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Direito Constitucional - Resumo Completo - Reta Final

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[Escola] 
[Título do curso] 
[TÍTULO DO DOCUMENTO] 
[Subtítulo do documento] 
 
Franco Matias 
Luís Krieger 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
1 
 
Direito Constitucional para a PRF – Reta Final 
Direito Constitucional: 1 Poder constituinte. 1.1 Fundamentos do poder constituinte. 1.2 Poder 
constituinte originário e derivado. 1.3 Reforma e revisão constitucionais. 1.4 Limitação do poder de 
revisão. 1.5 Emendas à Constituição. 2 Fundamentos constitucionais dos direitos e deveres 
fundamentais. 2.1 Direitos e deveres individuais e coletivos. 2.2 Direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade. 2.3 Direitos sociais, nacionalidade, cidadania e direitos 
políticos. 2.4 Garantias constitucionais individuais. 2.5 Garantias dos direitos coletivos, sociais e 
políticos. 2.6 Remédios constitucionais. 3 Poder Executivo. 3.1 Forma e sistema de governo. 3.2 
Chefia de Estado e chefia de governo. 3.3 Atribuições e responsabilidades do presidente da República. 
3.4 Da União: bens e competências (arts. 20 a 24 da CF). 4 Defesa do Estado e das instituições 
democráticas. 4.1 Forças Armadas (art. 142, CF). 4.2 Segurança pública (art. 144 da CF). 4.3 
Organização da segurança pública. 4.4 Atribuições constitucionais da Polícia Rodoviária Federal. 5 
Ordem social. 5.1 Base e objetivos da ordem social. 5.2 Seguridade social. 5.3 Meio ambiente. 5.4 
Família, criança, adolescente, idoso, índio. 
 
Sumário 
1 Poder constituinte. 1.1 Fundamentos do poder constituinte. 1.2 Poder constituinte originário e 
derivado. 1.3 Reforma e revisão constitucionais. 1.4 Limitação do poder de revisão. 1.5 Emendas à 
Constituição. ............................................................................................................................... 2 
1 Poder constituinte. 1.1 Fundamentos do poder constituinte. 1.2 Poder constituinte originário e 
derivado. ............................................................................................................................................. 2 
1.3 Reforma e revisão constitucionais. 1.4 Limitação do poder de revisão. 1.5 Emendas à Constituição. . 4 
2 Fundamentos constitucionais dos direitos e deveres fundamentais. 2.1 Direitos e deveres 
individuais e coletivos. 2.2 Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
2.3 Direitos sociais, nacionalidade, cidadania e direitos políticos. 2.4 Garantias constitucionais 
individuais. 2.5 Garantias dos direitos coletivos, sociais e políticos. 2.6 Remédios constitucionais.
 ..................................................................................................................................................13 
2 Direitos e garantias fundamentais: direitos sociais. ...........................................................................46 
2 Direitos e garantias fundamentais: nacionalidade. .............................................................................54 
2 Direitos e garantias fundamentais: cidadania e direitos políticos; partidos políticos; garantias 
constitucionais individuais; garantias dos direitos coletivos, sociais e políticos......................................61 
3 Poder Executivo. 3.1 Forma e sistema de governo. 3.2 Chefia de Estado e chefia de governo. 3.3 
Atribuições e responsabilidades do presidente da República. 3.4 Da União: bens e competências 
(arts. 20 a 24 da CF). ...................................................................................................................74 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
2 
3 Poder Executivo. 3.1 Forma e sistema de governo. 3.2 Chefia de Estado e chefia de governo. 3.3 
Atribuições e responsabilidades do presidente da República. ...............................................................75 
3.4 Da União: bens e competências (arts. 20 a 24 da CF). ......................................................................86 
4 Defesa do Estado e das instituições democráticas. 4.1 Forças Armadas (art. 142, CF). 4.2 
Segurança pública (art. 144 da CF). 4.3 Organização da segurança pública. 4.4 Atribuições 
constitucionais da Polícia Rodoviária Federal. ........................................................................... 100 
4 Defesa do Estado e das instituições democráticas. 4.1 Forças Armadas (art. 142, CF). 4.2 Segurança 
pública (art. 144 da CF). 4.3 Organização da segurança pública. .......................................................... 100 
4.4 Atribuições constitucionais da Polícia Rodoviária Federal.............................................................. 105 
5 Ordem social. 5.1 Base e objetivos da ordem social. 5.2 Seguridade social. 5.3 Meio ambiente. 
5.4 Família, criança, adolescente, idoso, índio. .......................................................................... 109 
 
1 Poder constituinte. 1.1 Fundamentos do poder constituinte. 1.2 Poder constituinte 
originário e derivado. 1.3 Reforma e revisão constitucionais. 1.4 Limitação do poder de 
revisão. 1.5 Emendas à Constituição. 
 
1 Poder constituinte. 1.1 Fundamentos do poder constituinte. 1.2 Poder constituinte 
originário e derivado. 
 
O poder constituinte é o poder de estabelecer a Constituição de um estado, ou de 
modificar a Constituição que já existe. 
A teoria do poder constituinte foi criada pelo francês Emmanuel Sieyès em sua obra: o que 
é o terceiro estado. 
O titular do poder constituinte é o povo, eis que a este cabe determinar a criação ou 
modificação de uma Constituição. 
A forma de exercício desse poder pode se dar de duas formas: 
1) democrática: é o poder constituinte legítimo, se dá pelo povo. Ocorre pela assembleia 
constituinte ou convenção, onde o povo escolhe seus representantes (democracia representativa). 
2) autocrática (outorga): poder constituinte usurpado. A Constituição é criada pela vontade 
do detentor do poder, sem a participação do povo. 
Dentre os tipos das espécies de poder constituinte, podemos elencar dois, o originário e o 
derivado. 
 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
3 
Poder Constituinte Originário 
O poder constituinte originário (também chamado de poder constituinte inaugural, de 
primeiro grau, inicial ou genuíno) é o poder de elaborar uma Constituição. 
Segundo a doutrina, esse poder apresenta 5 (cinco) características: é um poder político, 
inicial incondicionado, permanente e autônomo (ilimitado). Vejamos cada uma: 
I) Político: é um poder político, pois cria a ordem jurídica (ordenamento jurídico) de um 
Estado. Essa inicia com ele. 
II) Inicial: ao criar um novo Estado, rompe com a ordem jurídica anterior, dando início a uma 
nova ordem jurídica. 
III) Incondicionado: não está sujeito a qualquer forma ou procedimento para a sua 
manifestação. 
IV) Permanente: o poder constituinte originário não se esgota com a elaboração de uma 
nova Constituição. Ele pode se manifestar a qualquer tempo. Permanece em estado de “stand-by”, 
aguardando uma convocação para sua manifestação. 
V) Ilimitado ou autônomo: O Poder Constituinte Originário não necessita respeitar os 
limites determinados pelo direito anterior, ou seja, a ordem jurídica pré estabelecida não limita a 
atividade de criar uma Constituição nova. 
STF: o poder constituinte não possui qualquer limite imposto pelo ordenamento jurídico interno ou 
de ordem suprapositiva. 
STF: não há possibilidade de se invocar direito adquirido contra normas constitucionais originárias. 
STF (ADI2356 e 2362): a eficácia das regras jurídicas produzidas pelo poder constituinte 
(redundantemente chamado de "originário") não está sujeita a nenhuma limitação normativa, seja 
de ordem material, seja formal, porque provém do exercício de um poder de fato ou suprapositivo. 
 
