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Elaboração de Políticas, Programas e Projetos Voltados ao Desenvolvimento Humano e Sustentável

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Escola Nacional de 
Administração Pública 
MODULOS 
O 1-02-03-04 
ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS. 
PROGRAMAS E PROJETOS 
UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO 
HUMANO E SUSTENTÁUEL 
Enap 
Enap, 2021.
Enap - Escola Nacional de Administração 
Pública Diretoria de Desenvolvimento Pro�ssio-
nal SAIS - Área 2-A - 70610-900 - Brasília, DF
SUMARIO 
Elaboração de Políticas, Programas e Projetos Voltados ao 
Desenvolvimento Humano e Sustentável 
Módulo 1: A Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
Unidade 1: Conceitos da Agenda 2030 e dos ODS 
Unidade 2: Territorialização e integração dos ODS nos planos de desenvolvimento 
Módulo 2: Metodologias e ferramentas de integração dos ODS 
Unidade 1: Metodologia para a construção da Avaliação Rápida Integrada (Rapid Integrated Assessment-RIA) 
Unidade 2: A importância de identificar projetos aceleradores do desenvolvimento 
Módulo 3: Elaboração de políticas, programas e projetos voltados ao 
desenvolvimento humano e sustentável 
Unidade 1: Etapas para a identificação de aceleradores e elaboração de políticas, programas e projetos de 
desenvolvimento humano e sustentável 
Unidade 2: Casos práticos de elaboração de projetos para o desenvolvimento humano e 
sustentável em municípios brasileiros 
Módulo 4: Monitoramento e avaliação de políticas e projetos de 
desenvolvimento humano e sustentável 
Unidade 1: Etapas para o monitoramento e a avaliação S 
A Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
Metodologias e ferramentas de integração dos ODS 
Elaboração de políticas. programas e projetos voltados ao 
desenvolvimento humano e sustentável 
Agenda 2030 nos Monitoramento e avaliação de políticas e projetos de 
desenvolvimento humano e sustentável estadual e municipal 
�-------
MÓDULO1
MÓDULO 01 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE 
DESENUOLUIMENTO SUSTENTÂUEL 
UNIDADE 1: CONCEITOS DA AGENDA 2030 E DOS ODS 
1.1. AGENDA 2030 E A SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENUOLUIMENTO 
SUSTENTÁUEL LOCAL 
UNIDADE 2: TERRITORIALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS
ODS NOS PLANOS DE DESENUOLUIMENTO 
2.1. O QUE É TERRITORIALIZAR E INTEGRAR OS ODS NOS PROJETOS 
DA GESTÃO PÚBLICA 
UNIDADE 1: CONCEITOS DA AGENDA 2030 E DOS ODS 
Objetivo de Aprendizagem: 
Conhecer os conceitos relacionados ao Desenvolvimento Sustentável e aos ODS. 
1.1. AGENDA 2030 E A SUA IMPORTÂNCIA PARA O 
DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL LOCAL 
A Agenda 2030 é fruto do trabalho conjunto de governos e cidadãos de 
todo o mundo, para criar um novo modelo global para acabar com a pobreza, pro­
mover a prosperidade e o bem-estar de todos e todas, proteger o meio ambiente e 
combater as alterações climáticas. 
O documento adotado na Assembleia Geral da ONU em 2015, "Transfor­
mando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável", é um 
guia para as ações da comunidade internacional e é também um plano de ação 
para todas as pessoas e o planeta, coletivamente criado para colocar o mundo em 
um caminho mais sustentável e resiliente até 2030. 
Esse documento final da Agenda 2030 é integrado por 17 Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS), sucessores dos 8 Objetivos de Desenvolvi­
mento do Milênio. Os 17 ODS deverão ser implementados por todos os países sig-
06 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
natários e abrangem áreas diversas e interligadas do desenvolvimento, como: o 
combate à pobreza e à fome; o acesso equitativo à educação e a serviços de saúde 
de qualidade; a criação de emprego digno e a ampliação da renda; a sustentabilida­
de energética e ambiental; as cidades sustentáveis; a igualdade de gênero; a con­
servação e a gestão dos oceanos e das florestas; o combate às mudanças climáti­
cas; a promoção de instituições fortes e eficazes; o combate à desigualdade em 
todos os níveis; além de outras áreas que podem ser vistas a seguir. 
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são os seguintes: 
Figura 1: Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS 
Ili 
.. 
E3 
> 
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m 
Ili-
li 
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li 
Acabar com a pobreza em todas as suas fonnas. em todos os lu2ares 
Acabar Cflm a 1ome, alcaDçar seprança alimentar e melhoria •a nutrição 
e �remove r a ae;ricultu ra s os.tentável 
ÃSS1!i1Jrar uma vida saudá'�el e promover o bem-estair para todos, em todas as idades 
Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover 
oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos 
Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas 
Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos 
.l.ssegurar o acesso c1mf1ável, sustentâHt moderno e a �reço aces.sivel à 
energia para tadns 
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego 
pleno e produtivo e o trabalho decente para todos 
07 
li 
a1 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e 
sustentável e fomentar a inovação 
Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles 
Tomar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros. 
tesilien1es e sustentáveis 
Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis 
Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos 
Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos 
marinhos para o desenvolvimento sustentável 
Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir 
de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a 
degradação da terra e deter a perda de biodiversidade 
Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, 
proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, 
responsáveis e inclusivas em todos os níveis 
Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o 
desenvolvimento sustentável 
Fonte: Plataforma Agenda 2030 C https://brasil.un.org/pt-br/sdgs . Acesso em17 de dezembro de 2021.
0B 
https://brasil.un.org/pt-br/sdgs
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
Ao combinar os processos dos Objetivos do Milênio e os processos resul­
tantes da Rio+20, a Agenda 2030 inaugura uma nova fase para o desenvolvimento 
dos países, que busca integrar por completo todos os componentes do Desenvolvi­
mento Sustentável e engajar todos os países na construção do futuro que quere­
mos. 
Os 17 ODS possuem 169 Metas a serem alcançadas até 2030 e estão pauta­
dos em cinco áreas de importância, ou 5 Ps: Pessoas - erradicar a pobreza e a fome 
de todas as maneiras e garantir a dignidade e a igualdade; Prosperidade - garantir 
vidas prósperas e plenas, em harmonia com a natureza; Paz - promover sociedades 
pacíficas, justas e inclusivas; Parcerias - implementar a Agenda por meio de uma 
parceria global sólida; e Planeta - proteger os recursos naturais e o clima do nosso 
planeta para as gerações futuras. 
Figura 2: Objetivos de Desenuoluimento do Milênio - DDM 
�. . Vim 
S 1 •• 
-
Fonte: ODM Brasil C http://www.odmbrasil.gov.br/os-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio ). 
09 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
Afinal, o que é Desenvolvimento Sustentável? 
O Desenvolvimento Sustentável é o avanço capaz de suprir as necessi­
dades da geração atual, sem comprometera capacidade de atender 
as necessidades das futuras gerações. Esse trabalho resulta de ações 
coordenadas que não esgotam os recursos para o futuro e promovem 
o desenvolvimento, sem deixar ninguém para trás. Assim, os 17 Obje­
tivos traçados na Agenda 2030 buscam erradicar a pobreza e promo­
ver uma vida digna para a população mundial, dentro dos limites do
planeta, de uma forma que integra o crescimento econômico, a justiça
social e a sustentabilidade ambiental.
Os ODS são integrados e indivisíveis e mesclam, de forma equilibrada, as 
três dimensões do Desenvolvimento Sustentável: a social, a econômica e a ambien­
tal, e ainda uma quarta dimensão, a institucional. A conciliação de avanços simultâ­
neos nas vertentes econômica, social e ambiental é possível. Além disso, também 
pode haver arranjos de modo que o progresso em uma dimensão não necessaria­
mente limite o crescimento em outra, mas se reforcem mutuamente, em um círculo 
virtuoso, em uma conformação que corresponderia essencialmente ao conceito de 
Desenvolvimento Sustentável. 
O que quer dizer "Integrados'? Quer dizer que os ODS refletem, de forma 
equilibrada, as três dimensões do Desenvolvimento Sustentável: social, econômica 
e ambiental. Além disso, eles requerem a implementação de ações que trarão resul­
tados combinados, influenciando mais de um ODS. 
O que quer dizer "Indivisíveis'? Quer dizer que não é possível trabalhar 
para avançar em apenas um ou dois ODS. É necessário trabalhar em prol de todos 
os 17 ODS para tornar o Desenvolvimento Sustentável uma realidade. 
10 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
Devemos evitar a abordagem fragmentada (silos approach), que poderia 
impedir o cumprimento da Agenda 2030 em sua integralidade. Por isso, é impor­
tante alinhar todo o PPA, a LOA, a LDO e os Planos Diretores a todos os ODS. Os pro­
jetos paralelos também precisam procurar abordar questões que avancem em 
vários ODS ao mesmo tempo. 
Para complementar esses conceitos acima, veja os 3 princípios fundamen­
tais da Agenda 2030: 
Universalidade - A Agenda é aplicável para todas as tipologias de 
países, não apenas para países em desenvolvimento. Os ODS levam 
em consideração a possibilidade de abordagens nacionais adaptadas 
e diferenciadas, para a implementação do que é visto como uma res­
ponsabilidade comum e coletiva. 
