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licenciamento ambiental 3

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Prévia do material em texto

Licenciamento 
Ambiental
Etapas do Licenciamento Ambiental
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Nilza Maria Coradi de Araújo e 
Prof.ª Desirée Isler
 Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Vivian Fiori
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Selma Aparecida Cesarin 
5
 · Introdução 
 · Etapas do Licenciamento Ambiental
 · Licenças Ambientais
 · Considerações Finais
 · Compreender as etapas do processo de licenciamento ambiental no 
Brasil, fundamentado principalmente nas Resoluções CONAMA 001/86 
e CONAMA 237/97, as quais determinam quais atividades devem ser 
licenciadas e também quais devem apresentar Estudo de Impacto Ambiental 
no processo de licenciamento. 
 · Aprofundar as etapas para obter as licenças prévia, de instalação e de 
operação que resultam no licenciamento ambiental.
 · Abordar quais são os documentos iniciais que devem ser apresentados 
para iniciar o processo de licenciamento a partir da solicitação da licença 
prévia e vamos acompanhar a evolução do processo com as etapas de 
análise do processo pelo órgão ambiental e as condicionantes técnicas que 
o empreendimento deverá atender para obter o licenciamento.
Nesta unidade, vamos conhecer os passos e mecanismos do processo de licenciamento 
ambiental, entender como iniciar o processo de licenciamento ambiental de atividades 
potencialmente poluidoras, aprofundar quanto às licenças ambientais concedidas com seus 
prazos de análise e validade. Vamos entender quais documentos apresentar em cada etapa do 
processo e os modelos de publicações na solicitação e obtenção de cada licença.
Abordaremos, também, o Estudo de Impacto Ambiental – EIA e seu Respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental – RIMA, estudos necessários para determinados tipos de atividades/obras.
Fiquem atentos(as) às atividades propostas e aos prazos de realização e de entrega.
Não deixem de participar de nosso Fórum de Discussões.
Convite à leitura: leiam cada aula, faça anotações e se necessário pesquisem outros materiais 
além do que é fornecido. 
Etapas do Licenciamento Ambiental
6
Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
Contextualização
Nesta unidade, vamos aprofundar quanto às etapas do processo de licenciamento ambiental, 
analisar se o empreendimento necessita de EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e 
Relatório de Impacto Ambiental, compreendendo as etapas deste estudo.
O licenciamento ambiental deve ser iniciado com a solicitação da licença prévia, quando 
o órgão ambiental competente irá solicitar a documentação inicial necessária, que engloba 
principalmente a Certidão de Uso do Solo e, por vezes, a outorga e a autorização para 
supressão vegetal, quando aplicável.
Entregue a documentação inicial, o órgão ambiental vistoria o local e analisa a documentação 
para emitir a licença prévia com as condicionantes.
O empreendedor atende às condicionantes da licença prévia e solicita a licença de instalação 
para poder iniciar as obras do empreendimento. 
Após a instalação do empreendimento e atendidas as condicionantes das licenças prévia e 
de instalação, o empreendedor solicita a licença de operação, que permite o funcionamento 
do empreendimento.
Vamos acompanhar essas etapas do licenciamento, o que vai permitir maior familiaridade 
com o processo e segurança para executar processos de licenciamento ambiental no Brasil.
7
Introdução 
Nesta Unidade, vamos compreender as etapas do licenciamento ambiental; vamos acompanhar 
os passos que devem ser dados desde o início do processo, ou seja, como iniciar o processo de 
licenciamento ambiental e qual documentação deve ser apresentada em cada etapa do processo.
Também vamos aprofundar um pouco mais quanto às licenças ambientais, conhecendo o 
prazo de validade de cada uma, o tempo de análise e expedição pelo órgão ambiental.
O Licenciamento Ambiental é um processo que resulta na obtenção da Licença Ambiental 
de Operação da atividade ou empreendimento que possa degradar o meio ambiente. Mas, 
para a obtenção desta licença de operação, o processo de licenciamento deve ser iniciado 
junto ao órgão ambiental competente.
8
Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
Etapas do Licenciamento Ambiental
De acordo com a legislação ambiental brasileira, nenhuma atividade ou empreendimento 
pode exercer suas atividades sem o devido licenciamento ambiental. Para isso, o empreendedor 
deve solicitar o processo de licenciamento junto ao órgão ambiental competente. 
