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Apostila 1 - Banco de Dados

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Prévia do material em texto

e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil 
Informática 
Banco de Dados
Leandro Clementino de Almeida
 
Ministério da
Educação
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil
Informática 
Banco de Dados
Leandro Clementino de Almeida 
Montes Claros - MG
2011
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância
Carlos Eduardo Bielschowsky
Coordenadora Geral do e-Tec Brasil 
Iracy de Almeida Gallo Ritzmann
Governador do Estado de Minas Gerais
Antônio Augusto Junho Anastasia
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia 
e Ensino Superior
Alberto Duque Portugal
Reitor
João dos Reis Canela
Vice-Reitora
Maria Ivete Soares de Almeida
Pró-Reitora de Ensino
Anette Marília Pereira
Diretor de Documentação e Informações
Huagner Cardoso da Silva
Coordenador do Ensino Profissionalizante
Edson Crisóstomo dos Santos
Diretor do Centro de Educação Profissonal e 
Tecnólogica - CEPT
Maísa Tavares de Souza Leite
Diretor do Centro de Educação à Distância 
- CEAD
Jânio Marques Dias
Coordenadora do e-Tec Brasil/Unimontes
Rita Tavares de Mello
Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/
CEMF/Unimontes
Eliana Soares Barbosa Santos
Coordenadores de Cursos:
Coordenador do Curso Técnico em 
Agronegócio
Augusto Guilherme Dias
 
Coordenador do Curso Técnico em Comércio
Carlos Alberto Meira
 
Coordenador do Curso Técnico em Meio 
Ambiente
Edna Helenice Almeida
Coordenador do Curso Técnico em 
Informática
Frederico Bida de Oliveira
Coordenadora do Curso Técnico em 
Vigilância em Saúde
Simária de Jesus Soares
Coordenadora do Curso Técnico em Gestão 
em Saúde
Zaida Ângela Marinho de Paiva Crispim
BANCO DE DADOS
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 
Elaboração
Leandro Clementino de Almeida
Projeto Gráfico
e-Tec/MEC
Supervisão 
Wendell Brito Mineiro
Diagramação
Hugo Daniel Duarte Silva
Marcos Aurélio de Almeida e Maia
Impressão e Acabamento
Gráfica RB Digital
Designer Instrucional
Angélica de Souza Coimbra Franco
Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira
Revisão
Maria Ieda Almeida Muniz
Patrícia Goulart Tondineli
Rita de Cássia Silva Dionísio
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
3
Prezado estudante,
Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes!
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola 
Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezem-
bro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, 
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre 
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia 
(SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e 
escola técnicas estaduais e federais.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e 
grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pes-
soas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimen-
to da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente 
ou economicamente, dos grandes centros.
O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes 
das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incenti-
vando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas 
instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em 
escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais.
O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino téc-
nico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação 
profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, 
– não só é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas 
também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cul-
tural, social, familiar, esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Janeiro de 2010
Apresentação e-Tec Brasil/CEMF/
Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
5
Indicação de ícones
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas 
de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.
Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou 
“curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada 
no texto.
Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades 
empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e 
outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis 
de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu 
domínio do tema estudado.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
Sumário
7
Palavra dos professores conteudistas ....................................... 11
Projeto instrucional ........................................................... 13
Aula 1 - Introdução ............................................................ 15
 1.1 Processamento tradicional de arquivos x banco de dados ..... 17
 1.2 Profissionais e atividades envolvidas em um SGBD ............. 18
 1.3 Vantagens e desvantagens do uso de banco de dados ......... 18
 Resumo ................................................................... 20
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 20
Aula 2 – Sistemas da banco de dados (SBD): conceitos e arquitetura .. 21
 2.1 Introdução ........................................................... 21
 2.2 Modelos de dados ................................................... 22
 2.3 Esquema ............................................................. 26
 2.4 Instância ............................................................. 26
 Resumo ................................................................... 27
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 27
Aula 3 – Modelagem Ae dados – Modelo Entidade Relacionamento – MER . 29
 3.1 Introdução ........................................................... 29
 3.2 Entidade, atributo e relacionamento ............................ 30
 3.3 Tipos de entidades e atributos .................................... 32
 3.4 Diagrama Entidade Relacionamento (DER) ...................... 33
 Resumo ................................................................... 35
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 36
Aula 4 – Modelagem de dados – Modelo Relacional (MR) ................. 37
 4.1 Introdução ........................................................... 37
 4.2 Relações, domínios, tuplas e atributos .......................... 38
 4.3 Atributos-chave ..................................................... 38
 4.4 Mapeamento do MER para MR ..................................... 39
 Resumo ................................................................... 42
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 42
Aula 5 – SQL básico ............................................................ 45
 5.1 Conceito .............................................................. 45
 5.2 Comandos de definição de dados ................................. 45
 5.3 Comandos de Manipulação de Dados ............................. 49
 5.4 Restrições de dados ................................................ 55
 Resumo ................................................................... 58
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 58
Aula 6 – Integração de banco de dados e internet ....................... 61
 6.1 SGBD web ............................................................ 61
 6.2 Conexão do SGBD com internet ................................... 62
 Resumo ...................................................................63
 Atividades de Aprendizagem ........................................... 64
Referências ..................................................................... 65
Currículo do professor conteudista ......................................... 66
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
9
Caro estudante!
Neste módulo, iniciaremos os estudos sobre banco de dados. Nele, 
teremos a oportunidade de aprender os principais conceitos, recursos, apli-
cações e serviços trabalhados em banco de dados.
Por acaso, já teve a oportunidade de estudar alguma coisa sobre 
banco de dados? Não? Então, este momento será muito proveitoso para todos 
nós. Caso já tenha algum conhecimento sobre banco de dados, os estudos 
realizados não serão menos importantes, pois haverá um momento de relem-
brar coisas e de também aprender assuntos novos.
Dito isto, que tal começarmos nossos estudos? 
O termo banco de dados, assim como as tecnologias de bancos de 
dados, tem ganhado cada vez mais importância e está se tornando cada dia 
mais útil e popular, com a expansão da utilização dos computadores. 
Os bancos de dados e os sistemas de bancos de dados tornaram-se 
componentes essenciais no cotidiano da sociedade moderna. Em nosso coti-
diano, deparamo-nos com diversas atividades que envolvem alguma intera-
ção com banco de dados. Um exemplo é a utilização de serviços bancários, 
como depósito, saque, pagamentos de contas etc. Todos esses serviços são 
possíveis graças a um bom sistema de banco de dados. Outros exemplos: se 
acessamos o catálogo de uma biblioteca virtual (informatizada) para consul-
tar uma bibliografia; se compramos produtos, como livros, brinquedos, equi-
pamentos eletrônicos etc., ou de um fornecedor por intermédio de sua pági-
na na internet (na web); se fazemos reservas em um hotel ou para a compra 
de passagens aéreas ou terrestres; quase que certamente, essas atividades 
envolverão uma pessoa e/ou um programa de computador que acessará um 
banco de dados. 
Há alguns anos apenas, as grandes empresas se beneficiavam da uti-
lização de sistemas de banco de dados, porém, a sua implementação vem ga-
nhando espaço até mesmo em pequenas empresas e em pequenos comércios. 
Essas interações são exemplos do que podemos denominar aplica-
ções tradicionais de banco de dados, nos quais, a maioria das informações 
que são armazenadas e acessadas apresenta-se em formatos textual ou nu-
mérico. Além disso, é cada vez mais crescente a utilização de bancos de 
dados que armazenam dados multimídia, geográficos e vetoriais. Nos últimos 
anos, os avanços tecnológicos geraram aplicações bastante inovadoras e in-
teressantes dos sistemas de banco de dados.
Neste módulo, você terá condições de desenvolver seus conheci-
mentos sobre banco de dados, pois trataremos, aqui, dos fundamentos e da 
prática desse conteúdo.
Palavra do professor conteudista
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática10
Você terá oportunidade, ao longo da leitura das aulas, de perceber 
que a utilização de banco de dados e sistemas de banco de dados faz parte 
do seu cotidiano e é fundamental para o conhecimento da área de informá-
tica, principalmente na área de desenvolvimento.
Neste sentido, o conteúdo deste caderno didático foi elaborado 
adotando-se uma dinâmica de organização na qual partiu-se de uma introdu-
ção sobre a temática, passando pelos conceitos fundamentais dela, na busca 
da sua compreensão sobre banco de dados e sobre a importância deste na 
formação do técnico em Informática.
Assim, na Aula I, você será introduzido nos conceitos de banco de 
dados, sistema gerenciador de banco de dados (SGBD), sistema de banco 
de dados. Será apresentado um breve comparativo entre banco de dados 
e processamento tradicional de arquivos, além de apresentar situações nas 
quais não se necessita de um SGBD. Daremos continuidade a essa iniciação 
na Aula II, abordando conceitos de modelos de dados e os principais, e ainda 
esquema e instâncias.
Na Aula III, você será apresentado à modelagem de dados e irá co-
nhecer, especificamente, o Modelo Entidade Relacionamento e seus princi-
pais conceitos, como entidade, atributo, relacionamento, tipos de entidades 
e atributos e Diagrama de Entidade Relacionamento. Na Aula IV, você conhe-
cerá o modelo de dados relacional, tido como o mais utilizado no mundo, e 
também os principais conceitos envolvidos nesse modelo. 
Na Aula V, será apresentada a linguagem estruturada de consulta 
(SQL) e seus principais recursos.
Finalmente, na Aula VI, você terá oportunidade de conhecer como 
se faz a integração do banco de dados com a internet.
Assim, esperamos que, ao final desta disciplina, você esteja habi-
litado a:
• especificar projeto físico e lógico de banco de dados;
• gerenciar transações de banco de dados por intermédio do uso 
de métodos, técnicas e ferramentas que envolvam os elementos 
de gestão de dados e transações;
• estar familiarizado com a tecnologia de banco de dados, en-
volvendo linguagens de definição, consulta a banco de dados e 
aspectos de segurança e integridade.
