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filosofia 6-73

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Capitdo terceiro - O historicismo alem&o, de Wilhelm Dilthey a Meinecke 
embora confusamente formulada s privada de 
fundamento gnosiologico, b a grande obra de 
Platdo, qus em sua teoria das idbias exp6s 
uma das solu<bss tipicas do problema sujeito- 
objeto. 
G. Simmsl, 
0s problemas Fundamentois do hlosofio. 
Distin@o entre civilizag6o 
e cultura 
- 
R Z~v~l~sat~on (civiliza<do) O a reorga- 
nizagdo do noturaza afetuado por urn inte- 
lecto (corn suas lnvan~dss) "irnpalido pala 
vontada de viclo, orientado para o irtil" R 
Kultur (cultura) ss tern onde o hornern "cria 
ou procura algurno com de born e de belo 
por si rn@srno, ou ~ n t d o procura o verdodeiro 
por si rnasrno". 
Nos distinguimos, com Troeltsch, dos 
valores de vida inferiores, puramente animais, 
que para o historiador podem ser considerados 
apenas os superiores, valores espirituais de 
vida ou valores culturais, que formam a esfe- 
ra de interesses propria do historiador, cuja 
comprsensdo constitui sua meta mais elevada. 
Ndo compreendsmos sob o termo espirito sim- 
plesmente o psiquico, e sim, no sentido antigo, 
a vida psiquica superiormente desenvolvida, 
exatamente aquilo que distingue, sscolhe e 
julga, e por meio da qua1 brota a cultura. Cultu- 
ra 6, portanto, manifesta@o e irrupgdo de um 
elemento espiritual dentro do conexdo causal 
universal. Entre a vida humana de tipo cultural 
s a de tipo natural encontra-se urn Bmbito 
intermedi6rio qua participa de ambos, que 
indicamos com o noms que est6 se tornando 
ssmpre mais geral de civi lizagdo (Zivilisotion), 
s o distinguimos do mais elevado de Kultur 
espiritual, no ssntido mais completo do terrno, 
enquanto um uso linguistico muito incsrto, mas 
tamb6m muito difundido, rnistura os dois ter- 
mos um com o outro. A Zivilisation levanta-se 
alhm da pura natureza: esta 6 reorganizada 
pelo intelecto impelido pela vontade de vida, 
orientado para o util. 0 6mbito intsiro das in- 
vsngbes tbcnicas psrtencs em primeiro lugar a 
isso. Como invan@es, como produ<das ds um 
cbrebro espirituolmente produtivo e original elas 
sdo tamb6m produgbes culturais. Todavia pode- 
se sxplica-las tambhm biologicaments, com 
bass naquilo que se chama de "adapta@o". 0 
proprio ato das inven<bes tam, portanto, uma 
components biologics e uma de tipo cultural. 
E uma vez produzidas, aplicadas e difundidas. 
elas ameapm, quando uma vida espiritual 
independente ndo as sustenta, recair na pura 
naturalidads, porque uma esp6cie ds tbcnica 
aplicada encontra-se tambhm junto aos animais. 
Tentsi representar esss Bmbito intermadidrio do 
utilitkrio am urn exemplo, a razdo de Estado. 
0 historiador tar6 de ocupar-se continuaments 
disso, ndo so porque a maior parte das causa- 
lidades, que els deve pesquisar, pertencsm a 
ele, mas tamb6m porqus os desenvolvimentos 
de fatos nele podem, com frequhcia de mod0 
imperceptival, se tornar produg6ss culturais. 
Deve - sim, ndo temos outra palavra - fazer a 
alma vibrar, para que o puro util se torne 0190 
de belo ou de bom. De outra forma ele perma- 
nece pura produq5o intelectual, sem alma, sem 
espirito, pura Zivilisotion e nBo cultura. R cultura 
entro apenas onde o homem, com toda a sua 
interioridode, ndo apenas com o querer e o in- 
telecto, empreende a luta com a natureza; onde 
ele age ovaliondo, no sentido mais elevado do 
termo; onde ele cria ou procura 0190 de bom 
ou de belo em si mesmo, ou entdo procura o 
verdadeiro am SI mesmo. Tudo aquilo qua el@, 
neste sentido, faz, avaliando, torna-se precioso 
tambbm para o historiador, atesta-lhe a conti- 
nuidade e a fertilidade do elemento sspiritual 
na historia, mostra-lhe o caminho qua o desdo- 
bramento daquele mesmo elemento tomou at6 
ele. Mas, para compreend6-lo totalmknte, ale 
dsve, como diziamos, pesquisar tambhm todo 
o Bmbito do desenvolvirnento causal dos fatos, 
que em grands parts ndo t&m nada a var com a 
cultura. Em sua representa<do, se esta procede 
retamente, aquilo que est6 ligado aos valores e 
6 provido de valor brilhard apenas vez ou outra, 
exatamente como na vida, como uma flor rara 
naquilo qua cresce comumente. 
F. Msinscke, 
PClginas de h~storiogroha 
e de filosofio da historia.

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