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Su Wen livro 2

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O Tão era praticado pelos sábios e admirado pelos 
ignorantes. A obediência às leis, do Yin e do Yang signi-
fica vida; a desobediência, significa morte. Os obedientes 
dominarão, enquanto os desobedientes viverão em desor-
dem e confusão. Tudo quanto é contrário à harmonia com 
a Natureza é desobediência e eqüivale a rebelião contra 
a Natureza. 
Por isso, os sábios não tratavam aqueles que já esta-
vam doentes e instruíam aqueles que ainda não estavam 
doentes. Não queriam guiar aqueles que já eram rebeldes; 
guiavam aqueles que ainda não eram rebeldes. É este o 
significado de toda a discussão precedente. Administrar 
remédios a doenças que já se desenvolveram e reprimir 
revoltas que já eclodiram, é comparável ao comporta-
mento daquelas pessoas que começam a abrir um poço 
depois de terem sede, ou daquelas que começam a fun-
dir armas depois de já se terem lançado na batalha. Não 
chegarão estas acções demasiado tarde? 
3. Tratado sobre a Relação da Força da Vida 
com o Céu 
O Imperador Amarelo disse: 
— Desde os tempos mais remotos que a relação com 
o Céu tem sido o próprio fundamento da vida, funda-
mento que existe entre o Yin e o Yang e entre o Céu 
e a Terra e dentro dos seis pontos C1)- A exalação celes-
tial prevalece nas nove divisões (4), nos aove orifícios O, 
(*) Os seis pontos são: os quatro pontos cardeais, o nadir e 
o Zénite. 
<«) As nove divisões da China, estabelecidas por Yü, o Grande. 
O Os nove orifícios são: os olhos, os ouvidos, as narinas e a 
boca, correspondendo ao princípio masculino (Yang), e os dois 
orifícios inferiores, o ânus e a uretra, correspondendo ao femi-
nino (Yin). 
18 
nas cinco vísceras e nas doze articulações; todos eles são 
permeados pela exalação do Céu. 
«A-.vida tem o número cinco; a exalação tem o número 
três (*). Se as pessoas procedem contrariamente a estes 
fàctores, influências nocivas prejudicarão a espécie 
humana. A boa conduta, neste sentido, é o alicerce da 
longa vida. Assim como a exalação do céu azul é calma, 
assim a vontade e o coração dos puros conhecerão a paz 
e a exalação do Yang será estável naqueles que se man-
tiverem de harmonia com a Natureza. Mesmo que existam 
espíritos nocivos, não poderão molestar os que obedecerem 
às leis das estações. Portanto, os sábios preservaram o 
espírito natural e mantiveram-se de harmonia com a exa-
lação do Céu, ficando assim em comunicação directa com 
o Céu. 
«Os que não mantiveram essa comunicação ficarão com 
os nove orifícios fechados do interior; o desenvolvimento 
dos seus músculos e da sua carne será obstruído do exte-
rior, e o hálito de protecção perder-se-á para eles. A isso 
chama-se, pois, "prejudicar o próprio corpo e destruir a 
própria força vital". 
«A atmosfera do Yang é similar para o Céu e para o 
Sol. Os que perdem esta atmosfera encurtam a vida e 
não a prolongam. Os movimentos do Céu são iluminados 
pelo Sol. O Yang sobe para proteger o corpo do homem 
externamente. 
«No frio do Inverno, devemo-nos mexer com muito 
cuidado, e se nos comportarmos, movermos e descansar-
mos como se estivéssemos assustados, o nosso espírito e 
exalação de vida tornar-se-ao instáveis. 
«No. calor do Verão, se a transpiração é irregular, as 
pessoas ofegam ruidosamente; mas quando se acalmam 
(») Os três fàctores. clima celestial, espírito subtil da terra 
e sorte. 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
tornam-se confusas. O seu corpo assemelha-se então a 
carvões acesos e a doença só pode ser afastada pela trans-
piração. 
«No tempo húmido do Outono as pessoas têm a sen-
sação de que a sua cabeça está envolta cm ligaduras 
apertadas, o calor do corpo é expelido e, consequente-
mente, os grandes músculos contraem-se, enquanto os 
pequenos músculos se tornam frouxos e alongados. A con-
tracção causa cãibras; a frouxidão e o alongamento, para-
lisia. 
«Em tempo de vapores quentes e húmidos ocorrem 
inchaços e os quatro elementos de ligação do corpo (7) 
sofrem sucessivamente em conseqüência disso e exaurem 
a força do Yang. Quando a força do Yang se esgota sob 
a pressão do excesso de trabalho e da fadiga, a essência 
do corpo reduz-se e as aberturas do corpo são obstruídas 
e as secreções retidas. Isto causa doença e angústia, no 
Verão. Depois os olhos das pessoas cegam e elas não 
podem ver. Os ouvidos fecham-se-lhes e elas não podem 
ouvir. Sentem-se confusas, como se estivessem num estado 
de colapso completo, e a sua vontade enfraquece conti-
nuamente. Este estado é irreversível, não se pode conter. 
«Se a atmosfera do Yang é exposta a grande cólera, a 
força vital do corpo interrompe-se e o sangue sobe violen-
tamente e causa vertigens. 
«Quando as pessoas contraem uma doença muscular, 
os músculos tornam-se frouxos, como se deixassem de 
existir. 
«Se as pessoas transpiram apenas parcialmente, con-
traem ama paralisia parcial. 
«Quando a respiração se torna visível e se mistura com 
a humidade, verificam-se erupções cutâneas e o estado 
(*) Os quatro elementos são: os músculos, os ossos, o sangue 
e a carne 
geral enfraquece. Se uma pessoa transpira quando está 
fisicamente fatigada, torna-se sensível a ventos maus, que 
causam erupções na pele, erupções que, irritadas, se trans-
formam em chagas. 
«A essência da força do Yang protege o espírito; a sua 
suavidade protege os músculos. Se a atmosfera dó Yang 
não se pode abrir e fechar livremente, o ar frio advirá 
e o resultado será uma grande deformidade (corcunda). 
O pulso profundo provoca úlceras que são transmitidas 
à carne, e a exalação dos duetos enfraquece e determina 
uma propensão para as pessoas se assustarem facilmente. 
Se a atmosfera dos principais duetos não está de harmo-
nia com o sistema da carne, haverá úlceras e inchaços. 
Nessas circunstâncias, a transpiração do espírito animal 
não consegue chegar ao exterior, o corpo debilita-se, a 
força vital dissolve-se, os pontos acupuncturais fecham-se 
e sobrevêm gases e febres intermitentes. 
«Os ventos são causa de uma centena de doenças. 
Quando as pessoas estão calmas e limpas, a sua pele e 
a sua carne estão fechadas e protegidas. Nem mesmo um 
forte temporal, aflições ou veneno conseguem molestar 
as pessoas que vivem de acordo com a ordem natural. 
«Se uma doença se prolonga durante muito tempo, 
existe o perigo de que alastre e, então, as partes supe-
rior e inferior do corpo não podem comunicar; em tais 
casos, nem mesmo os médicos hábeis conseguem ajudar 
o doente. 
«Sc o Yang se acumula em excesso, a pessoa morre da 
doença disso resultante. Se a força do Yang é bloqueada, 
torna-se necessário desfazer a obstrução. Se a pessoa não 
a drena por completo e não se liberta da matéria perni-
ciosa, haverá destruição. A força do Yang deve deslo-
car-se todos os dias no sentido do exterior. 
«Ao nascer do dia, a exalação do homem anima-se; ao 
meio-dia, * exalação do Yang é a mais abundante; quando 
 
