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ARQUITETURA RELIGIOSA DO PERÍODO COLONIAL

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ARQUITETURA RELIGIOSA DO PERÍODO COLONIAL
A Primeira Missa no Brasil, Victor Meireles, óleo sobre tela, 1860.
A primeira missa no Brasil foi celebrada por Frei Henrique de Coimbra no dia 26 de abril de 1500, um domingo, na praia da Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no litoral sul da Bahia.
1549 – Chegada dos Jesuítas
1580 – Chegada dos Carmelitas
1581 – Chegada dos Beneditinos
1584 – Chegada dos Franciscanos
Na idade média a igreja atinge sua maturidade política e econômica.
Em 1517 Lutero promove a Reforma Protestante, dividindo a Europa em Católicos e Protestantes.
Em 1545 bispos e cardeais católicos, no Concílo de Trento, iniciam a Contrarreforma.
Novas propostas litúrgicas em novos edifícios religiosos que deveriam conter:
Um novo elemento para divulgação da palavra, na língua natal do fiel, apartado do altar e acima da cabeça do fiéis, surgindo assim o Púlpito.
Incluir elemento da cultura cristã local, incorporando santos ali venerados dispostas em altares das naves laterais, zelados por irmandades próprias.
Igreja do Gesú, Roma, séc. XVI, de Vignola e Della Porta, marco referencial da arquitetura religiosa da contrarreforma
DAS ORDENS RELIGIOSAS
Clero Secular: : abrangia padres e bispos que viviam a vida cotidiana, diretamente em contato com as cidades (coadjuvante no processo de administração colonial, sendo depositário de documentação como certidões de nascimento, de óbitos, testamentos e registros oficiais)
Ordens religiosas ou regulares – jesuítas, franciscanos , carmelitas e beneditinos (clero regular era composto por monges e frades ordenados, regulamentados por suas respectivas comunidades religiosas, professando os votas de pobreza, castidade e obediência. Encontravam-se organizados em Ordens Primeiras, masculinas, e Ordens Segundas, femininas) 
Ordens laicas – ordens terceiras, irmandades e confrarias (congregação de fiéis, com relativa autonomia, que optaram por uma vida sem votos, mas mantinham seu compromisso espiritual e assumiam o compromisso de cuidar dos desvalidos e dos desafortunados)
Ordens terceiras: vinculadas a uma ordem religiosa, que autorizava sua fundação e funcionamento.
Irmandades e confrarias: leigos congregados em torno do culto de um santo, com compromisso beneficientes.
Primeira fase: chegada dos jesuítas
Segunda fase: construção dos grandes conventos da ordens religiosas
Terceira fase: construção de igrejas e capelas das irmandades e confrarias 
Primeira fase: chegada dos jesuítas
JESUÍTAS
Os jesuítas, criação mais recente da contrarreforma, receberam as tarefas de suprir a falta do Clero Secular, para ministrar catequese e alfabetizar leigos e gentios em seus templos e colégios.
Em 1577, chega ao Brasil, enviado pela Ordem, o frei Francisco Dias, que trabalhava na construção do edifício jesuítico de São Roque, em Lisboa.
Os Colégios jesuíticos e suas principais características:
Planta quadrangular com pátio descoberto ao centro.
A igreja, em uma das faces do polígono, com nave única , capela-mor e duas colaterais dominando a composição interna.
Os três elementos da fachada principal, igreja, torre sineira e colégio, dispostos num mesmo plano, com acesso por porta única.
Sobre a porta um óculo ou três janelas.
Frontão triangular de inspiração clássica
A transição entre o exterior e o interior, não adotava ambiente intermediário, o nártex ou pórtico.
Decoração das naves despojada de ornamentos, paredes caiadas, telha vã.
Somente nos retábulos e altares colaterais maior cuidado com a talha e com os santos-de-roca.
Inspiração maneirista
Colégio jesuítico dos Reis magos, 1597, Nova Almeida, atual Serra, ES.
Igreja dos Jesuítas – Colégio do Rio de Janeiro, 1584. 
Igreja da Graça e o colégio jesuítico de Olinda, 1584.
Colégio de Reritiba, atual Anchieta, ES, de 1597.
Igreja jesuítica de S. Pedro, 1619, RJ.
Colégio jesuíta de Paranaguá, 1682. 
Páteo do Colégio (Ano de Fundação: 1554) - São Paulo - São Paulo
Segunda fase: construção dos grandes conventos da ordens religiosas
CARMELITAS
Também administravam os Santos Ofícios, sepultamentos, e atendiam vítimas de epidemias ou conflitos.
Principais características dos conventos:
Fachadas com divisão em três, com arcadas no pavimento térreo.
Decoração das fachadas com linguagem clássica, de aspecto austero, geralmente de repertório toscano, situação modificada no final do século XVII, com a inclusão de elementos barrocos.
Igrejas com naves únicas, eventualmente acrescida de capelas laterais.
Um claustro distribuídos por dois pavimentos, com alas dispostas em quadra, em torno de um ou dois pátios internos.
1580 – Chegada dos Carmelitas
1583 - Construção do primeiro convento da Ordem do Carmo, em Olinda - Pernambuco.
Convento do Carmo de Salvador - Bahia (1586)
Convento carmelita em Santos, 1589.
Convento carmelita do Rio de janeiro, 1589. 
Convento das Carmelitas Descalças
BENEDITINOS
