser classificados em: 
 Lanugos: muito finos e encontrados nos fetos. 
 Velos: considerados fracos, pequenos e claros, recobrindo a superfície 
corporal. 
 Terminais: consideravelmente fortes, espessos, longos, grosseiros e 
escuros, estando presentes nas regiões genitais, nas axilas, no couro 
cabeludo e em determinadas regiões da face. 
A haste capilar é a parte visualizada acima da epiderme, ela é formada por 
células mortas compostas por uma resistente proteína chamada queratina. 
A raiz é considerada a parte viva do pelo, está localizada abaixo da pele. E é 
envolvida pelo folículo piloso. (APLEGATE, 2012). 
No cabelo, podemos observar três partes principais: medula, córtex e 
cutícula. 
Medula: é a parte mais interna central do cabelo, sendo também a parte 
mais interna. Sua função ainda é muito discutida, visto que sua porção vai 
desaparecendo em direção à ponta do cabelo, e estudos recentes indicam 
uma associação dessa estrutura com o início da fase de germinação do pelo, 
apresentando a função de direcionar o novo pelo em direção ao poro. 
Cortex: é a porção intermediária do fio e é conhecido como “corpo e o 
coração da fibra”, sua parte mais volumosa, compõe em média 70% da massa 
do fio do cabelo. É uma camada composta de feixes de queratina, repletos 
de grânulos de melanina, que dá a cor aos cabelos. Além dos queratinócitos 
que são células responsáveis pela produção de queratina. Suas células 
possuem o formato cilíndrico e dão toda resistência necessária para o fio de 
cabelo. 
Cutícula: é formada por células sobrepostas como se fossem “ escamas de 
peixe” é a parte mais externa do fio. Sua função é proteger o córtex e criar 
uma barreira para produtos químicos. É translúcida e não tem cor. A cutícula 
é responsável pelo brilho aos cabelos. 
 
FIQUE DE OLHO 
Os pelos contêm melanina no córtex e na medula. A coloração dos pelos varia 
conforme a quantidade de melanina presente nessas estruturas. Elder (2011) 
explica que a melanina é produzida nos melanócitos e é incorporada às futuras 
células do pelo por meio do processo de fagocitose da porção distal dos 
prolongamentos dendríticos. Pelos brancos não possuem pigmento cortical e, de 
acordo com Tortora e Derrickson (2016), esse fenômeno ocorre devido a um 
declínio na síntese de melanina e ao acúmulo de bolhas de ar na haste do pelo. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Estrutura da pele e divisão das partes do fio de cabelo 
Fonte: shutterstock 407881708, mediapool, 2020. 
 
#PraCegoVer: Na imagem "Anatomia do pelo", temos a figura de uma das 
camadas da pele, ilustrando a anatomia do pelo e as divisões das partes do 
fio de cabelo. O bulbo piloso é constituído pelo folículo piloso com todas as 
suas estruturas. Seria a nascente do cabelo propriamente dita. O Folículo 
piloso é responsável pela formação e crescimento do fio. É uma estrutura 
pequena em formato de saco. 
Assim, é constituído por: 
Matriz: onde cria e gera o fio de cabelo. 
Papila dérmica: estrutura formada por células dermais que são 
entrelaçadas em vasos capilares responsáveis pela nutrição do pelo. 
Junto ao folículo piloso temos estruturas que são considerados anexos da 
pele. A glândula sebácea e sudoríparas, músculo eretor do pelo, juntos eles 
formam a unidade pilossebácea. 
O músculo eretor do pelo é um pequeno feixe de fibras musculares. Sua 
contração determina que o pelo fique “arrepiado” e também comprime as 
glândulas sebáceasocasionando a excreção de sebo para a superfície. As 
glândulas sebáceas são estruturas saculares que produzem o sebo cuja 
função é lubrificar os pelos e a pele. Glândulas sudoríparas são responsáveis 
pela secreção do suor. O orifício onde desemboca o suor é chamado de 
poro. 
2.3 O ciclo de vida do pelo 
O cabelo tem sua origem no folículo piloso através dos nutrientes que recebe 
da papila dérmica. Sendo cada folículo independente si, ou seja, cabelo 
cresce independentemente do crescimento dos outros folículos. Haja vista 
que se todos os folículos estivessem sincronizados, os cabelos cresceriam ao 
mesmo tempo. Nessa situação, haveria um período em que o homem ficaria 
totalmente calvo antes de recuperar cabelos novamente. 
De acordo com RIVITTI, 2014. Os cabelos crescem por entre ciclos sucessivos, 
não de forma continuamente. Entre os ciclos existem as fases de 
crescimento, repouso e queda, indicando que há um padrão cíclico no 
desenvolvimento e na multiplicação das células da matriz folicular. A esse 
padrão dá-se o nome de ciclo de crescimento do pelo. 
O período durante o qual o cabelo cresce chama-se fase anágena que dura 
aproximadamente 2 a 8 anos e corresponde ao crescimento do cabelo. Nesta 
etapa em que o bulbo capilar está em plena atividade: as células da matriz 
do fio crescem e se dividem continuamente, e o comprimento do cabelo vai 
aumentando. Representa 85% dos cabelos da nossa cabeça. 
Para Borges, 2016 a fase anágena: 
“Também está relacionada aos níveis de hormônios andrógenos circulantes, 
variando nas diferentes regiões do corpo. Os andrógenos prolongam a fase 
anágena nos folículos do corpo e a reduzem em algumas áreas do couro cabeludo.” 
 
