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ATIVIDADES ECONOMICAS

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11/03/2022 09:50 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 1/32
CONTABILIDADE SOCIALCONTABILIDADE SOCIAL
CONTABILIDADE SOCIAL ECONTABILIDADE SOCIAL E
ATIVIDADES ECONÔMICASATIVIDADES ECONÔMICAS
Autor: Dr. Claudio Andrés Téllez Zepeda
Revisor : Franc isco Fre ire Duarte
IN IC IAR
11/03/2022 09:50 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=dQPSZdOWlD6eLgPKG64Y%2bw%3d%3d&l=uTNLV4mKb%2bD7V6kRHqh01g%3d%3d&c… 2/32
introdução
Introdução
Nesta unidade, apresentaremos a natureza, a utilização e as limitações da
Contabilidade Social como instrumento contábil para a mensuração das
atividades econômicas de um determinado país ou região. Mais do que um
sistema destinado à avaliação quantitativa de uma dada economia, a
Contabilidade Social proporciona uma visão integrada das principais
categorias de atividades econômicas e respectivas inter-relações que
compõem a vida econômica de uma sociedade. Dessa maneira, para uma
apreciação correta da Contabilidade Social, devemos conhecer a natureza das
atividades econômicas, saber identi�car seus principais setores e agentes
ativos e ser capazes de avaliar as relações que se estabelecem entre esses
setores e agentes.
Para a utilização correta de um Sistema de Contas Nacionais, é necessário
conhecer as características das atividades produtivas e da geração de renda
no país ou na região sob análise.
Uma primeira abordagem para demonstrar um sistema padrão de contas
nacionais consiste em apresentar um modelo simpli�cado de uma economia
fechada (isto é, que não mantém relações com o Resto do Mundo) e sem
governo.
Após uma discussão a respeito da natureza da Contabilidade Social, na qual
avaliaremos sua importância, suas limitações e inconsistências, discutiremos
quais são as principais atividades econômicas que devem ser levadas em
consideração para a construção de um sistema de contas nacionais. A seguir,
apresentaremos uma classi�cação dos sistemas de contabilidade social e
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encerraremos falando sobre os principais elementos que compõem um
sistema de contas nacionais para uma economia fechada sem governo.
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A Contabilidade Social se desenvolve, historicamente, em paralelo ao
desenvolvimento da Macroeconomia. Tratando a Macroeconomia como
ciência, identi�camos três aspectos, que são:
descrição;
explicação;
previsão e controle.
Sendo assim, espera-se que a análise macroeconômica descreva os principais
componentes das atividades econômicas de uma nação e que proporcione
um marco teórico capaz de explicar como funciona essa economia. Dessa
maneira, podem-se prever possíveis comportamentos futuros da economia e
identi�car problemas que possam prejudicar seu andamento. Uma vez
identi�cados os fatores que podem causar instabilidades ou prejuízos ao
desenvolvimento econômico e social, os gestores buscam controlar esses
fatores, usando, para isso, ferramentas técnicas especí�cas.
A Contabilidade Social pode ser descrita como um instrumento contábil de
análise macroeconômica. Dessa maneira, descreve-se ao mesmo tempo como
A Contabilidade Social:A Contabilidade Social:
Natureza, Utilização eNatureza, Utilização e
LimitaçõesLimitações
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técnica de registro e mensuração dos principais agregados macroeconômicos.
Se correspondem à Macroeconomia a análise do comportamento geral da
economia e o estudo das relações entre as diversas atividades econômicas de
uma nação, portanto, cabe à Contabilidade Social calcular e analisar,
quantitativamente, os agregados macroeconômicos. Por isso, podemos dizer
que a Contabilidade Social desempenha o papel de operacionalizar,
empiricamente, a ciência macroeconômica.
Além disso, a Contabilidade Social apresenta uma natureza coadjuvante ao
lado da teoria macroeconômica keynesiana e, historicamente, participou do
desenvolvimento da Macroeconomia moderna, desde a época da Grande
Depressão. Sendo assim, Montoro Filho (1994) sugere que três fatos distintos
e, ao mesmo tempo, inter-relacionados compõem as origens da
Macroeconomia moderna:
1. O trabalho de Simon Kuznets, que estabelece as bases
conceituais e estatísticas do sistema de contas nacionais e o
desenvolvimento de outras medidas forneceu dados estatísticos
para um grande número de variáveis macroeconômicas. Apesar
das lacunas ainda existentes, especialmente no Brasil, seria
inconcebível os progressos empíricos obtidos sem a existência
destes dados. Evidentemente, o progresso teórico bene�ciou-se
largamente destas evidências empíricas. 
