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Aula 12 - Taxas de câmbio; sistemas de taxas de câmbio fixas e flexíveis

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Livro Eletrônico
Aula 12
Economia p/ SEFAZ-AL (Auditor Fiscal da Receita Estadual) -
Pós-Edital
Celso Natale
05082883470 - GUSTAVO SILVA GUEDES
 
 
 
 
 
 
 1 
1. Taxas de Câmbio ....................................................................................................................................2 
1.1. Taxa de câmbio nominal .......................................................................................................................... 2 
1.2. Taxa de câmbio real ................................................................................................................................. 5 
1.3. Condição Marshall-Lerner e Curva J ......................................................................................................... 8 
2. Regimes cambiais ................................................................................................................................. 11 
2.1. Câmbio fixo ............................................................................................................................................ 11 
2.2. Câmbio flutuante (flexível) ..................................................................................................................... 12 
2.3. Flutuação suja (dirty floating) ................................................................................................................ 13 
2.4. Bandas cambiais .................................................................................................................................... 13 
3. Taxa de câmbio de equilíbrio ............................................................................................................... 18 
3.1 Oferta e demanda de divisas ................................................................................................................... 18 
3.1. A relação câmbio-inflação ...................................................................................................................... 21 
4. Paridade do Poder de Compra .............................................................................................................. 21 
5. Termos de troca ................................................................................................................................... 22 
Questões Comentadas ............................................................................................................................. 25 
Lista de Questões ..................................................................................................................................... 33 
Gabarito ................................................................................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
Celso Natale
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 2 
1. TAXAS DE CÂMBIO 
Iniciamos esta aula aprofundando alguns conceitos relacionados a taxas de câmbio. Eles são 
essenciais para compreendermos assuntos mais avançados, além de serem, eles próprios, objetos 
de questões. Comecemos pelas taxas de câmbio real e nominal. 
1.1. TAXA DE CÂMBIO NOMINAL 
A taxa de câmbio nominal (e) é o preço de uma moeda estrangeira medido em moeda nacional. No 
Brasil, é mais comum medirmos o preço do dólar americano em reais. Dessa forma, quando o Banco 
Central divulga que a taxa de câmbio é de 3, significa precisamos de 3 reais para comprar 1 dólar. 
Em outras palavras, a taxa de câmbio nominal mostra o preço relativo entre duas moedas. 
Se a taxa aumentar para 4, dizemos que a taxa de câmbio se elevou, e isso é o mesmo que dizer que 
houve desvalorização da moeda nacional, pois agora precisamos de mais reais para comprar o 
mesmo dólar. 
No Brasil, usamos a chamado cotação direta, também chamada convenção do incerto: medimos 
quanto de nossa moeda é necessário para adquirir uma unidade da moeda estrangeira. Dizemos que 
U$1 custa R$3. 
Se adotássemos o método indireto, ou convenção do certo, diríamos que R$1 compra U$0,33. Dá 
no mesmo, mas é um pouco inconveniente lidar com valores fracionários. Por isso, países com 
moeda forte (EUA, Inglaterra e países da zona do euro) adotam a convenção do certo, enquanto os 
demais adoram a convenção do incerto. 
 
CONVENÇÃO DO CERTO CONVENÇÃO DO INCERTO 
Indica quanto vale a moeda doméstica em 
termos de moeda estrangeira. 
 Indica o preço de uma moeda estrangeira em 
unidades da moeda nacional 
R$1,00 = U$0,33 
R$1,00 = €0,29 
R$1,00 = £0,25 
 U$1,00 = R$3,00 
€1,00 = R$3,50 
£1,00 = R$4,00 
Adotado em países de moeda forte: EUA (dólar), 
Inglaterra (libras) e Zona do Euro (euro). 
 Adotado nos demais países, inclusive no Brasil. 
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 3 
 
Como utilizamos a convenção do incerto para medir o preço do real em relação a todas as outras 
moedas, quando a taxa de câmbio se eleva, a moeda nacional sofre desvalorização em relação à 
moeda estrangeira em questão. 
Isso é muito importante, e você não pode confundir! 
 
Valorização, Apreciação e Aumento X Desvalorização, Depreciação e Queda 
É muito importante que os termos acima tenham seu uso bastante claro para você, para 
não errar questões por “bobeira”. 
 
Então acompanhe o exemplo. Imagine que ontem a taxa de câmbio era R$3 (três reais 
por dólar). Se hoje a taxa está em R$4/U$, diz-se que a taxa aumentou e a moeda 
doméstica desvalorizou. 
 
Até aí tranquilo. Mas também se diz, nesse mesmo caso, que a taxa desvalorizou ou o 
câmbio desvalorizou. 
 
Pode parecer pouco intuitivo, mas pense sempre do ponto de vista de quem tem a moeda 
doméstica: para nós, que temos reais, a taxa de câmbio R$4/U$ vale menos do que a taxa 
de câmbio de R$3/U$, então dizemos que a taxa desvalorizou. 
 
Também sempre podemos substituir desvalorizou por depreciou. 
 
 
 
 
 
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 4 
 
Aumento da taxa de câmbio 
= 
Desvalorização da taxa de câmbio 
= 
Depreciação da taxa de câmbio 
= 
Desvalorização da moeda doméstica 
Queda da taxa de câmbio 
= 
Valorização da taxa de câmbio 
= 
Apreciação da taxa de câmbio 
= 
Valorização da moeda doméstica 
IMPORTANTE: apreciação e valorização da taxa de câmbio significam a mesma coisa em termos 
práticos, ou seja, significam valorização da moeda doméstica em relação à moeda estrangeira. 
Mas em termos conceituais, apreciação ocorre como resultado das forças de oferta e demanda 
de mercado, enquanto valorização ocorre como resultado da atuação do governo e do Banco 
Central. O mesmo vale para depreciação e desvalorização. Essa diferença ficará mais clara 
quando vermos regimes cambiais. 
 
1. (2014/CESPE/CADE/Economista) 
A taxa de câmbio pode ser expressa pela convenção do certo ou pela convenção do incerto. Na 
Inglaterra e nos Estados Unidos, a convenção do certo cota a moeda nacional em termos da 
moeda estrangeira. 
Comentários: 
Os países de moeda forte adotam a convenção do certo, ou seja, preferem medir quanta 
moeda estrangeira podem adquirir com suas moedas. Na Inglaterra, são divulgadas cotações 
como esta: 
Real brasileiro: 4,25 
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 5 
Peso argentino: 20,15 
Euro: 1,22 
Dólar: 1,51 
E sabem que essas cotações indicam quanto da moeda estrangeira podem comprar com uma 
libra esterlina. 
Gabarito: Certo 
 
1.2. TAXA DE CÂMBIO REAL 
A taxa de câmbio nominalinforma o preço de uma moeda em relação à outra, e apenas isso. 
Contudo, moedas servem para adquirir bens e serviços, e é isso que importa em termos de comércio 
internacional. 
A taxa de câmbio real é definida como a taxa de câmbio nominal, ajustada pelos preços: 
ereal=
e X P*
P
 
 
 
Onde: 
ereal = taxa de câmbio real 
e = taxa de câmbio nominal 
P* = preço estrangeiro 
P = preço nacional 
Vamos a um exemplo. Digamos que a taxa de câmbio nominal seja de 3 reais por dólar. Além disso, 
o Honda Civic custa 60.000 dólares nos Estados Unidos e 100.000 reais no Brasil: 
ereal=
3 X 60.000
100.000
=1,8 
Essa taxa de câmbio real de 1,8 significa que, na verdade, o americano não pode comprar, no 
mercado brasileiro, tanto quanto pensou que podia com seus dólares. 
Na prática, é claro, não utilizamos o preço de um único bem para mensurar a taxa de câmbio real, 
mas sim índices de preços, que levam em consideração os preços dos principais bens e serviços. 
Portanto, na fórmula acima, considere P como índice de preço nacional e P* como o índice de preço 
estrangeiro. 
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É a taxa de câmbio real que “manda” nas importações e exportações. Se a taxa de câmbio real se 
elevar (desvalorizar), significa que houve desvalorização real da moeda nacional, e aumentarão as 
exportações. 
De acordo com a definição de taxa de câmbio real, há três coisas que podem provocar essa elevação 
da taxa de câmbio: 
1. Elevação da taxa de câmbio nominal; 
2. Elevação do nível de preços estrangeiros; 
3. Redução do nível de preços domésticos. 
Note que todas essas relações são pela convenção do incerto, e são elas que você levará em 
consideração na hora da prova, exceto se a questão disser o contrário. 
 
