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Unidade Curricular: Fisioterapia nas fases da vida Avaliação e atuação fisioterapêutica na gravidez, no parto e no puerpério @LIV_FISIO A atuação do (a) fisioterapeuta começa no pré-natal, onde ocorrerá o fortalecimento da musculatura e auxílio para que a mãe tenha mais confiança e possa fazer suas escolhas de forma mais consciente, como por exemplo, qual tipo de parto ela irá fazer. Atuação da fisioterapia na gestação Avaliação A avaliação será o primeiro contato do (a) fisioterapeuta com a gestante, nele, será feito uma definição e um direcionamento da sua conduta fisioterapêutica, além de tirar dúvidas, realizar orientações individuais, momentos de conversa, tanto individual quanto com a gestante e o (a) parceiro (a), trabalhos em grupo. Avaliação dos músculos reto abdominais Os atendimentos fisioterapêuticos dão início entre a 10° e a 12° semana de gestação, nele é feito um acompanhamento da diástase, sendo usado o parquímetro para medir o seu tamanho. Para isso, é solicitado que mãe deite em decúbito dorsal e faça o começo de um abdominal, enquanto isso, o (a) fisioterapeuta irá afundar seu dedo na região dois dedos acima do umbigo para medir quantos centímetros a diástase possui. OBS.: Pela fisioterapia ser uma área da saúde de primeiro contato, a gestante não precisa procurar um atendimento fisioterapêutico com o pedido do seu/sua medico (a). OBS.: Caso a gestante não faça acompanhamento médico, é importante o (a) fisioterapeuta orientá-la sobre a importância para sua gestação, se ela estiver sendo acompanhada, é necessário o (a) fisioterapeuta solicitar o contato do (a) médico (a) responsável para obter informações quanto a sua saúde, como alguma contraindicação, quais os fatores de risco, para o tratamento seja interdisciplinar. OBS.: A medição da diástase não pode demorar muito devido a Síndrome da Hipotensão Supina. Avaliação da musculatura de assoalho pélvico É importante explicar sobre a musculatura, sua importância e como ela fica durante toda a gestação para a gestante. A região de abertura inferior da pelve possui formato de losango por ser interposto pelo sacro, pelas espinhas isquiáticas e pela sínfise púbica. Esse losango pode ser separado em dois triângulos, anterior e posterior. Triangulo anterior: há o óstio externo da uretra e o óstio vaginal, além da musculatura que faz o controle de ambos. Triangulo inferior: há o esfíncter anal, além do centro tendíneo de períneo. Orientações sobre atividades funcionais O (a) fisioterapeuta tem a função de orientar a gestante quanto as atividades do dia a dia, como: Uso da escadinha para se posicionar. Guardar objetos em alturas mais baixas. Pegar pouco muito peso (distribuir o peso para as duas mãos). Não ficar na ponta do pé. Para levantar da cama a gestante irá virar para o lado (decúbito lateral), fará um pouco de flexão com os braços, elevando o tronco e levando a perna para fora da cama, realizando inspirações mais profundas para evitar tonturas. Ao deitar, a gestante pode somente deitar-se em decúbitos laterais. Realize agachamentos ao pegar algo que caiu no chão, ajoelhe-se ao arrumar a cama. Dobre a perna para calçar o tênis ou algum outro sapato. Ao ficar de pé, tentar manter a postura mais ereta, mesmo que a pressão abdominal seja muito forte. Não se apoie sob a barriga. Ao ler um livro ou mexer em algum aparelho eletrônico, como celular ou computar, apoie a lombar na cadeira e se necessário, utilize uma almofada, optando também por mesas mais elevadas, além de levantar o livro e/ou notebook. Ao sentar, evite esticar as pernas, mantenha as duas pernas abaixada distribuindo o peso do corpo igualmente para os dois lados. As orientações são feitas com o intuito de evitar a elevação da pressão intra abdominal, além da sobrecarga de assoalho pélvico. OBS.: Se a gestante faz um esforço na posição plantar, ela irá sobrecarregar a frouxidão ligamentar, o que poderá proporcionar um tombo, gerando uma entorse. OBS.: A maneira de se levantar da cama não se refere apenas para as gestantes, mas sim a todas as pessoas, uma vez que a lombar não será sobrecarregada. OBS.: A medida que a barriga for crescendo, a gestante pode utilizar travesseiro, almofadas para deixá-la mais confortável. Conscientização dos MAPs A conscientização dos músculos do assoalho pélvico (MAPs) começa pela imagem do mesmo, nele, o (a) fisioterapeuta explica a gestante