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Artigo A Salvação Plano de Deus

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 Autor do artigo, créditos. 
 
A SALVAÇÃO: O Plano de Deus 
 
Diógenes Pereira da Silva Neto* 
RESUMO 
 
A salvação que vamos abordar, não é uma simples ação de salvamento, uma atitude 
como tirar uma pessoa que esteja se afogando, em outro caso que esteja em um 
prédio em chamas, ou até mesmo sendo violentamente agredido, ou algo dentro 
deste contexto. Salvação é algo muito mais profundo, mais complexo, pois estamos 
falando da salvação da alma, para que tenha a paz, o descanso eterno, a vida 
eterna, pois tudo que vivenciamos em nossa realidade, não tem uma duração 
infinitamente eterna, isto é, está realidade é corruptível e tudo se acaba. A salvação 
da alma é de grande importância para cada ser humano, estamos falando sobre a 
alma de cada um, com todas as suas diferenças, mas que é inerente a cada “eu”, o 
intimo, o âmago do ser, o interessante, é que, o próprio homem é quem decide 
aceitar esta salvação ou não, não existe um salva-vidas para resgata-lo de um 
afogamento, um bombeiro para tira-lo das chamas, ou um policial para tirá-lo das 
mãos do seu agressor, ele não precisa esperar para ser salvo, mas é o seu próprio 
“eu”, sua alma é quem decide querer ser salvo, pois já existe o plano da salvação. O 
próprio Deus o planejou para resgatar o gênero humano daquilo que ele se perdeu, 
voltar as suas origens, voltar a ser a imagem de Deus, religar o que havia sido 
desligado, a intimidade e o amor de Pai Eterno. Tudo isso é real, o plano da 
salvação de Deus não se corrompe, mas somente cada alma pode decidir se aceita 
ou não esta salvação, pois a divida pelo pecado de desobediência, foi pago por 
intermédio do sacrifício vicário do filho de Deus, Jesus Cristo o nosso salvador. 
 
 
Palavras-chave: Resumo. Artigo Salvação. Plano. Projeto. Resgate. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O plano de salvação de Deus tem o intuito de voltar o gênero humano ao seu 
estado original, quando Deus criou todas as coisas e formou o homem com suas 
próprias mãos, o fez a sua imagem (Gn 1.27), conjeturando, como se Deus 
estivesse em frente há um espelho, e visse o homem de gloria e hora conforme 
Deus o coroou (Sl 8.5), de toda sua criação, e disse-se: Perfeito! 
 
 
 
Mas depois do pecado de desobediência este espelho partiu em pedaços e a 
imagem que Deus olhava, não era mais perfeita, o pecado a deformou, mas Deus 
tinha um plano para tornar a sua imagem mais que perfeita, restaurar o espelho e 
novamente ver a sua imagem, mas agora aprimorada, pois o seu plano de salvação 
estava na pessoa de seu filho, Jesus Cristo, a quem Deus confiou à execução deste 
plano da salvação, pois ele pagou todos os pecados do gênero humano por amor, 
através do seu sacrifício vicário, pois ele veio como precursor deste plano, isto é, 
como salvador, ele é a face da salvação. 
 Todo homem que aceitar este plano da salvação de Deus, no qual, Jesus 
Cristo, se fez carne, ou seja, tornou-se homem, e tomou o lugar de cada um do 
gênero humano, isto é, substituiu a cada homem. Entendemos que este sacrifício 
não seria para ele, mas assumiu todos os pecados do mundo e com o seu sacrifício 
na cruz do calvário, tomou sobre si os pecados de todos diante de Deus, e todo 
homem crendo neste sacrifício através do plano de salvação de Deus, será salvo e 
receberá a vida eterna. 
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, 
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (ALMEIDA, 
Revizada e Corrigida, João, 3.16). 
 
1. DEFINIÇÃO DO PLANO DE SALVAÇÃO DE DEUS 
 
 
Para que possamos entender todo este processo, temos que ter uma ideia 
clara e compreender o plano da salvação1, que Deus arquitetou, no qual, foi imposta 
para todo ser humano. Deus sendo o criador de todas as coisas, incluindo o próprio 
gênero humano, macho e fêmea, isto é, homem e mulher e assim os formou, foram 
feito do pelo pó da terra, (Gn 2.7), e não pela palavra “haja”2, o criador o fez com 
muito esmero, com muito cuidado, como diz o dito popular, se toda criação fosse um 
bolo, o homem seria a cereja desse bolo, o toque final. 
 
 
1
 Salvação: Perdão dos pecados; dom de Deus da vida eterna. (Romanos 6.22-23; 10.8-10), 
(DBE - Dicionário Bíblico Ebenezer). 
2
 Haja (Bereshit – heb. “tyfiadeb”, Criar do nada) - (DBE - Dicionário Bíblico Ebenezer). 
 
 
 
Deus tinha um grande apreço pelo homem, criou todo o jardim do Éden, para 
ser sua morada, Deus o visitava na virada do dia para saber se necessitaria de algo, 
ate quando Deus observou que todo ser vivente do jardim tinha sua fêmea, logo 
providenciou uma adjuntora para ele, e ao cair em um sono profundo retirou uma de 
suas costelas e formou a sua adjuntora, “ossos de seus ossos e carne de sua 
carne”, e Deus criou a mulher. 
 Figura 1 – Jardim do Éden 
 
Fonte: http://www.epochtimes.com.br/asia-berco-jardim-eden/ 
Mas em um momento fatídico veio à decepção que afetou o coração do seu 
criador, o homem que tanto amava desobedeceu a Deus, a cereja do bolo ficou 
amarga, transgrediu sua ordenança, o pacto foi quebrado, a aliança foi rompida, o 
homem manchou sua reputação perante o seu criador, o espelho havia sido 
trincado, a imagem destorcida, Deus não mais identificava sua imagem, não mais a 
conhecia, suas vestes espiritual estavam cheias de mácula, o homem e sua mulher 
haviam magoado profundamente o coração de Deus, não tinha mais alegria nas 
visitas na virada do dia, a intimidade foi abalada, e por Deus foram desligados e um 
grande abismo os separou, era a morte espiritual. 
 