2. (2015/CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) 
Julgue o seguinte item. 
A desvalorização da taxa de câmbio real favorece o setor de bens transacionáveis 
internacionalmente. 
Comentários: 
A desvalorização da taxa de câmbio real equivale à elevação da taxa de câmbio e desvalorização 
real da moeda doméstica. 
Quanto isso ocorre, os bens nacionais ficarão mais baratos para os países estrangeiros, que 
passarão a demandar maiores quantidades. 
Gabarito: Certo 
 
3. (2000/ESAF/RECEITA FEDERAL DO BRASIL/Auditor Fiscal) 
Considere que tenha ocorrido uma desvalorização nominal da taxa de câmbio de 10% num 
determinado período. Considerando o conceito de taxa de câmbio utilizada no Brasil e o 
conceito de câmbio real que leva em conta a inflação interna e externa, pode-se afirmar que, 
a) se a inflação externa foi de 10% no período e a inflação interna foi de 25% no período, houve 
uma desvalorização real da taxa de câmbio. 
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b) se a inflação externa foi de 20% e a inflação interna foi de 5% no período, houve uma 
valorização real da taxa de câmbio. 
c) se tanto a inflação interna quanto a externa foram de 5% no período, não houve alteração 
na taxa de câmbio real. 
d) se a inflação externa foi de 15% no período e a inflação interna foi de 30% no período, houve 
uma desvalorização real da taxa de câmbio. 
e) se a inflação externa foi de 5% e a inflação interna foi de 20% no período, houve uma 
valorização real da taxa de câmbio. 
Comentários: 
Vamos usar nossa fórmula para chegar à taxa de câmbio real em cada uma das alternativas. 
Podemos, para facilitar os cálculos, partir da hipótese de que, antes da desvalorização nominal da 
taxa de câmbio tínhamos o seguinte: 
ereal=
e X P
P*
 = 
1 X 100
100
=1 
a) se a inflação externa foi de 10% no período e a inflação interna foi de 25% no período, houve uma 
desvalorização real da taxa de câmbio. 
Nesse caso, P (índice de preços externo) passará a ser 125 e P* passará a ser 110, enquanto 
e sofre desvalorização (aumento da taxa) de 10%: 
ereal=
1,1 X 110
125
=0,968 
Portanto, houve valorização real da taxa de câmbio (aumento da taxa de câmbio, que passou 
de 1 para 0,968. A alternativa A não pode ser nosso gabarito. 
b) se a inflação externa foi de 20% e a inflação interna foi de 5% no período, houve uma valorização 
real da taxa de câmbio. 
 Dessa vez, teremos: 
ereal=
1,1 X 120
105
=1,26 
 Alternativa errada. Houve desvalorização (aumento) da taxa de câmbio. 
c) se tanto a inflação interna quanto a externa foram de 5% no período, não houve alteração na taxa 
de câmbio real. 
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Vejamos: 
ereal=
1,1 X 105
105
=1,1 
Novamente desvalorização (aumento) da taxa de câmbio. Alternativa errada. 
d) se a inflação externa foi de 15% no período e a inflação interna foi de 30% no período, houve uma 
desvalorização real da taxa de câmbio. 
Teremos, então: 
ereal=
1,1 X 115
130
=0,97 
Dessa vez, houve valorização (redução) da taxa de câmbio. Alternativa errada. 
e) se a inflação externa foi de 5% e a inflação interna foi de 20% no período, houve uma valorização 
real da taxa de câmbio. 
 Por fim, temos: 
ereal=
1,1 X 105
120
=0,96 
Realmente, houve valorização (redução) da taxa de câmbio real. Alternativa correta. 
Gabarito: “e” 
 
 
1.3. CONDIÇÃO MARSHALL-LERNER E CURVA J 
Temos afirmado desde o início do curso que a depreciação real da moeda doméstica leva ao 
aumento das exportações e queda nas importações, ou seja, aumento das exportações líquidas (NX). 
Agora, conhecendo a taxa de câmbio real, compreendemos um pouco melhor por que isso acontece: 
o bem doméstico fica mais barato para os outros países, enquanto os bens estrangeiros ficam mais 
caros para o país em questão. 
Mas será que essa relação entre ereal (taxa de câmbio real) e NX (exportações líquidas) sempre 
ocorrerá dessa forma? Não necessariamente. Quando ocorre um aumento na taxa de câmbio real o 
que acontece no curtíssimo prazo é o aumento dos preços relativos dos produtos importados e 
redução no preço relativo dos produtos exportados. Ou seja, mesmo antes que os importadores e 
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exportadores tenham tempo de adaptar seus padrões de consumo, M aumenta, pois, o preço dos 
produtos importados aumentou, sem que sua quantidade reduzisse, enquanto X diminui, pela queda 
no preço dos produtos exportados, sem que sua quantidade aumente. Portanto, NX diminui no 
curtíssimo prazo. 
Contudo, quando exportadores e importadores têm tempo para ajustar suas quantidades, diante do 
aumento da taxa real de câmbio, as exportações líquidas aumentam. Essa é a condição Marshall-
Lerner, e nos dá o formato da chamada curva J. 
 
Inicialmente, como reação à desvalorização da taxa de câmbio, as exportações líquidas diminuem. 
Passado um curtíssimo período, a condição Marshall-Lerner é atendida, com os agentes ajustando 
suas quantidades consumidas e, dessa forma, as exportações líquidas crescem. 
Portanto, como a condição Marshall-Lerner é observada na maior parte do tempo e das situações, 
podemos afirmar que a elevação da taxa de câmbio leva ao aumento das exportações líquidas. 
 
4. (2013/CESPE/ES/Analista do Executivo - Ciências Econômicas) 
Acerca dos agregados monetários e dos instrumentos de política monetária adotados pelo 
Banco Central do Brasil (BACEN), julgue a afirmativa a seguir. 
Considerando-se a validade da condição de Marshall-Lerner e dos efeitos da chamada curva J, 
é correto afirmar que uma depreciação da taxa de câmbio gera, no curto-prazo, aumento das 
exportações líquidas. 
Comentários:Pelo contrário. Inicialmente, ocorre redução nas exportações líquidas, posto que os agentes 
não conseguem ajustar suas quantidades muito rapidamente, como reação à alteração dos 
preços relativos. É o trecho inicial e decrescente da curva em “J”. 
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Gabarito: Errado 
 
5. (2016/IEDES/BAHIAGÁS/Analista de Processos Organizacionais) 
A importância dos efeitos dinâmicos da taxa real de câmbio sobre o balanço comercial pode 
ser observada a partir da “curva J”, onde uma depreciação real leva inicialmente a uma 
melhoria na balança comercial e em seguida a uma deterioração da mesma. 
Comentários: 
Novamente, a questão inverte as coisas. Mas você não errará esse tipo de questão, não é? 
Gabarito: Errado 
 
6. (FCC/2010/METRÔ-SP – Analista (Economia) 
Uma desvalorização da taxa de câmbio da economia, caso seja válida a condição de Marshall-
Lerner, provocará 
a) aumento das importações. 
b) equilíbrio no balanço de pagamentos. 
c) diminuição das exportações. 
d) decréscimo da entrada de capitais estrangeiros no país. 
e) aumento das exportações líquidas. 
Comentários: 
Quando válida (e ela é, em regra, válida), a condição Marshall-Lerner determina que a 
desvalorização da taxa de câmbio levará ao aumento das exportações líquidas. 
Gabarito: “e” 
Muito bem! Agora que já conhecemos melhor as taxas de câmbio, podemos compreender o que são 
os regimes cambiais. 
 
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2. REGIMES CAMBIAIS 
Sabemos que as taxas de câmbio tendem a variar. Afinal, são o preço de um bem (moeda 
estrangeira) e, como qualquer preço, está sujeito à Lei da Oferta e Demanda. 
Contudo, o governo pode entender que esse é um preço muito importante para ser deixado “solto”. 
Por outro lado, também pode concluir que é melhor deixar o câmbio flutuar, e é por aí que 
começamos esta parte da aula. 
 