qual é musculatura responsável e com isso, é ensinada a como realizar a contração. Caso a gestante continuar tendo dificuldades para contrair, o (a) fisioterapeuta pode fazer o uso de recursos físicos, como a eletroestimulação, que irá fortalecer a musculatura e auxiliar no processo de contração. Conscientização corporal A conscientização do corpo durante a gestação é importante para que a gestante possa entender na prática as transformações que seu corpo realiza nesse período. OBS.: A gestante irá palpar a região de sínfise púbica e o assoalho pélvico. Fisioterapia na gravidez Posições como ponte e o gato e a vaca são muito realizados nas sessões de fisioterapia, elas fazem a movimentação pélvica de anteversão para retroversão e com isso, ganham mobilidade pélvica e relaxamento na região da lombar. Para evitar a Síndrome do Túnel do Carpo, o (a) fisioterapeuta realiza massagens nas articulações onde se encontra os sintomas. Baseado com os sintomas que a gestante relata, as condutas sofrem um ajuste. OBS.: A Síndrome do Túnel do Carpo são edemas e/ou dormência nas regiões de mão e braço, gerados por um nervo apertado no punho. Órteses A gestante pode fazer o uso das seguintes órteses: Cinta pélvica: usado somente para o alívio das dores pélvicas, dando apoio na região do abdômen. Meia compressiva: devido ao aumento dos níveis de estrogênio e progesterona, há o aumento dos edemas nos membros inferiores. Órteses de punho: é indicado somente se a gestante relatar algum sintoma da Síndrome do Túnel do Carpo. OBS.: Além das gestantes, ameia compressiva é usada por pessoas que possuem doença venosa crônica, com o intuito de aperfeiçoar a circulação sanguínea e impedir o aparecimento de varizes. Massagem perineal A massagem tem o intuito de ajudar na prevenção dos traumas perineais, podendo ser feita da 35° semana até o início do trabalho de parto, durante esse momento não é permitido. Ela é feita na região de períneo, onde os dedos, após a lubrificação, são introduzidos na região de óstio vaginal realizando uma leve pressão para as laterais e para baixo, com o intuito de alongar as fibras musculares. A massagem perineal pode ser realizada, tanto pelo (a) fisioterapeuta quanto pelo (a) parceiro da gestante, sendo esse o mais recomendado. EPI-NO O EPI-NO é um recurso semelhante a um balão, que é insuflada e colocada no canal vaginal, foi criado por um médico alemão com o intuito de prevenir os traumas perineais, esse recurso é utilizado pela gestante a partir da 37° semana. Após a sua lubrificação, ele é introduzido no canal vaginal e insuflado, a gestante irá simular uma força de contração para retirar o recurso, tendo duração de 15 a 20 minutos. OBS.: O recurso ainda precisa ser estudado, uma vez que gestantes relatam que mesmo após fazerem a utilização do aparelho tiveram traumas de períneo. Exercícios aeróbicos Os exercícios aeróbicos podem ser feitos pelas gestantes, desde que tenham atenção redobrada quanto aos exercícios que forem ser feitos, uma vez que nem todos poderão ser realizados, além de observar a sua intensidade. Eles possuem muitos benefícios, tanto para a mãe quanto para o bebê, sendo para a mãe: Controle do peso. Diminuiçãodo estresse cardiovascular. Diminuição do risco de: Pré- eclâmpsia. Diabetes gestacional. Complicações e operações obstétricas. Depressão pós-parto. Prevenção e diminuição da algias musculoesqueléticas e edemas. Melhora da: Autopercepção de saúde. Imagem corporal. Autoestima. Aspecto psíquico. E para o bebê: Diminuição da frequência cardíaca no nascimento. Maior variabilidade de frequência cardíaca ao nascer. Melhor tolerância ao estresse. Redução do percentual de gordura corporal. Avanço no amadurecimento no desenvolvimento cognitivo. Além das indicações, há também as contraindicações, elas são separadas em: Absolutas: não há possibilidade de a gestante realizar os exercícios. Relativas: após uma conversa com o (a) médico (a) responsável, é possível encontrar um meio termo para a indicação dos exercícios. Absoluta Relativa Doença cardíaca significativa. Anemia. Doença pulmonar restritiva. Arritmia cardíaca não avaliada. Incontinência urinária. Bronquite crônica/tabagismo em excesso. Gestação múltipla em risco de parto prematuro. Diabetes tipo 1 não controlado. Sangramento persistente no 2° e 3° trimestre de gestação. Obesidade extrema. Placenta prévia após a 26° semana. Baixo peso extremo (IMC<12). Trabalho de parto prematuro. Estilo de vida extremamente sedentário. Rompimento prematuro de membranas. Crescimento intrauterino reduzido. Pré-eclâmpsia ou hipertensão arterial característica da gravidez. Hipertensão pouco controlada. Anemia grave. Limitação ortopédica. Epilepsia não controlada. Hipertireoidismo pouco controlado. Durante os exercícios será observado o esforço que a gestante está realizando, para isso, é usado a Escala de Borg. O ideal para a maioria das gestantes é manter-se no score 13. 