Abordagem integrada -A Agenda 2030 evidencia que não é suficien­
te tentar alcançar os Objetivos um a um, de forma separada. Eles 
requerem uma abordagem integrada, a partir de ações que trarão 
resultados combinados, influenciando mais de um ODS. Assim, é 
necessária uma abordagem integrada e a coerência política para um 
planejamento colaborativo e intersetorial. 
Não deixar ninguém para trás -A Agenda 2030 incorpora fortemen­
te a ideia de ninguém ser deixado para trás, e isso é expresso em 
vários objetivos e metas que buscam um alcance universal (por exem­
plo, metas zero: erradicar a extrema pobreza, erradicar a fome; pro­
mover uso sistemático de dados desagregados por categorias; prati­
car abordagem baseada na qualidade dos resultados; e elaborar qua­
dros normativos). 
11 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
A ideia também é propor um espírito de parceria e um pragmatismo que 
levem a escolhas certas, para melhorar a qualidade de vida desta e das futuras 
gerações, garantindo, ao mesmo tempo, a conservação e a preservação do planeta. 
Parcerias 
A atuação, em âmbito local, é fundamental para garantir a promoção 
do Desenvolvimento Sustentável e inclusivo no país como um todo. 
Dito isso, os governos municipais e estaduais são parceiros imprescin­
díveis na implementação das metas traçadas em cada um dos ODS. 
Na hora de pensar em projetos e programas, os municípios podem 
articular e mobilizar parcerias estratégicas que envolvam todos os 
setores interessados e todas as pessoas afetadas pelos processos de 
desenvolvimento. 
São os governos subnacionais que criam as pontes, fazem os elos com 
as comunidades e exercem um papel central no incentivo à participa­
ção das organizações da sociedade civil, do setor privado, do Sistema 
S, da comunidade acadêmica e de outras organizações locais no pro­
cesso de aceleração do desenvolvimento. 
RELAÇÃO ENTRE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SUSTENTÁVEL 
A Agenda 2030 foi construída levando em consideração a necessidade de 
se promover o Desenvolvimento Humano junto com o crescimento econômico e 
com a preservação do meio ambiente. Diferentemente da perspectiva que sugere 
que o desenvolvimento esteja ancorado primordialmente nos aspectos econômi­
cos de uma região, a abordagem de Desenvolvimento Humano, assim como a de 
Desenvolvimento Sustentável, coloca as pessoas no centro da análise do bem-es­
tar, redefinindo a maneira como pensamos e lidamos com o desenvolvimento. 
12 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
Conceito de Desenvolvimento Humano 
Nas políticas, nos programas e nos projetos de desenvolvimento, a 
vivência do indivíduo na sociedade deve ser o centro de análise, consi­
derando nesse conceito a ampliação das oportunidades de escolhas, 
para que pessoas tenham a capacidade e a possibilidade para serem 
aquilo que desejam ser. Então, deve-se compreender o Desenvolvi­
mento Humano como "o processo de ampliação das liberdades 
das pessoas com relação a suas capacidades e oportunidades". 
Implementar e monitorar a Agenda 2030 implica em aplicar também a 
abordagem de Desenvolvimento Humano, pois sempre será necessário articular os 
objetivos de desenvolvimento e melhorar o bem-estar das pessoas, garantindo um 
planeta equitativo, sustentável e estável. 
Quando planejamos ações e projetos para promover o Desenvolvimento 
Sustentável, as atividades e as metas deverão compreender também a incorpora­
ção do conceito de Desenvolvimento Humano em sua versão mais ampla, internali­
zando o seu aspecto humano, buscando ampliar o processo de escolha das pessoas 
nas mais diversas áreas de desenvolvimento, para que elas tenham capacidades e 
oportunidades para serem aquilo que desejam ser no mundo. 
Dito isso, o empoderamento das pessoas é o caminho mais importante 
para alcançarmos o equilíbrio do planeta em um mundo mais justo. Nesse sentido, 
é importante sempre levar em consideração que pessoas com capacidades restri­
tas enfrentam a redução de oportunidades ao longo de suas vidas. Dessa forma, 
jovens com acesso restrito à educação de qualidade não aprendem satisfatoria­
mente, participam menos dos processos decisórios do seu município e do seu país, 
13 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
conhecem menos a realidade social e econômica em que vivem, encontram poucas 
oportunidades de trabalho, recebem salários baixos e não reivindicam seus direi­
tos. 
Veja abaixo a entrevista do Rodrigo Torres da Enap, que aborda a importân­
cia dos ODS e da sua localização junto aos estados e aos municípios e o papel da 
Enap nesse processo: 
UIDED 01 
Entrevista Rodrigo Torres da Enap 
14 
CURSO 03 1 AELABORAÇÃO DE POÚTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
NAÇÕES UNIDAS. Declaração do Milênio. Nova Iorque: 2000. Disponível em: 
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/declaracao-do-milenio.html . 
Acesso em 24 de novembro de 2021. 
NAÇÕES UNIDAS. Transformando Nosso Mundo:a Agenda 2030 para o Desenvolvimento 
Sustentável. ONU: 2015. Disponível em: https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/a­
genda2030/undp-br-Agenda2030-completo-pt-br-2016.pdf. Acesso em 24 de novembro de 
2021. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Glossários de termos dos Objetivos de Desenvolvimento Susten­
tável. Disponível em: https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/sear­
ch.html?q=gloss%C3%A1 rio+ODS&tagid . Acesso em 24 de novembro de 2021. 
PNUD. Portfólio dos Projetos do PNUD Brasil à luz dos Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável. 2016. Disponível em: https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/li­
brary/ods/portfolio-dos-projetos-do-pnud-brasil-a-luz-dos-objetivos-de-des.html . Acesso 
em 24 de novembro de 2021. 
PNUD. Guia de Territorialização e Integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentá­
vel. Coletânea Territorialização dos ODS. Brasília: PNUD, 2021. Disponível em: 
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-
petrobras-lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html . Acesso em: 17 de 
dezembro de 2021.
PNUD. Cartilha de Perguntas e Respostas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Susten­
tável. Disponível em: http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/car­
tilha-de-perguntas-e-respostas-dos-ods.html . Acesso em 24 de novembro de 2021. 
PNUD, CNM. Guia para Integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nos 
Municípios Brasileiros. Brasília: PNUD, 2017. Disponível em: https://www.cnm.org.br/in­
dex.php/biblioteca/exibe/2855 . Acesso em 24 de novembro de 2021. 
CNM. Guia para localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nos Municípios 
Brasileiros. O que os gestores municipais precisam saber. Brasília: 2016. Disponível em: 
https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/ODS-Objetivos_de_Desen­
volvimento_Sustentavel_nos_Municipios_Brasileiros.pdf . Acesso em 24 de novembro de 
2021. 
15 
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/declaracao-do-milenio.html
https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/a�genda2030/undp-br-Agenda2030-completo-pt-br-2016.pdf
https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/a�genda2030/undp-br-Agenda2030-completo-pt-br-2016.pdf
https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/a�genda2030/undp-br-Agenda2030-completo-pt-br-2016.pdf
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/sear�ch.html?q=gloss%C3%A1
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/sear�ch.html?q=gloss%C3%A1
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/sear�ch.html?q=gloss%C3%A1
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/li�brary/ods/portfolio-dos-projetos-do-pnud-brasil-a-luz-dos-objetivos-de-des.html
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/li�brary/ods/portfolio-dos-projetos-do-pnud-brasil-a-luz-dos-objetivos-de-des.html
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/li�brary/ods/portfolio-dos-projetos-do-pnud-brasil-a-luz-dos-objetivos-de-des.html
https://www.br.undp.org/content/dam/brazil/docs/guias/Coleta-nea0DS_livro1
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/car�tilha-de-perguntas-e-respostas-dos-ods.html
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/car�tilha-de-perguntas-e-respostas-dos-ods.html
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/car�tilha-de-perguntas-e-respostas-dos-ods.html
https://www.cnm.org.br/in�dex.php/biblioteca/exibe/2855
https://www.cnm.org.br/in�dex.php/biblioteca/exibe/2855
https://www.cnm.org.br/in�dex.php/biblioteca/exibe/2855
https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/ODS-Objetivos_de_Desen�volvimento_Sustentavel_nos_Municipios_Brasileiros.pdf
https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/ODS-Objetivos_de_Desen�volvimento_Sustentavel_nos_Municipios_Brasileiros.pdf
https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca/ODS-Objetivos_de_Desen�volvimento_Sustentavel_nos_Municipios_Brasileiros.pdf
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-petrobras-lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-petrobras-lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-petrobras-lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
UNIDADE 2: TERRITORIALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO 
DOS ODS NOS PLANOS DE DESENUOLUIMENTO 
Objetivo de Aprendizagem: 
Entender melhor como territorializar e integrar os ODS nos planos e projetos da 
gestão pública. 
2.1. OCIUE É TERRITORIALIZAR E INTEGRAR OS ODS NOS 
PROJETOS DA GESTÃO PÚBLICA 
A Agenda 2030 oferece orientações e metas claras que podem ser seguidas 
e adaptadas por países, estados e municípios de acordo com suas prioridades e sua 
realidade local. 