2. A Teoria Geral de Keynes, verdadeira Carta Magna teórica da
macroeconomia, inaugurou efetivamente a utilização e construção
de modelos em macroeconomia, ou seja, supor algumas relações
de comportamento, derivar resultados destas relações e veri�car
como os resultados variam se houver mudança nos parâmetros. A
técnica em si não era novidade. A sua utilização no campo sim,
como indica o fato de Keynes ter sido forçado a idealizar um
modelo macroeconômico “clássico” em oposição a seu próprio
modelo. Podemos considerar que antes de Keynes a teoria
monetária era a única teoria econômica agregativa que existia,
assim como a política monetária era o único instrumento de
estabilização aceito. 
3. O desenvolvimento da econometria e a aplicação de técnicas
matemáticas na teoria econômica permitiram e estimularam a
construção, o teste e a estimação de modelos macroeconômicos.
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Utilizando os dados que se tornaram disponíveis a partir do
desenvolvimento da Contabilidade Social e da teoria de Keynes, de
seus sucessores e de seus críticos, um grande número de pesquisas
foram realizadas. Como consequência desta combinação de
fatores, nosso entendimento do mecanismo macroeconômico
muito se desenvolveu, apesar de muitos ainda o considerarem
insu�ciente (MONTORO FILHO, 1994, p. 11).
A partir da exposição de Montoro Filho (1994), observamos que a natureza
empírica da Contabilidade Social é fundamental para conferir caráter
cientí�co à Macroeconomia moderna. Ao lado das técnicas econométricas,
que possibilitam um tratamento formal-quantitativo da teoria
macroeconômica, a Contabilidade Social permite a avaliação empírica dos
mecanismos macroeconômicos descritos ou previstos pelos esforços teóricos.
Utilizamos técnicas contábeis e estatísticas da Contabilidade Social para
mensurar a produção, a renda, o investimento, a poupança e outras variáveis
macroeconômicas de interesse a respeito de um determinado país ou região.
Dessa maneira, a Contabilidade Social é capaz de proporcionar uma visão de
conjunto da conjuntura econômica.
Enquanto parte da ciência contábil, a Contabilidade Social processa os dados
econômicos com o propósito de formular e registrar, quantitativamente, as
informações pertinentes a respeito das atividades econômicas de um
determinado país ou região. Ao mesmo tempo, pode-se dizer que a
Contabilidade Social é um tipo de análise macroeconômica, de natureza mais
empírica, passível de ser empregada para avaliar a atividade econômica de
forma geral.
De�ne-se a Contabilidade Social como "metodologia para registrar e
quanti�car os agregados macroeconômicos de uma forma coerente e
sistemática" (MONTORO FILHO, 1994, p. 15). Dentre esses agregados e
variáveis de interesse para a análise macroeconômica, podemos destacar as
informações a respeito da produção de bens e serviços, padrões de consumo,
geraçãoe distribuição da renda, despesas, investimentos, transações com o
Resto do Mundo, participação do governo na economia, entre outros.
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A Contabilidade Social proporciona a base estrutural dos modelos
macroeconômicos, pois possibilita organizar as relações entre os diversos
agentes que desempenham atividades econômicas de maneira, ao mesmo
tempo, coerente e sistemática; e permite o teste empírico dos modelos
macroeconômicos, atividade que desempenha em conjunto com os métodos
econométricos (MONTORO FILHO, 1994).
Por conferir uma estruturação coerente da multiplicidade de atividades que
compõem a vida econômica de um determinado país ou região e por
possibilitar o teste dos modelos macroeconômicos e de suas hipóteses, diante
da realidade empírica, a Contabilidade Social integra a teoria econômica e
participa de seu desenvolvimento enquanto disciplina rigorosamente
cientí�ca.
A natureza é, ao mesmo tempo, analítica e quantitativa da Contabilidade
Social, no entanto, coloca a área diante de alguns problemas e limitações. As
transações econômicas de interesse devem ser mensuráveis, o que requer o
desenvolvimento de mecanismos de cálculo adequados para a agregação das
quantidades heterogêneas que participam dos processos de mercado.
A mensuração das variáveis que compõem os agregados macroeconômicos,
portanto, envolve di�culdades de caráter técnico, operacional e conceitual
(PAULANI; BRAGA, 2012). As di�culdades de natureza técnica envolvem, em
geral, a maneira como se trata o comportamento dos preços. Variações nos
preços em momentos distintos no tempo podem induzir à realização de
comparações equivocadas. Dessa maneira, os efeitos in�acionários impactam
nas estimativas que compõem as contas nacionais.
Outra di�culdade técnica se associa aos fatores sazonais, pois se entende por
sazonalidade a presença de variações que expressam padrões repetitivos ou
periódicos associados a fatores, tais como estações do ano ou períodos de
férias. Os fenômenos climáticos, ou mesmo culturais e institucionais,
di�cultam a análise econômica e as comparações entre diferentes trimestres
no decorrer de um mesmo ano (PAULANI; BRAGA, 2012).