Normalmente, o órgão ambiental competente irá conduzir o processo de licenciamento 
ambiental, mas, por vezes, dependendo do tipo de empreendimento e do local a ser implantado, 
outros órgãos administrativos também participam do licenciamento. Como exemplos destes órgãos 
temos: 
IPHAN
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no caso de 
empreendimentos localizados em áreas com interesse histórico ou cultural, 
ou que se localizam em sítios arqueológicos;
FUNAI Fundação Nacional do Índio, no caso de empreendimentos em terras indígenas ou próximos a terras indígenas;
Fundação 
PALMARES
em caso de empreendimentos em áreas com população remanescente de 
quilombos.
Além destes órgãos, outros órgãos podem ser envolvidos, como o Departamento Nacional 
de Pesquisa Mineral – DNPM, a Secretaria do Patrimônio da União – SPU e a Agência 
Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, entre outros.
Por vezes, o envolvimento de vários órgãos administrativos provoca lentidão no processo 
de licenciamento da atividade ou empreendimento. Assim, veja na matéria a seguir que o 
governo pretende diminuir a participação destes órgãos no processo como forma de agilizá-lo. 
Você acha isso uma ação positiva ou negativa para o processo de licenciamento ambiental?
Leia o Artigo “Licenciamento Ambiental vai mudar” no link:
http://goo.gl/nIN0cW
Conforme o Art. 10 da Resolução CONAMA nº 237/97, o procedimento de licenciamento 
ambiental obedecerá, como primeira etapa, o seguinte:
I - de� nição pelo órgão ambiental competente, com a participação 
do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, 
necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à 
licença ambiental requerida. 
No § 1º do mesmo artigo, considera-se como documentação obrigatória a ser apresentada 
no processo, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de 
empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e 
ocupação do solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a 
outorga para o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes. 
9
Nos próximos itens, vamos entender melhor estes três documentos legais necessários para 
apresentação ao órgão ambiental, no início do processo de licenciamento.
Certidão da Prefeitura Municipal
Na prática, antes mesmo de iniciar o processo de licenciamento ambiental, o empreendedor 
deve estar regularizado quanto ao uso do solo. A localização de um empreendimento é condição 
inicial para a sua implantação, ou seja, o estágio inicial é obter uma Certidão da Prefeitura 
quanto ao Uso do Solo. 
A Certidão expedida pela Prefeitura quanto ao Uso do Solo está relacionada ao Zoneamento 
Territorial. Conforme Machado (2012), o zoneamento consiste em dividir o território em 
parcelas nas quais se autorizam determinadas atividades ou se interdita, de modo absoluto ou 
relativo, o exercício de outras atividades.
O zoneamento é estabelecido em todas as esferas administrativas, tanto federal, quanto 
estadual e municipal. Como principais zoneamentos no Brasil a serem considerados no 
licenciamento ambiental, temos, atualmente, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), 
instituído pelo Decreto Federal nº 4.297/02, que substitui o termo Zoneamento Ambiental 
instituído pela Lei nº 6.938/81; o Zoneamento Industrial e o Zoneamento Urbano.
Zoneamento Ecológico-Econômico (antigo Zoneamento Ambiental)
Estabelecido pelo Decreto Federal nº 4.297/2002 que substitui o termo zoneamento 
ambiental, inicialmente estabelecido pela PolíticaNacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938/81.
Zoneamento industrial
Organizado pela Lei Federal nº 6.803/80, está diretamente relacionado ao zoneamento 
nas áreas críticas de poluição a que se refere o artigo 4º do Decreto Lei nº 1.413/75, com 
a identi� cação das zonas destinadas à instalação de indústrias, em esquema de zoneamento 
urbano, aprovado por lei, compatibilizando as atividades industriais com a proteção ambiental.
Zoneamento urbano
Aplicado nos planos diretores, por meio do qual a cidade é dividida em áreas sobre as 
quais incidem diretrizes distintas para o uso e a ocupação do solo. O zoneamento urbano 
atua, principalmente, por meio do controle de dois elementos principais: o uso e o porte 
(ou tamanho) dos lotes e das edi� cações. Por meio disso, supõe-se que o resultado � nal 
alcançado pelas ações individuais esteja de acordo com os objetivos do município, que 
incluem proporcionalidade entre a ocupação e a infraestrutura, a necessidade de proteção 
de áreas frágeis e/ou de interesse cultural e a harmonia do ponto de vista volumétrico, entre 
outras questões.