 
E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim 
comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela 
não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. 
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não 
comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. (ALMEIDA, 
Revizada e Corrigida, Genesis, 2.16-17; 3.3). 
 
 
 
 
 
“O pecado é um mal moral que consiste em ação, omissão do estado 
contrario a qualquer lei de Deus dada às suas criaturas racionais.” (Severa, 1999, 
p.199) 
 
Deus é santo, perfeito, justo, reto e imaculado, mesmo com muita dor em seu 
coração os castigou e os expulsou do Jardim do Éden, foram despejados do seu lar, 
banidos de sua casa por causa das suas infelizes decisões de desobediência, 
colheram o que plantaram, os espinhos que plantaram no coração de Deus 
colheram eles abrolhos, para os seus corações. Deus não apenas os expulsou do 
seu lar, mas rompeu o seu laço de intimidade, de confiança com o homem e o pior, 
de uma vida perfeita, eterna, receberam a morte como salário. 
 
“Porque o salário do pecado é a morte, [...].” (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, 
Romanos, 6.23a). 
 
O pecado afetou seriamente o relacionmento com Deus. Segundo Horton 
Stanley (1996, p.268): 
 
O relacionamento entre Deus e os homens, de franca comunhão, amor, 
confiança e segurança, foi trocado por isolamento, autodefesa, culpa e 
banimento. Adão e Eva, bem como o relacionamento entre eles, entraram 
em degeneração. (HORTON, 1996) 
 
 
2. O PLANO DA SALVAÇÃO DE DEUS 
 
Deus tinha duas opções, eliminar toda raça humana sem exceção, ou salvá-
los, então pela sua infinita misericórdia optou pela salvação e assim deu inicio a 
execução do seu plano optou por resgatar o gênero humano, mas para que este 
plano surtir-se efeito deveria ter um sacrifício, o pecado diante de Deus deveria ser 
extinto de toda raça humana, o homem deveria ser purificado dos seus pecados, 
para que o perdão de Deus impera-se completamente na alma humana. 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Pecado Original 
 
Fonte: http://megareligiones.com/c-cristianismo/el-pecado-original/ 
Deus não faria nenhuma barganha com o homem, pois Deus não se deixa 
escarnecer, a desobediência fez com que o homem ceifa-se a morte, pois se deixou 
levar pelo que agradava aos seus olhos, ouseja, seus desejos, a concupiscência3 
da carne, o que viu agradou excessivamente os desejos da sua alma. 
 
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem 
semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne 
ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida 
eterna. (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Gálatas, 6.7-8). 
 
 
Desconsiderando a Palavra de Deus, Eva entregou-se ao desejo por beleza e 
sabedoria. Tomou o fruto proibido, ofereceu-o ao seu marido e juntos comeram-no 
[...]. (Horton, 1999, p.267) 
 
Podemos tomar como exemplo este pecado de desobediência na atitude do 
rei Saul, onde também trouxe serias consequencia com seu relacionamento com 
Deus, pois após, ter-lhe dado uma ordem expressa a respeito da batalha contra os 
amalequitas, Saul desobedeceu a Deus, trazendo despojos para oferecer em 
sacrifício ao Todo Poderoso como ofertas e o rei de amaleque Agague, como 
prisioneiro, mas Deus o repreende através do profeta Samuel. 
 
Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em 
holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? 
Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do 
 
3
Concupiscência: Desejo ou apetite excessivo. [...] A concupiscência é apresentada na 
Bíblia como causa de pecado. (DMA - Dicionário Mini Aurélio) 
http://megareligiones.com/c-cristianismo/el-pecado-original/
 
 
 
que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de 
feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a 
palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. 
(ALMEIDA, Revizada e Corrigida, 1Samuel, 15.22-23). 
 
 
O sacrifício para remição do pecado de desobediência deveria ser feito, 
tratava-se de uma ordem de Deus, pois, este sacrifício, traria a paz, o descanso e a 
harmonia, entre Deus e toda raça humana, mas sacrifício em especifico, não poderia 
ser com animais ou cereais como povo Hebreu havia sido instruído por Moises, pois 
era o costume de todos os povos daquela região. 
O ritual sacrifical era que o pecador deveria tomar um animal sem mancha, 
sem defeito e deveria ser a primícia, o melhor animal que o ofertante poderia ter, 
pois, antes do sacrifício, o ofertante transferia seu pecado para o animal que seria 
sacrificado e remiria seus pecados e suas transgressões, após isto, queimava a 
gordura do animal e espargia seu sangue sobre propiciatório4 diante de Deus, e 
subia como um cheiro suave e bom ao Senhor, e assim era feito o ritual sacrifical. 
 
Mas, se pela sua oferta trouxer um cordeiro para expiação do pecado, sem 
defeito trará. E porá a sua mão sobre a cabeça da oferta da expiação do 
pecado, e a degolará por oferta pelo pecado, no lugar onde se degola o 
holocausto. Depois o sacerdote com o seu dedo tomará do sangue da 
expiação do pecado, e o porá sobre as pontas do altar do holocausto; então 
todo o restante do seu sangue derramará na base do altar. E tirará toda a 
sua gordura, como se tira a gordura do cordeiro do sacrifício pacífico; e o 
sacerdote a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas do 
Senhor; assim o sacerdote por ele fará expiação dos seus pecados que 
cometeu, e ele será perdoado. (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Genesis, 
4.32-35). 
 
