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A Liberdade da Graça


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A LIBERDADE DA GRAÇA
TEXTO – 1 Co 9
1. Paulo defendeu o seu direito de receber suporte financeiro da igreja (9.1-14)
2. Paulo defendeu seu direito de recusar o suporte financeiro da igreja (9.15-27)
Introdução
Analisamos previamente o capítulo 8, que aborda a liberdade cristã, destacando que esta não é governada pelos direitos individuais, mas sim pelo amor ao próximo.
No capítulo 9, Paulo fornece seu próprio exemplo. A princípio, pode parecer que ele está desviando do tema introduzido no capítulo anterior sobre alimentos sacrificados aos ídolos. No entanto, longe de ser uma interrupção, o capítulo 9 serve como uma ilustração pessoal desse tema. Aqui, Paulo demonstra na prática o que pregou no capítulo 8, apresentando seu próprio testemunho para mostrar à igreja que vive de acordo com seus ensinamentos.
O capítulo 9 trata do ensinamento de Paulo sobre o apoio financeiro aos obreiros. Ele oferece um exemplo positivo aqui, contrastando com um exemplo negativo que é abordado no capítulo 10. Enquanto Israel abusou de sua liberdade, Paulo ensina sobre seu direito de receber sustento financeiro da igreja, que é tanto um direito quanto uma responsabilidade desta última. Embora seja claro nas Escrituras que o trabalhador é digno de seu salário, Paulo optou por renunciar a esse direito por um propósito maior. Assim, ele exemplifica como se deve exercer a liberdade cristã. Receber um salário da igreja era um direito dele, mas ele voluntariamente renunciou a isso. Paulo apresenta dois argumentos em defesa de sua política sobre sustento financeiro para aqueles que trabalham na obra de Deus: o direito de receber sustento da igreja (9.1-14) e o direito de recusar esse sustento (9.15-27).
1. Paulo defendeu o seu direito de receber suporte financeiro da igreja (9.1-14)
Se você ler atentamente o capítulo 9 de I Coríntios perceberá que quase todo ele está em forma de perguntas. Eu imagino Paulo como um orador no tribunal, defendendo a sua causa. Ele está fazendo perguntas retóricas.
Paulo sustentou tanto o direito do obreiro de ser mantido pela igreja quanto o direito de declinar do suporte financeiro. Inicialmente, ele estabeleceu a fundamentação para afirmar que é seu direito, conforme estabelecido pela lei e pela tradição bíblica, receber salário da igreja. Em seguida, ele apresentou outro argumento, destacando sua liberdade e prerrogativa de renunciar ao seu sustento em prol de uma causa maior.
Paulo apresenta cinco argumentos para justificar seu direito de receber apoio financeiro da igreja em Corinto: ¹seu apostolado (9.1-6), ²sua experiência (9.7), ³a lei do Antigo Testamento (9.8-12), ⁴a prática do Antigo Testamento (9.13) e o ⁵ensinamento de Jesus (9.14). Vamos examiná-los:
a. Marcas do apostolado – (1 - 3)
1Co 9:1 Não sou eu apóstolo¹? Não sou livre²? Não vi eu a Jesus Cristo Senhor nosso³? Não sois vós a minha obra no Senhor⁴? 
Paulo apresenta uma série de quatro questões que estão ligadas à sua vida e ao seu apostolado, buscando respostas afirmativas. Talvez a mais contundente dessas questões seja: "Não sou também um apóstolo?" Paulo enfrenta críticas à sua posição como apóstolo. Desde sua conversão, ele estava ciente das críticas dos seus opositores, que argumentavam que ele não podia atender aos critérios apostólicos estabelecidos quando os apóstolos escolheram Matias como sucessor de Judas por meio de sorteio. Segundo esses critérios, um apóstolo deveria ter acompanhado Jesus desde seu batismo no rio Jordão até sua ascensão no Monte das Oliveiras e ter sido testemunha da ressurreição de Jesus (Atos 1.21-26).
At 1:21 É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, 
At 1:22 Começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição. 
At 1:23 E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. 
At 1:24 E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, 
At 1:25 Para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. 
At 1:26 E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos.
Paulo não fazia parte do grupo dos Doze Apóstolos e, portanto, não recebeu o ensino direto de Jesus que eles tiveram. No entanto, ele estava ciente de que Jesus o havia chamado especificamente para ser um apóstolo aos gentios, conforme registrado em Atos 9.15; 22.21; 26.16-18; 1Co 15:8-9.
At 9:15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. 
At 22:21 E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.
1Co 15:8 depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo. 
1Co 15:9 Pois sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus.