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A respeito das limitações e di�culdades operacionais, uma grande di�culdade
enfrentada na hora de lidar com as contas nacionais é a existência da
economia informal:
[...] na medida em que há atividades de compra e venda e de
produção de bens e serviços que não se dão por meio de empresas
o�cialmente constituídas, surge o problema de como mensurá-las,
isto é, de como incorporar o valor por elas produzido ao valor do
produto agregado. 
A di�culdade é operacional porque, na medida em que tais
empresas não existem o�cialmente e há, por isso mesmo, certo
receio em prestar informações, �ca um tanto difícil identi�cá-las,
localizá-las e levantar os dados necessários. As empresas não
o�cialmente constituídas podem se dedicar a atividades legais,
como ocorre normalmente quando as famílias tornam-se
produtoras, e a atividades ilegais, como contrabando, trá�co de
drogas e prostituição. (PAULANI; BRAGA, 2012, p. 157)
A di�culdade de acesso a dados con�áveis a respeito das atividades
econômicas informais ou ilegais torna difícil incluir os resultados dessas
atividades no cômputo do produto agregado. Além da economia informal,
temos também a economia subterrânea, que se refere, exclusivamente, às
atividades econômicas que não são deliberadamente declaradas (PAULANI;
BRAGA, 2012). Trata-se da produção de bens e serviços que, de maneira
consciente e intencional, não é reportada aos poderes públicos.
Desde 2007, Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), juntamente
com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV),
produz e divulga o Índice de Economia Subterrânea. Em 2016, esse índice
apontou que a economia subterrânea movimentou o correspondente a 16,3%
do PIB nacional, um volume superior ao PIB das regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.
Embora atividades informais ou subterrâneas ainda possam ser estimadas
para minimizar o problema operacional, as atividades ilegais apresentam
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di�culdades adicionais, dado que a renda que produzem costuma ser
praticamente inacessível.
Finalmente, as di�culdades do tipo conceitual referem-se às atividades não
monetizadas e a problemas relacionados ao meio ambiente, pois as
atividades não monetizadas incluem, por exemplo, produção agrícola de
subsistência e outras atividades que produzem bens e serviços que são
consumidos, porém que não são transacionados no mercado e que não
geram renda monetária. Via de regra, a solução encontrada pela
Contabilidade Social para atribuir valor monetário a essas atividades consiste
na imputação dos valores que elas teriam caso fossem transacionadas no
mercado (PAULANI; BRAGA, 2012).
Sabe-se, também, que as atividades econômicas de produção e consumo
exercem impacto sobre o meio ambiente. Tais impactos podem resultar em
externalidades negativas, que compreendem custos que não são valorados
em unidades monetárias pelo mercado (poluição do ar e de rios, redução de
áreas de preservação ambiental e assim por diante). No Brasil, as tragédias
decorrentes do rompimento de barragens em Mariana (2015) e Brumadinho
(2019), chamaram a atenção da opinião pública para os altos custos humanos
e ambientais que podem ser associados ao exercício de atividades produtivas,
no caso atividades de mineração.
As di�culdades técnicas, operacionais e conceituais nos colocam diante da
necessidade de aprimorar e padronizar constantemente os mecanismos de
mensuração dos agregados macroeconômicos. Internacionalmente, o Manual
das Nações Unidas (System of National Accounts - SNA) proporciona uma
referência metodológica constantemente revista e atualizada.
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reflita
Re�ita
O primeiro manual de contas nacionais da Organização das
Nações Unidas (ONU) (SNA 1953) foi elaborado por uma
equipe de 5 pessoas. Quarenta anos depois, a revisão
publicada como SNA 1993 exigiu uma equipe de mais de 50
pessoas e várias organizações internacionais. Isso nos dá uma
ideia do aumento da complexidade das técnicas para medir
agregados econômicos.
Fonte: Feijó e Ramos (2013).
Além das di�culdades de caráter técnico, operacional e conceitual, uma
limitação importante enfrentada pela Contabilidade Social é a disponibilidade
de dados primários con�áveis para a elaboração das estimativas
macroeconômicas (MONTORO FILHO, 1994).
O infográ�co a seguir ilustra os principais momentos na evolução histórica da
padronização que a Organização das Nações Unidas propõe para os sistemas
de contas nacionais.