20 21 
o Sol st desloca para o Ocidente, o Yang declina, a sua 
força torna-se insubstancial e a porta da exalação fecha-se 
Por isso, a atmosfera do Yang deve ser protegida contra 
más influências, para que estas não possam prejudicar os 
músculos e a carne, e as pessoas não devem expô-los ao 
orvalho e à névoa do anoitecer. Se uma pessoa procede 
contrariamente a estas três divisões do tempo, o seu 
corpo exaurir-se-á e enfraquecerá.» 
Ch'i Pó disse: 
— O Yin acumula essência e prepara-a para ser usada. 
o Yang actua como protector contra perigos exteriores 
e deve, portanto, ser forte. Se o Yin não é igual ao Yang. 
o pulso torna-se fraco e doentio e causa loucura. Se o 
Yang nio é igual ao Yin, as exalações contidas nas cinco 
vísceras entram em conflito umas com as outras e a cir 
culação cessa no âmbito dos nove orifícios. Por esta 
razão, os sábios arranjaram maneira de o Yin e o Yang 
estarem em harmonia. Fizeram com que os seus mus 
culos e os seus pulsos estivessem de harmonia, fortalece-
ram os ossos e a medula e tornaram o hálito e o sangue 
obedientes à lei da Natureza, para que os órgãos inter-
nos e externosfossem harmoniosos entre si e as influên 
cias nefastas não pudessem fazer nada que causasse mal 
Assim, os ouvidos e os olhos ouvem e vêem bem e a força 
vital do homem permanece no seu estado primitivo. 
«Se o vento entra no corpo e esgota a exalação do 
homem, a sua essência perder-se-á e as más influências 
prejudicar-lhe-ío o fígado. Se o 'homem se aquece em 
demasia, os músculos e as pulsações desmoronam-se e os 
seus intestinos adoecem e expelem sangue. Se o homem 
bebe em demasia, a soa força vital torna-se desregrada. 
Aqueles que se entregam a excessos sexuais prejudicam 
a força dos rios e os lombos. O princípio essencial do 
Yin e do Yang consiste em preservar o elemento Yang 
e torná-lo forte. Se os elementos não se harmonizam e 
unem, então será como se a Primavera não tivesse Outono 
e como se o Inverno não tivesse Verão. Mas se se har-
monizam e unem, a esta harmonia chama-se "o sistema 
dos sábios". 
«O Yang de uma pessoa pode ser forte, mas se não 
for perfeitamente preservado a exalação do Yin esgo-tar-
se-á. Quando o Yin se encontra num estado de tran-
qüilidade e o Yang perfeitamente preservadoj o espírito 
de uma pessoa está em perfeita ordem. Se o Yin e o 
Yang se separam, a essência e a força vital são destruí-
das. Se, então, o orvalho e o vento vespertinos tocam 
numa pessoa, causam arrepios e, febre. É assim que o 
vento prejudica, e depois as influências nefastas perma-
necem no corpo e provocam um derrame. 
«Se uma pessoa é lesada no Verão pelo calor, no Outono 
contrai febre intermitente. Se uma pessoa é lesada no 
Outono pela humidade, esta sobe à parte superior do 
corpo e causa tosse, que se transforma em paralisia 
(impotência). Se uma pessoa é lesada no Inverno pelo 
frio rigoroso, sofre da doença do calor na Primavera. 
A exalação das quatro estações lesa as cinco vísceras de 
formas várias. 
«O que é produzido pelo Yin tem origem nos cinco 
sabores; os cinco órgãos que regulam as funções do 
corpo (8) são lesados pelos cinco sabores. Assim, se a 
acidez exceder os outros sabores, o fígado será forçado 
a produzir saliva em excesso e a força do baço será redu-
zida. Se o sal exceder os outros sabores, os ossos grandes 
ficarão fatigados, os músculos e a carne tornar-se-ão defi-
cientes e o espírito desanimará. Se o doce exceder os 
outros sabores, a respiração do coração será asmática e 
cheia, o aspecto negro e a força dos rins desequilibrada. 
(8) Estes cinco órgSos são: ouvidos, nariz, língua, olhos e pele - 
isto é, os cinco sentidos. 
23 
Se o amargo exceder os outros sabores, a atmosfera do 
baço tornar-se-á seca e a do estômago densa. Se o acre 
exceder os outros sabores, os músculos e o pulso tor-nar-
se-ão frouxos e .o vigor padecerá. 
«Portanto, se as pessoas prestarem atenção aos cinco 
sabores e os misturarem bem, os seus ossos permanece-
rão direitos, os seus músculos flexíveis e jovens, a sua 
respiração e o seu sangue circularão livremente, os seus 
poros apresentarão uma textura perfeita e, consequente-
mente, a essência da vida encherá a sua respiração e os 
seus ossos. 
«Se, além disso, as pessoas respeitarem cuidadosamente 
o Tão como se fosse uma lei, terão uma vida longa.» 
4. Tratado sobre a Verdade da Caixa Dourada 
Huang Ti perguntou: 
— Há oito ventos no Céu e há cinco espécies diferen 
tes de ventos nas artérias. Como se pode explicar isso? 
Ch'i Pó respondem 
— Quando há mal resultante dos oito ventos, esse mal 
torna-se o vento daí veias e afecta as cinco vísceras; esse 
mal causará doença. 
«A chamada regre da regulação das quatro estações 
consiste em que a Primavera regula o Verão Tardio, o 
Verão Tardio regula o Inverno, o Inverno regula o Verão, 
o Verão regula o Outono e o Outono regula a Primavera. 
É esta a chamada regulação das quatro estações. 
«O vento leste sopra na Primavera; a sua doença loca-
liza-se no fígado e verificam-se perturbações na garganta 
9 no pescoço. O veato sul sopra no Verão; a sua doença 
localiza-se no coração e verificam-se perturbações no peito 
e .nas costelas. O vento oeste sopra no Outono: a sua 
doença localiza-se nos pulmões e verificam-se perturòa- 
ções nos ombros e nas costas. O vento norte sopra no 
Inverno; a sua doença localiza-se nos rins e verificam-se 
perturbações nos lombos e nas coxas. No centro fica a 
Terra; a soa doença localiza-se no baço e verificam-se 
perturbações na espinha. 
«Assim, a doença resultante da atmosfera da Prima-
vera localiza-se na cabeça; a doença resultante da atmos-
fera do Verão localiza-se nas vísceras; a doença resul-
tante da atmosfera do Outono localiza-se nos ombros e 
nas costas, e a doença resultante da atmosfera do Inverno 
localiza-se nos quatro membros do corpo. 
«Uma doença característica da Primavera é sangrar 
pelo nariz; uma doença característica do meio do Verão 
localiza-se no peito e nas costelas; uma doença caracte-
rística do Verão Tardio é uma descarga das cavidades 
e um resfriamento no centro; uma doença característica 
do Outono é a febre intermitente, e uma doença caracte-
rística do Inverno é a paralisia (convulsões). 
«Por isso, no Inverno as pessoas deviam comportar-se 
de tal modo que na Primavera não sangrassem pelo nariz. 
Assim, nlo adoeceriam na Primavera do pescoço e da 
garganta, não adoeceriam no meio do Verão do peito e 
das costelas, durante o Verão Tardio não teriam uma 
descarga das cavidades e um resfriamento no centro, não 
teriam febre intermitente no Outono nem sofreriam de 
paralisia no Inverno. 
«A essência constitui os alicerces do corpo. Portanto, 
se a essência for bem contida no interior das vísceras, na 
Primavera não surgirá a doença do calor; se as pessoas 
não transpirarem livremente no calor do Verão, terão 
febre intermitente no Outono. Estas são as regras do pulso 
e aplicam-se a toda a gente. 
«Diz-se que existe Yin no Yin e Yang no Yang. Des-
tarte, do princípio da alvorada até ao meio-dia prevalece 
o Yang do Céu, que é o Yang no Yang. Do meio-dia até 
 