Poder Constituinte Derivado 
Também chamado de constituído (de segundo grau), é o poder de alterar/modificar a 
Constituição Federal e, inclusive, o de confeccionar as Constituições estaduais. 
Opoder constituinte derivado é criado pelo poder constiuinte originário, possuindo previsão 
e regulamentação no texto da Constituição, tratando-se de um poder limitado, podendo ser objeto 
de controle de constitucionalidade. 
Suas características são: jurídico, derivado, limitado (subordinado) e condicionado. 
Vejamos cada uma: 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
4 
I) Jurídico: justamente por estar previsto e regulado pela Constituição. 
II) Derivado: deriva do poder constituinte originário. 
III) Limitado ou Subordinado: a Constituição elenca limitações ao seu exercício, as quais não 
podem ser desrespeitadas (visto que seriam inconstitucionais). Aqui temos a presença das cláusulas 
pétreas na CF. 
IV) Condicionado: o seu exercício é regrado pelo texto da Constituição, o que se confirma na 
obediência ao procedimento da aprovação das emendas constitucionais (art. 60, CF/88). 
O Poder Constituinte Derivado possui duas subdivisões, quais sejam: Poder Constituinte 
Reformador e Poder Constituinte Decorrente. 
Poder Constituinte Derivado Reformador 
É o poder de alterar/modificar a Constituição, desde que sejam respeitadas as normas e 
limitações estabelecidas pelo poder constituinte originário. 
O exercício desse poder foi previsto, na CF/88, ao Congresso nacional para que exerça a 
alteração do texto da CF/88 em duas situações: emendas constitucionais (art. 60) e revisão 
constitucional (ADCT, art. 3º). 
Poder Constituinte Derivado Recorrente 
É o poder que a CF/88 concede aos estados-membros para que se organizem, elaborando 
suas próprias Constituições (art. 25, CF/88), desde que sejam respeitadas as regras e limitações 
estipuladas pela Constituição Federal. 
STF (RE 577.025): a Lei Orgânica do Distrito Federal (DF) é norma equiparada à Constituição 
estadual, possuindo natureza de Constituição local. 
Por outro lado, os Municípios não dispõem do poder constituinte derivado decorrente, 
ainda que possuam autonomia política, administrativa, financeira e elaborem a sua própria Lei 
Orgânica (art. 29 da CF/88). 
 
1.3 Reforma e revisão constitucionais. 1.4 Limitação do poder de revisão. 1.5 Emendas à 
Constituição. 
 
A reforma constitucional é o processo formal de mudança da Constituição, através do poder 
constituinte derivado reformador. Os procedimentos para tal reforma estão previstos na própria CF. 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
5 
Pode-se dizer que a reforma constitucional engloba dois meios de modificação da 
Constituição, através do poder constituinte derivado reformador: revisão (ADCT, art. 3º da CF) e 
emenda (art. 60, CF). 
Obs: a única possibilidade de alteração formal da CF/88, atualmente, é através das emendas 
constitucionais. 
 
Revisão Constitucional 
Esse procedimento único foi previsto no art. 3º do ADCT (Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias): 
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do 
Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
Os constituintes da época mantiveram como provisórios a forma republicana e o sistema 
presidencialista, até a escolha que iria ser realizada em 1993. 
Tratou-se de um procedimento previsto pelo poder constituinte originário, que ocorreu 5 
anos após a promulgação da CF/88 (1993), no qual estava previsto a escolha da forma de governo 
(Monarquia ou República) e o sistema de governo (Parlamentarismo ou Presidencialismo) e algumas 
importantes alterações, a depender do modelo escolhido. 
Uma vez encerrado o processo de revisão constitucional, mantendo-se a forma de governo 
Republicana e o sistema de governo Presidencialista, a revisão mudou pouca coisa na CF/88. 
As emendas constitucionais de revisão possuíram um procedimento simplificado, tempo 
certo para a sua realização um processo único (5 anos após a promulgação da CF/88, limitado pela 
CF/88 e inaplicável aos estados-membros. 
STF (ADI 1722): ao Poder Legislativo estadual não está aberta a via de introdução, no cenário 
jurídico, do instituto da revisão constitucional. 
 
Emenda Constitucional 
É a única possibilidade de alteração formal da CF/88, atualmente, é através das emendas 
constitucionais. É um procedimento mais dificultoso que o de aprovação das leis. É permanente, 
podendo ser realizado a qualquer tempo. 
Tal procedimento é previsto no art. 60 da CF/88: 
CF/88 - Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
6 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal; 
 
II - do Presidente da República; 
 
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, 
de estado de defesa ou de estado de sítio. 
 
Quórum de aprovação das emendas 
 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos 
votos dos respectivos membros. 
 
A proposta será: 
1) discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional - em dois turnos. 
2) considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
 
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
 
Cláusulas Pétreas 
 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
 
I - a forma federativa de Estado; 
 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
 
III - a separação dos Poderes; 
 
IV - os direitos e garantias individuais. 
 
As cláusulas pétreas não podem ser objetos de emenda tendentes a sua abolição, no todo ou em 
parte. Entretanto, nada impede o legislador de modificá-los para ampliar, aumentar ou abranger 
ainda mais respectivos direitos fundamentais. 
 
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
 
Limitações do Poder de Revisão 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
7 
As limitações ao poder constituinte derivado reformador são impostas pelo poder 
constituinte originário, as quais são: 
a) Temporais: a Constituição determina um período em que seu texto não poder sofrer 
modificações. Ex: parte da doutrina cita o ADCT. 
b) Circunstanciais: é vedada a modificação durante acontecimentos excepcionais. Ex: estado 
de sítio, estado de defesa e intervenção federal (art. 60, §1º); 
c) Materiais: certas matérias não podem ser abolidas do texto da Constituição pelo poder 
reformador. 
Se dividem em: 
c.1) Limitações materiais explícitas: cláusulas pétreas - art. 60, §4º; 
c.2) Limitações materiais implícitas: não mencionadas expressamente na CF/88, também não 
poderão ser abolidas. Ex: a) a titularidade do poder constituinte originário e derivado; b) as normas 
que dispõem sobre o processo de tramitação e votação das propostas de emenda. 
d) Processuais ou Formais: o processo legislativo de modificação da Constituição possui 
algumas exigências, mais rigoroso do que o processo de modificação das demais leis do ordenamento. 
Ex: Legitimados para a proposta de emenda, aprovação em dois turnos em cada casa do Congresso 
Nacional por 3/5 (três quintos) dos votos dos respectivos membros. 
STF (ADI2356 e 2362): as normas produzidas pelo poder reformador, essas têm sua validez 
e eficácia condicionadas à legitimação que recebam da ordem constitucional. Daí a necessária 
obediência das emendas constitucionais às chamadas cláusulas pétreas. 
 
Como foi cobrado pelo Cespe em concursos policiais 
 
01) (CESPE/2018 – PC-MA – Delegado) O poder constituinte originário é fático e soberano, 
incondicional e preexistente à ordem jurídica. 
 