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Devido ao caráter cientí�co da teoria macroeconômica e da Contabilidade
Social, é importante ressaltar que não existe um sistema �xo e de�nitivo para
a mensuração das contas nacionais. Por isso, as revisões constantes são
necessárias para acompanhar o desenvolvimento econômico e social,
incorporando novas ferramentas estatísticas e os efeitos do avanço
tecnológico sobre as atividades humanas.
praticar
Vamos Praticar
Pode-se descrever a Contabilidade Social como instrumento contábil de análise
macroeconômica. Sendo assim, a respeito da relação entre a Contabilidade Social e
a teoria macroeconômica, assinale a alternativa correta.a) A Contabilidade Social tem por objetivo proporcionar explicações teóricas
consistentes a respeito do funcionamento das economias nacionais.
b) A Contabilidade Social proporciona a base estrutural dos modelos
macroeconômicos e possibilita o teste empírico desses modelos.
Evolução da padronização do Sistema de
Contas Nacionais (SNA), a saber:
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c) A Macroeconomia corresponde à operacionalização empírica da
Contabilidade Social.
d) A Contabilidade Social se desenvolveu em antagonismo à macroeconomia
keynesiana.
e) A Contabilidade Social apresenta apenas visões parciais e setorizadas da
conjuntura econômica.
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O princípio da identidade das contas nacionais sustenta o edifício da
Contabilidade Social. De acordo com esse princípio, podemos mensurar a
atividade econômica com três óticas distintas (do produto, da despesa e da
renda), sendo que essas óticas proporcionam o mesmo resultado. Temos,
portanto, a equação mais fundamental da Contabilidade Social:
Produto Nacional = Despesa Nacional = Renda Nacional
Nosso ponto de partida consiste em identi�car e compreender as interações
na economia real que correspondem às atividades econômicas que
participam dessas três óticas. Precisamos identi�car os principais setores da
economia, quais são seus agentes ativos e analisar as relações que existem
entre os diversos setores e os agentes econômicos. A seguir, de posse da
compreensão do conceito e das características da produção, podemos
analisar a geração de renda e a inter-relação existente entre a produção, o
consumo e a acumulação.
Partindo de um modelo simples para entender como funciona o sistema
econômico, consideramos uma economia fechada e sem governo. Por
As Atividades Econômicas:As Atividades Econômicas:
Categorias e Inter-Categorias e Inter-
RelaçõesRelações
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fechada, entende-se que nosso modelo econômico não realiza transações
com o exterior. Ao mesmo tempo, consideramos que o governo não participa
das atividades econômicas, nem interfere nos processos econômicos.
Há vários mercados que compõem a economia. Por exemplo, o mercado dos
fatores de produção consiste nas famílias, que são agentes econômicos
proprietários dos meios de produção e que fornecem esses recursos às
unidades produtoras que correspondem às empresas. No mercado de bens e
serviços, as empresas fornecem às famílias aquilo que produzem, utilizando
os fatores de produção.
Esse �uxo bidirecional é o �uxo real da economia, conforme apresentado a
seguir:
(fatores de produção)
Famílias --------------------------------------------> Empresas
(bens e serviços)
Famílias ← --------------------------------------- Empresas
Assim, tanto famílias quanto empresas desempenham um papel duplo nos
processos econômicos, em que as famílias são consumidoras dos bens e
serviços que demandam no mercado de bens e serviços. Nesse mercado, as
empresas ofertam os bens e serviços. Já no mercado de fatores de produção,
as famílias ofertam os serviços desses fatores e as empresas os demandam,
pois precisam deles para exercer suas atividades produtivas.
No entanto, a moeda desempenha um papel importante, pois é empregada
nos dois mercados, tanto pelas famílias, que usam a moeda para pagar pelos
bens e serviços que consomem, quanto pelas empresas, que precisam
remunerar os fatores de produção. Assim, concomitantemente ao �uxo real
da economia, existe um �uxo monetário, conforme apresentado a seguir.
(pagamentos por bens e serviços consumidos)
Famílias -----------------> Empresas
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(remuneração dos fatores de produção)
Famílias ←----------------- Empresas
Os fatores de produção (e suas respectivas remunerações) correspondem a
trabalho (salários), capital (juros), terra (aluguéis), tecnologia (royalties) e
atividade empreendedora (lucro).
Os agentes ativos em uma dada economia são responsáveis pelas ações
econômicas que de fato se desenvolvem nos processos de mercado. Tais
agentes podem ser classi�cados em quatro grandes grupos:
Famílias : correspondem aos proprietários dos fatores de produção,
responsáveis por proporcionar esses recursos para o desempenho
das atividades empresariais.
Empresas : constituem o arcabouço produtivo da economia,
desempenhando suas atividades nos setores primário (extração ou
produção de matérias-primas), secundário (fabricação de bens
empregando as matérias-primas) e terciário (setor de serviços).
Compete às empresas a produção dos bens e serviços que serão
consumidos pela sociedade.
