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1 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS Trabalho Integrado de Ciências Contábeis SÃO PAULO 2021 2 ANA BEATRIZ MAIA S. DA SILVA – T0340D9 ELLEN FERREIRA SANTOS – N3708J8 NATHALIA ALBUQUERQUE NONATO – D820FE1 NATHALIA GIMENEZ TRUJILLO – T862442 ROBERTO ABRAHAO DA SILVA – B794127 APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APS – Atividades Práticas Supervisionadas, apresentado como exigência para a avaliação do 7º/8º semestre, do curso de Ciências Contábeis da UNIP – Universidade Paulista, sob orientação dos professores do semestre. SÃO PAULO 2021 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5 1. ANÁLISE SETORIAL ............................................................................... 6 1.1. Características ......................................................................................... 6 1.2. Economia brasileira e internacional ......................................................... 6 1.3. Potencial de Consumo ............................................................................. 7 1.4. Perspectiva e tendências do setor ........................................................... 8 2. ANÁLISE DA EMPRESA ......................................................................... 9 2.1. Características ......................................................................................... 9 2.2. Concorrências........................................................................................ 10 2.3. Consumidor ........................................................................................... 12 2.4. Comportamento e sazonalidade das Vendas ........................................ 13 2.5. Tecnologia ............................................................................................. 15 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................. 17 3.1. Balanço Patrimonial ............................................................................... 17 3.2. Demonstração Do Resultado Do Exercício (DRE) ................................. 19 3.3. Demonstração Do Fluxo De Caixa (DFC) .............................................. 20 3.4. Notas Explicativas ................................................................................. 21 3.4.1. O que deve constar nas notas explicativas? ...................................... 22 3.4.2. Como Funciona E Para Que Serve A Nota Explicativa? .................... 22 3.4.3. Quais os tipos de Notas Explicativas?................................................ 22 3.4.4. Como fazer uma Nota Explicativa? .................................................... 23 3.4.5. Como são estruturadas? .................................................................... 23 3.5. Análise Vertical ...................................................................................... 24 3.5.1. Análise Vertical do DRE ..................................................................... 25 3.5.2. Análise Vertical do Balanço Patrimonial ............................................. 25 4 3.6. Análise Horizontal .................................................................................. 26 3.7. Análise Por Índice .................................................................................. 27 3.7.1. Índice de Liquidez .............................................................................. 29 3.7.2. Índice de endividamento e estrutura de capitais ................................ 30 3.7.3. Índice de atividade ............................................................................. 33 3.7.4. Índice de Rentabilidade ...................................................................... 35 4. ANÁLISES FINANCEIRAS .................................................................... 38 4.1. Balanço Patrimonial ............................................................................... 45 4.1.1. 2019 X 2018 ...................................................................................... 49 4.1.2. 2020 X 2019 ....................................................................................... 51 4.1.3. Índices de Liquidez ........................................................................... 512 4.1.4. Índices de Endividamento ................................................................ 513 4.1.5. Índices de Atividade ......................................................................... 514 4.1.6. Índices de Rentabilidade .................................................................. 515 CONCLUSÃO ............................................................................................... 557 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 59 5 INTRODUÇÃO O trabalho que iremos apresentar terá como base principal a matéria de Análise Das Demonstrações Contábeis. Para o desenvolvimento do mesmo foi preciso dentre uma vasta opção de empresas, selecionar uma indústria de que mais nos agradasse. Em meio a tantas opções, tomamos como critério escolher uma empresa nacional com uma boa margem de concorrentes nacionais, para assim podermos além de adquirir o conhecimento na prática das análises, termos o conhecimento informativo do desenvolvimento deste ramo no nosso país. O ramo em questão foi o alimentício, pois temos um mercado grande de concorrência tanto nacionais quanto internacionais caso haja um futuro interesse em aprofundamento do assunto. Além desse quesito, a parte de alimentação tem bastantes peculiaridades em uma empresa, que necessita de uma boa gestão para alcançar bons resultados, como qualidade em produtos, diferencial em sabor, preço, atenção em validades e um leque enorme de pequenos pontos que nos trará grandes conhecimentos. Pensando em tudo isso a empresa escolhida foi a BRF S/A com sua matriz situada a Rua Jorge Tzachel, 475 – Itajaí SC. Talvez o nome BRF não seja muito familiar aos ouvidos, mas se falarmos em Perdigão e Sadia não há quem não ouviu falar. Fruto de uma fusão entre duas grandes marcas brasileiras concluída em 2013, a multinacional tem entre seus vários anexos no objeto social, o propósito de industrialização, comercialização, no varejo e no atacado, exploração de alimentos em geral, principalmente os derivados de proteína animal e produtos alimentícios que utilizem a cadeia de frio como suporte e distribuição. Baseando nas informações reais publicadas pela empresa escolhida, teremos a missão de não apenas fazer, mas compreender e tirar o máximo de proveito em conhecimento sobre as análises financeira abordando as Análise Horizontal, Análise Vertical e Análise por Índices. 6 1. ANÁLISE SETORIAL 1.1. Características Podemos definir a análise setorial como um estudo do cenário em que uma empresa está inserida, considerando alguns pontos como o mercado em que atua, os principais concorrentes, o público-alvo e a demanda pelo produto ou serviço que ela oferece. A BRF – Brasil Foods é um grupo com mais de 80 anos de vida. Iniciou-se com a empresa Perdigão, em 1934, formada por duas famílias de imigrantes italianos no interior de Santa Catarina. Logo após isso, em 1940, foi fundada, por Attilio Fontana, em Concórdia (SC), a empresa Sadia. Em 2009 houve a fusão entre as duas empresas, unificando o processo de operações das companhias, dando origem a um dos maiores complexos agroindustriais do mundo, a BRF Brasil Foods S.A. Esse processo de fusão se concluiu em 2013. É umadas maiores empresas globais de alimentos, exportam alimentos para mais de 140 países e tem o propósito de oferecer alimentos de qualidade a todos os consumidores nos mercados interno e externo, que inclui produtos in-natura, industrializados e congelados de carnes, além de massas, pizzas congeladas, margarinas e produtos lácteos. Seus principais concorrentes são JBS, Marfrig, Minerva, Aurora, Danone e Nestlé. A demanda pelo produto que ela oferece é alta, pois as marcas da empresa são consolidadas no mercado, trazendo uma forte vantagem competitiva. 1.2. Economia brasileira e internacional Segundo o balanço da empresa, no ano de 2020 a maior parte da receita veio das vendas no Brasil. A BRF tem a vantagem de ser líder no mercado brasileiro de alimentos e também por ser reconhecida internacionalmente. É uma das maiores produtoras de alimentos à base de proteínas frescas e congelados do mundo, o que permite a grande concorrência no mercado brasileiro e no exterior. 7 Ela está em expansão no mercado global, levando as marcas para diversos locais que eles consideram ser mercados- chave. As marcas que fazem parte do grupo são: Sadia, Perdigão, Qualy, Banvit, Sulina, Kidelli e Balance. Desde 1964 a Sadia iniciou os contratos de exportação de carnes e em 1975 a Perdigão tornou-se uma das pioneiras a exportar frangos. Em 2016 e 2015, as marcas Sadia e Perdigão, respectivamente, foram incluídas entre “As Marcas Mais Valiosas do Brasil”, pela Millward Brown Vermeer. A Sadia é a marca mais valiosa do segmento de alimentos do Brasil, avaliada em US$1,8 bilhões, segundo a Exame/ Brand Finance. Também é a marca mais lembrada em 2020 e a preferida dos consumidores. A Perdigão é a marca que mais cresce em preferência nos últimos anos. A Qualy é a preferida em margarinas e a mais lembrada por mais da metade dos brasileiros, o que a torna líder absoluta da categoria. A Banvit tornou-se a marca preferida entre os consumidores da Turquia, com 54% de preferência, tal como a Sadia no marcado Halal, com 38% de preferência. No mercado Brasileiro houve uma melhoria no mix de produtos, nos canais de vendas e no nível de serviços das entregas. Houve também aumento da produtividade nos centros de distribuição e otimização de reposição dos produtos. Em comparação ao desempenho operacional nos anos de 2019 e 2020, houve alavancagem competitiva, trazendo crescimento na geração de negócios, com rentabilidade. Houve recorde no resultado atingido com receita líquida de R$20.985 milhões e crescimento de 20,0% a/a. No mercado Internacional houve uma queda de 5,2% a/a na receita líquida em 2020 comparado a 2019. Essa queda ocorreu por conta dos efeitos que a COVID-19 trouxe ao mercado de exportações diretas. 