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ACADÊMICAS - TXXI: Ana Julia Ribeiro, Carolina Carvalho, Larissa Yurie, Maria Vitória, Natalia Bueno, Renata Reis e Sarah Rhaquel. Resumo de Procedimentos – 3º Período Higienização das mãos A higienização das mãos é um dos mais importantes procedimentos a ser realizado pelos profissionais que trabalham em serviços de saúde, antes e depois do contato direto ou indireto com os pacientes. No ambiente cirúrgico, salienta-se a antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos, também conhecido como escovação cirúrgica. A antissepsia cirúrgica das mãos é procedimento relevante para a atuação do enfermeiro perioperatório no ambiente cirúrgico. O objetivo é remover a sujeira e oleosidade da pele, bem como eliminar a microbiota transitória e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional (ANVISA, 2009; NICOLLETE, 2007). A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde; Remoção de sujidade, suor, oleosidade, células descamativas e microbiota da pele; Interrompe a transmissão de infecções veiculadas ao contato; Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. Para prevenir a transmissão de microrganismos pelas mãos, 3 elementos são necessários: 1) Agente Tópico com eficácia antimicrobiana; 2) Procedimento adequando no tempo preconizado; 3) Adesão ao uso, nos momentos indicados. OBS: A eficácia da higienização simples das mãos depende da “técnica e do tempo” gasto no procedimento que é 20 segundos. A higienização com sabonete líquido remove a microbiota transitória. Esse nível é o suficiente para os contatos sociais e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde. Lavagem das mãos Independente da escovação cirúrgica, é importante a lavagem rotineira das mãos antes e depois de qualquer procedimento com ou sem uso da luva de procedimentos ou estéril. Além da lavagem mecânica das mãos, preconiza-se a utilização de antissépticos (especialmente recém- nascidos, UTI, procedimentos invasivos e pacientes imunodeprimidos). Clorexidina (gluconato de clorexidina): apresenta boa atividade contra bactérias Gram-positivas e vírus, e menor atividade contra bactérias Gram- negativas. Tem sido incorporado na higienização das mãos devido ao seu efeito residual, em torno de 6h. Paramentação cirúrgica Avaliação de sua adequação para a prevenção de riscos biológicos em cirurgias. Introdução Inicialmente, o uso da paramentação cirúrgica objetivava principalmente a proteção dos clientes contra contaminação do sítio cirúrgico por microorganismos liberados pelo ambiente, pessoas, materiais e equipamentos em sala de operações (SO). Com a ênfase atual na proteção também dos profissionais contra exposição ao sangue e outros fluidos, essas barreiras ganharam nova dimensão, sendo objeto de inúmeras investigações para a sua melhor qualificação. Uma avaliação da paramentação deve começar pelas respostas às questões: a) o que é paramentação cirúrgica? b) a paramentação é realmente necessária para prevenir riscos biológicos em cirurgia? c) se ela é necessária, quais os critérios para considerar seu uso adequado? a) O que é paramentação cirúrgica? A paramentação é um conjunto de barreiras contra a invasão de microorganismos nos sítios cirúrgicos dos clientes e para proteção de exposição dos profissionais a sangue e outros fluidos orgânicos de clientes. Constituem-se de: propés, uniforme privativo (jaleco e calça), gorro, máscara, avental, luvas, campos da área cirúrgica e protetor ocular. Os 3 momentos da paramentação quanto ao uso: tempos diferentes de participação dos membros da equipe no ato cirúrgico. 1. Escovação, degermação e paramentação continuando até o preparo do paciente, materiais e equipamentos; 2. A cirurgia propriamente dita do início ao fechamento da incisão; 3. Retirada da paramentação com o devido cuidado de não contaminação da equipe. Tempos diferentes de participação dos membros da equipe no ato cirúrgico; “Os cuidados com a Paramentação devem se evidenciados por toda a equipe cirúrgica para que executem com segurança o caminho para uma cirurgia segura” b) A paramentação realmente é necessária para prevenir riscos biológicos em cirurgia? A infecção no cliente caracteriza-se pela sua variedade, quanto aos agentes etiológicos e formas de transmissão. A infecção do sítio cirúrgico é uma das causas mais comuns de infecção hospitalar. Apesar de se manifestar após a cirurgia, a maior chance de contaminação é durante a cirurgia, já que os sítios anatômicos são invadidos por tempo prolongado, com intensa manipulação. Portanto, é durante a cirurgia que o controle de infecção deve ser redobrado. A maioria das infecções que acometem o cliente são provocadas pela flora humana (endógena). Em SO, ela origina-se do próprio cliente e dos profissionais, além do ar ambiente, materiais e equipamentos contaminados por essa própria flora Das formas de transmissão conhecidas, as que o cliente está mais susceptível são contato, veiculação, gotículas e ar ambiente. As três primeiras já estão comprovadas. Já, a transmissão direta de microorganismos pelo ar ambiente ainda é objeto de intensa discussão. No entanto, não foram encontrados estudos que menosprezem a sua importância, principalmente nos casos de infecção de cirurgias limpas. Os riscos nos profissionais também existem. A principal forma de transmissão é o contato com sangue e outros fluidos do cliente. Um resumo da literatura dos últimos anos mostra os seguintes resultados: cirurgiões são os mais expostos, conforme a especialidade cirúrgica as técnicas utilizadas; os locais mais frequentes são mãos, seguidos de face, pescoço e mucosas; 1,0% a 15,0% correspondem a injúrias percutâneas; a transmissão de HIV é muito baixa (cerca de 0,09% em contato com mucosa e 0,3% em percutâneo). Já, risco de transmissão de Hepatite B é cerca de 100 vezes maior do que de HIV. O reconhecimento dos modos de transmissão em SO para clientes e profissionais e os riscos decorrentes justificam plenamente a utilização da paramentação. Do lado dos clientes, contendo a liberação dos microorganismos da sua própria flora e evitando sua transmissão por contato, gotículas e ar ambiente nos sítios invadidos. Do lado dos profissionais, evitando o contato de pele e mucosas com o sangue e outros fluidos do cliente. c) Se a paramentação é necessária, quais os critérios para considerar seu uso adequado? A paramentação adequada se refere tanto às especificações técnicas de sua confecção, quanto à forma como é utilizada. Estudos recentes têm se voltado principalmente para a discussão da primeira questão, ou seja a busca de confecção "ideal" como barreira, justificados pela ausência de padronização para a sua confecção, a qual permite variedade tanto nos tecidos com que são confeccionadas, quanto nos seus modelos e dificultando assim, sua confiabilidade como barreira para as funções a que se destinam. A “Paramentação Cirúrgica” faz parte de um conjunto de barreiras, tanto técnica como operacional, contra à invasão de microorganismos nos nossos pacientes, em nós profissionais e meio ambiente. Critérios para avaliação do uso da paramentação cirúrgica O uso adequado da paramentação inicia-se pela sequência de sua colocação, quando a touca, seguida do jaleco e da calça comprida, são colocados no vestiário. O propé é calçado ao sair do vestiário ou da área comum de pessoas sem propés. A máscara, transportada no bolso do uniforme (e não no pescoço, para evitar sua colonização antecipada), é usada por todos os membros da equipe apenas para entrar na área restrita (SO). Os outros componentes da paramentação são colocados quando se inicia a cirurgia, conforme a função de cadacategoria e o momento do ato operatório. Os óculos são usados em toda a cirurgia por cirurgiões e instrumentadores; em alguns momentos, por anestesistas e circulantes (em procedimentos com risco de respingos de substâncias orgânicas como indução anestésica, aspiração, etc.). O avental é vestido pelos cirurgiões e instrumentadores na SO, após a degermação e secagem das mãos, permanecendo até o final das cirurgias. As luvas são calçadas pelos cirurgiões e instrumentadores, em seguida aos aventais. Os anestesistas e circulantes calçam luvas em situações específicas (realização de procedimentos assépticos ou em que há riscos de exposição ocupacional com substâncias orgânicas dos clientes). Tais componentes não devem ser usados fora da área restrita. Jóias não são recomendadas. A seguir, são tecidos alguns comentários por componentes da paramentação. Touca: barreira de proteção contra microorganismos do cabelo e couro cabeludo, em tamanho adequado para a cobertura total do cabelo e sem solução de continuidade (furos, rasgos) para não "quebrar" a barreira asséptica. Por ser apenas limpa, não pode tocar em superfícies estéreis. Uniforme privativo: evita liberação de microorganismos da pele, tronco e membros, fornecido em tamanhos que atendam os diferentes manequins dos usuários. O jaleco precisa cobrir todo o tronco, do final do pescoço até o início da pélvis. Devido riscos de contato dos braços com fluidos orgânicos, deve ter manga mais longa. Isso também protege contra a liberação de microorganismos das axilas. A calça precisa cobrir totalmente os membros inferiores, protegendo o trabalhador e também evitando a liberação ao ambiente da flora de suas pernas e períneo. Alguns autores sugerem calças com fechamento nos tornozelos como mais adequada