24 25 
2. MERIDIANO DO INTESTINO GROSSO (20 pontos 
bilaterais) 
Meridiano Yang: inicia-se na ponta do dedo indicador, percorre a 
mfio, o antcbraço, o braço, o ombro, o pescoço, a face e ter-
mina junto à narina. Actua sobre o Intestino Grosso e suas 
funções de absorpçfio de líquidos e de eliminação de resíduos 
pesados. 
Ponlo de ionificação II iG (Kou Tçheu): doenças do nariz, boca, 
olhos, ouvidos, face. Dores de cabeça. Nevralgias e distúrbios 
reumáticos do braço, ombro e espádua. Furunculose, acne. 
eczema. 
19 
Ponto de dispersão 2 IG (Eu Tsienn) e 3 iG (San Tsienn): estados 
de excitação, congestão cerebral. Doenças dos olhos, nariz, 
laringe. Espasmos intestinais, aerocolia. Dores reumáticas do 
braço e ombro. Diarréia e prisão de ventre. 
Ponto Lo 6 iG (Pienn LI): inquietação, insónia. Conjuntivite. Sur-
dez. acúfenos, coriza, epistaxe. Dores reumáticas dos membros 
superiores. 
Ponte fonte 4 iG (Ro Kou): cefaleia, enxaqueca. Gripe. Coriza 
aguda. Sinusite, rouquidão, epistaxe. Enterite. Eczema, urti-
cária. Paludismo. Depressão nervosa. Anestesia para cirurgia 
cardíaca e apendicectomia. 
l iG: (ponto do dentista): acalma as dores de dentes. Doenças dos 
olhos e ouvidos. Acne. 
7 iG: dores hipogástricas, flatulência, anginas. 
10 iG: cefaleia, todas as indigestôes. Apoplexia, paralisia facial, 
cólera. 
13 iG: paralisia dos quatro membros. 
14 iG: anestesia para loboctomias. 
13 iG: nevralgia e dores reumáticas no braço e no ombro. Hiper-
tensão. Hemiplegia. 
16 »'G: convu2?õe* das crianças. 
20 iG: todas as doenças do nariz: congestão, rinite, sinusite, perda 
do olfacto, rinite alérgica. 
'26 
5ÍG
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ch'i Pó respondeu: 
— A mudança afecía o corpo e, assim, gera doença. Se 
essa doença puder sef vencida, permanecerá invisível e 
insignificante; se não puder ser vencida, tornar-se-á mais 
importante do que a sua causa e muito grave; e a morte 
sobrevirá se se lhe acrescentareminfluências malignas. 
Assim, se uma pessoa procede erradamente em relação 
às estações, o seu procedimento pode permanecer secreto 
e oculto; mas se respeita as leis das estações será consi 
derado notável. 
O imperador exclamou: 
— Excelente! Também ouvi dizer que as influências 
atmosféricas se unem e tomam forma e, por via dessa 
mudança, se podem definir em termos precisos. A revo 
lução do Céu e da Terra e as transformações provocadas 
pelo Yin e pelo Yang exercem os seus efeitos sobre tudo 
quanto existe na Criação. Também podemos obter escla 
recimento acerca da extensão de tal influência? 
Ch'i Pó exclamou: 
— Brilhante pergunta! O Céu é infinito e não pode 
ser medido. A Terra é grande e ilimitada. A fim de 
sabermos de que tamanho são, temos de perguntar ao 
deus Ling Shên, de lhe rogar informações quanto à 
extensão dessas regiões. 
«A erva e a vegetação dão origem às cinco cores; 
nada do que que é visível pode exceder a variedade destas 
cinco cores. A erva e a vegetação também dão origem aos 
cinco sabores; nada pode exceder a delícia destes sabores. 
Os desejos humanos não são iguais: por isso Ioda a gente 
os tem todos ao seu dispor. 
«O homem recebe as cinco influências atmosféricas 
como alimento do Céu e os cinco sabores como alimento 
da Terra. 
«As cinco influências atmosféricas penetram nas nari-
nas, são acumuladas pelo coração e pelos pulmões e 
70 
depois têm permissão de subir. As cinco cores restauram 
a claridade e a luz. Os sons musicais são manifestações 
de talento e habilidade. Os cinco sabores penetram pela 
boca e são armazenados no estômago. Os sabores acumu-
lados alimentam as cinco influências atmosféricas, e 
quando estas influências estão bem misturadas produzem 
saliva. Juntas, todas estas influências ajudam a aper-
feiçoar a mente, que então começa a funcionar esponta-
neamente.» 
O imperador perguntou: 
— Como pode explicar as aparências exteriores das 
vísceras? 
Ch'i Pó respondeu: 
— O coração é a raiz da vida e origina a versatilidade 
das faculdades espirituais. O coração influencia o roslo 
e enche o pulso de sangue. No Yang, o princípio da luz 
e da vida, o coração actua como o Yang maior que per-
meia o clima do Verão. 
«Os pulmões são a origem da respiração e a morada 
dos espíritos animais, ou alma inferior. Os pulmões 
influenciam o cabelo do corpo e exercem efeito sobre 
a pele. No Yang, os pulmões actuam como o Yin Maior, 
que permeia o clima do Outono. 
«Os rins (testículos) chamam à vida o que está ador-
mecido e fechado; são os órgãos naturais para acumular 
e o lugar onde as secreções se alojam. Os rins influenciam 
o cabelo da cabeça e exercem efeito sobre os ossos. No 
Yin os rins acuam como o Yin Menor que permeia o 
clima do Inverno. 
«O fígado causa a máxima fadiga e é a morada da 
alma, ou parte espiritual do homem que ascende ao Céu. 
O fígado influencia as unhas e exerce efeito sobre os 
músculos; gera desejos animais e vigor. O sabor relacio-
nado com o fígado é ácido e a cor relacionada com o 
71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
exterior, não havia funcionários que pudessem guiá-lo e 
corrigir o seu aspecto físico. As influências maléficas 
não podiam penetrar profundamente nesta era tranqüila 
e pacífica. Por isso, os remédios de venenos não eram 
necessários para o tratamento de doenças internas, e a 
acupunctura não era necessária para a cura de doenças 
externas. Portanto, bastava transmitir a Essência e invo-
car os deuses, e era esse o meio de tratar. 
«Mas o mundo de agora é diferente. Desgosto, calami-
dades e mal causam amargura interna, ao mesmo tempo 
que o corpo recebe feridas do exterior. Além disso, as 
leis das quatro estações são descuradas, há desobediência 
e rebelião e há aqueles que violam os costumes do que é 
adequado durante o frio do Inverno e o calor do Verão. 
As reprimendas são inúteis. As influências maléficas 
atacam desde manhã cedo até noite alta, molestam as 
cinco vísceras, os ossos e a medula do interior do corpo, 
e exteriormente molestam a mente e reduzem a sua inte-