Governo : mantém relações econômicas, tanto com Empresas,
quanto com Famílias. É responsável pela arrecadação de impostos e
por proporcionar bens públicos (segurança, por exemplo). Também
interfere em diversos setores, de acordo com necessidades
estratégicas, e adquire produção das empresas para fornecer
serviços.
Resto do Mundo : corresponde aos agentes econômicos externos
que realizam transações com o país. Por conveniência, agrupamos os
demais países sob a denominação geral de Resto do Mundo. O �uxo
de importações e exportações, por exemplo, ocorre entre o setor
doméstico e o Resto do Mundo.
As atividades dos agentes ativos em um dado sistema econômico são
classi�cadas em três grandes categorias: produção, consumo e acumulação. A
produção é tratada como a atividade econômica mais importante,
11/03/2022 09:50 Ead.br
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correspondendo à teoria macroeconômica, com o auxílio da Contabilidade
Social, o trabalho de explicar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB):
A estatística mais importante derivada do SCN é o Produto Interno
Bruto (PIB), que [...] mede o total da produção líquida de bens e
serviços de uma economia em um dado período de tempo. Explicar
como evolui o PIB e os principais agregados macroeconômicos é
tarefa para a teoria macroeconômica, que pela construção de
modelos teóricos trabalha hipóteses de comportamento sobre
como se processam relações de causa e efeito relevantes entre as
variáveis macroeconômicas para explicar os movimentos do PIB ao
longo do tempo (FEIJÓ; RAMOS, 2013, p. 1).
A produção também pode ser considerada a categoria mais importante, pois,
sem ela, as demais categorias não têm razão de existir. O consumo depende
de bens e serviços (produzidos) para serem consumidos. A acumulação , que
corresponde à formação de capital, relaciona-se à produção, pois bens de
capital são utilizados nas atividades produtivas. Chamamos de produção às
atividades necessárias para criar os bens e serviços destinados a atender os
desejos e as necessidades dos seres humanos.
Em paralelo à produção, ocorre a geração de renda. Para produzir bens e
serviços, é necessário empregar fatores de produção, que são remunerados
por intermédio de salários, aluguéis, juros e lucros.
O consumo corresponde à aquisição de produtos �nais por parte dos
consumidores na economia, é a utilização de bens ou serviços pelas famílias.
Segundo o princípio das partidas dobradas, a conta da produção estabelece
que a venda aos consumidores, em que (C) corresponde à renda recebida
pelos fatores de produção (Y):
Finalmente, a acumulação corresponde à formação de capital, em que bens
de capital são bens �nais que não se destinam ao consumo (máquinas e
equipamentos, por exemplo). As atividades de acumulação compreendem os
C = Y
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investimentos, realizados pelas Empresas, e a poupança realizada pelas
Famílias. O investimento (I) corresponde à produção de bens de capital e a
poupança (S) é a porção da renda que as Famílias não gastam com o consumo
de bens e serviços. O investimento, portanto, é realizado pelas unidades
produtoras e a poupança corresponde às unidades consumidoras (MONTORO
FILHO, 1994).
Assim, as Famílias distribuem a renda que recebem como remuneração pelos
fatores de produção em duas partes, o consumo (C), para a aquisição dos
serviços e bens de consumo, e a poupança (S), que é a porção que não se
destina ao consumo:
A produção vendida corresponde ao consumo e aos gastos com investimento,
conforme apresentado a seguir.
Ora, se o total da renda se encontra alocado em consumo e poupança
 e, ao mesmo tempo, o total da renda se encontra alocado em
consumo e investimento , temos:
Nesta última equação, o lado esquerdo (C+I) , mostra os componentes da
demanda, e o direito (C+S) expressa a alocação da renda. O �uxo circular de
renda estabelece que o valor da produção produzida corresponde à renda
recebida, que se destina ao consumo de bens e serviços ou à poupança.
Dessa maneira, temos:
Ou seja, em uma economia simpli�cada (sem Governo e sem Resto do
Mundo), o investimento é igual à poupança (DORNBUSCH; FISCHER, 1991).
Sendo assim, é importante esclarecer que contamos a acumulação de
estoques como parte do investimento, isso porque, às vezes, as Empresas
Y   ≡  C  +  S
Y   ≡  C  +  I
(Y ≡ C + S)
(Y ≡ C + S)
C  +  I  ≡  Y   ≡  C  +  S
I  ≡  Y   −  C  ≡  S
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produzem mais do que conseguem vender para as Famílias, e essa produção
�ca acumulada nos armazéns. 
praticar
Vamos Praticar
O estudo da Contabilidade Social demanda a identi�cação correta dos principais
setores da economia, de seus agentes ativos e das relações existentes entre setores
e agentes. A respeito do modelo simples de uma economia fechada e sem governo,
assinale a alternativa correta.
a) As transações realizadas com agentes econômicos de outros países devem
ser incluídas no modelo.
b) O Governo desempenha um papel econômico importante, por interferir na
economia para �ns de estabilização macroeconômica.
c) O �uxo monetário da economia corresponde aos fatores de produção, que
�uem das famílias para as empresas, e os bens e serviços das empresas para
as famílias.
d) As Empresas, que desempenham suas atividades em todos os setores,
constituem o arcabouço produtivo da economia.
e) As Famílias distribuem a renda que recebem como remuneração pelos
fatores de produção que cedem às Empresas entre Consumo e Investimento.