Na fase seguinte é o momento em que a matriz entra em repouso e o fio de 
cabelo começa a se desprende da comunicação vascular, para de se 
proliferar e a bainha começa a atrofiar, está fase é conhecida como catágena 
ou fase de regressão. Dura em média 2 a 3 semanas e existe menos de 1% 
do total de cabelo nesta fase. Telógena é o momento em que o fio está 
passando pelo processo de desprendimento, o fio vai se tornando mais 
superficial até o momento da queda em si. Cerca de 10 a 20% dos fios estão 
neste momento. Este ciclo dura em média de 3 meses. 
Vale ressaltar que perdemos em média de 80 a 100 fios de cabelos 
diariamente e isto em nada prejudicará o volume dos cabelos, uma vez que 
ao final de um ciclo outro já se iniciará em seguida. As fases do ciclo do 
crescimento do pelo são: 
 Anágena: crescimento 
 Catágena: repouso 
 Telógena: desprendimento 
De acordo com literaturas mais recentes mais duas fases existiriam, sendo 
conhecidas como fase exógena ou momento exato em que o fio se desprende do 
folículo piloso, que duraria uma fração de segundos em que a queda acontece. 
FIQUE DE OLHO 
Durante a gravidez aumenta a duração da fase anágena, e após o parto, com a 
queda dos níveis de estrógeno e progesterona, muitos folículos entram na fase 
catágena, aumentando assim durante alguns meses a fase telógena, o que causa a 
queda de cabelos após a gravidez. 
A outra fase existiria ainda na fase telógena, caracterizada pelo surgimento 
de um fio anágeno pouco desenvolvido que recebe a denominação de 
neógeno, esse fio, porém, não se desenvolveria devido a ação de enzimas 
que inibem o desenvolvimento do mesmo. Assim que este fio cair, tais 
enzimas deixam de ser produzidas, e o fio neógeno poderá se desenvolver, 
tornando-se assim um novo fio anágeno. E o Intervalo de tempo entre o 
despredimento do fio (exogeno) e o de um novo anágeno, caracterizaria a 
fase quenógena. 
2.4 Tipos de cabelos 
Os cabelos possuem variações de quantidade, cor, aspecto racial e textura. 
Neste tópico serão citados os principais tipos de cabelo: 
Quanto ao aspecto racial distingue-se em 3 tipos básicos relacionados às 
raças: Mongoloide, caucasiano e negroide. 
 Mongoloide: são caracterizados por serem mais grossos, extremamente lisos 
e com formato redondo. Tendem a ser mais oleosos. 
 Caucasiano: cabelos com característica ondulada, é um cabelo típico 
Brasileiro. Apresentam formato oval. 
 Negroide: cabelo que apresentam formatura chata. Tendem a acumularem 
uma maior oleosidade no couro cabeludo e pontas mais ressecadas. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 - Tipos de cabelo quanto à raça 
Fonte: shutterstock 1161650947, mediapool, 2020. 
#PraCegoVer: Na imagem “Tipos de cabelo quanto à raça temos três garotas 
com etnias diferentes representando os tipos de cabelo quanto a raça. A 
primeira garota tem o cabelo liso representa o tipo de cabelo mongoloide, a 
segunda garota tem o cabelo cacheado desde a raiz até as pontas e 
representa o cabelo negroide. Na terceira imagem uma garota com o cabelo 
ondulado representando o cabelo caucasiano. 
 
