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Fundamentos Historicos e Introducao ao Estudo do Direito(Aula 07 - Metodologia da Ciencia do Direito) (1)

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS e INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Aula 07
MÉTODOS DA CIÊNCIA DO DIREITO
O PROBLEMA METODOLÓGICO
Todo conhecimento científico ou filosófico pressupõe uma ordenação intencional da inteligência e da vontade capaz de permitir ao investigador alcançar um resultado dotado pelo menos de relativa certeza.
Trata-se de uma certeza relativa, pois nem todas as ciências podem lograr resultados rigorosamente certos, isto é, suscetíveis de igual verificação.
Esta verificação pode ser analítica ou sintética. Pois bem...
Diz-se que uma verdade é analiticamente verificável quando ela é evidente, ou pode ser reconduzida, por dedução com base em informações, a uma verdade evidente, ou a um pressuposto admitido como certo ou válido. 
Uma verdade se diz evidente quando ela manifesta a sua certeza no ato mesmo de ser enunciada, sendo como tal recebida, sem contestação, pelo espírito dos homens. Nesse caso, não há necessidade de qualquer prova.
Assim sendo, quando se diz que “o todo é maior que a parte”, ocorre uma enunciação da verdade que se põe, por si mesma, num ato de imediata apreensão espiritual pelas pessoas em geral.
Todas as ciências, em suas investigações, não podem deixar de obedecer às regras da Lógica, e ganham muito a rigor, quando se servem das Matemáticas. Nem todas podem realizar verificações de tipo analítico. É o que acontece com as ciências físicas, químicas, biológicas, etc.
Estas realizam verificações de sua “verdade” através do método de “verificações sintéticas”, isto é, subordinam as suas hipóteses ao controle da experiência.
É graças ao processo de “experimentação”, ou seja, de experiências intencionalmente programadas e dirigidas, que os físicos ou biólogos verificam, em função dos fatos observados, o resultado de suas pesquisas.
Ocorre que nas chamadas ciências humanas ou sociais, como a Sociologia, a Economia ou o Direito, é bem reduzida a aplicação de processos experimentais, havendo especialistas em teorias do conhecimento que chegam mesmo a declará-las incompatíveis com processos que tantos resultados têm alcançado na Física, na Biologia, etc.
Ao dizer isso, não estamos afirmando que as ciências sociais sejam absolutamente destituídas de certeza. Esta é obtida mediante o rigor do raciocínio, a objetividade da observação dos fatos sociais e a concordância de seus enunciados.
Quando uma ciência social obedece a tais postulados, ela estabelece princípios e leis.
Não são leis de causalidade, com as da Física, mas leis de tendência, isto é, leis que asseguram certo grau de certeza e previsibilidade, visto se basearem em dados estatísticos, ou por terem sido estabelecidas “com rigor”, à vista da observação positiva dos fenômenos ou fatos sociais.
Conforme o exposto, percebe-se que se as ciências sociais não são exatas. Devem, portanto, ser rigorosas quanto às técnicas de estudo e à coordenação lógica das proposições que formulam, das suas “verdades”, em correspondência cada vez mais completa com a realidade examinada, e de modo a excluir contradições.
Assim sendo, a Ciência do Direito, como investigação positiva desse campo da realidade social, que podemos chamar de “experiência jurídica”, não pode deixar de obedecer às regras da Lógica, nem deixar de seguir métodos adequados às sua finalidades.
OS MÉTODOS DO DIREITO – INDUÇÃO, DEDUÇÃO, ANALOGIA
Discutiu-se durante muito tempo entre filósofos e juristas, se a Ciência do Direito deve ser uma ciência indutiva ou dedutiva.
O método indutivo se caracteriza por ser um processo de raciocínio que se desenvolve a partir de fatos particulares, até atingir uma conclusão de ordem geral, mediante a qual se possa explicar o que há de constante ou comum nos fatos observados em outros da mesma natureza.
O processo dedutivo, ao contrário do indutivo, caracteriza-se por ser uma forma de raciocínio que, independentemente de provas experimentais, se desenvolve de uma verdade sabida ou admitida para uma nova verdade.