Sugerimos que você dedique tempo suficiente para fazer a leitura, 
realizar as atividades e retirar suas dúvidas. Sempre que considerar necessá-
rio, volte ao texto e refaça as atividades! Não se limite a este material; faça 
pesquisas, converse com professores e colegas. Você verá que aprender é 
uma interessante aventura!
Bons estudos!
Leandro Clementino de Almeida
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
11
Disciplina: Banco de Dados (carga horária: 60h).
Ementa: Conceituação sobre banco de dados. Identificação e aná-
lise de modelos de bancos de dados. Identificação e aplicação de um mode-
lo de banco de dados. Conceituação de sistemas de gerência de banco de 
dados multiusuário. Conceituação e análise de características próprias de 
sistemas de gerenciamento de banco de dados multiusuário: gerenciamento 
de transações, controle de concorrência, recuperação de falhas, segurança 
e integridade de dados. Comparação de abordagens não convencionais para 
bancos de dados; integração de bancos de dados e internet.
AULA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM MATERIAIS CARGA HORÁRIA
Aula 1.
Introdução
- Conceituar os principais termos de 
banco de dados;
- distinguir processamento de arqui-
vos tradicional de banco de dados;
- apresentar aspectos referentes à 
importância da aplicação e do uso de 
banco de dados; 
- possibilitar ao aluno definir quando 
não for aconselhada a utilização de 
um SGBD.
- 8h
Aula 2. 
Sistemas de 
banco de da-
dos: conceitos 
e arquitetura
- Apresentar os principais conceitos 
envolvidos em sistemas de banco de 
dados, bem como sua arquitetura, 
seus componentes e, principalmente, 
os modelos de dados mais relevantes;
- tornar o aluno capaz de identificar 
um modelo de dados e, com isto, criar 
e desenvolver a modelagem de um 
projeto de banco de dados em qual-
quer um dos modelos apresentados.
- 8h
Aula 3.
Modelagem de 
dados – Mo-
delo Entidade 
Relaciona-
mento (MER) 
- Descrever os conceitos envolvidos na 
Modelagem Entidade Relacionamento;
- apresentar os principais termos 
utilizados na construção de um banco 
de dados no MER;
- possibilitar aos alunos construir o 
conhecimento para a criação de mo-
delos e diagramas ER, com os respec-
tivos relacionamentos.
- 12h
Projeto instrucional
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática12
Aula 4.
Modelagem de 
dados – Mode-
lo Relacional 
(MR) 
- Conceituar e apresentar os princi-
pais elementos do Modelo Relacional;
- demonstrar as principais aplicações 
do modelo na construção de projeto 
de banco de dados relacional;
- realizar o mapeamento do Modelo 
Entidade Relacionamento (MER) para 
o Modelo Relacional (MR).
- 12h
Aula 5. 
Linguagem 
de consulta 
estruturada 
(SQL) - básico
- Apresentar os principais conceitos 
sobre linguagem de consulta estrutu-
rada (SQL);
- realizar estudos sobre DDL e DML;
- realizar aplicações práticas dos prin-
cipais comandos SQL;
- definir e criarrestrições de dados 
em SQL.
- 16h
Aula 6.
Integração de 
banco de da-
dos e internet
- Apresentar a importância do uso de 
SGBD integrados à internet;
- apresentar o processo de conexão de 
um sistema com o banco de dados na 
internet;
- demonstrar como se realiza a cone-
xão do sistema com o banco de dados 
na web.
- 4h
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
13
Aula 1 - Introdução
Objetivos
• conceituar os principais termos de banco de dados;
• distinguir processamento de arquivos tradicional de banco de 
dados;
• apresentar aspectos referentes à importância da aplicação e do 
uso de banco de dados; 
• possibilitar ao aluno definir quando não for aconselhada a utili-
zação de um SGBD.
Você já parou para pensar no crescimento do uso de computadores 
em nosso cotidiano? E na quantidade de empresas e de lojas comerciais que 
fazem uso de sistemas para gerenciar seus negócios? Pois o banco de dados 
(BD) e as demais tecnologias em volta dele estão entre os principais elemen-
tos que provocam um grande impacto no crescimento do uso de computa-
dores na sociedade moderna. O BD representa uma ferramenta essencial 
em quase todas as áreas nas quais os computadores são utilizados, incluindo 
negócios diversos, comércio eletrônico, Engenharia, Medicina, Direito, Edu-
cação e as Ciências da Informação, para citar apenas algumas delas. 
Bom, antes de continuarmos a falar deste termo tão importante e 
útil nos dias atuais, é preciso defini-lo. Vamos aprender? 
Uma definição bastante genérica é dada por Elmasri & Navathe (2005): 
“Um banco de dados é uma coleção de dados relacionados. Os da-
dos são fatos que podem ser gravados e que possuem um significa-
do implícito. Por exemplo, considere nomes, números telefônicos 
e endereços de pessoas que você conhece. Esses dados podem ter 
sido escritos em uma agenda de telefones ou armazenados em um 
computador, por meio de programas como o Microsoft Access ou 
Excel. Essas informações são uma coleção de dados com um signi-
ficado implícito, consequentemente, um banco de dados.”
Como a definição anterior é muito genérica, para evitar entendi-
mentos equivocados, os mesmos autores descrevem ainda que um banco de 
dados possui as seguintes propriedades:
• um banco de dados é uma coleção lógica coerente de dados com 
um significado inerente; uma disposição desordenada dos dados 
não pode ser referenciada como um banco de dados;
• um banco de dados é projetado, construído e populado com da-
dos para um propósito específico; um banco de dados possui um 
conjunto pré-definido de usuários e aplicações;
• um banco de dados representa algum aspecto do mundo real, o 
qual é chamado de “minimundo”; qualquer alteração efetuada 
no minimundo é automaticamente refletida no banco de dados.
As leituras auxiliares 
são sempre importantes 
e enriquecedoras. Não 
deixe de fazê-las!
Populado: o mesmo que 
alimentado/povoado, de 
acordo com Figueiredo 
(2011).
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática14
Para melhor entendimento, podemos destacar alguns ingredientes 
necessários em um BD, conforme Elmasri e Navathe (2005):
• uma fonte de dados da qual são derivados os dados;
• a interação com o mundo real;
• o público que demonstra interesse nos dados contidos no banco 
de dados.
Sendo assim, um banco de dados pode ser de qualquer tamanho e 
de complexidade variável; pode ser gerado e mantido manualmente ou pode 
ser automatizado (computadorizado). Desta forma, um BD pode ser cria-
do e mantido por um conjunto de programas desenvolvidos especialmente 
para isto, ou ainda melhor, por um Sistema Gerenciador de Banco de Dados 
(SGBD). Um SGBD permite que as pessoas (os usuários) criem e manipulem 
seus bancos de dados. O objetivo principal de um SGBD é proporcionar um 
ambiente eficiente para o armazenamento e para a recuperação das infor-
mações no banco de dados. (ELMASRI; NAVATHE, 2005).
O conjunto formado por um banco de dados mais as aplicações que 
manipulam esse banco (o SGBD) é chamado de “Sistema de Banco de Dados 
- SBD”, conforme ilustra a figura a seguir.
Figura 1: Constituição de um SGBD.
Fonte: Acervo próprio.
Os bancos de dados são implementados e utilizados em diversas 
áreas. Vamos conhecê-las? A seguir, estão relacionadas algumas delas.
• Instituições de ensino: para informações administrativas, de 
alunos, cursos, notas etc.
• Empresas de energia: para a gerência do consumo de energia, 
geração de contas etc.
• Bancos: para informações de clientes, contas, empréstimos, fi-
nanciamentos e todas as transações bancárias.
• Meio ambiente: para o controle das questões climáticas, infor-
mações sobre desmatamentos, sobre o solo etc.
• Transações com cartão de crédito: para compras com cartões 
e geração de faturas.
• Telecomunicação: para manter registros de chamadas, geren-
ciar contas, gerenciar informações de conectividade, links de 
internet etc.
• Finanças: para armazenar informações de compras, vendas etc.
• Indústria: para gerenciamento e controle da produção e de to-
dos os itens envolvidos.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 15
• Recursos humanos: para informações sobre funcionários, salá-
rios, lançamentos em folha de pagamento (benefícios e impostos 
pagos), geração de contracheques.
• Outras áreas.
Na verdade, um banco de dados pode ser utilizado em qualquer 
área. Tudo dependerá da necessidade.
1.1 Processamento tradicional de arquivos x 
banco de dados
Você sabe a diferença que há entre fazer uso de processamento tra-
dicional de arquivos para acessar informações e utilizar um banco de dados? 
Bem, é isto que iremos explicar ao longo deste caderno e também alguns 
outros assuntos correlacionados.
Antes de falar do processamento de arquivos e do banco de dados 
propriamente dito, é preciso esclarecer que o SGBD possui uma caracterís-
tica de autoinformação que tem a capacidade de manter os dados na forma 
como são armazenados, constituindo, assim, em uma descrição completa do 
banco de dados. Essas informações são armazenadas num local que contém 
a estrutura de cada arquivo, o tipo e o formato do armazenamento de todos 
os tipos de dados, chamado catálogo do SGBD. O que faz com que este possa 
manipular diversas bases de dados. (ELMASRI; NAVATHE, 2005).
No processamento de arquivos, o programa que manipula os dados 
deverá conter as informações do catálogo do SGBD, ficando limitado a mani-
pular as informações que o mesmo conhece.
No processamento tradicional de arquivos, os usuários criam e de-
finem os arquivos necessários para cada aplicação específica, resultando em 
grandes redundâncias e, muitas vezes, no desperdício de espaço de armaze-
namento. Normalmente, nesses arquivos, não existe qualquer estruturação 
dos dados nele contidos.
Em banco de dados, não é armazenado somente o banco em si, isto 
é, os dados, mas sim um catálogo de dados.