O couro cabeludo também pode ser analisado quando ao grau de atividade 
da glândula sebácea. 
 oleoso ou seborréico: sebo fluente e brilhante; 
 mistos: oleoso e seco em pontos específicos; 
 seco: por alipsia (falta ou diminuição de óleo). 
 sensível: extremamente reagentes a fatores exógenos (sol, poeira, produtos 
químicos, cloroetc); 
 normal: saudável, sem oleosidade ou desidratação, PH levemente ácido. 
De acordo com a pigmentação residual a variedade das cores dos cabelos é 
devida a 2 tipos de melanina: 
 Eumelanina - cabelo castanho e preto. 
 Feomelanina - cabelo castanho avermelhado e louro. 
 
2.5 Características quanto ao grau de oleosidade 
Está relacionada com a atividade realizada pela glândula sebácea. O formato 
desse cabelo também irá influenciar neste diagnóstico. Cabelos lisos tendem 
a distribuírem a oleosidade como um todo. Já cabelos cacheados costumam 
acumular a oleosidade em maior quantidade no couro cabeludo. Visto que 
seu formato em espiral dificulta a chegada do sebo até as pontas. 
Quanto ao grau de oleosidade são encontrados 3 tipos de cabelos: 
Normal: aparência saudável, brilhante com vida, equilíbrio e volume. 
Oleoso: pouco volume. Brilho decorrente do excesso de oleosidade no couro 
cabeludo. Pesado e aparência de sujo. 
Seco: falta de brilho, aspecto seco, geralmente armados. Volumosos de 
toque áspero. 
Misto: muito comum, tende a ser oleoso no couro cabeludo e ressecado nas 
pontas. 
 
 Quanto à resistência: 
Está ligada com ao ato de resistir, ou seja, a facilidade com que esse cabelo 
irá se romper. 
 Fraca: quando o fio de cabelo apresenta baixa resistência à tensão (ao ser 
puxado), rompendo-se facilmente. 
 Média: apresenta uma resistência média à tensão criada, rompendo com 
força média. 
 Forte: apresenta alta resistência quando criada a tensão, dificilmente 
rompe. 
 