Quando pensamos no papel da gestão pública na promoção do desenvolvi­
mento, é preciso lembrar que alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Susten­
tável até 2030 não é uma tarefa apenas do governo federal. Os governos estaduais 
e municipais precisam também se apropriar da Agenda 2030 e dos ODS para que, 
no âmbito de suas funções e responsabilidades, tenham papel determinante na 
implementação de políticas, programas e projetos estratégicos que contribuam 
para o desenvolvimento em todas as suas áreas: econômica, social e ambiental. 
Incorporar as metas da Agenda 2030 nos planejamentos e nas políticas 
locais pode não parecer uma tarefa simples. Mas, é preciso saber que os 17 ODS e 
as suas 169 metas já formam um plano de trabalho pronto a ser seguido. E o 
melhor de tudo é que já está dividido por áreas temáticas. Se você trabalha, por 
exemplo, na Secretaria de Educação, é muito importante ler as metas do ODS 4 
(Educação de Qualidade) e traçar projetos para ajudar o município a alcançá-las. 
Isso se chama territorialização dos ODS! 
16 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
O que é territorializar e integrar os ODS? 
A territorialização é o trabalho direcionado para o desenvolvimento de 
forma localizada, integrada, adaptada e traduzida para o contexto 
local. 
É promover a Agenda 2030 por meio da implementação de ações 
locais voltadas para as diferentes realidades econômicas, sociais e am­
bientais, respeitando as peculiaridades e necessidades de cada cidade 
ou território. 
Na prática, territorializar é olhar para as Metas da Agenda 2030 que 
são aplicáveis ao âmbito local, avaliar o status atual do município ou 
estado em relação a cada uma delas e integrar essas metas globais ou 
metas próprias adaptadas nos instrumentos de planejamento da 
Administração Pública. 
É preciso direcionar as políticas e os projetos locais para o alcance dos 
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, buscando resultados 
efetivos na erradicação da pobreza, no crescimento econômico inclu­
sivo e na proteção ambiental. 
Nesse processo de integração dos ODS nos territórios, é muito importante, 
antes de tudo, ler atentamente os 17 Objetivos e as suas 169 metas. Será possível 
ver que ali existem tarefas para todos, sejam indivíduos, empresas, prefeituras, 
organizações da sociedade civil, universidades, associações de bairro, câmaras de 
vereadores ou sistema de justiça, entre outros setores. E é no planejamento munici­
pal que essa força-tarefa precisa ficar evidente! 
17 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
É importante ressaltar ainda que incorporar os ODS em políticas, progra­
mas e projetos não se trata de uma simples alocação das logomarcas coloridas dos 
17 Objetivos em planos e projetos já existentes. Também não é apenas inseriros 
quadradinhos coloridos em placas, carros, panfletos e cartazes. 
Como veremos nos próximos Módulos deste curso, o trabalho é muito 
mais complexo, exige uma força-tarefa, mas trará resultados muito mais eficientes. 
Esse trabalho deve se iniciar com o levantamento de dados e indicadores dos muni­
cípios, para conhecer melhor a realidade local e poder medir o quanto ainda falta 
para alcançar as metas de desenvolvimento que podem ser aplicadas em âmbito 
local. 
Veja a seguir alguns exemplos de metas ODS que podem ser medidas por 
meio de indicadores estaduais e municipais: 
Figura 3: Metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 
■ 
1111 
LI.a 
Ili 
u 
Assegurar uma vida saudavel e promover o bem-estar para todos, em todas as idades 
MITA 3.2 Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, 
com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos 
vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos 
Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades 
de aprendizagem ao longo da vida para todos 
MfTA 4.1 Até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completem o ensino primário e secundário 
livre, equitativo e de qualidade, que conduza a resultados de aprendizagem relevantes e eficazes 
MITA 4.6 Até 2030, garantir que todos os jovens e uma substancial proporção dos adultos, homens e 
mulheres, estejam alfabetizados e tenham adquirido o conhecimento básico de matemática 
Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentavel da agua e saneamento para todos 
MfTA 6.3 Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e 
minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção 
de águas residuais não tratadas, e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura 
globalmente 
Fonte: Plataforma Agenda 2030 https://odsbrasil.gov.br/ . Acesso em: 17 de dezembro de 2021. 
1B 
https://odsbrasil.gov.br/
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
A partir do levantamento de dados e indicadores locais, é possível compre­
ender a situação do município nas diferentes dimensões do desenvolvimento, iden­
tificar prioridades e, então, construir/revisar instrumentos de planejamento da 
gestão pública de acordo com os indicadores e com as metas exequíveis, para ace­
lerar o desenvolvimento e enfrentar os gargalos que impedem o município de 
avançar. Políticas e projetos também podem ser criados ou adaptados, de forma 
paralela aos instrumentos de planejamento, objetivando avançar em determinadas 
áreas em que o município possui os piores indicadores. Nas justificativas desses 
planos, dessas políticas e desses projetos, é sempre importante explicar para quais 
ODS e para quais metas estão contribuindo. 
Veremos, nos próximos Módulos, todo esse passo a passo. Mas já fica um 
alerta! Só é possível territorializar os ODS e pensar o Desenvolvimento Humano e 
Sustentável com a participação de todos os atores sociais estratégicos. Por isso, é 
preciso ter mecanismos efetivos de participação e de implementação de parcerias 
que permitam, à Administração Pública, ampliar o alcance de suas ações. 
Sociedade civil organizada, empresariado, academia, Poder Legislativo e 
Sistema S são alguns dos atores fundamentais nesse trabalho. Todos esses setores 
também podem alinhar os seus projetos e as suas ações, em suas áreas específicas 
de atuação, para contribuírem com o Desenvolvimento local Humano e Sustentá­
vel. 
CASO PRÁTICO DE ALINHAMENTO DE PLANO DIRETOR AOS ODS: 
Prefeitura Municipal de Taquaritinga do Norte - PE 
Taquaritinga do Norte é uma cidade serrana de Pernambuco, localizada a 
164 km da cidade de Recife, na microrregião do Alto do Capibaribe. Tem uma popu­
lação estimada em 29.472 habitantes (IBGE, Estimativa 2021 ). 
Diante da necessidade de responder ao desafio de como promover o pro­
gresso e o Desenvolvimento Sustentável do município, com vistas à melhoria do 
meio ambiente urbano e à qualidade de vida da população, foi desenvolvido, por 
19 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
parte da prefeitura local, um projeto de alinhamento do Plano Diretor aos Objetivos 
de Desenvolvimento Sustentável. 
O município de Taquaritinga do Norte foi pioneiro na formação de uma 
equipe técnica municipal para coordenação do processo de revisão do Plano Dire­
tor, tendo contado com o apoio técnico do Governo do Estado de Pernambuco, 
através da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - CON­
DEPE FIDEM. 
As diretrizes e metas inseridas, no Plano Diretor, foram inspiradas na 
Agenda 2030. Foram divididas nas seguintes temáticas: 
• Aspectos ambientais (visando a promover a preservação do meio ambiente);
• Saneamento básico (água potável e saneamento);
• Turismo (fortalecimento da atividade turística);
• Desenvolvimento econômico da cidade (confecções, emprego e agropecuá-
ria, principalmente o fortalecimento da produção de café orgânico); 
• Infraestrutura urbana (melhoria do sistema viário, entre outros);
• Melhoria da qualidade de vida (acesso à energia);
• Políticas públicas de saúde, educação e social (saúde e bem-estar, educação
de qualidade, entre outros); 
• Gestão participativa (fortalecimento da participação da sociedade civil); pro­
jetos de leis necessárias; 
• Ordenamento e estrutura urbana (controle urbano e uso do solo).
Pela primeira vez na história deste município, foi realizado um processo de 
revisão com a participação da população. As etapas do processo de revisão do 
Plano Diretor foram as seguintes: 
20 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
• Mobilização e sensibilização da população: foram realizadas entrevistas
direcionadas com lideranças locais, abordando diversos setores do município (Meio 
Ambiente, Educação, Saúde, Infraestrutura, Serviços Urbanos, Abastecimento 
Alimentar, Cultura, Turismo, Indústria e Comércio); aconteceram sete Reuniões 
Comunitárias (Jerimum, Algodão, Pão de Açúcar, Taquaritinga do Norte, Gravatá do 
Ibiapina, Socorro e Mateus Vieira); foram realizadas Oficinas Temáticas na sede mu­
nicipal, com a presença de representantes de todas as localidades. Essas atividades 
promoveram a interação da comunidade e dos membros da prefeitura e consegui­
ram traduzir a realidade local. 
• Análise dos resultados obtidos com essas atividades: possibilitou uma
primeira leitura da vulnerabilidade socioambiental do município, com ranking dos 
pontos fortes e fracos nos serviços e estruturas públicas. 
• Elaboração de um Diagnóstico Participativo do Plano Diretor: estudo deta­
lhado do Plano Diretor, com captação de informações técnicas, escuta e recolha de 
contribuições advindas da população, dos(as) vereadores(as), dos(as) secretá­
rios(as) e do prefeito. 
• Revisão do Plano Diretor (PD): de modo a alinhá-lo com a Agenda 2030 e os
seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com definição de diretrizes, 
ações estratégicas e mapas síntese. 