Em banco de dados, o acesso às informações não requer conheci-
mento das estruturas do mesmo, o que chamamos de “independência dos 
dados”, de acordo com Elmasri e Navathe (2005). Já no processamento tradi-
cional de arquivos, o acesso a qualquer informação requer um conhecimento 
prévio da estrutura do arquivo.
Em banco de dados, quando houver qualquer alteração na estrutura 
dos dados, os programas (SGBD) não precisam ser alterados. Já em proces-
samento tradicional, não. Neste caso, toda alteração na estrutura dos dados 
exigiria uma alteração nos programas que manipulam as informações dos 
arquivos.
Ainda segundo o autor supracitado, em banco de dados, as informa-
ções do catálogo são chamadas de “metadados”.
Autoinformação: 
é o mesmo que ter 
informação de si 
mesmo.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática16
1.2 Profissionais e atividades envolvidas em um 
SGBD
Por acaso, você conhece algum profissional que trabalha com banco 
de dados? Ou mesmo que utilize o banco de dados por meio do acesso aos 
sistemas empregados no trabalho, por exemplo?
Pois bem, em um banco de dados pequeno, por exemplo, de uso pes-
soal,uma única pessoa será quem vai definir, construir e manipular o banco 
de dados. Porém, em um grande banco de dados, com dezenas, centenas (ou 
milhões) de usuários e com restrições de acesso para cada um, é necessário um 
controle rígido sobre o mesmo e, neste sentido, podemos identificar e destacar 
alguns perfis de pessoas que interagem com banco de dados, conforme desta-
cam Elmasri e Navathe (2005):
• administrador do banco de dados (DBA);
• projetista do banco de dados;
• analista de sistemas;
• programador de aplicações;
• usuário final.
Cada um desses profissionais é encarregado de uma série de fun-
ções inerentes ao seu perfil. Sendo assim, segue, a seguir, uma descrição 
das atividades desenvolvidas por cada um deles, segundo Elmasri e Nava-
the(2005).
Administrador de dados (DBA): é o supervisor do banco de dados, 
responsável pela autorização de acesso ao banco, pelo monitoramento e 
pela coordenação do uso. Está envolvido com os aspectos físicos do banco de 
dados (estruturas de armazenamento, métodos de acesso etc.).
 Projetistas do banco: são responsáveis pela identificação dos da-
dos e pela elaboração de estruturas apropriadas para armazená-los. Para 
isto, é necessário compreender os requisitos necessários aos grupos de usu-
ários do banco de dados antes de sua implementação.
Analista de sistemas: determina os requisitos dos usuários e desen-
volve especificações que atendam estes requisitos.
Programadores: implementam as especificações na forma de pro-
gramas, elaborando toda a documentação.
Usuário (final): um banco de dados existe para a utilização do usu-
ário final, cujo trabalho, normalmente, requer consultas e atualizações. A 
maioria dos usuários utiliza programas voltados ao desempenho profissional, 
utilizando-os em seu dia a dia.
1.3 Vantagens e desvantagens do uso de banco 
de dados
Que tal começarmos com as vantagens? O uso de banco de dados 
nos proporciona diversas vantagens em relação ao método de processamento 
tradicional de arquivos. A seguir, veremos algumas dessas vantagens e des-
vantagens observadas na obra de Elmasri e Navathe (2005).
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 17
• Controle sobre a redundância: redução do espaço necessário 
para armazenamento, eliminação da duplicação de esforços na 
manutenção das informações e redução de inconsistência na 
base de dados.
• Compartilhamento de dados: se diversos usuários têm aplica-
ções integradas no BD, precisa-se de um software de controle 
de concorrência para a atualização do banco. Facilidade na defi-
nição da visão do usuário, especificando uma porção do BD que 
tem interesse particular de um grupo de usuários.
• Restrição de acesso não autorizado: possui um sistema de se-
gurança que garantia o acesso específico a cada usuário (perso-
nalizado para grupos ou individual), possibilitando maior segu-
rança ao BD.
• Fornecimento de múltiplas interfaces: disponibiliza vários ti-
pos de interface de acesso aos dados, dependendo dos níveis de 
conhecimento entre os usuários. O BD permite o uso de lingua-
gem para consulta de usuários casuais; linguagem de programa-
ção, para o programador de aplicações; formulários e menus, 
para acesso de outros usuários etc.
• Forçar restrições de integridade: permite a definição de regras 
associadas aos dados, como identificação do tipo de dado, dado 
de tipo único, impossibilidade do dado não ser informado (ser 
nulo), relacionamento entre os dados armazenados etc. Isto irá 
dificultar a ocorrência de erro, porém, ele ainda poderá acon-
tecer.
• Sistema de backup e recovery: possui controle do BD, no caso 
de falha do hardware ou do software, permitindo a recuperação 
da situação anteriormente encontrada de forma ágil e prática.
• Outras vantagens de BD: quanto ao desenvolvimento de pa-
drões, permite ao DBA definir e forçar padrões (nomenclaturas, 
formatos, terminologias etc.), facilitando a comunicação e a co-
operação entre os setores, projetos e usuários dentro da orga-
nização; Garante maior flexibilidade ao permitir alterações na 
estrutura do BD. Projetar e implementar uma nova aplicação é 
mais rápido em um BD existente do que se ele não existisse ou 
fosse feito sobre a abordagem tradicional de arquivos. Torna dis-
ponível o BD para todos os usuários (com permissão de acesso), 
devido ao controle de concorrência e à recuperação do SGBD.
Contudo, cabe ressaltar também que existem algumas situações nas 
quais é desaconselhado o uso de banco de dados. Vamos ver em quais situa-
ções isto acontece? 
As desvantagens ocorrem quando:
• seu uso apresentar um custo desnecessário em relação à aborda-
gem tradicional de arquivos;
• requerer um alto investimento inicial com software e hardware;
• gerar uma sobrecarga na provisão de controle de segurança, 
controle de concorrência, recuperação e integração de funções;
• o banco de dados e as aplicações são simples, bem definidas e 
não necessitam de mudanças no projeto;
Backup: 
é o processo de criar 
cópia dos dados. 
Recovery:
 é a restauração dos 
dados “backupeados”.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática18
• há necessidade de processamento em tempo real de certas apli-
cações, que seriam extremamente prejudicadas pela sobrecarga 
causada pelo uso de um SGBD;
• os múltiplos acessos não são necessários.
Resumo
Nesta aula, você aprendeu:
• conceitos envolvidos em banco de dados;
• a importância de um bom banco de dados, principalmente em 
relação ao método de processamento tradicional de arquivos;
• quando usar e quando não usar um banco de dados.
Atividades de aprendizagem
1. Informe um conceito para definir banco de dados.
2. Quais são as áreas do mundo globalizado que se utilizam da tecnologia 
de banco de dados?
3. Um grupo qualquer de informações pode ser considerado um banco de 
dados? Por quê?
4. Quais são os elementos essenciais para se afirmar que um determinado 
conjunto de informações é, de fato, um banco de dados?
5. Qual a diferença entre processamento tradicional de arquivos e banco 
de dados?
6. O que é o catálogo do SGBD? E metadados?
7. O que significa “independência de dados” em banco de dados?
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
19
Aula 2 – Sistemas de banco de dados 
(SBD): conceitos e arquitetura
Objetivos
• apresentar os principais conceitos envolvidos em sistemas de 
banco de dados, bem como sua arquitetura, seus componentes 
e, principalmente, os modelos de dados mais relevantes;
• tornar o aluno capaz de identificar um modelo de dados e, com 
isto, criar e desenvolver a modelagem de um projeto de banco 
de dados em qualquer dos modelos apresentados.
2.1 Introdução
Já tinha ouvido falar em sistema de banco de dados (SBD)? Acredito 
que, alguns, sim; mas, de qualquer forma, nesta aula, iremos abordar diver-
sos conceitos envolvendo sistemas de banco de dados, a arquitetura de um 
sistema de banco de dados e seus componentes e, principalmente, apresen-
tar os modelos de dados mais conhecidos e utilizados.
Para melhor compreensão de um SBD, segue, a seguir, na figura 02, 
um diagrama simplificado com a sua arquitetura. 
Figura 2: Diagrama simplificado da arquitetura do sistema de banco de dados.
Fonte: Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~andrers/aulas/bd2005-1/aula5.html>. Acesso em 
03 de abril de 2011. 
Não fique preso apenas 
a este caderno; busque 
outras fontes de estudo 
sobre banco de dados.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática20
A figura 2 nos ilustra os principais elementos de um SBD:
• o banco de dados: dados armazenados e metadados ou catálogo 
de dados;
• SGBD: processador/otimizador de consultas e software para 
acessar os dados;
• SBD: banco de dados + SGBD + programas aplicativos/consultas.
2.2 Modelos de dados
Para ter condições de construir projetos de banco de dados, é preci-
so, antes, conhecer e entender os modelos de dados. Vamos começar, então?
De acordo com Silberschatz, Korth & Saudarshan (1999), uma gran-
de vantagem do uso de banco de dados é o poder de abstraçãodos dados que 
o banco permite. Neste caso, o usuário não necessita conhecer detalhes do 
armazenamento de dados para acessá-los ou manipulá-los.
Os modelos de dados são um conjunto de conceitos utilizados para 
a descrição da estrutura de um banco de dados. A estrutura de um banco 
de dados deve ser entendida como sendo a definição dos tipos de dados, dos 
relacionamentos e das restrições que devem suportar os dados.
Baseando-nos em Elmasri e Navathe (2005), os modelos de dados 
podem ser classificados em três tipos básicos, descritos a seguir.
2.2.1 Modelo de alto nível
Também conhecido como modelo de dados conceituais,descreve 
os dados como os usuários os percebem, segundo Elmasri e Navathe (2005). 
Como exemplos de modelos de alto nível, podemos destacar dois 
tipos, dados a seguir.