 
Vale resaltar que o animal sacrificado teria que ser perfeito, e ele substituía o 
pecador, mas na questão do pecado do gênero humano, teria que ser apenas um 
sacrifício para pagar o pecado de todos, pois se por um homem entrou o pecado do 
mundo, então somente por um homem se poderia realizar este sacrifício. Mas como 
achar um homem perfeito, sem manha, sem mácula e que justifica-se a todos, pois 
todos pecaram e não havia nenhum justo, e perfeito para a paga deste pecado. 
 
4
 Propiciatório: Topo da Arca da Aliança; lugar da expiação. Era aí que o sumo-sacerdote 
aspergia o sangue no Dia da Expiação. O propiciatório era feito de ouro puro. (Hebreus 9:5) - 
(DBE - Dicionário Bíblico Ebenezer). 
 
 
 
 Então como Deus resolveria este impasse? Quem seria o cordeiro imolado? 
 
“[...] todos estão debaixo do pecado; Como está escrito: Não há um justo, 
nem um sequer.” (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Romanos, 3.9-10). 
 
 
Deus não teve outra escolha a não ser enviar seu próprio filho como o 
cordeiro imulado, o substituto de toda humanidade, pois somente ele preencheria 
todos os requisitos exigidos por Deus, para que o sacrifício fosse perfeito aos seus 
olhos. Assim Deus o fez, um amor incondicional para com todo mundo, pois 
somente seu filho tinha a sua mesma essência, a imagem que seria refletida pelo 
espelho deformado diante de Deus, seria perfeita de novo, e não apenas isso, a 
harmonia universal voltaria a ser como Ele criou. 
Em seu filho tudo retornaria ao seu estado original, tudo por amor, Deus viu a 
oportunidade perfeita para restauração da alma humana, religar o Criador com sua 
criatura, o Pai celestial com seus filhos, tudo em função deste amor incondicional. 
 
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, 
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o 
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (ALMEIDA, Revizada e 
Corrigida, João, 3.16-17). 
 
 
Está questão é expressa na tensão que há em Deus entre a sua ira e o seu 
amor. Segundo Tillinch Paul (2005, p.457): 
 
[...] Ela parte da tensão que há em Deus entre sua ira e seu amor, e mostra 
que a obra de Cristo torna-se possível que Deus exerça sua misericórdia 
sem violar as exigências da justiça. O valor infinito do sofrimento de Cristo 
faz satisfação diante de Deus e torna desnecessário o castigo do ser 
humano pelo peso infinito do seu pecado. 
 
 
Deus começa a colocar seu plano de salvação em prática, fez Ele algo 
verdadeiramente maravilhoso, impressionante e divino, a sua essência se fez carne, 
tomou a forma humana, tornou-se criatura, deixou sua gloria, para habitar no meio 
dos homens, ou seja, tabernácular esvaziou-se tornando servo, humilhou-se e se 
ofereceu a Deus em prol de toda humanidade pecaminosa para receberem perdão. 
 
 
 
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em 
Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser 
igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, 
fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, 
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. 
(ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Filipenses, 2.5-8). 
 
 
 
A expressão “esvaziou”, significa que Jesus renunciou todos seus atributos 
divinos para tomar a forma humana. “Esta teoria, também conhecida por (κένωσης), 
afirma que em sua humanidade o Verbo renunciou a muitos de seus atributos 
divinos essenciais, como onipotência, onisciência, onipresença.” (SEVERA 
ZACARIAS, 1999, p.234). 
 
A definição da humanidade de Cristo está confirmada nos evangelhos nos 
seguintes aspectos: seu crescimento, sua vida sujeita a limitações (sede, fome, 
cansaço, alegria, tristeza, amor, entre outras) vida religiosa, suas tentações e etc. 
Segundo Severo Zacarias (1999, p.230): 
 
Portanto segundo a Bíblia, não pode haver duvida de que Cristo era de 
natureza humana, como nós, mas com uma diferença que ele não tinha a 
natureza corrupta que nós temos, nem praticou qualquer pecado em toda 
sua vida. 
 
 
De Belém5 viria o salvado, de uma mulher virgem, assim como o primeiro 
homem foi formado da terra virgem pelas mãos de Deus, e não por concepção 
sexual entre um homem e uma mulher, mais da terra virgem, ou seja, a mulher veio 
depois, ela foi tirada da costela do homem, então o salvador deveria vir das mesmas 
características humanas, a mulher simbolizava a terravirgem, da mesma essência 
do homem. Deus formou o primeiro homem que devido o seu pecado, passou a ser 
pecador, e o Espírito Santo concebeu o segundo homem como salvador. 
 
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e 
trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne 
da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi 
tomada. (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Genesis, 2.22-23). 
 
 
5
 Belém: Pequena cidade de Judá, a 9 km de Jerusalém. Foi nesta cidade em que Jesus 
nasceu. (I Samuel 16:1). (DBE - Dicionário Bíblico Ebenezer). 
 
 
 
3. NASCE O SALVADOR: O PLANO DE SALVAÇÃO DE DEUS SE INICIA 
 
O anjo Gabriel anuncia a Maria, a virgem agraciada por Deus o seu plano de 
salvação para seu povo, e que ela faria parte deste plano, pois, o salvador de todas 
nações viria por intermédio dela e seu nome seria Emanuel6, Maravilhoso, 
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Logo depois o mesmo 
anjo Gabriel anuncia também a José, que era o noivo de Maria e que estavam 
prestes a contrair o matrimonio. 
 
”Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está 
sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus 
Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Isaias, 
9.6). 
Figura 3 – Imagens nascimento de Jesus Cristo 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://ib7.org/estudos-biblicos/comentario-da-licao/ 
1001-o-nascimento-de-jesus.jpg (1000×528) (ib7.org) 
Deus já havia preparado seu plano de salvação, Isaias o profeta messiânico, 
profetiza a vinda do salvador, e quem ele seria, o escolhido de Deus para ser o 
precursor da salvação, pois, o Espírito do Senhor repousará sobre ele, e ele 
endireitaria os caminhos dos ímpios7, porque ele é o único e verdadeiro 
 
6
 Emanuel: Palavra hebraica que significa “Deus conosco”, (Portanto o mesmo Senhor 
vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o 
seu nome Emanuel.) Bíblia, Tradução, Revizada e Corrigida, ALMEIDA, J. Ferreira, Isaías 
7.14. 
7
 Ímpios: Indivíduo ímpio; incrédulo; Que não tem fé; incrédulo. - (DMA – Dicionário Mini 
Aurélio) 
https://ib7.org/estudos-biblicos/comentario-da-licao/
https://ib7.org/images/artigos/cafe-com-deus/nascimento-de-jesus.jpg
 
 
 
representante do Reino do Deus Altíssimo, para que possa libertar os cativos, e 
quebrar as corretes que aprisiona o mundo no pecado vivendo uma vida de 
escravidão. 
 
O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, 
para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de 
coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos 
presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do 
nosso Deus; a consolar todos os tristes. (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, 
Isaías, 61.1). 
 
 
 
“O nascimento virginal significa que Jesus foi concebido quando Maria era 
virgem, e que ela ainda era virgem quando ele nasceu [...].”(Horton, 1999, p.322) 
 
Chegou o grande dia o nascimento do salvador em Belém na Judéia, e Deus 
guia três reis magos vindos do oriente, e eles seguem a estrela que era a referencia 
da localizava do salvador, e quando chegaram ao local, eles encontraram o menino 
rei nos braços de Maria sua mãe, e se alegraram, se prostraram e o adoraram, e 
presentiaram-no com seus tesouros, ouro, incenso e mirra. 
Parecia que o plano de salvação de Deus iria se frustrar, pois o rei Herodes 
da Judéia ao saber pelos três reis magos do nascimento do Rei salvador decretou a 
morte de todos os primogênitos da região, mas Deus aparece a José e pede para 
que leve o menino para o Egito, e ali ficassem ate que Deus dissesse a ele que 
voltassem, e assim dar continuidade ao seu plano salvívico. 
 
E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em 
sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o 
Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o 
menino para matá-lo. E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de 
noite, e foi para o Egito. E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se 
cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito 
chamei o meu Filho. (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Mateus, 2.13-15). 
 
 
E Deus cumpriu o que havia dito, em um sonho pede a José que retorne com 
o menino e sua mãe para uma cidade na Judéia, ao sul da Galiléia chamada 
Nazaré8, para cumprir as Escrituras, pois ele será chamado nazareno. Cumprindo 
 
8
 Nazaré: Cidade localizada no sul da Galiléia. Ali Jesus cresceu e ali vivia a sua família. 
 
 
 
todos os requisitos que um homem judeu deveria cumprir, sendo apresentado no 
templo aos sacerdotes e mestres da Lei, após a sua tenra idade, completando seus 
trinta anos, dar-se o inicio a sua jornada terrena para executar o plano de salvação 
elaborado por Deus. O salvador inicia o plano da salvação, anunciando as boas 
novas o seu “evangelho”9, dizendo que o Reino de Deus estava próximo, e que 
deveriam se converter de seus pecados, pois no Reino de Deus não há pecadores. 
 
[...],veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus, E 
dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. 
Arrependei-vos, e crede no evangelho. (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, 
Marcos, 1.14-15). 
 
 
Jesus percorria toda Judeia e as cidades circunvizinhas anunciando as boas 
novas do Reino de Deus, ensinando, pregando e curando os enfermos e alimentava 
as multidões que o seguiam de todas as partes, sua fama era notória, todos ouviram 
falar de Jesus de seus ensinamentos, suas pregações e suas curas e maravilhas. 
Chamou homens simples para serem seus discípulos formando seu 
colegiado10 de doze homens, entre eles pescadores, publicanos cobradores de 
impostos. Muitos que o ouviam, criam em seu evangelho, se convertiam e acreditava 
que ele era o filho de Deus, o messias que a Lei e os profetas falavam ao seu 
respeito, mas outros iam contra seus ensinamentos e não o aceitavam como 
salvador, pois para esses ele afrontavam a Torá (Lei de Moises) e por esses e 
outros motivos queriam mata-lo. 
As castas judaicas não aceitava Jesus como aquele que haveria de vir, da 
casa do Rei Davi, para libertar o seu povo da escravidão do julgo pesado que os 
outros povos pagãos como os romanos, obrigavam a suportar; como escravidão e 
cobranças absurdas de impostos, pois a Judeia com a invasão romana passou a ser 
província romana, os judeus eram dominados pelos romanos. 
Os mestres da lei judaica que defendiam a Lei de Moises como; os fariseus, 
os sacerdotes e os saduceus, faziam barganha com os romanos, para poder tirar 
 