Atualmente, não tem sentido o debate entre indutivista e dedutivistas, pois a nossa época se caracteriza pelo pluralismo metodológico, não só porque indução e dedução se completam na tarefa científica, como também por se reconhecer que cada setor da realidade exige o seu próprio e adequado instrumento de pesquisa.
No que se refere a experiência jurídica, o mesmo acontece. 
Assim é no momento da elaboração das leis em que a observação dos fatos se põe no início do conhecimento, de modo que a indução desempenha um papel relevante, embora não exclusivo.
Efetivamente, o legislador, além dos fatos que pretende disciplinar, integrando-os no enunciado de uma nova lei, estuda e compara esse projeto de lei com as leis já em vigor, de tal modo que a indução e a dedução se conjugam e se completam.
Assim, elaborada e promulgada a lei, quanto à sua aplicação pelo operador do Direito(juiz), temos apreciações valorativas(axiológicas) dos fatos. Melhor explicando...
Muitas vezes, para julgar uma ação, o juiz é levado, pela força unitária do ordenamento jurídico, a combinar preceitos legais(leis, dispositivos de lei, etc) distintos, chegando a consequências normativas que não se continham à proposições por ele utilizadas em um primeiro momento.
Temos aqui, na interpretação e aplicação da lei, um método, digamos, “dedutivo amplificado”. Pois bem...
E a analogia? Não é utilizada na Ciência do Direito?
O processo analógico é, por assim dizer, um raciocínio baseado em razões relevantes de semelhança.
Analogia, aplicada no Direito, é, por assim dizer, utilizar em uma forma de conduta não disciplinada especificamente na norma jurídica, normas que regem preceitos semelhantes, cuja similitude coincida com pontos semelhantes.
Explicando de outra forma, supre-se uma lacuna na lei para regulação de um determinado conflito de interesses, utilizando o operador do Direito de norma jurídica semelhante. 
O processo analógico, pode-se apontar, está no meio do caminho entre a indução e a dedução, desempenhando função relevante no Direito, quando a lei é omissa e não se pode deixar de dar ao caso concreto uma solução jurídica adequada.
Não são, porém, somente a indução, a dedução e a analogia os processos de conhecimento que o jurista emprega em seus domínios, em métodos de compreensão da Ciência do Direito.
Isto porque a todo instante ele ordena normativamente fatos segundo valores, o que significa que não pode dispensar o prisma do valor, na apreciação dos fatos sociais abrangidos pelas normas jurídicas.
Isso é próprio das ciências sociais...
EXPLICAÇÃO E COMPREENSÃO 
Diferença importante entre as ciências naturais e humanas refere-se ao problema dos valores e dos fins.
As leis físico-naturais são cegas para o mundo dos valores; não são boas ou ruins, prudentes ou imprudentes, mas podem ser apenas certas ou não, conforme a sua correspondência adequada aos fatos que buscam explicar.
Explicar, portanto, consiste em ordenar os fatos segundo nexos(liames) ou laços objetivos de causalidade ou funcionalidade. Terão mais rigor científico quanto maior for a neutralidade de quem a enuncia.
Já no mundo humano(mundo do Direito), ao contrário, como os fatos sociais fazem parte da vida, dos interesses e dos fins do observador, este deve sempre tomar um posição perante os fatos, tomada de posição essa que se resolve num ato valorativo ou axiológico.
Deve haver objetividade no estudo dos fatos jurídicos, mas não é possível uma atitude comparável à pretendida “neutralidade sem valor” de um analista de laboratório, ante uma reação química.
Compreender, portanto, é ordenar os fatos sociais ou históricos segundo suas conexões de sentido, isto é, segundo uma ordem de valores.
É a razão pela qual os juízos, isto é, o raciocínio que o jurista estabelece sobre os fatos, atribuindo a alguém um poder ou dever de agir, se desenvolve como juízos de valor, compondo-se em juízos de realidade.
Em outras palavras, a experiência jurídica se traduz como um: é enquanto deve ser.
O que caracteriza o mundo do ser, em confronto com o mundo do dever ser, não é ausência demovimento, mas sim a origem deste que, no primeiro caso, resulta de causas e no segundo, é a consequência de motivos.
Estas considerações permitem-nos concluir que, sendo o Direito um fato histórico-cultural, que é e, simultaneamente, deve ser, a sua ciência não pode deixar de ser “compreensiva”.

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