• Fórum de Lançamento
• Projeto de Lei do Plano Diretor Participativo (PDP)
O objetivo comum do município tem sido pensar em construir a cidade do 
futuro, que seja melhor para todos e todas, e não apenas a cidade dos interesses 
econômicos momentâneos. Para isso, Taquaritinga do Norte está buscando uma 
simbiose e uma sintonia entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento 
social, de forma a garantir a sustentabilidade municipal, a médio e longo prazos. 
Para conhecer melhoro resultado desse trabalho, acesse: http://www.taquaritingadonorte.pe.gov.brlplanoDiretor.pdf 
21 
http://www.taquaritingadonorte.pe.gov.brlplanoDiretor.pdf
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 01 1 A AGENDA 2030 E OS OBJETIUOS DE DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
PREFEITURA MUNICIAPL DE TAQUARITINGA DO NORTE. Plano Diretor de Taquaritinga do 
Norte. Disponível em: http://www.taquaritingadonorte.pe.gov.br/planoDiretor.pdf . 
Acesso em 24 de novembro de 2021. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
PNUD. Guia de Territorialização e Integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentá­
vel. Coletânea Territorialização dos ODS. Brasília: PNUD, 2021. Disponível em: 
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-
petrobras-lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html . Acesso em: 17 de 
dezembro de 2021.
PNUD. Cartilha de Perguntas e Respostas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Susten­
tável. Disponível em: http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/car­
tilha-de-perguntas-e-respostas-dos-ods.html . Acesso em 24 de novembro de 2021. 
PNUD, CNM. Guia para Integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nos 
Municípios Brasileiros. Brasília: PNUD, 2017. Disponível em: https://www.cnm.org.br/in­
dex.php/biblioteca/exibe/2855 . Acesso em 24 de novembro de 2021. 
CNM. Confederação Nacional de Municípios. Guia para localização dos Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável nos Municípios Brasileiros. O que os gestores municipais 
precisam saber. Brasília: 2016. Disponível em: https://www.cnm.org.br/cms/bibliote­
ca/ODS-Objetivos_de_Desenvolvimento_Sustentavel_nos_Municipios_Brasileiros.pdf . 
Acesso em 24 de novembro de 2021. 
UNESCO. Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Unesco: 2017. 
Disponível em: https://ods.imvf.org/wp-content/uploads/2018/12/Recursos-ods-objetivos-
aprendizagem.pdf . Acesso em 24 de novembro de 2021.
GLOSSÁRIO 
ODS -Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
ODM -Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 
CONDEPE/FIDEM -Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco 
PD -Plano Diretor 
PPA -Plano Plurianual 
LOA -Lei Orçamentária Anual 
LDO -Lei de Diretrizes Orçamentárias 
22 
http://www.taquaritingadonorte.pe.gov.br/planoDiretor.pdf
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/car�tilha-de-perguntas-e-respostas-dos-ods.html
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/car�tilha-de-perguntas-e-respostas-dos-ods.html
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/car�tilha-de-perguntas-e-respostas-dos-ods.html
https://www.cnm.org.br/in�dex.php/biblioteca/exibe/2855
https://www.cnm.org.br/in�dex.php/biblioteca/exibe/2855
https://www.cnm.org.br/in�dex.php/biblioteca/exibe/2855
https://www.cnm.org.br/cms/bibliote�ca/ODS-Objetivos_de_Desenvolvimento_Sustentavel_nos_Municipios_Brasileiros.pdf
https://www.cnm.org.br/cms/bibliote�ca/ODS-Objetivos_de_Desenvolvimento_Sustentavel_nos_Municipios_Brasileiros.pdf
https://www.cnm.org.br/cms/bibliote�ca/ODS-Objetivos_de_Desenvolvimento_Sustentavel_nos_Municipios_Brasileiros.pdf
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-petrobras-lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-petrobras-lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-petrobras-lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html
https://ods.imvf.org/wp-content/uploads/2018/12/Recursos-ods-objetivos-aprendizagem.pdf
MÓDULO2
MODULO 02 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE 
INTEGRAÇÃO DOS ODS 
UNIDADE 1: METODOLOGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA 
AUALIAÇÃO RÁPIDA INTEGRADA 
CRAPID INTEGRATED ASSESSMENT - RIA) 
1.1. AUALIAÇÃO RÁPIDA INTEGRADA 
CRAPID INTEGRATED ASSESSMENT - RIA) 
UNIDADE 2: A IMPORTÂNCIA DE IDENTIFICAR PROJETOS 
ACELERADORES DO DESENUOLUIMENTO 
2.1. O QUE SÃO POLÍTICAS E PROJETOS ACELERADORES DO 
DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
UNIDADE 1: METODOLOGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA 
AUALIAÇÃO RÁPIDA INTEGRADA CRAPID INTEGRATED ASSESSMENT - RIA) 
Objetivo de Aprendizagem: 
Entender como a Avaliação Rápida Integrada, ou Rapid Integrated Assessment CRIA), cons­
titui-se em uma ferramenta para auxiliar os estados e municípios a avaliarem o seu nível 
de preparação para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
1.1. AUALIAÇÃO RÁPIDA INTEGRADA CRAPID INTEGRATED ASSESSMENT - RIA) 
A Avaliação Rápida Integrada, ou Rapid Integrated Assessment (RIA, em 
inglês), é um método de análise desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas 
para o Desenvolvimento (PNUD) e se constitui em uma ferramenta cujo objetivo é 
auxiliar os países, estados e municípios a avaliarem seu nível de preparação para a 
implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 
O conjunto de ferramentas utilizadas na RIA oferece etapas e modelos 
claros para os gestores públicos conduzirem um diagnóstico integrado rápido dos 
ODS, para determinar sua relevância para o contexto do país, tanto em nível nacio­
nal, quanto em subnacional e as interligações entre metas. É o primeiro passo na 
24 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
definição do roteiro de um país, um estado ou um município para implementar os 
ODS. Outros especialistas - em particular agências multilaterais e bilaterais, ONGs 
e sociedade civil - podem igualmente encontrar esse conjunto de ferramentas útil 
no desenvolvimento de planos para implementar os ODS em apoio aos governos. 
A RIA realiza um mapeamento dos ODS nas prioridades nacionais e subna­
cionais, para determinar como eles estão refletidos nos objetivos e nas metas dos 
documentos de planejamento governamental - Planos Plurianuais (PPAs), Plano 
Diretor, Planos Nacionais de Desenvolvimento, Planos Setoriais, Agendas de Desen­
volvimento Local etc. - facilitando a compreensão da Agenda e o diálogo necessário 
para dar início à fase de implementação. O resultado desse mapeamento propor­
ciona uma visão geral indicativa do nível de alinhamento dos planos de desenvolvi­
mento com as metas dos ODS. 
Essa metodologia ajuda os países, estados e municípios a determinarem 
sua prontidão para implementar os ODS. Além disso, fornece um rápido retrato do 
nível de alinhamento entre planos/estratégias (em nível nacional ou subnacional) e 
metas ODS. Ajuda também a identificar interligações entre metas de ODS e áreas 
para coordenação multissetorial em potencial. 
Esse exercício permite visualizar, de maneira prática, onde estão as maio­
res fortalezas para o alcance da Agenda 2030 nos âmbitos municipal, estadual e 
federal, bem como onde estão os maiores gargalos. 
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO RÁPIDA INTEGRADA 
• Disponibilizar orientações sobre a relevância do alinhamento dos
instrumentos de planejamento nacionais e subnacionais às metas dos 
ODS. 
25 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
• Indicar prioridades de desenvolvimento.
• Fornecer opções para a aplicação de uma abordagem integrada, a
fim de alcançar o Desenvolvimento Sustentável.
• Proporcionar um indicativo do nível de alinhamento entre as metas
do planejamento do governo e as metas dos ODS.
• Identificar desafios e oportunidades para a implantação da Agenda
2030.
É importante destacar que muitas das ações necessárias para alcançar os 
ODS já estão sendo realizadas nas mais diversas localidades brasileiras, ainda que 
não existam conexõesformais com os ODS. 
Com a RIA, é possível que um município, por exemplo, identifique quais 
ações de seu PPA já estão sendo implementadas e dialogam com a Agenda, bem 
como observar áreas em que os ODS ainda não são direta ou indiretamente con­
templados. 
METODOLOGIA 
Conforme já vimos, a Avaliação Rápida Integrada (RIA) tem por objetivo 
verificar o nível de alinhamento entre os instrumentos de planejamento e os ODS. 
O PNUD Brasil tem aplicado essa técnica para avaliar Planos Plurianuais 
(PPA) de estados e municípios brasileiros. Nesse sentido, o PPA é um instrumento 
obrigatório de planejamento governamental, previsto na Constituição Federal de 
1988 (art. 165), que deve estabelecer diretrizes orçamentárias, programas, objeti-
26 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
vos e ações norteadoras da administração para um período de quatro anos. Suas 
estruturas ditam o marco de planejamento do município, apresentando uma ideia 
clara e geral das prioridades de médio prazo, incluindo as ações necessárias para 
cumprir seus objetivos. 