Solicitação de
licenciamento
Certidão da
prefeitura municipal
Supressão de
vegetação
Outorga de
uso da água
10
Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
As Unidades de Conservação e a Compensação Ambiental
A Constituição Federal dispõe quanto ao espaço territorial, o inciso III do art. 225, que 
diz que incumbe ao Poder Público para de� nir, em todas as unidades da Federação, espaços 
territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a 
supressão permitidas somente por meio de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que justi� quem sua proteção. 
Para esse inciso em questão, temos a Lei nº 9.985/00, que Institui o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza.
Segundo o art. 2º da Lei nº 9.985/00, entende-se por unidades de conservação o espaço 
territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características 
naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação 
e limites de� nidos, sob o regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias 
adequadas de proteção. Isso signi� ca que as Unidades de Conservação são instituídas pelo 
Poder Público de acordo com sua relevância ambiental. Ainda, segundo o Art. 7º da mesma 
Lei, as Unidades de Conservação estão divididas em: 
  Unidades de Proteção Integral – nas quais o objetivo é preservar a natureza, 
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos 
casos previstos na mesma Lei;
  Unidades de Uso Sustentável – nas quais o objetivo é compatibilizar a conservação 
da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
Cada grupo de unidade de conservação é composto por áreas especí� cas de conservação/
proteção conforme apresentado no quadro a seguir:
Unidades de Conservação
Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável
Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental – APA
Reserva Biológica Área de Relevante Interesse Ecológico
Parque Nacional Floresta Nacional
Monumento Nacional Reserva Extrativista
Refúgio de Vida Silvestre Reserva de Fauna
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Reserva Particular do Patrimônio Natural
Importante reforçar que as unidades de proteção integral apresentam, inclusive, maior 
restrição, como, por exemplo, a proibição de entrada de pessoas nas estações ecológicas e 
reservas biológicas, exceto em caráter cientí� co e educacional.
Mas, o que fazer para licenciar um empreendimento numa Unidade de Conservação? 
Conforme o art. 36 da referida Lei, o empreendedor deve, inicialmente, elaborar o EIA/
RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e Respectivo Relatório. Caso o impacto seja signi� cativo, 
o empreendedor deve apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do grupo 
de Proteção Integral por meio da destinação de recursos � nanceiros que não pode ser inferior 
a 0,5% (meio por cento) dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento. 
11
Esse valor é determinado pelo órgão ambiental competente de acordo com o grau de 
impacto ambiental causado pelo empreendimento. Além disso, o órgão ambiental também 
decide para qual(is) unidade(s) de conservação o recurso será encaminhado.
O Decreto Federal nº 4.340/02, por seus artigos 31 a 34, regulamentou o artigo 36 da Lei 
9.985/00, incrementando quanto ao conceito de compensação ambiental.
Mais tarde, o Decreto Federal nº 6.848/09, também incrementou o cálculo da compensação 
ambiental por meio da seguinte fórmula:
CA = VR x GI
onde:
CA = compensação ambiental; 
VR = valor de referência (total de investimentos 
relativos à implementação do empreendimento, 
desconsiderando outros custos como 
àqueles relativos ao EIA/RIMA e projeto de 
empreendimento; 
GI = Grau de Impacto).
Também é importante considerar o § 3º, do artigo 36, da Lei nº 9.985/00, que determina 
que quando o empreendimento afetar uma unidade de conservação especí� ca ou sua zona 
de amortecimento, o licenciamento só poderá ser concedido mediante autorização do órgão 
responsável por sua administração, e a unidade em questão, mesmo não pertencendo ao 
grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das bene� ciárias da compensação ambiental.
O vídeo a seguir apresenta a exploração do minério de ferro no Brasil. Esta exploração 
também considera a compensação � orestal. 
Aproveite para entender um pouco mais sobre essa atividade no país e a necessidade de 
melhorar as condições de seu licenciamento.
http://www.youtube.com/watch?v=OAQDrP-Mhco
Supressão Vegetal
A Autorização de Supressão Vegetal é emitida pelo órgão ambiental competente para 
os casos em que é necessária a retirada da vegetação existente para a implantação do 
empreendimento. 
A supressão vegetal é regulamentada pelo Código Florestal, pela Lei nº 12.651/12, 
que de� ne as medidas mitigadoras e compensatórias necessárias a serem atendidas pelo 
empreendedor.