1.3. Potencial de Consumo A BRF possui uma ampla rede de distribuição dos alimentos no Brasil e nos mercados internacionais. Possuem unidades de abate que estão estrategicamente 8 localizadas em diferentes regiões do Brasil (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e há vários centros de distribuição, o que facilita a entrega em praticamente qualquer região brasileira. Também exportam produtos para mais de 140 países e estão em ampliação. Foram realizados projetos para que houvesse aumento no consumo e crescimento da empresa, tais como: Projetos para atendimento de demanda de industrializados no Mercado Interno, com destaque para os investimentos na Fábrica de Seropédica (RJ), e aumento de capacidade produtiva em Uberlândia (MG) e Tatuí (SP); Aumento de produção de itens in natura para atendimento de demanda de Mercado Interno e Externo, com destaque para investimento em adequações nas unidades de Mineiros (GO) e Chapecó (SC); Projeto de ampliação de produção de ovos em Uberlândia (MG). Com esses aperfeiçoamentos, houve aumento de atuação no mercado em que já estavam presentes e em novos locais. 1.4. Perspectiva e tendências do setor A BRF quer crescer novamente e prosperar ainda mais. O propósito dela é levar alimentos de qualidade, saborosos e práticos a milhões de pessoas em todo o mundo. Foi apresentada, em Dezembro de 2020, a Visão 2030, onde ela propõe ser uma empresa de alimentos ainda mais global, líder nos segmentos em que atua, com marcas fortes, inovadora e em constante evolução, que respeita os compromissos e princípios socioambientais, de governança e financeiros. O foco dela é agregar valor com produtos cada vez mais práticos e saborosos, marcas fortes, qualidade e confiabilidade. A Visão 2030 tem como princípio fazer da BRF cada vez mais uma empresa de Alimentos de Alto Valor Agregado. Ela espera ao final do ciclo atingir R$100 bilhões de Receita Líquida com margem EBITDA acima de 15%. 9 2. ANÁLISE DA EMPRESA 2.1. Características Em se falar de BRF, poucos sabem de quem se refere. A empresa multinacional brasileira no ramo alimentício tem seu maior conhecimento pelas empresas fundadoras. Não há quem não conheça a Sadia, a Perdigão, entre outras que fazem parte do conjunto da empresa. A história que se tem por trás desse grande fenômeno é longa, iniciando em 1934 com a fundação da primeira das marcas. No decorrer dos anos podemos contar diversos acontecimentos que fizeram ser tão reconhecida como hoje, as conquistas no mercado interno, os lançamentos de produtos de sucesso, a primeira exportação e a fusão das marcas. Atualmente a BRF alcançou a marca de 22,7 bilhões de reais em vendas, sendo 40% delas destinadas ao mercado exterior. Ainda se tornou a terceira empresa exportadora do Brasil, sendo a maior exportadora de aves e líder na produção global de proteínas, com 9% da comercialização mundial. Informação adquirida no site da brf. Missão: Participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos, com qualidade, inovação e a preços acessíveis, em escala mundial. Visão: Sermos uma das maiores empresas de alimentos do mundo, admirada por suas marcas, inovação e resultados, contribuindo para um mundo melhor e sustentável. Valores: Nossos valores representam a base do desenvolvimento de nossos negócios - Integridade como base de qualquer relação - Foco no consumidor é ingrediente fundamental do nosso sucesso - Respeito pelas pessoas nos faz ainda mais fortes - Desenvolvimento de pessoas é fundamental para sustentar o crescimento - Alta performance é nossa busca permanente - Qualidade em produtos e excelência em processos • Espírito de inovação 10 constante • Desenvolvimento sustentável • Visão Global, agilidade local • Compromisso com a diversidade e aceitação das diferenças. 2.2. Concorrências Uma empresa bem conduzida e consolidada aumenta sua assertividade dentro de questões comuns no ramo, além de garantir as melhores soluções e condições aos consumidores. Afinal, com constantes inovações dentro dos setores, ninguém quer que sua empresa seja ultrapassada. A BRF dentro do seu ramo encontra alguns concorrentes, muito a sua altura, como a são JBS, Minerva, Aurora, Danone e Nestlé, entre outras não tão grandes. JBS – JBS S.A. é uma empresa brasileira de Goiás, fundada em 1953. É uma das maiores indústrias de alimentos do mundo. A empresa é de capital aberto na bolsa de valores brasileira, a B3, ticket JBSS3. A companhia opera no processamento de carnes bovina, suína, ovina e de frango e no processamento de couros. Além disso, comercializa produtos de higiene e limpeza, colágeno, embalagens metálicas, biodiesel, entre outros. Seus negócios são divididos em três unidades: JBS Mercosul, JBS Foods e JBS USA, que inclui as operações de bovinos nos EUA, Austrália e Canadá, suínos e aves nos EUA, México e Porto Rico. O grupo controla marcas como Swift, Friboi, Maturatta, Seara, Cabaña Las Lilas, Pilgrim's, Gold Kist Farms, Pierce, 1855 e Big Frango. A companhia atua em 22 países de cinco continentes(entre plataformas de produção e escritórios) e atende mais de 300 mil clientes em mais de 150 nações. A companhia abriu seu capital em março de 2007 e suas ações são negociadas na B3 no mais elevado nível de governo corporativo do mercado de capitais do Brasil, o Novo Mercado. A companhia hoje tem mais de 216.000 trabalhadores ao redor do mundo e 340 unidades, entre fábricas e escritórios comerciais. 11 Minerva – Minerva Foods é uma empresa brasileira de alimentos fundada em 1924 na cidade de Barretos (SP). A companhia tem atuação na comercialização de carne in natura, couros, derivados, e na exportação de gado vivo, além de atuar no processamento de carnes. É a segunda maior empresa de carne bovina do Brasil e do Uruguai, e atualmente, é a maior exportadora de carne bovina do Paraguai, Colômbia e Argentina, comercializando seus produtos para mais de 100 países. A Minerva opera 26 plantas de abate e desossa (11 no Brasil, 3 no Paraguai, 2 no Uruguai, 1 na Colômbia e 5 na Argentina) e três plantas de processamento. Nos últimos doze meses findos em 31 de março de 2018, a Companhia apresentou uma receita bruta de vendas de R$ 14,4 bilhões, 43% acima da receita bruta do mesmo período de 2017. Empresa de capital aberto, desde 2007 listada na B³ – Brasil Bolsa Balcão (antiga BM&FBovespa). Aurora – A Aurora Alimentos é uma das maiores cooperativas de alimentos do Brasil. A empresa é formada por mais de 100 mil famílias, uma soma que une 40 mil empregados diretos, além dos 10 mil funcionários e das 65 mil famílias de empresários rurais das 11 cooperativas que fazem parte de seu Sistema. A Aurora conquistou o mercado brasileiro e mundial levando, do campo à mesa dos consumidores, alimentos de excelência. Com uma trajetória de mais de cinco décadas, se tornou referência mundial na tecnologia e processamento de carnes. Por meio de uma gestão participativa, equilibra objetivos econômicos com o compromisso social e com os cuidados ao meio ambiente. Danone – A Danone S.A. é uma empresa multinacional de capital aberto de produtos alimentícios, com sede em Paris, França. Está listada na Euronext Paris, fazendo parte do índice CAC 40. Fundada em 1919, a marca está presente em 120 países (dados de 2018). Chegou ao Brasil em 1970 e está 12 em Portugal desde 1990. Em 2018, o grupo Danone foi avaliado em US$ 9,53 bilhões, ocupando a posição de número 58 no ranking Best Global Brands das marcas mais valiosas do mundo. Em 2019, a empresa registrou lucro de € 1.93 bilhão, 18% menor do que 2018. No mundo, a Danone possui quatro divisões: Produtos Lácteos frescos com a marca Danone; Águas: possui marcas como Evian e Volvic; Early life nutrition: produtos de nutrição infantil;Nutrição especializada: adquiriu a empresa Numico e passou a atuar nos segmentos de saúde e nutrição. Nestlé – Nestlé S.A. é uma empresa transnacional suíça do setor de alimentos e bebidas, com sede em Vevey, Vaud, na Suíça. Foi considerada a maior empresa de alimentos do mundo, medida por receitas e por outras métricas, nos anos de 2014, 2015 e 2016. Ela foi classificada no 72.º lugar na Fortune Global 500 em 2014 e na 33.ª posição na edição 2016 da Forbes Global 2000, na lista das maiores empresas de capital aberto do mundo. Os produtos da Nestlé incluem alimentos para bebês, alimentos médicos, água engarrafada, cereais matinais, café e chá, produtos de confeitaria, produtos lácteos, sorvetes, alimentos congelados, alimentos para animais de estimação e lanches. Vinte e nove das marcas da Nestlé têm vendas anuais de mais de 1 bilhão de francos suíços (cerca de 1,1 bilhão de dólares), como Nespresso, Nescafé, Kit Kat, Smarties, Nesquik, Stouffer's, Vittel e Maggi. A Nestlé possui 447 fábricas, opera em 194 países e emprega cerca de 339 mil pessoas. É um dos principais acionistas da L'Oréal, a maior empresa de cosméticos do mundo. 