para impedir a liberação dessa flora. Por ser apenas limpo, o uniforme não pode tocar em superfícies estéreis. Propé e/ou sapato privativo: justificado na prevenção de contaminação do chão de áreas críticas por microorganismos que são carreados nas solas dos sapatos e podem ser liberados ao ambiente. Porém, sua eficácia no controle de infecções tem sido questionada em vários estudos, cujo resumo de suas conclusões é apresentado a seguir: Diferença não significativa de contaminação do chão entre calçados comuns e propés; - não é habitual a troca de propés, mesmo após pisotear secreções orgânicas presentes no chão, que se disseminam por todas as áreas do centro cirúrgico; O ato de caminhar é a mais importante causa da dispersão bacteriana do chão do que o tipo de cobertura de sapatos utilizado; Microorganismos do chão dificilmente se dissipam ao ar ambiente e não são aqueles causadores de infecção do sítio cirúrgico; A chance de contaminação de uma ferida com microorganismos oriundos do chão se dá antes pela sua veiculação e por contato do que pela sua disseminação do chão para o ar ambiente. Mesmo assim, coberturas de sapatos ou sapatos privativos continuam sendo recomendados para proteção do trabalhador contra contaminação com fluidos. Entretanto, há que se atentar também para a sua eficácia como barreira, uma vez que esses dispositivos atualmente utilizados (tamancos com orifícios para transpiração e propés) não evitam ferimento dos pés com objeto perfuro-cortante. Nesse caso, o ideal seriam sapatos privativos fechados, pois os modelos anteriormente citados não contribuem para o controle de infecções e ainda determinam custos desnecessários. Outros estudos também discutem a eficiência dos propés como barreiras, de acordo com o tipo de tecido com que são confeccionados. Diante do exposto, o uso de coberturas de sapatos não será avaliado neste estudo. Máscara cirúrgica ou protetor respiratório: evita a liberação de microorganismos oriundos do nariz e da boca dos profissionais, protegendo o cliente de contaminação na incisão cirúrgica. Do lado do profissional, protege suas mucosas de respingos de sangue e outros fluidos do cliente. Para isso, a máscara deve apresentar capacidade mínima de filtração por certo período de tempo e, nesse aspecto, há dificuldades para se determinar as suas características ideais de confecção, cuja discussão não é apresentada neste estudo .Nessa primeira parte da pesquisa, enfatiza-se que quaisquer protetores respiratórios não têm eficácia alguma se não forem usados corretamente. Isso significa que devem ser colocados por todos que entram e permanecem na SO, com cobertura completa do nariz e da boca, aderindo à pele nas regiões superior, inferior e laterais do rosto. Estudos citam que as máscaras convencionais apresentam uma vida útil de 2 horas, findas as quais é desejável que sejam trocadas 18 ou mesmo antes, por ocorrência de sujidade ou excesso de umidade. Por serem apenas limpas, não devem entrar em contato com superfícies estéreis. Avental cirúrgico: evita a liberação de microrganismos oriundos do corpo dos profissionais e a contaminação dos sítios invadidos dos clientes. Com relação ao profissional, protege a pele do corpo da exposição ao sangue e outras substâncias orgânicas do cliente. A forma de uso compreende: Tamanhos adequados aos diferentes manequins dos usuários, com cobertura completa do tronco (a partir do final do pescoço, membros superiores até o punho e inferiores até os joelhos); Esterilizados, o que inclui abrir o pacote, desdobrar e vestir o avental tocando somente no lado interno (que ficará em contato com o corpo). O lado externo não deve tocar em superfícies não estéreis. É retirado pelo avesso, sendo tocado somente em seu lado interno, dessa vez, para proteger o profissional contra contaminação ocorrida do lado externo; Protetor ocular: recomendado especialmente para proteção dos trabalhadores. Seu modelo deve permitir aderência à pele circunvizinha, evitando o contato da mucosa ocular com sangue e outros fluidos e impedindo o embaçamento por penetração da expiração. Luvas cirúrgicas: servem como barreira tanto para proteger o cliente da flora microbiana das mãos da equipe cirúrgica, como para evitar infecção ocupacional pelo contato com sangue do cliente. Para tanto, as preocupações se iniciam com sua qualidade (flexibilidade, impermeabilidade e resistência ao tempo e movimentos cirúrgicos). Mesmo assim, não estão livres de sofrerem desgastes, furos e rasgos, por decorrência do tempo e do tipo de cirurgia. Uma alternativa é o uso de luvas duplas em cirurgias acima de 1 hora. Porém, queixas vêm sendo apresentadas, pela diminuição da sensibilidade tátil e "aperto" das mãos em demais. Outra alternativa tem sido a recomendação de troca das luvas a cada 2 horas de cirurgia, além de sua observação frequente. As luvas devem ser usadas com técnica asséptica, para proteção do cliente. O lado externo só pode tocar em superfícies estéreis e no sítio cirúrgico. Para proteção do profissional, as luvas devem ser retiradas pelo avesso, sendo tocadas apenas na sua superfície interna. Luvas duplas: é o uso de luvas duplas em cirurgias acima de 1 hora. Porém, queixas pela diminuição da sensibilidade tátil e "aperto" das mãos. Outra alternativa tem sido a recomendação de troca a cada 2 horas. São calçadas com técnica asséptica. O lado externo só pode tocar em superfícies estéreis e sítio cirúrgico. Para proteção do profissional, as luvas devem ser retiradas pelo avesso, sendo tocadas por sua superfície interna. Escovação das mãos É um processo que visa a retirada de sujeira e detritos, redução substancial ou eliminação da flora transitória e redução parcial da flora residente, uma vez que a eliminação dessa última é virtualmente impossível". FLORA TRANSITÓRIA: facilmente eliminada com a lavagem básica das mãos com água e sabão por 7 a 8 minutos. FLORA RESIDENTE: difícil remoção por estarem firmemente aderidas à superfície cutânea. Com a degermação cirúrgica procura-se reduzirao máximo os microrganismos existentes com ação residual. JUSTIFICATIVA DA DEGERMAÇÃO CIRÚRGICA: 1º muitas luvas podem se apresentar furadas no início, durante e após a cirurgia; 2º as bactérias tendem a se multiplicar sob as luvas (umidade e calor); 3º as luvas sofrem constantes traumas por agulhas, unhas e outros. A solução antisséptica preconizada (PVPI degermante ou clorexidina). Sabonetes não associados a antissépticos O sabonete líquido torna-se passível de contaminação importância do cuidado. O desconforto e o risco de lesões cutâneas podem levar o profissional a reduzir o tempo de escovação, diminuindo assim o tempo de contato entre o antisséptico e a área a ser degermada. Antissepsia das mãos Busca a prevenção de Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC); A ISC acomete a ferida operatória ou qualquer tecido manipulado durante a operação; A pele “nunca” é considerada totalmente estéril; A antissepsia cirúrgica visa deixar o mínimo possível dos microrganismos nas unhas, mãos e braços, evitando assim o seu crescimento durante a realização do procedimento cirúrgico. A microbiota transitória coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período de tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos, com água e sabonete, por meio de fricção mecânica. A microbiota residente está aderida às camadas mais profundas da pele, é mais resistente à remoção apenas por água e sabonete (ANVISA, 2007). Assim, a pele nunca poderá ser considerada totalmente estéril, mas a antissepsia cirúrgica visa deixar o mínimo possível dos microrganismos das unhas, mãos, antebraços e braços, evitando o seu crescimento durante a realização do procedimento cirúrgico (ANVISA, 2009; NICOLLETE, 2007). OBS O etanol/ álcool é reconhecido como agente antimicrobiano: o modo de ação predominante consiste na desnaturação e coagulação das proteínas. Passo a passo Inicialmente é necessário a retirada de jóias e acessórios da região das mãos, punhos e antebraços. Vestir roupa privativa, colocar máscara, gorro e propés; Pegar a escova de degermação (ainda embalada), abrir (sem retirar da embalagem) e deixa em um lugar de fácil acesso; A torneira deve ser acionada por pé ou cotovelo e não manualmente. Fazer a lavagem simples das mãos; Pegar escova de degermação, molhar com as cerdas para cima e espalhar o conteúdo (apertando a parte espumosa da escova) ao longo da mão, antebraço e cotovelos; Realizar lavagem cirúrgica (sempre no sentido distal-proximal) Mão: escovar as unhas 50 x com a parte de cerdas da escova, depois escovar 25 xos espaços interdigitais dos dedos no sentido dedo mínimo para polegar com as cerdas ainda. Escovar 25 x o dorso da mão e depois a palma da mão. Antebraço: escovar 15 x (com cerdas – homens / com parte espumosa – mulheres) cada uma das quatro regiões (anterior, medial, posterior e lateral). Cotovelo: Escovar a região 25 x. Realizar o mesmo procedimento no outro braço, fazendo espuma novamente (se necessário); Deixar a escova de degermação cair no tanque (sem baixar os braços); Enxaguar mãos, antebraço e cotovelos. Durante todo o processo, as mãos devem estar sempre acima do nível dos cotovelos. O processo todo deve durar rigorosamente cinco minutos para a primeira cirurgia e três minutos entre dois procedimentos cirúrgicos. Paramentação – passo a passo Após a lavagem cirúrgica das mãos, entrar na sala de cirurgia e ir para mesa estéril para receber