O pedido de Autorização de Supressão Vegetal deve contemplar a quanti� cação e a 
caracterização da vegetação na área de interesse, ou seja, um mapeamento da vegetação 
identi� cando cada exemplar de cada espécie. Normalmente, este estudo é apresentado 
12
Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
na forma de mapeamento da vegetação. A partir deste mapeamento, o órgão ambiental 
competente analisa se possível a supressão que seria o plantio de exemplares em outra área, 
de preferência na mesma bacia hidrográ� ca. 
No entanto, a supressão vegetal em áreas de preservação permanente, que funcionam 
como áreas de proteção da paisagem, do solo, dos cursos hídricos, da fauna e � ora, sendo 
alguns exemplos topos de morros, margens de rios, nascentes, lagoas, lagos, entre outras, só 
podem ser suprimidas em caso de utilidade pública ou interesse social. 
De acordo com o Código Florestal, utilidade pública são obras essenciais de infraestrutura 
(transporte, saneamento e energia); atividades de segurança nacional e proteção sanitária; 
demais obras e planos previstos em Resolução do CONAMA; e interesse social são as atividades 
imprescindíveis à proteção da vegetação nativa tais como: prevenção, combate e controle do 
fogo, controle da erosão, atividades de manejo agro� orestal sustentável; demais obras e planos 
considerados em resolução do CONAMA.
Outorga
Quando um empreendimento necessitar usar recursos hídricos, seja de água subterrânea ou 
de corpos d’água ou, ainda, for lançar os e� uentes em corpos d’água, deverá obter outorga de 
uso de recursos hídricos.
A Lei Federal nº 9.433/97 que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o 
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e a Resolução CNRH nº 65/2006 são 
os principais documentos legais federais que devem ser observados no processo de obtenção de 
outorga.
Conforme a Lei nº 9.433/97, estão sujeitos à outorga os seguintes usos de recursos hídricos:
•derivação ou captação de água para consumo � nal, inclusive 
abastecimento público ou insumo de processo produtivo;
• extração de água de aquífero subterrâneo para consumo � nal ou insumo 
de processo produtivo;
• lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos 
ou gasosos, tratados ou não, com o � m de sua diluição, transporte e 
disposição � nal;
• aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
• outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água 
existente em um corpo d’água.
Na prática, sempre que um empreendimento for utilizar recursos hídricos de rios e aquíferos 
subterrâneos ou lançar e� uentes ou resíduos gasosos em corpos d’água, deverá solicitar a 
outorga como documentação necessária para o processo de licenciamento ambiental.
13
Classifi cação do Empreendimento
Além da documentação acima detalhada, o início do processo de licenciamento deve veri� car 
se o empreendimento está considerado no Anexo I da Resolução CONAMA nº 237/97, que 
estabelece as atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. 
Resumindo esse anexo I, podemos considerar as indústrias em geral, as obras civis 
(rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos, barragens, canais, transposição de bacias 
hidrográ� cas), os serviços de utilidades (produção de energia, transmissão de energia, 
estações de tratamento de águas e e� uentes, emissários de e� uentes, aterros e obras para 
tratamento de resíduos, recuperação de áreas contaminadas ou degradadas); transporte, 
terminais e depósitos (portos, aeroportos, depósitos); turismos (complexo turístico de 
lazer); parcelamento do solo (condomínios, loteamentos residenciais e industriais); 
atividades agropecuárias (agricultura, criação de animais, assentamentos); e uso de recursos 
naturais (silvicultura; exploração econômica de madeira; criadouro de fauna silvestre; patrimônio 
genético, biotecnologia). Isso quer dizer que quase todas as atividades humanas dependem de 
licenciamento ambiental. 
Além da Resolução nº CONAMA 237/97, o empreendedor deve consultar a Resolução 
CONAMA 001/86, que estabelece as seguintes atividades que necessitam de Estudo de 
Impacto Ambiental – EIA e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA: estradas 
de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; ferrovias; portos e terminais de 
minério, petróleo e produtos químicos; Aeroportos, oleodutos, gasodutos, minerodutos, 
troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; linhas de transmissão de energia 
elétrica, acima de 230KV; obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais 
como: barragem para � ns hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, 
abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, reti� cação de cursos d’água, 
abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; extração de combustível 
fóssil (petróleo, xisto, carvão); extração de minério; aterros sanitários, processamento 
e destino � nal de resíduos tóxicos ou perigosos; usinas de geração de eletricidade, qualquer 
que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; complexo e unidades industriais 
e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, 
extração e cultivo de recursos hídricos); distritos industriais e zonas estritamente industriais 
– ZEI; exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou 
menores, quando atingir áreas signi� cativas em termos percentuais ou de importância do 
ponto de vista ambiental; projetos urbanísticos, acima de 100 ha ou em áreas consideradas de 
relevante interesse ambiental; e, por último, qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em 
quantidade superior a dez toneladas por dia. 