ligência e também molestam os músculos e a carne. Dês 
tarte, as pequenas doenças acabam por se tornar graves 
e as doenças graves acabam por redundar na morte. Por 
isso, a invocação dos deuses já não é maneira de curar.» 
O imperador disse: 
— Muito bem! Gostaria de estar perto de uma pessoa 
doente e observar quando a morte ataca. O fim súbito 
da vida enche-me de curiosidade e de dúvidas. Gostaria 
de saber se o momento da morte pode ser fixado tão 
claramente como a luz do Sol e da Lua. 
Ch'i Pó respondeu: 
— Os antigos imperadores tinham a cor da pele e o 
pulso em grande honra. Os primeiros estudiosos procla 
maram a doutrina desses indícios. Em tempos remotos, 
o estudioso regulava-se pelo sistema das quatro estações, 
86 
e nele confiava, guiava-se pela pele e pelo pulso e com-
preendia o seu significado. 
«Os sábios combinavam a água, o fogo, a madeira, 
o metal e a terra, as quatro estações e os oito ventos, 
os quatro pontos cardeais e o zénite e o nadir, e con-
sideravam-se inseparáveis e constantes. Influenciando-se 
mutuamente, sofeiam mudanças e transformações, 
e as pessoas podiam observar a sua força maravilhosa 
e subtil e conhecer as suas necessidades. Assim, se 
alguém quiser conhecer o significado destas forças atrás 
mencionadas, encontrá-las-á expressas na cor da pele e 
no pulso. 
«A cor da pele correlaciona-se com o Sol; o pulso 
correlaciona-se com a Lua. Se uma pessoa for constante 
na busca para descobrir o seu significado, descobrirá a 
importância da cor da pele e do pulso. Mas a cor da pele 
sofre uma mudança de acordo com o pulso respectivo 
das quatro estações, e tal mudança era tida em alta conta 
pelos antigos imperadores, que nesse ponto concordavam 
com os sábios. E assim a morte foi relegada para muito 
longe, ao passo que a vida ficou mais perto. 
«Quando os estudiosos medievais tratavam doenças, 
usavam água quente e tratamento líquido durante dez 
dias, a fim de removerem as cinco doenças da dormên-
cia, que são provocadas pelos oito ventos. Quando este 
tratamento de dez dias não curava a doença, prescre-
viam timo e raízes de ervas. E quando o timo e as raízes 
não causavam nenhum alívio, os ramos mais altos e as 
raízes mais profundas, engolidos como remédio, eram 
considerados eficazes para pôr fim às más influências. 
«O tratamento nesta época passada era muito diferente. 
Não se baseava nas quatro estações; não havia nenhum 
conhecimento do Sol e da Lua e não se fazia nenhum 
exame quanto a obediência ou desobediência às leis da 
87 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
deve-se observar o aspecto do corpo, para verificar se 
está vigoroso ou em deterioração. Devem-se efectuar 
todos estes cinco exames e combinar os seus resultados, 
e depois poder-se-á decidir quanto ao quinhão da vida 
e da morte. 
«O pulso é depósito do sangue. Quando as pulsações 
são longas e acentuadamente prolongadas, a constituição 
do pulso está bem regulada; quando as pulsações são 
breves e sem volume, a constituição do pulso está desre-
gulada; quando o pulso é rápido e contém seis pulsações 
em cada ciclo respiratório, é indício de perturbação do 
coração, e quando o pulso é abundante a doença torna-se 
grave. 
«Quando o pulso superior é abundante, o seu impulso 
é forte; quando o pulso inferior é abundante, indica fla-
tulcncia. Quando o pulso é irregular e trêmulo e as pulsa-
ções ocorrem a intervalos irregulares, o impulso da vida 
enfraquece; quando o pulso é mais do que fraco, mas 
ainda perceptível, o impulso da vida é pequeno. Quando 
o pulso é pequeno e fino, lento e breve como o arranhar 
de uma faca em bambu, indica que o coração está irri-
tado e dorido. 
«Quando a força do pulso é túrbida e a cor perturbada 
como a superfície de um poço fervilhante, é sinal de que 
a doença penetrou no corpo, a cor corrompeu-se e a 
constituição tornou-se frágil. E quando a constituição c 
frágil quebra-se como as cordas de um alaúde e morre.Portanto, é aconselhável que se compreenda a força das 
cinco vísceras. 
«O vermelho tende a servir como forro do branco, 
mas o vermelho-escarlate não tem inclinação para se 
tornar ocra; o branco deseja ser como as penas de um 
ganso e não da cor do sal. O verde deseja ser como o azul 
do céu, mas a brilhante e reluzente superfície do jade não 
108 
quer ser azul-escura. O amarelo deseja ser como as ata-
duras de uma rede estendida para apanhar um galo, mas 
o amarelo não quer ser como o loesse. O preto deseja 
ser como um estrato denso, mas a cor preta da árvore 
do verniz não quer ser como o verde-acinzentado da 
terra. Podem-se deduzir muitas coisas dos subtis e deli-
cados fenômenos das cinco cores e quando estas actuarem 
como atrás se mencionou a vida do paciente não será 
longa. 
«Mas aqueles que são hábeis e inteligentes no exame 
observam todas as criaturas vivas. Distinguem o preto 
e o branco e verificam se o pulso é breve ou longo. Se 
confundem um pulso longo com um pulso breve e tomam 
o branco pelo preto, ou cometem erros similares, isso 
é sinal de que a sua arte e perícia se deterioraram. 
«As cinco vísceras que se encontram no interior do 
corpo devem ser vigiadas. Quando as vísceras internas 
estão viçosas, encontram-se repletas de força vivificante 
e são capazes de resistir a danos e medos, e os sons por 
elas emitidos são harmoniosos, similares aos provenientes 
do interior de uma mansão familiar. Isso significa que o 
ar dentro do corpo é húmido, é como dizer que os sons 
são finos e delicados e o barulho terminou e não poderá 
continuar — e tudo isto significa que as forças vivifican-
tes têm supremacia sobre a doença. 
«Quando a roupa usada por uma pessoa não está bem 
arranjada, isso significa, de acordo com um provérbio: 
o bem e o mal não se podem esconder, quer estejam 
perto, quer longe; assim o querem os deuses. £ quando 
os celeiros e os depósitos não armazenam provisões, é 
como se portas e cancelas não tivessem significado nem 
importância. 
«Quando água e poços não cessam de correr é como se 
a bexiga não fosse capaz de reter líquido. Os que pres- 
109 
 