( )Certo ( ) Errado 
02) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Além dos limites explícitos presentes no texto constitucional, o poder de reforma da CF possui limites 
implícitos; assim, por exemplo, as normas que dispõem sobre o processo de tramitação e votação das 
propostas de emenda não podem ser suprimidas, embora inexista disposição expressa a esse 
respeito. 
 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
8 
( ) Certo ( ) Errado 
03) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Emendas à CF somente podem ser apresentadas por proposta de um terço, no mínimo, dos membros 
do Congresso Nacional. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
04) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Emenda e revisão constitucionais são espécies do gênero reforma constitucional, não havendo, nesse 
sentido, à luz da CF, traços diferenciadores entre uma e outra. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
05) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Não se insere no âmbito das atribuições do presidente da República sancionar as emendas à CF, mas 
apenas promulgá-las e encaminhá-las à publicação. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
06) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Se uma proposta de emenda à CF for considerada prejudicada por vício de natureza formal, ela 
poderá ser reapresentada após o interstício mínimo de dez sessões legislativas e ser apreciada em 
dois turnos de discussão e votação. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
07) (CESPE/2016 – PC-PE – Agente) Assinale a opção correta a respeito da Constituição Federal de 
1988 (CF) e dos poderes constituintes. 
 
A CF pode ser modificada pela atuação de poder constituinte derivado, obedecidas as normas nela 
inseridas pelo poder constituinte originário. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
08) (CESPE/2015 – PRF – Policial Rodoviário Federal) No que se refere ao direito constitucional, 
julgue o item a seguir. 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
9 
 
Por integrarem o rol dos direitos fundamentais e estarem entre as denominadas cláusulas pétreas 
constitucionais, os direitos e as garantias individuais não podem ser objeto de deliberação de 
eventuais propostas de emenda constitucional que objetivem aboli-los, no todo ou em parte, do 
ordenamento jurídico pátrio. 
( ) Certo ( ) Errado 
09) (CESPE/2013 – PC-BA – Investigador) Considerando os princípios fundamentais da CF, julgue o 
item que se segue. 
 
Considera-se inconstitucional por violação a uma das cláusulas pétreas proposta de emenda 
constitucional em que se pretenda abolir o princípio da separação de poderes. 
( ) Certo ( ) Errado 
10) (CESPE/2009 – PC-ES – Agente) Um deputado federal subiu à tribuna da Câmara dos Deputados 
para defender um projeto de emenda constitucional com a finalidade de instituir a pena de morte no 
Brasil. O deputado, durante seu discurso em plenário, no momento em que informava aos colegas da 
proposta realizada, disse que discordava da vedação constitucional absoluta da pena de morte. 
Com referência à situação hipotética acima apresentada, aos direitos fundamentais, em especial ao 
direito à vida, julgue o item que se segue. 
 
O projeto de emenda constitucional é de duvidosa constitucionalidade, já que não se admite emenda 
constitucional que tenha por fim abolir direitos e garantias individuais. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
Comentários 
 
01) (CESPE/2018 – PC-MA – Delegado) O poder constituinte originário é fático e soberano, 
incondicional e preexistente à ordem jurídica. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certa. O poder constituinte originário é fático e soberano, incondicional e preexistente 
à ordem jurídica. 
 
02) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
10 
Além dos limites explícitos presentes no texto constitucional, o poder de reforma da CF possui limites 
implícitos; assim, por exemplo, as normas que dispõem sobre o processo de tramitação e votação das 
propostas de emenda não podem ser suprimidas, embora inexista disposição expressa a esse 
respeito. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certa. Limitações Materiais: certas matérias não podem ser abolidas do texto da 
Constituição pelo poder reformador. 
Se dividem em: 
Limitações materiais explícitas: cláusulas pétreas - art. 60, §4º; 
Limitações materiais implícitas: não mencionadas expressamente na CF/88, também não 
poderão ser abolidas. Ex: a) a titularidade do poder constituinte originário e derivado; b) As normas 
que dispõem sobre o processo de tramitação e votação das propostas de emenda. 
03) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Emendas à CF somente podem ser apresentadas por proposta de um terço, no mínimo, dos membros 
do Congresso Nacional. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. Membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. 
CF/88 - Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, 
dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - 
de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada 
uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
04) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Emenda e revisão constitucionais são espécies do gênero reforma constitucional, não havendo, nesse 
sentido, à luz da CF, traços diferenciadores entre uma e outra. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. O Poder Constituinte Derivado é responsável pelas alterações no texto 
constitucional, sendo previsto na CF/88 a sua manifestação por meio de reforma (art. 60, CF/88) ou 
de revisão (art. 3º do ADCT). Vimos que são institutos diversos, que não se confundem. 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
11 
05) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Não se insere no âmbito das atribuições do presidente da República sancionar as emendas à CF, mas 
apenas promulgá-las e encaminhá-las à publicação. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. CF/88 – art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
06) (CESPE/2016 – PC-PE – Delegado) Acerca do poder de reforma e de revisão constitucionais e dos 
limites ao poder constituinte derivado, julgue as seguintes afirmativas. 
 
Se uma proposta de emenda à CF for considerada prejudicada por vício de natureza formal, ela 
poderá ser reapresentada após o interstício mínimo de dez sessões legislativas e ser apreciada em 
dois turnos de discussão e votação. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. CF/88 – Art. 60, § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou 
havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
07) (CESPE/2016 – PC-PE – Agente) Assinale a opção correta a respeito da Constituição Federal de 
1988 (CF) e dos poderes constituintes.A CF pode ser modificada pela atuação de poder constituinte derivado, obedecidas as normas nela 
inseridas pelo poder constituinte originário. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certa. A CF pode ser modificada pela atuação de poder constituinte derivado, devendo 
ser respeitadas as normas previstas pelo poder constituinte originário. 
08) (CESPE/2015 – PRF – Policial Rodoviário Federal) No que se refere ao direito constitucional, 
julgue o item a seguir. 
 
Por integrarem o rol dos direitos fundamentais e estarem entre as denominadas cláusulas pétreas 
constitucionais, os direitos e as garantias individuais não podem ser objeto de deliberação de 
eventuais propostas de emenda constitucional que objetivem aboli-los, no todo ou em parte, do 
ordenamento jurídico pátrio. 
( ) Certo ( ) Errado 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
12 
Comentário: certo. As cláusulas pétreas não podem ser objetos de emenda tendentes a sua abolição, 
no todo ou em parte. Entretanto, nada impede o legislador de modificá-los para ampliar, aumentar 
ou abranger ainda mais respectivos direitos fundamentais. 
09) (CESPE/2013 – PC-BA – Investigador) Considerando os princípios fundamentais da CF, julgue o 
item que se segue. 
 
Considera-se inconstitucional por violação a uma das cláusulas pétreas proposta de emenda 
constitucional em que se pretenda abolir o princípio da separação de poderes. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certa. CF/88 - § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a 
separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. 
10) (CESPE/2009 – PC-ES – Agente) Um deputado federal subiu à tribuna da Câmara dos Deputados 
para defender um projeto de emenda constitucional com a finalidade de instituir a pena de morte no 
Brasil. O deputado, durante seu discurso em plenário, no momento em que informava aos colegas da 
proposta realizada, disse que discordava da vedação constitucional absoluta da pena de morte. 
Com referência à situação hipotética acima apresentada, aos direitos fundamentais, em especial ao 
direito à vida, julgue o item que se segue. 
 