2.3. Consumidor Para garantir a qualidade dos serviços, a empresa segue investindo em tecnologia, processos e no desenvolvimento de uma relação com seus clientes e consumidores através dos programas + Excelência e Lean. Também contam com o On Time in Full (OTIF) que avalia entregas, percentual de rupturas em loja, avaliação de satisfação, pontualidade e qualidade percebida e padrões de disposição dos produtos em pontos de venda. O Serviço de Atendimento ao Consumidor no Brasil segue todas diretrizes do Código de Defesa do Consumidor e por normas corporativas, que https://pt.wikipedia.org/wiki/Marca https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Evian&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Volvic https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Numico&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o 13 observam também regulamentações internacionais, e que buscam proporcionar a melhor experiência dos consumidores e clientes nos canais de relacionamento. Em 2020, a empresa atingiu patamares recordes de Net Promoter Score (NPS), tanto no atendimento ao consumidor como em clientes. No Atendimento ao Consumidor, registramos nota 80 no NPS, 6% superior a 2019. Para o Serviço de Atendimento ao Cliente, voltado aos parceiros com quem negociamos, atingiram nota 57, o que representa 21% a mais em relação ao ano anterior. Além disso, registraram uma redução de 13% nas reclamações e recebemos, pelo oitavo ano consecutivo, o Prêmio Reclame Aqui com a marca Sadia, atestando a consistência da qualidade dos nossos atendimentos e produtos. Informação adquirida no relatório de sustentabilidade 2020. “Não há ninguém melhor para atestar a qualidade de tudo o que produzimos do que aqueles que consomem e compram nossos produtos. É com essa premissa que nosso trabalho é pautado: mantendo a busca constante pela melhor experiência dos consumidores e clientes BRF, seja por meio dos produtos que oferecemos, seja pelos serviços que prestamos. E se o consumidor está no centro das nossas ações, são eles que queremos ouvir. Para isso, realizamos testes constantes com nossos potenciais públicos, com o objetivo de atender às suas expectativas e assegurar que a qualidade dos nossos produtos seja superior no mercado. Além disso, nossos laboratórios de análises realizam diversas avaliações de tudo o que é produzido pela BRF, garantindo que todos tenham acesso a um alimento seguro. É a partir do recebimento das informações de todas essas avaliações que buscamos caminhos para inovar na nossa produção, oferecendo uma experiência satisfatória e única de todos que consomem nossos alimentos”. 2.4. Comportamento e sazonalidade das Vendas Os resultados operacionais estão sujeitos a fatores sazonais e volatilidade que afetam tanto os preços de matéria-prima quanto os preços de vendas da BRF. O negócio da Companhia é em grande parte dependente do custo e do fornecimento de milho, farelo de soja, soja em grãos, suínos, leite e outras matérias primas, bem como os preços de venda de aves, suínos e produtos lácteos, todos os quais são 14 determinados por alterações constantes na oferta e demanda que podem flutuar de maneira significativa, e de outros fatores sobre os quais tem pouco ou nenhum controle. Esses demais fatores incluem, entre outros, flutuações nos níveis de produção doméstica e global de aves, suínos, bovinos e leite, regulamentos ambientais e de conservação, conjuntura econômica, condições climáticas, doenças em animais e na lavoura, custo do frete internacional e flutuações das taxas de câmbio. O setor econômico de atuação, tanto no Brasil quanto no exterior, também é caracterizado por períodos cíclicos de preços e lucratividade mais altos, seguidos de superprodução, o que leva a períodos de preços e lucratividade menores. A BRF não pode minimizar esses riscos com a celebração de contratos de longo prazo comos clientes e com a maioria dos fornecedores, uma vez que esses contratos não são usuais no setor. O desempenho financeiro também é afetado por custos de frete nacionais e internacionais, que são vulneráveis a flutuações no preço do petróleo. Talvez a Companhia não tenha êxito ao tratar dos efeitos das variações sazonais e da volatilidade sobre custos e despesas ou sobre a precificação de produtos e, nesse caso, o seu desempenho financeiro como um todo poderá ser negativamente afetado. As vendas da companhia de alimentos atingiram 1,251 milhão de toneladas no terceiro trimestre deste ano, alta de 2,7% ante igual período de 2017. De acordo com o balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 8, o segmento Brasil representou 568 mil toneladas em vendas, aumento de 5,5% no comparativo anual. Entre os produtos nacionais, processados foram 409 mil toneladas, seguida por aves in natura que respondem por 130 mil toneladas, e suínos e outros produtos foram 30 mil toneladas. A receita operacional líquida da divisão Brasil foi de R$ 4,121 bilhões, 9,7% maior que a registrada um ano antes. Além da melhor realização de preço, a companhia afirma que as iniciativas focadas na melhoria na rentabilidade da região, tais como alocações de volume em canais mais rentáveis, redução de despesas, mix de maior valor agregado e uma sazonalidade favorável na Turquia, com as fábricas operando a plena capacidade, foram importantes para compensar integralmente o aumento dos custos dos grãos. O segmento internacional comercializou 264 mil toneladas, recuo de 17,3%, e gerou receita operacional líquida de R$ 1,784 bilhão, montante 21,6% menor no 15 comparativo anual, refletindo menores volumes e preços. O segmento Cone Sul gerou 60 mil toneladas em vendas e a categoria outros segmentos, teve 78 mil toneladas comercializadas. Informação adquirida no site da revista ISTOÈ. 2.5. Tecnologia Em 2020 a BRF potencializou transformação com os desafios que o próprio ano trouxe. Implementando o home office para mais de 10.000 colaboradores, possibilitando que mesmo distante dos seus locais de trabalho continuassem suas atividades, diminuindo o impacto do distanciamento social, e ao mesmo tempo trabalhassem com interação, colaboração e melhoria de sua produtividade com novas ferramentas de trabalho. Os investimentos e esforços são contínuos e crescentes com relação à segurança da informação, bem como a atualização em aspectos regulatórios. Privacidade e Proteção de Dados são temas cada vez mais complexos e relevantes, que podem ter impactos nos negócios, incluindo aumento de riscos, custos e das obrigações de conformidade. Assim, a empresa trabalha constantemente para se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entrou em vigor em 2020, no Brasil. Vale mencionar que estão sempre preocupados com a questão da privacidade e segurança de dados. Por isso, em sua gestão há uma área que trata de privacidade e proteção de dados pessoais e também disponibilizam canais de comunicação entre o titular de dados e a BRF Uso de tecnologia na cadeia de produção: • Nas granjas, iniciamos o uso de big data e sensores automatizados para coleta de dados, o que antes era feito manualmente. • Ferramentas econométricas exclusivas em uma central de ofertas de compras on-line e off-line, que possibilita a gestão de entrega de grãos em todas as unidades para ganhar agilidade e reduzir diárias. Corporativo • Rastreabilidade para compras diretas. 16 • Aprimoramos modelos de gestão de estoque, visando melhorar o nível de serviço para atender clientes. • Centro integrado de informações está sendo construído para possibilitar visão sistêmica. • Redução de 50% no tempo de carga e descarga nos transportes, com revisão contínua da malha e otimização do frete marítimo. • Desenvolvimento de ferramentas de Inteligência Artificial para ajudar nas compras. • Criação de uma academia de commodities para difundir conhecimento. • Implantação de plataforma digital de Inteligência Territorial Geoanalytics, Smart Center e uso de Inteligência Artificial para gestão à vista e agilidade na tomada de decisão nas compras de commodities. 17 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1. Balanço Patrimonial O balanço patrimonial é um importante relatório financeiro, onde tem o objetivo de demonstrar a situação contábil e econômica da organização/empresa. Nele é apresentado os bens, direitos, recursos e investimentos de uma forma mais ampla e clara dos valores, assim facilitando a identificação de possíveis processos internos. Este relatório costuma ser elaborado em um período de 12 meses, podendo ser realizado antes, quando for necessário. Porém, a na Lei 6.404/76, ao final de cada exercício social é necessário que a empresa apresente uma série de demonstrativos financeiros. Tanto as grandes empresas, como as pequenas empresas terão que apresentar esse relatório, juntamente com a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A estrutura do balanço patrimonial é composta por ativo, passivo e patrimônio líquido. Ativo: São os bens e direitos que a empresa possui, tais como, caixa, imóveis, móveis e utensílios, contas a receber e estoque; Passivo: São as obrigações, como por exemplo, pagamento de terceiros (fornecedores), salários e tributos; Patrimônio Líquido: São os recursos da empresa, por exemplo, Capital Social, reserva de lucro e lucro/prejuízo acumulado. 