6. 7. Levíssimo 8. 9. Um pouco leve. 10. 11. Razoavelmente leve. 12. 13. Um pouco intenso. 14. 15. Intenso. 16. 17. Muito intenso. 18. 19. Superintenso. 20. Enquanto os exercícios são feitos, é importante perguntar se a gestante sente algo, como tontura, dor. Caso ela apresente, durante ou após os exercícios, algum sintoma, como: Sangramento vaginal. Contração uterina dolorosa. Vazamento de líquido amniótico. Dispneia (falta de ar). Náuseas, dor de cabeça e dor no peito. Fraqueza dos músculos que afetam o equilíbrio. Dor ou inchaço na panturrilha. Enjoo. É necessário pausar o exercício e analisar o sintoma apresentado. Atuação da fisioterapia no trabalho de parto Na sala de parto, o (a) fisioterapeuta realiza o preparamento da musculatura para o momento do parto, deixando sempre a gestante confortável com diferentes posicionamentos e analgesia, com os seguintes recursos: Acupuntura. Pressão de pontos gatilho. Massageadores. Tens. Respiração. É feito também o apoio no momento do parto. A famosa respiração cachorrinho não é recomendada na hora do parto, a que a gestante está hiperventilando, ou seja, está liberando uma grande quantidade de gás carbônico (CO2) para fora, e com essa ausência, o estimulo ventilatório diminui a oxigenação fazendo com que o bebê também sofra com essa ausência. O adequado é orientar a respiração diafragmática, ou seja, uma respiração lenta e profunda, inspirando pelo nariz e soltando pela boca, podendo também segurar a mão da gestante para lhe dar apoio emocional. Posicionamentos Vários posicionamentos são feitos para que a gestante se sinta confortável, podendo ser usados recursos, como: Bola. Cadeira: o agachamento auxilia na dissipação da dor. Chão. Sentada com travesseiros nas costas. Parceiro, fisioterapeuta ou acompanhante. A bola possui a vantagem de ajudar na tensão sentida pela gestante, podendo ela sentar, abraçar, realizar mobilização pélvica para o destravamento da musculatura, movimentos laterais, rolar. Esses posicionamentos podem ser ensinados pelo (a) fisioterapeuta para serem feitos na sala de parto. Posições sentadas onde há uma abertura de rotação externa com adução de quadril favorecem as contrações. Por aliviar a tensão muscular, a água, tanto na imersão quanto no chuveiro, se encontra presente em muitas salas de parto para auxiliar as gestantes, além de ser possível a realização de parto nas banheiras. Massagem É feito uma massagem nos pontos de dor, principalmente, na região da lombar por estar relacionado com as raízes nervosas do plexo mossato fazendo uma pressão manual, que irá reduzir a dor e gerar uma analgesia. Acupressão As pontas dos dedos serão usadas durante o parto como agulhas para aliviar a dor, reduzir a ansiedade, além de diminuir o tempo do trabalho de parto. Os pontos em que a acupressão atua são L14, BL32 e SP6. TENS Os eletrodos são posicionados no final da região torácica, entre T10 e L1, e na região sacral, entre S2 e S4, colocando na frequência alta (entre 80 e 120 Hz) por 75 µs (microssegundos), gerando um alívio da dor. Atuação da fisioterapia no puerpério O (a) fisioterapeuta acompanha a mãe no puerpério imediato, ou seja, logo após o parto quando ela ainda está na maternidade, esse atendimento ocorre 6 horas depois do parto normal (ou transpélvico) ou 8 horas depois do parto cesária, nele será feito uma avaliação e também será passado orientações sobre a postura, sobre a mamada do bebê. Objetivos da fisioterapia no puerpério A fisioterapia no puerpério tem como objetivo observar: Se a mãe sente dor. O padrão respiratório Se possui edema de MMII (membros inferiores). A circulação. Função intestinal. Assoalho pélvico. Amamentação. OBS.: Além da fisioterapia, a enfermagem também avalia a mãe no puerpério. Sistema respiratório O (a) fisioterapeuta poderá usar do toque para explicar o padrão respiratório diafragmático, ele possui mais vantagens devido a questão da oxigenação, além do alívio