Como funciona isso? 
Quando o empreendedor for solicitar a Licença Prévia, que é a Licença inicial do processo, 
deve-se veri� car na Resolução CONAMA nº 001/86 se deverá elaborar o EIA/RIMA. 
O esquema grá� co a seguir representa estas etapas.
14
Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
Termo de Referência
Caso o tipo de empreendimento necessite da apresentação de EIA/RIMA, o IBAMA, o 
órgão competente estadual ou municipal deverá de� nir o termo de referência especí� co, 
considerando as características do empreendimento e do local em que ele será instalado. O 
termo de referência deverá estipular os prazos para a conclusão e análise dos estudos.
O termo de referência também é aplicável para outros estudos ambientais como o PRAD – 
Projeto de Recuperação de Área Degradada.
Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA.
O EIA/RIMA é um estudo técnico que tem como � nalidade avaliar os impactos ambientais 
gerados pelas atividades potencialmente poluidoras. A elaboração do EIA/RIMA deve 
obedecer às diretrizes especi� cadas no termo de referência pertinente, expedido pelo 
órgão ambiental competente.
O EIA/RIMA deverá contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do 
projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto, isso quer dizer, que deve 
ser analisada a real necessidade da localização em questão do projeto. 
Os impactos devem ser identi� cados e avaliados nas fases de implantação e operação das 
atividades. Deve-se de� nir, considerando a bacia hidrográ� ca na qual o empreendimento se 
localiza, a área de in� uência do projeto que são os limites da área geográ� ca a ser direta 
e indiretamente afetada pelos impactos. Por último, considerar os planos e programas 
governamentais, na área de in� uência.
Iniciar uma atividade ou
implementar um
empreendimento
Veri�car com o órgão de
controle ambiental se é
necessária alguma
autorização ambiental
Dar andamento no processo
de licenciamento ambiental
Elaobrar EIA/RIMA
Está considerado
na Resolução
CONAMA 237/97?
Não
Não
Sim
Sim
Está considerado
na Resolução
CONAMA 001/86?
15
O EIA – Estudo de Impacto Ambiental está dividido nas seguintes etapas:
I - Diagnóstico ambiental, que é um estudo das características ambientais da área de 
in� uência e suas interações. 
Esse diagnóstico deve considerar os seguintes meios:
a) Meio físico – solo, subsolo, águas, ar, clima;
b) Meio biológico – � ora e fauna;
c) Meio socioeconômico – comunidade local, uso do solo, infraestrutura, sítios 
arqueológicos, históricos e culturais.
II – Análise dos impactos – identi� cação e avaliação dos impactos, impactos positivos e 
negativos, diretos e indiretos, imediatos, em curtos, médios e longos prazos;
III – De� nição das medidas mitigadoras dos impactos negativos – equipamentos 
de controle e sistemas de tratamento de e� uentes e emissões, entre outros;
IV – Elaboração de programa de acompanhamento e monitoramento – impactos 
positivos e negativos.
Todo o custo com a elaboração do EIA/RIMA é de responsabilidade do empreendedor.
Fluxograma resumido do processo de EIA
Diagnóstico ambiental –
meios físico, biológico e
socioeconômico
Análise dos impactos –
positivos e negativos;
e, sua magnitude
De�nição das medidas
mitigadoras para os
impactos ambientais
Elaboração do plano de
controle e monitoramento
dos impactos
16
Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
O RIMA – Relatório de Impacto Ambiental deve apresentar as conclusões do EIA – Estudo 
de Impacto Ambiental e deve conter, no mínimo:
1. Objetivos e justi� cativas do projeto;
2. A descrição do projeto;
3. Resumo do estudo de diagnóstico ambiental;
4. Descrição dos potenciais impactos ambientais da implantação e operação da atividade;
5. Caracterização da qualidade ambiental futura da área de in� uência;
6. Descrição das medidas mitigadoras e seus efeitos sobre os impactos gerados;
7. Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
8. Recomendação quanto à alternativa mais favorável.
O EIA/RIMA deve ser entregue ao órgão ambiental competente, que determinará um prazo 
para sua análise e conclusão.