as compressas; Dobrar a compressa 2 x e colocar a compressa em uma das mãos, estender o braço, enxugar (movimentos compressivos) a mão, antebraço e cotovelo oposto (sentido distal-proximal e SEM VOLTAR). Depois fazer a mesma coisa com a outra mão, antebraço e cotovelo. Desprezar a compressa; Pegar o capote e vestir Pegar o avental com a ponta dos dedos pelo seu lado interno (realizar pinça com dedo indicador e polegar, além de pegar a parte de baixo com os dedos médio, anelar e mínimo). Depois, elevá-lo, trazendo-o para fora da mesa. estenda o braço que segura o capote e solte os 3 dedos que seguram a parte dobrada; abrir o capote com movimentos delicados e firmes, tendo o cuidado de não tocar sua face externa; Segurar o capote afastado do corpo e introduzir, ao mesmo tempo, os dois braços nas mangas, com um movimento para cima e abrir os braços em movimento horizontal para que o capote possa “entrar”; Dar as costas ao circulante de sala para que as tiras da parte posterior e da cintura (lateral) sejam amarradas por ele, afastando-as da cintura para facilitar a ação. Calçar as luvas cirúrgicas Pegar o pacote de luvas da mão do auxiliar e colocar na mesa. Ter o cuidado de afastar a aba interna do pacote sem tocar as luvas com as mãos desnudas; retirar a luva esquerda do envelope, segurando-a pelo punho com a mão direita; calçar a luva esquerda com o auxílio da mão direita tocando-a apenas pelo lado de dentro e mantendo a dobra do punho; retirar a luva direita do envelope, colocando a mão esquerda na abertura do mesmo e introduzindo os quatro dedos sob a dobra do punho; calçar essa luva com o auxílio da mão esquerda mantendo os dedos desta mão introduzidos na dobra e puxando até cobrir o punho da manga do capote; manter as mãos enluvadas para o alto (acima da cintura) e, quando não ocupadas, protegê-las com compressa estéril ou campo estéril. Existem alguns capotes com local apropriado para o descanso e proteção das mãos enluvadas. Retirada do capote: colocar uma das mãos por dentro do capote à nível do ombro e puxar até metade do braço; realizar o mesmo no lado contrário com a mão contrária, retirando totalmente o braço; terminar de retirar o capote; dobrá-lo e desprezá-lo. Cuidados com recémnascido na sala de parto Anamnese materna Pediatra ou neonatologista: apresenta-se a mãe realizar uma anamnese materna. Investigar: idade materna; tipagem sanguínea da genitora (ABO e Rh); idade gestacional; se realizou pré-natal e quantas consultas; se tem algumas doença crônicas (ex. DM), DHEG; infecção do trato urinário (ITU – principalmente se é assintomático ou não tratado) ou corrimento vaginal; se cria animais; avaliar USG, sorologias 1º e 3º trimestre; se tem bolsa rota e há quanto tempo; se fez uso de corticoide ou sulfato de magnésio na gestação. Pré-natal bem realizado – recomendado pelo MS: 6 consultas de pré-natal e realização de exames maternos, incluindo sorologias, no 1º e 3º trimestre da gestação aumenta a chance de o RN nascer A TERMO: > ou igual a 38 semanas de vida. Atendimento RN em sala de parto Preparo para a reanimação História materna, equipamentos e equipe História materna Intercorrências clinicas; Intercorrências gestacionais; Intercorrências no trabalho de parto e parto; Líquido amniótico meconial? Gestação é de termo? Equipamentos Fonte de calor radiante (sala de parto com temperatura ambiente – cerca de 26ºC); Fontes de O2 ar e vácuo; Material para aspiração; Material para ventilação; Material para oxigenação; Material para intubação; Material para cateterismo umbilical; Medicamentos. Prevenir hipotermia: colocar RN sob calor radiante, posicionar a cabeça com discreta extensão do pescoço e aspirar boca e narinas (se necessário). Secar a superfície corpórea e remover os campos úmidos e reposicionar o RN. Equipe Pelo menos um profissional, cuja responsabilidade seja apenas o RN e capaz de iniciar todos os procedimentos de reanimação neonatal, deve estar presente em todo nascimento. Precauções padrão higiene das mãos, avental e óculos, máscara e gorro, luvas e outros s/n Perguntar ao nascer Gestação a termo? Ausência de mecônio? Respirando ou chorando? Tônus bom? Sim (considera-se que oRN apresenta boa vitalidade e não necessita de qualquer manobra de reanimação) Cuidados de rotina junto à mãe (RN saudável): Recepcionar o RN em campos aquecidos; Posicionar o RN no abdome materno pele a pele (próximo à placenta) - o contato do RN com a pele da mãe logo após sua expulsão, em temperatura ambiente de 26°C, reduz o risco de hipotermia em RN de termo com boa vitalidade, por propiciar maior troca de calor desde que cobertos com campos pré-aquecidos e aumentar o vínculo entre mãe e bebê; Aspirar boca e depois narinas (se necessário); Clampear o cordão umbilical (1 a 3 min de vida) - quando o RN é prematuro, mas apresenta boa vitalidade ao nascer, podemos aguardar entre 30 a 60 segundos para o clampeamento do cordão para então conduzi-lo à mesa de reanimação; Quando o RN, seja prematuro ou a termo, não está respirando e/ou apresenta-se hipotônico, deve ser realizado o clampeamento imediato do cordão para a sua condução à mesa de reanimação e adoção dos passos iniciais. Colocar o RN para sugar seio materno na 1º meia hora de vida; Manter o RN junto à mãe por 30 a 60 min após o nascimento; Avaliação continuada da vitalidade do RN. Uma resposta NÃO a uma das 4 perguntas acima: necessita de reanimação. Na presença de líquido amniótico meconial, fluido ou espesso, o obstetra não deve realizar a aspiração das vias aéreas, pois esse procedimento não diminui a incidência de Síndrome de Aspiração de Mecônio, a necessidade de ventilação mecânica nos recém-nascidos que desenvolvem pneumonia aspirativa, nem o tempo de oxigenoterapia ou de hospitalização. A conduta do profissional frente à presença de líquido tinto de mecônio depende da vitalidade do recém-nascido. Caso o neonato com líquido meconial fluido ou espesso apresente, logo após o nascimento, movimentos respiratórios rítmicos e regulares, tônus muscular adequado e frequência cardíaca maior que 100bpm, a conduta deverá ser os passos de reanimação. TESTE DE APGAR (Avaliação dos 5 sentidos do RN – FC, respiração, tônus muscular, reflexo e cor de pele) Feito no 1º e 5º min de vida (normal é que a somatória dê entre 8 e 10). Sempre que a pontuação for menor ou igual a seis, o escore continua a ser calculado com intervalos de 5 minutos (Ex: 10°, 15°, 20° minutos) até que se obtenha uma nota maior ou igual a 7. recém- nascidos, significa que o bebê nasceu em ótimas condições. Apgar 5 a 7 significa que o bebê apresentou uma dificuldade leve. Apgar 3 a 4 traduz uma dificuldade de grau moderado e Apgar 0 a 2 aponta uma dificuldade de ordem grave. 0 1 2 FC Ausente < 100 bpm > 100 bpm Respiração Ausente Irregular Choro Tônus Flácido Flexão Moviment os Irritabilida de reflexa Sem resposta Caretas Espirro, tosse, choro Cor Cianose generaliza da Extremidad es cianóticas Acianótico (rosado) Laqueadura do cordão umbilical: fixando o clampeador a 2-3 cm do anel umbilical. Verificar se existem 2 artérias e 1 veia no cordão (artéria única: anomalias congênitas). Preconiza-se atualmente o clampeamento tardio do cordão, o que parece trazer benefícios para os índices hematológicos entre três e seis meses de vida, embora possa elevar a necessidade de fototerapia por hiperbilirrubinemia indireta na primeira semana de vida. O curativo deve ser realizado com álcool 70 a cada troca de fralda ou a cada cuidado higiênico na pele do RN. Os passos iniciais da reanimação são: 1) Prover calor: o objetivo é manter a temperatura corporal do RN entre 36,5 e 37°C. Para isso a temperatura da sala deve estar ao redor de 26°C, o RN deve ser recebido em campos aquecidos e colocado sob uma fonte de calor radiante. A ocorrência de hipotermia deve ser evitada, pois é um fator de risco independente para a morbidade e mortalidade perinatal. 2) Posicionar a cabeça em leve extensão: a colocação de coxim sob os ombros pode facilitar esse posicionamento. Esse posicionamento da cabeça visa tão somente à permeabilidade das vias aéreas. 3) Aspirar as vias aéreas (se necessário): a aspiração das vias aéreas é realizada com sonda traqueal conectada ao vácuo sob uma pressão máxima de aproximadamente 100mmHg. Aspira-se primeiramente a boca e, a seguir, as narinas, Essa aspiração não deve ser sempre realizada, estando restrita àquelas situações em há excesso de secreções obstruindo a respiração espontânea ou quando será necessária a ventilação com pressão positiva. 