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11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 1/32 CONTABILIDADE SOCIALCONTABILIDADE SOCIAL CONTABILIDADE SOCIAL ECONTABILIDADE SOCIAL E ATIVIDADES ECONÔMICASATIVIDADES ECONÔMICAS Autor: Dr. Claudio Andrés Téllez Zepeda Revisor : Franc isco Fre ire Duarte IN IC IAR 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 2/32 introdução Introdução Nesta unidade, apresentaremos a natureza, a utilização e as limitações da Contabilidade Social como instrumento contábil para a mensuração das atividades econômicas de um determinado país ou região. Mais do que um sistema destinado à avaliação quantitativa de uma dada economia, a Contabilidade Social proporciona uma visão integrada das principais categorias de atividades econômicas e respectivas inter-relações que compõem a vida econômica de uma sociedade. Dessa maneira, para uma apreciação correta da Contabilidade Social, devemos conhecer a natureza das atividades econômicas, saber identi�car seus principais setores e agentes ativos e ser capazes de avaliar as relações que se estabelecem entre esses setores e agentes. Para a utilização correta de um Sistema de Contas Nacionais, é necessário conhecer as características das atividades produtivas e da geração de renda no país ou na região sob análise. Uma primeira abordagem para demonstrar um sistema padrão de contas nacionais consiste em apresentar um modelo simpli�cado de uma economia fechada (isto é, que não mantém relações com o Resto do Mundo) e sem governo. Após uma discussão a respeito da natureza da Contabilidade Social, na qual avaliaremos sua importância, suas limitações e inconsistências, discutiremos quais são as principais atividades econômicas que devem ser levadas em consideração para a construção de um sistema de contas nacionais. A seguir, apresentaremos uma classi�cação dos sistemas de contabilidade social e 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 3/32 encerraremos falando sobre os principais elementos que compõem um sistema de contas nacionais para uma economia fechada sem governo. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 4/32 A Contabilidade Social se desenvolve, historicamente, em paralelo ao desenvolvimento da Macroeconomia. Tratando a Macroeconomia como ciência, identi�camos três aspectos, que são: descrição; explicação; previsão e controle. Sendo assim, espera-se que a análise macroeconômica descreva os principais componentes das atividades econômicas de uma nação e que proporcione um marco teórico capaz de explicar como funciona essa economia. Dessa maneira, podem-se prever possíveis comportamentos futuros da economia e identi�car problemas que possam prejudicar seu andamento. Uma vez identi�cados os fatores que podem causar instabilidades ou prejuízos ao desenvolvimento econômico e social, os gestores buscam controlar esses fatores, usando, para isso, ferramentas técnicas especí�cas. A Contabilidade Social pode ser descrita como um instrumento contábil de análise macroeconômica. Dessa maneira, descreve-se ao mesmo tempo como A Contabilidade Social:A Contabilidade Social: Natureza, Utilização eNatureza, Utilização e LimitaçõesLimitações 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 5/32 técnica de registro e mensuração dos principais agregados macroeconômicos. Se correspondem à Macroeconomia a análise do comportamento geral da economia e o estudo das relações entre as diversas atividades econômicas de uma nação, portanto, cabe à Contabilidade Social calcular e analisar, quantitativamente, os agregados macroeconômicos. Por isso, podemos dizer que a Contabilidade Social desempenha o papel de operacionalizar, empiricamente, a ciência macroeconômica. Além disso, a Contabilidade Social apresenta uma natureza coadjuvante ao lado da teoria macroeconômica keynesiana e, historicamente, participou do desenvolvimento da Macroeconomia moderna, desde a época da Grande Depressão. Sendo assim, Montoro Filho (1994) sugere que três fatos distintos e, ao mesmo tempo, inter-relacionados compõem as origens da Macroeconomia moderna: 1. O trabalho de Simon Kuznets, que estabelece as bases conceituais e estatísticas do sistema de contas nacionais e o desenvolvimento de outras medidas forneceu dados estatísticos para um grande número de variáveis macroeconômicas. Apesar das lacunas ainda existentes, especialmente no Brasil, seria inconcebível os progressos empíricos obtidos sem a existência destes dados. Evidentemente, o progresso teórico bene�ciou-se largamente destas evidências empíricas. 