Ao questionar: "Eu não vi Jesus, nosso Senhor?", Paulo defende sua autoridade apostólica com base na sua experiência pessoal na estrada de Damasco, onde teve um encontro que confirmou a ressurreição de Jesus. Em Corinto, ninguém poderia alegar ignorância sobre essa experiência de conversão de Paulo e sobre o fato de Jesus ter aparecido a ele pessoalmente. Presumivelmente, eles estavam bem familiarizados com essa narrativa.
Paulo também desafia os coríntios a considerarem: "Não sois vós a minha obra no Senhor?" Eles próprios deviam reconhecer que, se não fosse pela pregação do evangelho por parte de Paulo, ainda estariam imersos em trevas espirituais. Como cristãos gentios, eles eram uma evidência viva de que Paulo era, de fato, um apóstolo enviado aos gentios. A fundação de uma igreja não é uma empreitada humana que possa ser realizada independentemente do Senhor; só pode ser realizada "no Senhor".
1Co 9:2 Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. 
Paulo, um es-perseguidor da igreja, reconhecia que sua autoridade apostólica seria questionada pela Igreja Cristã, como evidenciado em textos como 2 Coríntios 10.1-11; 12.11-21; 13.1-10; e Gálatas 1.1, 22, 23. Durante sua ausência da congregação em Corinto, surgiram dúvidas sobre sua legitimidade como apóstolo, levando alguns a questionarem se ele era genuíno ou um impostor. Os indivíduos referidos por Paulo como "outros" não faziam parte da comunidade coríntia e, portanto, não reconheciam sua autoridade apostólica. No entanto, para os coríntios, Paulo afirmava claramente seu apostolado.
João Calvino interpreta o objetivo de Paulo como sendo o de garantir aos coríntios que, embora houvesse incertezas em outros lugares, sua posição como apóstolo não deveria ser questionada por eles. Ele argumentava que, dado que ele fundara a igreja em Corinto através de seu ministério, se eles eram verdadeiramente crentes, não tinham outra opção senão reconhecê-lo como apóstolo.
Paulo encontrava segurança no selo de seu apostolado, que ele recebia do Senhor. Ele considerava a comunidade coríntia como o selo de sua autenticidade apostólica, pois os membros confirmavam sua autoridade e serviam como sua carta de recomendação (2 Coríntios 3.2). As credenciais de Paulo eram validadas pela própria comunidade de Corinto. Além disso, ao declarar: "Se para outros não sou apóstolo, ao menos para vós o sou", Paulo reafirmava a realidade de sua posição entre os coríntios.
b. Os direitos de Paulo como apostolo – (4 a 6)
Paulo menciona dois direitos fundamentais de um apóstolo:
1. O direito de se casar e ter sua esposa acompanhando-o no ministério itinerante, como faziam outros apóstolos e líderes cristãos (9.5).
2. O direito de ser sustentado financeiramente pela igreja, sem precisar trabalhar secularmente enquanto se dedicasse ao ministério (9.4, 6).
Apesar de ter esses direitos, Paulo optou por renunciá-los. Ele não se casou nem aceitou sustento da igreja de Corinto,preferindo trabalhar manualmente para prover seu próprio sustento. No entanto, Paulo deixou claro que tinha o direito de receber apoio financeiro, mas escolheu não utilizá-lo para evitar obstáculos ao evangelho (9.12).
c. A experiencia humana (7) [todas as perguntas merecem uma resposta negativa]
1Co 9:7 ¹Quem jamais milita à sua própria custa? ²Quem planta a vinha e não come do seu fruto? ³Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado?
a. "Quem presta serviço no exército às suas próprias custas?" Essa é a primeira de três perguntas neste versículo que exigem uma resposta negativa. Um soldado recebia provisões de seu superior, que tinha a responsabilidade de fornecer às suas tropas as necessidades básicas - provisões adquiridas dos estoques do governo ou dos recursos das nações vencidas. Se ele falhasse nessa responsabilidade, suas tropas poderiam se revoltar. Nenhum soldado prestaria serviço em um exército às suas próprias custas; isso seria impensável. Paulo não está solicitando aos coríntios um salário, mas está defendendo seu direito às necessidades básicas. A palavra "salário" não é uma tradução adequada aqui porque... ninguém pode pagar a si mesmo um salário.
b. "Quem planta uma vinha e não come de seus frutos?" Essa pergunta também recebe uma resposta negativa. O exemplo é extraído do cenário agrícola, familiar aos leitores da epístola. Essas palavras evocam um ditado proverbial da lei mosaica: "Qual é o homem que plantou uma vinha e ainda não a desfrutou?" (Dt 20.6).
c. "Ou quem cuida de um rebanho e não bebe do leite dele?" Todos concordarão: ninguém. O pastor desfruta diariamente do suprimento de leite de seus animais, o qual pode sustentar a si mesmo e sua família com os produtos derivados do leite.