O projeto de emenda constitucional é de duvidosa constitucionalidade, já que não se admite emenda 
constitucional que tenha por fim abolir direitos e garantias individuais. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário: certa. CF/88 - § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação 
dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. 
 
 
 
 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
13 
2 Fundamentos constitucionais dos direitos e deveres fundamentais. 2.1 Direitos e 
deveres individuais e coletivos. 2.2 Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade. 2.3 Direitos sociais, nacionalidade, cidadania e direitos políticos. 2.4 
Garantias constitucionais individuais. 2.5 Garantias dos direitos coletivos, sociais e 
políticos. 2.6 Remédios constitucionais. 
 
Os direitos e garantias fundamentais estão disciplinados no Título II da CF (arts. 5º a 17), os 
quais foram divididos em cinco grupos: 
 Direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º); 
 Direitos sociais (arts. 6º a 11); 
 Direitos de nacionalidade (arts. 12 e 13); 
 Direitos políticos (arts. 14 a 16); e 
 Direitos de existência dos partidos políticos (art. 17). 
Lembrando que há diversos direitos fundamentais presentes em outros dispositivos, que 
são, por esse motivo, denominados “direitos fundamentais não-catalogados” (fora do catálogo 
próprio). Por exemplo, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225/CF). 
O caput do art. 5º da Constituição afirma que os direitos e garantias fundamentais são 
garantidos aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país. Todavia, a expressão “estrangeiros 
residentes no País” deve ser entendida como “estrangeiros sob as leis brasileiras”. Ou seja, aplica-se 
a estrangeiros residentes ou não residentes, enquanto estiverem sob o manto do nosso ordenamento 
jurídico, e até mesmo para os apátridas (aqueles sem nacionalidade). 
Mas nem todos os direitos fundamentais são destinados a estrangeiros. A ação popular, por 
exemplo, é garantia que não poderá ser estendida a estrangeiros em geral, pois apenas o cidadão é 
legitimado ativo. 
CF/88 - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à Vida, à Liberdade, à Igualdade, à Segurança e à 
Propriedade, nos termos seguintes (VLISP): 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição. 
Temos aqui o princípio da isonomia, também conhecido como princípio da igualdade, o qual 
representa o símbolo da democracia, pois indica um tratamento justo para os cidadãos. É essencial 
dentro dos princípios constitucionais, porém complexo e para sua completa compreensão é 
necessário entender o contexto cultural e histórico em que foi criado. 
Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
14 
Desde muito tempo, esse princípio tem feito parte das antigas civilizações. Ao longo da 
história, foi muitas vezes desrespeitado, assumindo um conceito errado, por entrar em atrito com os 
interesses das classes dominantes. 
Quando a CF/88 prevê que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza” estamos tratando da chamada igualdade formal. De acordo com ela, é vetado que os 
legisladores criem ou editem leis que a violem. O princípio da igualdade garante o tratamento 
igualitário de acordo com a lei para os cidadãos. 
Ainda, temos a chamada igualdade material. 
Vejamos as duas: 
• Igualdade Formal: é aquela presente na Constituição Federal e que trata da 
igualdade perante a lei. De acordo com o artigo 5º, isso quer dizer que homens, 
mulheres e todos os cidadãos brasileiros são iguais conforme a legislação. 
• Igualdade Material: tipo de igualdade, em que todos os seres humanos recebem um 
tratamento igual ou desigual, de acordo com a situação. Quando as situações são 
iguais, deve ser dado um tratamento igual, mas quando as situações são diferentes 
é importante que haja um tratamento diferenciado. 
De acordo com a doutrina jurídica, esse princípio pode ser usado para limitar o legislador 
(não será possível criar outras leis que violem o princípio da igualdade), limitar o intérprete da lei 
(consiste na aplicação da lei de acordo com o princípio), limitar o indivíduo (que não poderá 
apresentar condutas contrárias a igualdade, ou seja, realizar atos preconceituosos, racistas ou 
discriminatórios). 
Esse princípio deve ser interpretado de forma que seja dado tratamento equivalente aos 
iguais, mas que sejam desigualmente tratados os desiguais, na medida das suas desigualdades 
(igualdade material). Segundo o texto constitucional, homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações (art. 5º, I/CF). Mas a lei pode criar distinções entre homens e mulheres, desde que haja 
razoabilidade para o critério eleito para a discriminação. Por exemplo, concurso para agente 
penitenciário em uma delegacia feminina que só admita a inscrição de mulheres. 
O limite de idade para inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, 
da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser pretendido 
(Súmula 683 do STF). Ou seja, pode haver determinadas distinções por critério de idade, desde que 
haja justificativa e razoabilidade. 
Estão plenamente de acordo com o princípio da igualdade as políticas de “cotas” e outras 
ações afirmativas, eis que representam meio apto a efetivar a igualdade material e permitir a 
suplantação de desigualdades ocasionadas por situações históricas particulares.Viviana Leal de Souza
vika_voa@hotmail.com
 
 
15 
Princípio da Legalidade 
CF/88 – Art. 5º - II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei. 
Tal princípio visa combater o poder arbitrário do Estado, pois somente mediante espécies 
normativas elaboradas segundo as regras do processo legislativo pátrio podem-se criar obrigações 
para os indivíduos. Aos particulares é lícito fazer tudo aquilo que a lei não proíba (não é necessária 
uma lei autorizando determinado comportamento, basta que não exista uma norma que o proíba). 
D 
Diferentemente, para os agentes públicos, o princípio da legalidade tem outra conotação, 
eis que ele somente pode agir conforme o estabelecido em lei (se não houver previsão legal para 
determinada atuação, não há possibilidade de o poder público proceder daquela forma). 
É o princípio da legalidade estrita (ou restrita). 
 
Liberdade de Expressão 
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença; 
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional. 
O conceito de liberdade de expressão é extremamente abrangente e tem diversas 
implicações: desde um cidadão expor sua opinião; um político, sua ideologia; um artista, sua arte; um 
jornalista, sua investigação, e por aí vai. Além de garantir a expressão, o direito também se refere ao 
amplo acesso à informação a partir de diferentes e variadas fontes, dentro de um ambiente 
democrático, que garanta as liberdades de expressão e de imprensa. 
É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato (art. 5º, IV). A vedação 
ao anonimato objetiva possibilitar a responsabilização de quem cause danos a terceiros. Afinal, a 
Constituição também assegura o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem (art. 5°, V). 
Assim, veiculada expressão indevida de juízos e valores é cabível o direito de resposta – 
acumulável com a indenização por danos morais e materiais – aplicável tanto às pessoas físicas e 
quanto às jurídicas que sejam ofendidas. 
É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença (art. 5º, IX). 
Viviana Leal de Souza
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16 
STF: o Supremo Tribunal Federal declarou inexigível (com fundamento nos direitos fundamentais à 
liberdade de pensamento e de sua expressão, de criação artística, produção científica) autorização 
de pessoa biografada relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo também 
desnecessária autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso 
de pessoas falecidas ou ausentes). 
Atenção: NÃO existem direitos fundamentais absolutos. Assim, a incitação ao racismo, assim como 
o discurso de ódio e violência, não estão protegidos pela liberdade de expressão. 
 