2. A Teoria Geral de Keynes, verdadeira Carta Magna teórica da macroeconomia, inaugurou efetivamente a utilização e construção de modelos em macroeconomia, ou seja, supor algumas relações de comportamento, derivar resultados destas relações e veri�car como os resultados variam se houver mudança nos parâmetros. A técnica em si não era novidade. A sua utilização no campo sim, como indica o fato de Keynes ter sido forçado a idealizar um modelo macroeconômico “clássico” em oposição a seu próprio modelo. Podemos considerar que antes de Keynes a teoria monetária era a única teoria econômica agregativa que existia, assim como a política monetária era o único instrumento de estabilização aceito. 3. O desenvolvimento da econometria e a aplicação de técnicas matemáticas na teoria econômica permitiram e estimularam a construção, o teste e a estimação de modelos macroeconômicos. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 6/32 Utilizando os dados que se tornaram disponíveis a partir do desenvolvimento da Contabilidade Social e da teoria de Keynes, de seus sucessores e de seus críticos, um grande número de pesquisas foram realizadas. Como consequência desta combinação de fatores, nosso entendimento do mecanismo macroeconômico muito se desenvolveu, apesar de muitos ainda o considerarem insu�ciente (MONTORO FILHO, 1994, p. 11). A partir da exposição de Montoro Filho (1994), observamos que a natureza empírica da Contabilidade Social é fundamental para conferir caráter cientí�co à Macroeconomia moderna. Ao lado das técnicas econométricas, que possibilitam um tratamento formal-quantitativo da teoria macroeconômica, a Contabilidade Social permite a avaliação empírica dos mecanismos macroeconômicos descritos ou previstos pelos esforços teóricos. Utilizamos técnicas contábeis e estatísticas da Contabilidade Social para mensurar a produção, a renda, o investimento, a poupança e outras variáveis macroeconômicas de interesse a respeito de um determinado país ou região. Dessa maneira, a Contabilidade Social é capaz de proporcionar uma visão de conjunto da conjuntura econômica. Enquanto parte da ciência contábil, a Contabilidade Social processa os dados econômicos com o propósito de formular e registrar, quantitativamente, as informações pertinentes a respeito das atividades econômicas de um determinado país ou região. Ao mesmo tempo, pode-se dizer que a Contabilidade Social é um tipo de análise macroeconômica, de natureza mais empírica, passível de ser empregada para avaliar a atividade econômica de forma geral. De�ne-se a Contabilidade Social como "metodologia para registrar e quanti�car os agregados macroeconômicos de uma forma coerente e sistemática" (MONTORO FILHO, 1994, p. 15). Dentre esses agregados e variáveis de interesse para a análise macroeconômica, podemos destacar as informações a respeito da produção de bens e serviços, padrões de consumo, geraçãoe distribuição da renda, despesas, investimentos, transações com o Resto do Mundo, participação do governo na economia, entre outros. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 7/32 A Contabilidade Social proporciona a base estrutural dos modelos macroeconômicos, pois possibilita organizar as relações entre os diversos agentes que desempenham atividades econômicas de maneira, ao mesmo tempo, coerente e sistemática; e permite o teste empírico dos modelos macroeconômicos, atividade que desempenha em conjunto com os métodos econométricos (MONTORO FILHO, 1994). Por conferir uma estruturação coerente da multiplicidade de atividades que compõem a vida econômica de um determinado país ou região e por possibilitar o teste dos modelos macroeconômicos e de suas hipóteses, diante da realidade empírica, a Contabilidade Social integra a teoria econômica e participa de seu desenvolvimento enquanto disciplina rigorosamente cientí�ca. A natureza é, ao mesmo tempo, analítica e quantitativa da Contabilidade Social, no entanto, coloca a área diante de alguns problemas e limitações. As transações econômicas de interesse devem ser mensuráveis, o que requer o desenvolvimento de mecanismos de cálculo adequados para a agregação das quantidades heterogêneas que participam dos processos de mercado. A mensuração das variáveis que compõem os agregados macroeconômicos, portanto, envolve di�culdades de caráter técnico, operacional e conceitual (PAULANI; BRAGA, 2012). As di�culdades de natureza técnica envolvem, em geral, a maneira como se trata o comportamento dos preços. Variações nos preços em momentos distintos no tempo podem induzir à realização de comparações equivocadas. Dessa maneira, os efeitos in�acionários impactam nas estimativas que compõem as contas nacionais. Outra di�culdade técnica se associa aos fatores sazonais, pois se entende por sazonalidade a presença de variações que expressam padrões repetitivos ou periódicos associados a fatores, tais como estações do ano ou períodos de férias. Os fenômenos climáticos, ou mesmo culturais e institucionais, di�cultam a análise econômica e as comparações entre diferentes trimestres no decorrer de um mesmo ano (PAULANI; BRAGA, 2012). 