(Lc 1.26-27; 2.4,51; 4.16) - (DBE - Dicionário Bíblico Ebenezer). 
9
 Evangelho: “Boas novas”, a notícia de que Jesus pagou a pena por nossos pecados e nos 
convida a receber sua oferta de perdão. (Marcos 1:1) - (DBE - Dicionário Bíblico Ebenezer). 
10
 Colegiado: Órgãos em que os membros possuem os mesmos poderes; [Política], em que 
a chefia do executivo é exercida por mais de um membro, sendo seus poderes de igual valor. 
(App, Dicio – Dicionário Português, On-Line) 
 
 
 
proveito da situação, explorando povo em benefício dos seus próprios interesses, 
pois eles estavam corrompidos pela ganância e com isso, o povo judeu carregava 
um julgo pesado, mas o Senhor tudo sabe e tudo vê ninguém pode surpreender o 
Criador de todas as coisas, tudo estava em seu controle, Seu plano seria executado, 
pois seu filho amado foi enviado para salvá-los do cativeiro do pecado e aliviar o 
pesodo julgo que ao povo foi imposto. 
 
Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do 
céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as 
revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as 
coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão 
o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o 
quiser revelar. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu 
vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou 
manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas 
almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (ALMEIDA, 
Revizada e Corrigida, Mateus, 11.25-30). 
 
 
“Ele interpretava os atos e os planos de Deus para os homens e orientava o 
povo nos caminhos traçados por Deus. Desta forma ele era um representante de 
Deus para o povo” (Severa, 1999, p.239) 
 
Nunca se via tanta eloquência nas palavras, como Jesus falava, tinha um 
coração de muita compaixão, ele se compadecia por todos que a ele se achegava, 
sua empatia era exposta pelas suas ações. Para uns ele era amado, mas para 
outros ele era odiado, pois ele era uma ameaça a todos aquele esquema sórdido, 
corrupto e diziam eles que estavam cumprindo a Lei de Deus. 
O filho está no Pai e o Pai está nele, sua face resplandecia a gloria de Deus, 
o amor fluía, exalava por todos os seus poros, sim ele era aquele que havia de vir, e 
veio salvar seu povo, e todo aquele que nele crê. O plano de salvação de Deus 
continuava em execução, pois Jesus estava convicto que este plano salvaria a 
humanidade. Jesus da um novo sentido a Lei, embasado no amor de Deus, Jesus 
dizia que não veio julgar o mundo, mas salvar, pois esse era o desejo do coração de 
Deus. 
 
“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o 
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (ALMEIDA, Revizada e 
Corrigida, João, 3.17). 
 
 
 
4. MORTE E RESSURREIÇÃO DO SALVADOR – O PLANO DA SALVAÇÃO 
DE DEUS FOI CONSUMADO 
 
O que eles não conheciam lhes trouxeram temor, e o que eles não entendiam 
era uma ameaça, está era a forma que Jesus significava para eles e por este motivo 
queriam elimina-lo, pois para eles tudo que era diferente do que eles pensavam, era 
uma intimidação, estavam acostumados a seguir suas tradições, pois assim lhe 
foram ensinados pelos antigos patriarcas. Mas o que estas castas judaicas não 
entendiam e supostamente não aceitavam, que Jesus era o cordeiro de Deus que 
tiraria todo o pecado do mundo, (Jo 1.29). Foi ele enviado para padecer em prol de 
todo mundo para que o plano da salvação de Deus fosse realizado, e que ele era o 
único justo, no qual Deus poderia confiar tamanha missão e de grande 
responsabilidade. 
Partindo do seguinte pressuposto, no Reino de Deus não há pecadores, e 
que todos teriam que fazer este sacrifício de morte para remissão dos pecados, mas 
não havendo nenhum justo, Jesus foi o cordeiro imolado, para que todos pudessem 
fazer parte do Reino de Deus, por intermédio do seu sacrifício. Jesus cumpriu seu 
propósito com obediência, e com tudo não pecou, (Hb 9.28), com isso, tendo o 
direito a ressurreição. Como define Severa Zacarias: 
 
 “A ressurreição de cristo emerge uma nova ordem de existência neste mundo 
que há de consumar-se na glória do mundo vindouro. Pela ressurreição, Cristo 
Jesus se torna esperança nossa (1Tm 1.1).” (Severa, 1999, p.252) 
 
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas 
dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e 
oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído 
por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava 
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos 
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o 
Senhor fez cair sobre ele à iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e 
afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao 
matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele 
não abriu a sua boca. (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Isaías, 53.4-7). 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Morte e Ressurreição de Jesus Cristo 
 
Fonte: https://static.escolakids.uol.com.br/file/ 
pascoa.jpg (334×229) (uol.com.br) 
Seguindo este raciocínio ele recebeu seu devido e merecido salário, a vida, 
vencendo a morte e o inferno, (1Cor 15.55-57). Cumpriu sua carreira e após ser 
crucificado carregando todo peso do pecado do mundo, no lugar de todos os 
pecadores, e ali, teve seu ultimo suspiro de dor e consequentemente ate a morte, 
para que o mundo fosse salvo. Segundo Horton Stanley (1996, p. 350): 
 
 Refletindo o pensamento básico dos reformadores, o evangelismo afirma a 
ideia da substituição penal para explicar o significado da morte de Jesus 
Cristo. Declara que Cristo suportou em nosso lugar a total penalidade que 
deveríamos pagar. Ou seja, sua morte foi vicária, totalmente em favor dos 
outros. Significa que Ele sofreu, não meramente para nosso beneficio ou 
vantagem, mas em nosso lugar (gr. anti – “ao invés de”, como em Mc 10.45 
e 2Co 5.14). 
 