Liberdade de Consciência e de Crença 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal 
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
Escusa de consciência: ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta 
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei (art. 5º, VIII). Ou seja, o indivíduo pode não 
cumprir obrigação a todos imposta e não ser privado de direitos, desde que cumpra prestação 
alternativa fixada em lei. 
 
STF (RE 494601) - É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade 
religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana. 
 
Liberdade de trabalho/profissão 
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
 
Liberdade de Locomoção 
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. 
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17 
A violação a esse direito poderá ensejar a impetração do remédio constitucional chamado 
habeas corpus. 
 
Liberdade de Reunião 
XVI – todos podem reunir se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente. 
 
Requisitos para o exercício da liberdade de reunião: 
- Reunião pacífica. 
- Sem armas. 
- Não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local. 
- Prévio aviso à autoridade competente. 
Forma coletiva de exercício da liberdade de expressão, uma vez que consiste no direito de 
determinados agrupamentos de pessoas reunirem-se temporariamente para a livre manifestação dos 
seus pensamentos. É também direito individual, pois assegura a qualquer indivíduo a livre opção de 
participar ou não de determinada reunião. 
Haverá restrição ao direito de reunião na hipótese de decretação do estado de defesa e 
suspensão no caso de decretação do estado de sítio (art. 136, §1º, I, “a” e art. 139, IV, ambos da CF). 
São limitações circunstanciais. 
Atenção nestes dois pontos: 
Marcha da maconha 
STF (ADPF 187) - passeata pela liberalização do uso da maconha (marcha da maconha) foi uma 
manifestação considerada legítima pelo STF. Os direitos constitucionais de reunião e de livre 
expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Ressaltaram que a liberdade de 
expressão e de manifestação somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar 
ações ilegais e iminentes. 
Eventual ausência de aviso prévio à autoridade competente 
STF (RE 806.339) - Eventual ausência de prévio aviso para o exercício do direito de reunião não 
transforma a manifestação em ato ilícito. 
- Ainda, de acordo com a jurisprudência do STF (806.339) – A tese de repercussão geral fixada foi a 
seguinte: “A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é 
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18 
satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu 
exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. 
 
Liberdade de Associação 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito 
em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
 
A liberdade de associação é plena e também se relaciona ao exercício da liberdade de 
expressão. Diferencia-se, entretanto, do direitode reunião; porque a associação reveste-se de caráter 
de permanência, de continuidade (ao contrário da natureza ocasional e temporária da reunião). Sobre 
a liberdade de associação, o dispositivo mais importante (mais cobrado em concursos) é o art. 5°, 
XIX, da CF/88, segundo o qual as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter 
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado. 
Ou seja, suspensão ou dissolução das associações são temas que exigem reserva de 
jurisdição (estão protegidos contra a atuação administrativa). Assim, a associação poderá ter suas 
atividades suspensas ou ser dissolvida por determinação judicial. Mas, atenção! Como o caso de 
dissolução é mais gravoso, ele (somente a dissolução compulsória) exige trânsito em julgado. 
Representação Judicial - As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente (art. 5º, XXI). Trata-se de 
hipótese de representação judicial (desde que expressamente autorizada, uma associação poderá 
ajuizar ação judicial em nome de um indivíduo, no interesse dele. Nesse caso, a associação é mera 
representante do indivíduo interessado). 
 
Inviolabilidades 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
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19 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráfcas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal; 
Direito à intimidade e à privacidade - Para a reparação por dano moral não é necessário que 
tenha havido dano material e essas indenizações podem ser concomitantes. A reparação por dano 
moral não exige ofensa à reputação do indivíduo (o mero desconforto causado pela publicação de 
uma foto não autorizada já geraria direito à reparação). As pessoas jurídicas também estão protegidas 
pela inviolabilidade da honra e da imagem. 
Inviolabilidade domiciliar – como regra, é inviolável o domicílio, mas a própria CF admite exceções: 
(1) flagrante delito ou desastre; (2) prestação de socorro; ou (3) durante o dia, por determinação 
judicial. 
Assim, temos que: 
(1) por determinação judicial, só será possível ingressar na residência sem o consentimento do 
morador durante o dia; 
(2) no caso de flagrante delito ou desastre ou para prestar socorro não é necessário que a ação ocorra 
durante o dia, podendo ocorrer de dia ou à noite. 
Segundo o STF, essa inviolabilidade não alcança somente “casa”, residência do indivíduo. 
Alcança, também, qualquer recinto fechado, não aberto ao público, ainda que de natureza 
profissional (escritório do advogado, consultório do médico, dependências privativas da empresa, 
quarto de hotel etc.). 
O sigilo bancário somente pode ser atingido por (quebra do sigilo): 
 por determinação judicial; 
 por determinação do Plenário da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
 por determinação de CPI; 
 por determinação do Ministério Público, desde que no âmbito de procedimento administrativo 
visando à defesa do patrimônio público; 
 por determinação das autoridades e agentes fscais tributários da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fscal 
em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa 
competente, nos termos dos arts. 5º e 6º da LC 105/2001. 
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20 
As autoridades policiais (Polícia Federal, polícias civis etc.), o Ministério Público (ressalvada 
a situação excepcional descrita acima) e os tribunais de contas não dispõem do poder de determinar 
quebra de sigilo bancário. 
Como nenhum direito fundamental é absoluto, caso a inviolabilidade da correspondência 
tiver sendo utilizada para acobertar práticas ilícitas, aquela garantia 
poderá ser afastada (por exemplo, se presidiários estiverem planejando um sequestro por meio de 
cartas, o direito à proteção da vida irá preponderar, e poderá ser admitida a violação da 
correspondência). 
No caso das comunicações telefônicas, o próprio dispositivo constitucional (art. 5º, XII) 
estabelece quais seriam os requisitos para a violação do sigilo: 
• ordem judicial (reserva de jurisdição, não se admite interceptação por ordem administrativa 
ou de CPI); 
• nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer; e 
• para fins de investigação criminal e instrução processual penal (não pode em âmbito de 
processo administrativo). 
Os dados colhidos em interceptações telefônicas (judicialmente autorizadas para produção 
de provas em investigação criminal ou instrução processual penal) podem ser utilizados em 
procedimento administrativo disciplinar, contra as mesmas pessoas em relação às quais foram 
colhidos, ou contra outros servidores cujos supostos ilícitos teriam despontado à colheita dessa 
prova. 
Você não pode confundir sigilo telefônico com sigilo das comunicações telefônicas: quando 
se fala em quebra do sigilo telefônico, trata-se de acesso aos dados de ligações telefônicas (quem 
ligou para quem, quando, quanto tempo durou a ligação). 
Quando se fala em interceptação telefônica, trata-se de gravação das conversas 
estabelecidas entre os interlocutores, ou seja, refere-se ao conteúdo da conversa. 
Quando falamos em “interceptação telefônica” ou “sigilo das correspondências”, 
pretendemos proteger a comunicação, a correspondência em si, enquanto em trânsito e lacrada. Por 
isso, essa garantia não veda a apreensão de uma carta já aberta e guardada ou a utilização, como 
prova, de e-mails armazenados num celular ou no HD de um computador regularmente apreendidos. 
 
Direito de Propriedade 
XXII – é garantido o direito de propriedade; 
XXIII – a propriedade atenderá a função social; 
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21 
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvada os casos previstos nesta Constituição; 
XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver 
dano; 
XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada 
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de 
sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento; 
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei 
brasileira 
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do “de cujus”. 
 