Audiência Pública
Dependendo da complexidade do EIA/RIMA, o órgão ambiental competente poderá 
solicitara realização de audiência pública que tem por � nalidade expor aos interessados o 
conteúdo do estudo para dirimir as dúvidas sobre o empreendimento, além de obter sugestões e 
críticas a respeito.
A audiência pública ocorrerá sempre que o órgão ambiental julgar necessário, ou quando 
for solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público ou por 50 ou mais cidadãos; e será 
sempre dirigida pelo órgão ambiental licenciador.
Caso haja solicitação de audiência pública e esta não seja realizada pelo órgão público, a 
licença concedida não terá validade.
A audiência pública deverá ser realizada em local acessível aos interessados e, dependendo 
da localização geográ� ca dos solicitantes, poderá ocorrer mais de uma audiência pública.
O vídeo a seguir foi preparado pela Petrobras para orientar os participantes de uma 
audiência pública. 
Vale à pena conferir!
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=QidnZ-2qObQ
A ata da audiência pública será anexada ao RIMA para servir de base para a análise e 
parecer � nal do órgão ambiental licenciador referente ao projeto.
17
Licenças Ambientais
Licença Prévia
A Licença Prévia é a primeira licença a ser solicitada no processo do licenciamento 
ambiental. O empreendedor deve apresentar a documentação acima referenciada, sendo que 
a Autorização de Supressão Vegetal e a Outorga somente quando aplicáveis. Caso contrário, o 
empreendedor deve providenciar a Certidão de Uso do Solo, emitida pela Prefeitura e Contrato 
Social do empreendimento, entre outros documentos que o órgão ambiental competente 
solicitará. 
Normalmente, o órgão ambiental disponibiliza um formulário que deve ser preenchido para 
a solicitação da Licença Prévia. 
O empreendedor deve preencher o formulário e providenciar toda a documentação 
necessária solicitada.
No caso do empreendimento apresentar EIA/RIMA, também será nessa etapa que o EIA/
RIMA será apresentado para análise do órgão ambiental e execução de Audiência Pública. 
Analisada toda a documentação inicial, o órgão ambiental realiza visita técnica ao local 
do empreendimento para veri� car a viabilidade ambiental do empreendimento. Estando a 
documentação inicial regular, o EIA/RIMA aprovado e a visita técnica atestando a viabilidade 
do empreendimento, o órgão ambiental emite a Licença Prévia com as condicionantes técnicas 
a serem atendidas.
Na solicitação de uma Licença Ambiental, o empreendedor deve sempre publicar um 
edital no Jornal de maior circulação do município e no Diário O� cial do Estado. A Resolução 
CONAMA nº 006/86 estabelece as instruções e modelos de publicação. 
A seguir, podemos ver os dois modelos principais para publicação de requerimento e 
recebimento de Licença Ambiental.
(Nome da empresa - sigla)
torna público que requereu à (nome do Órgão onde requereu a licença), a 
Licença (tipo de licença), para atividade e local.
Foi determinado estudo de impacto ambiental e/ou não foi determinado 
estudo de impacto ambiental. 
(Nome da empresa - sigla)
torna público que recebeu do (a) (nome do Órgão que concedeu a 
licença) a Licença (tipo da licença), com validade de (prazo de 
validade) para (atividade e local).
Estas publicações devem ser feitas sempre no requerimento e no recebimento das Licenças 
Prévia, de Instalação e de Operação.
18
Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
Condicionantes da Licença Prévia
As condicionantes das licenças são recomendações de� nidas pelo órgão ambiental a 
serem atendidas pelo empreendedor nas distintas etapas do processo de licenciamento. As 
condicionantes podem ser a instalação de equipamentos de controle de poluição, relatórios 
de acompanhamento e monitoramento ambiental, práticas corretas de disposição adequada 
de resíduos, adequação de espaços de armazenamento conforme documentação técnica 
legal aplicável.
Prazo da Licença Prévia
O prazo máximo da Licença Prévia é de 5 anos. Isto quer dizer que este prazo pode ser 
inferior a 5 anos, conforme entendimento do órgão ambiental licenciador. Os estados podem 
também emitir Licenças Prévias com prazos inferiores, mas nunca superiores.
Prazo máximo da Licença Prévia  5 anos
Na prática, o prazo de validade da Licença Prévia signi� ca que o empreendedor tem este 
prazo para apresentar todos os planos, projetos e programas do empreendimento a ser 
licenciado. 
Estes projetos, planos e programas consideram o cronograma das obras do empreendimento 
e os programas de monitoramento ambiental entre outros.