2.1. CÂMBIO FIXO 
Sob o regime de câmbio fixo, a taxa de câmbio é determinada pelo governo. Mas isso não é feito por 
decreto! Em outras palavras, não basta o Presidente da República fazer um pronunciamento oficial 
dizendo que, a partir de agora, o dólar valerá R$0,50, e que você pode ir pra Miami fazer a festa... 
Ao estabelecer qual é a taxa de câmbio desejada, o Banco Central entra em ação, comprando e 
vendendo moeda estrangeira, até que essa taxa seja alcançada. 
Por exemplo: digamos que o dólar esteja valendo R$4, e o Banco Central se comprometa a alcançar 
a taxa de câmbio de R$3/dólar. Nesse caso, ele deve ir ao mercado e vender dólares. Isso aumentará 
a oferta e, como vimos, aumentos de oferta fazem cair os preços. 
Se depois mudarem de ideia e decidirem que a taxa deve ser de R$5, basta o Banco Central sair 
comprando dólares, o que pressionará a demanda e aumentará os preços da moeda estrangeira. O 
resultado será o aumento da taxa de câmbio. 
 
Note que no regime de câmbio fixo a taxa pode variar sim! Mas apenas de forma 
intencional, por parte do Governo e do Banco Central. 
E qual vantagem há em optar por um regime de câmbio fixo? Ou seja, quais fatores são 
determinantes para adoção dessa política cambial? 
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Bem, a principal delas é a previsibilidade que esse regime proporciona; os agentes exportadores 
ficam muito mais seguros sobre quanto poderão comprar com os dólares que obtiveram vendendo 
suas mercadorias para os gringos, e os importadores saberão com facilidade de quantos reais 
precisarão para poderem comprar suas mercadorias em dólar. Dessa forma, há maior incentivo para 
o comércio e investimento internacionais. Legal, né? 
Além disso, o regime de câmbio fixo assume um importante papel em economias inflacionárias. Ele 
se torna a chama âncora cambial. Como é estabelecida a taxa de câmbio, os produtores nacionais 
pensam algumas vezes antes de aumentar seus preços, pois, se o fizerem, os consumidores passarão 
a demandar mais produtos importados. Dessa forma, os preços nacionais ficam ancorados. O Brasil 
fez amplo uso da âncora cambial, como vemos em aulas de Economia Brasileira. 
Mas acontece que também há desvantagens. 
A mais importante delas é que o Banco Central precisa ter muitos dólares para poder manter a taxa 
de câmbio fixa. E para ter muitos dólares, ele precisa estar pronto para comprar muitos dólares. O 
Banco Central compra dólares com reais. Quando o Banco Central entrega reais (haveres 
monetários) em troca de dólares (haveres não monetários), há criação de moeda, ou seja, política 
monetária expansionista! 
Portanto, sob câmbio fixo, o Banco Central perde a autonomia na condução da política monetária, 
que passa a ser passiva em relação ao mercado de câmbio. Perceba que essa desvantagem é 
relativizada pela capacidade que a âncora cambial tem de manter o nível de preços sob controle, 
mas a política monetária não serve apenas para isso. 
Como mencionei, valorização ou desvalorização ocorrem quando o Governo e Banco Central atuam 
na taxa de câmbio. Portanto, é isso que ocorre sob o regime de câmbio fixo. 
 
2.2. CÂMBIO FLUTUANTE (FLEXÍVEL) 
O regime de câmbio flutuante – algumas vezes chamado de regime de câmbio flexível – é o outro 
dos extremos: o Banco Central não intervém no mercado de divisas internacionais. Dessa forma, o 
que determina as taxas de câmbio são os interesses (e humores) do mercado. 
Se houver muita demanda por moeda estrangeira, haverá depreciação da taxa de câmbio e 
desvalorização da moeda nacional, e não há nada que o Banco Central fará a respeito. 
Quando um preço é determinado pelo mercado, a oferta pelo bem em questão iguala a demanda 
pelo bem em questão – há equilíbrio. No mercado cambial, isso significa a principal vantagem do 
regime de câmbio flutuante: o Balanço de Pagamentos fica em equilíbrio (entrada de divisas = saída 
de divisas). 
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A desvantagem é a instabilidade. Os agentes não têm segurança alguma a respeito das taxas de 
câmbio, ao contrário do que ocorre no regime de câmbio fixo. 
Dessa vez, apreciação ou depreciação que ocorrem como resultado dos movimentos do mercado 
cambial. 
Agora que conhecemos os dois regimes cambiais extremos (fixo e flutuante), vejamos os 
intermediários. 
 
2.3. FLUTUAÇÃO SUJA (DIRTY FLOATING) 
No regime de flutuação suja é aquele no qual o Banco Central intervém pontualmente para evitar 
oscilações bruscas na taxa de câmbio, decorrentes de ataques especulativos. 
Nesse caso, o câmbio flutua livremente enquanto o mercado experimenta estabilidade. O Banco 
Central entra comprando ou vendendo divisas estrangeiras apenas quando os movimentos cambiais 
podem desestabilizar a economia ou atrapalhar os objetivos econômicos. 
Também pode aparecer nas provas como flutuação administrada, que é apenas outra forma de 
dizer a mesma coisa. 
Esse é o regime adotado no Brasil desde o abandono da âncora cambial (câmbio fixo), em 1999, 
assunto que aprofundamos em Economia Brasileira. 
 
2.4. BANDAS CAMBIAIS 
No regime de bandas cambiais, o Banco Central determina um piso e um teto para a taxa de câmbio, 
permitindo que a ela varie dentro desse intervalo (a banda). Sendo assim, quando a taxa se aproxima 
do teto, por exemplo, o Banco Central entra vendendo moeda estrangeira. 
Há alguns outros tipos de regimes cambiais menos cobrados, mas ainda assim importantes para 
quem quer se diferenciar dos demais candidatos à suavaga. Não é fácil lembrar-se de todos eles, 
mas você deve fazer um esforço, posto que podem cair na sua prova (inclusive com os termos em 
inglês). 
• Conselho de moeda (Currency board): A função de um Currency Board é trocar moeda 
nacional (que ele próprio emite) por moeda estrangeira a uma taxa fixa, e vice-versa. É um 
arranjo mais comum em países com baixa credibilidade. Para tanto, o país precisa ter reservas 
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na exata proporção da moeda doméstica em circulação, e a adoção desse regime faz com que 
a moeda nacional seja apenas uma perfeita substituta da moeda estrangeira. Na prática, é 
um regime de câmbio fixo no qual o Governo não tem liberdade para variar sua taxa de 
câmbio, e a função de emissão de moeda não é do Banco Central. 
• Banda rastejante (Crawling band): Consiste no regime de bandas cambiais no qual as bandas 
são ajustadas por um fator previamente definido. Geralmente esse fator é a inflação, e o 
objetivo é manter a taxa de câmbio real inalterada, impedindo assim aumento nas 
importações e, consequentemente, pressão depreciativa na taxa de câmbio. 
• Minidesvalorizações (Crawling peg): É algo como a banda rastejante, mas sem as bandas. 
Portanto, é um regime de câmbio fixo no qual a taxa é ajustada por um fator determinado. 
 
7. (2008/CESPE/SEFAZ ES/Consultor do Executivo) 
A macroeconomia, que permite avaliar o desempenho da economia como um todo, centra-se 
na análise dos grandes agregados macroeconômicos. 
Com relação a esse assunto, julgue o item subsequente. 
Uma das vantagens associadas ao sistema de taxas de câmbio fixos advém do fato de que esse 
sistema constitui uma forma simples de âncora para a política monetária, conhecida como 
âncora cambial. 
Comentários: 
De fato, a âncora cambial constitui uma vantagem do regime de câmbio fixo, posto que ajuda 
a manter o nível de preços sob controle, ficando a cargo da política monetária apenas a 
manutenção do nível da taxa de câmbio. 
Gabarito: Certo 
 