18 Os totais do ativo e do passivo terão que ser iguais, visto que a equação é simples: ativo – passivo = patrimônio líquido. Ou seja, é importante que haja equilíbrio entre os dois lados. É importante frisar que só é possível preencher um balanço patrimonial, se o gestor tiver uma boa organização e um bom controle do fluxo financeiro. E para isso é utilizado um relatório contábil: balancete de verificação. Esse relatório é obrigatório a todas as empresas/organizações. Ao término de um exercício, será necessário levantar os balancetes de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do razão e conferir sua exatidão. O balancete é um relatório contábil, onde se encontra todas as contas utilizadas pela empresa, demonstrando suas movimentações e saldos finais do período (geralmente, é feito mês a mês). Nem sempre os saldos serão os mesmos no balanço patrimonial, esse relatório é mais para visualizar as variações dos períodos. Existem alguns indicadores que são utilizados antes da elaboração do balanço, os principais são os de renda, liquidez e dívidas. Indicadores de renda: São os que geram a renda da empresa e o lucro, por exemplo, Giro de ativos, retorno sobre ativos e o retorno do patrimônio líquido; Indicadores de liquidez: São os que podem ser utilizados em pouco tempo, como, liquidez imediata: caixa e equivalentes/passivos circulantes, liquidez corrente: ativos circulantes/passivos circulantes, liquidez seca: (ativos circulantes – estoques) / passivos circulantes e a liquidez geral: ativos circulantes + realizável em longo prazo) / (passivo circulantes + exigível em longo prazo); Indicadores de dívidas: Utilizados para verificar o endividamento da empresa, como, grau de endividamento: passivo / patrimônio líquido e endividamento: passivo total / ativo total. Para elaboração do balanço, precisará separar os ativos e passivos da empresa por natureza ao efetuar o lançamento, assim ficará facilitado para análise. Será necessário conciliar os saldos das contas, utilizando extrato bancários e livros fiscais como comparativo. 19 Após, será necessário efetuar vários ajustes e reclassificações nas contas patrimoniais, por exemplo, estoque, onde terá que demonstrar o atual valor. Também é calculado a provisão de IRPJ e CSLL,de acordo com as normas tributárias. Para identificar se naquele ano, a empresa obteve lucro ou prejuízo, é realizado apuração de resultado do exercício (ARE), onde se debitam as receitas e se creditam as despesas que foram geradas ao longo do período. 3.2. Demonstração Do Resultado Do Exercício (DRE) A demonstração do resultado do exercício, mais conhecida como DRE, é um documento contábil que foi instituído no art. 187 da Lei 6.404/1976. Este documento é obrigatório conforme o artigo 1.179 do atual Código Civil Brasileiro. O principal objetivo deste documento é apresentar de forma clara e resumida as operações de um determinado período. Onde é detalhado as despesas, as receitas e os custos de uma empresa/organização. Neste documento é descriminada a receita bruta das vendas e serviços e as deduções (descontos, devoluções e impostos), o custo das mercadorias e dos serviços, todas as despesas operacionais (vendas e administrativas), despesas e receitas financeiras, o resultado antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro e o resultado líquido (este irá como lucro ou prejuízo no balanço patrimonial). A estrutura da DRE é composta por quatro etapas: 1. Receita Operacional Líquida: Para chegar no valor da receita operacional líquida, é necessário listar as receitas brutas de vendas e de prestações de serviço e após listar as deduções dos mesmos, como desconto, devolução e impostos. 2. Resultado Operacional Bruto: Após chegar no valor da receita operacional líquida são deduzidos os valores de custos, por exemplo, CMV e o CPV, assim tornando o valor do resultado operacional bruto ou lucro bruto. 20 3. Resultado operacional antes do IRPJ e CSLL: Antes de calcular o Imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido, é preciso listar as despesas com vendas, despesas administrativas, despesas financeiras e as receitas financeiras. 4. Resultado Líquido do exercício: Calcular o IRPJ e o CSLL de acordo com a empresa e acrescentar ou deduzir resultados não operacionais (participações de debenturistas, empregados, administradores, partes beneficiárias), assim formando o LLE (Lucro Líquido do exercício). 3.3. Demonstração Do Fluxo De Caixa (DFC) É um relatório contábil que mostra as entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa e quais foram os resultados dessas movimentações. Por meio deste documento é possível identificar de forma clara e organizada todos os recursos disponíveis, seja no caixa, nas contas do banco ou nas aplicações financeiras de liquidez imediata. A apresentação desse relatório é anual, mas para empresas de capital aberto, o prazo é trimestral. Essa demonstração é dividida em 3 etapas: 1. Atividades operacionais: Nesta etapa consta informações de receitas e gastos gerados pela empresa em determinado período, onde que, são localizadas no DRE. 2. Atividades de investimento: Operações que implicam no aumento ou na diminuição de ativos não circulantes do balanço patrimonial, por exemplo, compra ou venda de imóvel e veículos. 3. Atividades de Financiamentos: Onde se encontram os empréstimos e financiamentos de credores e investimentos a curto prazo. Nesse relatório, consta dois métodos de apresentação, o direto e o indireto, onde a diferença só acontece na apresentação do fluxo de caixa das atividades operacional. O método direto é o mais utilizado e é possível distinguir pagamentos e recebimentos, permitindo uma análise imediata dos recursos, onde indicará se será necessário obter novas fontes de dinheiro. Neste método, não entra programação de pagamentos a prazo, apenas o que entrou e saiu do caixa em imediato. Por exemplo, que foi feito uma venda a prazo e não foi recebido em dinheiro vivo, neste 21 caso, o saldo final de contas a receber será a soma de seu saldo inicial e do valor de sua receita bruta. O método indireto não considera e distingue recebimentos e pagamentos reais. Este método é elaborado por ajuste liquido conforme os itens que afetam o resultado, mas que não modificam o caixa. Ele inicia com o lucro operacional, mas pode haver despesas e receitas que não passaram pelo caixa, como depreciação, amortização e até resultado de equivalência patrimonial. Quando acontece isso, será necessário fazer ajuste destes valores com os itens não monetários. É com este método que é possível chegar no valuation (avaliação de empresas). Em ambos métodos, é possível fazer o controle de caixa via planilha de EXCEL ou utilizando o sistema ERP. Não é preciso de um contador para executar este serviço, mas com ele trará mais rigor na informação. O fluxo de caixa ajuda a demonstrar a saúde financeira de uma empresa, mantê-lo positivo e crescente é objetivo de todas as empresas que prezam pelos seus empreendimentos e resultados positivos no mercado. Assim, acaba atraindo a atenção de investidores que analisam criteriosamente o fluxo de caixa antes de iniciar alguma negociação. 3.4. Notas Explicativas As notas explicativas são parte das demonstrações contábeis que toda empresa, seja ela com ou sem fins lucrativos, precisa apresentar. Se trata de uma forma de justificar as movimentações realizadas pela empresa, por isso, devem ser apresentadas junto com outras demonstrações contábeis, como o Balanço Patrimonial e a DRE. As demonstrações contábeis têm como objetivo validar as informações constituídas com base nos dados coletados, onde cada demonstração indica um estudo por determinada perspectiva, ou seja, são indispensáveis quando se trata da parte gerencial da contabilidade, onde os estudos consistem em auxiliar a tomada de decisão empresarial. Além disso, são formuladas para atender não somente o fisco, mas também usuários internos e externos, podendo ser leigos ou não. Por isso, há necessidade de uma linguagem clara e objetiva. 22 3.4.1. O que deve constar nas notas explicativas? Aspectos operacionais da entidade, ou seja, dados sobre a natureza social, objetivo e afins; Quais são os critérios de apuração das receitas e despesas; Quais tributos fazem parte da renúncia fiscal; Informações sobre seguros que tenham sido contratados; Os critérios e os procedimentos dos registros contábeis; Recursos que tenham sido recebidos; entre outros. 3.4.2. Como Funciona E Para Que Serve A Nota Explicativa? Por serem as empresas de maior complexidade contábil as sociedades anônimas têm uma regra própria do que deve constar nas notas explicativas dos seus balanços. É obrigatória a referência nas notas explicativas para a apresentação dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais. Isso inclui, preferencialmente, explicações sobre os estoques; bem como os cálculos de depreciação, amortização e exaustão; a constituição de provisões para encargos ou riscos, e as adaptações necessárias para dar conta de perdas prováveis. Uma vez que as notas explicativas foram criadas para tornar claras as informações presentes nas demonstrações contábeis, nelas devem constar as explicações sobre os principais fatos ocorridos na empresa, financeiramente falando. Sendo assim, esta parte do balanço contábil não precisa conter explicações sobre todas as informações apresentadas no documento, apenas sobre os relevantes. De fato, as notas explicativas são muito úteis justamente porque muitos investidores não possuem os conhecimentos contábeis para entender perfeitamente as outras demonstrações financeiras. 