Os beneditinos por aqui se estabeleceram com a missão de ensinar teologia ao clero regular e secular.
Principais características de seus mosteiros:
Fachadas de composição austera: formas geométricas dispostas com clareza, retângulos encimados por frontões triangulares, sem ornamentação senão uma marcação da modenadura com pilastras e cimalhas.
Poderiam ter duas torres sineiras e três naves, semelhantes a modelos medievais.
1581 – Chegada dos Beneditinos
Mosteiro Beneditino em Olinda, 1582.
Mosteiro Beneditino em Olinda, 1582.
Mosteiro de São Bento (Rio de Janeiro), 1586.
Mosteiro de São Bento (Rio de Janeiro), 1586.
Igreja Nossa Senhora de Montserrat
Interior da Igreja de S. Bento do Rio de Janeiro 
Igreja Nossa Senhora de Montserrat
Capela do Santíssimo Sacramento
Altar de Nossa Senhora da Conceição
Mosteiro de São Bento de Santos, 1649.
Mosteiro de São Bento em João Pessoa, na Paraíba, 1596.
Mosteiro de São Bento em São Paulo, 1598.
FRANCISCANOS
A Ordem Franciscana era responsável pela administração dos Santos Ofícios, à população já cristã, além de cuidar dos sepultamentos.
Evangelização dos índios e atendimentos dos colonos. 
A partir de 1585, inicia-se as atividades regulares da Ordem, com a fundação do primeiro convento, Nossa Senhora das neves, em Olinda.
1584 – Chegada dos Franciscanos
Principais características dos conventos franciscanos:
Igreja com nave única alongada, precedida por um pórtico com arcadas em arco pleno, sempre com número ímpar de vãos.
A nave única poderia ser arrematada por capela-mor mais estreita, secundada pela sacristia.
Incluíam um pórtico ou nártex, como elemento de transição entre o exterior e o ambiente de oração.
O claustro dispunha-se lateralmente, em torno de um pátio interno, para o qual se voltavam os aposentos, distribuídos em dois pavimentos.
Uma única torre sineira, recuada em relação ao alinhamento da fachada.
Comum a presença de adro com cruzeiro.
Convento franciscano de Olinda, 1585.
Convento franciscano de Olinda, 1585
Sacristia e pátio interno.
Convento franciscano de Salvador, 1587.
Igarassu - Igreja de Santo Antônio e Convento dos Franciscanos, 1578. 
Convento franciscano de João Pessoa, 1589.
Convento franciscano de João Pessoa, 1589.
Igreja e Convento de São Francisco, 1591, Vitória, ES.
Igreja e Convento de São Francisco, 1591, Vitória, ES.
Convento franciscano do Rio de Janeiro, 1606.
Igreja São Francisco da Penitência
Igreja do convento em estilo barroco.
O Convento Franciscano de Santo Antônio  é o sétimo convento franciscano erigido no Brasil, e o quarto sob a invocação de Santo Antônio de Lisboa, sendo uma das construções mais antigas ainda existentes na cidade do Recife. Sua origem remonta a 28 de outubro de 1606
Convento franciscano de São Paulo, 1639.
Convento São Bernardino de Sena e Capela da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência - Inaugurado em 1763 em substituição ao antigo convento franciscano da Cachoeira. Funcionouregularmente até o ano de 1859.
Convento franciscano de Penedo
Terceira fase: construção de igrejas e capelas das irmandades e confrarias 
Ao longo do séc. XVIII, poucos edifícios das ordens religiosa iniciaram novas obras, optando pela conclusão das já iniciadas no século anterior, imbuídos, no entanto, das novas tendências na Europa e adaptadas na Colônia.
Grande crescimento arquitetônico ligado à exploração das riquezas em Minas Gerais. Sem a presença de conventos ou mosteiros, encontramos capelas e igrejas para abrigar seus oragos e padroeiros.
No litoral, a crescente importância das ordens e confrarias refletia-se na qualidade de seus respectivos templos.
As primitivas capelas, são substituídas por edificações independentes, externas ao espaço original, porém geralmente no mesmo sítio.
Principais características
Nave única retangular, com corredores laterais
Púlpitos
Capela-mor anexada à sacristia.
Pavimento superior abrigava as tribunas.
Coro sobre o nártex, com acesso às torres sineiras, depósitos e consistório.
A arquitetura produzida a partir de meados do séc. XVIII, genericamente denominada barroca, contou com manifestações singulares que incluíam resquícios do maneirismo dos séculos anteriores, o dinamismo espacial do barroco propriamente dito e a decoração superficial do rococó.
OUTRAS OBRAS
Catedral de Salvador (1657-1672). Construída em pedra-de-lióz portuguesa. Embora sua construção tenha demorado mais de um século, não se afastou muito do projeto inicial de Francisco Dias. 
Interior da Catedral de Salvador (1657-1672). Atual Catedral Metropolitana. 
Igreja Nossa Senhora da Conceição da Praia,1765, Salvador. Construída com pedras-de-lioz cortadas em Portugal conforme o projeto do engenheiro Manuel Cardoso de Saldanha. São Excepcionais as torres que avançam diagonalmente com relação a fachada.
Forro pintado por José Joaquim da Rocha (1737-1807).
N. S. da Saúde e da Glória. Salvador. S. José Trabalhando como o Menino Jesus
Pintura de Costa Filgueira, 1769
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, Salvador 
N. S. do Carmo. Recife, 1767
Igreja
 