8. (2003/ESAF/RECEITA FEDERAL DO BRASIL/Auditor Fiscal) 
A formação de taxas cambiais leva em conta, a um tempo, as expectativas do mercado em 
relação ao equilíbrio de longo prazo das economias e fatores conjunturais que condicionam, 
no curto prazo, a oferta e demanda no mercado de moedas. A esse respeito, é correto afirmar: 
a) os regimes de câmbio fixo, mas ajustável, também conhecidos como "flutuação suja", 
proporcionou grande estabilidade ao sistema financeiro internacional no período entre as duas 
guerras mundiais. 
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b) regimes de câmbio fixo implicam o compromisso do governo de converter sua moeda em 
outra a um preço pré-determinado. Nesse caso, o volume de reservas e o fluxo líquido de 
divisas são os principais responsáveis pela confiança que possa ter o mercado na estabilidade 
da moeda em questão. 
c) regimes de câmbio flutuante implicam a atribuição aos governos da responsabilidade de 
intervir no mercado de moedas, por meio da venda de títulos públicos e operações de mercado 
aberto, sempre que a variação de sua moeda em relação a outras aproximar-se de valores 
previamente estabelecidos. 
d) regimes de câmbio fixo implicam o compromisso de pelo menos dois governos de converter 
suas respectivas moedas, uma na outra, a um preço determinado pelas condições de mercado. 
Nesse caso, o volume de trocas e o influxo líquido de divisas são os principais responsáveis pela 
confiança que possa ter o mercado na estabilidade da moeda em questão. 
e) No sistema conhecido por currency board, o governo estabelece um órgão responsável por 
conduzir as desvalorizações programadas, correspondentes às necessidades de financiamento 
do setor público e à evolução das taxas de inflação. 
Comentários: 
Embora a alternativa “a” esteja fora do escopo da aula, o período entre as duas guerras 
mundiais contempla a grande depressão de 1930. Nenhum regime cambial seria capaz de 
prover estabilidade naquelas circunstâncias. 
Já a alternativa “b” está correta; sob regime de câmbio fixo, os agentes só ficarão seguros 
quanto à manutenção da taxa caso a autoridade monetária disponha de grandes reservas de 
divisas. Isso teve papel muito importante na implantação do Plano Real. 
O câmbio flutuante não implica atribuição nenhuma ao governo, a não ser deixar a taxa ser 
determinada livremente pelo mercado. A descrição da alternativa “b” é compatível com um 
regime de bandas cambiais. 
O regime de câmbio fixo não implica o compromisso de dois governos, mas apenas de um, que 
deverá buscar a taxa determinado comprando e vendendo divisas. Por isso a alternativa “d” 
está errada. 
Por fim, o erro da alternativa “e” está em mencionar desvalorizações programas, necessidades 
de financiamento do setor público e evolução das taxas de inflação. Afinal, na prática, o 
Currency Board é um regime de câmbio fixo no qual o Governo não tem liberdade para variar 
sua taxa de câmbio, e a função de emissão de moeda não é do Banco Central. 
Gabarito: “b” 
 
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9. (2002/CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo) 
Julgue o item em seguida. 
Em um regime de câmbio fixo, a quantidade de reservas internacionais possuídas pelo Banco 
Central do Brasil (BACEN) não afeta as expectativas dos agentes econômicos com relação a 
manutenção da estabilidade da taxa de câmbio. 
Comentários: 
Pelo contrário! Os agentes sabem que, caso as reservas internacionais estejam baixas, o Banco 
Central terá dificuldades para manter a taxa de câmbio fixa. Dessa forma, a previsibilidade 
proporcionada pelo regime de câmbio fixo fica prejudicada. 
Gabarito: Errado 
 
10. CESPE/2007/TCU - Auditor do Tribunal de Contas da União 
Julgue o seguinte item. 
Sob o sistema de câmbio flexível, o governo obriga-se a modificar o câmbio de acordo com a 
paridade do poder de compra. 
Comentários: 
Nada disso. Essa definição combinaria com um crawling peg. 
Gabarito: Errado 
 
11. (2007/CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) 
Julgue o seguinte item. 
No regime de câmbio fixo, há maior estabilidade da taxa de câmbio real. 
Comentários: 
Não... no regime de câmbio fixo a taxa fixa é a nominal. A taxa de câmbio real poderá variar 
normalmente, de acordo com a relação entre os preços internos e externos. 
Gabarito: Errado 
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12. (2007/CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) 
Em um mundo onde o comércio entre países é cada vez mais intenso, o estudo da economia 
internacional é crucial para o entendimento das questões econômicas. Com relação a esse 
assunto, julgue os itens 
A fixação das taxas de câmbio reduz os riscos inerentes ao comércio internacional, porém, 
sacrifica a capacidade do Banco Central de utilizar políticas fiscais e monetárias para garantir a 
estabilidade econômica. 
Comentários: 
Essa questão foi considerada correta e não foi anulada! Perceba que como o Banco Central fica 
comprometido em manter a taxa de câmbio no patamar determinado, perde sua capacidade 
de utilizar a política monetária como instrumento de estabilidade econômica. Contudo, não é 
o Banco Central quem conduz a política fiscal! Eu sei que não é justo, mas é bom que você 
conheça esse tipo de questão. 
Gabarito: Certo 
13. (2007/CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) 
Julgue o seguinte item.No regime de câmbio fixo, os bancos centrais ficam a postos para comprar e vender a própria 
moeda a um preço fixo, expresso em dólares (ou em outra moeda tomada como padrão). 
Comentários: 
Exatamente isso. Caso haja pressão de demanda pela moeda estrangeira, causando alta em 
seu preço, o Banco Central deve intervir ofertando essa moeda, a fim de manter o câmbio fixo. 
Gabarito: Certo 
 
 
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3. TAXA DE CÂMBIO DE EQUILÍBRIO 
Agora vamos abordar o mercado de câmbio como qualquer outro mercado, onde forças de oferta e 
demanda interagem, mas exploraremos suas particularidades relacionando com o que vimos nesta 
aula e ao longo do curso. 
A taxa de câmbio de equilíbrio é aquela que iguala a oferta e a demanda por moeda estrangeira, 
assim como ocorre com os preços no caso de bens e serviços. 
3.1 OFERTA E DEMANDA DE DIVISAS 
Para compreender esse mercado cambial, convém conhecermos seus agentes, ou seja, quem oferta 
e quem demanda moeda estrangeira. Veja no quadro a seguir. 
Mercado Cambial 
DEMANDAM DIVISAS OFERTAM DIVISAS 
Importadores Exportadores 
Turistas brasileiros no exterior Turistas estrangeiros 
Investidores brasileiros no exterior Investidores estrangeiros 
Multinacionais estrangeiras no Brasil Multinacionais brasileiras no exterior 
Vamos nos concentrar, agora, no ponto de vista dos principais ofertantes e demandantes de divisas: 
importadores e exportadores. 
Veja o caso do exportador. Ele vende seus produtos para o resto do mundo e recebe em dólares. Ele 
pode fazer várias coisas com esses dólares, inclusive guardá-los ou vendê-los. 
Caso a taxa de câmbio aumente, ou seja, caso esses dólares passem a valer mais, o exportador ficará 
mais propenso a vender, aumentando a oferta de dólares no mercado brasileiro. 
Essa relação positiva entre a taxa de câmbio (preço da moeda estrangeira) e sua quantidade 
ofertada determina o formato ascendente da curva de oferta de divisas. 
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Por outro lado, quando a moeda estrangeira perde valor em relação à moeda doméstica (taxa de 
câmbio diminui), há maior incentivo para comprar produtos estrangeiros. 
Assim, os importadores passam a demandar mais moeda. 
Portanto, a relação negativa entre taxa de câmbio e quantidade demandada de divisas resulta na 
seguinte curva de demanda. 
 
A essa altura do curso, você deve estar bastante ciente do que ocorre no ponto onde as duas curvas 
se cruzam: o equilíbrio (E): 
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Em um regime de câmbio flutuante com livre mobilidade de capitais, a taxa de câmbio sempre irá 
convergir para a taxa de equilíbrio. 
Em regime de câmbio fixo, por outro lado, caso a taxa seja fixada acima da taxa de equilíbrio, haverá 
excesso de oferta, e consequente, o Banco Central terá que comprar muitas divisas para evitar que 
a taxa diminua. 
 
O raciocínio inverso é válido no caso de taxas inferiores àquela de equilíbrio: haverá excesso de 
demanda, e o resultado dependerá do regime cambial vigente. 
 
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3.1. A RELAÇÃO CÂMBIO-INFLAÇÃO 
É amplamente aceito pela doutrina e pelas bancas que desvalorizações da moeda nacional 
(aumento da taxa de câmbio) tendem a aumentar a inflação. 
Um dos motivos, é que quando a moeda doméstica está valendo pouco, os produtos importados 
ficam mais caros para as empresas brasileiras que utilizam alguns desses produtos como insumos, 
portanto, isso significa aumento nos cursos de produção nacionais e, portanto, aumento nos preços. 
Além disso, quando a moeda estrangeira está valorizada, os consumidores brasileiros também se 
deparam com produtos importados mais caros! Isso significa que os produtores nacionais terão 
espaço para aumentar seus preços, mesmo que não utilizem insumos importados, pois os produtos 
vindos de fora se tornam menos competitivos. 
Isso é um incentivo não apenas para subirem seus preços, como também é um desestímulo à 
eficiência da produção nacional! Afinal, eles não precisam competir com intensidade com o resto do 
mundo pelo mercado interno. 
 