4) Secar o paciente: secar o bebê e desprezar campos úmidos. Coleta de sangue do cordão umbilical para tipagem e sorologia (ex.: TGO/TGP). Identificação RN: impressão digital plantar (declaração de nascido vivo – DNV – 3 vias), pulseira de identificação MSD e MID. Apresentar RN para mãe – identificação segura (meta 1 – segurança do paciente). Exame físico simplificado, com peso, comprimento, PC, PT e PA: Antropometria: mensurar altura e perímetros (PC = 33 a 35 cm, abdominal = 2 a 3 cm); Verificar peso ao nascimento (imediato para cálculo da IG); Administração de vitamina K (1 mg): prevenção da doença hemorrágica (IM). A capacidade corporal do RN para armazenar vitamina K é muito baixa e a meia-vida dos fatores de coagulação dependentes; Prevenção de oftalmia gonocócica: obtido pelo método de Credê. Após a retirada do vénix da região ocular, instila-se uma gota de nitrato de prata a 1%, 1 gota em cada olho. Essa medida deve ser realizada ainda na primeira hora após o nascimento tanto no parto vaginal quanto cesárea. MÉTODO DE CAPURRO: é uma forma de avaliar a idade gestacional através de exame físico somático e neurológico do RN, cujos achados apresentam correspondência com seu grau de maturidade. Capurro utiliza apenas seis características clínicas que deveriam ser analisadas até 48h de vida. É bastante adequado para bebês com 29 semanas de gestação ou mais. Na determinação da idade gestacional para classificar o risco ao nascer, caso a DUM não seja conhecida, utiliza-se o método de Capurro somático, avaliando-se somente as cinco características físicas do método. Já o Capurro neurológico utiliza 4 parâmetros somáticos e 2 neurológicos. SOMÁTICO: somatório dos pontos + 204 / 7 SOMÁTICO-NEUROLÓGICO: somatório dos pontos + 200 / 7 Aleitamento materno Recém-nascidos estáveis devem permanecer junto de suas mães e serem transportados com elas até o ALCON. Dentre os 10 passos do Hospital amigo da criança, os passos 4 e 7 devem ser implementados: Passo 4: ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na 1º meia hora pós-nascimento; Passo 7: permitir que as mães e seus bebês permaneçam 24 horas do dia juntos. Cuidados gerais com o RN: ainda na maternidade, obter informações sobre onde e como realizar os testes do pezinho (3º a 5º dias de vida) e da Orelhinha (no máximo até o 4º mês de vida), além da vacina BCG. Assistência ao recém nascido no alojamento conjunto Puerpério - puerperal em que as modificações locais e sistêmicas, imprimidas pela gestação no organismo materno, retornam ao estado pré-gravídico. Classificação: Imediato – dequitação (saída da placenta) até o 10º dia; Tardio – 11º dia ao 45º dia; Remoto – 46º dia até a completa recuperação e a volta dos ciclos menstruais ovulatórios normais. Fenômenos involutivos Pós-parto imediato Útero Logo após o parto o útero já estará regredindo. Por volta do 46º dia o útero já estará na cavidade pélvica. Em situações normais a ação da progesterona e da ocitocina e do aleitamento, o qual irá estimular os hormônios há um retorno mais rápido do útero. O sangramento também vai estar diminuindo. O ritmo da involução não é constante. Entre o 3º e o 10º dia, os processos regressivos desenrolam-se em compasso acelerado, alentecendo-se depois. A partir do 4o ou 5o dia, a zona palpada como fundus uteri não mais corresponde, estritamente,à designação anatômica. A anteversoflexão faz com que a região se relacione com a parede abdominal e a reborda púbica. O limite superior, perceptível, da matriz, é a região posterior do fundo, e, parcialmente, a parede, também posterior, do corpo. Até o 10o dia, a matriz é órgão abdominal; depois retorna à pelve. Na lactante, a involução uterina é mais rápida, em decorrência da exacerbação da retração e contratilidade uterinas a cada amamentação. O reflexo uteromamário diz respeito à estimulação dos mamilos e da árvore galactófora que desperta as contrações uterinas, acusadas pela paciente como cólicas. Em função de sua matriz muito volumosa, as primíparas apresentam ritmo da involução uterina aparentemente mais rápido que as multíparas. o Loquiação – perda vaginal após o parto (produto de exsudatos, transudatos, produtos de descamação e sangue que procedem da ferida placentária, colo uterino e vagina. Odor semelhante ao da menstruação. Logo após o parto assim que saí a placenta, vai estar diminuindo com o passar dos dias, antes era vermelho vivo, mas que no final estará claro. Classificação da loquiação: Vermelho ou sanguíneos (lochia rubra ou cruenta) – até o 4º dia pós-parto; Escuros ou serossanguinolento (lochia fusca) – do 3º ao 5º dia pós-parto; Amarelos (lochia flava): presente do 5º ao 10º dia – Alba – após 10º dia. Sempre perguntar para mulher se ela está sangrando e como é esse sangramento. Vagina Também sofre importantes alterações involutivas no pós-parto imediato. As transformações regressivas de maior evidência desenrolam-se no epitélio escamoso de revestimento. É a crise vaginal do pós-parto. A partir do 3º ou 4º dia os esfregaços vaginais vão se tornando nitidamente atróficos e, ao final do pós-parto imediato (10º dia), à metade, ou menos, o epitélio fica abreviado das 30 a 35 carreiras celulares achadas à ocasião do parto. Nessa fase, o comportamento é absolutamente idêntico na nutriz e na mulher que não amamenta. A medida que a mulher vai amamentando o sangramento vai diminuindo. Pós-parto tardio Útero Continua a regredir, porém muito lentamente até 6 semanas, sem retornar, nunca mais, às proporções encontradas nas nulíparas. A cavidade uterina acha-se inteiramente epitelizada ao fim do 25º dia do pós- parto. O corrimento loquial prossegue comumente até meados do pós-parto tardio, passando de serossanguíneo a seroso (lochia flava). O comportamento posterior do endométrio difere quando há lactação. Nas mulheres que não amamentam, apesar da regressão miometrial mais lenta, o endométrio tende a proliferar nos moldes conhecidos, alcançando, no término do pós-parto tardio, estádio semelhante à fase proliferativa do ciclo menstrual. Nas nutrizes, tudo se passa como se os estímulos reguladores endócrinos se encontrassem em recesso ocasional. Vagina O desempenho da mucosa vaginal também varia de acordo com a lactação. Objetivada pela descamação do epitélio, reduzido às camadas profundas, a crise vaginal alcança, pelo geral, sua regressão máxima em torno do 15o dia pós-parto; a partir de então se esboçam as primeiras manifestações regenerativas. Até aproximar-se o 25o dia, embora haja grandes variações individuais no evoluir da recuperação vaginal, é difícil a distinção entre casos com lactação ou sem ela. O comportamento, no entanto, segue padrões e rumos diferentes haja ou não aleitamento. Nas mulheres que não amamentam, a citologia mostra aceleração do processo vaginal evolutivo, quando comparadas às nutrizes. Pós-parto remoto: trata-se de um período de duração imprecisa, que varia com a presença ou não de lactação. Nas mulheres que não amamentam, a menstruação retorna, em média, com 1,5 mês, e precedida de ovulação, ao contrário do que se pensava anteriormente. Medidas antropométricas Portaria MS Nº 1.067, 4 de julho de 2005 – “Todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura”. Com o RN normais, nada mais deve ser realizado além de enxuga-los, aquecê-los, avaliar as suas condições e entrega-los às suas mães para estabelecer um contato precoce e íntimo. A s manobras de reanimação devem ser realizadas apenas em situações necessárias, sendo desaconselhável empregar estes procedimentos de forma rotineira” (Ministério da Saúde, 2005). CONFORME IDADE GESTACIONAL Pré-termo < 37 semanas; Termo 37-41 semanas e 6 dias; Pós-termo ≥ 42 semanas. CLASSIFICAÇÃO PELA PESO AO NASCER Macrossômico 4.000 g ou mais; Peso normal ao nascimento (PNN) 2.500 a 4.000 g; Baixo peso ao nascimento (BPN) Menos de 2.500 g. Os recém-nascidos com baixo peso podem ainda ser subclassificados como se segue. Muito baixo peso ao nascimento (MBPN) menos de 1.500 g; Extremo baixo peso ao nascimento (EBPN) CLASSIFICAÇÃO PELA RELAÇÃO PESO/IG Adequado para a idade gestacional (AIG): peso compreendido entre os percentis 10 e 90. Grande para a idade gestacional (GIG): peso acima do percentil 90. Pequeno para a idade gestacional (PIG): peso abaixo do percentil 10. PERIMETRO CEFÁLICO De acordo com as novas normas do Ministério da Saúde, e em detrimento com o aumento da incidência de crianças com microcefalia, ficou definido o PC de meninos como 31,9cm e de meninas 31,5 cm. Exame físico do RN O exame físico minucioso deverá ser feito após algumas horas de vida, preferencialmente antes de o bebê completar 12 horas de vida. Estar sempre atento ao controle térmico, cuidando para que o ambiente, as mãos e os instrumentos estejam em temperatura adequada – RN tem pouca capacidade de tolerar alterações térmicas ambientais. O exame vai do externo para o interno, do geral para o especial e no sentido crânio-caudal. INSPEÇÃO O aspecto geral, a atividade, a intensidade do choro, a movimentação e o estado de hidratação são outras informações que devem constar do exame físico geral. Malformações e fácies típicas de algumas síndromes (como trissomias do 13, 18 e 21 e síndrome de Pierre-Robin). Cianose e alteração da frequência respiratória. Esforço respiratório Sinais de angústia respiratória, como gemidos inspiratórios ou expiratórios, batimento de aletas nasais, retrações de fúrcula ou torácica (caso a criança esteja despida). Postura do RN Normal: simétrica e fletida, semelhante à postura fetal. Lesão neurológica periférica: postura assimétrica. Hidratação Pele Devem-se avaliar: textura, umidade, cor, presença de milium, presença de lanugo, presença de vérnix, presença de mancha mongólica, presença de icterícia, presença de anomalias. TEXTURA E UMIDADE: a textura da pele é um dos parâmetros utilizados na avaliação da idade gestacional RN pré-termo extremo possui pele muito fina e gelatinosa. RN pós-termo ou com insuficiência placentária, pele seca, enrugada, apergaminhada e com descamação acentuada. Nos casos de hipotireoidismo congênito podem-se observar pele seca e áspera. COR: RN de cor branca são rosados e os filhos de pais negros nascem avermelhados com maior quantidade de melanina nos mamilos, região periungueal, na pele da borda do umbigo e na genitália. Pletora é observada em RN policitêmicos, hiperoxigenados ou com hipertermia. A