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PROJETO DE EDIFÍCIOS RESUMO SOBRE ARTIGO Este artigo trata sobre a importância da matéria de Licenciamento Ambiental, em destaque, a “análise geoambiental preliminar de uma região destinada a empreendimentos imobiliários”. Caso seja necessário, partir para outras etapas de avaliação e recuperação do terreno. Também foi apresentado um Estudo de Caso, isto é, um modelo referencial com base na abordagem prática sobre o assunto. A construção em terrenos em que já tiveram outras ocupações, por exemplo, indústrias, pode se tornar prejudicada em face de uma potencial contaminação do solo e da água subterrânea. Com isso, insurge a Lei Federal 6.938/1981 e o Decreto Federal 99.274/1990 sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e a Lei Federal nº 6.766/1979 sobre as competências do Estado e do Município sobre o manejo dos solos. O Licenciamento Ambiental é um procedimento obrigatório em todo o território nacional, desde a Lei Federal 6.938/1981. No estado do Rio de Janeiro, desde o Decreto-Lei nº 1.633/1977. Um marco importante foi a criação do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), em 2007. Em seguida, com a descentralização do licenciamento ambiental, foi atribuídas competências à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), para empreendimentos ou atividades de impacto ambiental local, de acordo com o Decreto Municipal nº 40.722. As etapas de licenciamento ambiental consistem em 6 (seis) fases: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de Operação (LO), Licença de Operação e Recuperação (LOR), Licença Ambiental de Recuperação (LAR) e Termo de Encerramento. O termo “passivo ambiental” se refere ao cuidado destinado ao meio ambiente, em solo ou em água subterrânea, geralmente avaliado pelo seu valor econômico, para preservação, recuperação e proteção do meio natural, tendo em vista a sustentabilidade nas ações antrópicas. Atualmente, a Resolução CONAMA nº 420/2009 dispõe sobre os níveis de qualidade quanto à presença de substâncias químicas no meio ambiente. A partir da Resolução CONEMA n° 44/2012, tornou-se obrigatório o “Relatório de Avaliação Preliminar de Contaminação Ambiental do Solo e das Águas Subterrâneas”, de acordo com o disposto na Norma da ABNT NBR 15.515 - “Passivo ambiental em solo e água subterrânea”, em detalhe: NBR-15.515 Título Descrição PARTE 1 Avaliação preliminar Estabelece os procedimentos mínimos para avaliação preliminar de passivo ambiental visando à identificação de indícios de contaminação de solo e água subterrânea. PARTE 2 Investigação confirmatória Estabelece requisitos necessários para o desenvolvimento de uma investigação confirmatória em áreas onde foram identificados indícios reais ou potenciais de contaminação de solo e água subterrânea após a realização de uma avaliação preliminar. PARTE 3 Investigação detalhada Estabelece os procedimentos mínimos para a investigação detalhada de áreas onde foi confirmada contaminação em solo ou água subterrânea com base em série histórica de monitoramento, avaliação preliminar, investigação confirmatória ou estudos ambientais. A etapa inicial de identificação de “passivo ambiental em solo e água subterrânea” consiste na avaliação preliminar, a qual identifica a existência de contaminação na área. A avaliação preliminar segue a NBR 15.515-1 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Avaliação preliminar. Após constatadas evidências de contaminação, ou até incerteza da mesma, é necessária “investigação confirmatória” conforme orientações da NBR 15.515-2 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Investigação confirmatória. Após a constatação efetiva da contaminação, o estudo sobre a área impactada é direcionado para investigação detalhada e avaliação de risco à saúde humana, conforme orientações da NBR 15.515-3 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Investigação detalhada. O Estudo de Caso, apresentado no artigo, trata de um terreno onde estava previsto a construção de um empreendimento comercial, situado em São Cristóvão/RJ, onde funcionou uma fábrica de sabão e produtos de limpeza, com galpões de armazenamento de matéria-prima, caldeiras e produtos manufaturados. Foi realizado o disposto na NBR 15.515-1 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Avaliação preliminar, onde foi identificado potenciais passivos ambientais no local, passando para a fase seguinte, disposta na NBR 15.515-2 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Investigação confirmatória, constatando valores acima dos limites aceitáveis de contaminação na água subterrânea para os padrões da CONAMA nº 420. A evolução se mantém para uma avaliação detalhada, conforme disposto na NBR 15.515-3 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Investigação detalhada e, também, para uma Avaliação de Risco à Saúde Humana (ARSH). Com base em todos estes resultados obtidos, foi traçado um “Projeto de Remediação Ambiental do solo e água subterrânea”. Com a apresentação do relatório de Avaliação geoambiental comprobatória, a empresa solicitou Licença Ambiental de Recuperação (LAR), concedida pelo órgão em fevereiro de 2017. O fim do plano de gerenciamento da área contaminada se deu com a emissão do Termo de Encerramento, aprovando o uso comercial do terreno. Este modelo referencial, relativo ao Estudo de Caso resumido acima, serve como base para a continuidade em estudos de conciliação entre as atividades do homem (com destaque para as atividades de empreendimentos imobiliários) e o meio ambiente, além de alertar sobre a necessidade de investimento em consultorias especializadas no tema, considerando o impacto da avaliação geoambiental no resultado satisfatório do empreendimento. BIBLIOGRAFIA: . NBR 15.515 - “Passivo ambiental em solo e água subterrânea” . NBR 15.515-1 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Avaliação preliminar . NBR 15.515-2 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Investigação confirmatória . NBR 15.515-3 - Passivo Ambiental em solo e água subterrânea - Investigação detalhada
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