 
O sacrifício de um justo em favor de muitos pecadores, o plano da salvação 
de Deus em favor do gênero humano foi cumprido, e Deus se agradou deste 
sacrifício, pois subiu como cheiro suave e bom ao seu coração. Estando Ele no lugar 
de todo mundo, então todo mundo morreu Nele. Ele foi o representante do mundo, 
Jesus tomou o lugar de todo gênero humano naquela morte de cruz. 
Mas os pecados não eram Dele, estavam sobre Ele, ou seja, para que Ele 
fosse o salvador deveria carregar todo pecado do mundo e o seu sangue purificar os 
https://static.escolakids.uol.com.br/file/
https://static.escolakids.uol.com.br/file/pascoa.jpg
 
 
 
pecados de todos, pois Ele É, o cordeiro de Deus que tira todo pecado do mundo, 
(Jo 1.29). Cumprindo-se o plano salvívico de Deus, foi lhe dado todo poder, honra, 
Gloria e toda autoridade, e em suas mãos estão às chaves da morte e do inferno. 
 
“E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. 
E tenho as chaves da morte e do inferno.” (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, 
Apocalípse, 1.18). 
 
 
 Apos três dias da sua morte, ressussitou, e se Jesus moreu por todos, sendo 
Ele ressussitado, então todos ressussitaram Nele, pois não há salvação, a não ser 
naquele que morreu e ressussitou, Jesus. Mas devemos resaltar que a salvação 
vem pelo sacrificio vicario de Jesus, é para todos que Nele crê, pois seu nome está 
acima de todos nome, dando o direito a todos esses que crê para que sejam filhos 
de Deus, pela fé, e que Ele é o Filho unigenito de Deus, o salvador, isto é, em Jesus 
Cristo, todos aqueles que Nele crê, tenha o direito a vida eterna. Porque em Jesus 
Cristo somos mais que vencedores, pois Ele já venceu o mundo. 
 
 “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que 
nos amou.” (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Romanos, 8.37). 
 
É máster saber que Deus não desistiu do gênero humano, e como no tempo 
de Noé, não veio um castigo eminente, mas sim a salvação. Entendemos que o 
pecado entrou por um homem, (Rm 5.12), mas que por outro veio à salvação, (Rm 
5.19), e pela graça11 de Deus e sua misericórdia12, não fomos cosumidos pela sua 
ira, (Rm 5.18). Porque o pecado contaminou todo gênero humano e com isso se 
desligando de Deus e vivendo uma vida errante, sem Deus, perdidos como ovelhas 
sem pastor, precisávamos com urgência retornar a luz e sair da escuridão do 
pecado. 
 
 
11
 Graça: Favor imerecido, benefício não obtido por serviços, bondade recebida 
gratuitamente. O dom maravilhoso de Deus, perdão dos pecados e capacidade de viver com 
dignidade no presente e com esperança para o futuro. - (DMA – Dicionário Mini 
Aurélio). 
12
 Misericórdia: Compaixão suscitada pelamiséria, pela dor alheia. - (DBE – Dicionário 
Bíblico Ebenezer). 
 
 
 
Deus deu o gênero humano, mais uma opção de escolha, pois em respeito ao 
seu livre-arbítrio, pudessem escolher entre a morte eterna ou a vida eterna, viver 
sem Deus ou andar com Ele, andar errante ou voltar para casa do Pai Celestial, a 
decisão é de cada um, ninguém pode decidir pelo outro, pois a salvação é individual, 
cada um dará conta de si mesmo, mas se com tua boca confessar e aceitar no 
coração que Jesus Cristo, ressuscitou dos mortos para salvar a todo que nele crê, 
este será salvo, mas se não aceitares e guardar seus mandamentos, todas as obras 
que o homem fizer, virá a juízo: 
 
De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus 
mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de 
trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, 
quer seja mau. (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Eclesiastes, 12.13-14) 
 
 
A salvação em Jesus Cristo também tem um siguinificado muito peculiar, 
como um novo nascimento, uma nova criatura, pois em Jesus Cristo tudo se renova, 
principalmente o “ser”, pois Ele trás tudo de novo, o que havia se corrompido, voltou 
a ser imaculado, são, perfeito diante aos olhos de Deus. A definição da pessoa de 
Jesus Cristo para Paul Tillich (2005, p.453) nos tras o siguinte siguinificado: 
 
O siguinificado de Jesus como o Cristo é seu ser, e os elementos proféticos, 
sacerdotal e régio nele são consequências imediatas de seu ser (alem de 
varias outras), mas não são “mistérios” especiais unidos a sua “obra”. Jesus 
como o Cristo é o salvador através do siguinificado universal de seu ser 
como o Novo Ser. 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A salvação apresentada neste artigo tem um significado muito mais 
expressivo, pois não estamos falando de um livramento devido a um perigo, mas de 
uma restauração, reconciliação, voltar às origens humanas como; imagem e 
semelhança de Deus, relacionamento, intimidade, religação com o Criador, o Pai 
Celestial, Aquele que formou o homem e o instituiu mordomo, administrador de tudo 
que foi criado por Deus. 
 
 
 
A salvação tem como objetivo trazer o gênero humano para se religar a Deus, 
pois estava desligado de Deus siguinifica, a morte eterna, e foi justamente por este 
motivo que Deus projetou este plano da salvação. 
Nas Sagradas Escrituras, Jesus se expressa usando parábolas13 para 
explica, seu evangelho de forma simples, para que o povo e seus discípulos possam 
entender, e uma destas parábolas que Jesus cita, para explicar de forma 
contundente sobre esta questão da salvação, não que as outras parábolas, não 
tenham o mesmo cunho, mas está uma ótima definição e explicação com relação ao 
assunto da salvação. A parábola em questão é das “dez virgens”, e esta parábola 
tem algo peculiar, pois fala a respeito de duas classes de virgens, cinco eram 
prudentes e cinco eram loucas. 
Antes de tudo temos que entender que é algo muito particular, muito subjetivo 
a cada pessoa, algo inerente a si próprio, somente você e sua alma, pois é ela que 
necessita desta salvação, o seu próprio “eu”. Então vamos tentar descrever esta 
parábola das “dez virgens” para que possamos entender melhor este plano da 
salvação de Deus para com todo gênero humano. 
 