3.4.3. Quais os tipos de Notas Explicativas? Existem vários tipos de notas explicativas, como aquelas voltadas para o operacional da empresa. Além disso, existem notas que explicam detalhes como estoques de produtos e investimentos realizados pelas empresas. Ainda, existem notas que https://www.suno.com.br/artigos/estoque/ 23 explicam as principais práticas de contabilidade usadas pela empresa. Também existemnotas que tratam dos ativos imobilizados e dos diferidos da empresa. Por fim, dados importantes como financiamentos da empresa, o seu capital, a sua provisão para contingências, instrumentos financeiros e cobertura de seguros são comuns de existirem nas notas explicativas. Portanto, fica claro que essa demonstração pode contar diversas informações, pois são muito úteis aos investidores. 3.4.4. Como fazer uma Nota Explicativa? Esses documentos precisam abranger uma série de informações. Primeiramente, informações como investimentos feitos em outras sociedades devem existir nesse documento. Em segundo lugar, deve existir novas avaliações de elementos do ativo, quando estas causarem acréscimo no valor anterior. Ainda, é importante explicar as perdas sobre elementos do ativo, com as garantias prestadas a terceiros e com outras responsabilidades eventuais ou contingentes. Além disso, as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das dívidas a longo prazo também são importantes nesse documento. A quantidade, as espécies e classes das ações do capital social devem constar também, assim como as opções de compra de ações permitidas e executadas no exercício. Outro ponto importante são os ajustes relativos há anos e balanços anteriores, garantindo um maior entendimento na interpretação. 3.4.5. Como são estruturadas? As notas explicativas devem ser estruturadas a partir de informações elaboradas por meio de demonstrações contábeis e práticas utilizadas. Portanto, deve-se divulgar tais informações que ainda não tenham sido apresentadas, a fim de expor outras partes das demonstrações contábeis, desde que sejam relevantes. Embora não sejam consideradas demonstrações contábeis, as notas explicativas são indispensáveis para esclarecer dúvidas e aprimorar a interpretação das https://www.suno.com.br/artigos/ativo-imobilizado/ https://www.suno.com.br/artigos/taxa-de-juros/ 24 informações contidas nas demonstrações. Sendo assim, elas são estruturadas, de acordo com o Sincop. 3.5. Análise Vertical A análise vertical é um relatório de contabilidade que analisa valores do mesmo período, mas em contas diferentes. Ele tem o objetivo de identificar a porcentagem de participação de indicadores no resultado da empresa e sua conta base é a receita baseando o resultado de todas as outras contas. Ela separa cada conta a partir de sua determinada origem. Assim, possibilita a comparação com padrões do mercado e outros percentuais do negócio. No final dela, na última linha é onde fica o valor restante da receita, ou seja caso esse valor for positivo, ele indica que a empresa ganhou mais do que gastou e obteve lucro. A análise vertical é feita a partir de um cálculo simples, que deve seguir a seguinte fórmula: AV = (valor do item / valor da base de cálculo) x 100 Os valores são expressos em porcentagem. Para facilitar o entendimento do cálculo, vamos a um exemplo prático da aplicação dessa fórmula. Vamos tomar como exemplo uma empresa que tem um total de ativos de R$ 1,45 milhões e quer saber qual é a parcela de ativos circulantes dentro desse montante, sendo que eles correspondem a R$ 580 mil. Para fazer a cálculo da análise vertical teremos: AV = (580.000 / 1.450.000) x 100 = 40% Nesse exemplo, o ativo circulante corresponde a 40% do total de ativos da empresa. Portanto, caso a companhia precise de dinheiro em caixa rapidamente, poderá contar com uma parcela considerável do total de ativos que possui. É possível fazer isso com qualquer área da empresa, sendo obtida a representatividade de uma determinada área no valor total, ou no lucro do negócio. Ao comparar os resultados da empresa, a equipe financeira identifica se existem alterações anormais, causando um desequilíbrio nas contas. 25 A sua principal vantagem é a comparação prática entre diversos relatórios financeiros de uma empresa. Sendo ela utilizada para detectar evoluções ou disfunções em relação ao mercado e seus resultados, como por exemplo: De onde vem a força de venda de uma empresa, incluindo produtos, serviços e canais; Qual o potencial de crescimento da empresa em determinado local; De que forma é possível reduzir os custos e/ou aumentar o rendimento da empresa; Quais itens estão representando o desperdício de recursos do negócio. 3.5.1. Análise Vertical do DRE Já a análise vertical da DRE responde as perguntas relacionadas à lucratividade da empresa. Com base nela é possível identificar quais gastos estão consumindo as receitas da companhia. A fórmula da análise vertical (AV) para esse caso é: AV = conta / receita bruta (ou receita líquida) x 100 Um exemplo desse tipo de análise pode ser a margem operacional, que nada mais é do que o resultado gerado pelas atividades operacionais da companhia. 3.5.2. Análise Vertical do Balanço Patrimonial A análise vertical de um balanço patrimonial responderá a diversas perguntas relacionadas às contas de ativos, passivos e patrimônio líquido. A fórmula da análise vertical (AV): AV = conta (ou grupo de contas) / ativo (ou passivo total) x 100 Um exemplo desse tipo de análise pode ser a participação percentual dos estoques em relação ao ativo total ou ao grupo do circulante ou o percentual de endividamento da empresa. https://empreenderdinheiro.com.br/blog/demonstracoes-financeiras/ https://empreenderdinheiro.com.br/blog/demonstracoes-financeiras/ https://empreenderdinheiro.com.br/blog/gestao-de-custos/ 26 3.6. Análise Horizontal A análise horizontal é um método utilizado para avaliar a evolução de alguns indicadores de uma empresa ao longo do tempo. Ou seja, visa analisar, por um determinado período, o resultado da empresa incluindo as demonstrações financeiras, Balanço Patrimonial e Fluxo de Caixa. Dessa forma, é possível ver se a empresa está crescendo ou decrescendo em um intervalo de tempo, e se esse crescimento está sendo condizente com o mercado. AH = [(valor atual / valor base) – 1] x 100 O valor atual é representado pelo último resultado da empresa, e o valor de base é o valor anterior do mesmo parâmetro. Vamos a mais um exemplo prático para que você possa entender melhor. Imagine que o balanço patrimonial de uma empresa no ano de 2018 foi de R$ 36.519,00 e, em 2019, foi de R$ 32.342,00. Aplicando a fórmula acima, teremos o seguinte cálculo: AH = [(32.342 / 36.519) – 1] x 100 = – 11,4% Mais uma vez, os resultados são apresentados em porcentagem. Portanto, no exemplo acima, como o resultado foi negativo, é possível dizer que houve uma queda de 11,4% no balanço patrimonial de um ano para o outro. Quando esses valores são positivos, significa que a empresa atingiu um resultado bom, que indica crescimento. Por exemplo, uma empresa multinacional pode utilizar a análise vertical para avaliar o desempenho de suas unidades em diferentes países. Já a análise horizontal, permite que cada uma dessas unidades tenha o seu desempenho avaliado ao longo de um ano. As análises vertical e horizontal também podem ser aplicadas em diversos demonstrativos financeiros de uma empresa, tais como: balanço patrimonial, https://www.suno.com.br/artigos/demonstracoes-financeiras/ https://www.suno.com.br/artigos/demonstracoes-financeiras/ 27 demonstrativo de resultados do exercício e fluxo de caixa. Dessa forma, é possível ter uma ideia mais clara do real cenário da empresa e tomar as melhores decisões gerenciais. É importante dizer ainda que essas análises são complementares e devem ser aplicadas em conjunto. Além disso, é fundamental explorar ao máximo o que podem trazer de informação. 