Esses três exemplos - do soldado, do lavrador e do pastor - não estão relacionados apenas à cultura do tempo apostólico; na Escritura, o povo de Deus é frequentemente retratado como um exército, uma vinha e um rebanho. Com essas três ilustrações da vida cotidiana, Paulo demonstra claramente que merece sustento financeiro por seu trabalho entre os coríntios.
d. A lei do antigo testamento (8 – 12)
Era comum utilizar bois para debulhar o trigo, e Deus até providenciou na Sua Palavra cuidados para os animais. Assim como os bois têm direito de comer após o trabalho, os obreiros também têm esse direito. Deus demonstra Seu cuidado até com os animais, não permitindo que suas bocas fossem amordaçadas enquanto trabalhavam. Paulo aplica esse princípio ao sustento dos pastores, enfatizando que eles têm direito a serem sustentados pela obra. Ele argumenta que os presbíteros (1 Tm 5:17 – 18) devem receber dupla honra, especialmente aqueles que se dedicam ao ensino da Palavra. Paulo usa a lógica de que, se semeiam coisas espirituais, é justo colherem bens materiais.
1Tm 5:17 Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino, 
1Tm 5:18 pois a Escritura diz: "Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal", e "o trabalhador merece o seu salário". 
e. A prática do antigo testamento (13)
Paulo usa outro exemplo para justificar seu direito de receber sustento da igreja, desta vez baseando-se na prática do Antigo Testamento. Ele questiona se não é sabido que aqueles que prestam serviço no templo são sustentados pelos seus serviços. Isso remete aos sacerdotes e levitas que recebiam sustento das ofertas trazidas ao templo, conforme regulamentado em várias passagens, como Números 18.8-32 e Levítico 6.14-7.36. Paulo argumenta que, se os ministros do Antigo Testamento eram sustentados pelo povo, os ministros do Novo Testamento, sob a graça, também deveriam receber apoio financeiro.
f. Os ensinamentos de Jesus – (14)
O último argumento de Paulo é poderoso, pois se baseia nas palavras diretas de Jesus, que ordenou que aqueles que pregam o evangelho devem viver dele. Essa é uma ordem fundamental e direta do Senhor, reforçando o princípio de que quem trabalha no ministério deve ser sustentado por ele. Paulo encerra seu argumento enfatizando que receber sustento da igreja era um direito legítimo e bíblico que lhe pertencia como apóstolo.
Mt 10:5 Jesus enviou estes doze com as seguintes instruções: "Não se dirijam aos gentios, nem entrem em cidade alguma dos samaritanos. 
Mt 10:6 Antes, dirijam-se às ovelhas perdidas de Israel. 
Mt 10:7 Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’. 
Mt 10:8 Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; dêem também de graça. 
Mt 10:9 Não levem nem ouro, nem prata, nem cobre em seus cintos; 
Mt 10:10 não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento. 
2. Ele defendeu seu direito de recusar o suporte financeiro da igreja (9.15-27)
Paulo tinha o direito de receber suporte financeiro da igreja, mas sendo um cristão maduro, desistiu de seus direitos. Quais foram os motivos levantados por Paulo que o levaram a renunciar aos seus direitos? ¹amor ao evangelho (9.15-18), ²amor aos pecadores (9.19-23) e ³amor a si mesmo (9.24-27).
1. amor ao evangelho (15-18)
Paulo rejeita qualquer possibilidade de se tornar um obstáculo para o avanço do evangelho (9.12). Ele não encara o ministério como uma fonte de lucro pessoal ou o evangelho como uma mercadoria. Ao contrário dos mercantilistas do evangelho, ele não se utiliza dele, mas o serve. Sua missão é dedicar-se totalmente ao serviço das almas, e ele não vê a igreja como um negócio de família, tampouco como sua propriedade.
Infelizmente, há líderes religiosos que transformam a igreja em um empreendimento pessoal, lucrando financeiramente e vivendo luxuosamente às custas dos fiéis. Paulo adota uma abordagem distinta: ele recusa qualquer pagamento pelos serviços prestados e deseja que o evangelho não seja obstruído por interesses materiais.
Paulo não escreve esta carta para solicitar apoio financeiro da igreja (9.15); ele afirma que preferiria morrer a fazê-lo. Sua recompensa não é financeira, mas está em propagar o evangelho. Ele sente uma profunda responsabilidade nesse serviço e declara que é inevitável para ele pregar o evangelho (9.16).