 Quanto à densidade: 
A densidade está relacionada com a quantidade de cabelo presentes no 
couro cabeludo. Normalmente, ela varia de 175 a 300 fios por centímetro 
quadrado e sofre influência de características pessoais, como idade e sexo. 
Geralmente o teste de densidade é feito com o terapeuta segurando os fios 
de cabelo em um “rabo de cavalo” é analisado a quantidade de cabelo 
presente ali. 
 Densidade alta: são cabelos volumosos, com muitos fios por centímetro 
quadrado. 
 Densidade normal: cabelos com volume normal. 
 Densidade baixa: são cabelos ralos, com pouco fios por centímetro 
quadrado. 
3 As propriedades do cabelo 
O fio de cabelo possui alguns elementos básicos em sua composição. São 
ele, Carbono, Hidrogênio, Nitrogênio, Oxigênio e Enxofre. Juntos esses 
elementos formam uma proteína chamada queratina que representa 85% da 
composição do cabelo, completado por 12% de água e 3% de lipídios. 
Sant’ana (2000) fala em seu artigo sobre a queratina: 
“A queratina em seu estado natural pertence a um grupo de proteínas denominadas 
alfa-queratina. Queratinas são definidas por Lundgren e Ward como ‘sistemas 
celulares naturais de proteínas fibrosas ligadas transversalmente pelo enxofre de 
resíduos cisteicos,o que os torna altamente resistentes a ataques químicos. Tal 
como outras proteínas, fibras queratinosas são polipeptídios, compostas por 
diversos tipos de resíduos de alfa-aminoácidos.” 
A cisteína é um dos principais aminoácidos presentes na queratina é um 
importante componente na manutenção da saúde e nos crescimentos dos 
fios de cabelo. A cisteína pode ser encontrada em alguns alimentos, como 
carne, peixes, ovos, sojas e alguns produtos lácteos. De maneira geral os 
aminoácidos são como “tijolinhos” interligados a outros nutrientes para 
exercer alguma função especifica no organismo. No caso, da cisteina ela é 
ligada a outros aminoácidos existentes na fibra capilar, referente ao córtex e 
atua principalmente na no crescimento e na saúde dos fios. Quanto mais 
uma pessoa expõe o seu cabelo a processos químicos esses aminoácidos 
presentes no córtex vão se deteriorando. Com isso se faz necessários o uso 
de procedimentos repositores de massa, tais como cauterização, 
reconstrução e reposições capilares. 
Lista dos aminoácidos existentes: 
 Alanina. 
 Arginina. 
 Asparagina. 
 Aspartato. 
 Cisteína. 
 Glicina. 
 Glutamato. 
 Glutamina. 
 Prolina. 
 Serina. 
 Tirosina. 
 Fenilalanina. 
 Histidina. 
 Isoleucina. 
 Leucina. 
 Lisina. 
 Metionina. 
 Treonina. 
Segundo (Nogueira, 2008). Quimicamente cerca de 90% da massa seca do 
cabelo constitui - se em proteínas e os outros são lipídeos 4%, açúcares 1%, 
cinza 0,5% zinco (200ppm) e melanina 4% estes valores podem variar de 
acordo com idade, sexo, hábitos de fumo e cor. 
Sendo assim, o cabelo é formado de um conjunto de várias ligações 
peptídicas, que conferem aos fios de cabelos algumas capacidades, entre 
elas estão: resistência à tração, resistência a enzimas e resistência aos 
produtos químicos. 
Algumas outras características estão relacionadas ao cabelo ser: 
 sensível aos produtos alcalinos como os amoníacos, que são: tinturas 
e permanentes; 
 insolúvel na água e solventes orgânicos; 
 sensível aos agentes oxidantes, exemplo a descoloração. 
3.1 A cor do cabelo 
O componente principal pela coloração dos fios é a melanina, esses grânulos 
de melanina são produzidos por uma célula chamada queratinócitos e estão 
presentes na camada intermediária do fio, o córtex e em menor quantidade 
na camada mais interna, a medula. Há dois tipos principais de melanina: a 
eumelanina e a feomelanina, as quais produzem as cores do castanho ao 
preto e do marrom- -avermelhado ao loiro, respectivamente (Robbins, 
2002). 
A eumelanina e a feomelanina são formadas a partir de reações químicas 
envolvendo espécies químicas intermediárias altamente reativas. A baixa 
atividade dos melanócitos tem como resultado os cabelos grisalhos ou 
brancos, mas isto também pode estar relacionado ao tamanho e distribuição 
dos grânulos das melaninas e com os tipos de pigmentos presentes nos fios 
capilares. Uma pessoa pode apresentar os dois tipos de pigmentos, 
dependendo da quantidade de cisteína presente nos melanócitos (Robbins, 
2002). 
É ISSO AÍ! 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de: 
 aprender sobre a Anatomia da pele e estrutura do couro cabeludo; 
 aprender papel do terapeuta capilar nas disfunções estéticas capilares; 
 aprender sobre a estrutura do fio de cabelo, fases de crescimentos e seu 
desenvolvimento; 
 desenvolver habilidades de avaliação da estrutura capilar; 
 sobre as propriedades da fibra capilar e sua composição química. 
REFERÊNCIAS 
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