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 8/32 A respeito das limitações e di�culdades operacionais, uma grande di�culdade enfrentada na hora de lidar com as contas nacionais é a existência da economia informal: [...] na medida em que há atividades de compra e venda e de produção de bens e serviços que não se dão por meio de empresas o�cialmente constituídas, surge o problema de como mensurá-las, isto é, de como incorporar o valor por elas produzido ao valor do produto agregado. A di�culdade é operacional porque, na medida em que tais empresas não existem o�cialmente e há, por isso mesmo, certo receio em prestar informações, �ca um tanto difícil identi�cá-las, localizá-las e levantar os dados necessários. As empresas não o�cialmente constituídas podem se dedicar a atividades legais, como ocorre normalmente quando as famílias tornam-se produtoras, e a atividades ilegais, como contrabando, trá�co de drogas e prostituição. (PAULANI; BRAGA, 2012, p. 157) A di�culdade de acesso a dados con�áveis a respeito das atividades econômicas informais ou ilegais torna difícil incluir os resultados dessas atividades no cômputo do produto agregado. Além da economia informal, temos também a economia subterrânea, que se refere, exclusivamente, às atividades econômicas que não são deliberadamente declaradas (PAULANI; BRAGA, 2012). Trata-se da produção de bens e serviços que, de maneira consciente e intencional, não é reportada aos poderes públicos. Desde 2007, Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), juntamente com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), produz e divulga o Índice de Economia Subterrânea. Em 2016, esse índice apontou que a economia subterrânea movimentou o correspondente a 16,3% do PIB nacional, um volume superior ao PIB das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Embora atividades informais ou subterrâneas ainda possam ser estimadas para minimizar o problema operacional, as atividades ilegais apresentam 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 9/32 di�culdades adicionais, dado que a renda que produzem costuma ser praticamente inacessível. Finalmente, as di�culdades do tipo conceitual referem-se às atividades não monetizadas e a problemas relacionados ao meio ambiente, pois as atividades não monetizadas incluem, por exemplo, produção agrícola de subsistência e outras atividades que produzem bens e serviços que são consumidos, porém que não são transacionados no mercado e que não geram renda monetária. Via de regra, a solução encontrada pela Contabilidade Social para atribuir valor monetário a essas atividades consiste na imputação dos valores que elas teriam caso fossem transacionadas no mercado (PAULANI; BRAGA, 2012). Sabe-se, também, que as atividades econômicas de produção e consumo exercem impacto sobre o meio ambiente. Tais impactos podem resultar em externalidades negativas, que compreendem custos que não são valorados em unidades monetárias pelo mercado (poluição do ar e de rios, redução de áreas de preservação ambiental e assim por diante). No Brasil, as tragédias decorrentes do rompimento de barragens em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), chamaram a atenção da opinião pública para os altos custos humanos e ambientais que podem ser associados ao exercício de atividades produtivas, no caso atividades de mineração. As di�culdades técnicas, operacionais e conceituais nos colocam diante da necessidade de aprimorar e padronizar constantemente os mecanismos de mensuração dos agregados macroeconômicos. Internacionalmente, o Manual das Nações Unidas (System of National Accounts - SNA) proporciona uma referência metodológica constantemente revista e atualizada. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 10/32 reflita Re�ita O primeiro manual de contas nacionais da Organização das Nações Unidas (ONU) (SNA 1953) foi elaborado por uma equipe de 5 pessoas. Quarenta anos depois, a revisão publicada como SNA 1993 exigiu uma equipe de mais de 50 pessoas e várias organizações internacionais. Isso nos dá uma ideia do aumento da complexidade das técnicas para medir agregados econômicos. Fonte: Feijó e Ramos (2013). Além das di�culdades de caráter técnico, operacional e conceitual, uma limitação importante enfrentada pela Contabilidade Social é a disponibilidade de dados primários con�áveis para a elaboração das estimativas macroeconômicas (MONTORO FILHO, 1994). O infográ�co a seguir ilustra os principais momentos na evolução histórica da padronização que a Organização das Nações Unidas propõe para os sistemas de contas nacionais. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 11/32 Devido ao caráter cientí�co da teoria macroeconômica e da Contabilidade Social, é importante ressaltar que não existe um sistema �xo e de�nitivo para a mensuração das contas nacionais. Por isso, as revisões constantes são necessárias para acompanhar o desenvolvimento econômico e social, incorporando novas ferramentas estatísticas e os efeitos do avanço tecnológico sobre as atividades humanas. praticar Vamos Praticar Pode-se descrever a Contabilidade Social como instrumento contábil de análise macroeconômica. Sendo assim, a respeito da relação entre a Contabilidade Social e a teoria macroeconômica, assinale a alternativa correta.a) A Contabilidade Social tem por objetivo proporcionar explicações teóricas consistentes a respeito do funcionamento das economias nacionais. b) A Contabilidade Social proporciona a base estrutural dos modelos macroeconômicos e possibilita o teste empírico desses modelos. Evolução da padronização do Sistema de Contas Nacionais (SNA), a saber: 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 12/32 c) A Macroeconomia corresponde à operacionalização empírica da Contabilidade Social. d) A Contabilidade Social se desenvolveu em antagonismo à macroeconomia keynesiana. e) A Contabilidade Social apresenta apenas visões parciais e setorizadas da conjuntura econômica. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 13/32 O princípio da identidade das contas nacionais sustenta o edifício da Contabilidade Social. De acordo com esse princípio, podemos mensurar a atividade econômica com três óticas distintas (do produto, da despesa e da renda), sendo que essas óticas proporcionam o mesmo resultado. Temos, portanto, a equação mais fundamental da Contabilidade Social: Produto Nacional = Despesa Nacional = Renda Nacional Nosso ponto de partida consiste em identi�car e compreender as interações na economia real que correspondem às atividades econômicas que participam dessas três óticas. Precisamos identi�car os principais setores da economia, quais são seus agentes ativos e analisar as relações que existem entre os diversos setores e os agentes econômicos. A seguir, de posse da compreensão do conceito e das características da produção, podemos analisar a geração de renda e a inter-relação existente entre a produção, o consumo e a acumulação. Partindo de um modelo simples para entender como funciona o sistema econômico, consideramos uma economia fechada e sem governo. Por As Atividades Econômicas:As Atividades Econômicas: Categorias e Inter-Categorias e Inter- RelaçõesRelações 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 14/32 fechada, entende-se que nosso modelo econômico não realiza transações com o exterior. Ao mesmo tempo, consideramos que o governo não participa das atividades econômicas, nem interfere nos processos econômicos. Há vários mercados que compõem a economia. Por exemplo, o mercado dos fatores de produção consiste nas famílias, que são agentes econômicos proprietários dos meios de produção e que fornecem esses recursos às unidades produtoras que correspondem às empresas. No mercado de bens e serviços, as empresas fornecem às famílias aquilo que produzem, utilizando os fatores de produção. Esse �uxo bidirecional é o �uxo real da economia, conforme apresentado a seguir: (fatores de produção) Famílias --------------------------------------------> Empresas (bens e serviços) Famílias ← --------------------------------------- Empresas Assim, tanto famílias quanto empresas desempenham um papel duplo nos processos econômicos, em que as famílias são consumidoras dos bens e serviços que demandam no mercado de bens e serviços. Nesse mercado, as empresas ofertam os bens e serviços. Já no mercado de fatores de produção, as famílias ofertam os serviços desses fatores e as empresas os demandam, pois precisam deles para exercer suas atividades produtivas. No entanto, a moeda desempenha um papel importante, pois é empregada nos dois mercados, tanto pelas famílias, que usam a moeda para pagar pelos bens e serviços que consomem, quanto pelas empresas, que precisam remunerar os fatores de produção. Assim, concomitantemente ao �uxo real da economia, existe um �uxo monetário, conforme apresentado a seguir. (pagamentos por bens e serviços consumidos) Famílias -----------------> Empresas 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 15/32 (remuneração dos fatores de produção) Famílias ←----------------- Empresas Os fatores de produção (e suas respectivas remunerações) correspondem a trabalho (salários), capital (juros), terra (aluguéis), tecnologia (royalties) e atividade empreendedora (lucro). Os agentes ativos em uma dada economia são responsáveis pelas ações econômicas que de fato se desenvolvem nos processos de mercado. Tais agentes podem ser classi�cados em quatro grandes grupos: Famílias : correspondem aos proprietários dos fatores de produção, responsáveis por proporcionar esses recursos para o desempenho das atividades empresariais. Empresas : constituem o arcabouço produtivo da economia, desempenhando suas atividades nos setores primário (extração ou produção de matérias-primas), secundário (fabricação de bens empregando as matérias-primas) e terciário (setor de serviços). Compete às empresas a produção dos bens e serviços que