O ideal é que todos os entes federativos, de forma colaborativa e conjunta, 
busquem a convergência de seu planejamento e das respectivas políticas públicas 
com os ODS, para alcançar as metas previstas na Agenda 2030. 
A RIA aplicada a um Plano Plurianual avalia principalmente os seguintes 
quesitos: 
i) número de metas alinhadas e níveis de alinhamento entre os programas/as
ações do PPA e dos ODS; 
ii) distribuição das metas alinhadas entre os 5 P's que compõem a agenda (Pes­
soas, Planeta, Paz, Prosperidade e Parcerias); 
iii) resultados do alinhamento com as prioridades e especificidades locais.
Para avaliar o quanto o PPA analisado está alinhado aos ODS, a RIA procura 
a simetria de todos os programas/as ações do documento face às metas da Agenda 
2030, para então estabelecer a seguinte classificação: 
• Meta ODS totalmente alinhada: há um ou mais objetivos/ações do PPA corres­
pondentes à meta ODS avaliada, não somente em relação ao texto, mas também 
em relação ao alcance e à ambição. 
• Meta ODS parcialmente alinhada: há um ou mais objetivos/ações do PPA corres­
pondentes à meta ODS avaliada, mas não plenamente - seja por alcance, seja por 
ambição-, ou não existem indicadores que meçam o seu progresso. 
• Meta ODS não alinhada: não existe um objetivo/uma ação equivalente à meta
ODS avaliada. 
27 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
• Meta ODS não relevante: a meta ODS não cabe nem aos deveres, nem às compe­
tências, nem às condições do ente federativo avaliado. Algumas metas se referem 
apenas ao país ou governo federal, o que a torna inadequada para o âmbito subna­
cional. Em outros casos, pode se tratar também de uma meta que não diz respeito 
à realidade analisada, como, por exemplo, uma meta relacionada ao oceano e à 
vida marinha para municípios não costeiros. 
A partir dessa classificação do nível de alinhamento dos programas/das 
ações às metas dos ODS (totalmente alinhada, parcialmente alinhada, não alinhada 
e não relevante), constrói-se uma tabela e um gráfico , a fim de apresentar os resul­
tados e subsidiar análises posteriores. 
Veja a seguir um exemplo de Tabela de alinhamento de um PPA aos ODS: 
28 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
ODS 
"ETAS "ETAS "ETAS 
CONSIDERADAS PARCIAL"ENTE TOTAL"ENTE 
AUNHADAS ALINHADAS 
1. Erradicação da Pobreza 5 1 3 
2. Fome Zero e Agricultura Sustentável 6 o 2 
3. Saúde e bem-estar 11 3 4 
4. Educação de qualidade 9 2 7 
5. Igualdade de gênero 9 2 o 
6. Água potável e saneamento 8 o 1 
7. Energia limpa e acessível 5 1 o 
8. Trabalho decente e 11 4 3 crescimento econômico
9. Indústria, inovação e infraestrutura 4 3 o 
10. Redução das desigualdades 4 2 2 
11. Cidades e comunidades sustentáveis 9 o 6 
12. Consumo e produção responsáveis 9 o 2 
13. Ação contra a mudança do clima 3 2 o 
14. Vida na água 8 2 1 
15. Vida terrestre 10 2 1 
16. Paz, Justiça e Instituições eficazes 10 2 4 
17. Parcerias e meios de implementação 7 o 4 
TOTAL 128 24 40 
Tabela 1: Porcentagem de alinhamento de um PPA aos ODS 
ma 
llfflm, .. , ... if•j-j•@ 29 
¼ DE 
ALINHA"ENTO 
80 
33 
64 
100 
22 
13 
20 
64 
75 
100 
67 
22 
67 
38 
20 
50 
57 
50 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
Os gráficos em radar são utilizados para ilustrar a "mancha de alinhamen­
to". Segundo esse método RIA, quanto mais completo o gráfico com a mancha colo­
rida, ou seja, quanto mais próximo às bordas, mais alinhado estaria o PPA em rela­
ção aos ODS. Lado outro, quanto maior o espaço em branco, menor o alinhamento. 
Os gráficos também ilustram dois tipos de manchas: a porcentagem de 
metas ODS que se alinharam parcialmente com as metas PPA (onde existem um ou 
mais objetivos/ações municipais que correspondem à meta ODS avaliada, mas não 
correspondem plenamente, seja por alcance ou ambição, ou não existem indicado­
res que meçam o seu progresso) e a porcentagem de metas que se alinharam total­
mente (existem um ou mais objetivos/ações municipais que correspondem à meta 
ODS avaliada, não somente em relação ao texto, mas também em relação ao alcan­
ce e à ambição). 
Figura 4: Porcentagem de alinhamento das metas dos DDS com o PPA, 
por nível de alinhamento (metas parcialmente, totalmente e totalmente + parcialmente alinhadas) 
■ Totalmente+ Parcialmente ■ Totalmente ■ Parcialmente
ODS 17 
ODS 16 
ODS 1 
100% 
90% 
80% 
70% 
ODS 2 
0D53 
ODS 15 00S4 
0D514 ODS 5 
ODS 13 0D56 
ODS 12 
ODS 11 00S8 
ODS 10 ODS 9 
Fonte: PNUD. 
30 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
ALINHAMENTO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO AOS 
5 P'S DA AGENDA 2030 
Com o cruzamento do instrumento de planejamento analisado e as metas 
da Agenda 2030, também é importante avaliar a distribuição das metas entre os 5 
P's da Agenda (Pessoas, Planeta, Paz, Prosperidade e Parcerias). Cada uma das 169 
metas possui uma porcentagem de cada um dos 5 P's, obedecendo a uma propor­
cionalidade que se relaciona à sua natureza temática. Ao gerar a correspondência 
dos objetivos/das ações de um PPA com as metas ODS, é possível verificar o grau 
de alinhamento das prioridades do governo em relação a essas áreas. 
Na etapa de distribuição das metas entre os 5 Ps da agenda, também são 
construídas tabelas e gráficos para apresentar os resultados e subsidiar análises 
posteriores. 
P"S n• DE RETAS RETAS ¼ DE 
POR P"S ALINHADAS AUNHARENTO 
Pessoa 84 45 54 
Planeta 80 23 29 
Prosperidade 67 20 30 
Paz 34 20 59 
Parcerias 66 10 15 
Fonte: PNUD. 
Tabela 2: Porcentagem de alinhamento de um PPA com os 5 P's da Agenda 2030 
31 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
Figura 5: Gráfico de porcentagem de alinhamento das metas dos DDS com o PPA 
Parcerias Planeta 
Paz Prosperidade 
Fonte: PNUD. 
O ideal seria encontrar um equilíbrio entre os 5 P's, porém, a priorização de 
uma área ou outra em determinado município pode estar relacionada a especifici­
dades locais, evidenciando quais temáticas necessitam de maiores investimentos 
em médio prazo. 
MONITORAMENTO DO PPA À LUZ DA AGENDA 2030 
Ao estabelecer ações e programas de um território por um período de 4 
anos, o PPA também identifica os órgãos públicos responsáveis por suaexecução. 
Ele também define objetivos e detalha as ações de cada programa, com um indica­
tivo orçamentário sobre as previsões de receita e de despesas do município. É 
essencial que conste também no PPA os indicadores de monitoramento das ações 
ao longo dos quatro anos. 
32 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
Os indicadores de acompanhamento presentes no PPA serão importantes 
aliados para medir a evolução e o progresso das ações planejadas. O monitoramen­
to anual contribui para a revisão e reorientação de políticas, programas e projetos 
que não estejam trazendo os resultados desejados. 
É importante também que os indicadores das metas sejam pensados, 
dentro do possível, com base nas metas dos ODS correspondentes. Como as metas 
da Agenda são para 2030, o PPA pode adaptá-las para os próximos 4 anos de sua 
vigência. Nada impede também que o governo crie metas novas, além das metas 
ODS. 
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável podem ser utilizados como 
uma poderosa ferramenta de implementação de políticas públicas, visto que 
contêm objetivos, metas e indicadores que podem ser facilmente adaptados a dife­
rentes realidades. 
33 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
PNUD. Diagnóstico Integrado Rápido. Para facilitar a integração dos ODS nos planos 
nacionais e locais. Tradução PNUD Brasil: 2017. Disponível em: https://drive.google.com/­
drive/folders/1 zYHvgvY84884xnRg74yuFwuXCy8BvcZJ . Acesso em 24 de novembro de 
2021. 
UNDP. RAPID INTEGRATED ASSESSMENT (RIA). To facilitate mainstreaming of SDGs into 
national and local plans. UNDP, 2017. Disponível em: https://drive.google.com/drive/fol­
ders/1 zYHvgvY84884xnRg74yuFwuXCy8BvcZJ . Acesso em 24 de novembro de 2021. 
PNUD. Avaliações Rápidas Integradas de Planos Plurianuais dos Municípios do Projeto 
Territorialização e Aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Petrobras, 
PNUD: 2020. Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1 zYHvgvY84884xnR­
g74yuFwuXCy8BvcZJ . Acesso em 24 de novembro de 2021. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
PNUD. Avaliações Rápidas Integradas de Planos Plurianuais dos Municípios do Projeto 
Oeste 2030: Cooperação para o desenvolvimento sustentável. Itaipu Binacional, PNUD: 
2019. Disponível em: https://oestepr2030.org.br/wp-content/uploads/2020/07/10-Relato
%CC%81rio-Ibema.pdf . Acesso em: 17 de dezembro de 2021.