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Os Sistemas de Contabilidade Social apresentam o desempenho
macroeconômico de um determinado país ou região, em um determinado
período de tempo. A esse respeito, expressam a produção de bens e serviços
�nais o consumo agregado, o volume de investimentos e assim por diante
(LOPES; VASCONCELLOS, 2000).
Os principais sistemas para a Contabilidade Social são o Sistema de Contas
Nacionais e a Matriz de Insumo-Produto, enquanto o Sistema de Contas
Nacionais, trata, apenas, dos bens e serviços �nais produzidos na economia.
Além disso, a Matriz de Insumo-Produto também leva em consideração os
bens e serviços intermediários (intersetoriais) e, por essa razão, a Matriz de
Insumo-Produto também é chamada de Matriz de Relações Intersetoriais.
Para uma economia fechada sem participação do Governo, o Sistema de
Contas Nacionais emprega três contas, que são:
produção;
apropriação (utilização da renda);
acumulação (conta de capital).
Classi�cação dos SistemasClassi�cação dos Sistemas
de Contabilidade Socialde Contabilidade Social
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No caso de uma economia que realiza transações com o Resto do Mundo,
acrescentamos mais uma conta para contemplar essas atividades.
É importante observar que a Matriz de Insumo-Produto pode ser tratada
como uma abordagem complementar ao Sistema de Contas Nacionais.
Enquanto o Sistema de Contas Nacionais se baseia nas contribuições de John
Maynard Keynes para o equilíbrio econômico abaixo do pleno emprego, a
Matriz de Insumo-Produto (ou Matriz de Leontief) se fundamenta no equilíbrio
geral walrasiano (FEIJÓ; RAMOS, 2013).
O Sistema de Contas Nacionais apresenta algumas limitações de cálculo, por
exemplo, no que diz respeito à mensuração das atividades produtivas e às
transferências de renda que não correspondem à provisão de algum bem ou
serviço (pagamento de mesadas, por exemplo).
Há, ainda, atividades que apresentam di�culdades estatísticas para sua
mensuração, por exemplo, trabalhos domésticos. Temos também outras
atividades produtivas que não apresentam contrapartida �nanceira, porém
deveriam entrar no cálculo das contas nacionais devido à sua importância.
Por exemplo, quem mora em casa própria, não paga aluguel, porém o serviço
de moradia no imóvel deveria ser considerado. Para essa �nalidade, são feitas
estimativas para imputar valores �nanceiros de acordo com as informações
que conhecemos a partir do mercado (MONTORO FILHO, 1994).
Para evitar incorrer no erro de dupla contagem, o Sistema de Contas
Nacionais trabalha, somente, com os bens e serviços �nais produzidos na
economia (em contraste com a Matriz de Insumo-Produto, que considera os
bens intermediários). Ocorre que, em certas situações, um determinado bem
pode ser usado para a produção de outros bens, mas também pode ser
consumido diretamente. A classi�cação dos bens entre intermediários e �nais
demanda, para �ns de operacionalização da contabilidade nacional, o
estabelecimento de convenções arbitrárias. Ainda assim, devemos tomar
cuidado quando realizamos comparações entre atividades econômicas de
países distintos.
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Além disso, as atividades informais e outras atividades que não são
registradas de maneira sistemática também representam desa�os para o
Sistema de Contas Nacionais. Em alguns casos, é possível imputar valores
para a produção informal. Observamos, no entanto, que imputações e
estimativas estão sempre sujeitas a erros de natureza estatística. 
A preservação do meio ambiente também apresenta limitações para o cálculo
das contas nacionais. Há custos ecológicos associados à utilização de recursos
naturais. Quando uma região é desmatada para a criação de gado, por
exemplo, contabiliza-se o valor do gado, porém o custo associado à perda da
região �orestal não entra na contabilidade, o que gera inconsistências.