serão consumidos pela sociedade. Governo : mantém relações econômicas, tanto com Empresas, quanto com Famílias. É responsável pela arrecadação de impostos e por proporcionar bens públicos (segurança, por exemplo). Também interfere em diversos setores, de acordo com necessidades estratégicas, e adquire produção das empresas para fornecer serviços. Resto do Mundo : corresponde aos agentes econômicos externos que realizam transações com o país. Por conveniência, agrupamos os demais países sob a denominação geral de Resto do Mundo. O �uxo de importações e exportações, por exemplo, ocorre entre o setor doméstico e o Resto do Mundo. As atividades dos agentes ativos em um dado sistema econômico são classi�cadas em três grandes categorias: produção, consumo e acumulação. A produção é tratada como a atividade econômica mais importante, 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 16/32 correspondendo à teoria macroeconômica, com o auxílio da Contabilidade Social, o trabalho de explicar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB): A estatística mais importante derivada do SCN é o Produto Interno Bruto (PIB), que [...] mede o total da produção líquida de bens e serviços de uma economia em um dado período de tempo. Explicar como evolui o PIB e os principais agregados macroeconômicos é tarefa para a teoria macroeconômica, que pela construção de modelos teóricos trabalha hipóteses de comportamento sobre como se processam relações de causa e efeito relevantes entre as variáveis macroeconômicas para explicar os movimentos do PIB ao longo do tempo (FEIJÓ; RAMOS, 2013, p. 1). A produção também pode ser considerada a categoria mais importante, pois, sem ela, as demais categorias não têm razão de existir. O consumo depende de bens e serviços (produzidos) para serem consumidos. A acumulação , que corresponde à formação de capital, relaciona-se à produção, pois bens de capital são utilizados nas atividades produtivas. Chamamos de produção às atividades necessárias para criar os bens e serviços destinados a atender os desejos e as necessidades dos seres humanos. Em paralelo à produção, ocorre a geração de renda. Para produzir bens e serviços, é necessário empregar fatores de produção, que são remunerados por intermédio de salários, aluguéis, juros e lucros. O consumo corresponde à aquisição de produtos �nais por parte dos consumidores na economia, é a utilização de bens ou serviços pelas famílias. Segundo o princípio das partidas dobradas, a conta da produção estabelece que a venda aos consumidores, em que (C) corresponde à renda recebida pelos fatores de produção (Y): Finalmente, a acumulação corresponde à formação de capital, em que bens de capital são bens �nais que não se destinam ao consumo (máquinas e equipamentos, por exemplo). As atividades de acumulação compreendem os C = Y 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&…17/32 investimentos, realizados pelas Empresas, e a poupança realizada pelas Famílias. O investimento (I) corresponde à produção de bens de capital e a poupança (S) é a porção da renda que as Famílias não gastam com o consumo de bens e serviços. O investimento, portanto, é realizado pelas unidades produtoras e a poupança corresponde às unidades consumidoras (MONTORO FILHO, 1994). Assim, as Famílias distribuem a renda que recebem como remuneração pelos fatores de produção em duas partes, o consumo (C), para a aquisição dos serviços e bens de consumo, e a poupança (S), que é a porção que não se destina ao consumo: A produção vendida corresponde ao consumo e aos gastos com investimento, conforme apresentado a seguir. Ora, se o total da renda se encontra alocado em consumo e poupança e, ao mesmo tempo, o total da renda se encontra alocado em consumo e investimento , temos: Nesta última equação, o lado esquerdo (C+I) , mostra os componentes da demanda, e o direito (C+S) expressa a alocação da renda. O �uxo circular de renda estabelece que o valor da produção produzida corresponde à renda recebida, que se destina ao consumo de bens e serviços ou à poupança. Dessa maneira, temos: Ou seja, em uma economia simpli�cada (sem Governo e sem Resto do Mundo), o investimento é igual à poupança (DORNBUSCH; FISCHER, 1991). Sendo assim, é importante esclarecer que contamos a acumulação de estoques como parte do investimento, isso porque, às vezes, as Empresas Y ≡ C + S Y ≡ C + I (Y ≡ C + S) (Y ≡ C + S) C + I ≡ Y ≡ C + S I ≡ Y − C ≡ S 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 18/32 produzem mais do que conseguem vender para as Famílias, e essa produção �ca acumulada nos armazéns. praticar Vamos Praticar O estudo da Contabilidade Social demanda a identi�cação correta dos principais setores da economia, de seus agentes ativos e das relações existentes entre setores e agentes. A respeito do modelo simples de uma economia fechada e sem governo, assinale a alternativa correta. a) As transações realizadas com agentes econômicos de outros países devem ser incluídas no modelo. b) O Governo desempenha um papel econômico importante, por interferir na economia para �ns de estabilização macroeconômica. c) O �uxo monetário da economia corresponde aos fatores de produção, que �uem das famílias para as empresas, e os bens e serviços das empresas para as famílias. d) As Empresas, que desempenham suas atividades em todos os setores, constituem o arcabouço produtivo da economia. e) As Famílias distribuem a renda que recebem como remuneração pelos fatores de produção que cedem às Empresas entre Consumo e Investimento. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 19/32 Os Sistemas de Contabilidade Social apresentam o desempenho macroeconômico de um determinado país ou região, em um determinado período de tempo. A esse respeito, expressam a produção de bens e serviços �nais o consumo agregado, o volume de investimentos e assim por diante (LOPES; VASCONCELLOS, 2000). Os principais sistemas para a Contabilidade Social são o Sistema de Contas Nacionais e a Matriz de Insumo-Produto, enquanto o Sistema de Contas Nacionais, trata, apenas, dos bens e serviços �nais produzidos na economia. Além disso, a Matriz de Insumo-Produto também leva em consideração os bens e serviços intermediários (intersetoriais) e, por essa razão, a Matriz de Insumo-Produto também é chamada de Matriz de Relações Intersetoriais. Para uma economia fechada sem participação do Governo, o Sistema de Contas Nacionais emprega três contas, que são: produção; apropriação (utilização da renda); acumulação (conta de capital). Classi�cação dos SistemasClassi�cação dos Sistemas de Contabilidade Socialde Contabilidade Social 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 20/32 No caso de uma economia que realiza transações com o Resto do Mundo, acrescentamos mais uma conta para contemplar essas atividades. É importante observar que a Matriz de Insumo-Produto pode ser tratada como uma abordagem complementar ao Sistema de Contas Nacionais. Enquanto o Sistema de Contas Nacionais se baseia nas contribuições de John Maynard Keynes para o equilíbrio econômico abaixo do pleno emprego, a Matriz de Insumo-Produto (ou Matriz de Leontief) se fundamenta no equilíbrio geral walrasiano (FEIJÓ; RAMOS, 2013). O Sistema de Contas Nacionais apresenta algumas limitações de cálculo, por exemplo, no que diz respeito à mensuração das atividades produtivas e às transferências de renda que não correspondem à provisão de algum bem ou serviço (pagamento de mesadas, por exemplo). Há, ainda, atividades que apresentam di�culdades estatísticas para sua mensuração, por exemplo, trabalhos domésticos. Temos também outras atividades produtivas que não apresentam contrapartida �nanceira, porém deveriam entrar no cálculo das contas nacionais devido à sua importância. Por exemplo, quem mora em casa própria, não paga aluguel, porém o serviço de moradia no imóvel deveria ser considerado. Para essa �nalidade, são feitas estimativas para imputar valores �nanceiros de acordo com as informações que conhecemos a partir do mercado (MONTORO FILHO, 1994). Para evitar incorrer no erro de dupla contagem, o Sistema de Contas Nacionais trabalha, somente, com os bens e serviços �nais produzidos na economia (em contraste com a Matriz de Insumo-Produto, que considera os bens intermediários). Ocorre que, em certas situações, um determinado bem pode ser usado para a produção de outros bens, mas também pode ser consumido diretamente. A classi�cação dos bens entre intermediários e �nais demanda, para �ns de operacionalização da contabilidade nacional, o estabelecimento de convenções arbitrárias. Ainda assim, devemos tomar cuidado quando realizamos comparações entre atividades econômicas de países distintos. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 21/32 Além disso, as atividades informais e outras atividades que não são registradas de maneira sistemática também representam desa�os para o Sistema de Contas Nacionais. Em alguns casos, é possível imputar valores para a produção informal. Observamos, no entanto, que imputações e estimativas estão sempre sujeitas a erros de natureza estatística. A preservação do meio ambiente também apresenta limitações para o cálculo das contas nacionais. Há custos ecológicos associados à utilização de recursos naturais. Quando uma região é desmatada para a criação de gado, por exemplo, contabiliza-se o valor do gado, porém o custo associado à perda da região �orestal não entra na contabilidade, o que gera inconsistências. Argumenta-se que os recursos naturais são um patrimônio da humanidade e que sua utilização hoje e, mais gravemente, sua destruição, reduz a qualidade de vida e de capacidade produtiva das gerações futuras. Por estas razões, a contabilidade social deveria considerar como custos, portanto reduzindo o valor corrente do produto e