 
 
 
 
 
 
tarem atenção a estas funções viverão e os que descura-
rem estas funções morrerão, pois as cinco vísceras são 
a fortaleza do corpo. 
«A cabeça é a morada da perícia e da inteligência. 
Quando o homem conserva a cabeça inclinada só vê o 
que está muito em baixo e a sua vitalidade e o seu espí-
rito enfraquecem. 
«As costas são a morada da estrutura do tórax. Quando 
as costas se curvam em conseqüência de transportar 
fardos pesados, o tórax fica arruinado. 
«O meio dos lombos é a morada dos rins. Quando não 
têm a força necessária para transmitir e mudar, os rins 
ficam exaustos. 
«Os joelhos são a morada dos músculos. Quando os 
músculos não têm elasticidade e não se podem erguer e 
dobrar à vontade, desenvolve-se uma corcunda e os mús-
culos deterioram-se. 
«Os ossos são a morada da medula. Quando, durante 
TTiuito tempo, uma pessoa não foi capaz de se manter de 
pé e andar, torna-se bamba e trêmula e os ossos dete-
rioram-se. 
«Quando se preserva a força, a vida está salva; quando 
se descura a preservação da força, isso significa morte.» 
E Ch'i Pó prosseguiu: 
— Aqueles que procedem contrariamente às leis das 
quatro estações e vivem em excesso, têm secreções insu-
ficientes e esbanjam nos seus deveres. Quando ultrapas-
sam a marca no cumprimento dos seus deveres, ou 
quando os cumprem incompletamente, as suas secreções 
são pequenas. Quando o cumprimento dos seus deveres 
é incompleto, vivem em excessão e isso causa esbanja-
mento. E como nessas condições o Yin e o Yang não 
correspondem um ao outro, surge uma doença que se 
sabe influenciar o pulso «barra». 
no 
O imperador perguntou: 
— O pulso não é influenciado pelas quatro estações? 
Como se pode saber onde está localizada a doença? 
Como se pode saber que mudanças é uma doença suscep-
tível de sofrer? Como se pode saber se, ao princípio, uma 
doença está localizada no interior? Como se pode saber 
se ao princípio não poderá estar localizada no exterior? 
Peço-lhe que responda a estas cinco perguntas. Ch'i Pó 
respondeu: 
— Tende em conta, por favor, que o poder do Céu 
é grande e pode mudar o azar em sorte. No exterior de 
toda a criação viva e dentro do Universo há transforma-
ções provocadas pelo Céu e pela Terra e pela inter-rela-
ção do Yin e do Yang. 
«Os dias lépidos e agradáveis da Primavera levam ao 
calor do Verão, e a cólera que uma pessoa pode sentir 
no Outono prepara o caminho para o perdão e para a 
compaixão que sente no Inverno. Esta mudança das 
quatro estações influencia os pulsos superior e inferior. 
«Regular o interior está de acordo com a Primavera; 
ter interiormente o padrão certo de conduta está de 
acordo com o Verão; submeter-se à autoridade está de 
acordo com o Outono, e pesar os direitos inerentes está 
de acordo com o Inverno. 
«O Inverno dura quarenta e cinco dias e durante esse 
período a influência do Yang, o elemento da luz e da 
vida, é fraca no pulso superior e a influência do Yin 
é fraca no pulso inferior. 
«O Verão dura quarenta e cinco dias e durante esse 
período a influência do Yin é fraca no pulso superior 
e a influência do Yang é fraca no pulso inferior. 
«O Yin e o Yang têm os seus períodos respectivos, 
durante os quais influenciam o pulso. Através da sua 
entreajuda durante esses períodos podemos conhecer as 
111 
 