da dor. Caso a puérpera tenha passado pela cesariana, ela pode passar pela respiração superficial, que é um tipo de respiração que pode causar áreas de atelectasia, acúmulo de secreção. OBS.: Áreas de atelectasia são pequenas regiões de pulmão que irão se fechar. Avaliação do assoalho pélvico Se a puérpera for uma paciente que o (a) fisioterapeuta acompanhou no trabalho de parto, ela saberá o que é o assoalho pélvico, a maneira correta de realizar contração, mas há casos em a puérpera não seja uma paciente do (a) fisioterapeuta, sendo necessário realizar a conversa sobre a região, com fotos, orientações de ativação. Avaliação da diástase A diástase é o distanciamento dos ventres do músculo reto abdominal, ele costuma ocorrer durante todo o período de gestação no desenvolvimento abdominal. O papel do (a) fisioterapeuta imediato é somente avaliá-lo, fazendo a palpação medindo a linha alba para saber quantos centímetros ela possui, em certos casos pode ser necessário solicitar que a puérpera realize um semi-abdominal para conseguir medir. OBS.: A linha alba é a junção da face de reto abdominal, durante o período gestacional, a linha que antes era branca fica pigmentada, passando a ser denominada de linha nigra. Após a gestação, ela retorna a sua denominação anterior. Sistema circulatório Será observado se a puérpera possui algum edema de MMII ou fossa cubital realização palpação. O (a) fisioterapeuta pode fazer drenagem nas regiões, inguinal e fossa poplítea, estimulando os linfonodos para que ocorra o retorno venoso. Sistema digestório Caso a puérpera relate uma certa dificuldade na defecação, o (a) fisioterapeuta poderá orientá-la sobre a posição correta, que consiste em apoiar os pés em um banquinho ou em algum objeto que faça com que seus joelhos fiquem um pouco acima da pelve, formando um ângulo de35°, favorecendo o músculo puborretal, e consequentemente, fazendo com que as fezes saiam com mais facilidade. Orientações quanto ao posicionamento e mudanças de decúbito Ao se levantar da cama, a puérpera realizará o mesmo processo de quando estava grávida, uma vez que esse processo deve ser feito por todos, homens e mulheres, para não comprometer a região lombar. Caso a mãe tenha feito um parto transpélvico, é necessário utilizar um rolo feito por uma fronha, faixa crepom ou até mesmo com lençol, para evitar que ela descarregue peso na região de vulva e no local em que está o ponto da episiorrafia. Trocar fralda Devido as salas de parto em alguns hospitais não haverem trocador, é orientado para que a puérpera ficar com a coluna ereta, além de usar os membros inferiores para fazer o apoio na hora da troca de fralda do bebê. Caso a sala de parto possua um trocador, é orientado que ele seja de uma altura em que a puérpera fique com a coluna ereta e não realize flexão de tronco, podendo prejudicar sua coluna. Amamentação Durante a amamentação, é orientado a mãe manter a sua coluna ereta, e a medida que a criança for desenvolvendo, utilizar um apoio para evitar ficar nas pontas dos pés, caso ela faça uso de cadeira sem braço, colocar almofadas para simular o apoio de braço, dando preferência a cadeiras que a fazem se senti confortável. Caso a amamentação seja feita na cama, fazer o uso do encosto da cama, dos travesseiros, parede para que ela possa ficar em uma posição mais confortável. Hora do banho Os mesmos cuidados que a mãe precisa ter na hora de realizar a troca de fralda do bebê, ela terá na hora de dar banho, em mães que realizaram a cesariana, é proibido realizar a flexão de tronco, uma vez que além de deixá-la desconfortável, pode prejudicar sua região abdominal. OBS.: Atualmente, existem suportes que auxiliam as mães na hora do banho, como por exemplo, um apoio inclinado colocado dentro da banheira que mantém a criança presa, sem correr o risco de escorregar das mãos da mãe ou do pai/ parceiro(a). Mamas e amamentação No período gestacional, é importante realizar um preparo, como dessensibilização de mama (passar uma buchinha no mamilo) com o intuito de prepará-lo para a sucção. Muitas pessoas costumam romantizar a amamentação, porém, existem casos de mães que sentem dor nesse momento, principalmente no começo e quando a criança está com seus dentes crescendo. Durante a avaliação, o (a) fisioterapeuta avaliará: Simetria Dependendo de qual for o lado dominante da mãe (direito ou esquerdo), a mama desse lado será mais oferecida ao bebê, gerando