• Modelo Entidade Relacionamento: o Modelo Entidade Relacio-
namento (E-R) é baseado em uma percepção de um mundo real, 
que consiste em uma coleção de objetos básicos, chamados en-
tidades, e de relações entre esses objetos, chamadas de relacio-
namentos. Este modelo será mais bem descrito na aula 3 deste 
caderno. A figura 3 apresenta um exemplo do Modelo Entidade 
Relacionamento. Nesta figura, está representado o modelo de 
um pequeno banco de dados, composto das tabelas “Pessoa” e 
“Computador”, que registram as informações de todas as pessoas 
que utilizam os computadores de uma lan house, por exemplo.
Figura 3: Exemplo de banco de dados do Modelo Entidade Relacionamento.
Fonte: Disponível em: <http://lh6.ggpht.com/franciscogpneto/SLCf7mfnSuI/AAAAAAAAGM8/E77w-
LNEf3o/s1600-h/image%5B3%5D.png>. Acesso em 05 de abril de 2011 (Francisco G. P. Neto).
Lan house: 
é um local para as 
pessoas acessarem a 
internet. Normalmente 
é cobrada uma taxa. 
(SAWAYA, 1999)
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 21
• Modelo orientado a objeto: Assim como o modelo ER, o modelo 
orientado a objetos tem por base um conjunto de objetos. Um 
objeto contém valores que são armazenados em variáveis; es-
tes valores de variáveis são conhecidos como instâncias dentro 
do objeto. Além disso, um objeto contém conjuntos de códigos 
(chamados de operações) que operam o objeto. A principal mo-
tivação para o surgimento desse modelo foi a necessidade de 
extrapolar os limites de armazenamento e de representação se-
mântica dos dados, impostos pelo modelo relacional (tido como 
a melhor solução até então). A princípio, achava-se que o mode-
lo orientado a objeto dominaria o mercado de banco de dados, 
porém isso não se confirmou e, o modelo relacional ainda é o 
modelo mais empregado pelas empresas ao redor do planeta. 
Com sua maior flexibilidade e robustez o modelo orientado a 
objeto tornou-se uma boa solução em sistemas complexos que 
lidam com tipos de informações variadas (geográficas, multimí-
dia, vetoriais etc.) e em grande volume. Podemos citar como 
exemplos desse modelo os sistemas de informações geográficas 
(SIG), os sistemas CAD e CAM, que são mais facilmente construí-
dos usando tipos complexos de dados. Na figura 4, a seguir, está 
um pequeno exemplo de banco de dados orientado a objetos, 
demonstrando um sistema de registro de informações de clien-
tes, dos títulos (filmes) e de todos os movimentos/locações de 
títulos efetuados pelos clientes. (ELMASRI; NAVATHE, 2005).
Figura 4: Exemplo de banco de dados do modelo orientado a objeto.
Fonte: Disponível em: <http://jpleonidas.files.wordpress.com/2009/12/001.png>. Acesso em 05 de 
abril de 2011 (J. P. Leonidas).
Os CADs são programas 
que se utilizam de 
técnicas gráficas para 
o desenvolvimento 
de projetos; o CAM 
é todo processo de 
fabricação controlado 
por computador. Os 
dois juntos (CAD/CAM) 
formam um conjunto 
de ferramentas 
muito utilizadas pela 
Engenharia para a 
criação de projetos. 
(SAWAYA, 1999).
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática22
2.2.2 Modelo de baixo nível
Conhecido como modelo de dados físicos, descreve os detalhes de 
como os dados estão armazenados no computador, de acordo com Elmasri e 
Navathe (2005). Este modelo tem relação direta com a máquina, o hardware.
Geralmente, é mais útil e significativo para os especialistas em har-
dware de computador.
Não possui exemplos de modelos diagramados descritos na litera-
tura, pois atua em nível de hardware e, além disso, não é objeto de estudo 
deste caderno didático.
2.2.3 Modelo de dados representacionais
Modelo intermediário que oferece os conceitos que podem ser en-
tendidos pelos usuários finais e também dispõe de informações de como os 
dados estão organizados dentro do computador, conforme relatam Elmasri e 
Navathe (2011). Normalmente, é utilizado pelos especialistas. Este modelo é 
o mais utilizado em SGBDs comerciais tradicionais.
Como exemplos de modelos de dados representacionais, podemos 
destacar os três que são descritos a seguir.
• Modelo relacional: utiliza um conjunto de tabelas para repre-
sentar tanto os dados como a relação entre eles. Cada tabela 
possui, normalmente, diversas colunas, e cada uma possui um 
nome único. Este modelo será mais bem descrito na aula 4 deste 
caderno. A figura apresenta um exemplo de banco de dados bem 
simples, no qual existem apenas duas tabelas, “Empregado” e 
“Departamento”, sendo que cada empregado está ligado a ape-
nas um departamento.
Figura 5: Exemplo de banco de dados do modelo relacional.
Fonte: Disponível em: <http://lh3.ggpht.com/franciscogpneto/SMWGV0ACPjI/AAAAAAAAGrY/
Zd2ORsFnAz4/image_thumb%5B2%5D.png>. Acesso em 05 de abril de 2011 (Francisco G. P. Neto).
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 23
• Modelo de rede: neste modelo, os dados são representados por 
um conjunto de registros, e as relações entre esses registros 
são representadas por links (ligações), os quais podem ser vistos 
por ponteiros (setas). Os registros são organizados no banco de 
dados por um conjunto arbitrário de gráficos. O modelo em rede 
possibilita acesso a qualquer nó da rede sem passar pela raiz da 
rede, diferentemente do modelo hierárquico. Um exemplo de 
sistema/empresa que utilizou o modelo em rede foi o sistema 
comercial CAIDMS, da Computer Associates. O exemplo apresen-
tado a seguir, na figura 6, ilustra o mesmo banco de dados do 
modelo relacional anterior, porém, agora, no modelo de rede.
Figura 6: Exemplo de banco de dados do modelo em rede.
Fonte: Disponível em: <http://lh5.ggpht.com/franciscogpneto/SMWG3zwANyI/AAAAAAAAGrg/
ustUmKAn7bw/image_thumb%5B2%5D.png>. Acesso em 05 de abril de 2011 (Francisco G. P. Neto).
• Modelo hierárquico: o modelo hierárquico assemelha-se ao mo-
delo em rede, uma vez que os dados e as suas relações são 
representados, respectivamente, por registros e links, também. 
A diferença principal é que, no modelo hierárquico, os regis-
tros estão organizados em árvores, em vez de serem em gráficos 
arbitrários. Outro aspecto que o distingue do modelo em rede 
é que, no modelo hierárquico, para se acessar qualquer nó do 
banco (da rede), é necessário sempre passar pela raiz. Nesse 
modelo, os dados são estruturados em hierarquias ou árvores. 
Os nós das hierarquias (ou da árvore) contêm ocorrências de re-
gistros; cada registro é uma coleção de campos (atributos), cada 
um contendo apenas uma informação. O registro da hierarquia 
que precede aos outros é o registro pai; os outros, por sua vez, 
são chamados de registros filhos. Um exemplo de sistema/em-
presa que adotou o modelo hierárquico foi o sistema comercial 
Information Management System, da IBM Corp (IMS), e alguns 
outros, como o System 2K (da SAS Inc.) e o TDMS. O exemplo a 
seguir, da figura 7, apresenta o mesmo banco de dados dos dois 
modelos anteriores (relacional e de rede), só que, agora, no mo-
delo hierárquico.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática24
Figura 7: Exemplo de banco de dados do modelo hierárquico.
Fonte: Disponível em: <http://lh5.ggpht.com/franciscogpneto/SMWHaftiOSI/AAAAAAAAGro/dAe-R1_
w5HI/image_thumb%5B3%5D.png>. Acesso em 05 de abril de 2011 (Francisco G. P. Neto).
Como você pode observar, existemdiferentes modelos de dados 
em BD. Porém, devido ao tempo curto para estudo da disciplina e, principal-
mente, à maior utilização do modelo relacional em relação aos demais, este 
caderno concentrar-se-á na explicação mais detalhada apenas dos modelos 
que envolvem o relacional (o Modelo Entidade Relacionamento e o Modelo 
Relacional).
2.3 Esquema
Certamente, você já ouviu falar em esquema, porém, muito prova-
velmente, em outra conotação. Portanto, para não confundirmos esquema 
em banco de dados com “outros esquemas”, vamos aprendê-lo logo?
Bom, como descrito, muitas vezes, as pessoas confundem os termos 
“descrição” do banco de dados com o banco de dados propriamente dito. 
A descrição do banco de dados é conhecida como “esquema” do banco de 
dados; este é definido durante o desenvolvimento (criação) do projeto do 
banco de dados. Um esquema, uma vez definido, não deve ser modificado 
frequentemente; desta forma, a sua definição requer bastante análise e mui-
tos critérios. 
No esquema, basicamente, será definida a estrutura do banco de 
dados (tabelas, atributos, domínios, relacionamentos, restrições), conforme 
Date (2000). A maioria dos modelos de dados apresenta algumas convenções 
para a exibição de esquemas por meio de diagramas, conforme ilustram as 
figuras da seção 2.2.
Para uma melhor compreensão de um esquema, vamos fazer uma 
analogia com linguagem de programação e algoritmos. Neste sentido, as va-
riáveis e os tipos de dados assumidos por elas seriam o esquema.
Se ainda não ficou claro, não se preocupem, pois, na aula 4, serão 
apresentados mais exemplos de esquemas.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 25
2.4 Instância
Para entendermos o que é uma instância, vamos aproveitar da mes-
ma analogia feita com linguagem de programação e algoritmos, apresentada 
na seção anterior (2.3). Entende-se por instância do banco de dados os valo-
res/dados assumidos pelas variáveis do programa. Assim, podemos dizer que 
os dados (valores) armazenados em um banco de dados, em um determinado 
instante do tempo, formam um conjunto chamado de “instância do banco de 
dados”, conforme concebem Elmasri e Navathe (2005). 
A instância, diferentemente do esquema, altera toda vez que o 
banco de dados sofre qualquer modificação de conteúdo. 
O SGBD é responsável por garantir que toda instância do banco de 
dados satisfaça ao esquema do banco de dados, respeitando sua estrutura e 
suas restrições.