palidez acentuada pode indicar anemia (aguda ou crônica), vasoconstrição periférica ou choque. A presença de uma linha delimitando um hemicorpo com eritema e outro com coloração normal é conhecida como fenômeno de Arlequim, benigno e representa um grau de instabilidade vasomotora. SUBCUTÂNEO A quantidade de tecido subcutâneo pode ser aferida por meio da prega cutânea, que costuma ter cerca de 1 cm nos RNs a termo e ser uniformemente distribuída pelo corpo. A prega indica o depósito de gordura da criança, assim como o turgor da pele. O turgor, quando firme,está associado ao bom estado nutricional. Crianças emagrecidas podem apresentar turgor frouxo. O turgor pastoso, caracterizado pelo lento retorno do tecido subcutâneo após pinçamento dele, em RN está mais associado à desnutrição ao final da gestação, geralmente por insuficiência placentária. Em caso de edema acentuado no dorso das mãos e pés, a síndrome de Turner deve ser considerada. GÂNGLIOS É necessário procurar palpar todas as cadeias ganglionares: cervicais, occipitais, submandibulares, axilares e inguinais; e descrever o número de gânglios palpáveis, seu tamanho, consistência, mobilidade e sinais inflamatórios. Habitualmente o RN apresenta raros pequenos gânglios em torno de 3 mm. Nas infecções congênitas pode haver hipertrofia ganglionar. MUCOSAS Avaliam-se cor, umidade e presença de lesões. O exame da mucosa oral é apropriado e pode ser feito em detalhes durante o choro da criança mais (já que a mucosa conjuntival está irritada devido a solução de nitrato de prata a 1% instilada nos olhos dos RNs como medida de prevenção da conjuntivite gonocócica). MUSCULATURA São avaliados o tônus e o trofismo. Um RN normal a termo apresenta hipertonia em flexão dos membros. O RN a termo em decúbito dorsal apresenta os membros superiores fletidos e os inferiores semifletidos, cabeça lateralizada e mãos cerradas. O trofismo pode ser averiguado pela palpação do músculo peitoral. Considera-se a espessura em torno de 1cm como trofismo adequado. ESQUELETO E ARTICULAÇÕES Deve-se avaliar cuidadosamente a presença de deformidades ósseas, inadequações de mobilidade e dor à palpação de todos os ossos e articulações do RN. Polidactilia – com o dedo extranumerário fixado na face lateral da segunda ou terceira falange do dedo mínimo; Sindactilia – dedos unidos; Aracnodactilia – dedos muito longos; Clinodactilia – dedos desviados do eixo Agenesias (de rádio, fêmur, tíbia, úmero etc.), devem ser atentamente procuradas. Analisar as pregas palmares Prega palmar única em ambas as mãos associada à ausência de prega falangiana no 5º quirodáctilo (dedo mínimo - é observada em situações de hipotonia fetal, como na Síndrome de Down) A simetria e a adequação da movimentação dos membros; Fratura de clavícula Pode causar restrições de movimentação do membro correspondente devido à intensa dor, podendo mimetizar uma paralisia obstétrica. O diagnóstico é feito pela palpação da clavícula; se houver fratura, podem-se sentir crepitação local e observar manifestação de dor no RN. Articulação coxo-femoral Displasia do desenvolvimento do quadril – há instabilidade da articulação coxo-femural ao nascimento devido ao fato de o acetábulo ser mais raso e a cápsula mais frouxa, o que permite mobilização inadequada da cabeça do fêmur que fica parcialmente desencaixada do acetábulo – Indolor – não provoca deformidades e não limita os movimentos - o RN é aparentemente normal. Isso significa que a displasia só será diagnosticada se pesquisada. Displasia unilateral - Podem-se encontrar assimetria das pregas glúteas e encurtamento do membro afetado no caso; porém, mais frequentemente a alteração não provoca deformidades, não limita os movimentos e é indolor, ou seja, o RN é aparentemente normal. Isso significa que a displasia só será diagnosticada se pesquisada A displasia só será diagnosticada se pesquisada - As manobras de Barlow e de Ortolani, além do exame ultrassonográfico, podem auxiliar no diagnóstico. Manobra de Ortolani Flexiona-se o joelho e quadril em 90 graus, segurando as pernas e as coxas do RN com as mãos e apoiando o polegar na face medial da coxa, na altura do pequeno trocanter e o dedo médio no grande trocanter. Ao promover a abdução das coxas, quando a cabeça do femur está luxada ocorre o deslizamento da mesma para dentro do acetábulo provocando um ressalto na mão do examinador; no movimento de adução da articulação coxofemural a cabeça do fêmur desliza para fora e para trás constatandos-se novamente o ressalto; Quando positiva (“CLUNK!), indica displasia coxo- femural. Manobra de Barlow Com os quadris em abdução média, enquanto uma mão segura a coxa com o polegar no pequeno trocanter e o dedo indicador na face lateral da coxa apoiado no grande trocanter, a outra mão estabiliza o quadril. Quando há instabilidade articular ocorre a entrada da cabeça do fêmur no acetábulo ao se pressionar o grande trocanter, e a saída ao se presionar o polegar na região inguinal sobre a cabeça do fêmur. Permite o diagnóstico de instabilidade do quadril. Pés-Tortos: é necessário diferenciar o pé torto posicional, decorrente da posição intrauterina, do pé torto congênito. Deve-se apalpar a linha média da coluna vertebral na busca de espinha bífida, meningocele e outros defeitos, especialmente na região sacrolombar. Exame físico especial Crânio Inicia-se o exame verificando assimetrias. Assimetrias transitórias, que variam de acordo com a apresentação fetal. No parto normal, especialmente na raça negra, pode causar o aumento do diâmetro anteroposterior (dolicocéfalo). Por outro lado, no parto cesáreo, o crânio pode apresentar-se mais “arredondado”, já que a cabeça não sofre adaptação ou amoldamento no canal de parto. Suturas cranianas: faz-se a palpação das suturas cranianas. São comuns as sobreposições das bordas dos ossos do crânio (cavalgamentos), especialmente no parto normal, as quais desaparecem em poucos dias, bem como as disjunções de suturas, sem qualquer expressão patológica. Por outro lado, quando ocorre a fusão intrauterina das suturas, o osso para de crescer e ocorre afundamento local com assimetria do crânio, o que constitui a craniossinostose. Essa situação patológica pode requerer tratamento cirúrgico. Fontanelas Na palpação das fontanelas, deve-se estar atento para o tamanho (medido em centímetros nas diagonais), a tensão, os abaulamentos ou as depressões e pulsações. A fontanela bregmática, na forma de losango, formada na confluência dos ossos frontal e parietais, apresenta-se com tamanho variável no RN a termo. Aumento da pressão intracraniana abaulamento da fontanela bregmática – meningite, hidrocefalia, edema cerebral ou hemorragia intracraniana. Desidratação fontanela bregmática deprimida. Quando deprimida, associa-se à desidratação. A lambdoide, entre os ossos parietais e occipital, geralmente é pequena (justaposta). Quando grande, pode estar associada a doenças como hipotireoidismo e síndrome de Down. COURO CABELUDO Palpação do couro cabeludo detectam-se abaulamentos com relativa frequência, como na bossa serossanguínea e no céfalo-hematoma. das partes moles na área da apresentação, não respeita o limite dos ossos do crânio, é depressível e regride nos primeiros dias pós-parto. Céfalo- vaso subperiostal secundário ao traumatismo do parto. Sua consistência é de conteúdo líquido e restringe-se ao limite do osso, geralmente o parietal. OLHOS Os olhos dos RNs estão fechados a maior parte do tempo. Deve-se observar a distância entre os olhos, a posição da fenda palpebral. Estrabismo transitório e nistagmo horizontal podem ser eventualmente verificados. Pesquisar exoftalmia, microftalmia (microcórnea), catarata (reflexo esbranquiçado da pupila), coloboma – fenda inferior de íris, tamanho da pupila (midríase e miose), isocoria ou anisocoria, glaucoma congênito e reação à luz. Pesquisar lacrimejamento anormal por obstrução do canal lacrimal (dacrioestenose). Observar hemorragias conjutivais (comuns). A esclera é branca ou levemente azulada nos RNs pré-termo. Cor azul mais intensa osteogênese imperfeita. TESTE DO REFLEXO VERMELHO/TESTE DO OLHINHO - Com o auxílio de oftalmoscópio em quarto escuro (para melhor abertura das pupilas) e a cerca de 40 a 50 cm de distância,deve-se pesquisar o reflexo vermelho do fundo do olho, que indica a adequada transparência da córnea e do cristalino. Se for notado um reflexo diferente entre os olhos ou A PRESENÇA DE OPACIDADE, a criança deverá ser avaliada por um oftalmologista com urgência, pois poderá ter problemas como: CATARATA CONGÊNITA ((alteração da transparência do cristalino), RETINOBLASTOMA (alteração da coloração da retina pelo tumor intraocular) OU RETINOPATIA DA PREMATURIDADE. Todos os prematuros com 32 semanas ou menos e/ou menores de 1500g devem ser avaliados com dilatação de pupila por oftalmologista na 6ª semana de vida. OUVIDOS Deve-se verificar a forma, a consistência e a implantação dos pavilhões auriculares. Avaliar a presença de condutos auditivos externos, fístulas retroauriculares e apêndices pré-auriculares. A adequada implantação pode ser aferida traçando-se um plano imaginário que passe pela fenda palpebral e se estenda horizontalmente em direção às orelhas. A borda superior da orelha deve estar pouco acima dessa linha. Geralmente a implantação baixa da orelha é acompanhada de rotação posterior do eixo do pavilhão auricular e está associada a defeitos renais, à malformação do primeiro