3.7. Análise Por Índice No Brasil a maioria esmagadora das empresas que mais geram empregos e renda e que estão em atividade é constituída por microempresas e empresas de pequeno porte que são de vital importância para a economia da nação aumentandoo produto interno bruto (PIB). Porém, grande parte dessas empresas não possuem um banco de dados contendo informações que lhes auxiliem no desenvolvimento do negócio, e consequentemente muitas acabam fechando as portas logo nos primeiros dois anos de existência. Muitas empresas de pequeno porte utilizam a contabilidade de forma a ficarem apenas em dia com o fisco, e não aproveitando e se beneficiando de tudo que que as informações contábeis podem oferecer, e acabam tomando suas decisões apenas pelos seus instintos e intuições e como consequência seu resultado acaba ficando abaixo do esperado. A contabilidade tem como função primordial fornecer informações concisas e seguras, para que a tomada de decisões por parte dos empresários seja a mais acertada possível. Essas informações devem fazer parte da rotina da empresa para 28 servirem de apoio em toda e qualquer decisão a ser tomada, independente do porte da empresa. As demonstrações contábeis são extraídas dos relatórios fornecidos pela contabilidade após todos os registros a eles pertinentes, e suas análises são de vital importância, pois visa maximizar a riqueza da empresa, orientar os empresários nos processos de decisão quanto a investimentos, operações de créditos, compras, entre outras. Por meio do Balanço Patrimonial, que é uma demonstração contábil que tem por finalidade demonstrar a “foto” da atual situação financeira e patrimonial da empresa em determinada data, por este meio é possível extrair informações quando a posição financeira em um dado período. Através da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) se compõe um relatório resumido, que contempla toda receita e despesa conforme sua natureza, e que se torna o maior valor significativo para os empresários: o lucro líquido do período, gerando as informações mais valiosas sobre a empresa. Enquanto por sua vez a Contabilidade Financeira está mais preocupada em obedecer aos padrões dos órgãos reguladores, a Contabilidade Gerencial está preocupada em fornecer informações úteis e práticas para a tomada de decisão buscando adequar os relatórios contábeis as necessidades de cada empresa. O contador gerencial deve prover e usar as técnicas de análise de índices para ajudar e contemplar o desenvolvimento de empresas sendo elas pequenas, médias ou grandes, pois cada empresa tem suas potencialidades, particularidades e com um perfil analítico e a correta análise desses índices elas podem vir a tornarem-se grandes potencias. Esses índices são de grande utilidade para medir a posição 29 econômica e financeira e os níveis de desempenho em vários aspectos, pois, de acordo com (CREPALDI, 2009 p.208) “O objetivo básico dos indicadores econômico- financeiro é evidenciar a situação atual da empresa, ao mesmo tempo que tenta inferir o que pode acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação detectada pelos indicadores tenha sequência”. Na Contabilidade Gerencial existem vários indicadores que podemos retirar dos relatórios contábeis, no entanto é muito mais útil calcular um número selecionado de índices, de forma consistente, de período pré-estabelecido, e compará-los com padrões definidos e tentar, a partir daí, tirar uma ideia de quais problemas merecem uma maior investigação. Segundo Padoveze (2009, p.208) “não há necessidade de muitos indicadores”. Aqui, iremos demonstrar, os índices de Liquidez, Índice de endividamento e estrutura de capitais, os índices de atividade e os índices de Rentabilidade, que são os índices mais usados e com uma forma mais simples de cálculos, pois não exigem um detalhamento muito grande de informação. 3.7.1. Índice de Liquidez Os índices de capacidade de pagamento medem a capacidade da empresa de pagar suas dívidas a longo, médio e curto prazo. São eles Liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata, liquidez geral e endividamento. O objetivo do índice de liquidez corrente é demonstrar a capacidade da empresa em cumprir suas obrigações de curto prazo, fornecedores, aluguéis, folha de pagamento etc. 30 Conforme ilustrado no quadro anterior este indicador tem o mesmo objetivo, ele mostra de forma mais clara que a capacidade de pagamento uma vez que retira de seu cálculo os estoques que ainda não foram comercializados. De acordo com Marion (2006, p.89), “deve ser analisado no conjunto com outros índices”, pois é bastante conservador, para que apenas com ele possa ser analisada a situação financeira da empresa. Liquidez Imediata é o indicador que demonstra com mais clareza a capacidade de pagamento a custo prazo, pois apenas considera os ativos financeiros efetivamente disponíveis para pagamento imediato. Conforme o quadro 4, o índice de Liquidez Geral demonstra a capacidade de pagamento agora de longo prazo, considerando tudo o que possa ser convertido em dinheiro, relacionando todas as obrigações já assumidas. 3.7.2. Índice de endividamento e estrutura de capitais Esses índices apresentam as fontes de capitação de fundos, revela o grau de endividamento da empresa, e procura retratar a posição do capital próprio, o PL. O 31 endividamento está relacionado as decisões estratégicas da empresa, envolvido nas decisões financeiras de investimentos, financiamento e distribuição de dividendos. Participação de Capitais de Terceiros (PCT) - Este índice indica o percentual de capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, retratando a dependência da empresa em relação aos recursos externos. A interpretação isolada desse índice, cujo objetivo é avaliar o risco da empresa, é no sentido de que “quanto maior, pior”. Entretanto, para a empresa, pode ocorrer que o endividamento lhe permita meios de alcançar a competitividade no setor em que atua, obtendo melhores ganhos. PCT= PL / (PC + PNC) TERCEIRO/ CAPITAL PRÓPRIO PCT = Participação de Capitais de Terceiros PCT =_PC + PÑC__ PC = Passivo Circulante PL PNC = Passivo Não Circulante PL = Patrimônio Líquido Composição do Endividamento (CE) – conforme afirma José Pereira da Silva em seu livro Análise financeira das empresas 10 ed. (2010, p. 267), a CE Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a Curto Prazo, isto é, as Obrigações a Curto Prazo comparadas com as obrigações totais. Podemos interpretar isoladamente esse índice como “quanto maior, pior”. Ou seja, se a dívida é muito elevada, e se está concentrada no curto prazo, a situação é extrema, pois percebemos uma pressão pela liquidação dos débitos. CE= PC / (PC + PNC) ESTRUTURA DE CAPITAL CE = Composição do Endividamento CE = ____PC____ PC = Passivo Circulante PC + PÑC PNC = Passivo Não Circulante Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) – Esse índice indica quanto do Patrimônio Líquido da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo 32 Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para manutenção dos negócios. IPL = AP / PL IPL = Imobilização do Patrimônio Líquido AP = Ativo Permanente IPL = ___AP____ PL = Patrimônio Líquido PL Imobilização dos Recursos Permanentes (IRP) - Este índice revela quanto à empresa aplicou no Ativo Permanente, considerando além dos seus capitais próprios, também, os de terceiros em condição de longo prazo. IRP = AP / (PL + EP) IRP = Imobilização dos Recursos Permanentes AP = Ativo Permanente IRP = ___AP____ PL = PatrimônioLíquido PL + EP EP = Exigível a longo Prazo A partir dos resultados obtidos na análise vertical, percebeu-se a necessidade de analisar também o coeficiente de Imobilização dos Recursos Permanentes (IRP), apresentado pela fórmula: de acordo com Assaf Neto e Lima, 2011: “Se esse índice apresentar resultado superior a 1,0 (100%) indica que os recursos permanentes da empresa não são suficientes para financiarem suas aplicações permanentes, sendo utilizados nessa situação fundos provenientes do passivo circulante com reflexos negativos sobre o capital de giro. (...) Se o índice de IRP for inferior a 1,0, indica a existência de folga financeira. Uma parcela do passivo permanente, que excede aos ativos permanentes está financiando ativos de curto prazo (circulantes), produzindo maior liquidez”. (ASSAF NETO e LIMA, 2011, p. 228). 33 3.7.3. Índice de atividade Os indicadores de atividade, também conhecidos como indicadores de gestão de capital de giro, servem para monitorar a situação financeira da empresa e trazem um período de dias que a empresa leva em média, para receber suas vendas e para pagar suas compras e atualizar seus estoques. As variáveis que determinam este impacto decorrem do volume de vendas e dos prazos médios de rotação. Exemplo: quanto maiores forem as vendas, ocorrerá uma pressão no estoque, como também no recebimento destas vendas. Se para aumentar o volume de vendas oferece ao cliente maior prazo para o pagamento da mercadoria, novamente ocorrerá pressão das vendas. O Prazo Médio de Recebimento representa um período de espera, para a realização, em dinheiro, das vendas a prazo. O montante total das aplicações em valores a receber poderá ser reduzido na adoção da prática do desconto de títulos. É de extrema importância que os administradores responsáveis monitorem esse prazo médio de recebimento para que a equipe de vendas não forneça uma condição de pagamento que possa vir a ser um problema para o fluxo de caixa da empresa. E que indica que quanto menor o prazo de recebimento, melhor é para o caixa da companhia. O Prazo Médio de Pagamento demonstra o tempo médio que a empresa tarda em pagar suas dívidas (compras a prazo) de seus fornecedores. 34 E tem por objetivo demonstrar a relação entre o momento em que foram efetuados as compras e o momento em que seu pagamento deverá ocorrer que indica o quanto maior o prazo para pagar suas compras, melhor é para a empresa. O Prazo Média de Estoque revela o tempo médio em que a companhia renova seus estoques. Neste caso em específico deve-se levar em conta qual o segmento empresarial desenvolvido e que quando menor for o período melhor, o que demonstra que o giro de estoque está rápido e consequentemente a empresa está vendendo mais. O Ciclo Financeiro ou Ciclo Operacional evidencia o período em que a empresa leva de ponta a ponta, para comprar de seu fornecedor, receber o produto, vender e receber de seus clientes. O valor resultante deste índice revela que quanto mais próximo ou menor que 1 significa mais agilidade em seus processos, tempo hábil para pagamento de fornecedores e um período tempo dentro do programado para receber de seus clientes não causando impacto negativo no fluxo de caixa da companhia. 