Resumo
Nesta aula, você aprendeu:
• os principais conceitos de sistemas de banco de dados;
• a arquitetura de um SBD e os componentes dessa arquitetura;
• a conhecer e a identificar um modelo de dados;
• a planejar e AA desenvolver a modelagem de um projeto de 
banco de dados nos diferentes modelos apresentados (principal-
mente o relacional).
Atividades de aprendizagem
1. Quais são os elementos que compõem a arquitetura de um sistema de 
banco de dados?
2. O que são os modelos de dados?
3. Qual a principal motivação para a criação do modelo relacional? E para o 
modelo orientado a objeto?
4. O que são esquema e instância em banco de dados?
Não deixe de 
acompanhar as 
novidades e inovações 
do SGBD! Lembre-se, a 
aprendizagem é sempre 
contínua!
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
27
Aula 3 – Modelagem de dados – Modelo 
Entidade Relacionamento – MER
Objetivos
• descrever os conceitos envolvidos na modelagem Entidade Re-
lacionamento;
• apresentar os principais termos utilizados na construção de um 
banco de dados no MER;
• possibilitar aos alunos a construção do conhecimento para a 
criação de modelos e diagramas ER, com os respectivos rela-
cionamentos.
3.1 Introdução
Agora que já conhecemos os tipos de modelos de dados, vamos 
iniciar nossos estudos descrevendo sobre o modelo mais simples, mas não 
menos útil na construção do projeto de banco de dados relacional. Vamos lá?
O Modelo Entidade Relacionamento é um modelo de dados con-
ceitual de alto nível, tido como o mais popular; é utilizado principalmente 
durante o processo de projeto de banco de dados, conforme relatam Elmasri 
e Navathe (2011).
No MER, os conceitos envolvidos na construção de um bom projeto 
de banco de dados foram planejados para estar o mais próximo possível do 
entendimento e da visão que o usuário tem dos dados, não se preocupando 
em representar como esses dados estarão realmente armazenados. 
A construção de um projeto de banco de dados é constituída de al-
gumas fases; cada uma delas, responsável pela realização de algumas ações 
específicas, conforme ilustra a figura 8. Na fase inicial, de partida, são ob-
servados aspectos do mundo real, chamados de “minimundo”. A partir daí, 
realiza-se a obtenção e a análise dos requisitos por meio de reuniões e de 
outras formas, nas quais se discutem todas as questões pertinentes ao que 
se deseja do sistema de banco de dados. Vencida esta fase, reúnem-se to-
das as informações (requisitos) para a construção do projeto conceitual da 
base de dados. Na fase de projeto conceitual, é desenvolvido o esquema 
conceitual, no qual são especificados os esquemas do banco de dados em 
construção. É neste momento em que mais se aplicam os modelos de entida-
de relacionamento. Na fase de mapeamento do modelo de dados, também 
conhecida como projeto lógico, o objetivo é transformar o esquema de mo-
delo de dados de alto nível (projeto conceitual) em um modelo de dados de 
implementação. Até esta fase, tudo que se define é independente do SGBD 
a ser utilizado. Qualquer que seja o sistema gerenciador de banco de dados 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática28
adotado, o que foi desenvolvido até então será perfeitamente aproveitado. 
A partir da fase de mapeamento, é preciso conhecer qual o SGBD que será 
utilizado e realizar todo o mapeamento baseado especificamente no sistema 
escolhido. A última etapa é a fase do projeto físico, na qual são definidas as 
estruturas de armazenamento interno, os índices, os caminhos de acesso e 
as organizações de arquivo para os arquivos do banco de dados, conforme 
descrevem Elmasri e Navathe (2005).
Figura 8: Diagrama ilustrando as principais fases de um projeto de banco de dados.
Fonte: Acervo próprio.
3.2 Entidade, atributo e relacionamento
Você já tinha lido ou ouvido falar de algum desses termos? Prova-
velmente sim, porém, talvez em outro contexto. Em se tratando do contexto 
de banco de dados, vamos ver o que são e como são utilizados?
Comecemos falando, então, de entidade. O principal objeto ou o 
objeto básico que um modelo ER representa é a entidade. Uma entidade é 
um objeto com uma existência própria, podendo ser física (concreta) – uma 
pessoa, um veículo, um equipamento – ou abstrata (conceitual) – um depar-
tamento, um curso, um cargo, uma conta. (ELMASRI; NAVATHE, 2005). 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 29
Ainda segundo Elmasri e Navathe (2005), cada entidade possui um 
conjunto de blocos de informações, devidamente organizados, que a carac-
teriza e a identifica. Esses “blocos” de informações são chamados de atribu-
tos. Para melhor compreensão, podemos ter, como exemplos de entidades, 
PROFESSOR, ALUNO, DISCIPLINA. A entidade PROFESSOR poderia ser consti-
tuída, por exemplo, pelos atributos: Matrícula, MatrProf, NomeProf, Função, 
Salário. A entidade DISCIPLINA teria os atributos: Código, NomeDisc, Pro-
fDisp, CargaHorária, NumAlunosMatr. Já a entidade ALUNO seria constituída 
dos atributos: MatrAluno, NomeAlu, Curso, Média. Cada um dos atributos de 
cada entidade terá um valor particular, e o conjunto desses valores é que é 
responsável pela maior ocupação de espaço de armazenamento na base de 
dados do banco.
Agora que vimos entidade e atributo, vamos entender relaciona-
mento. De acordo com Date (2000), o relacionamento é uma associação 
entre uma ou várias entidades. Por exemplo: ao fazermos a associação entre 
as entidades PROFESSOR e DISCIPLINA, estaremos construindo um relaciona-
mento entre ambas, que poderíamos chamar de Ministra ou Leciona,deno-
tando que o professor ministra ou leciona a disciplina.
Para maior controle e organização dos dados, os relacionamentos 
são criados com algumas restrições. Essas restrições chamam-se “razão de 
cardinalidade”, e especificam a quantidade de instâncias em um relaciona-
mento que os elementos das entidades podem participar, segundo Elmasri e 
Navathe (2005). De acordo com Elmasri e Navathe (2011) a razão de cardina-
lidade pode ser classificada em três tipos, descritos a seguir.
• 1:1 (lê-se um para um): significa que só pode haver uma única 
instância entre as duas entidades envolvidas, ou seja, sendo duas 
entidades A e B, uma ocorrência em A estará associada com, no 
máximo, uma única ocorrência em B, e uma ocorrência em B 
estará associada com, no máximo, uma única ocorrência em A. 
Por exemplo: o relacionamento Gera, entre as entidades PEDIDO 
e FATURA; pode conter a cardinalidade 1:1, indicando que um 
pedido só pode gerar uma única fatura, e, ainda, que uma fatura 
só pode ter sido gerada por um único pedido. A representação 
para este relacionamento está exibida na figura 09 (como fazer 
esta representação será explicado na seção 3.4, deste caderno).
Figura 9: Exemplo de diagrama de relacionamento 1:1.
Fonte: Acervo próprio.
• 1:N ou N:1 (lê-se um para N ou N para um - onde N signifi-
ca muitos): significa que, em uma das entidades (1), só poderá 
haver um única instância relacionada; na outra entidade (N), 
poderá haver uma ou mais instâncias relacionadas, ou seja, sen-
do duas entidades A e B, uma ocorrência em A estará associada 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática30
com uma ou várias ocorrências em B, e uma ocorrência em B 
estará associada com, no máximo, uma única ocorrência em A. 
Por exemplo: o relacionamento Leciona, entre as entidades PRO-
FESSOR e DISCIPLINA, representado na figura 10, normalmente 
possui uma razão de cardinalidade de 1:N, na qual um professor 
pode lecionar várias disciplinas e uma determinada disciplina só 
pode ser lecionada por um único professor. O digrama de repre-
sentação desse relacionamento está ilustrado na figura 10.
Figura 10: Exemplo de diagrama de relacionamento 1:N.
Fonte: Acervo próprio.
• M:N (lê-se M para N - onde M e N significam muitos): significa 
que poderá haver uma ou várias instâncias em ambas as en-
tidades envolvidas, ou seja, sendo duas entidades A e B, uma 
ocorrência em A poderá estar associada a uma ou várias ocor-
rências em B, e vice-versa. Por exemplo: no relacionamento Fre-
quenta, entre as entidades ALUNO e DISCIPLINA, um aluno pode 
frequentar várias disciplinas, e uma mesma disciplina pode ser 
frequentada por vários alunos. O diagrama para representar este 
relacionamento, seria conforme o exposto na figura 11.
Figura 11: Exemplo de diagrama de relacionamento M:N.
Fonte: Acervo próprio.
3.3 Tipos de entidades e atributos
As entidades e os atributos são classificados em diferentes tipos. 
Que tal conhecermos esses tipos? 
Para isto, vamos começar com a classificação dos tipos de entidades, 
segundo Date (2000).
• Entidade fraca: são as entidades que não possuem atributos-
-chave próprios, isto é, que dependem dos atributos-chave de 
uma outra entidade. Por exemplo: numa relação entre as duas 
entidades, DEPENDENTE e EMPREGADO, todos os elementos da 
entidade Dependente são dependentes da entidade Empregado, 
ou seja, só irá existir um dependente se houver o registro do 
empregado correspondente ao mesmo. Portanto, a entidade De-
pendente é uma entidade fraca. 
• Entidade forte: são as entidades que possuem seus próprios 
atributos-chave, ou seja, são independentes. Por exemplo: ain-
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 31
da utilizando o exemplo anterior, a entidade EMPREGADO é inde-
pendente de qualquer outra entidade, ou seja, possui existência 
própria. Neste caso, a entidade Empregado é uma entidade forte.
Exemplos da representação de entidade fraca e de entidade forte 
estão na próxima seção; mais detalhes na aula 4, deste caderno.
De acordo com Silberschatz, Korth & Sudarshan (1999), os atributos, no 
modelo ER, podem ser caracterizados pelos seguintes tipos descritos a seguir.