arco branquial e às anomalias cromossômicas. A consistência do pavilhão aumenta com a idade gestacional, assim como a presença de dobra na borda superior. RN a termo, o pavilhão possui consistência cartilaginosa, voltando rapidamente à posição normal quando solto após ser dobrado. RN pré-termo, o pavilhão não retorna à posição inicial após ser dobrado e é liso em sua borda superior. Deve-se observar se o RN responde piscando os olhos à emissão de um ruído próximo ao ouvido (reflexo cócleo- palpebral). Independente do resultado, é obrigatório o rastreamento da deficiência auditiva por meio de medidas fisiológicas da audição (teste da orelhinha). NARIZ Pesquisar forma, permeabilidade de coanas e presença de secreção; A presença de coriza mucoide, mucopurulenta ou mucopiossanguinolenta é rara e sugere o diagnóstico de lues congênita; RN respira pelo nariz, espirros e muco branco e ralo são comuns. Observar sinais de esforço respiratório: à obstrução nasal e presença de movimento das asas do nariz. BOCA O exame pode ser feito durante o choro e, na maioria das vezes, não há necessidade de se utilizar abaixador de língua para sua melhor visualização. O desvio da comissura labial durante o choro pode estar associado à paralisia facial decorrente de posturas anormais intraútero ou trauma de parto, como por exemplo na compressão pelo fórceps. Observar inicialmente as mucosas: Podem-se encontrar aftas de Bednar, decorrentes de lesão traumática da mucosa por aspiração ou limpeza agressiva logo após o parto. desidratação, e a sialorreia pode ser Avaliar a forma do palato, se normal ou em ogiva, e sua integridade: Fenda palatina pode ocorrer de forma isolada ou associada a lábio leporino No palato podem-se ainda encontrar as PÉROLAS DE EPSTEIN pequenas formações esbranquiçadas junto à rafe mediana, compostas de restos celulares e sem repercussões clínicas. Avaliando-se o palato mole podem-se detectar ainda úvula bífida e tumores. Na gengiva, deve-se verificar a presença de cistos devem ser avaliados quanto à sua implantação, já que habitualmente são frouxos e com raízes fracas, nessas condições devem ser extraídos, devido ao risco de aspiração. O tamanho e a mobilidade da língua devem ser avaliados; macroglossia sugere hipotireoidismo ou síndrome de Beckwith- Wiedemann. PESCOÇO Deve-se palpar a parte mediana do pescoço a fim de se detectar o crescimento anormal da tireóide (bócio) e a presença de fístulas, cistos e restos de arcos branquiais. Em sua parte lateral, deve-se verificar a presença de estase jugular,palpar o músculo esternocleidomastoideo a fim de verificar a presença de contraturas (torcicolo congênito). Pele redundante na nuca pode estar associado à Síndrome de Down, e na parte lateral (o chamado pescoço alado) à Síndrome de Turner. TÓRAX Normalmente o tórax do RN é simétrico, cilindrico, levemente arredondado, com a distância anteroposterior maior que sua largura. No Rn a termo o perímetro torácico (passando pelos mamilos) é cerca de 2 cm menor que o cefálico. Assimetria pode estar associado à malformação cardíaca, pulmonar, da coluna e do arcabouço costal, O apêndice xifoide é frequentemente saliente. Pode ocorrer hipertrofia bilateral das glândulas mamárias de estimulo estrogênico materno. APARELHO RESPIRATÓRIO É importante que o exame do sistema cardiorrespiratório se faça com o RN calmo, já que o choro costuma alterar os parâmetros, que devem ser medidos em repouso. INSPEÇÃO/PALPAÇÃO/PERCUSSÃO/AUSCU LTA A respiração do RN é toraco-abdominal É presente variação de frequência e ritmo respiratório Observa-se pausas respiratórias nos recém- nascidos prematuros – 5 segundos (diferente de apneia) pausas maiores que 20s ou menor, mas associadas à cianose e bradicardia. Obs.: Frequência respiratória média é de 40 a 60 incursões por minuto – Frequência acima de 60 caracteriza taquipneia e de deve ser investigada (exceção 1ª hora de vida). Presença de tiragem intercostal supra e infraesternal é anormal, mesmo em RNs prematuros. A palpação, a percussão e a ausculta devem ser feitas em toda a área de extensão do parênquima pulmonar. deve revelar o som claro pulmonar característico, exceto na área de projeção do fígado, onde o som pode ser submaciço ou maciço. Ausculta do murmúrio vesicular estertores finos ou creptantes são comuns logo após o nascimento, assim como ronco de transmissão, decorrente de obstrução nasal. APARELHO CARDIOCIRCULATÓRIO INSPEÇÃO/PALPAÇÃO/AUSCULTA Ictus cordis em geral não é visível nos RNs e a palpação do precórdio é pouco perceptível. No RN, a posição horizontalizada do coração faz com que o ictus, quando palpável, encontre-se no quarto espaço intercostal esquerdo, lateralmente, à esquerda da linha hemiclavicular. O deslocamento do ictus pode indicar deslocamento para a direita pode ser decorrente de pneumotórax hipertensivo à esquerda. A detecção de frêmito é sempre sugestiva de cardiopatia, principalmente se associado a sopro. Obs.: A frequência cardíaca varia, em média, de 120 a 140 bpm – em RNs em repouso com frequência cardíaca acima de 160 bpm (taquicardia) devem ser mais bem avaliados. AUSCULTA Deve ser sistematizada, realizada com a criança calma e repetidas vezes, avaliando-se as bulhas nos focos em que são normalmente mais audíveis. A primeira bulha (fechamento das valvas atrioventriculares no início da sístole ventricular) é mais bem avaliada nos focos do ápice; e a segunda, nos focos da base. A detecção de terceira e quarta bulhas (galope) são sugestivas de cardiopatia. Na ausculta da segunda bulha detecta-se frequentemente desdobramento inconstante por fechamento assincrônico das valvas semilunares, aórtica e pulmonar, nessa ordem. Esse desdobramento normalmente é associado à respiração, aumentando na inspiração e diminuindo ou desaparecendo com a expiração. Na ausculta cardíaca do RN, sopros ou arritmias podem ser transitórios. É fundamental a palpação cuidadosa dos pulsos periféricos. Pulsos cheios em RN prematuro arterial. Pulsos femorais débeis ou ausentes apontam para coarctação da aorta. A pressão arterial é de difícil determinação, podendo ser aferida com mais facilidade por meio de aparelhos que se valem do efeito Doppler. ABDOME INSPEÇÃO Durante a inspeção, o abdome do RN apresenta-se semigloboso, com perímetro abdominal cerca de 2 a 3 cm menor que o cefálico. Habitualmente, não se visualizam ondas peristálticas. A presença de abdome globoso, distendido, com ondas peristálticas Abdomeescavado é sugestivo de hérnia diafragmática. A diástase dos músculos retos abdominais (aumento da distância entre os retos com presença de pequeno abaulamento herniário) é observação frequente e sem significado clínico - habitualmente regride após o início da deambulação. Deve-se inspecionar as condições do coto umbilical - inicialmente gelatinoso, ele seca progressivamente, mumificando-se perto do 3º ou 4º dia de vida, e costuma desprender-se do corpo em torno do 6º ao 15º dia. Habitualmente o cordão umbilical apresenta duas artérias e uma veia. A presença de artéria umbilical única pode estar associada a anomalias renais ou a problemas genéticos, principalmente trissomia do 18. É importante pesquisar a presença de secreções na base do coto umbilical ou de eritema da pele ao redor da implantação umbilical. Obs.: Secreção purulenta na base do coto, com edema e hiperemia da parede abdominal, sobretudo se formar um triângulo na parte superior do umbigo, indicam onfalite, infecção de alto risco para a criança. Na inspeção, podem-se ainda detectar defeitos da parede abdominal, como a onfalocele e a gastrosquise. ONFALOCELE - ocorre herniação na linha média, recoberta por saco peritoneal, com o cordão umbilical inserido no centro dessa massa. Pode estar associada a trissomias ou a outras anomalias congênitas. GASTROSQUISE - o defeito encontra-se à direita do umbigo, com as alças intestinais e outros órgãos abdominais podendo exteriorizar-se através dessa abertura, sem membrana peritoneal recobrindo o conteúdo exposto. MECÔNIO: eliminação de mecônio costuma ocorrer nas primeiras 24 a 36 horas de vida. Trata-se de material viscoso, verde escuro, composto por sais biliares, células epiteliais de descamação, sucos digestivos e lanugo. Após esse período, as fezes, denominadas de transição, têm coloração amarelo- esverdeada, liquefeitas, podendo até ser confundidas com diarreia. O reflexo gastrocólico exacerbado, isto é, o relaxamento do esfíncter anal que ocorre com a distensão do estômago, aumenta o número de evacuações diárias, sobretudo no RN em aleitamento materno exclusivo sob livre demanda, que pode evacuar em cada mamada. PERCUSSÃO com a percussão abdominal (e torácica) podem-se determinar o tamanho do fígado acompanhando o som submaciço. Caracteristicamente, encontra- se som timpânico no resto do abdome – Além disso, consegue-se delimitar o tamanho do baço, especialmente quando aumentado. PALPAÇÃO fica tecnicamente mais fácil quando realizada com o RN dormindo, recomenda-se realizá-la logo no início do exame físico. A palpação deve ser suave e superficial no início, partindo-se da fossa ilíaca em direção ao rebordo costal. Após a palpação superficial, podem-se fazer uma palpação mais profunda. Em condições normais não se encontram massas abdominais e é possível a palpação da borda do fígado a cerca de 2 cm do rebordo costal direito, na linha mamilar. Fígado -se descrever as características do fígado: consistência (parenquimatosa, endurecida), superfície (lisa, granulada) e borda. No RN, a borda do fígado é um pouco mais arredondada, diferentemente da borda fina encontrada em crianças maiores e em adultos. Baço -se palpar o polo inferior do baço no nível do rebordo costal esquerdo. Sempre que se consegue palpar o baço é necessária investigação, devido à possibilidade de infecção ou de incompatibilidade sanguínea. Rins com manobras cuidadosas e profundas, os rins podem ser palpados, principalmente em RNs prematuros. Por vezes fica-se em dúvida se a massa que está sendo palpada é o rim ou o baço. Lembrar que quando se trata do baço, não se consegue palpar depressão entre o rebordo costal e o órgão (ele vem de baixo das costelas). Os rins podem estar aumentados na doença policística, hidronefrose ou trombose da veia renal, entre outras doenças. Massas abdominais sugere alguma enfermidade A massa pode ser decorrente de distensão da bexiga (bexigoma) causada por simples retenção urinária ou por uma real obstrução de saída da urina por um fecalito de cólon ou por alguma condição mais complexa como cistos ovarianos, cistos mesentéricos, neuroblastoma, tumor de Wilms, entre outras. Devem-se então descrever a localização, a forma, o tamanho, a mobilidade, a consistência e as eventuais irregularidades de superfície. AUSCULTA verifica-se que no RN os ruídos hidroaéreos são bem frequentes. Ruídos aumentados, que ocorrem nas situações de luta contra obstrução, ou ausência de ruídos são sinais preocupantes que indicam doença grave. APARELHO GENITURINÁRIO A primeira diurese costuma ocorrer na sala de parto ou nas primeiras 48h. SEXO MASCULINO O pênis normal de um RN mede de 2 a 3 cm – A glande não costuma ser exposta. Hipospádia -se na face ventral do pênis. Epispádia orifício de saída é na face dorsal do pênis. Bolsa escrotal é rugosa no RN a termo – Sua palpação permite verificar a presença dos testículos, assim como sua sensibilidade, tamanho e consistência. Os testículos - no RN a termo os testículos são habitualmente encontrados dentro da bolsa escrotal. A não palpação dos testículos na bolsa de um ou dois testículos na bolsa. Quando a criptorquidia é bilateral e os testículos não são palpáveis nem na bolsa escrotal nem no canal inguinal, deve-se suspeitar de genitália ambígua. Os testículos têm consistência firme, parenquimatosa, com tamanho de cerca de 1 cm, e não são hipersensíveis - aumento dos testículos à palpação frequentemente é decorrente de hidrocele. SEXO FEMININO O tamanho dos grandes lábios depende do depósito de gordura e da idade gestacional da criança. Assim, nas crianças pré-termo pequenas podem ser quase inexistentes, e nas crianças a termo os grandes lábios chegam a recobrir totalmente os pequenos lábios - Afastados os grandes lábios, avalia-se o sulco entre os grandes e pequenos lábios, frequentemente recobertos de vérnix. Aderências de pequenos lábios são raras e requerem intervenção. Aderência de pequenos lábios sinéquia. Afastando-se os pequenos lábios, examina-se o hímen. É comum a saída de secreção esbranquiçada ou translúcida em consequência da ação do estrógeno materno e costuma desaparecer ao final da primeira semana de vida. No segundo ou terceiro dia pode ocorrer discreto sangramento vaginal. O tamanho do clitóris é pequeno, porém em RN pré-termo, devido ao pouco desenvolvimento dos grandes lábios, ele pode sobressair-se, dando a impressão errônea de clitoromegalia. ÂNUS O exame do orifício anal deve ser feito obrigatoriamente, podendo-se detectar anomalias anorretais e fístulas - Habitualmente faz-se apenas a inspeção, podendo-se verificar, por palpação delicada, o tônus anal. SISTEMA NERVOSO Postura, movimentação espontânea, resposta ao manuseio e choro são parâmetros importantes dessa avaliação - Ao nascer, a criança costuma ficar durante cerca de 1 a 2 horas muito desperta e a seguir habitualmente dorme profundamente por algumas horas, por vezes até 12 horas - Deve-se evitar a realização do exame neurológico nas primeiras 12 horas de vida para minimizar a influência do estresse do parto, que pode mascarar algumas respostas normais, dando falsa impressão de comprometimento. Os reflexos primitivos característicos do RN devem ser avaliados, pois podem trazer informações importantes sobre seu estado de saúde. São caracterizados por resposta motora involuntária a um estímulo. São mediados por mecanismo neuromusculares subcorticais, que se encontram desenvolvidos desde o período pré-natal. O desaparecimento desses reflexos durante o curso normal de maturação do sistema neuromuscular nos primeiros 6 meses de vida é atribuído ao desenvolvimento de mecanismos corticais inibitórios. São diversos os reflexos primitivos encontrados no RN, porémnão há necessidade de avaliação de todos durante o exame físico rotineiro do RN a termo. SUCÇÃO: a sucção reflexa manifesta-se quando os lábios da criança são tocados por algum objeto, desencadeando-se movimentos de sucção dos lábios e da língua. Somente após 32 a 34 semanas de gestação é que o bebê desenvolve sincronia entre respiração, sucção e deglutição, tornando a alimentação por via oral difícil em RN pré-termo. VORACIDADE: o reflexo da voracidade ou de procura manifesta-se quando é tocada a bochecha perto da boca, fazendo com que a criança desloque a face e a boca para o lado do estímulo. Este reflexo não deve ser procurado logo após a amamentação, pois a resposta ao estímulo pode ser débil ou não ocorrer. Está presente no bebê até os 3 meses de idade. PREENSÃO: A preensão palmoplantar se obtém com leve pressão do dedo do examinador na palma das mãos da criança e abaixo dos dedos do pé. MARCHA: a marcha reflexa e o apoio plantar podem ser pesquisados segurando-se a criança pelas axilas em posição ortostática. Ao contato das plantas do pé com a superfície, a criança estende as pernas até então fletidas. Se a criança for inclinada para a frente, inicia a marcha reflexa. FUGA À ASFIXIA: o reflexo de fuga à asfixia é avaliado colocando-se a criança em decúbito ventral no leito, com a face voltada para o colchão. Em alguns segundos o RN deverá virar o rosto liberando o nariz para respirar adequadamente. CUTÂNEO-PLANTAR: o reflexo cutâneo-plantar em extensão é obtido fazendo-se estímulo contínuo da planta do pé a partir do calcâneo no sentido dos artelhos. Os dedos adquirem postura em extensão. MORO: é um dos mais importantes a serem avaliados, devido à grande quantidade de informações que pode trazer. É desencadeado por algum estímulo brusco como bater palmas, estirar bruscamente o lençol onde a criança está deitada ou soltar os braços semiesticados quando se faz a avaliação da preensão palmar. O reflexo consiste em uma resposta de extensão-abdução dos membros superiores (eventualmente dos inferiores), ou seja, na primeira fase os braços ficam estendidos e abertos, com abertura dos dedos da mão, e em seguida de flexão-adução dos braços, com retorno à posição original. Tem início a partir de 28 semanas de gestação e costuma desaparecer por volta dos 6 meses de idade. A assimetria ou a ausência do reflexo pode indicar lesões nervosas, musculares ou ósseas, que devem ser avaliadas. MAGNUS-DE-KLEIJIN (do esgrimista) em que, com a criança posicionada em decúbito dorsal, o examinador com uma das mãos estabiliza a região anterior do tórax e com a outra vira a cabeça da criança para o lado. A resposta esperada é a extensão dos membros do lado para o qual a face está voltada e a flexão dos membros voltados para o outro lado. OLHOS DE BONECA que é desencadeado quando se promove a rotação lateral da cabeça do RN, e os olhos seguem lentamente para o lado da rotação. REFLEXO DE BABKIN é uma reação à pressão simultânea das palmas das mãos do bebê. Com esse estímulo, a criança abre a boca e mantém a cabeça na linha média levantando sua cabeça. Pode também haver fechamento dos olhos e flexão do antebraço do bebê. REFLEXOS TENDINOSOS podem ser avaliados utilizando-se o martelo com ponta de borracha ou o próprio dedo do examinador para o estímulo. O reflexo patelar costuma ser facilmente detectável. ALCON Segundo o Ministério da Saúde, é o sistema hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece com a mãe, 24h por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde de binômio mãe e filho. A mulher deve ser estimulada ao autocuidado, à amamentação e cuidados com RN, assim que possível. proporcionar e fortalecer o vínculo mãe-filho e estimular o aleitamento materno. “Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe” (Capítulo I, Art.10º, inciso V). Sempre que as condições da mãe e do RN permitirem, o primeiro contato pele a pele deve ser feito imediatamente após o parto. Após a finalização dos procedimentos de sala de parto, a mãe, com o RN, deve ir para um local dentro da maternidade que permita a eles ficarem juntos 24 horas por dia até a alta hospitalar. Para isso, foi implantado o sistema de alojamento conjunto nas maternidades. VANTAGENS DO ALOJAMENTO CONJUNTO Humanização do atendimento do binômio mãe-filho e sua família. Convivência contínua entre mãe e bebê, o que facilita o conhecimento mútuo e a satisfação imediata das necessidades físicas e emocionais do RN. Bebês em alojamento conjunto choram menos e dormem mais (permanecem no estado “sono quieto”) do que quando se encontram em berçários. Maior envolvimento dos pais e/ou de outras pessoas significativas no futuro cuidado com a criança. Promoção do estabelecimento precoce do vínculo afetivo entre