34 
https://drive.google.com/�drive/folders/1
https://drive.google.com/�drive/folders/1
https://drive.google.com/�drive/folders/1
https://drive.google.com/drive/fol�ders/1
https://drive.google.com/drive/fol�ders/1
https://drive.google.com/drive/fol�ders/1
https://drive.google.com/drive/folders/1
https://oestepr2030.org.br/category/avaliacao-rapida-integrada-ria/.Acesso
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
UNIDADE 2: A IMPORTÂNCIA DE IDENTIFICAR 
PROJETOS ACELERADORES DO DESENUOLUIMENTO 
Objetiva de Aprendizagem: 
Conhecer a importância de identificar áreas integradas de trabalho na elaboração de 
políticas e projetos aceleradores do desenvolvimento humano e sustentável. 
2.1. O QUE SÃO POLÍTICAS E PROJETOS ACELERADORES DO DESENUOLUIMENTO 
HUMANO E SUSTENTÁUEL 
Nesta Unidade, vamos compreender um pouco mais sobre como o seu mu­
nicípio pode contribuir para colocar em prática a Agenda 2030, a partir da perspec­
tiva da identificação de aceleradores, ou seja, políticas, programas e projetos em 
temáticas prioritárias e integradas, que ajudam o território a se desenvolver de 
forma mais rápida e eficaz. Vamos também aprender a identificar os gargalos de 
desenvolvimento, ou seja, os entraves que podem atrasar o processo, assim como 
as soluções possíveis. 
É importante lembrar sempre que os ODS trazem metas para o desenvolvi­
mento de forma plena e sustentável, com crescimento econômico e social, mas 
sem danificar o meio ambiente e sem deixar ninguém para trás. Assim, é primordial 
que os municípios, estados e países planejem caminhos para atingir essas metas 
até 2030! 
Nesse caminho, é preciso que esses Objetivos e Metas, traçados na Agenda 
2030, entrem nos planejamentos dos mais diversos setores, tais como governos 
nacionais e subnacionais, organizações da sociedade civil, empresas e universida­
des. 
Cada um desses setores precisa conhecer também os seus indicadores 
sociais, econômicos e ambientais locais, avaliar quais são suas prioridades e plane­
jar programas, projetos e ações adequados, firmar parcerias, executar e monitorar. 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
No momento de pensar em políticas e projetos, é muito importante criar estraté­
gias para que os ODS trabalhados sejam alcançados de forma mais rápida. 
Para elaborar uma política, um programa ou um projeto real­
mente impactante, é preciso traçar atividades integradas e mul­
tissetoriais, que conversem com vários ODS ao mesmo tempo e 
provoquem a aceleração do desenvolvimento. 
Essas estratégias para alcançar os ODS de forma mais eficiente e mais 
rápida são chamadas de Aceleradores. A ideia é que o município consiga criar 
ferramentas e soluções para alcançar mais rapidamente as Metas e promover o 
Desenvolvimento Humano e Sustentável. 
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA (PBF) 
Um exemplo de iniciativa aceleradora do desenvolvimento 
O PBF é um excelente exemplo de iniciativa aceleradora, pois impacta 
várias áreas do desenvolvimento ao mesmo tempo, de forma inte­
grada e articulada. 
Seu objetivo é contribuir para o combate à pobreza (ODS 1), a pro­
moção da segurança alimentar e nutricional da população brasileira 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
(ODS 2) e para promover o acesso à rede de serviços públicos, em 
especial, saúde (ODS 3), educação e assistência social (ODS 4 e 5).
A transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza. As 
condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas 
áreas de educação, saúde e assistência social. 
Na área de educação 
Os responsáveis devem matricular as crianças e os adolescentes de 6 
a 17 anos na escola. A frequência escolar deve ser de, pelo menos, 
85% das aulas para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos e de 75% 
para jovens de 16 e 17 anos, durante o período letivo. 
Na área de saúde 
Os responsáveis devem levar as crianças menores de 7 anos para 
tomar as vacinas recomendadas pelas equipes de saúde, para pesar, 
medir e fazer o acompanhamento do crescimento e desenvolvimen­
to, a cada 6 meses, conforme calendário. As gestantes devem fazer o 
pré-natal e ir às consultas na Unidade de Saúde. 
Na área de igualdade de gênero 
O Programa Bolsa Família (PBF), desde sua criação, prioriza as mul­
heres como responsáveis pelo recebimento do benefício financeiro. 
O acesso à renda pela mulher amplia o seu poder de decisão e gera 
mais autonomia, na medida em que permite à mulher participar da 
provisão financeira do lar, tarefa tradicionalmente masculina. O obje­
tivo é também auxiliar as mulheres a não se sujeitarem a relações 
violentas com seus parceiros. 
Articulação com outras políticas públicas 
Promove o atendimento de seus beneficiários por outras políticas e 
outros programas sociais, de forma a majorar suas possibilidades de 
melhoria de vida. Essa articulação se realiza por meio do Cadastro 
Único para Programas Sociais do governo federal. 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOSAO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
O PBF é um excelente exemplo de projeto com efeitos catalisadores ou 
"aceleradores", que pode desencadear efeitos múltiplos entre os ODS e as suas 
metas, bem como soluções para os gargalos que impediam o desempenho das 
intervenções identificadas. 
Os projetos com efeitos catalisadores têm como pontos princi­
pais a ação integrada e a racionalização dos investimentos, de 
acordo com a realidade econômico-social de cada município. 
Para que o município contribua com o alcance da Agenda 2030 e acelere 
seu desenvolvimento, é fundamental levar em consideração os contextos locais. 
Para que isso aconteça, é necessária uma adaptação dos ODS às necessidades 
regionais e locais, sobretudo em um país heterogêneo e com desigualdades territo­
riais tão acentuadas como o Brasil. Cada município, de cada região, possui desafios 
próprios, que podem ou não ser similares aos de outros locais. 
Assim, identificar aceleradores de desenvolvimento é um caminho eficien­
te, que permite um planejamento e um acompanhamento sistemático das ações, 
contribuindo não apenas para o alcance das metas ODS em si, mas também para 
organizar recursos e parcerias de forma responsável. 
Desenvolver as etapas de identificação de aceleradores permite visualizar 
meios para a transformação do município em médio prazo, com uma visão de 
futuro e um desenvolvimento resiliente, inclusivo e integral. Dessa forma, estabele­
cem-se objetivos programáticos em função dos ODS, integrando as dimensões eco­
nômica, social e ambiental, de forma realista, planejada e centrada nas pessoas. 
No próximo Módulo, vamos aprender como identificar aceleradores, meios 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
de implementação, gargalos e soluções. Assim, será possível criar um planejamen­
to integral que inclua políticas e projetos para acelerar o cumprimento dos ODS, 
segundo as prioridades estratégicas do município. 
Você pode também ler o "Guia de Identificação de Aceleradores para o Pro­
gresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", manual criado pelo PNUD 
Brasil em 2021, no âmbito do Projeto Territorialização e Aceleração dos ODS (PNU­
D/Petrobras). 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AO DESENUOLUIMENTO HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 02 1 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO DOS ODS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
PNUD. Guia de Identificação de Aceleradores para o Progresso dos Objetivos de Desenvol­
vimento Sustentável. PNUD, Petrobras: 2021. Disponível em: https://www.br.undp.org/
content/brazil/pt/home/search.html?q=Guia+de+Identifica%C3%A7%C3%A3o+de
+Aceleradores+para+o+Progresso+dos+Objetivos+de+Desenvolvimento+Sustent%C3%
A1vel . Acesso em: 17 de dezembro de 2021. Acesso em 24 de novembro de 2021. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
PNUD. Avaliação de Aceleradores e Gargalos dos ODS. Nova Iorque: 2017. Disponível em: 
https://drive.google.com/drive/folders/1 BQUSP8Qvriv5fPePHeuqbymMUrJ1 PSeA . Acesso 
em 24 de novembro de 2021. 
GLOSSÁRIO 
ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 
PBF - Programa Bolsa Família 
40 
https://www.br.undp.org/�content/dam/brazil/docs/guias/Coletanea0DS_livro4_PROVA%20FINAL_V2.pdf
https://www.br.undp.org/�content/dam/brazil/docs/guias/Coletanea0DS_livro4_PROVA%20FINAL_V2.pdf
https://www.br.undp.org/�content/dam/brazil/docs/guias/Coletanea0DS_livro4_PROVA%20FINAL_V2.pdf
https://drive.google.com/drive/folders/1
MÓDULO3
MÓDULO 03 
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS. PROGRAMAS E PROJETOS 
UDLTADDS AD DESENUDLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
UNIDADE 1: ETAPAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE 
ACELERADORES E ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS. 