35 3.7.4. Índice de Rentabilidade Os índices de rentabilidade servem para medir o quanto a empresa está gerando de recursos, ou seja, está rentável. Estes indicadores procuram mostrar qual a rentabilidade dos recursos investidos, isto é, o resultado das operações realizadas por uma organização. Por isso, preocupam-se com a situação econômica da empresa. Novamente baseado nas demonstrações contábeis a empresa pode construir diversos índices, portanto é o fim pretendido que vai determinar quais índices ou conjunto de índices que serão utilizados: Giro do Ativo, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido. O Giro do Ativo, mostra especificamente quantas vezes a empresa recuperou o valor do seu ativo por meio das vendas em um período de um ano. Ele por si só como outros índices podem não ser tão eficazes e acabarem dependendo de outros índices para uma análise mais assertiva. Um alto Giro do Ativo demonstra que a empresa está vendendo mais. Este índice é com certeza um dos mais relevantes já que evidência para o empresário que investe seu capital esperando um bom retorno, conforme Padovese (2009, p.221) “O indicador fundamental da produtividade financeira do capital investido é o giro do ativo total”. 36 A Margem Líquida ou operacional demonstra qual foi o retorno que a empresa obteve frente ao que conseguiu gerar de receitas. As empresas melhores administradas acabam atingindo altas margens líquidas, devido os seus recursos serem melhor utilizados. Sendo assim quanto maior a empresa conseguir registrar esse índice acima da média setorial e se manter sempre buscando uma tendência a melhorar, mais despontara a frente de sua concorrência. A análise é feita sob a forma de quanto a empresa obtém de lucro para cada R$100,00 vendidos, por isso quanto maior, melhor. A rentabilidade do ativo é calculada quando se quer ter uma ideia de quanto a empresa está sendo rentável de uma forma geral. Calculado através da seguinte fórmula: A Rentabilidade do Ativo tem por objetivo medir quanto lucro a empresa tem para cada R$ 100,00 de investimento total, segundo Matarazzo (2007, p.179) ”[...] uma medida de capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar- se. É ainda uma medida do desempenho comparativo da empresa ano a ano”. Por fim, a Rentabilidade do Patrimônio Líquido, relata quanto a companhia obteve de lucro para cada R$ 100,00 de capital próprio investido. 37 Para que se possa ter certeza de que os investimentos estão trazendo os resultados esperados ou que no mínimo não estão abaixo dos demais recursos aplicados basta avaliar se estão sendo superiores as outras aplicações, de acordo com Matarazzo (2008 p.181). O papel do índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é mostrar qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado, como Caderneta de Poupança, CDBs, Letras de Câmbio, Ações, aluguéis, Fundos de Investimentos etc. É comum esperar das empresas rentabilidade maior do que os investimentos em renda fixa, no entanto deve-se considerar que possuir investimentos em empresa representa um capital de risco, pois seu retorno não é garantido ao final do exercício. 38 4. ANÁLISES FINANCEIRAS A análise financeira é o estudo da capacidade de geração lucro de uma empresa. Através dela, encontramos métodos que nos permitem avaliar a situação financeira do negócio. O objetivo é determinar o seu desempenho para o melhor uso dos seus recursos. Ela ajuda a identificar fragilidades e prevenir problemas em curto, médio e longo prazo. As informações obtidas nesse processo auxiliam as tomadas de decisão relativas à correção de problemas de liquidez e fluxo de caixa. Como vemos abaixo, no Relatório da administração do resultado do quarto trimestre e do ano de 2020 disponibilizado pela BRF FOODS S/A, foram feitas as seguintes análises comparando o ano de 2020 a 2019: Notas explicativas disponibilizadas: 39 • A receita líquida da Companhia totalizou R$11,5 bilhões (+23,5% a/a) no 4T20 e R$39,5 bilhões (+18,0% a/a) em 2020. • O CPV por quilo aumentou 21,4% a/a no 4T20 e 15,4% a/a em 2020. • A margem bruta totalizou 25,2% (-0,3 p.p. a/a) no 4T20 e 24,0% (-0,2 p.p. a/a. • A Companhia apurou lucro líquido societário de R$902 milhões no 4T20, um aumento de 32,6% a/a e R$1.390 milhões em 2020 (+367,3% a/a).• O EBITDA Ajustado Ex- Efeitos Tributários atingiu R$ 1.496 milhões no 4T20, um aumento de 13,0% a/a e R$5.095 milhões (+14,9%) em 2020. • O fluxo de caixa livre totalizou -R$1.502 milhões no 4T20, R$1.388 milhões inferior ao mesmo período do ano passado. 40 Os principais componentes do resultado financeiro líquido foram agrupados nas categorias a seguir: • Juros líquidos relacionados à dívida bruta, ao caixa e aos derivativos totalizaram uma despesa líquida de R$434 milhões no 4T20, R$167 milhões superior em comparação ao 4T19, em decorrência da desvalorização cambial sobre a despesa de juros correspondente ao endividamento em moeda estrangeira (taxa de câmbio média de R$4,12/US$ no 4T19 vs. R$5,39/US$ no 4T20). A redução do DI médio observada no período (5,0% no 4T19 vs. 1,9% no 4T20), proporcionou efeito positivo nos juros pós-fixados em reais, não sendo suficiente para compensar o impacto em moeda estrangeira. Em 2020, os juros líquidos totalizaram uma despesa R$89 milhões superior ao ano anterior decorrente da desvalorização cambial e atenuada pelo menor DI médio no período (5,9% em 2019 vs. 2,7% em 2020). • Ajuste a valor presente (AVP) com uma despesa total de R$127 milhões no 4T20, R$47 milhões superior em comparação ao 4T19, refletindo o maior saldo de fornecedores na comparação entre os trimestres. O AVP refere-se ao componente de resultado financeiro líquido ligado às contas de clientes e fornecedores, com correspondente compensação no lucro bruto. Em 2020 a despesa total com AVP foi de R$ 418 milhões vs. R$ 305 milhões em 2019 refletindo o maior prazo de pagamento de fornecedores durante o ano. • Encargos Líquidos sobre Direitos e Obrigações, que totalizaram uma receita de R$98 milhões no 4T20, vs. despesa de R$132 milhões no 4T19, decorrente principalmente: (i) da receita de juros ativos sobre ICMS na base do PIS/COFINS de R$59 milhões registrada no trimestre (R$ 47 milhões maior que o 4T19); (ii) do aumento da remuneração sobre outros direitos em R$24 milhões; (iii) da reversão de despesa de encargos de ICMS sobre Cesta 41 básica de R$ 112 milhões, conforme Nota Explicativa 21 das Demonstrações Financeiras; (iv) do menor impacto das atualizações dos passivos atuariais em R$ 47 milhões; (v) da menor despesa de passivos contingentes em R$ 44 milhões; e (vi) de outros efeitos líquidos nos encargos sobre obrigações em R$4 milhões. Na comparação anual, eliminados os efeitos extraordinários (receitas de juros ativos sobre ICMS na base de PIS/COFINS e despesas de encargos de ICMS sobre Cesta Básica), atingimos uma despesa de R$ 342 milhões em (R$ 503 milhões em 2019), melhora de R$ 161 milhões neste ano. • Variação Cambial e Valor Justo (MtM), que totalizou uma despesa de R$13 milhões em 4T20 vs. receita de R$ 39 milhões no 4T19, decorrente de: (i) da despesa de variação cambial sobre ativos e passivos denominados em moeda estrangeira de R$7 milhões, líquida do resultado dos instrumentos financeiros derivativos; e (ii) aumento de despesa decorrente dos ajustes a valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos em R$7 milhões. Em 2020, a despesa de variação cambial totalizou R$ 93 milhões em função da alta volatilidade cambial no período (taxa de câmbio média de R$3,95/US$ em 2019 vs. R$5,16/US$ em 2020), atenuada pela redução de despesas financeiras associadas aos testes de efetividade do hedge em R$ 35 milhões em comparação com 2019 e pela receita de R$ 5 milhões registrada no período como ajuste a valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos. • Outros Resultados Financeiros, que totalizaram ganho de R$10 milhões no 4T20 em comparação à despesa de R$101 milhões no 4T19. A variação ocorreu principalmente em função do efeito positivo de R$46 milhões registrado no período, como atualização do valor justo da opção de venda 42 relacionada à combinação de negócios (put option Banvit). No ano de 2020, o impacto positivo total da atualização do valor justo da opção de venda relacionada à combinação de negócios (put option Banvit) foi de R$ 580 milhões. Abaixo o comparativo do relatório da administração dos resultados do quarto trimestre e do ano de 2019, disponibilizado pela BRF FOODS S/A, comparando o ano de 2019 a 2018: Fluxo de Caixa Gerencial 43 Notas explicativas: O fluxo de caixa operacional das operações continuadas totalizou R$1.068 milhões no 4T19, contra R$1.067 milhões das operações consolidadas no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a geração de caixa operacional totalizou R$4.672 milhões, R$3.139 milhões acima do realizado pelas operações consolidadas em 2018. Essa melhora é resultado da recuperação operacional da Companhia, associada à expansão de receita e fortalecimento da rentabilidade em praticamente todos os mercados de atuação. As otimizações de capital de giro observadas ao final do ano de 2018 foram mantidas ao longo do ano de 2019, o que contribuiu para melhorar a conversão em caixa dos resultados operacionais observados. O fluxo de caixa de investimentos das operações continuadas totalizou um consumo de R$100 milhões em 2019, contra um consumo de R$1.373 milhões realizados pelas operações consolidadas no ano anterior. Essa melhora é principalmente relacionada ao Plano de Desinvestimentos da Companhia, anunciada e iniciada em 2018, que somou R$1.778 milhões ao longo de 2019, contra R$259 milhões em 2018. Por fim, o fluxo de caixa livre totalizou R$2.875 milhões no acumulado do ano de 2019, o que foi preponderante na redução do endividamento líquido da Companhia, mesmo considerando a apreciação do dólar em relação ao real (R$3,87/US$ em dezembro de 2018 vs. R$4,03/US$ em dezembro de 2019). 