• Simples ou compostos: atributos simples são aqueles que não 
são divisíveis, ou seja, o seu conteúdo não pode ser separado 
em partes, como, por exemplo: matrícula, função, salário. Já os 
compostos, eles podem ser separados em partes (isto é, sepa-
rados em outros atributos), caso seja necessário. Por exemplo: 
NomeProf poderia ser estruturado em PriNomeProf, SegNome-
Prof e UltNomeProf. Sendo que PriNomeProf corresponderia ao 
primeiro nome do professor, SegNomeProf, ao segundo nome, e 
UltNomeProf, ao último nome do professor.
• Monovalorados ou multivalorados: atributos monovalorados 
são aqueles constituídos de um único valor para uma referida 
entidade, por exemplo: data_de_nascimento, cpf, salário de 
uma entidade chamada EMPREGADO. Os multivalorados são 
aqueles que podem assumir mais de um valor para uma determi-
nada instância de um atributo. Como exemplos, podemos citar 
os atributos dependente, telefone e e-mail. Ainda considerando 
a entidade Empregado, citada anteriormente, cada um desses 
atributos poderia possuir nenhum, um ou mais valores em seu 
conteúdo. No caso dos atributos multivalorados, o mais adequa-
do é que se estabeleçam limites inferiores e, principalmente, 
superiores para tais atributos.
• Derivados: o valor desse tipo de atributo é derivado de outro 
atributo ou entidade a ele relacionadas. Para um melhor enten-
dimento, podemos citar o atributo idade, que pode ser obtido 
através da diferença entre a data atual do sistema e a data_de_
nascimento informada na entidade da pessoa. 
• Nulo: é utilizado quando uma entidade não possuir valor para 
um determinado atributo. Como exemplos, podemos citar os 
atributos: dependente (nem todos os empregados possuem de-
pendentes), e-mail (nem todos os empregados possuem email), 
celular (nem todos possuem). Nulo, na verdade, é a ausência de 
valor, ou seja, quando você deixa de informar o valor para um 
determinado atributo, o mesmo irá assumir o valor nulo (como 
padrão). Mas, atenção! Nulo é diferente de espaço em branco. 
Se você pressionar a barra de espaço em um determinado atri-
buto (dependente, email, celular, por exemplo) na hora da inser-
ção de dados, isso não significa nulo, e sim espaço em branco.
3.4 Diagrama Entidade Relacionamento (DER)
Você tem algum conhecimento sobre DER? Sabe para que serve?
Bom, se a sua resposta for não, não há problema, pois estamos aqui 
para explicar. Sendo assim, vamos iniciar.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática32
O Modelo Entidade Relacionamento é representado através de al-
guns símbolos que compõem o Diagrama Entidade Relacionamento (DER).
Para cada elemento de um relacionamento (entidade, atributo, re-
lacionamento, razão de cardinalidade), existe um símbolo representativo. 
Sendo assim, vamos apresentar cada um desses símbolos a seguir, ilustrados 
na figura 12.
Figura 12: Resumo de notação de diagrama ER.
Fonte: Acervo próprio.
Agora, vamos apresentar três exemplos de DER, na figura 13, para 
entendermos melhor a sua aplicação.
Passos para construir 
um Modelo Entidade 
Relação:
1º) identificar as 
entidades;
2º) para cada entidade, 
procurar identificar os 
atributos necessários 
e definir a chave 
primária;
3º) buscar 
identificar todos os 
relacionamentos entre 
as entidades;
4º) procurar validar o 
modelo obtido e repetir 
este processo desde 
o 1º passo, caso seja 
necessário.
Dicas para a construção 
de diagramas ER:
- a presença de 
um substantivo, 
usualmente, indica uma 
entidade;
- a presença de um 
verbo é uma forte 
indicação de um 
relacionamento.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 33
Figura 13: a) Demonstra um relacionamento uniário Gerencia, entre a entidade 
EMPREGADO e ela mesma; b) ilustra o relacionamento binário Possui, entre as 
entidades FUNCIONÁRIO e DEPENDENTE; c) exibe um relacionamento ternário 
Ministra, entre as entidadesPROFESSOR, DISCIPLINA e ALUNO (quando não há 
exigências, pode-se omitir a razão de cardinalidade e os atributos).
Fonte: Acervo próprio.
Segundo Elmasri e Navathe (2005), a quantidade de entidades par-
ticipantes de um mesmo relacionamento é caracterizada como “Grau do 
Relacionamento”. Assim, o grau do relacionamento pode ser de três tipos, 
conforme os descrevemos a seguir.
Uniário: também chamado de autorrelacionamento ou relaciona-
mento recursivo, é a relação de uma entidade com ela mesma, ou seja, ape-
nas uma entidade participante. O item (a) da figura 13 demonstra um bom 
exemplo de autorrelacionamento.
Binário: é o relacionamento entre duas entidades distintas. O item 
(b) da figura 13 apresenta um exemplo de relacionamento binário.
Ternário: é o relacionamento envolvendo três entidades distintas. 
O item (c) da figura 13 ilustra um exemplo de relacionamento ternário.
Podem existir relacionamentos envolvendo mais de três entidades, 
porém, isto não será objeto de estudo neste caderno didático.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática34
Resumo
Nesta aula, você aprendeu:
• os principais conceitos e termos envolvidos num Modelo Entida-
de Relacionamento (ER);
• a aplicação de um modelo ER num projeto de banco de dados;
• planejar e construir modelos e diagramas ER de um banco de 
dados.
Atividades de aprendizagem
1. Qual o principal objetivo do Modelo Entidade Relacionamento (MER)?
2. O que é mapeamento do modelo de banco de dados?
3. Descreva a sequência de ações para se construir uma modelagem Enti-
dade Relacionamento.
4. Defina e exemplifique os termos entidade, atributo e relacionamento.
5. Construa exemplos de diagramas de relacionamento de cardinalidade 
1:1, 1:N e M:N. No mínimo 1 de cada e que sejam diferentes dos exemplos 
do caderno da disciplina.
6. O que significa grau de relacionamento? Quais são os tipos? Explique cada 
um deles.
7. Desenvolva um DER para que um banco possa gerenciar as contas parti-
culares de cada cliente em suas respectivas agências. Você deverá de-
cidir quais atributos de cada entidade serão necessários para o modelo.
8. Preencha os diagramas a seguir com as respectivas entidades e os seus rela-
cionamentos; informe também qual o grau de cardinalidade em cada caso.
a.
Entidades Relacionamento
Banco, agência Administra
b.
Entidades Relacionamento
Cliente, pedido Solicita
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
35
Aula 4 – Modelagem de dados – Modelo 
Relacional (MR)
Objetivos
• conceituar e apresentar os principais elementos do modelo re-
lacional;
• demonstrar as principais aplicações do modelo na construção 
de projeto de banco de dados relacional;
• realizar o mapeamento do Modelo Entidade Relacionamento 
(MER) para o Modelo Relacional (MR).
 
4.1 Introdução
Agora que aprendemos sobre o Modelo ER, que tal conhecermos o 
Modelo Relacional? Você observará, inclusive, que existem algumas seme-
lhanças entre ambos.
O Modelo Relacional tem muita semelhança com o Modelo ER. Eu 
diria que o MR é complementar ao MER.
Conforme Elmasri e Navathe (2005), o Modelo Relacional represen-
ta um banco de dados como uma coleção de relações comumente chamadas 
de tabelas. Cada relação é entendida como uma tabela que contém valores, 
e cada linha nesta tabela é composta de um conjunto de dados relacionados. 
Os valores contidos nas linhas seriam as instâncias de uma entidade ou de 
um relacionamento.
Cada relação ou cada tabela é composta de linhas e colunas. Ainda 
segundo o autor referenciado anteriormente, na terminologia do Modelo Re-
lacional, uma tabela é chamada de relação, um linha é chamada de tupla e 
as colunas são chamadas de atributos.
A figura 14 ilustra cada um desses elementos (destacados em cores 
diferentes) do Modelo Relacional na tabela PRODUTO. Observem atentamente!
Figura 14: Relação Produto, identificando cada um dos elementos.
Fonte: Acervo próprio.
Apesar do crescimento 
do uso de outros 
modelos, o MR ainda é 
o mais utilizado pelas 
empresas.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática36
4.2 Relações, domínios, tuplas e atributos
Apesar de serem termos de nomenclaturas diferentes, você irá per-
ceber que eles têm praticamente a mesma função de alguns dos termos da 
aula 3. Vamos conferir?
As relações em modelos relacionais, conforme dito anteriormente, 
representam o conjunto de informações de uma tabela (entidade no MER). 
Assim como no Modelo ER, as relações são construídas definindo-se, primei-
ramente, o esquema da relação, no qual são especificados o nome da relação 
e os atributos. 
A especificação dos atributos segue-se da definição dos domínios 
dos mesmos. Um domínio consiste de um conjunto de valores (dados) atômi-
cos que um atributo pode assumir. Um valor é dito atômico quando o mesmo 
não pode ser dividido, separado, ou seja, ele é indivisível. Assim, de acordo 
com Date (2000), um domínio é determinado pelo tipo de dado que um 
atributo pode assumir. Por exemplo: um atributo CÓDIGO, do tipo inteiro, 
só pode aceitar dados numéricos (números) inteiros; um atributo DESCRI-
ÇÃO, do tipo caractere, de tamanho 20, pode aceitar letras, números, ponto, 
acento etc., porém, não pode ultrapassar 20 caracteres.
Conforme mencionado anteriormente, as tuplas são as linhas da re-
lação. Tomando o exemplo da figura 14, a linha com | 1020 | Óleo | 9 | 2,15 
| corresponde a uma tupla da relação ALUNO. Assim como | 1045 | Arroz | 
10 | 8,99 | também constitui uma tupla da mesma relação.
Os atributos de uma relação são representados pelas colunas. Os 
atributos, aqui, têm a mesma representação que no Modelo ER.
4.3 Atributos-chave
Já leram ou ouviram alguma coisa sobre atributos-chave? De qual-
quer forma, é importante o bom entendimento desta seção, pois, dela, de-
penderão muitas outras informações constantes no restante deste caderno.