 
 
 
 
 
ções são leves e flutuantes e também dispersas e irregu-
lares, indicam vertigens e visão obscurecida e as pessoas 
arriscam-se a cair, prostradas. 
«Quando as pulsações são todas leves e flutuantes e 
não aceleradas, provêm todas da região do Yang e, por 
isso, indicam febre. 
«Quando as pulsações são pequenas e fortes, provêm 
todas da região do Yin e, por isso, indicam ossos doridos. 
Quando o pulso se apresenta calmo e sereno a doença 
é indicada pelo pulso do pé. 
«Quando, durante certo período de tempo, a doença é 
indicada pelo pulso do Yang, a urina e as fezes secre-
tadas contêm pus e sangue. 
«Todos os entendidos na arte de auscultar o pulso 
sabem que quando ele é fino, lento e breve há um ex-
cesso de Yang, e quando é escorregadio, como seixos a 
rolar numa bacia, há um excesso de Yin. 
«Quando há um excesso de Yang o corpo apresenta-se 
quente e febril e não há transpiração. Quando há um 
excesso de Yin há demasiada transpiração e frios e 
arrepios. 
«Quando se ausculta do lado interno o pulso que indica 
o exterior, e quando este pulso do lado interno não indica 
o exterior, há uma acumulação perniciosa no coração e 
no estômago. 
«Quando se ausculta do lado externo o pulso que indica 
o interior, e quando este pulso do lado externo não 
indica o interior, o corpo está quente e febril. 
«Quando se ausculta o pulso no ponto mais alto e ele 
não desce, isso significa que os lombos e os pés estão 
emaciados (em mau estado). Quando se ausculta o pulso 
no ponto mais baixo e ele não sobe, isso significa que 
existe uma dor na cabeça e no pescoço. 
120 
«Quando, no fim do exame do pulso, a força do pulso 
dos ossos é pequena, isso indica que os lombos c a espi-
nha doem e o corpo padece de dormência.» 
18. Tratado sobre as Manifestações de Saúde no Homem 
O Imperador Amarelo perguntou: 
— Que constitui uma pessoa saudável? 
Ch'i Pó respondeu: 
— O homem tem uma exalação para uma pulsação que 
depois se repete, e tem uma inalação para uma pulsação 
que também se repete. Exalação e inalação determinam 
o bater do pulso. Quando há cinco movimentos respira 
tórios para uma pulsação, isso significa a existência de 
um movimento extra, redundando numa respiração pro 
funda daquilo a que se chama uma pessoa saudável e 
bem equilibrada. Uma pessoa saudável e bem equili 
brada não é afectada pela doença. 
«Os que habitualmente não têm doenças ajudam a 
treinar e a adaptar os doentes, pois os que tratam devem 
estar isentos de doença. Portanto, treinam o paciente 
para se adaptar à sua respiração, e paratreinarem o 
paciente servem de exemplo. 
«Quando uma pessoa tem uma exalação para três mo-
vimentos do pulso e uma inalação para três movimentos 
do pulso, e quando o "cúbito" indica febre, diz-se tratar-
se da "doença quente". Quando o "cúbito" não está 
quente e o pulso é escorregadio, diz-se que se trata de 
uma doença causada pelos ventos (as oito forças moti-
vadoras). Quando as pulsações são pequenas, finas e 
lentas, fala-se de dormência. 
«Quando uma pessoa tem uma exalação para quatro 
movimentos do pulso em cima, isso significa que a morte 
121 
 
 
 