O direito de propriedade é garantia individual e relativa, considerando que deve respeitar o 
conceito de função social que consta nos artigos 182, §2º (propriedade urbana) e 186 (propriedade 
rural), da CF/88. 
Nos termos do art. 5º, XXIV, da CF/88, a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na Constituição (arts. 182, §4º, 184 e 243).Observe que a desapropriação pode ser fundada em necessidade pública, utilidade pública ou 
interesse social, ou seja, mesmo que a propriedade atenda sua função social. Na dúvida, lembre-se 
da desapropriação de terrenos urbanos para o alargamento de uma avenida. 
Além da desapropriação, a requisição administrativa é outra limitação ao direito de 
propriedade (no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano - art. 5°, 
XXV). Nessa hipótese, ao contrário da desapropriação, a propriedade do bem continua sendo do 
indivíduo (ele só “empresta” ao Estado, o qual o indenizará, posteriormente, se houver dano). 
Vale destacar que foi conferida proteção especial à pequena propriedade rural produtiva 
(a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será 
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a 
lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento - art. 5°, XXVI). 
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22 
Dentro da esfera de proteção do direito de propriedade, a Constituição garante também o 
direito de herança (art. 5°, XXX) e regula a sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil, 
protegendo os filhos e cônjuge brasileiros (a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será 
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes 
seja mais favorável a lei pessoal do “de cujus”, o falecido - art. 5°, XXXI). 
O direito de propriedade abrange também os bens incorpóreos, protegendo a propriedade 
industrial (relacionada às marcas e às patentes) e os direitos autorais. 
Quanto ao direito autoral, a Constituição garante aos autores o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei 
fixar (art. 5°, XXVII). 
No caso da propriedade industrial, a Constituição prevê que a lei assegurará aos autores de 
inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações 
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo 
em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País (CF, art. 5º, XXIX). 
Obs: No caso de direito autoral (sobre obras literárias, por exemplo), é garantido o direito exclusivo 
permanente, sendo que a lei estabelecerá o período de utilização por parte dos herdeiros. 
Diferentemente, no tocante aos inventos industriais, a lei poderá limitar o período de utilização do 
próprio autor (“privilégio temporário”). 
 
Direito à Informação 
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado. 
É garantia de natureza administrativa, que decorre do princípio da publicidade dos atos da 
Administração Pública. Porém essa garantia não é absoluta, já que o Poder Público pode recusar-se a 
fornecer a informação quando esta for imprescindível à segurança do Estado e da sociedade, nos 
termos da lei nº 12.527/2011. Ressalte-se, ainda a criação da comissão da verdade, instituída pela lei 
12.528/2011. 
Importante dizer que quando houver negativa administrativa sobre informações pessoais a 
ação constitucional cabível poderá ser o habeas data, mas quando o direito denegado for informações 
de interesse coletivo ou geral, a ação constitucional cabível a espécie será o mandado de segurança 
(art. 5º, LXIX e LXXII). 
Direito de Petição e de Certidão 
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
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23 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situação de interesse pessoal; 
O Direito de Petição é garantia de índole administrativa que não se confunde com o direito 
de ação, por isso não tem o peticionário de demonstrar lesão ou ameaça de lesão a interesse, pessoal 
ou particular. Visa defender direito, noticiar ilegalidade ou abuso de autoridade, constituindo uma 
prerrogativa democrática, de caráter essencialmente informal (apesar da forma escrita), 
independentemente do pagamento de taxas e está desvinculado da comprovação da existência de 
qualquer lesão a interesses próprios do solicitante. 
O direito de certidão é consagrado como garantia constitucional de natureza individual, 
exercido na seara administrativa. Tem como objetivo o esclarecimento de situações pretéritas 
pessoais, onde o Estado se obriga a prestá-lo sob pena de responsabilidade política, civil e criminal, 
ressalvados as hipóteses constitucionais de sigilo. 
Negado o direito, caberá mandado de segurança (art. 5º, LXIX), e não habeas data, não 
podendo ser invocada para se ter acesso a documento a respeito de terceiro (a menos que este tenha 
lhe conferido mandato de representação). 
 
Direitos de segurança 
Neste ponto, cabe informar que a previsão do art. 5º no tocante ao direito à segurança 
refere-se a uma segurança jurídica, de índole processual e de garantias constitucionais penais. Sendo 
assim, analisaremos estes dois aspectos. 
a) Princípios e regras aplicáveis ao direito e ao processo: 
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito; 
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo 
legal; 
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral 
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
Podemos apontar três postulados constitucionais que consubstanciam as garantias 
processuais do indivíduo no nosso Estado Democrático de Direito: 
• Inafastabilidade da jurisdição: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito (CF, art. 5°, XXXV). 
• Devido processo legal: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal (CF, art. 5°, LIV). 
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24 
• Princípios do contraditório e da ampla defesa: assegura-se aos litigantes, em processo judicial 
ou administrativo, e aos acusados em geral o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes (CF, art. 5º, LV). 
O direito ao contraditório engloba os seguintes direitos: 
• Direito de ser informado e ter acesso às informações do processo; 
• Direito de se manifestar sobre os elementos do processo; e 
• Direito de ver os seus argumentos considerados. 
Não ofende o princípio da inafastabilidade da jurisdição a previsão contratual de que sejam 
solucionados pela via arbitral os conflitos sobre direitos patrimoniais disponíveis. Na hipótese, abre-
se mão da via judicial, e não do direito de ação ou do acesso à jurisdição (uma vez que jurisdição há, 
porém privada). 
 
STF – Súmula 667: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada 
sem limite sobre o valor da causa. 
STF – Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição. 
STF – Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de 
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
STF – Súmula Vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de 
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 
STF – Súmula Vinculante 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo 
aos elementos deprova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
STF – Súmula Vinculante 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o 
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato 
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão 
inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 
Duplo grau de jurisdição: Segundo o Supremo Tribunal Federal o princípio do duplo grau de jurisdição 
não é uma garantia constitucional absoluta. Ou seja, não está proibida a existência de processos de 
instância única (como é o caso da competência originária do próprio STF para julgamento das mais 
altas autoridades da República, em que a decisão não pode ser submetida a outra instância, nos 
termos do art. 102, I, “b” 
da CF/88). 
Princípio do Juiz Natural 
XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
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25 
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente; 
Esse direito fundamental está previsto em dois incisos do art. 5º da Constituição: 
- não haverá juízo ou tribunal de exceção (inciso XXXVII) e ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente (inciso LIII). 
Esse princípio apresenta duas finalidades: proibir a criação de tribunais de exceção (tribunal instituído 
por casuísmo, criado após o fato que está acarretando o julgamento); e garantir o respeito às regras 
que estabelecem a competência de julgamento de modo objetivo, assegurando a imparcialidade do 
órgão julgador. 
Júri Popular 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
STF - Súmula Vinculante 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro 
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. 
Inadmissibilidade das provas ilícitas 
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
Doutrina da ilicitude por derivação (ou teoria dos frutos da árvore envenenada): são ilícitas 
não só a prova originária obtida por meios ilícitos como também todas as demais produzidas a partir 
dela (isto é, são ilícitas a prova originária e todas as provas dela derivadas). 
Entretanto, a existência de prova ilícita não torna o processo nulo como um todo. Se 
detectadas provas ilícitas nos autos de processo, deve ser feito o chamado “desentranhamento”; isto 
é, as provas ilícitas serão retiradas do processo. E o processo pode ter sua regular continuidade com 
base em outras provas lícitas autônomas. 
STF - Uma prova ilícita pode vir a tornar-se lícita, desde que em legítima defesa. Por exemplo, uma 
gravação clandestina (originalmente ilícita) pode ser utilizada como prova, desde que realizada em 
legítima defesa de um dos interlocutores. 
Provas ilícitas = aquelas colhidas em ofensa às normas de direito material. 
Provas ilegítimas = aquelas produzidas em ofensa ao direito processual. 
 