renda nacionais, esta perda do patrimônio social (MONTORO FILHO, 1994, p. 30). saiba mais Saiba mais A legalização de atividades “proibidas” por razões legais ou políticas afeta o cálculo do Produto Nacional e, portanto, o cômputo das contas nacionais. Nos Estados Unidos, a revogação da Lei Seca, que proibia o comércio de bebidas alcoólicas, resultou na elevação do Produto Nacional. Fonte: Montoro Filho (1994). ACESSAR https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/a-lei-seca-norte-americana/60297 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&…22/32 O Sistema de Contas Nacionais depende de técnicas de mensuração e de tratamento estatístico de variáveis que, pela própria complexidade e interdependência das atividades econômicas, apresentam limitações e introduzem inconsistências. Por essa razão, não há uma receita pronta e de�nitiva para o cálculo das contas nacionais, e os esforços de sistematização e padronização buscam acompanhar a evolução econômica das sociedades. praticar Vamos Praticar Os Sistemas de Contabilidade Social têm por objetivo apresentar o desempenho macroeconômico de um determinado país ou região, em um determinado período de tempo. Os principais sistemas para a Contabilidade Social são o Sistema de Contas Nacionais e a Matriz de Insumo-Produto. Sendo assim, sobre os Sistemas de Contabilidade Social, assinale a alternativa correta. reflita Re�ita Dado que a destruição do meio ambiente reduz a capacidade produtiva das gerações futuras, porém, ao mesmo tempo, pode proporcionar ganhos substanciais e benefícios políticos no curto prazo, como conciliar os interesses dos diversos agentes econômicos e políticos em torno de temas polêmicos como a preservação ambiental? 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 23/32 a) O Sistema de Contas Nacionais leva em consideração os bens �nais e intermediários produzidos na economia. b) A Matriz de Insumo-Produto considera, somente, os bens e serviços �nais produzidos na economia. c) Para uma economia fechada e sem governo, consideram-se a Produção, a Apropriação, a Acumulação e as Transações com o Resto do Mundo. d) Em um Sistema de Contas Nacionais, a conta de apropriação corresponde à produção de bens de capital. e) O Sistema de Contas Nacionais se baseia na macroeconomia keynesiana e a Matriz de Insumo-Produto se fundamenta no equilíbrio geral de Léon Walras. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 24/32 Um primeiro modelo para o estudo da Contabilidade Social pressupõe uma economia fechada e sem governo; por isso, trabalhamos com três contas: produção, apropriação e acumulação. Na conta da produção, colocamos de um lado o produto da economia e, do outro, sua utilização, que corresponde ao consumo das famílias e à formação de estoques. Além dos estoques, o investimento contempla a formação bruta de capital �xo. Como os bens de capital �xo sofrem depreciação com o tempo, essa rubrica precisa ser incluída na contabilidade. Sendo assim, temos, no Quadro 2.1, uma primeira versão para a conta do produto: Um Sistema de ContasUm Sistema de Contas Nacionais para umaNacionais para uma Economia Fechada semEconomia Fechada sem GovernoGoverno 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 25/32 Quadro 2.1 – Conta do produto, primeira versão Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 38). Pela ótica da renda, podemos considerar o produto como somatório das remunerações pelos fatores de produção (PAULANI; BRAGA, 2012). Sendo assim, o Quadro 2.2 apresenta a discriminação do produto e da renda nacional em uma segunda versão para a conta do produto: Quadro 2.2 – Conta do produto, segunda versão Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 40). A conta de apropriação, conforme apresentada no Quadro 2.3, tem por objetivo representar como as Famílias realizam a alocação da renda que Débito Crédito A) Produto líquido B) Depreciação C) Consumo das Famílias D) Estoques E) Formação bruta de capital �xo Produto Bruto Despesa Bruta Débito Crédito a) Salários b) Lucros c) Juros d) Aluguéis A) Renda ou produto nacional líquido B) Depreciação A = a+b+c+d C) Consumo das Famílias D) Estoques E) Formação bruta de capital �xo Renda ou Produto Bruto Despesa Bruta 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 26/32 recebem em troca dos fatores de produção que proporcionam às empresas. No débito, lançamos o consumo pessoal das Famílias e a poupança líquida. No lado do crédito, colocamos a renda líquida: Quadro 2.3 – Conta de apropriação Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 41). Finalmente, a conta de capital, apresentada no Quadro 2.4, tem por objetivo completar o sistema, demonstrando a identidade entre investimento e poupança da seguinte forma: Assim, se por um lado, a variação dos estoques e a formação bruta de capital �xo são investimentos, então eles também devem ser considerados como