 
derrame no posterior do paciente. Quando o pulso em 
geral e o pulso "cúbito" em particular são ásperos e duros 
e há calor constante, isso indica a existência de febres 
dentro do corpo. 
«Quando, em relação ao fígado, as bases celestes kêng 
hsin se tornam visíveis, isso significa morte. Quando, em 
relação ao coração, as bases celestes jên kuei aparecem, 
isso significa morte. Quando, em relação ao baço, as 
bases celeste chia i se tornam visíveis, isso significa morte. 
Quando, em relação aos pulmões, as bases celestiais 
ping íing se tomam visíveis, isso significa morte. Quando, 
em relação aos rins, as bases celestes wu chi se tornam 
visíveis, isso significa morte. Tudo isto significa que 
todas as vísceras podem causar a morte. 
«Quando o movimento do pulso do pescoço é abun-
dante, ocorre tosse e respiração difícil e diz-se que tal 
é causado por água. Quando há um inchaço minúsculo 
dentro de um olho, como se um bicho-da-seda letárgico 
começasse a tomar forma, diz-se que tal foi causado 
por água. Quando a urina é amarela-avermelhada, em-
bora o paciente descanse calmamente, indica icterícia e 
úlceras. Quando uma pessoa acaba de comer e continua 
a sentir o estômago com fome, é sinal da existência de 
úlceras. Quando o rosto incha, isso é causado por ven-
tos; quando os pés e os joelhos incham, é causado por 
água. Quando os olhos ficam amarelos, chama-se icte-
rícia. 
«A mão da mulher pertence à região do Yin Menor. 
Quando o movimento do seu pulso é grande, ela está 
prenhe. O pulso tem maneiras de indicar se o paciente 
obedece ou desobedece às leis das quatro estações e se 
existem ou não sintomas ocultos. Por exemplo, quando 
na Primavera e no Verão o pulso é fino e quando no 
Outono e no Inverno o pulso é superficial e grande, isso 
126 
indica claramente que o paciente está em desacordo com 
as quatro estações. 
«Mesmo havendo doença e febre, o pulso pode apre-
sentar-se calmo e parado; e mesmo havendo um derrame 
e grande perda de sangue, o pulso pode apresentar-se 
cheio e grande. A doença situa-se no interior quando o 
pulso é vazio e lento, e situa-se no exterior quando, ape-
sar de pequeno e fino, o pulso é vigoroso. Todas estas 
doenças são difíceis de tratar e curar, pois sabe-se que 
são provocadas por oposição às leis das quatro estações. 
O homem utiliza a água e o cereal como base da sua 
existência e, por isso, quando não tem água nem cereal 
não pode deixar de morrer. Quando o pulso não é esti-
mulado pelo estômago, o homem tem igualmente de 
morrer. Os pulsos que não são estimulados pelo estômago 
só obtêm o apoio das vísceras e não a força vital do 
estômago. Nas pessoas privadas da força vital do estô-
mago, o pulso do fígado não é tenso como uma corda 
musical e o pulso dos rins não é áspero e duro como 
uma pedra. 
«Os pulsos das regiões do Yin Menor soam, ao prin-
cípio, próximos, mas depois mudam bruscamente para 
sons mais distantes; ao princípio são curtos e depois 
tornam-se bruscamente mais compridos. 
«Os pulsos das regiões da "Luz Solar" são superficiais 
e grandes e também curtos e sem volume; fazem-se sen-
tir vivamente no dedo que os ausculta e abandonam-no 
rapidamente. 
«Quando o homem está sereno e saudável o pulso do 
coração flui e une-se como as pérolas se unem ou como 
uma fieira de jade vermelho. Então pode-se falar de um 
coração saudável. 
«No Verão, a força vivificadora do estômago é consi-
derada a origem da vida. 
127 
10. MERIDIANO DO TRIPLO AQUECEDOR (23 pon-
tos bilaterais) 
23TR-> ̂
«
» 
22TR- — 
21TR
Meridiano Yang: inicia-se na extremidade do dedo andar, sobe 
pelas costas da mão, antebraço e face póstero-cxterna do 
braço, chega ao ombro, nuca, contorna o pavilhão da orelha 
e termina no fim da sobrancelha. Tem uma função tripla: 
digestiva, cardio-respiratória e genito-urinária. 
Ponto de tonifii-ação 3 TA (Tchong Tchou): cefaieia, debilidade 
geral, depressão. Vertigem, diminuição da audição. Hipoten-
sfio, impotência, amenorreia. Distúrbios reumáticos dos mem-
bros superiores. Anginas. 
Ponto de dispersão 10 TA (Tienn Tsing): hiperactividade, intran-
qüilidade, convulsões. Afecções causadas por preocupações. 
Choque emocional. Distúrbios reumáticos. Insónia, epilepsia 
Taquicardia, hipertensão. Faringite, tosse, expectoração, dores 
na nuca. 
Ponto fonte 4 TA (Yang Tcheu): tendência às lipotimias e espas-
mos. Gastrite, diabetes. Impotência. 
Ponto Lo 5 TA (Oaé Koann): cefaleias devidas a alterações meteo-
rológicas. Câibras. Surdez, acúfenos. Afecções oculares. Dores 
articulares generalizadas. 
1 TA: cefaleias congestivas, vertigens, irísónia, nevralgia do braço 
e do pulso. 
2 TA: congestão da face, anginas. 
6 TA: tremores nervosos. Prurido, eczcma. Anestesia para larin-
gectomia. 
8 TA: surdes. Vermes intestinais, afecções oculares, prostração. 
Anestesia para pneumotomia. 
9 TA: faringite, dores no maxilar inferior, surdez. 
12 TA: reumatismo articular, torcicolo. 
15 TA: afecções agravadas pcío frio e pela humidade, torcicolo. 
4TR--16 TA: congestão da vista, cataratas. 
17 TA: surdez, acúfenos, otalgia, prurido e eczema do conduto. 
Anestesia para pneumectomias. 
20 TA: gengivite, trismo, odontalgia, torcicolo. 
21 TA: surdez, dores de dentes e de ouvidos. 
ÍTR23 TA: cefaieia, visão defeituosa, trismo, nevralgia do trigémeo, 
convulsões. 
129 
128 
 
 
 
 
 