PROGRAMAS E PROJETOS DE DESENUDLUIMENTD 
HUMANO E SUSTENTÁUEL 
1.1 DEFINIR O PROBLEMA A SER ENFRENTADO 
1.2 IDENTIFICAR ACELERADORES DO DESENUOLUIMENTO 
1.3 ENCONTRAR DESAFIOS E GARGALOS 
1.4 IDENTIFICAR IMPULSIONADORES PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS 
UNIDADE 2: CASOS PRÁTICOS DE ELABORAÇÃO DE 
PROJETOS PARA D DESENUDLUIMENTD HUMANO E 
SUSTENTÁUEL EM MUNICÍPIOS BRASILEIROS 
2.1. CASOS PRÁTICOS EM ÂMBITO SUBNACIONAL 
UNIDADE 1: ETAPAS PARA A IDENTIFICAÇÃO 
DE ACELERADORES E ELABORAÇÃO DE PDLÍTICAS
1 
PROGRAMAS E PROJETOS 
DE DESENUDLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
Objetiva de Aprendizagem: 
Aprender as etapas necessárias à elaboração de projetos aceleradores do Desenvolvi­
mento Humano e Sustentável. 
Um projeto pode ser entendido como um empreendimento planejado que 
consiste em um conjunto de atividades inter-relacionadas e coordenadas, para 
alcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamento e um período. 
A exigência de uma gestão "eficaz, eficiente e efetiva" dos projetos e pro­
gramas sociais é categórica. Nesse sentido, faz-se necessário o desenvolvimento de 
uma cultura voltada para a Elaboração, o Monitoramento e a Avaliação, que com­
preenda tais processos como práticas adequadas ao aperfeiçoamento do processo 
de tomada de decisão na gestão dos projetos. 
Alguns pontos para pensar antes de começar: 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
Conhecer o contexto que será trabalhado: a gestão pública deve 
conhecer o contexto social e econômico no qual pretende atuar; estu­
dar como criar alternativas para reverter ou amenizar a situação-pro­
blema enfocada e ter uma noção realista de qual é o esforço necessá­
rio e de quanto custa a intervenção. É preciso ter clareza na apresenta­
ção do problema em foco e das alternativas escolhidas para enfrentá­
-lo, de forma que fique explícito para o/a avaliador/a quais são os 
resultados e impactos esperados. 
Competência técnica: é necessário competência técnica para propor, 
conduzir e avaliar intervenções, seja por meio da capacitação dos ges­
tores públicos, seja por meio da contratação de consultoria externa ou 
da cooperação técnica de outros organismos. Também é essencial que 
a equipe conheça bem o conceito de Desenvolvimento Humano, os 17 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as suas 169 metas. 
Compreender e incorporar o conhecimento acumulado pelos pró­
prios beneficiários: consultar os beneficiários e demais atores que 
vivenciam cotidianamente a situação-problema. Os métodos partici­
pativos de planejamento, gestão e avaliação são muito importantes. 
Efetividade das ações: para além da utilização correta dos recursos, 
as ações previstas em uma política, um programa ou um projeto 
devem promover uma mudança positiva na situação-problema traba­
lhada. 
Compromisso ético: exige que as ações tenham resultados efetivos, 
que possam contribuir para a transformação positiva das condições 
sociais e que estejam comprometidas com os anseios do público-alvo. 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
Para elaborar políticas, programas e projetos em áreas prioritárias e de 
forma aceleradora do desenvolvimento, será preciso conhecer os indicadores 
sociais, econômicos e ambientais locais, avaliar quais são as prioridades, planejar 
ações adequadas, firmar parcerias, executar e monitorar. No momento de traçar as 
ações, é muito importante criar estratégias para que os ODS trabalhados sejam 
alcançados de forma mais rápida. Esses projetos devem incluir atividades inte­
gradas e multissetoriais,que impactam vários ODS ao mesmo tempo e provocam a 
aceleração do desenvolvimento. 
Veja a seguir um passo a passo das etapas necessárias no planejamento 
desses tipos de políticas e projetos. 
ETAPA 1 - DEFINIR O PROBLEMA A SER ENFRENTADO 
Para a caracterização da situação-problema, é necessário reunir informa­
ções atualizadas, que possam descrevê-la em termos quantitativos e qualitativos. 
Para isso, são precisos "indicadores" que possam auxiliar na construção do cenário 
do projeto com maior precisão. 
Para identificar um problema, uma carência, é preciso organizar as infor­
mações disponíveis sobre a situação, reunir-se com outros interessados e tentar 
caracterizar o problema a partir de vários pontos de vista. 
As ações só poderão ser traçadas a partir da análise profunda do problema, 
das suas causas e dos seus efeitos. Para tornar o projeto um vetor de aceleração do 
desenvolvimento, as ações deverão responder ao problema de forma integral, mul­
tissetorial, multidisciplinar e efetiva. Essas ações, além de responderem ao proble­
ma, devem contribuir para alcançar os resultados esperados. 
Quando definimos um problema que queremos enfrentar, é muito impor­
tante analisar também se é uma prioridade local para o desenvolvimento. Para 
governos municipais com poucos recursos, a efetividade na alocação de recursos 
tem que ser muito bem pensada, então é melhor identificar problemas prioritá­
rios. 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
ETAPA 2 - IDENTIFICAR ACELERADORES 
Se os indicadores mostram, por exemplo, uma grande taxa de analfabetis­
mo entre jovens e adultos (Meta 4.6 do ODS 4) e esse é um problema prioritário, 
então é hora de traçar ações integradas e multissetoriais para solucionar esse pro­
blema de forma mais rápida e mais eficiente. Esses jovens e adultos analfabetos ou 
semianalfabetos, além da educação, precisam também de materiais escolares, de 
uma renda básica e de oportunidades de trabalho e renda. 
SAIBA MAIS 
A promoção da igualdade de gênero e do empoderamento das 
mulheres é uma área fundamental para investimento, a fim de 
acelerar o progresso dos ODS. 
Uma área-chave atrasada em muitos países, e no Brasil, é a promoção 
da igualdade de gênero (ODS 5). Em todos os municípios, existem 
muitas mulheres que sofrem pela falta de autonomia econômica, pela 
falta de acesso a serviços públicos e pela violência doméstica. 
Dito isso, países que investiram em aceleradores e promovem a igual­
dade de gênero e o empoderamento das mulheres (ODS 5) tiveram 
como resultado um crescimento mais rápido, sustentável e inclusivo. 
Ao capacitar economicamente mulheres, oferecer serviços básicos de 
apoio como creches e oportunidades de emprego e renda, o municí­
pio contribui com a redução da violência doméstica e feminicídio (ODS 
5 e 16), reduz das doenças mentais e internações (ODS 3), o aumento 
de renda (ODS 8) e combate a pobreza (ODS 1) e a fome (ODS 2). 
Esse é um efeito multiplicador que, se for adotado em todos os muni­
cípios, pode contribuir para o crescimento econômico do país e o 
desenvolvimento humano das mulheres e de seus filhos. 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
O que não fazer na hora de identificar problemas e aceleradores 
A identificação de problemas e aceleradores deve ser bem focada e especí­
fica. Dessa maneira, escolher problemas de forma muito ampla, por exemplo, "edu­
cação de má qualidade", geraria a necessidade de se traçar uma quantidade muito 
grande de ações e de aceleradores, o que dificultaria a execução da política ou do 
projeto. 
Assim, o melhor caminho é fechar mais o foco na parte central do proble­
ma e planejar algo como, por exemplo, "diminuir a evasão escolar de alunos da área 
rural". Dessa forma mais específica, é possível criar indicadores sólidos e planejar 
ações integradas e multissetoriais para um público-alvo determinado. 
ETAPA 3 - IDENTIFICAR DESAFIOS E GARGALOS 
Quando forem identificados os problemas e um possível projeto acelera­
dor do desenvolvimento, é preciso vislumbrar se existirão desafios e gargalos 
nesse caminho. Esses desafios podem ser questões do próprio município ou de 
âmbito regional, podem ser econômicos, socioculturais, políticos e/ou ambientais 
e, ainda, podem resultar de questões legais, políticas, institucionais e/ou de capaci­
dade local. São fatores que poderiam prejudicar a implementação do projeto. 
ETAPA 4 - IDENTIFICAR IMPULSIONADORES PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS 
Após a identificação de possíveis desafios que prejudicariam o progresso 
de uma política ou um projeto acelerador do desenvolvimento, será necessário 
identificar formas de romper com os problemas detectados. Essas ações para 
enfrentar os desafios e gargalos podem ser chamadas de "impulsionadores". 
Esses desafios e gargalos podem ser a falta de capacidade técnica da 
equipe para implementar determinado projeto, a falta de professores qualificados 
no município para dar determinadas capacitações, a carência de recursos financei-
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
ros, entre outros. Soluções precisam ser buscadas! E sempre se lembrem de como 
as parcerias podem ser importantes nessa hora. 
Efeitos multiplicadores de aceleradores e impulsionadores 
O ideal é que os projetos aceleradores do desenvolvimento permitam o 
progresso de um ODS específico e de outros associados a ele, de forma a promover 
um efeito multiplicador de resultados. Nesse sentido, é preciso avaliar em quais 
metas ODS o acelerador se encaixa e ponderar se ele poderia contribuir com várias 
ao mesmo tempo. 
Veja a seguir um quadro que serve de exemplo para avaliar como um acele­
rador e os seus impulsionadores podem contribuir para várias metas ODS. Esse 
modelo ajuda também a enxergar se o projeto proposto está contribuindo para as 
três dimensões do Desenvolvimento Sustentável. 