4. PARIDADE DO PODER DE COMPRA 
Dizemos que duas moedas estão em paridade de poder de compra (PPC) quando uma unidade da 
moeda nacional é capaz de comprar a mesma quantidade de bens no país ou no exterior. 
Digamos, por exemplo, que um Honda Civic custe R$100.000 aqui no Brasil, e U$20.000 nos Estados 
Unidos. Nesse caso, se a taxa de câmbio for de R$5/dólar, dizemos que as moedas estão em 
paridade, porque, assim, os mesmos R$100.000 podem comprar o carro no Brasil ou nos Estados 
Unidos. 
O nome que damos a esse fenômeno é lei do preço único. 
A LEI DO PREÇO ÚNICO 
 
A existência de uma taxa de câmbio que “neutralize” os diferenciais de preços internos e 
externos depende de uma ferramenta analítica forte, a chamada “lei do preço único”. 
Segundo essa “lei”, um item produzido de determinada maneira em um país 
necessariamente deverá ter o mesmo preço que outro bem produzido de maneira 
idêntica em outro país. Se isso não se verifica é por conta da existência de distorções 
derivadas de intervenções de política econômica (como incentivos, controles de preços, 
tarifas etc.) e custos de transportes. Assim, um produto X produzido no país A terá o 
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mesmo preço que o produto X produzido em B (preço único). Naturalmente, o produto X 
é um produto comercializável internacionalmente (tradeable). 
 
Gonçalves, Reinaldo. Economia Internacional . Elsevier Editora Ltda. 
Existe um índice muito interessante baseado na teoria da paridade do poder de compra: o índice Big 
Mac. Isso mesmo. É o sanduíche. Como o restaurante que produz o Big Mac está presente 
praticamente em todos os países do mundo com uma produção padronizada, ou seja, sem 
diferenças relevantes de um país para o outro em termos de produto, sua escolha é bastante 
conveniente para comparar a paridade do poder de compra entre moedas. 
 
5. TERMOS DE TROCA 
Termos de troca é um conceito bem simples. Trata-se do valor total das exportações de determinado 
país dividido pelo valor total de suas importações: 
𝑇𝐷𝑇 =
𝑉𝑋
𝑉𝑀
 
Diz-se que há melhora nos termos de troca quando VX aumenta ou quando VM diminui. Dessa 
forma, tanto aumento da quantidade de exportações quanto em seu preço melhora os termos de 
troca. 
Um país como o Brasil, por exemplo, que é forte na exportação de commodities, observa melhoria 
em seus termos de troca quando o preço da soja aumenta no mercado internacional (ceteris 
paribus). 
A China, por outro lado, observa melhora nos termos de troca diante de valorização de bens 
manufaturados. Os Estados Unidos têm piora em seus termos de troca quando sobe o preço do 
petróleo, pois são um dos maiores importares desse bem do mundo. 
É importante observar que a valorização da taxa de câmbio tende a aumentar as importações e 
reduzir o valor das exportações, provocando piora nos termos de troca. 
14. (2007/FCC/MPU/Analista do Ministério Público da União) 
A valorização da taxa de câmbio, no Brasil, 
a) favorece a entrada de capitais externos. 
b) eleva os termos de troca. 
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c) torna as importações mais baratas. 
d) diminui a dívida externa em dólar. 
e) é neutra em relação à taxa de inflação. 
Comentários: 
A valorização da taxa de câmbio, no Brasil, tende a aumentar as importações e reduzir as 
exportações, piorando os termos de troca. Portanto, a alternativa B está errada. 
É justamente por tornar as importações mais baratas que isso ocorre, e por isso nosso gabarito 
é a letra “c”. 
Resposta: “c” 
 
15. (2006/FCC/BNB/Economista) 
Os principais fatores a determinar o saldo da balança comercial são: o nível de renda da 
economia e do resto do mundo, a taxa de câmbio e os termos de troca. Sobre o assunto, é 
possível afirmar que: 
a) quanto mais valorizada a moeda nacional em relação às moedas estrangeiras, menor a 
competitividade dos produtos nacionais, e, portanto, maior o estímulo às exportações e o 
desestímulo às importações. 
b) quanto menor a renda do país, menor será a demanda por produtos importados; logo, piora 
o saldo da balança comercial. 
c) quanto menor a renda do resto do mundo, menor a demanda por produto do país, 
melhorando o saldo da balança comercial. 
d) quanto melhores os termos de troca, isto é, quanto mais caros forem os produtos 
exportados em relação aos produtos importados, melhor será o saldo da balança comercial. 
e) quanto mais desvalorizada a moeda nacional em relação às moedas estrangeiras, maior a 
competitividade dos produtos nacionais e, portanto, maior o desestímulo às exportações e o 
estímulo às importações. 
Comentários: 
O saldo da Balança Comercial é dado por X-M. Os termos de troca são dados por X/M. Dessa 
forma, quanto melhores forem os termos de troca, melhor será o saldo da balança comercial. 
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Gabarito: “d” 
 
16. (2016/FCC/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) 
Com referência aos planos econômicos adotados pelo Brasil após 1950 e às diversas estratégias 
de estabilização adotadas na economia brasileira, julgue o item a seguir. 
A melhora das exportações brasileiras após 1983 resultou das vantagens dos termos de troca, 
decorrentes do aumento do preço do petróleo e da redução dos preços das commodities no 
mercado internacional. 
Comentários: 
Apesar de ser, aparentemente, assunto de Economia Brasileira, basta saber que o Brasil é um 
grande exportador de commodities e importador de petróleo para concluir que tal movimento 
não pode trazer vantagens nos termos de troca. Pelo contrário. 
Gabarito: Errado 
 
Excelente! Chegamos ao final desta aula. 
Ou melhor, quase: ainda falta nossa bateria de questões! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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==ec61e==
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
17. (2018/FGV/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro - Gestão Financeira) 
Um país possui uma taxa de juros sobre depósitos em moeda nacional de 10%, e sobre 
depósitos em moeda estrangeira, de 5%. Sabe-se que uma unidade da moeda estrangeira vale 
4 unidades da moeda nacional. Considera-se que há livre mobilidade de capitais e que os 
depósitos são substitutos perfeitos, isto é, igualmente desejáveis. 
De acordo com a condição de paridade de juros, o valor da moeda estrangeira ao final do 
período de investimento é, aproximadamente, de: 
a) 3,60; 
b) 3,80; 
c) 4,20; 
d) 4,40; 
e) 4,60. 
Comentários: 
Nesse caso, temos que tratar a aplicação como um bem qualquer, de forma que a taxa de câmbio 
deverá ser dada pela relação entre o valor de cada depósito ao final do período. 
Sendo assim, perceba que o valor em moeda nacional será de 4,40 (4,00 + 10%), enquanto o valor 
em moeda estrangeira alcançará 1,05 (1,00 + 5%). Portanto, a condição de paridade é que: 
4,40 / 1,05 = 4,190476... 
Portanto, aproximadamente 4,20. 
Gabarito: “c” 
 
18. (2017/FCC/ARTESP/Especialista em Regulação de Transporte - Economia) 
A hipótese do Efeito da Curva J preconiza que no curto prazo 
a) o mercado de câmbio é instável e que taxas de câmbio flexíveis reduzirão, rapidamente, um 
desequilíbrio comercial. 
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b) o saldo da balança comercial de um país pode piorar frente a um choque de desvalorização 
do câmbio, aumentando após certo período de tempo. 
c) a soma da elasticidade de preços da demanda por importações e por exportações é inferior 
a uma unidade. 
d) a soma da elasticidade de preços da demanda por importações e por exportações é igual a 
uma unidade. 
e) o mercado de câmbio é estável e que taxas de câmbio flexíveis aprofundarão, rapidamente, 
um desequilíbrio 
Comentários: 
 
Inicialmente, como reação à desvalorização da taxa de câmbio, as exportações líquidas (saldo da 
balança comercial) diminuem. Passado um curtíssimo período, a condição Marshall-Lerner é 
atendida, com os agentes ajustando suas quantidades consumidas e, dessa forma, as exportações 
líquidas crescem. 
Gabarito: “b” 
 
19. (2018/CEBRASPE-CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia) 
Acerca dos conceitos de teoria econômica, julgue o item subsequente. 
Um sistema de câmbio flexível de flutuação controlada é indicativo de que o governo pratica 
algum tipo de intervenção nos mercados cambiais. 
Comentários: 
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De fato. A forma de controlar a flutuação do câmbio é intervindo no mercado cambial, o que o 
governo faz em regimes de câmbio com flutuação administrada, por meio, geralmente, do Banco 
Central. 
Gabarito: Certo 
 
20. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Economia) 
Acerca das políticas monetária, fiscal e de comércio exterior, julgue o item a seguir. 
A lei da oferta e da procura não se aplica à taxa cambial, porque essa taxa é administrada pelo 
Banco Central do Brasil. 
Comentários: 
A lei da oferta e da procura se aplica à taxa cambial. Até mesmo quando a taxa administrada, ou até 
fixa, o Banco Central o faz por meio da compra e venda de moeda. 
Gabarito: Errado 
 
21. (2018/CEBRASPE-CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia) 
Julgue o item seguinte, a respeito das características da economia brasileira e das relações 
comerciais e financeiras do Brasil com outros países. 
 A taxa de câmbio real efetiva é uma medida de competitividade das exportações brasileiras: a 
sua elevação indica perda de competividade dos produtos brasileiros no exterior. 
Comentários: 
É a taxa de câmbio real que “manda” nas importações e exportações. 
Se a taxa de câmbio real se elevar (desvalorizar), significa que houve desvalorização real da moeda 
nacional, e aumentarão as exportações, pois os produtos brasileiros ficarão mais baratos para o 
resto do mundo e, por isso, mais competitivos. 
Gabarito: Errado 
 
 
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22. (2018/FCC/CL DF/Consultor Técnico Legislativo - Economista) 
Em seu sítio na internet, o Banco Central do Brasil publicou, com data de 14/06/2018, nota 
com o seguinte teor: 
O Banco Central reafirma que ofertará o total de US$ 24,5 bilhões em contratos de swap cambial entre 
os dias 08 e 15 de junho, conforme anunciado anteriormente. 
O BC continuará acompanhandoas condições de mercado de câmbio e atuando para prover liquidez e 
contribuir para seu bom funcionamento. 
Da mesma forma, o BC e o Tesouro Nacional continuarão a atuar de forma coordenada no mercado de 
juros para prover liquidez e contribuir para seu bom funcionamento. 
Para a semana que vem, o BC estima oferecer montante em torno de US$ 10 bilhões em contratos de 
swaps. Esse montante poderá ser ajustado para cima ou para baixo, dependendo das condições de 
mercado. 
O Banco Central reafirma que não vê restrições para que o estoque de swaps cambiais exceda 
consideravelmente os volumes máximos atingidos no passado. 
Com base nessa nota, pode-se considerar que o Banco Central 
a) atua em um modelo de câmbio fixo. 
b) tem claras restrições quantitativas à sua própria atuação no mercado cambial por meio de 
instrumentos alternativos à negociação à vista da moeda estrangeira. 
c) atua para corrigir oscilações que trazem insegurança ao mercado. 
d) entende que o mercado cambial brasileiro é suficientemente estável, sendo desnecessária 
a atenção às condições de mercado. 
e) permitirá que os agentes econômicos privados realizem, entre si, operações de swap 
cambial, ao que o Banco Central não colocará limite. 
Comentários: 
A mensagem é que o Banco Central irá intervir no mercado de câmbio diante de oscilações. O curioso 
é que se esse anúncio for recebido com credibilidade suficiente, o efeito desejado (controle da taxa 
de câmbio) ocorrerá mesmo antes que o BC precise comprar ou vender qualquer contrato de 
câmbio. 
Gabarito: “c” 
 
23. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo - Economia) 
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O regime de bandas cambiais é adotado em diversos países e é um instrumento importante 
para controle do câmbio pelo Banco Central (BC). Sobre o regime de bandas cambiais, assinale 
a afirmativa correta. 
a) O BC fica comprometido a comprar e a vender divisas a uma taxa pré-definida por ele 
mesmo. 
b) A taxa de câmbio se ajusta de modo a equilibrar o mercado de divisas, considerado de livre 
concorrência. 
c) A taxa de câmbio é livremente determinada pelo mercado, mas sua instabilidade é limitada 
pela intervenção do BC, o qual procura orientar os movimentos cambiais. 
d) É um regime flutuante quando a taxa estiver dentro de um intervalo definido e passa a um 
regime fixo, quando atinge os limites do intervalo. 
e) O BC corrige apenas o diferencial entre a taxa nominal de câmbio e a soma das taxas de 
inflação interna e externa. 
Comentários: 
No regime de bandas cambiais, o Banco Central determina um piso e um teto para a taxa de câmbio, 
permitindo que a ela varie dentro desse intervalo (a banda). Sendo assim, quando a taxa se aproxima 
do teto, por exemplo, o Banco Central entra vendendo moeda estrangeira. 
Na prática, o câmbio pode flutuar livremente dentro da banda, mas é fixo em seus limites. 
Gabarito: “d” 
 
24. (2018/IADES/APEX/Analista - Prospecção de Projetos) 
Os países adotam regimes cambiais em função das respectivas conjunturas econômicas e 
políticas de governo. O regime cambial adotado no Brasil desde 1999 é 
a) fixo ou administrado. 
b) bandas cambiais. 
c) crawling peg. 
d) flutuante puro (clean floating). 
e) flutuante administrado (dirty floating). 
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Comentários: 
O regime de flutuação suja, ou flutuação administrada, é aquele no qual o Banco Central intervém 
pontualmente para evitar oscilações bruscas na taxa de câmbio, decorrentes de ataques 
especulativos. 
Nesse caso, o câmbio flutua livremente enquanto o mercado experimenta estabilidade. O Banco 
Central entra comprando ou vendendo divisas estrangeiras apenas quando os movimentos cambiais 
podem desestabilizar a economia ou atrapalhar os objetivos econômicos. 
De fato, esse é o regime adotado no Brasil desde o abandono da âncora cambial (câmbio fixo), em 
1999, assunto que aprofundamos em Economia Brasileira. 
Gabarito: “e” 
 
25. (2018/IADES/APEX/Analista - Prospecção de Projetos) 
A taxa de câmbio é uma medida de conversão entre moedas e depende de diversos fatores 
conjunturais e estruturais que influenciam a respetiva variação ao longo do tempo. Uma das 
consequências, para a economia do país, quando a moeda nacional está desvalorizada, é o 
a) aumento das importações. 
b) aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de turismo. 
c) aumento de viagens dos residentes ao exterior. 
d) crescimento das sobretaxas aos produtos importados. 
e) impacto no crescimento da inflação. 
Comentários: 
A moeda nacional desvalorizada significa que “o dólar está caro”. Com isso, importações e viagens 
ao exterior ficam mais caras, desestimulando essas atividades, e tornando as alternativas “a” e “c” 
incorretas. 
O aumento do IOF ou o crescimento de sobretaxas não guarda relação direta com o câmbio, e é até 
mesmo contraproducente por parte do governo tomar essas iniciativas, o que torna as alternativas 
“b” e “d” também incorretas. 
Celso Natale
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Nosso gabarito, a letra “c”, está correta em afirmar que a inflação tende a crescer, pois, com menor 
concorrência dos produtos estrangeiros, pelos motivos explicados no começo deste comentários, os 
produtos domésticos têm mais liberdade para terem seus preços elevados. 
Gabarito: “e” 
 
26. (2016/FCC/COPERGÁS/Economista) 
Considere a situação em que um país enfrenta desequilíbrios que levam a uma pressão de 
desvalorização da moeda local frente às moedas internacionais. Considere também que esse 
país tem uma economia aberta, com livre movimento de capitais, tendo implantada uma 
política de câmbio fixo. É correto afirmar que 
a) os desequilíbrios são ajustados rapidamente, uma vez que o regime cambial deixa de 
requerer intervenções do Banco Central. 
b) o Banco Central deve contar com moeda estrangeira em nível suficiente para enfrentar 
situações de excesso de demanda por esta. 
c) a autoridade deve atuar primeiramente sobre os efeitos da balança comercial, já que as 
movimentações financeiras internacionais são consideradas fora desse regime cambial. 
d) o Banco Central terá mais liberdade que no câmbio flutuante, pois não precisará comprar 
moeda estrangeira, quando a oferta desta é muito maior que a demanda. 
e) a intervenção da autoridade se dará por meio de banda cambial que terá variação diária, 
cuja efetividade é alcançada se a banda for determinada em parceria com os bancos centrais 
dos países vizinhos. 
Comentários: 
Em caso de excesso de demanda por moeda estrangeira, a taxa de câmbio tende a valorizar. Para 
manter o câmbio fixo estipulado, o Banco Central precisará atender a essa demanda excessiva, 
ofertando moeda estrangeira. Para isso, evidentemente, ele precisará possuir estoque de divisas 
suficiente, exatamente como afirmado na alternativa “b”. 
Gabarito: “b” 
 
 
 
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27. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo) 
Com relação aos instrumentos de política fiscal, monetária e cambial, julgue o item que se 
segue. 
No currency board, a quantidade de moeda em circulação passa a depender do montante 
líquido de divisas detido pelo país, eliminando, no nível doméstico, as funções clássicas do 
banco central. 
Comentários: 
Um conselho de moeda , ou currency board tem a função de trocar moeda nacional (queele próprio 
emite) por moeda estrangeira a uma taxa fixa, e vice-versa. É um arranjo mais comum em países 
com baixa credibilidade. Para tanto, o país precisa ter reservas na exata proporção da moeda 
doméstica em circulação, e a adoção desse regime faz com que a moeda nacional seja apenas uma 
perfeita substituta da moeda estrangeira. 
Na prática, é um regime de câmbio fixo no qual o Governo não tem liberdade para variar sua taxa 
de câmbio, e o Banco Central perde sua função clássica de emissão de moeda. 
Gabarito: Certo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (2014/CESPE/CADE/Economista) 
A taxa de câmbio pode ser expressa pela convenção do certo ou pela convenção do incerto. Na 
Inglaterra e nos Estados Unidos, a convenção do certo cota a moeda nacional em termos da 
moeda estrangeira. 
 