 
cinco vísceras estão doentes, cada qual passa a doença à 
que lhe é inferior. Quando se desconhece o método de 
tratamento e cura, então três são como seis meses, ou 
como três dias e seis dias; a doença alastra pelas cinco 
vísceras e sobrevém a morte, pois está conforme com a 
Natureza que a doença seja transferida às vísceras infe-
riores e que se seguem na ordem. Por isso se diz que se 
deve distinguir entre as três regiões do Yang e ter cons-
ciência das suas doenças desde o princípio. E também se 
deve distinguir entre as três regiões do Yin, a fim de se sa-
berem as datas da vida e da morte. Isto eqüivale a dizer 
que se pode saber o limite da fadiga das vísceras e da sua 
morte conseqüente. 
«Os ventos maléficos contribuem para o desenvolvi-
mento de uma centena de doenças. Quando o vento pre-
sente é frio e atinge o homem, faz com que os cabelos 
do seu corpo se ponham em pé e com que a sua pele se 
arrepie, e o homem fica quente e febril. Nesse momento 
pode transpirar e, assim, expelir as más influências que 
tem dentro de si. Mas também é possível que a donnên-
cia provoque inchaços e dores. Nessa altura podem-se 
aplicar líquidos quentes e ferros quentes e, finalmente, 
recorrer ao fogo, que se utiliza na moxa para cauteriza-
ção, e provocar assim o desaparecimento dos ventos ma-
léficos. 
«Se não se trata esta doença ela entra no corpo e ins-
tala-se nos pulmões, sendo então o seu nome dormência 
dos pulmões, e é caracterizada por uma tosse do tracto 
respiratório superior. Se não se trata dos pulmões, a 
doença alastra mais e afecta o fígado, originando uma 
doença chamada dormência do fígado. Este nome indica 
que também haverá dores no interior dos flancos, quando 
se ingere comida. Se, ao mesmo tempo, se verificar que 
o ouvido está irritado e não se tratar dele, o fígado pas- 
140 
sara a doença ao baço. O nome da doença resultante 
significa que as más influências do baço originam uma 
sensação de fome, mesmo depois de se ter comido, e de 
fadiga, além de uma sensação de ardor no estômago e 
de irritação do coração;e a pele amarelece. 
«Nessa altura, pode-se conter a doença, podem-se admi-
nistrar remédios e aplicar banhos. Mas se tais tratamen-
tos não curam, o baço transmite a doença aos rins. O 
nome da doença resultante disso é hérnia dos intestinos. 
A vítima é o intestino delgado. Este torna-se febril e 
dorido e aparecem secreções brancas. O nome desta 
doença também indica hidropisia. 
«É possível nessa altura conter a doença e administrar 
remédios. Mas se tais tratamentos não curam, os rins 
transmitem a doença ao coração. Os músculos e as arté-
rias desunem-se e desenvolve-se uma doença aguda a que 
se chama "convulsões". Se nesta altura nem a cauteri-
zação pela moxa nem a aplicação de remédios permitem 
a cura, então mesmo depois de tratamento conveniente 
durante dez dias inteiros a morte sobrevém. 
«É que, depois de os rins terem infectado o coração, 
este trata logo de transmitir a doença aos pulmões, onde 
se torna manifesta por arrepios e febres; e a morte sobre-
vém ao fim de três anos. É assim que as doenças atacam 
os órgãos vizinhos uns dos outros. Mas o facto de certas 
doenças terminarem subitamente depois de se terem pro-
pagado, não significa por força que tenham sido trata-
das. É possível que, depois de alastrarem e sofrerem modi-
ficações, já não houvesse mais órgãos secundários. E 
quando já não têm mais órgãos secundários em que pene-
trar, as cinco emoções —desgosto, compaixão, medo, 
alegria e cólera— não se podem transformar nas que 
lhes são secundárias e fazem, assim, com que o homem 
adoeça gravemente. 
141 
11. MERIDIANO DA VESÍCULA BILIAR (44 pontos 
bilaterais) 
Meridiano Yang: inicia-se no ângulo externo do olho, percorre o 
crânio, descrevendo uma série complexa de curvas, chega ao 
ombro, continua pela face lateral do tórax e desce pelo mem-
bro, percorrendo-o por sua face externa para terminar na 
extremidade do quarto dedo do pé. Comanda a função biliar 
total, intra e extra-hepática. 
Ponto de tonificação 43 VB (Kap Ki): cefaleias, insónia. Hipoa-
cusia, acúfenos. Disfuncáo vcsicular, colecistite, atonia vesi-
cular. Dores generalizadas. Vertigens. 
Ponto de dispersão 38 VB (lang f ou): instabilidade psíquica. Cefa-
leias da região temporal. Afecções oculares. Cólica vesicular, 
colecistite, distúrbios funcionais hepáticos. Fatiga. 
Ponto fonte 40 VB (lao Chu): catarata, queratite. Espasmos vas-
culares. Colecistite. Cãibras, espasmos dos gêmeos. Distúrbios 
reumáticos generalizados. 
Ponto Lo 37 VB (Koang Ming): enxaquecas. Acção sobre o lóbulo 
anterior da hipófise. Espasmos vesiculares, colecistite, insufi-
ciência hepática. Anestesia. 
1 VB: cefafeia, nevralgia do trigémeo, doenças oculares. 
2 VB: paralisia facial, surdez, acúfenos, trismo. 
3 VB: paralisia facial, cefaleia, surdez, trismo, nevralgia dentária. 
4 VB: enxaqueca, epílepsia, dores oculares, acúfenos, algias do 
pescoço. 
6 VB: enxaqueca, conjuntivite, gastrite. 
8 VB: cefaleia, arrotos, vômitos, intoxicações. 10 
VB: odontalgia, surdez, acúfenos, bronquite. 12 VB: 
paralisia facial, anginas, trismo, gengivite. 142 
16 VB 17 VB 
• ! 18 VB 
143 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
fica-se com duas angras que se apóiam uma à outra. 
É então recomendável medir as costas. Assim, a primeira 
angra fica na parte superior do corpo. Ao longo da da 
espinha há duas angras na parte inferior do corpo É 
nestas angras inferiores que se devem localizar os 
pulsos. Se repetir esta medida mais para baixo, encon 
tra-se o coração. Uma medida mais abaixo, no canto 
esquerdo, encontra-se o fígado, e no canto direito encon-
tra-se o baço, e outra medida ainda mais abaixo encon 
tram-se os rins. Isto explica as medidas e localizações 
das cinco vísceras para o fim de aplicar o tratamento por 
moxa e picar para a acupunctura. 
Quando o corpo está satisfeito, mas a vontade e a 
ambição estão deprimidas, a doença surge do pulso e para 
a curar deve-se recorrer à moxa e à acupunctura. 
Quando o corpo está satisfeito e repleto de prazer, e 
quando a ambição está satisfeita e feliz, a doença surge 
da carne e para a curar deve-se usar a acupunctura. 
Quando o corpo está angustiado, mas a vontade e a 
ambição estão satisfeitas e felizes, a doença surge dos 
músculos e para a curar usa-se moxa e exercícios respi-
ratórios. 
Quando o corpo está angustiado e a vontade e a ambi-
ção também, a doença surge das dificuldades que a gar-
ganta tem em engolir e tratar. Para curar isso, aplica-se 
toda a espécie de remédios. 
Quando o corpo se assusta e amedronta com freqüên-
cia, a circulação nas artérias e nas veias cessa e a doença 
surge de dormência e falta de sensibilidade. Para a curar 
utilizam-se massagens e remédios preparados com borra 
de vinho. Isto explica os cinco estados do corpo e da 
vontade. 
Quando se pica a região da «Luz Solar», sai sangue e 
ar; quando se pica a região do Yang Maior, sai sangue 
e ar viciado; quando se pica a região do Yang Menor, 
sai sangue pútrido e ar; quando se pica a região do Yin 
Menor, sai ar e sangue; quando se pica a região do Yin 
Absoluto, sai sangue e ar viciado. 
 
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