N
.
 
Sra
.
 
da
 
Glória
 
do
 
Outeiro
 
 
•
Eng
.
º
 
José
 
Cardoso
 
Ramalho
.
 
•
Uma
 
das
 
primeiras
 
igrejas
 
barrocas
 
com
 
planta
 
poligonal
.
 
Igreja de S. Francisco de Paula (1759) 
 
 
 
 
 
Igreja N. Sra. Do Rosário, em Ouro Preto, 1715. 
Igreja Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto. 
Igreja de N. Sra. Do Ó, em Sabará, início do século XVIII. 
 
 
Aleijadinho, Santo Antônio de Tiradentes, 1810 	 Pormenor da platibanda da igreja 
Nos anos de 1700, surge o AJeijadinho (Antônio Francisco Lisboa), destaca-se pela beleza de suas obras, tanto de arquitetura quanto de esculturas.
Aleijadinho, S. Francisco de Ouro Preto. Sec. XVIII. 
 Medalhão com N. Sra. da Conceição 
Mestre Athaíde (1762-1830) : Assunção da Virgem, Igreja de São Francisco de Ouro Preto. 
Igreja Nossa Senhora do Carmo, Ouro Preto. Aleijadinho fez modificações no frontispício e projeto original, esculturas de sobre porta e do lavatório da sacristia, da tarja do arco do cruzeiro, altares laterais de s. João Batista e Nossa Senhora da Piedade. 
Interior da Igreja Nossa Senhora do Carmo, Ouro Preto 
Igreja de Bom Jesus dos Matosinhos, Congonhas do Campo.
O Barroco brasileiro, praticamente ignorado no correr do século XIX, foi redescoberto no século XX; seus monumentos, suas cidades foram tombadas e têm merecido a atenção de especialistas do Brasil e do estrangeiro (como o historiador de arte, francês, Germain Bazin). 
Profetas de Aleijadinho, Congonhas do Campo

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