Argumenta-se que os recursos naturais são um patrimônio da
humanidade e que sua utilização hoje e, mais gravemente, sua
destruição, reduz a qualidade de vida e de capacidade produtiva
das gerações futuras. Por estas razões, a contabilidade social
deveria considerar como custos, portanto reduzindo o valor
corrente do produto e renda nacionais, esta perda do patrimônio
social (MONTORO FILHO, 1994, p. 30).
saiba mais
Saiba mais
A legalização de atividades “proibidas” por
razões legais ou políticas afeta o cálculo do
Produto Nacional e, portanto, o cômputo das
contas nacionais. Nos Estados Unidos, a
revogação da Lei Seca, que proibia o
comércio de bebidas alcoólicas, resultou na
elevação do Produto Nacional.
Fonte: Montoro Filho (1994).
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O Sistema de Contas Nacionais depende de técnicas de mensuração e de
tratamento estatístico de variáveis que, pela própria complexidade e
interdependência das atividades econômicas, apresentam limitações e
introduzem inconsistências. Por essa razão, não há uma receita pronta e
de�nitiva para o cálculo das contas nacionais, e os esforços de sistematização
e padronização buscam acompanhar a evolução econômica das sociedades.
praticar
Vamos Praticar
Os Sistemas de Contabilidade Social têm por objetivo apresentar o desempenho
macroeconômico de um determinado país ou região, em um determinado período
de tempo. Os principais sistemas para a Contabilidade Social são o Sistema de
Contas Nacionais e a Matriz de Insumo-Produto. Sendo assim, sobre os Sistemas de
Contabilidade Social, assinale a alternativa correta.
reflita
Re�ita
Dado que a destruição do meio ambiente reduz a capacidade
produtiva das gerações futuras, porém, ao mesmo tempo,
pode proporcionar ganhos substanciais e benefícios políticos
no curto prazo, como conciliar os interesses dos diversos
agentes econômicos e políticos em torno de temas polêmicos
como a preservação ambiental?
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a) O Sistema de Contas Nacionais leva em consideração os bens �nais e
intermediários produzidos na economia.
b) A Matriz de Insumo-Produto considera, somente, os bens e serviços �nais
produzidos na economia.
c) Para uma economia fechada e sem governo, consideram-se a Produção, a
Apropriação, a Acumulação e as Transações com o Resto do Mundo.
d) Em um Sistema de Contas Nacionais, a conta de apropriação corresponde
à produção de bens de capital.
e) O Sistema de Contas Nacionais se baseia na macroeconomia keynesiana e
a Matriz de Insumo-Produto se fundamenta no equilíbrio geral de Léon
Walras.
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Um primeiro modelo para o estudo da Contabilidade Social pressupõe uma
economia fechada e sem governo; por isso, trabalhamos com três contas:
produção, apropriação e acumulação.
Na conta da produção, colocamos de um lado o produto da economia e, do
outro, sua utilização, que corresponde ao consumo das famílias e à formação
de estoques. Além dos estoques, o investimento contempla a formação bruta
de capital �xo. Como os bens de capital �xo sofrem depreciação com o
tempo, essa rubrica precisa ser incluída na contabilidade. Sendo assim,
temos, no Quadro 2.1, uma primeira versão para a conta do produto:
Um Sistema de ContasUm Sistema de Contas
Nacionais para umaNacionais para uma
Economia Fechada semEconomia Fechada sem
GovernoGoverno
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Quadro 2.1 – Conta do produto, primeira versão 
Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 38).
Pela ótica da renda, podemos considerar o produto como somatório das
remunerações pelos fatores de produção (PAULANI; BRAGA, 2012). Sendo
assim, o Quadro 2.2 apresenta a discriminação do produto e da renda
nacional em uma segunda versão para a conta do produto:
Quadro 2.2 – Conta do produto, segunda versão 
Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 40).
A conta de apropriação, conforme apresentada no Quadro 2.3, tem por
objetivo representar como as Famílias realizam a alocação da renda que
Débito Crédito
A)   Produto líquido 
B)   Depreciação
C)   Consumo das Famílias 
D)   Estoques 
E)   Formação bruta de capital �xo
Produto Bruto Despesa Bruta
Débito Crédito
a) Salários 
b) Lucros 
c) Juros 
d) Aluguéis 
A)   Renda ou produto nacional
líquido 
B)   Depreciação 
A = a+b+c+d
C)   Consumo das Famílias 
D)   Estoques 
E)   Formação bruta de capital �xo
Renda ou Produto Bruto Despesa Bruta
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recebem em troca dos fatores de produção que proporcionam às empresas.
No débito, lançamos o consumo pessoal das Famílias e a poupança líquida.
No lado do crédito, colocamos a renda líquida:
Quadro 2.3 – Conta de apropriação 
Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 41).