Uma relação é constituída de um conjunto de tuplas e atributos dis-
tintos. Para uma correta distinção das instâncias de uma relação, o Modelo 
Relacional adotou o conceito de atributo-chave. De acordo com Elmasri e 
Navathe (2005), o atributo chave pode ser constituído de um ou mais atri-
butos, e eles são encarregados de identificar e distinguir, de forma única e 
exclusiva, cada tupla de uma relação; assim, são chamados de superchave. 
Toda relação irá possuir, no mínimo, uma superchave, que será o conjunto 
de todos os seus atributos. 
Ainda segundo o mesmo autor, as chaves de uma relação podem ser 
classificadas das seguintes formas, descritas a seguir.
• Chave primária: composta por um ou mais atributos capazes de 
identificar, de forma única e exclusiva, cada tupla da relação. 
Quando é constituída de mais de um atributo, ela é chamada 
de chave primária composta, e cada um dos atributos desta 
Os atributos-chave são 
essenciais em BD; por 
isso, procurem assimilar 
bem as informações 
apresentadas.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 37
chave composta deve possuir a capacidade de, sozinho, também 
identificar de forma única cada tupla da relação. A chave pri-
mária no MR é representada colocando-se o(s) atributo(s)-chave 
sublinhado(s). Exemplos: o atributo Código da relação PRODUTO 
é uma chave primária, conforme ilustrado na figura 15, item (a); 
numa relação ALUNO, constituída dos atributos matrícula, CPF, 
nome, curso, e-mail, os atributos Matrícula e CPF formam uma cha-
ve primária composta, conforme ilustrado na figura 15, item (b).
a. Produto
Código Descrição Qtde ValorUnit
b. Aluno
Matrícula CPF Nome Curso e-mail
Figura 15: Esquema das relações PRODUTO e ALUNO.
Fonte: Acervo próprio.
• Chave candidata: formada pelo conjunto de atributos capazes 
de se tornarem uma chave primária. Exemplo: qualquer um dos 
atributos Matrícula e CPF da relação ALUNO são chaves candi-
datas.
• Chave estrangeira: formada pela chave primária de uma outra 
relação. Exemplo: considerando as relações PRODUTO com os 
atributos código, descrição, Qtde e ValorUnit, e ITENS_PEDIDO 
com os atributos CodProd, CodPed, Quant,o atributo CodProd 
da relação ITENS_PEDIDO é chave estrangeira, pois representa o 
atributo Código da relação PRODUTO, conforme ilustra a figura 
16. Na terminologia do MR, a chave estrangeira é representada 
colocando o atributo-chave em itálico.
Produto
Código Descrição Qtde ValorUnit
Itens_Pedido
CódProd CodPed Quant
Figura 16: Modelo identificando chave estrangeira.
Fonte: Acervo próprio.
4.4 Mapeamento do MER para MR
Já participou de algum projeto no qual foi realizado o mapeamento 
de MER para MR? Tem ideia do que seja?
Nesta seção, iremos aprender o que é e como fazer um mapeamen-
to desse tipo.
Embora seja crescente o uso da modelagem orientada a objeto, 
ainda é grande o uso, em projetos de banco de dados, da modelagem em alto 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática38
nível (o MER). Contudo, o uso dessa modelagem é apenas parte do processo 
de construção do projeto de banco de dados.
O resultado da modelagem ER são esquemas de observações, ou 
seja, Diagramas Entidade Relacionamento (DER) que devem ser integrados, 
posteriormente, para originar apenas um grande e único esquema. O mape-
amento do Modelo Entidade Relacionamento para o Modelo Relacional é uti-
lizado justamente para este fim, para complementar e completar o projeto 
de banco de dados.
A seguir, segue um resumo dos passos básicos necessários para se 
fazer o mapeamento do MER para o MR, baseado na obra de Elmasri e Nava-
the (2005).
Passo 1: todas as entidades são mapeadas para uma relação con-
tendo os mesmos atributos do MER. Veja o exemplo da figura 17.
Figura 17: Mapeamento de entidade MER para MR.
Fonte: Acervo próprio.
Na figura 17, foi apresentado o MER de uma entidade chamada Em-
pregados, com os atributos CPF (onde a bolinha preenchida representa chave 
primária), nome e idade (as bolinhas vazias representam atributos comuns). 
Fazendo-se o mapeamento para o Modelo Relacional, a relação Empregados 
ficou como mostrado na figura.
Passo 2: para entidade fraca é criada a relação contendo todos os 
seus atributos, tendo acrescido, como chave estrangeira, a chave primária 
da entidade forte (pai). Veja o exemplo da figura 18.
Figura 18: Mapeamento de entidade fraca de MER para MR.
Fonte: Acervo próprio.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 39
Na figura 18, foi apresentado o MER do relacionamento Possui en-
tre as entidades Funcionário, com os atributos CodFunc, Nome, DataNasc e 
Idade e Dependente, com os atributos CodDep, Nome e DataN. Fazendo-se 
o mapeamento para o Modelo Relacional, a relação Dependente ficou como 
mostrado na figura.
Passo 3: para relacionamentos 1:1 - dentre as relações que ma-
peiam as entidades participantes, escolha uma delas (a que for mais fraca, 
dependente) e inclua como chave estrangeira a chave primária da outra. 
Veja o exemplo da figura 19.
Figura 19: Mapeamento de relacionamento 1:1 de MER para MR.
Fonte: Acervo próprio.
Na figura 19, foi apresentado o MER do relacionamento Retirou (com 
o atributo DtRetirada) entre as entidades Pessoas, com os atributos CPF, 
Nome e Endereço e CateirasMotorista, com os atributos Numero, Validade, 
DataExpedição e Categoria. Fazendo-se o mapeamento para o Modelo Rela-
cional, as relações Pessoas e CarteirasMotorista ficaram como mostrado na 
figura.
Passo 4: para relacionamentos 1:N – escolha a relação que repre-
senta a entidade presente no lado N e acrescente, como chave estrangei-
ra, a chave primária da entidade do lado 1. Veja o exemplo da figura 18, 
no passo 2.
Passo 5: para relacionamentos M:N – é criada uma nova relação 
contendo, como chaves estrangeiras, as chaves primárias das entidades par-
ticipantes mais os atributos do relacionamento. Veja o exemplo da figura 20.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática40
Figura 20: Mapeamento de relacionamento M:N de MER para MR.
Fonte: Acervo próprio.
Na figura 20, foi apresentado o MER do relacionamento Participa 
(com o atributo DataInício) entre as entidades Empregado, com os atributos 
CPF, Nome e Projeto, com os atributos Código e Nome. Fazendo-se o mapea-
mento para o Modelo Relacional, as relações Empregados, Projeto e Partici-
pa (que virou uma entidade) ficaram como mostrado na figura.
Resumo
Nesta aula, você aprendeu:
• os principais conceitos e termos envolvidos num Modelo Rela-
cional;
• a aplicação de um Modelo Relacional num projeto de banco de 
dados;
• mapear um Modelo ER em um Modelo Relacional;
• planejar e construir modelos relacionais de um banco de dados.
Atividades de aprendizagem
1. Defina e exemplifique cada um dos seguintes termos em banco de dados: 
relação, tupla e domínio.
2. Qual a importância do Modelo Relacional para as organizações?
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 41
3. Faça o mapeamento dos seguintes modelos ER para o Modelo Relacional:
a.
b.
4. Pesquise e apresente três exemplos de representação de banco de dados 
relacionais. Pode utilizar o próprio local de trabalho como cenário para isto. 
5. O que são atributos-chave?
6. Qual a diferença entre chave primária e superchave?
7. O que é uma chave estrangeira?
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados
AULA 1
Alfabetização Digital
43
Aula 5 – SQL básico
Objetivos
• apresentar os principais conceitos sobre Linguagem de Consul-
ta Estruturada (SQL);
• realizar estudos sobre DDL e DML;
• realizar aplicações práticas dos principais comandos SQL;
• definir e criar restrições de dados em SQL.
5.1 Conceito
Você sabe o que significa SQL? Já leu ou ouviu falar? 
Bom, SQL (Structured Query Language – Linguagem de Consulta Es-
truturada), como o próprio nome diz, é uma linguagem de definição e de ma-
nipulação de um banco de dados relacional, conforme descreve Date (2000). 
A SQL foi criada especificamente para trabalhar com os SGBD’s relacionais 
criados pelo mundo; rapidamente, se tornou o padrão de linguagem de con-
sulta mais utilizado no planeta.
Uma das grandes vantagens do uso da SQL é que ela é um padrão 
reconhecido por todos os SGBD’s relacionais existentes. Qualquer que seja o 
SGBD escolhido pelo usuário ou pela empresa, a SQL irá se comunicar bem 
com ele. Caso o usuário resolva mudar de SGBD, ele não irá precisar se pre-
ocupar com o acesso aos seus dados se tiver adotado o SQL como linguagem 
de consulta, pois os seus sistemas praticamente não sofrerão mudanças. 
Segundo Elmasri e Navathe (2005), a SQL é formada por dois gran-
des grupos de funções e comandos, chamados de DDL (Linguagem de Defini-
ção de Dados) e DML (Linguagem de Manipulação de Dados).
5.2 Comandos de definição de dados
Por acaso, você já ouviu falar em comandos de definição de dados? 
Sabe o que significa? O grupo de comandos de definição de dados é conheci-
do como o grupo DDL, e forma a fase inicial para a construção de qualquer 
banco de dados em SQL. De acordo com Elmasri e Navathe (2005), a DDL for-
ma um conjunto de comandos responsáveis pela criação, alteração e deleção 
da estrutura das tabelas e dos índices de um banco de dados.
Antes de continuarmos, é importante destacar que os comandos 
SQL podem sofrer pequenas alterações de um SGBD (SQL Server, Oracle, Mys-
ql, PostgreSQL, DB2, Firebird etc.) para outro, principalmente nas sintaxes 
Nesta seção, iremos 
abordar os comandos 
de definição de dados 
em SQL utilizados no 
modo Shell (linhas de 
comandos digitados num 
prompt de comando).