Licença de Instalação
De posse da Licença Prévia, o empreendedor deve solicitar a Licença de Instalação para 
dar início à instalação da atividade ou do empreendimento, atendendo às especi� cações dos 
planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais 
condicionantes determinadas na Licença Prévia.
Assim como a Licença Prévia possui um prazo de validade, a Licença de Instalação também 
possui, sendo que esse prazo não pode ser superior a seis anos.
Isso quer dizer que obtida a Licença de Instalação, o empreendedor obterá um prazo máximo 
de até seis anos para a instalação do empreendimento. Porém, este prazo também pode ser 
menor, dependendo da magnitude do empreendimento. 
Prazo máximo da Licença de Instalação  6 anos
Veja no link a seguir a Licença de Instalação Nº 438/2007, expedida pelo IBAMA para 
a obra da transposição do Rio São Francisco. Observe que o prazo da Licença é de quatro 
anos da data de sua expedição, que foi em 23 de março de 2007, o que implica que as obras 
deveriam ser executadas até março de 2011.
Explore: http://goo.gl/PuLQkM
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E o que acontece quando uma Licença expedida não é executada, como nesse caso? 
Conforme os artigos 16 e 17 da Resolução CONAMA nº 237/97, o não cumprimento dos 
prazos estipulados para as licenças ambientais sujeitará o licenciamento à ação do órgão e o 
empreendedor ao arquivamento do seu pedido de licença, o que não impedirá a apresentação 
de novo requerimento de licença, reiniciando todo o processo de licenciamento.
Licença de Operação
Por último, a Licença de Operação autoriza a operação da atividade ou empreendimento, 
após a veri� cação do atendimento das medidas de controle da poluição e das condicionantes 
determinadas para a operação, constantes nas Licenças Prévia – LP e de Instalação – LI.
Na prática, as medidas ambientais de controle foram estabelecidas nas licenças prévia 
e de instalação, principalmente na licença de instalação, na qual � cam estabelecidas as 
condicionantes ambientais para a autorização da instalação do empreendimento ou atividade.
Mas, o que signi� ca isso? 
Signi� ca que o órgão ambiental competente, responsável pelo licenciamento, baseado nos 
impactos gerados pela atividade e apoiado na legislação ambiental, estabelece os critérios 
ambientais que a atividade deverá atender. 
Vamos entender isso um pouco melhor.
Por exemplo, caso o empreendimento seja a instalação de uma empresa metalúrgica 
que contemple o tratamento de superfície de metais como um dos processos, podemos 
considerar o e� uente deste processo como principal impacto da atividade. Ou seja, as 
chapas de metal passam pelo tratamento químico para evitar corrosão, mas esse tratamento 
é descartado. O órgão ambiental solicitará que este e� uente atenda à legislação especí� ca 
para o seu descarte.
Quando o órgão ambiental constata isso? 
Quando o empreendedor solicitar a Licença de Operação, o órgão ambiental novamente 
executará uma visita ao local para ver se os equipamentos de controle de poluição estão instalados. 
No caso acima, o órgão ambiental veri� cará se a empresa metalúrgica instalou uma Estação 
de Tratamento de E� uente – ETE.
O prazo da Licença de Operação não pode ser inferior a quatro anos, nem superior a dez 
anos. Porém, o órgão ambiental competente pode estabelecer prazos de validade inferiores 
a quatro anos da Licença de Operação para empreendimentos que estejam em processo de 
encerramento ou modi� cação.
Prazo máximo da Licença de Operação  4 a 10 anos
Obtidaa Licença de Operação, o empreendedor deverá solicitar sua renovação 120 
(cento e vinte) dias antes do seu prazo expirar. Quando solicitar a renovação, novamente, o 
empreendedor deve publicar o requerimento da renovação e o recebimento da licença em 
periódico e no Diário O� cial.
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Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
(Nome da empresa. - sigla)
torna pública que requereu à (nome do Órgão onde requereu a licença) a 
renovação de sua Licença (tipo de licença) pelo prazo de validade para 
(atividade e local)
(Nome da empresa - sigla)
torna público que recebeu do (a) (nome do Órgão que concedeu) a 
renovação da Licença (tipo de licença) até a data x, para (atividade 
e local). 
O � uxograma a seguir apresenta de forma sintética o processo de licenciamento ambiental.