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26 
Celeridade processual - A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável 
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação (art. 5º, LXXVIII). 
Publicidade dos atos processuais - A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (art. 5º, LX). 
Assistência jurídica gratuita - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos (art. 5°, LXXIV). 
Assistência jurídica gratuita será prestada pela defensoria pública e contempla não só a 
assistência de advogado, mas também de perito. 
A Constituição Federal estabelece ainda que são assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas, para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, o registro civil de nascimento 
e a certidão de óbito (art. 5º, LXXVI), mas não para casamento, 
b) Garantias Constitucionais Penais: 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
Princípio da Reserva Legal e da Anterioridade - Em face do princípio da reserva legal, lê-se: “não há 
crime sem lei que o defina e não há pena sem cominação legal”, entendendo ser indispensável uma 
descrição específica da conduta tida como lesiva ao bem juridicamente protegido. Em sentido formal, 
a reserva legal cuida-se de que a matéria deve resultar de lei aprovada pelo Congresso Nacional. 
Quanto ao princípio da anterioridade, diz-se: não há crime sem lei “anterior” que o defina e não há 
pena sem “prévia” cominação legal (nullun crimem, nulla poena sine praevia lege). 
Princípio da retroatividade da lei penal mais favorável ao réu (lex mitior) – A regra é a 
irretroatividade In Pejus, pois a lei nova desfavorável ao réu (lex gravior) não retroage para atingir 
delitos praticados antes do início da sua vigência. Quando se trata de lei mais benéfica para o réu, a 
retroatividade existe, inclusive com relação à eficácia da coisa julgada, aplicando-se também durante 
o processo de execução da pena. 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena 
de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a 
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os 
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. 
 
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27 
Crimes Imprescritíveis (RaÇão): 
• Racismo 
• AÇão de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado 
Democrático. 
 
Crimes Insuscetíveis de Graça e Anistia (3TH): 
• Tortura 
• Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins 
• Terrorismo 
• Crimes Hediondos 
Obs: A lei 8072/90 (lei dos Crimes Hediondos) prevê que: Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: I - anistia, 
graça e indulto. 
 
Crimes Inafiançáveis 
• Racismo 
• AÇão de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado 
Democrático. 
• Tortura 
• Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afns 
• Terrorismo 
• Crimes Hediondos 
- Graça e indulto: são atos de clemência do poder executivo, extinguindo ou diminuindo a pena dada 
ao condenado (art. 84, XII). Chama-se graça se o perdão for individual e indulto se for coletivo. 
- Anistia: é um perdão concedido por lei, portanto deve submeter-se ao congresso nacional (art. 48, 
VIII). 
Penas Permitidas e Proibidas: 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes (PPMPS): 
a) Privação ou restrição da liberdade; 
b) Perda de bens; 
c) Multa; 
d) Prestação social alternativa; 
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28 
e) Suspensão ou interdição de direitos. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
 
Direitos e Garantias relativos à prisão 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridadefísica e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com 
seus filhos durante o período de amamentação; 
LXI- ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a 
liberdade provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do 
depositário infiel; 
STF – Súmula Vinculante 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a 
modalidade do depósito. 
 
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29 
Como foi cobrado pelo Cespe em concursos policiais 
01) (CESPE/2020 – PC-SE – Delegado) Com base nas normas que regem a organização policial, julgue 
o item a seguir. 
A segurança pública é direito fundamental previsto na Constituição Federal de 1988 e assegurado 
tanto aos brasileiros quanto a estrangeiros residentes no Brasil. 
( ) Certo ( ) Errado 
02) (CESPE/2019 – PRF – Policial Rodoviário Federal) À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o 
item que se segue, a respeito de direitos e garantias fundamentais e da defesa do Estado e das 
instituições democráticas. 
São constitucionalmente assegurados ao preso o direito à identificação dos agentes estatais 
responsáveis pela sua prisão e o direito de permanecer em silêncio. 
( ) Certo ( ) Errado 
03) (CESPE/2019 – PRF – Policial Rodoviário Federal) À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o 
item que se segue, a respeito de direitos e garantias fundamentais e da defesa do Estado e das 
instituições democráticas. 
Em caso de iminente perigo público, autoridade pública competente poderá usar a propriedade 
particular, desde que assegure a consequente indenização, independentemente da comprovação da 
existência de dano, que, nesse caso, é presumido. 
( ) Certo ( ) Errado 
04) (CESPE/2018 – PC-SE – Delegado) Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres 
individuais e coletivos e às garantias constitucionais. 
O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do 
autor do delito. 
( ) Certo ( ) Errado 
05) (CESPE/2018 – PC-SE – Delegado) Com relação aos direitos e às garantias fundamentais previstos 
na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir. 
Dada a previsão constitucional de que nenhuma pena passará da pessoa do condenado a outrem, o 
ordenamento jurídico veda que obrigações de reparação de danos sejam estendidas aos sucessores 
do condenado. 
( ) Certo ( ) Errado 
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30 
06) (CESPE/2018 – PC-MA – Médico Legista) De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e 
coletivos elencados no art. 5.° da Constituição Federal de 1988 (CF), 
Em nenhuma circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos 
forçados ou de banimento. 
( ) Certo ( ) Errado 
07) (CESPE/2018 – PC-MA – Médico Legista) De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e 
coletivos elencados no art. 5.° da Constituição Federal de 1988 (CF), 
A definição do estabelecimento prisional onde será cumprida a pena independe do delito, da idade e 
do sexo do apenado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
08) (CESPE/2018 – PC-MA – Médico Legista) De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e 
coletivos elencados no art. 5.° da Constituição Federal de 1988 (CF), 
Será protegida a livre manifestação do pensamento, inclusa a anônima. 
( ) Certo ( ) Errado 
09) (CESPE/2018 – PC-MA – Médico Legista) De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e 
coletivos elencados no art. 5.° da Constituição Federal de 1988 (CF), 
Será ampla a liberdade de associação, independentemente de autorização dos poderes públicos. 
( ) Certo ( ) Errado 
10) (CESPE/2016 – PC-GO – Agente) Observadas as ressalvas constitucionais e jurisprudenciais, os 
espaços que poderão ser protegidos pela inviolabilidade do domicílio incluem: I. o local de trabalho 
do indivíduo. II a embarcação em que o indivíduo resida e(ou) exerça atividade laboral. III o recinto 
ocupado provisoriamente pelo indivíduo. IV o imóvel que o indivíduo ocupe por empréstimo. V o 
quarto de hotel que seja ocupado pelo indivíduo. 
( ) Certo ( ) Errado 
11) (CESPE/2015 – PRF – Policial Rodoviário Federal) O princípio constitucional da igualdade 
estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 
( ) Certo ( ) Errado 
12) (CESPE/2013 – PRF – Policial Rodoviário Federal) Julgue os itens subsequentes, relativos aos 
direitos e garantias fundamentais previstos na CF. 
Aos que comprovem insuficiência de recursos é assegurada a gratuidade na prestação de 
assistência jurídica integral pelo Estado. 
 