poupança. Lançamos, portanto, no lado do crédito, a poupança líquida, que corresponde à poupança das famílias e aos lucros retidos nas empresas, mais a depreciação. No lado do débito, colocamos a variação dos estoques e a formação bruta de capital �xo: Débito Crédito C) Consumo das Famílias F) Poupança líquida a) Salários b) Lucros c) Juros d) Aluguéis Emprego da renda líquida Renda líquida I ≡ S 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 27/32 Quadro 2.4 – Conta de capital Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 43). Portanto, os quatro quadros apresentados (2.1, 2.2, 2.3 e 2.4) ilustram um modelo para uma economia fechada sem governo que utilizamos para demonstrar um sistema padrão de contas nacionais, com a devida discriminação entre o produto e a renda nacional. praticar Vamos Praticar Uma primeira ilustração das Contas Nacionais se baseia no modelo simpli�cado de uma economia fechada, que não realiza transações com o exterior, e sem governo. Sobre o modelo de uma economia fechada e sem governo, assinale a alternativa correta. a) A conta de apropriação representa como as Famílias alocam a renda que recebem em troca dos fatores de produção que proporcionam às Empresas. b) A conta de capital apresenta, no lado do crédito, a variação dos estoques e a formação bruta de capital �xo, e, no lado do débito, a poupança líquida. Débito Crédito D) Estoques E) Formação bruta de capital �xo F) Poupança líquida B) Depreciação Investimento bruto Poupança bruta 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 28/32 c) A conta de apropriação ilustra como as Famílias realizam os investimentos na economia, para estimular o consumo. d) Na conta de apropriação, o lado do crédito recebe o consumo pessoal das Famílias e a poupança líquida. e) Na conta da produção, a variação dos estoques e a formação bruta de capital �xo são lançadas como débitos. 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 29/32 indicações Material Complementar LIVRO Keynes: o regresso do mestre Robert Skidelsky Editora: Texto Editores ISBN: 978-9724741536 Comentário: o livro indicado aborda a vida e a obra de John Maynard Keynes, que é uma �gura central para a compreensão do desenvolvimento tanto da Macroeconomia quanto da Contabilidade Social. Robert Skidelsky é reconhecido como importante biógrafo e comentador da obra de Keynes. O autor explora a atualidade das contribuições teóricas de Keynes, que resistem ao tempo e às críticas. O legado de Keynes é indissociável do desenvolvimento da Contabilidade 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 30/32 Social e dos sistemas de contas nacionais desde a época da Grande Depressão, nos anos 1930. FILME Chico Mendes: o preço da �oresta Ano: 2010 Comentário: assista ao documentário que aborda o legado do seringueiro Chico Mendes, ativista ambiental que dedicou sua vida à preservação da �oresta amazônica.Chico Mendes lutou a favor dos seringueiros e defendeu ideias tais como o desenvolvimento e manejo sustentável da madeira da �oresta. Reconhecido internacionalmente, foi assassinado em 1988. TRA ILER 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 31/32 conclusão Conclusão Realizamos uma apresentação da natureza da Contabilidade Social e sua relação com a teoria macroeconômica, mostrando como se utiliza como instrumento contábil para a mensuração das atividades econômicas de um determinado país ou região. Também apresentamos e discutimos algumas de suas limitações e inconsistências. Enfatizamos os aspectos técnicos, operacionais e conceituais das limitações enfrentadas pela Contabilidade Social. Enfatizamos que, para uma apreciação correta da Contabilidade Social, devemos conhecer a natureza das atividades econômicas, saber identi�car seus principais setores e agentes ativos, e ser capazes de avaliar as relações que se estabelecem entre esses setores e agentes. Assim, apresentamos e discutimos esses elementos. Por �m, mostramos como um modelo simpli�cado, dedicado a ilustrar uma economia fechada e sem governo, apresenta as principais atividades econômicas que devem ser levadas em consideração para a construção de um sistema de contas nacionais. referências Referências Bibliográ�cas 11/03/2022 09:50 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&… 32/32 g DORNBUSCH, R.; FISCHER, S. Macroeconomia . São Paulo: Makron, 1991. FEIJÓ, C. A.; RAMOS, R. L. Olinto (Org.). Contabilidade Social : a nova referência das contas nacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de. (Org.). Manual de Macroeconomia : básico e intermediário. São Paulo: Editora Atlas, 2000. MONTORO FILHO, A. F. Contabilidade Social : uma introdução à macroeconomia. São Paulo: Editora Atlas, 1994. PAULANI, L. M.; BRAGA, M. B. A Nova Contabilidade Social : uma introdução à macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2012.
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