2. (2015/CESPE/TCU/Auditor Federal de Controle Externo) 
Julgue o seguinte item. 
A desvalorização da taxa de câmbio real favorece o setor de bens transacionáveis 
internacionalmente. 
 
3. (2000/ESAF/RECEITA FEDERAL DO BRASIL/Auditor Fiscal) 
Considere que tenha ocorrido uma desvalorização nominal da taxa de câmbio de 10% num 
determinado período. Considerando o conceito de taxa de câmbio utilizada no Brasil e o 
conceito de câmbio real que leva em conta a inflação interna e externa, pode-se afirmar que, 
a) se a inflação externa foi de 10% no período e a inflação interna foi de 25% no período, houve 
uma desvalorização real da taxa de câmbio. 
b) se a inflação externa foi de 20% e a inflação interna foi de 5% no período, houve uma 
valorização real da taxa de câmbio. 
c) se tanto a inflação interna quanto a externa foram de 5% no período, não houve alteração 
na taxa de câmbio real. 
d) se a inflação externa foi de 15% no período e a inflação interna foi de 30% no período, houve 
uma desvalorização real da taxa de câmbio. 
e) se a inflação externa foi de 5% e a inflação interna foi de 20% no período, houve uma 
valorização real da taxa de câmbio. 
 
4. (2013/CESPE/ES/Analista do Executivo - Ciências Econômicas) 
Acerca dos agregados monetários e dos instrumentos de política monetária adotados pelo 
Banco Central do Brasil (BACEN), julgue a afirmativa a seguir. 
Considerando-se a validade da condição de Marshall-Lerner e dos efeitos da chamada curva J, 
é correto afirmar que uma depreciação da taxa de câmbio gera, no curto-prazo, aumento das 
exportações líquidas. 
 
5. (2016/IEDES/BAHIAGÁS/Analista de Processos Organizacionais) 
A importância dos efeitos dinâmicos da taxa real de câmbio sobre o balanço comercial pode 
ser observada a partir da “curva J”, onde uma depreciação real leva inicialmente a uma 
melhoria na balança comercial e em seguida a uma deterioração da mesma. 
 
 
 
 
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6. (2010/FCC/METRÔ-SP – Analista (Economia) 
Uma desvalorização da taxa de câmbio da economia, caso seja válida a condição de Marshall-
Lerner, provocará 
a) aumento das importações. 
b) equilíbrio no balanço de pagamentos. 
c) diminuição das exportações. 
d) decréscimo da entrada de capitais estrangeiros no país. 
e) aumento das exportações líquidas. 
 
7. (2008/CESPE/SEFAZ ES/Consultor do Executivo) 
A macroeconomia, que permite avaliar o desempenho da economia como um todo, centra-se 
na análise dos grandes agregados macroeconômicos. 
Com relação a esse assunto, julgue o item subsequente. 
Uma das vantagens associadas ao sistema de taxas de câmbio fixos advém do fato de que esse 
sistema constitui uma forma simples de âncora para a política monetária, conhecida como 
âncora cambial. 
 
8. (2003/ESAF/RECEITA FEDERAL DO BRASIL/Auditor Fiscal) 
A formação de taxas cambiais leva em conta, a um tempo, as expectativas do mercado em 
relação ao equilíbrio de longo prazo das economias e fatores conjunturais que condicionam, 
no curto prazo, a oferta e demanda no mercado de moedas. A esse respeito, é correto afirmar: 
a) os regimes de câmbio fixo, mas ajustável, também conhecidos como "flutuação suja", 
proporcionou grande estabilidade ao sistema financeiro internacional no período entre as duas 
guerras mundiais. 
b) regimes de câmbio fixo implicam o compromisso do governo de converter sua moeda em 
outra a um preço pré-determinado. Nesse caso, o volume de reservas e o fluxo líquido de 
divisas são os principais responsáveis pela confiança que possa ter o mercado na estabilidade 
da moeda em questão. 
c) regimes de câmbio flutuante implicam a atribuição aos governos da responsabilidade de 
intervir no mercado de moedas, por meio da venda de títulos públicos e operações de mercado 
aberto, sempre que a variação de sua moeda em relação a outras aproximar-se de valores 
previamente estabelecidos. 
d) regimes de câmbio fixo implicam o compromisso de pelo menos dois governos de converter 
suas respectivas moedas, uma na outra, a um preço determinado pelas condições de mercado. 
Nesse caso, o volume de trocas e o influxo líquido de divisas são os principais responsáveis pela 
confiança que possa ter o mercado na estabilidade da moeda em questão. 
e) No sistema conhecido por currency board, o governo estabelece um órgão responsável por 
conduzir as desvalorizações programadas, correspondentes às necessidades de financiamento 
do setor público e à evolução das taxas de inflação. 
 
 
 
 
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9. (2002/CESPE/SENADO FEDERAL/Consultor Legislativo) 
Julgue o item em seguida. 
Em um regime de câmbio fixo, a quantidade de reservas internacionais possuídas pelo Banco 
Central do Brasil (BACEN) não afeta as expectativas dos agentes econômicos com relação a 
manutenção da estabilidade da taxa de câmbio. 
 
10. CESPE/2007/TCU - Auditor do Tribunal de Contas da União 
Julgue o seguinte item. 
Sob o sistema de câmbio flexível, o governo obriga-se a modificar o câmbio de acordo com a 
paridade do poder de compra. 
 
11. (2007/CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) 
Julgue o seguinte item. 
No regime de câmbio fixo, há maior estabilidade da taxa de câmbio real. 
 
12. (2007/CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) 
Em um mundo onde o comércio entre países é cada vez mais intenso, o estudo da economia 
internacional é crucial para o entendimento das questões econômicas. Com relação a esse 
assunto, julgue os itens 
A fixação das taxas de câmbio reduz os riscos inerentes ao comércio internacional, porém, 
sacrifica a capacidade do Banco Central de utilizar políticas fiscais e monetárias para garantir a 
estabilidade econômica. 
 
13. (2007/CESPE/TCU/Auditor do Tribunal de Contas da União) 
Julgue o seguinte item. 
No regime de câmbio fixo, os bancos centrais ficam a postos para comprar e vender a própria 
moeda a um preço fixo, expresso em dólares (ou em outra moeda tomada como padrão). 
 
14. (2007/FCC/MPU/Analista do Ministério Público da União) 
A valorização da taxa de câmbio, no Brasil, 
a) favorece a entrada de capitais externos. 
b) eleva os termos de troca. 
c) torna as importações mais baratas. 
d) diminui a dívida externa em dólar. 
e) é neutra em relação à taxa de inflação. 
 
 
 
 
 
 
 
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15. (2006/FCC/BNB/Economista) 
Os principais fatores a determinar o saldo da balança comercial são: o nível de renda da 
economia e do resto do mundo, a taxa de câmbio e os termos de troca. Sobre o assunto, é 
possívelafirmar que: 
a) quanto mais valorizada a moeda nacional em relação às moedas estrangeiras, menor a 
competitividade dos produtos nacionais, e, portanto, maior o estímulo às exportações e o 
desestímulo às importações. 
b) quanto menor a renda do país, menor será a demanda por produtos importados; logo, piora 
o saldo da balança comercial. 
c) quanto menor a renda do resto do mundo, menor a demanda por produto do país, 
melhorando o saldo da balança comercial. 
d) quanto melhores os termos de troca, isto é, quanto mais caros forem os produtos 
exportados em relação aos produtos importados, melhor será o saldo da balança comercial. 
e) quanto mais desvalorizada a moeda nacional em relação às moedas estrangeiras, maior a 
competitividade dos produtos nacionais e, portanto, maior o desestímulo às exportações e o 
estímulo às importações. 
 