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática44
dos comandos. Sendo assim, todo o material sobre SQL deste caderno está 
baseado no MySql. Para uma maior assimilação dos conteúdos estudados, se-
rão apresentados exemplos práticos de cada um dos comandos relacionados. 
Para cada exemplo, será apresentado um problema e, em seguida, a solução 
(resposta) ao problema dado.
Para iniciar, começaremos falando do comando para a criação do 
banco de dados. Para se criar um banco de dados em SQL, usa-se o comando:
CREATE DATABASE <nome-do-banco-de-dados>;
Veja um exemplo de aplicação.
Problema: criar uma base de dados (um banco de dados) chamada 
AULASQL.
Solução/Resposta:
CREATEDATABASE aulasql;
Uma vez definido (criado) o nome da base de dados, para poder 
trabalhar com esta base, é preciso abri-la para a edição. Para isto, utilizamos 
o seguinte comando (padrão do mysql):
USE <nome-do-banco-de-dados>
Veja um exemplo de aplicação.
Problema:
Abrir o banco de dados para a edição/manipulação dos dados.
Solução/Resposta:
USE aulasql;
Até então, nós criamos a base de dados e a abrimos para a edição. 
Agora, é preciso criar as tabelas que farão parte deste banco de dados. Para 
isto, é preciso aprender o comando de criação de tabelas em SQL. O coman-
do, neste caso, possui a seguinte sintaxe:
CREATE TABLE <nome_tabela>
 (nome_atributo1 < tipo > [ NOT NULL ],
 nome_atributo2 < tipo > [ NOT NULL ],
 ......
 nome_atributoN < tipo >) ;
 PRIMARY KEY (nome-atributo-chave)
 FOREIGN KEY nome-atributo-chave-estrangeira REFERENCES 
 nome-atributo-chave-primária (nome-tabela-pai) ON DELETE 
 [RESTRICT] ou
 [CASCADE] ou
 [SET NULL]
Onde:
• nome_tabela - é o nome da tabela a ser criada;
• nome_atributo - é o nome do atributo (da coluna) a ser criado 
na tabela;
SQL Server – SGBD -, 
desenvolvido e mantido 
pela Microsoft (http://
www.microsoft.com); 
Oracle - SGBD -, 
desenvolvido e mantido 
pela empresa Oracle 
(http://www.oracle.com); 
MySql - SGBD -, 
desenvolvido pela 
MySql AB, atualmente, 
é mantido pela Oracle 
(http://www.mysql.com); 
PostgreSQL – 
é um projeto open 
source (código 
aberto) coordenado 
pelo PostgreSQL 
Global Development 
Group (http://www.
postgresql.org) -; 
DB2 – SGBD -,
 desenvolvido e mantido 
pela IBM (www.ibm.com/
software/data/db2); 
Firebird – SGBD -, 
desenvolvido e 
mantido pela Fundação 
FirebirdSQL (http://
www.firebirdsql.org).
Os comandos SQL 
devem ser sempre 
finalizados com o uso 
do ponto e vírgula (;), 
conforme ilustra o 
exemplo anterior e os 
demais exemplos deste 
caderno.
http://www.postgresql.org
http://www.postgresql.org
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 45
• tipo - é a especificação do tipo de atributo (integer ou int, 
char(n), varchar(n), decimal(n,m), real(n,m), date...);
• n- número de dígitos ou de caracteres;
• m- número de casas decimais;
• NOT NULL – indica que o atributo não aceita valor nulo (ou va-
zio);
• PRIMARY KEY (nome-atributo-chave) – serve para definir qual 
atributo será a chave primária da tabela. Podem ser definidos 
mais de um atributo como chave; neste caso, os mesmos devem 
vir separados por vírgula dentro do parêntese;
• FOREIGN KEY - nome-atributo-chave-estrangeira - REFERENCES 
nome-atributo-chave-primária (nome-tabela-pai) - serve para 
definir qual atributo será a chave estrangeira da tabela, ou seja, 
o campo que é a chave primária de outra tabela. Na opção RE-
FERENCES, deve ser especificada a tabela que possui a chave 
primária referenciada. Para cada chave estrangeira, deve-se es-
pecificar uma sequência do Foreign Key;
• ON DELETE - esta opção só se aplica com o Foreign Key e es-
pecifica o que deve ser feito pelo SGBD, quando houver uma 
exclusão de um registro na tabela pai (que contém a chave pri-
mária referenciada) e houver algum registro correspondente nas 
tabelas filhas (com a respectiva chave estrangeira). As opções 
disponíveis são as especificadas a seguir.
• RESTRICT – é a opção padrão. Ela não permite a exclusão na 
tabela pai de um registro em que a chave primária exista em 
alguma tabela filha.
• CASCADE – opção que executa a exclusão em todas as tabe-
las filhas que possuam o valor da chave que será excluída na 
tabela pai.
• SET NULL - opção que atribui o valor NULO nos atributos das 
tabelas filhas que contenham o valor da chave que será ex-
cluída na tabela pai.
Veja um exemplo de aplicação.
Problema:
Criar uma tabela de nome EMPREGADO com os seguintes atributos 
e restrições:
Código – do tipo inteiro, chave primária e não deve aceitar valor 
vazio ou nulo;
Nome – do tipo caracter, de tamanho 40, não deve aceitar valor 
vazio ou nulo;
Dtnasc – do tipo data;
Salário – do tipo decimal, de tamanho 7 com duas casas decimais;
CPF – do tipo inteiro e não aceita valor vazio ou nulo.
Solução/Resposta:
CREATE TABLE empregado (
 codigo int not null, -- código funcional
 nome varchar2(40) not null, -- nome do empregado
As intruções Primary 
Key e Foreign Key serão 
explicadas em mais 
detalhes na Aula 5.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Informática46
 dtnasc date, -- data de nascimento
 salario decimal(7,2), -- valor do seu salário
 CPF int not null, -- CPF do empregado 
 Primary key (código); -- define código como chave primária
Caso a estrutura definida com os comandos anteriores não seja a 
mais adequada ou que necessite de alguns ajustes, existe um comando que 
é responsável por fazer modificações na estrutura do banco. O comando em 
questão é o ALTER TABLE, que é capaz de alterar a estrutura de uma tabela 
acrescentando, retirando e alterando nomes, formatos das colunas e a inte-
gridade referencial definidos em uma determinada tabela.
A sintaxe do comando Alter Table segue logo a seguir.
ALTER TABLE <nome-tabela>
 DROP <nome-atributo>;
 ADD <nome-atributo > <tipo-do-dado> [NOT NULL];
 RENAME <nome-atributo > <novo-nome-atributo >;
 RENAME TABLE <novo-nome-tabela>;
 MODIFY <nome-atributo > <tipo-do-dado> [NULL]; ou
 [NOT NULL]
Onde:
• DROP – serve para excluir um atributo;
• ADD – serve para adicionar um novo atributo;
• RENAME – serve para renomear um atributo;
• RENAME TABLE – serve para renomear a tabela;
• MODIFY – serve para modificar/alterar o tipo do dado do atributo.
Visando uma melhor compreensão dos comandos anteriores, serão 
relacionados alguns exemplos práticos, a seguir.
Veja alguns exemplos de aplicação.
Problema 1: acrescentar o atributo fone, do tipo caractere de ta-
manho 14, na tabela EMPREGADO.
Solução/Resposta:
ALTER TABLE empregado ADD fone varchar(14).
Problema 2: acrescentar o atributo codsetor como chave estrangei-
ra, na tabela EMPREGADO.
Solução/Resposta:
ALTER TABLE empregado ADD FOREIGN KEY codsetor REFERENCES 
(Setor).
Problema 3: renomear o atributo dtnasc para datanasc na tabela 
EMPREGADO.
Solução/Resposta:
ALTER TABLE empregado RENAME dtnasc datanasc.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesBanco de Dados 47
Problema 4: modificar o tipo do atributo salário (acrescentando 2 
dígitos na parte inteira) na tabela EMPREGADO.
Solução/Resposta:
ALTER TABLE empregado MODIFY salário decimal(9,2).
Problema 5: excluir o atributo fone da tabela EMPREGADO.
Solução/Resposta:
ALTER TABLE empregado DROP fone.
Por fim, caso queira excluir a tabela como um todo, existe o coman-
do DROP TABLE. A sintaxe deste comando é:
DROP TABLE <nome-da-tabela>
Veja um exemplo de aplicação.
Problema: 
Excluir/deletar a tabela EMPREGADO.
Solução/Resposta:
DROP TABLE empregado; -- exclui/deleta a tabela EMPREGADO.
5.3 Comandos de Manipulação de Dados
Agora, iremos falar dos comandos de manipulação de dados, já ou-
viu algo sobre isto?
Os comandos de manipulação de dados (DML) são os responsáveis 
pela inserção, exclusão, alteração e consulta (pesquisa) ou recuperação de 
dados em um banco de dados.
Dadas as suas funcionalidades, os comandos de manipulação são 
os mais utilizados no gerenciamento e na manipulação de um BD, uma vez 
que costumam ser aplicados diversas vezes ao longo de um dia de trabalho. 
Sendo assim, é preciso um cuidado maior na execução dos mesmos, para que 
não sejam cometidos equívocos (inconsistências) ou ainda erros (lançamen-
tos ou recuperação de dados incorretos) na base de dados.
Agora, vamos falar dos comandos da DML. Para isto, iremos iniciar 
descrevendo sobre o comando INSERT. Você o conhece?
O comando INSERT serve para inserir um novo registro (uma nova 
linha) em uma tabela do BD. Para isto, é necessário escrever a sintaxe do 
comando corretamente, conforme o modelo a seguir:
INSERT INTO <nome-tabela> [(<nome-atributo>, [<nome-atributo>])]
 VALUES (<relação dos valores a serem incluídos>)
Onde:
•	 nome-tabela - representa o nome da tabela na qual será incluído 
o registro

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