uma assimetria. Nesse caso, é orientado a realização de mamadas intercaladas, ou seja, a cada mamada em um seio. Condição mamilar (ou do mamilo) Será observado se o mamilo está protuso, ou seja, para fora. Caso esteja, é orientado algumas massagens sejam feitas para que auxiliem o retorno, além de evitar a utilização de óleos e cremes, uma vez que favorecem o aumento de bactérias, fissuras no mamilo. OBS.: Em certos casos, a mãe possui o mamilo invertido, nesse caso, as massagens não surtirão muito efeito. OBS.: Caso a fissura tenha ocorrido, a mãe poderá fazer o uso de creme, produtos prescritos pelo médico responsável. Presença do colostro O (a) fisioterapeuta avaliará se houve a presença do colostro, leite produzido após o nascimento do bebê. As posturas adotadas pelas mulheres durante a amamentação e o posicionamento do bebê Sendo considerado o foco do(a) fisioterapeuta que irá orientar posturas que a deixarão confortável na hora de amamentar o bebê. Um utensílio muito usado é o rolo de amamentação, em que cada ponta ficara entre a mãe e a criança em cima, ele costuma ser rejeitado pelas puérperas nos primeiros 3 meses pois a criança é considerada muito leve, mas posteriormente, ela será utilizada devido ao seu peso e o sobrecarregamento da coluna. Nesse caso, seria importante a mãe estar sentada em uma poltrona com apoio de braço com a postura ereta na sala de parto para realizar a amamentação juntamente com o rolo. OBS.: Uma forma de fazer o rolo de amamentação é pegar uma calça jeans que não é mais usada costurar o buraco da perna em um lado, enchendo o outro com algum revestimento, como espuma e logo em seguida, feche-o. Em relação a mama, é orientado que a mãe use um sutiã largo confortável devido a sucção deixar o mamilo sensível, além da tira do sutiã larga para que ele possa suportar o peso da mama. Há também as rosquinhas que podem ser usadas pelas mães que possuem fissura ou não, colocando-a no mamilo impedindo-o de tocar no sutiã, evitando assim, o atrito entre ambos. Gravidez gemelar É pensado na postura e no conforto da mãe para que ela possa amamentar as crianças variando as posições durante os primeiros três meses, posteriormente, será necessário realizar mamadas em horários diferentes, uma vez que as crianças irão interagir entre si e não mamarão. Mastite Quando a mãe possui mastite é necessário que ela realize compressas, além de continuar com a amamentação devido a sucção do bebê reduzir o inchaço. Há estudos que apresentam vantagens no uso do laser para a cicatrização de feridas (resolução de mastite, fissuras). Ordenha manual É orientado também a ordenha manual, onde a mãe usará os dedos 2 e 3 e fará uma massagem suave na mama, seguida de compressão da aureola toda ocorrendo a ejeção. OBS.: Essa é a mesma orientação da quando for amamentar a criança. Atuação da fisioterapia no puerpério tardio Entre 6 e a 8 semanas, a mãe pode começar a fazer alguns exercícios físicos, principalmente exercícios que trabalham a região abdominal com o intuito de retornar suas medidas e a força pré gravídicas, podendo ser feitas com auxílio da bola e ao ar livre. Caso a mãe tenha feito uma cesariana, no puerpério tardio é realizado uma avaliação da cicatriza cirúrgica e caso haja uma formação de queloides, é realizado a mobilização da cicatriz para que ocorra a reabsorção das pequenas áreas de fibrose. Alguns recursos como manipulação e curativos com medicamentos podem auxiliar na redução da cicatriz. A eletroterapia (TENS) é usada para incitar a contração dos músculos, além de gerar força e reduzir medidas. OBS.: É possível fazer o atendimento em conjunto, ou seja, com mais de uma mãe. É possível levar o bebê para o atendimento, onde ele (a) irá acompanhar a mãe na realização dos exercícios, a criança poderá ficar tanto no tatame quanto no sling, onde ele pode ser usado pelas mães enquanto realizam os exercícios e/ou nas tarefas do dia a dia. OBS.: Sling é um pedaço de pano em que a mãe enrola o bebê de uma maneira que ele fique confortável e não corra o risco de cair. OBS.: Com a realização dos exercícios é sintetizado ácido lático, sendo necessário esperar de 1 hora após a realização dos exercícios físicos para amamentar. Os exercícios sofrem uma alteração com o objetivo da mãe, com o que foi visto na ficha de avaliação, podendo usar materiais como: Bola. Teraband. Espaldar. Halteres.
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