16. (2016/FCC/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) 
Com referência aos planos econômicos adotados pelo Brasil após 1950 e às diversas estratégias 
de estabilização adotadas na economia brasileira, julgue o item a seguir. 
A melhora das exportações brasileiras após 1983 resultou das vantagens dos termos de troca, 
decorrentes do aumento do preço do petróleo e da redução dos preços das commodities no 
mercado internacional. 
 
17. (2018/FGV/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro - Gestão Financeira) 
Um país possui uma taxa de juros sobre depósitos em moeda nacional de 10%, e sobre 
depósitos em moeda estrangeira, de 5%. Sabe-se que uma unidade da moeda estrangeira vale 
4 unidades da moeda nacional. Considera-se que há livre mobilidade de capitais e que os 
depósitos são substitutos perfeitos, isto é, igualmente desejáveis. 
De acordo com a condição de paridade de juros, o valor da moeda estrangeira ao final do 
período de investimento é, aproximadamente, de: 
a) 3,60; 
b) 3,80; 
c) 4,20; 
d) 4,40; 
e) 4,60. 
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18. (2017/FCC/ARTESP/Especialista em Regulação de Transporte - Economia) 
A hipótese do Efeito da Curva J preconiza que no curto prazo 
a) o mercado de câmbio é instável e que taxas de câmbio flexíveis reduzirão, rapidamente, um 
desequilíbrio comercial. 
b) o saldo da balança comercial de um país pode piorar frente a um choque de desvalorização 
do câmbio, aumentando após certo período de tempo. 
c) a soma da elasticidade de preços da demanda por importações e por exportações é inferior 
a uma unidade. 
d) a soma da elasticidade de preços da demanda por importações e por exportações é igual a 
uma unidade. 
e) o mercado de câmbio é estável e que taxas de câmbio flexíveis aprofundarão, rapidamente, 
um desequilíbrio 
19. (2018/CEBRASPE-CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia) 
Acerca dos conceitos de teoria econômica, julgue o item subsequente. 
Um sistema de câmbio flexível de flutuação controlada é indicativo de que o governo pratica 
algum tipo de intervenção nos mercados cambiais. 
20. (2019/CEBRASPE-CESPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Economia) 
Acerca das políticas monetária, fiscal e de comércio exterior, julgue o item a seguir. 
A lei da oferta e da procura não se aplica à taxa cambial, porque essa taxa é administrada pelo 
Banco Central do Brasil. 
21. (2018/CEBRASPE-CESPE/EBSERH/Analista Administrativo - Economia) 
Julgue o item seguinte, a respeito das características da economia brasileira e das relações 
comerciais e financeiras do Brasil com outros países. 
 A taxa de câmbio real efetiva é uma medida de competitividade das exportações brasileiras: a 
sua elevação indica perda de competividade dos produtos brasileiros no exterior. 
 
22. (2018/FCC/CL DF/Consultor Técnico Legislativo - Economista) 
Em seu sítio na internet, o Banco Central do Brasil publicou, com data de 14/06/2018, nota 
com o seguinte teor: 
O Banco Central reafirma que ofertará o total de US$ 24,5 bilhões em contratos de swap cambial entre 
os dias 08 e 15 de junho, conforme anunciado anteriormente. 
O BC continuará acompanhando as condições de mercado de câmbio e atuando para prover liquidez e 
contribuir para seu bom funcionamento. 
Da mesma forma, o BC e o Tesouro Nacional continuarão a atuar de forma coordenada no mercado de 
juros para prover liquidez e contribuir para seu bom funcionamento. 
Para a semana que vem, o BC estima oferecer montante em torno de US$ 10 bilhões em contratos de 
swaps. Esse montante poderá ser ajustado para cima ou para baixo, dependendo das condições de 
mercado. 
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O Banco Central reafirma que não vê restrições para que o estoque de swaps cambiais exceda 
consideravelmente os volumes máximos atingidos no passado. 
Com base nessa nota, pode-se considerar que o Banco Central 
a) atua em um modelo de câmbio fixo. 
b) tem claras restrições quantitativas à sua própria atuação no mercado cambial por meio de 
instrumentos alternativos à negociação à vista da moeda estrangeira. 
c) atua para corrigir oscilações que trazem insegurança ao mercado. 
d) entende que o mercado cambial brasileiro é suficientemente estável, sendo desnecessária 
a atenção às condições de mercado. 
e) permitirá que os agentes econômicos privados realizem, entre si, operações de swap 
cambial, ao que o Banco Central não colocará limite. 
 
23. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo - Economia) 
O regime de bandas cambiais é adotado em diversos países e é um instrumento importante 
para controle do câmbio pelo Banco Central (BC). Sobre o regime de bandas cambiais, assinale 
a afirmativa correta. 
a) O BC fica comprometido a comprar e a vender divisas a uma taxa pré-definida por ele 
mesmo. 
b) A taxa de câmbio se ajusta de modo a equilibrar o mercado de divisas, considerado de livre 
concorrência. 
c) A taxa de câmbio é livremente determinada pelo mercado, mas sua instabilidade é limitada 
pela intervenção do BC, o qual procura orientar os movimentos cambiais. 
d) É um regime flutuante quando a taxa estiver dentro de um intervalo definido e passa a um 
regime fixo, quando atinge os limites do intervalo. 
e) O BC corrige apenas o diferencial entre a taxa nominal de câmbio e a soma das taxas de 
inflação interna e externa. 
 
24. (2018/IADES/APEX/Analista - Prospecção de Projetos) 
Os países adotam regimes cambiais em função das respectivas conjunturas econômicas e 
políticas de governo. O regime cambial adotado no Brasil desde 1999 é 
a) fixo ou administrado. 
b) bandas cambiais. 
c) crawling peg. 
d) flutuante puro (clean floating). 
e) flutuante administrado (dirty floating). 
 
25. (2018/IADES/APEX/Analista - Prospecção de Projetos) 
A taxa de câmbio é uma medida de conversão entre moedas e depende de diversos fatores 
conjunturais e estruturais que influenciam a respetiva variação ao longo do tempo. Uma das 
consequências, para a economia do país, quando a moeda nacional está desvalorizada, é o 
a) aumento das importações. 
b) aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de turismo. 
c) aumento de viagens dos residentes ao exterior. 
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d) crescimento das sobretaxas aos produtos importados. 
e) impacto no crescimento da inflação. 
 
26. (2016/FCC/COPERGÁS/Economista) 
Considere a situação em que um país enfrenta desequilíbrios que levam a uma pressão de 
desvalorização da moeda local frente às moedas internacionais. Considere também que esse 
país tem uma economia aberta, com livre movimento de capitais, tendo implantada uma 
política de câmbio fixo. É correto afirmar quea) os desequilíbrios são ajustados rapidamente, uma vez que o regime cambial deixa de 
requerer intervenções do Banco Central. 
b) o Banco Central deve contar com moeda estrangeira em nível suficiente para enfrentar 
situações de excesso de demanda por esta. 
c) a autoridade deve atuar primeiramente sobre os efeitos da balança comercial, já que as 
movimentações financeiras internacionais são consideradas fora desse regime cambial. 
d) o Banco Central terá mais liberdade que no câmbio flutuante, pois não precisará comprar 
moeda estrangeira, quando a oferta desta é muito maior que a demanda. 
e) a intervenção da autoridade se dará por meio de banda cambial que terá variação diária, 
cuja efetividade é alcançada se a banda for determinada em parceria com os bancos centrais 
dos países vizinhos. 
 
27. (2016/CEBRASPE-CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo) 
Com relação aos instrumentos de política fiscal, monetária e cambial, julgue o item que se 
segue. 
No currency board, a quantidade de moeda em circulação passa a depender do montante 
líquido de divisas detido pelo país, eliminando, no nível doméstico, as funções clássicas do 
banco central. 
 
 
GABARITO
1. Certo 
2. Certo 
3. E 
4. Errado 
5. Errado 
6. E 
7. Certo 
8. B 
9. Errado 
10. Errado 
11. Errado 
12. Certo 
13. Certo 
14. C 
15. D 
16. Errado 
17. C 
18. B 
19. Certo 
20. Errado 
21. Errado 
22. C 
23. D 
24. E 
25. E 
26. B 
27. Certo 
Celso Natale
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