44 Destaques Financeiros: Notas explicativas: • Receita líquida de R$9.290 milhões no 4T19 (+12,1% a/a) e R$33.447 milhões em 2019 (+10,8% a/a); • EBITDA Ajustado de R$1.413 milhões no 4T19 (+67,7% a/a), incluindo ganho líquido de R$89 milhões referente as ações tributárias (exclusão do ICMS da base de PIS/COFINS e provisão de ICMS sobre Cesta Básica) e R$5.317 milhões em 2019 (+115,9% a/a), incluindo ganho líquido de R$884 milhões referente a PIS/COFINS e ICMS sobre Cesta Básica lançadas em 2019; • Margem EBITDA Ajustada de 15,2% no 4T19 (+5,0 p.p. a/a) e 15,9% em 2019 (+7,7 p.p. a/a); excluindo-se o ganho líquido das ações tributárias lançadas em 2019, a margem EBITDA Ajustada seria de 14,3% no 4T19 e 13,3% em 2019; • Lucro líquido de R$690 milhões no 4T19 e R$1.213 milhões em 2019 nas operações continuadas; lucro líquido total societário de R$680 milhões no 4T19 e R$297 milhões em 2019. 45 4.1. Balanço Patrimonial Para efetuar as análises financeiras, utilizamos o balanço patrimonial consolidado. 46 47 48 49 4.1.1. 2019 X 2018 Abaixo o comparativo das análises verticais e horizontais do balanço entre os anos de 2019x2018: 2019 AV 2018 AV AH Circulante Caixa e equivalentes de caixa 4.237.785,00 10,16% 4.869.562,00 11,49% 14,91% Aplicações Financeiras 418.182,00 1,00% 507.035,00 1,20% 21,25% Contas a receber de clientes 3.090.691,00 7,41% 2.604.928,00 6,15% -15,72% Títulos a receber - 0,00% 115.113,00 0,27% Juros sobre Capital próprio a receber - 0,00% 7.304,00 0,02% Estoques 3.887.916,00 9,32% 3.877.294,00 9,15% -0,27% Ativos Biológicos 1.603.039,00 3,84% 1.513.133,00 3,57% -5,61% Tributos a recuperar 473.732,00 1,14% 560.389,00 1,32% 18,29% Imposto de renda e CSLL a recuperar 152.486,00 0,37% 506.483,00 1,20% 232,15% Instrumentos financeiros derivativos 195.324,00 0,47% 182.339,00 0,43% -6,65% Caixa restrito 296.294,00 0,71% 277.321,00 0,65% -6,40% Outrosativos circulantes 590.733,00 1,42% 683.694,00 1,61% 15,74% Despesas Antecipadas - - Ativos mantidos para venda 99.245,00 0,24% 3.326.305,00 7,85% 3251,61% Total do ativo circulante 15.045.427,00 36,08% 19.030.900,00 44,90% Não Circulante Aplicações financeiras 307.352,00 0,74% 290.625,00 0,69% -5,44% Contas a receber de clientes e Títulos a receber 71.029,00 0,17% 96.922,00 0,23% 36,45% Tributos a recuperar 5.169.547,00 12,40% 3.142.547,00 7,41% -39,21% Imposto de renda e CSLL a recuperar 269.263,00 0,65% 7.246,00 0,02% -97,31% Impostos sobre a renda diferidos 1.845.862,00 4,43% 1.519.652,00 3,59% -17,67% Depósitos judiciais 575.750,00 1,38% 669.098,00 1,58% 16,21% Ativos biológicos 1.081.025,00 2,59% 1.061.314,00 2,50% -1,82% Instrumentos financeiros derivativos 49.991,00 0,12% - 0,00% Caixa restrito - 0,00% 584.300,00 1,38% Outros ativos não circulantes 85.537,00 0,21% 177.372,00 0,42% 107,36% Investimentos 14.880,00 0,04% 86.005,00 0,20% 477,99% Imobilizado 12.276.889,00 29,44% 10.696.998,00 25,24% -12,87% Intangível 4.908.079,00 11,77% 5.019.398,00 11,84% 2,27% Total do Ativo não circulante 26.655.204,00 63,92% 23.351.477,00 55,10% Total do Ativo 41.700.631,00 100,00% 42.382.377,00 100,00% Ativo 50 Passivo 2019 AV 2018 AV AH Circulante Empréstimos e financiamentos 3.132.029,00 7,51% 4.547.389,00 10,73% 45,19% Fornecedores 5.784.419,00 13,87% 5.552.434,00 13,10% -4,01% Fornecedores risco sacado 842.037,00 2,02% 885.783,00 2,09% 5,20% Arrendamento mercantil 376.628,00 0,90% - Salários e obrigações sociais 825.254,00 1,98% 555.016,00 1,31% -32,75% Obrigações tributárias 517.208,00 1,24% 402.971,00 0,95% -22,09% Juros sobre capital próprio e dividendos a pagar - 6.247,00 0,01% Participações dos administradores e funcionários - 63.653,00 0,15% Instrumentos financeiros derivativos 153.612,00 0,37% 235.035,00 0,55% 53,01% Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 1.084.308,00 2,60% 495.584,00 1,17% -54,29% Planos de benefícios a empregados 95.919,00 0,23% 94.728,00 0,22% -1,24% Adiantamentos de partes relacionadas 0,00% - Outros passivos circulantes 512.591,00 1,23% 518.271,00 1,22% 1,11% Passivos diretamente relacionados a ativos mantidos para venda - 1.131.529,00 2,67% Total do passivo circulante 13.324.005,00 31,95% 14.488.640,00 34,19% Não Circulante Empréstimos e financiamentos 15.488.250,00 37,14% 17.618.055,00 41,57% 13,75% Fornecedores 12.347,00 0,03% 179.844,00 0,42% 1356,58% Arrendamento mercantil 2.054.552,00 4,93% - Obrigações tributárias 190.257,00 0,46% 162.239,00 0,38% -14,73% Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 710.061,00 1,70% 854.667,00 2,02% 20,37% Impostos sobre a renda diferidos 85.310,00 0,20% 65.774,00 0,16% -22,90% Planos de benefícios a empregados 593.555,00 1,42% 373.423,00 0,88% -37,09% Instrumentos financeiros derivativos 3,00 0,00% - Outros passivos não circulantes 1.093.942,00 2,62% 1.107.958,00 2,61% 1,28% Total do passivo não circulante 20.228.277,00 48,51% 20.361.960,00 48,04% Patrimônio Líquido Capital social 12.460.471,00 29,88% 12.460.471,00 29,40% 0,00% Reservas de Capital 192.845,00 0,46% 115.354,00 0,27% -40,18% Reservas de Lucro - - Prejuízo acumulados 3.996.985,00- -9,58% 4.279.003,00- -10,10% 7,06% Ações em tesouraria 38.239,00- -0,09% 56.676,00- -0,13% 48,22% Outros resultados abrangentes 722.469,00- -1,73% 1.275.519,00- -3,01% 76,55% Patrimônio líquido de controladores 7.895.623,00 18,93% 6.964.627,00 16,43% -11,79% Participação de não controladores 252.726,00 0,61% 567.150,00 1,34% 124,41% Total do patrimônio líquido 8.148.349,00 19,54% 7.531.777,00 17,77% Total do Passivo 41.700.631,00 100,00% 42.382.377,00 100,00% 51 4.1.2. 2020 X 2019 Abaixo o comparativo das análises verticais e horizontais do balanço entre os anos de 2020x2019: 2020 AV 2019 AV AH Circulante Caixa e equivalentes de caixa 7.577.000,00 15,26% 4.237.785,00 10,16% -44,07% Aplicações Financeiras 314.000,00 0,63% 418.182,00 1,00% 33,18% Contas a receber de clientes 4.136.000,00 8,33% 3.090.691,00 7,41% -25,27% Títulos a receber - 0,00% Juros sobre Capital próprio a receber - 0,00% Estoques 6.803.000,00 13,70% 3.887.916,00 9,32% -42,85% Ativos Biológicos 2.129.000,00 4,29% 1.603.039,00 3,84% -24,70% Tributos a recuperar 943.000,00 1,90% 473.732,00 1,14% -49,76% Imposto de renda e CSLL a recuperar 152.486,00 0,37% Instrumentos financeiros derivativos 378.000,00 0,76% 195.324,00 0,47% -48,33% Caixa restrito - 296.294,00 0,71% Outros ativos circulantes 237.000,00 0,48% 590.733,00 1,42% 149,25% Despesas Antecipadas 209.000,00 0,42% - Ativos mantidos para venda 186.000,00 0,37% 99.245,00 0,24% -46,64% Total do ativo circulante 22.912.000,00 46,13% 15.045.427,00 36,08% Não Circulante Aplicações financeiras 345.000,00 0,69% 307.352,00 0,74% -10,91% Contas a receber de clientes e Títulos a receber 50.000,00 0,10% 71.029,00 0,17% 42,06% Tributos a recuperar 4.923.000,00 9,91% 5.169.547,00 12,40% 5,01% Imposto de renda e CSLL a recuperar 269.263,00 0,65% Impostos sobre a renda diferidos 2.109.000,00 4,25% 1.845.862,00 4,43% -12,48% Depósitos judiciais 553.000,00 1,11% 575.750,00 1,38% 4,11% Ativos biológicos 1.222.000,00 2,46% 1.081.025,00 2,59% -11,54% Instrumentos financeiros derivativos 49.991,00 0,12% Caixa restrito 24.000,00 0,05% - 0,00% Outros ativos não circulantes 82.000,00 0,17% 85.537,00 0,21% 4,31% Investimentos 9.000,00 0,02% 14.880,00 0,04% 65,33% Imobilizado 12.216.000,00 24,60% 12.276.889,00 29,44% 0,50% Intangível 5.220.000,00 10,51% 4.908.079,00 11,77% -5,98% Total do Ativo não circulante 26.753.000,00 53,87% 26.655.204,00 63,92% Total do Ativo 49.665.000,00 100,00% 41.700.631,00 100,00% Ativo 52 4.1.3. Índices de Liquidez De acordo com as informações apresentadas no Balanço, foi realizado o cálculo dos índices de liquidez, conforme a seguir. Informações utilizadas para base de cálculo: Passivo 2020 AV 2019 AV AH Circulante Empréstimos e financiamentos 1.060.000,00 2,13% 3.132.029,00 7,51% 195,47% Fornecedores 9.379.000,00 18,88% 5.784.419,00 13,87% -38,33% Fornecedores risco sacado 1.453.000,00 2,93% 842.037,00 2,02% -42,05% Arrendamento mercantil 376.628,00 0,90% Salários e obrigações sociais 941.000,00 1,89% 825.254,00 1,98% -12,30% Obrigações tributárias 396.000,00 0,80% 517.208,00 1,24% 30,61% Juros sobre capital próprio e dividendos a pagar - Participações dos administradores e funcionários - Instrumentos financeiros derivativos 385.000,00 0,78% 153.612,00 0,37% -60,10% Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 865.000,00 1,74% 1.084.308,00 2,60% 25,35% Planos de benefícios a empregados 125.000,00 0,25% 95.919,00 0,23% -23,26% Adiantamentos de partes relacionadas 0,00% Outros passivos circulantes 836.000,00 1,68% 512.591,00 1,23% -38,69% Passivos diretamente relacionados a ativos mantidos para venda - - Total do passivo circulante 15.440.000,00
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