a mãe e o seu filho. Há relatos de que o alojamento conjunto aumenta a ligação afetiva da mãe a sua criança e reduz os casos de abuso ou de negligência infantil e de abandono da criança. Promoção do aleitamento materno. Vários estudos demonstram o efeito benéfico do alojamento conjunto na prática da amamentação: descida do leite mais rápida, melhor atitude em relação ao aleitamento materno e tempo mais prolongado de amamentação. Oportunidade para as mães, em especial as primigestas, aprenderem noções básicas dos cuidados com os RNs. Isso aumenta sua autocon fiança. Tranquilidade para as mães que ficam inseguras quanto ao atendimento prestado a seus filhos quando não estão perto deles. A ansiedade pode inibir a produção de ocitocina, importante para a liberação do leite materno e para a contração do útero, enquanto a presença da criança e seu choro costumam estimular o reflexo de ejeção do leite. Troca de experiências com outras mães quando compartilham o mesmo quarto, em especial com mães mais experientes que também estão cuidando dos seus filhos. Maior interação entre a mãe e sua família e os profissionais de saúde responsáveis pela atenção à criança. Diminuição do risco de infecção hospitalar. Há vários relatos de redução das taxas de infecção neonatal após a implantação do alojamento conjunto em maternidades. NORMAS BÁSICAS Segundo as normas básicas para alojamento conjunto aprovadas pelo Ministério da Saúde, todo binômio mãe-filho, com as características descritas a seguir, deve permanecer em alojamento conjunto até a alta hospitalar: Mães livres de condições que impossibilitem ou contraindiquem o contato com os RNs. RN com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico. Em geral, esses RNs têm mais de 2.000g, mais de 35 semanas de gestação e índice de Apgar maior que seis no quinto minuto. Entre as atribuições da equipe de saúde no alojamento conjunto estão: Encorajar o aleitamento materno sob livre demanda. Não dar ao RN nenhum outro alimento ou bebida, além do leite materno, a não ser que seja indicado pelo médico. Não dar bicos artificiais ou chupetas às crianças amamentadas no seio. Especialmente no período de estabelecimento da lactação, esses artefatos podem causar “confusão de bicos”, uma vez que os movimentos da boca e da língua na amamentação são muito diferentes dos utilizados para sugar mamadeira ou chupetas. A associação entre uso de chupeta e menor duração da amamentação já está bem documentada. Orientar as mães para que não amamentem outros RNs que não os seus (amamentação cruzada) e não permitam que outras mães amamentem seu filho. Essa medida visa a prevenir a contaminação de crianças com possíveis patógenos que podem ser encontradosno leite materno, incluindo o HIV. Realizar visitas diárias, esclarecendo, orientando e dando segurança à mãe quanto ao estado de saúde de seu filho. Recomenda-se, sempre que possível e desejável, que o binômio mãe-filho permaneça no alojamento conjunto por, no mínimo, 48 horas, haja vista a oportunidade ímpar de aprendizagem para as mães durante a sua permanência em alojamento conjunto e de detecção de complicações pós-parto e afecções neonatais Desde 2005, existe uma lei que garante às parturientes o direito à presença de acompanhante, indicado por ela, durante o trabalho de parto, parto e pósparto imediato (até dez dias após o parto). O acompanhante deve participar do atendimento sempre que for possível e adequado. O atendimento à criança no alojamento conjunto é uma excelente oportunidade para conversar com os familiares e estimulá-los a apoiar a mãe/nutriz. É importante que o profissional investigue o contexto familiar e dê apoio à dupla mãe-bebê. RECOMENDAÇÕES ASSISTENCIAIS Cuidados locais Períneo – lavar o períneo com água e sabão Mamas – manter as mamas limpas Incisão abdominal – Não ficar com o curativo oclusivo Dieta alimentar – reforçar a alimentação nutritiva Cuidado com o RN Atividade sexual – até 30 dias sem atividade sexual Aleitamento materno – o Ministério da Saúde recomenda até os 2 anos de idade Planejamento familiar Licença maternidade – depende do trabalho, mas tem pelo menos 180 dias Revisão ginecológica – de 6 a 8 semanas, também vai depender da rotina e da unidade, geralmente volta 4 semanas pós- parto. Pré-natal de baixo risco I “Tem por objetivo geral salvaguardar a saúde das mulheres durante a gravidez, incentivar e apoiar o parto normal, prepara-la para os cuidados com o recém e promover o aleitamento”. As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou durante visitas domiciliares. O calendário de atendimento durante o pré-natal deve ser programado em função dos períodos gestacionais que determinam maior risco materno e perinatal. O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro trimestre) e deve ser regular, garantindo- se que todas as avaliações propostas sejam realizadas e que tanto o Cartão da Gestante quanto a Ficha de Pré-Natal sejam preenchidos. O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte cronograma: Até 28ª semana – mensalmente; Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente; Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário encaminhar a gestante para avaliação do bem-estar fetal, incluindo avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco fetal. O acompanhamento da mulher no ciclo grávido- puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a consulta de puerpério deverá ter sido realizada. Objetivos específicos Fazer profilaxia de doenças preveníveis e tratamento das doenças intercorrentes; Orientações dos hábitos de vida; Assistência psicológica; Preparação para a maternidade; Evitar o uso de medicamentos nocivos ao concepto; Tratar os pequenos distúrbios habituais na gestação; Prevenção de malformações; Identificar alterações do desenvolvimento fetal; Prevenção de abortamento, parto prematuro, óbito perinatal, infecções. Diagnóstico de gravidez Se o atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo exame clínico e torna-se desnecessária a solicitação do TIG. Sinais de presunção: Atraso menstrual; Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária e sonolência); Modificações anatômicas (aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal). Sinais de probabilidade: Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume; Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais); TIG – história de atraso menstrual de mais de 15 dias – hCG urinário; hCG sanguíneo – diagnóstico precoce detectado 8 a 11 dias após concepção. DUM: 11% a 42% são incorretas Alterações locais: Sinal de Hegar: amolecimento do istmo uterino, percebe-se na palpação bimanual. Sinal de Goodel: mudança da consistência do colo uterino (mais amolecido). Sinal de Puzzos: na palpação bimanual da vagina, sente um rechaço no fundo do saco vaginal. Sinal de Piskacek: útero assimétrico à palpação. Normalmente o embrião se implanta em um dos lados do útero, logo o útero cresce mais de um lado. Sinal de Nobile-Budin: preenchimento do fundo de saco vaginal por um útero mais globoso. Sinal de Osiander: percepção do pulso arterial nos fundos de saco laterais e posterior da vagina. Sinais de certeza: Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas; Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas); USG: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais. Após a confirmação da gravidez, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento de pré-natal: sequência de consultas (mensalmente, se possível), visitas domiciliares e grupos educativos. Deverão ser fornecidos: O Cartão da Gestante, com a identificação preenchida, o número do Cartão Nacional da Saúde, o hospital de referência para o parto e as orientações sobre este; O calendário de vacinas e suas orientações; A solicitação dos exames de rotina; As orientações sobre a participação nas atividades educativas (reuniões e visitas domiciliares); Calendário de consultas. Exame físico obstétrico INSPEÇÃO – GENITÁLIA EXTERNA Hiperpigmentação da pele; Mucosas violáceas (Sinal de Jacquemier ou Chadwick). USG – TRANSVAGINAL Primeiro trimestre (10-12 semanas); Implantação, gestações múltiplas; Translucência nucal (atentar se > 2,5mm); Determinação da IG. USG – OBSTÉTRICA Segundo trimestre (20-24 semanas); Avaliação morfológica, malformações; Terceiro trimestre (acima de 34 semanas); Peso fetal e apresentação fetal, placenta, líquido amniótico, perfil biofísico fetal (quando necessário). Anamnese ginecológica + Exame físico geral Primeira consulta – precoce Relação médico- paciente Identificação; Condições socioeconômicas e culturais; Antecedentes pessoais, familiares, obstétricos, identificação de vícios, alergias; Exame físico; Identificação dos fatores de risco. Interrogatório sintomático: Dor tipo cólica; Sangramento; Leucorréia. Antecedentes clínicos pessoas – especial atenção para: Hipertensão arterial; cardiopatias; Doenças metabólicas; Doenças autoimune; Doenças renais crônicas; Anemias, transfusões de sangue; Viroses; Cirurgias; Alergias, principalmente medicamentosa; Hanseníase, tuberculose, hepatites B e C. Antecedentes familiares, especial atenção para: Hipertensão, diabetes; IAM, AVC Doenças congênitas Gemelaridade; Câncer de mama; Hanseníase; Tuberculose; Anotar contatos domiciliares (anotar o evento e o grau de parentesco). Antecedentes ginecológicos: Menarca, ciclo menstrual; Atividade sexual; Uso de métodos
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