Finalmente, a conta de capital, apresentada no Quadro 2.4, tem por objetivo
completar o sistema, demonstrando a identidade entre investimento e
poupança da seguinte forma:
Assim, se por um lado, a variação dos estoques e a formação bruta de capital
�xo são investimentos, então eles também devem ser considerados como
poupança. Lançamos, portanto, no lado do crédito, a poupança líquida, que
corresponde à poupança das famílias e aos lucros retidos nas empresas, mais
a depreciação. No lado do débito, colocamos a variação dos estoques e a
formação bruta de capital �xo:
Débito Crédito
C) Consumo das Famílias 
F) Poupança líquida
a)    Salários 
b)    Lucros 
c)    Juros 
d)    Aluguéis
Emprego da renda líquida Renda líquida
I  ≡  S
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Quadro 2.4 – Conta de capital 
Fonte: Paulani e Braga (2012, p. 43).
Portanto, os quatro quadros apresentados (2.1, 2.2, 2.3 e 2.4) ilustram um
modelo para uma economia fechada sem governo que utilizamos para
demonstrar um sistema padrão de contas nacionais, com a devida
discriminação entre o produto e a renda nacional.
praticar
Vamos Praticar
Uma primeira ilustração das Contas Nacionais se baseia no modelo simpli�cado de
uma economia fechada, que não realiza transações com o exterior, e sem governo.
Sobre o modelo de uma economia fechada e sem governo, assinale a alternativa
correta.
a) A conta de apropriação representa como as Famílias alocam a renda que
recebem em troca dos fatores de produção que proporcionam às Empresas.
b) A conta de capital apresenta, no lado do crédito, a variação dos estoques e
a formação bruta de capital �xo, e, no lado do débito, a poupança líquida.
Débito Crédito
D) Estoques 
E) Formação bruta de capital �xo
F) Poupança líquida 
B) Depreciação
Investimento bruto Poupança bruta
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c) A conta de apropriação ilustra como as Famílias realizam os investimentos
na economia, para estimular o consumo.
d) Na conta de apropriação, o lado do crédito recebe o consumo pessoal das
Famílias e a poupança líquida.
e) Na conta da produção, a variação dos estoques e a formação bruta de
capital �xo são lançadas como débitos.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
Keynes: o regresso do mestre
Robert Skidelsky
Editora: Texto Editores
ISBN: 978-9724741536
Comentário: o livro indicado aborda a vida e a obra de
John Maynard Keynes, que é uma �gura central para a
compreensão do desenvolvimento tanto da
Macroeconomia quanto da Contabilidade Social. Robert
Skidelsky é reconhecido como importante biógrafo e
comentador da obra de Keynes. O autor explora a
atualidade das contribuições teóricas de Keynes, que
resistem ao tempo e às críticas. O legado de Keynes é
indissociável do desenvolvimento da Contabilidade
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Social e dos sistemas de contas nacionais desde a
época da Grande Depressão, nos anos 1930.
FILME
Chico Mendes: o preço da �oresta
Ano: 2010
Comentário: assista ao documentário que aborda o
legado do seringueiro Chico Mendes, ativista ambiental
que dedicou sua vida à preservação da �oresta
amazônica.Chico Mendes lutou a favor dos
seringueiros e defendeu ideias tais como o
desenvolvimento e manejo sustentável da madeira da
�oresta. Reconhecido internacionalmente, foi
assassinado em 1988.
TRA ILER
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conclusão
Conclusão
Realizamos uma apresentação da natureza da Contabilidade Social e sua
relação com a teoria macroeconômica, mostrando como se utiliza como
instrumento contábil para a mensuração das atividades econômicas de um
determinado país ou região. Também apresentamos e discutimos algumas de
suas limitações e inconsistências. Enfatizamos os aspectos técnicos,
operacionais e conceituais das limitações enfrentadas pela Contabilidade
Social.
Enfatizamos que, para uma apreciação correta da Contabilidade Social,
devemos conhecer a natureza das atividades econômicas, saber identi�car
seus principais setores e agentes ativos, e ser capazes de avaliar as relações
que se estabelecem entre esses setores e agentes. Assim, apresentamos e
discutimos esses elementos.
Por �m, mostramos como um modelo simpli�cado, dedicado a ilustrar uma
economia fechada e sem governo, apresenta as principais atividades
econômicas que devem ser levadas em consideração para a construção de
um sistema de contas nacionais.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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g
DORNBUSCH, R.; FISCHER, S. Macroeconomia . São Paulo: Makron, 1991.
FEIJÓ, C. A.; RAMOS, R. L. Olinto (Org.). Contabilidade Social : a nova
referência das contas nacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. de. (Org.). Manual de Macroeconomia
: básico e intermediário. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
MONTORO FILHO, A. F. Contabilidade Social : uma introdução à
macroeconomia. São Paulo: Editora Atlas, 1994.
PAULANI, L. M.; BRAGA, M. B. A Nova Contabilidade Social : uma introdução
à macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2012.

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