O sermão profético de Jesus: A parábola das dez virgens – (Mt 25. 1-13) 
 
Nos versículos 1 e 2, Jesus inicia falando do Reino dos céus (de Deus) , trata-
se do objetivo, duas categorias de virgens (pessoas) que serão salvas e as que não 
serão, isto é, dentro do contexto da salvação. As dez virgens são divididas da 
seguinte forma, cinco são prudentes e cinco são loucas ou néscias, que se 
preparam para esperar o noivo, para levá-las com ele para seu reino, e que possam 
fazer parte deste reino, mas para que elas façam parte de deste reino, elas tem que 
estarem prontas para a chegada do noivo, que supostamente vem busca-las para 
leva-las consigo. 
 
“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas 
lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco 
loucas.” (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Mateus, 25.1-2). 
 
13
 Parábolas: História curta com o fim de ensinar lições a respeito do reino de Deus, ou de 
sabedoria ou moral. (Mateus 13:3-23). - (DBE – Dicionário Bíblico Ebenezer). 
 
 
 
 
Para que o noivo leve-se ambas existia um quesito, ou seja, elas carregavam 
suas lâmpadas, e estas lâmpadas teveriam estar acessas, entendemos que, as 
lâmpadas acesas, o que significa, que o período que elas se encontravam era 
noturno, e isto, eram imprescindíveis para que o noivo pode-se identifica-las, na sua 
chegada. 
 
“As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as 
prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.” (ALMEIDA, 
Revizada e Corrigida, Mateus, 25.3-4). 
 
Entendemos que as loucas ou néscias, não estavam prontas, preparadas e 
vigilantes, para chegada do noivo, pois ele não tinha um momento exato para sua 
chegada, estar preparadas era ter reservas, neste caso o azeite que mantinha as 
lâmpadas acesas, e poderiam esperar o noivo como as prudentes, que ao contrario 
das loucas ou néscias, estavam preparadas e vigilantes, pois tinham reservas de 
azeite e suas lâmpadas permaneciam acesas. 
Sobre a ótica da salvação entendemos que a pessoas que estão preparadas 
para a chegada do noivo, a volta de Jesus Cristo buscar seu povo, sua igreja, a sua 
noiva, são identificadas nas prudentes, pois estas pessoas aceitaram seu sacrifício 
vicário e estão dentro do plano da salvação de Deus. Enquanto as pessoas que 
ainda ou não aceitaram este sacrifício, são denominadas como as loucas ou néscias 
estas ainda ou não estão preparadas. 
 
“E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-
noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.” (ALMEIDA, 
Revizada e Corrigida, Mateus, 25.5-6). 
 
A demora do noivo fez com que todas as dez virgens, caíssem no sono, então 
tosquenejaram14 e em quanto dormiam chegou o momento tão esperado por elas, e 
exatamente a meia-noite se ouviu um clamor anunciando a chegada do noivo, 
 
14
Tosquenejaram: cochilar, cabecear com sono, (Is 5.27) - (DBA – Dicionário da Bíblia 
Almeida). 
 
 
 
ambas acordaram dos seus sonos, e as dez virgens se levantaram assustadas com 
o inesperado clamor, neste exato instante, elas verificam as suas lâmpada para 
saber se ainda estavam acesas para que o noivo as avista-se. 
O tempo está passando e existe ainda a possibilidade das pessoas que ainda 
não aceitaram o plano de Salvação de Deus, pelo sacrifício vicário de Jesus Cristo, 
se arrepender dos seus pecados, pararem de tosquenejar e acordar do sono para 
quando o Jesus voltar às encontre preparadas. 
As lâmpadas das dez virgens estavam acesas, mas com uma diferença, as 
lâmpadas das loucas ou néscias estavam se apagando devido ao pouco azeite que 
restavam, pois era insuficiente, mas como o noivo as veria se a chama de suas 
lâmpadas estava se apagando, como as identificaria, era meia-noite e 
provavelmente uma grande escuridão as envolvia. As loucas tomaram uma atitude 
desesperada, solicitaram a ajuda das prudentes, pois elas tinham levado reservas. 
As pessoas identificadas como loucas ou néscias estão fora do plano de 
salvação de Deus, pois uma escuridão as envolve e provavelmente quando a volta 
de Jesus Cristo acontecer, elas terão atitude desesperadoras, pois não estarão 
preparadas para este evento tão esperados, no qual, as pessoas prudentes estão 
aguardando, pois elas não estão envoltas na escuridão, porque elas têm reservas de 
azeite, e suas lâmpadas se mantém acesas para que o noivo possa as identificar. 
 
 “Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós 
ea vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido 
comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para 
as bodas, e fechou-se a porta.” (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Mateus, 25.9-10). 
 