É preocupante observar como muitas igrejas se tornam instituições financeiras em vez de embaixadas do Reino de Deus, com líderes que possuem motivações questionáveis. O crescente número de fiéis enganados alimenta a ganância de líderes avarentos e inescrupulosos. Lamentavelmente, vemos práticas semelhantes às indulgências da Idade Média ressurgindo em algumas igrejas evangélicas modernas, onde a salvação é vendida e a religião é explorada para enriquecimento pessoal.
2. amor aos pecadores (19-23)
Paulo não estava sujeito a ninguém, mas escolheu ser servo de todos, visando alcançar o maior número possível de pessoas (9.19). Sua liberdade lhe permitia servir e renunciar a seus próprios direitos em amor pelos outros. 
Alguns criticam erroneamente Paulo, alegando que ele agia como um camaleão, adaptando-se a diferentes situações. No entanto, Paulo não estava falando de hipocrisia ou duplicidade, mas sim de adaptabilidade metodológica para apresentar o evangelho em contextos diversos. Ele não comprometia a mensagem para agradar o público, mas reconhecia a importância de ser sensível à cultura das pessoas para não criar barreiras ao progresso do evangelho.
Paulo variava seus métodos para alcançar melhores resultados. Ele começava seus sermões de acordo com o contexto: com os judeus, ele vinculava as boas-novas à história do povo judeu, enquanto com os gentios, apresentava uma abordagem diferente, como fez no Areópago. Jesus também adotou métodos flexíveis em suas abordagens, adaptando-se às necessidades e contextos das pessoas.
O pregador precisa conhecer o texto e o contexto. Precisa conhecer a Palavra e as pessoas para quem prega. Jesus também adotou um método flexível em Suas abordagens. Para Nicodemos, um doutor da lei, Jesus disse: Você precisa nascerde novo. Para a mulher samaritana, proscrita da sociedade e que se sentia escorraçada, Jesus pede um favor: Dá-me de beber. Para Zaqueu, um publicano odiado, Jesus disse: Eu quero ir à sua casa hoje. Para um paralítico desanimado, Jesus perguntou: Você quer ser curado? Jesus tinha diferentes abordagens para pessoas diferentes. Ele nunca mudou a mensagem, mas sempre variou os métodos.
O objetivo da flexibilidade metodológica de Paulo era a salvação de todos, tanto judeus quanto gentios (9.19-23). Essa abordagem constrói pontes em vez de muros e abre caminho para uma evangelização eficaz, demonstrando sensibilidade cultural e amor pelas almas.
3. e amor a si mesmo (24-27)
Por que Paulo recorre a essa metáfora? Porque Corinto era uma das cidades mais proeminentes no mundo antigo no que diz respeito aos esportes. Além dos Jogos Olímpicos em Atenas, os Jogos Ístmicos realizados em Corinto eram os mais renomados da época. Paulo utiliza a figura do atleta para ilustrar sua mensagem. Ele se compara a um corredor e a um lutador, enfatizando que o objetivo do atleta é vencer. Da mesma forma, o ministro é equiparado a um atleta, cujo propósito é alcançar a vitória.
Paulo ensina quatro lições práticas:
1. A vida cristã é uma batalha intensa e contínua, onde cada cristão deve se engajar como um lutador em uma luta de vida ou morte. A palavra grega para "luta" implica em uma agonia, exigindo uma preparação meticulosa, pois um atleta mal treinado não pode vencer.
2. A vitória na batalha requer disciplina rigorosa. Isso significa renunciar a coisas boas em favor daquelas que são melhores. Por exemplo, um atleta renuncia a certos alimentos tentadores para manter uma dieta adequada. A disciplina também exige obedecer às regras estabelecidas, pois só assim a vitória é legítima.
3. O atleta deve se concentrar firmemente em seu objetivo, ignorando distrações externas. Ele não se deixa afetar pelo aplauso ou vaias da plateia, mas mantém os olhos fixos no alvo e avança com determinação. Para os cristãos, esse alvo é glorificar a Deus ganhando o máximo de pessoas para o evangelho.
4. Para ganhar outros, é necessário dominar a si mesmo. Assim como um atleta disciplina seu corpo, os cristãos devem exercitar a disciplina espiritual para não serem desqualificados. Paulo não fala sobre perder a salvação, mas sim sobre perder a recompensa por falta de disciplina.
Em resumo, Paulo enfatiza que sacrificar ganhos temporários por recompensas eternas vale a pena, e ele mesmo está disposto a renunciar a seus direitos para evitar ser desqualificado. Ele lamenta ver tantas pessoas desqualificadas no meio da corrida do ministério cristão.
Apendice
Episcopal – Neste modelo o governo é centralizado em um dirigente central, que por sua vez nomeia os demais líderes. Este modelo é adotado tanto por denominações inteiras (Metodista, Assembleia de Deus), como por igrejas independentes onde o presidente, que quase sempre é o pastor, toma todas as decisões
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