Solicitação de
Licença Prévia
Apresentar documentação inicial:
certidão de uso do solo sempre;
outorga e autorização de supressão
vegetal quando necessárias
Órgão ambiental
analisa documentação
e realiza visita técnica
ao empreendimento
Órgão ambiental
emite Termo de
Referência
Emissão da
Licença Prévia com
condicionantes
Atendimento das
condicionantes e solicitação
da Licença de Instalação
Análise do atendimento das
condicionantes, projetos e
emissão da Licença de Instalação
Obras para a instalação de
empreendimento, atendimento
das condicionantes e solicitação
da Licença de Operação
Análise do atendimento das
condicionantes, visita técnica ao
local para emissão da Licença
de Operação
Apresentar EIA/RIMA
Audiência Pública
Necessário
EIA/RIMA?
Sim
Não
Este vídeo apresenta uma matéria referente 
a mudanças no IBAMA para tornar o 
processo de licenciamento ambiental mais 
ágil para determinados tipos de atividades:
http://www.youtube.com/watch?v=eV2T0Jtjz_s
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Considerações Finais
O licenciamento ambiental é um processo administrativo dividido praticamente em três 
fases representadas pela obtenção das distintas Licenças Ambientais: Licença Prévia, emitida 
na fase inicial do processo, que visa a avaliar a concepção do projeto e o local de implantação; 
Licença de Instalação, que permite a implantação do projeto, e Licença de Operação, que 
� nalmente permite o funcionamento da atividade ou do empreendimento.
A solicitação das licenças é feita junto ao órgão ambiental competente, que irá solicitar os 
documentos necessários a serem apresentados em cada etapa do processo. 
Para a Licença Prévia, é exigida a Certidão de Uso do Solo, que vai certi� car o local 
onde será o empreendimento de acordo com o zoneamento do local. Também nessa fase, 
podem ser solicitadas a Outorga, caso o empreendimento venha a utilizar recursos hídricos de 
corpos hídricos e aquíferos subterrâneos ou for descartar o e� uente em corpos hídricos, e a 
autorização de Supressão Vegetal, caso o empreendimento exija o corte de espécies arbóreas 
no local. 
Também na fase inicial é veri� cada a necessidade de apresentar EIA/RIMA, que deverá 
ser elaborado por equipe capacitada a partir do Termo de Referência emitido pelo órgão 
ambiental para o estudo em questão. 
O EIA/RIMA normalmente é remetido à Audiência Pública para melhor análise e 
entendimento da população e envolvidos. 
De posse de toda a documentação inicial, o órgão ambiental realiza visita técnica ao local 
para atestar a viabilidade do empreendimento. Estando toda a documentação inicial regular, 
o órgão ambiental emite a Licença Prévia – LP com as condicionantes técnicas a serem 
atendidas pelo empreendedor.
O empreender, de posse da Licença Prévia, irá providenciar os documentos, projetos 
e planos e atendimento às condicionantes para a solicitação da Licença de Instalação que 
autoriza o início das obras para a instalação do empreendimento, também estabelecendo 
condicionantes técnicas que devem ser observadas exatamente no período de instalação do 
empreendimento.
Após a instalação do empreendimento e atendidas as condicionantes técnicas, o 
empreendedor solicita a Licença de Operação, que permitirá o funcionamento das atividades 
do empreendimento. 
Para expedir esta última licença, o órgão ambiental competente visita novamente o local 
para veri� car se as condicionantes foram atendidas para, então, emitir a Licença de Operação.
Após obter a Licença de Operação, o empreendedor deverá solicitar sua renovação 120 
dias antes do vencimento do prazo de validade.
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Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
Material Complementar
Para aprofundar seus conhecimentos, leia os materiais e assista aos vídeos disponíveis nos 
links a seguir:
Vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=OAQDrP-Mhco
http://www.youtube.com/watch?v=QidnZ-2qObQ
http://www.youtube.com/watch?v=eV2T0Jtjz_s
Site:
FIRJAN. Manual de Licenciamento ambiental : guia de procedimento passo a 
passo. Rio de Janeiro: GMA, 2004.
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_sebrae.pdf
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Referências
MEDAUAR, O. Coletânea de Legislação de Direito Ambiental. Constituição Federal. 
8.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Programa Nacional de Capacitação de 
gestores ambientais: licenciamento ambiental/Ministério do Meio Ambiente. Brasília: 
MMA, 2009.
PROGRAMA Nacional de Capacitação de gestores ambientais: licenciamento 
ambiental/Ministério do Meio Ambiente. Brasília: MMA, 2009.
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Unidade: Etapas do Licenciamento Ambiental
Anotações

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