Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Capitdo terceiro - O historicismo alem&o, de Wilhelm Dilthey a Meinecke embora confusamente formulada s privada de fundamento gnosiologico, b a grande obra de Platdo, qus em sua teoria das idbias exp6s uma das solu<bss tipicas do problema sujeito- objeto. G. Simmsl, 0s problemas Fundamentois do hlosofio. Distin@o entre civilizag6o e cultura - R Z~v~l~sat~on (civiliza<do) O a reorga- nizagdo do noturaza afetuado por urn inte- lecto (corn suas lnvan~dss) "irnpalido pala vontada de viclo, orientado para o irtil" R Kultur (cultura) ss tern onde o hornern "cria ou procura algurno com de born e de belo por si rn@srno, ou ~ n t d o procura o verdodeiro por si rnasrno". Nos distinguimos, com Troeltsch, dos valores de vida inferiores, puramente animais, que para o historiador podem ser considerados apenas os superiores, valores espirituais de vida ou valores culturais, que formam a esfe- ra de interesses propria do historiador, cuja comprsensdo constitui sua meta mais elevada. Ndo compreendsmos sob o termo espirito sim- plesmente o psiquico, e sim, no sentido antigo, a vida psiquica superiormente desenvolvida, exatamente aquilo que distingue, sscolhe e julga, e por meio da qua1 brota a cultura. Cultu- ra 6, portanto, manifesta@o e irrupgdo de um elemento espiritual dentro do conexdo causal universal. Entre a vida humana de tipo cultural s a de tipo natural encontra-se urn Bmbito intermedi6rio qua participa de ambos, que indicamos com o noms que est6 se tornando ssmpre mais geral de civi lizagdo (Zivilisotion), s o distinguimos do mais elevado de Kultur espiritual, no ssntido mais completo do terrno, enquanto um uso linguistico muito incsrto, mas tamb6m muito difundido, rnistura os dois ter- mos um com o outro. A Zivilisation levanta-se alhm da pura natureza: esta 6 reorganizada pelo intelecto impelido pela vontade de vida, orientado para o util. 0 6mbito intsiro das in- vsngbes tbcnicas psrtencs em primeiro lugar a isso. Como invan@es, como produ<das ds um cbrebro espirituolmente produtivo e original elas sdo tamb6m produgbes culturais. Todavia pode- se sxplica-las tambhm biologicaments, com bass naquilo que se chama de "adapta@o". 0 proprio ato das inven<bes tam, portanto, uma components biologics e uma de tipo cultural. E uma vez produzidas, aplicadas e difundidas. elas ameapm, quando uma vida espiritual independente ndo as sustenta, recair na pura naturalidads, porque uma esp6cie ds tbcnica aplicada encontra-se tambhm junto aos animais. Tentsi representar esss Bmbito intermadidrio do utilitkrio am urn exemplo, a razdo de Estado. 0 historiador tar6 de ocupar-se continuaments disso, ndo so porque a maior parte das causa- lidades, que els deve pesquisar, pertencsm a ele, mas tamb6m porqus os desenvolvimentos de fatos nele podem, com frequhcia de mod0 imperceptival, se tornar produg6ss culturais. Deve - sim, ndo temos outra palavra - fazer a alma vibrar, para que o puro util se torne 0190 de belo ou de bom. De outra forma ele perma- nece pura produq5o intelectual, sem alma, sem espirito, pura Zivilisotion e nBo cultura. R cultura entro apenas onde o homem, com toda a sua interioridode, ndo apenas com o querer e o in- telecto, empreende a luta com a natureza; onde ele age ovaliondo, no sentido mais elevado do termo; onde ele cria ou procura 0190 de bom ou de belo em si mesmo, ou entdo procura o verdadeiro am SI mesmo. Tudo aquilo qua el@, neste sentido, faz, avaliando, torna-se precioso tambbm para o historiador, atesta-lhe a conti- nuidade e a fertilidade do elemento sspiritual na historia, mostra-lhe o caminho qua o desdo- bramento daquele mesmo elemento tomou at6 ele. Mas, para compreend6-lo totalmknte, ale dsve, como diziamos, pesquisar tambhm todo o Bmbito do desenvolvirnento causal dos fatos, que em grands parts ndo t&m nada a var com a cultura. Em sua representa<do, se esta procede retamente, aquilo que est6 ligado aos valores e 6 provido de valor brilhard apenas vez ou outra, exatamente como na vida, como uma flor rara naquilo qua cresce comumente. F. Msinscke, PClginas de h~storiogroha e de filosofio da historia.
Compartilhar