 
As loucas ou néscias, pediram um pouco de azeite as prudentes, para que 
elas dividissem e lhes dessem mesmo que um pouco, mas prudentes não poderiam 
atender a esta solicitação, pois elas as prudentes poderiam ficar na mesma situação 
que as loucas ou néscias, e com isso poderiam lhes faltar, então em vez de cinco 
virgens com suas lâmpadas se apagando, seria dez e o noivo também não as veria. 
As prudentes aconselharam as loucas ou néscias, para que fossem comprar 
mais azeite para suas lâmpadas, pois somente havia se ouvido um clamor 
anunciando a chegada do noivo, e que seria possível que elas tivessem tempo para 
 
 
 
comprar mais azeite e abastecer suas lâmpadas, e serem vistas pelo noivo. Mas não 
houve tempo, o noivo chegou e abriu-se a porta do seu reino e ele identificou suas 
virgens (noivas), as cinco que estavam preparadas, as prudentes entraram pela 
porta, acompanhadas pelo noivo para as bodas, e ao entrarem a porta se fechou. 
No plano de salvação de Deus, não existe a possibilidade de comprar 
reservas para ser salvo, Jesus Cristo nos dá esta reserva pela graça, basta que 
aceitemos o seu sacrifício vicário, para que quando chegar o momento certo 
estejamos munidos, com o azeite da FÉ, da ORAÇÃO, e da SANTIFICAÇÃO, no 
qual sem ela ninguém verá a Deus, (Hb 12.14). Jesus Cristo, Ele mesmo nos 
concede estas reservas para que estejamos preparados, para entrar pela porta do 
Reino dos céus (de Deus) e com Ele celebrar as bodas do cordeiro. 
 
 “E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, 
abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.” 
(ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Mateus, 25.11-12). 
 
 
As loucas seguiram o conselho das prudentes, todas acharam que era 
apenas um clamor, um aviso da vinda do noivo, mas era muito mais que isso, todas 
as dez foram pegas de surpresa, o noivo estava às portas, pronto para abri-la e 
receber suas virgens noivas preparadas, eram elas as prudentes com reservas de 
azeite, as chamas de suas lâmpadas estavam acesas. 
As loucas ou néscias, ao chegar para ao suposto encontro com o noivo, 
tiveram uma grande surpresa, a porta estava fechada, não houve tempo, não 
adiantou a busca por mais azeite, não adiantaria mais que suas lâmpadas 
estivessem acesas, pois o noivo havia fechado a porta que dava a entrada para as 
bodas, tudo acabou. 
 
Em um ato de desespero por ter visto a porta fechada, as loucas ou néscias, 
ficaram aflitas e começaram a gritar: ”Senhor, Senhor, abre-nos.” 
Mas a resposta também foi inesperada, pois o noivo lhes disse: ”Em verdade 
vos digo que vos não conheço.” 
 
 
 
 
O noivo não mais abria a porta, pois o momento da sua vinda já havia se 
realizado e as suas virgens noivas preparadas, haviam entrado e estava tudo pronto 
para as bodas. 
Jesus Cristo finaliza esta parábola de forma contundente, ele diz aos seus 
discípulos e a todos que o pudessem ouvir que para entrar no Reino dos céus (de 
Deus), é preciso estar preparado. Que a lâmpada esteja acesa, e que aja luz, para 
quando ele vir possa ver aqueles que estão preparados com suas vestes brancas 
(SANTIDADE) como uma noiva adornada pelo Espírito Santo, e ao abrir a porta 
entrar com Ele para a grande festa de celebração do encontro do noivo com sua 
noiva (IGREJA) para as bodas do cordeiro. 
 
“Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem 
há de vir.” (ALMEIDA, Revizada e Corrigida, Mateus, 25.13). 
 
“Não há luz! Já é tão tarde, e a noite está tão negra e fria! Ó! Deixe-nos entrar 
para que possamos encontrar a luz! Ó! não! Tarde demais! Não podeis entrar 
agora.” (LOCKER, Herbert, 1963, p.274). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVATION: God's Plan 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The salvation that we are going to address is not a simple rescue action, an attitude 
like taking out a drowning person, in another case that is in a burning building, or 
even being violently attacked, or something in this context. Salvation is something 
much deeper, more complex, because we are talking about the salvation of the soul, 
so that it has peace, eternal rest, eternal life, because everything we experience in 
our reality, does not have an infinitely eternal duration, that is, this reality is 
corruptible and everything ends. The salvation of the soul is of great importance for 
every human being, we are talking about the soul of each one, with all its differences, 
but which is inherent to each “I”, the intimate, the core of being, the interesting, is 
that, man himself is the one who decides to accept this salvation or not, there is no 
lifeguard to rescue him from drowning, a fireman to take him out of the flames, or a 
policeman to take him out of the hands of his aggressor, he does not need to wait to 
be saved, but it is his own “I”, his soul is the one who decides to want to be saved, 
because the plan of salvation already exists. God himself planned it to rescue the 
human race from what it had lost, to return to its origins, to return to being the image 
of God, to reconnect what had been disconnected, the intimacy and love of the 
Eternal Father. All this is real, God's plan of salvation is not corrupted, but only each 
soul can decide whether or not to accept this salvation, because the debt for the sin 
of disobedience was paid through the vicarious sacrifice of the son of God, Jesus 
Christ our savior. 
 
 
Keywords: Summary. Article Salvation. Plan. Project. Rescue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
FERREIRA, Almeida Ferreira, Bíblia Sagrada, AW, Tradução Revizada e Corrigida. 
Barueri-SP: Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 2005. 
 
HORTON, Stanley M., Teologia Sistemática, (Uma Oerspectiva Pentecostal). 
Rio de Janeiro-RJ: Ed. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2005. 
 
LOCKER, Herbert, Todas as Parabolas da Bíblia. São Paulo-SP: Ed. Vida, 1999. 
 
SEVERA, Zacarias Aguiar, Manual Teologia Sistemática. São Paulo-SP: Ed. A.D. 
Santos Editora, 1999. 
 
TILLICH, Paul, Teologia Sistemática. São Leopoldo-RS: Ed. Sinodal, 2005.

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