ACELERADOR COIITRIBUIÇÃO DIRETA EIIUILÍBRIO En'TIE GERAL 
cnútlERO DE AS TRÊS DIIIEnSÕES CEIIUILÍBRIO En'TIE 
IIETAS ODS) AS TIÊS DIIIEnSÕES> 
ECOnÔIIICA SOCIAL AIIBIEnTAL 
Empreendedorismo 7 V' V' X 2 
e inovação 
Gestão sustentável de 
15 3V' V' V' 
recursos naturais 
Transferências 
5 3V' V' V' 
monetárias 
Empoderamento 
6 X 2V' V' 
dejovens 
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2017 (pág. 15). 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
OUTRAS ETAPAS NECESSÁRIAS: 
• Avaliação da capacidade do governo de implementar as ações
definidas na política ou no projeto. 
• Mensuração do orçamento necessário e planejamento dos pontos
iniciais, de forma a determinar a forma mais eficiente de utilizar esses 
recursos. 
• Desenvolvimento de estratégias de monitoramento e avaliação
da política ou do projeto, estimando a trajetória de implementação, 
estabelecendo um calendário regular de reuniões para monitorar as 
entregas, avaliando o progresso e resolvendo os desafios de imple­
mentação que possam surgir. Sugere-se aqui a abordagem da Gestão 
Baseada em Resultados (Results-Based Management, RBM), para con­
centrar os esforços de monitoramento e a avaliação de soluções na 
medição de resultados, em comparação com o objetivo de desenvolvi­
mento identificado e com as metas dos ODS envolvidas. 
Na hora de colocar tudo no papel, não se esqueça de: 
• promover processos de escuta da população,para entender melhor o
problema e traçar, de forma otimizada, todas as frentes que precisam ser solucio­
nadas. Lembre-se de que projetos aceleradores do desenvolvimento são integra­
dos, multissetoriais e multidisciplinares, ou seja, ajudam no progresso de vários 
ODS ao mesmo tempo; 
• deixar claro qual será o público-alvo do projeto, ou seja, seus beneficiá­
rios. E se lembre de que, quanto mais fechado e mais bem definido forem esses 
beneficiários, será mais fácil traçar ações e metas específicas. 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
•alinhar a justificativa, os objetivos e as metas do projeto aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável aos quais estão contribuindo, bem como às 
metas específicas que serão impactadas. Os ODS e as metas impactadas precisam 
estar mencionados de forma clara no documento. 
• definir e deixar claro qual secretaria/órgão da prefeitura será respon­
sável por cada vertente do projeto. 
No próximo Módulo, veremos como monitorar a implementação de políti­
cas, programas e projetos, para que os resultados sejam mensurados ano a ano e 
para que correções possam ser feitas. 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
PNUD. Guia de Identificação de Aceleradores para o Progresso dos Objetivos de 
Desenvol­vimento Sustentável. PNUD, Petrobras: 2021. Disponível em: https://
www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2020/pnud-e-petrobras-
lancam-coletanea-de-territorializacao-dos-objet.html . Acesso em: 17 de dezembro de 
2021.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
PNUD. Avaliação de Aceleradores e Gargalos dos ODS. Nova Iorque: 2017. Disponível em: 
https://drive.google.com/drive/folders/1BQUSP8Qvriv5fPePHeuqbymMUrJ1PSeA . Acesso 
em 24 de novembro de 2021. 
PNUD, CNM. Desenvolvimento de Capacidades: Elaboração de Projetos. Programa das 
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/Brasil) e Confederação Nacional de Muni­
cípios (CNM). Brasília: https://www.cnm.org.br/cms/biblioteca_antiga/Elabora%C3%A7%
C3%A3o%20de%20Projetos%20(2013).pdf . Acesso em 24 de novembro de 2021. 
50 
https://www.br.undp.org/�content/dam/brazil/docs/guias/Coletanea0DS_livro4_PROVA%20FINAL_V2.pdf
https://www.br.undp.org/�content/dam/brazil/docs/guias/Coletanea0DS_livro4_PROVA%20FINAL_V2.pdf
https://www.cnm.org.br/cms/bi�blioteca_antiga/Elabora%C3%A7%C3%A3o%20de%20Projetos%20
https://drive.google.com/drive/folders/1BQUSP8Qvriv5fPePHeuqbymMUrJ1PSeA
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
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UNIDADE 2: CASOS PRÁTICOS DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA O 
DESENUOLUIMENTO SUSTENTÁUEL EM MUNICÍPIOS BRASILEIROS 
Objetivo de Aprendizagem: 
Conhecer casos de projetos voltados ao desenvolvimento humano e sustentá­
vel em âmbito local. 
2.1. 2.1 CASOS PRÁTICOS EM ÂMBITO SUBNACIONAL 
Nesta Unidade, vamos compreender um pouco mais sobre como o seu mu­
nicípio pode contribuir para colocar em prática a Agenda 2030, a partir da perspec­
tiva da identificação de aceleradores, ou seja, políticas, programas e projetos em 
temáticas prioritárias e integradas, que ajudam o território a se desenvolver de 
forma mais rápida e eficaz. Vamos também aprender a identificar os gargalos de 
desenvolvimento, ou seja, os entraves que podem atrasar o processo, assim como 
as soluções possíveis. 
É importante lembrar sempre que os ODS trazem metas para o desenvolvi­
mento de forma plena e sustentável, com crescimento econômico e social, mas 
sem danificar o meio ambiente e sem deixar ninguém para trás. Assim, é primordial 
que os municípios, estados e países planejem caminhos para atingir essas metas 
até 2030! 
Nesse caminho, é preciso que esses Objetivos e Metas, traçados na Agenda 
2030, entrem nos planejamentos dos mais diversos setores, tais como governos 
nacionais e subnacionais, organizações da sociedade civil, empresas e universida­
des. 
Cada um desses setores precisa conhecer também os seus indicadores 
sociais, econômicos e ambientais locais, avaliar quais são suas prioridades e plane­
jar programas, projetos e ações adequados, firmar parcerias, executar e monitorar. 
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A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
PROJETO: COMBATE ÀS QUEIMADAS URBANAS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS 
Matões- MA 
Órgãos executores do projeto: parceria entre a Secretaria Municipal de 
Meio Ambiente, a Secretaria Municipal de Saúde, a Secretaria Municipal de Educa­
ção e a Polícia Militar. 
Objetivos: melhorar a qualidade do ar; diminuir os casos de doenças respi­
ratórias na população; proteger a rede de distribuição de energia elétrica; prevenir 
a morte de animais; evitar a poluição de nascentes com cinzas; evitar o empobreci­
mento do solo; prevenir outros acidentes e incêndios de maior proporção. 
Atividades integradas: 
Educação ambiental: palestras sobre a importância da eliminação de 
queimadas urbanas e da reutilização de materiais descartados, direcionadas a 
alunos da rede municipal e populações de bairros específicos que sofrem com os 
efeitos das queimadas. 
Estratégia de comunicação em parceria com a Secretaria de Saúde: 
para conscientizar a população sobre os danos causados à saúde das crianças e dos 
idosos, os mais afetados pelos efeitos das queimadas. 
Ações Ambientais: plantio de mudas em canteiros municipais; melhorias 
nos processos de reutilização e coleta de lixo; incentivo para que pequenos produ­
tores participem do Sistema Agroflorestal, um arranjo produtivo que prevê a coe­
xistência de culturas e/ou criação de pequenos animais com espécies da flora local. 
Resultados alcançados até o momento: redução das queimadas urbanas 
e consequente redução dos casos de pacientes com problemas respiratórios nos 
leitos dos hospitais. 
ODS trabalhados no projeto: 
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Fonte: https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/sustainable-development-goals.html . Acesso em: 17 de 
dezembro de 2021. 
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https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/sustainable-development-goals.html
A ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
MÓDULO 03 1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS UOLTADOS AD DESENUOLUIMENTD HUMANO E SUSTENTÁUEL 
PROJETO: SEMTHAS ITINERANTE - CARAVANA DO DESENVOLVIMENTO 
Serra Caiada - RN 
Órgãos executores do projeto: parceria entre a Secretaria Municipal de 
Trabalho, Habitação e Assistência Social, a Secretaria de Saúde, o Cartório Eleitoral 
Regional e outros órgãos e técnicos da Administração Pública. 
Objetivos: promover o Desenvolvimento Humano da população rural do 
município, por meio da ampliação de acesso à emissão de documentos, aos servi­
ços básicos de saúde, às capacitações e ao atendimento jurídico. 
Atividades integradas: levar equipamentos e equipes até as comunidades 
rurais do município, com fins de executar diversas ações, como: 
1. Emitir documentos: RG, Título de Eleitor.
2. Fazer testes rápidos de saúde: glicose, pressão etc.
3. Ministrar palestras: sobre diversos temas, como igualdade de gênero e
empreendedorismo 
4. Atendimento jurídico: consultas com advogados
5. Registros no Cadastro Único
Resultados alcançados até o momento: aumento do número de pessoas 
residentes na zona rural com documentos, sendo encaminhadas para serviços de 
saúde, sensibilizadas sobre temas que promovem autonomia, cientes dos seus 
direitos e com maior acesso

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