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31 
( ) Certo ( ) Errado 
 
13) (CESPE/2013 – PRF – Policial Rodoviário Federal) Julgue os itens subsequentes, relativos aos 
direitos e garantias fundamentais previstos na CF. 
No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentários 
01) (CESPE/2020 – PC-SE – Delegado) Com base nas normas que regem a organização policial, julgue 
o item a seguir. 
A segurança pública é direito fundamental previsto na Constituição Federal de 1988 e assegurado 
tanto aos brasileiros quanto a estrangeiros residentes no Brasil. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certa. CF/88 - Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito 
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
STF (HC 94.477): é estendido a proteção do rol dos direitos fundamentais a estrangeiros, ainda que 
em trânsito pelo país. 
02) (CESPE/2019 – PRF – Policial Rodoviário Federal) À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o 
item que se segue, a respeito de direitos e garantias fundamentais e da defesa do Estado e das 
instituições democráticas. 
São constitucionalmente assegurados ao preso o direito à identificação dos agentes estatais 
responsáveis pela sua prisão e o direito de permanecer em silêncio. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certa. CF/88 - Art. 5º: 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial. 
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32 
03) (CESPE/2019 – PRF – Policial Rodoviário Federal) À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o 
item que se segue, a respeito de direitos e garantias fundamentais e da defesa do Estado e das 
instituições democráticas. 
Em caso de iminente perigo público, autoridade pública competente poderá usar a propriedade 
particular, desde que assegure a consequente indenização, independentemente da comprovação da 
existência de dano, que, nesse caso, é presumido. 
( ) Certo ( ) ErradoComentário: errada. CF/88, art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade 
competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, 
se houver dano. 
04) (CESPE/2018 – PC-SE – Delegado) Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres 
individuais e coletivos e às garantias constitucionais. 
O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do 
autor do delito. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. Cuidado. Princípio da Intrascendência ou pessoalidade da pena: a pena não 
passará da pessoa do acusado. 
CF/88 - Art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. 
05) (CESPE/2018 – PC-SE – Delegado) Com relação aos direitos e às garantias fundamentais previstos 
na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir. 
Dada a previsão constitucional de que nenhuma pena passará da pessoa do condenado a outrem, o 
ordenamento jurídico veda que obrigações de reparação de danos sejam estendidas aos sucessores 
do condenado. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. CF/88 - Art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo 
a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. 
06) (CESPE/2018 – PC-MA – Médico Legista) De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e 
coletivos elencados no art. 5.° da Constituição Federal de 1988 (CF), 
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33 
Em nenhuma circunstância haverá penas cruéis ou de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos 
forçados ou de banimento. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. CF/88 – Art. 5º, XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis. 
07) (CESPE/2018 – PC-MA – Médico Legista) De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e 
coletivos elencados no art. 5.° da Constituição Federal de 1988 (CF), 
A definição do estabelecimento prisional onde será cumprida a pena independe do delito, da idade e 
do sexo do apenado. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. CF/88 – Art. 5º, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, 
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado. 
08) (CESPE/2018 – PC-MA – Médico Legista) De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e 
coletivos elencados no art. 5.° da Constituição Federal de 1988 (CF), 
Será protegida a livre manifestação do pensamento, inclusa a anônima. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: errada. CF/88 – Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato. 
09) (CESPE/2018 – PC-MA – Médico Legista) De acordo com o rol de direitos e deveres individuais e 
coletivos elencados no art. 5.° da Constituição Federal de 1988 (CF), 
Será ampla a liberdade de associação, independentemente de autorização dos poderes públicos. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certa. CF/88 – Art. 5º, XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a 
de caráter paramilitar. 
CESPE 2018 - será ampla a liberdade de associação, independentemente de autorização dos 
poderes públicos. 
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10) (CESPE/2016 – PC-GO – Agente) Observadas as ressalvas constitucionais e jurisprudenciais, os 
espaços que poderão ser protegidos pela inviolabilidade do domicílio incluem: I. o local de trabalho 
do indivíduo. II a embarcação em que o indivíduo resida e(ou) exerça atividade laboral. III o recinto 
ocupado provisoriamente pelo indivíduo. IV o imóvel que o indivíduo ocupe por empréstimo. V o 
quarto de hotel que seja ocupado pelo indivíduo. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certo. CF/88 – Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. 
STF (RHC 90376/RJ): o conceito de "casa", para os fins da proteção jurídico-constitucional a que se 
refere o art. 5º, XI, da Lei Fundamental, reveste-se de caráter amplo, pois compreende, na 
abrangência de sua designação tutelar, (a) qualquer compartimento habitado, (b) qualquer 
aposento ocupado de habitação coletiva e (c) qualquer compartimento privado onde alguém 
exerce profissão ou atividade. 
11) (CESPE/2015 – PRF – Policial Rodoviário Federal) O princípio constitucional da igualdade 
estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: certo. A questão refere-se à igualdade formal, prevista na CF/88, art. 5°: todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 
A igualdade material tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida e na 
proporção de suas desigualdades (princípio da isonomia). 
12) (CESPE/2013 – PRF – Policial Rodoviário Federal) Julgue os itens subsequentes, relativos aos 
direitos e garantias fundamentais previstos na CF. 
Aos que comprovem insuficiência de recursos é assegurada a gratuidade na prestação de 
assistência jurídica integral pelo Estado. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário: certa. CF/88 - art. 5, LXXIV: o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos 
que comprovarem insuficiência de recursos. 
13) (CESPE/2013 – PRF – Policial Rodoviário Federal) Julgue os itens subsequentes, relativos aos 
direitos e garantias fundamentais previstos na CF. 
No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. 
 
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( ) Certo ( ) Errado 
 
Comentário: certa. CF/88, art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente 
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver 
dano. 
 
Remédios Constitucionais 
Habeas Corpus 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
 
1. Objeto tutelado: liberdade de locomoção. Só será cabível o remédio constitucional 
quando houver ofensa ou ameaça à liberdade de locomoção. Se, em virtude da ilegalidade ou do 
abuso de poder, o indivíduo estiver sob o risco de uma penalidade de multa ou de afastamento do 
cargo, por exemplo, não será cabível habeas corpus. 
2. Ofensa indireta - O habeas corpus é cabível não só contra ofensa direta, mas também 
quando se estiver diante de ofensa indireta ao direito de locomoção (a ofensa indireta ocorre quando 
o ato impugnado poderá resultar em procedimento que, no final, resulte na reclusão do impetrante). 
 
STF (AI 573623 QO/RJ) - O habeas corpus é medida idônea para impugnar decisão judicial que 
autoriza a quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal, haja vista a possibilidade 
destes resultarem em constrangimento à liberdade do investigado. 
STF – Súmula 693 - Não cabe habeas corpus para impugnar decisão condenatória à pena de multa, 
ou relativa a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. 
STF – Súmula 694 - Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou 
de perda de patente ou de função pública. 
STF – Súmula 695 - Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

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