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Contabilidade Empresarial Bradesco

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________________________________Contabilidade Empresarial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 
EMPRESARIAL 
E 
ANÁLISE DE 
BALANÇOS 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 
EMPRESARIAL 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE 
 
 
Em um país fortemente industrializado, todos, desde o cidadão comum até os organismos de 
dimensão nacional e internacional, estão envolvidos de diversas maneiras e de modo cada 
vez mais acentuado nas atividades empresariais. É grande, portanto, o número de agentes 
que desejam ser informados a respeito do andamento da vida das empresas. 
 
 
Mas são poucos aqueles que conhecem de modo claro o papel dos levantamentos contábeis 
em relação aos fatos empresariais. Ainda hoje se ouve de personalidades de destaque, que a 
contabilidade das empresas não lhes diz respeito e que deve ser tratada por contabilistas. 
 
 
Tal atitude não é aceitável nem produtiva, pois são cada vez mais importantes as relações 
entre a empresa e organizações externas, bem como ficam cada vez mais estreitas as 
ligações entre as diversas funções empresariais (técnica, comercial, administrativa etc). 
 
 
Falar de contabilidade significa, portanto, vir ao encontro das exigências de um número 
cada vez maior de indivíduos desejosos de aumentar seus conhecimentos a respeito dos 
"fatos empresariais". 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE 
 
 
Trata-se de uma metodologia que estuda e organiza os registros dos fatos que afetam a 
situação patrimonial, financeira e econômica da empresa. 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 2 
 
PATRIMÔNIO 
 
É o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, registrados no Balanço 
Patrimonial. 
 
� BENS 
 
Tudo aquilo que a empresa possui está em seu domínio. Ex. Dinheiro em Caixa, Estoques, 
Veículos, Máquinas, Imóveis etc. 
 
 
� DIREITOS 
 
Tudo aquilo que a empresa possui e está temporariamente sob domínio de terceiros. Ex. 
Duplicatas a Receber, Impostos a Restituir, Aplicações Financeiras etc. 
 
 
� OBRIGAÇÕES 
 
Tudo o que a empresa deve a terceiros. Ex. Salários e Impostos a Pagar, Financiamento, 
Fornecedores etc. 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
Trata-se de uma demonstração estática, porque mostra a situação econômica, financeira e 
patrimonial da empresa em um determinado momento. 
O termo “Balanço” origina-se de balança, nos dá a idéia de equilíbrio entre os dois lados 
(origem = aplicação). 
O corpo do Balanço é constituído por 2 colunas. A da direita (Passivo e Patrimônio 
Líquido), nos mostra a origem, ou seja, a fonte de recursos da empresa. 
A coluna da esquerda (Ativo) nos mostra onde os recursos da empresa estão sendo 
investidos. 
Em resumo, Balanço Patrimonial, significa, demonstração de forma equilibrada dos bens, 
direitos e obrigações em um único relatório, em que estão claramente evidenciados o ativo, 
o passivo e o patrimônio líquido da entidade. 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 3 
 
**** ATIVO 
 
Compreende os bens e os direitos de uma empresa. São discriminados no lado esquerdo 
do balanço. 
 
**** PASSIVO 
 
São as obrigações a pagar, isto é, as dívidas para com terceiros. Compõem o lado direito 
do balanço. 
 
**** PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
É formado pelos recursos dos sócios e lucros obtidos por meio da atividade da empresa, 
sendo considerado capital próprio. A representação quantitativa do patrimônio líquido é 
dada pela equação: 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - OBRIGAÇÕES 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
 
ATIVO - APLICAÇÃO DOS RECURSOS 
 
 
PASSIVO - FONTE DOS RECURSOS 
 
Bens: 
 
- Caixa 
- Estoques 
- Imóveis 
- Veículos 
- Máquinas 
- Equipamentos 
- Etc. 
 
Direitos: 
 
- Títulos a Receber 
- Aplicações Financeiras 
- Impostos a Restituir 
- Empréstimos a Acionistas 
- Etc. 
 
 
Obrigações (Capital de Terceiros): 
 
- Títulos a Pagar 
- Contas a Pagar 
- Financiamentos 
- Fornecedores 
- Impostos a Pagar 
- Salários a Pagar 
- Etc. 
 
Patrimônio Líquido (Capital Próprio): 
 
- Capital Social 
- Lucro/Prejuízo 
- Reservas 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 4 
 
 
 
RAZÃO 
 
São registros dos lançamentos a débito ou crédito das contas do ativo, do passivo e do 
patrimônio líquido. 
 
Na prática não é possível preparar um balanço após cada operação, porque elas se sucedem 
a cada instante, ocasionando aumentos e diminuições no ativo, no passivo e no patrimônio 
líquido. Esses aumentos e diminuições são registrados em contas. 
 
Graficamente, pode ser representado por "razonete em T": 
 
 
 
 
TÍTULO DA CONTA 
débito crédito 
 
 
 
 
 
 
No lado esquerdo do "T" serão relacionados os lançamentos a débito, e do lado direito, os 
lançamentos a crédito. 
 
A diferença entre o total de débito e o total de crédito feitos em uma conta, será chamada de 
saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor dos créditos, a conta terá um saldo 
devedor. Se acontecer o contrário, a conta terá um saldo credor. 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 5 
 
MECANISMOS DO DÉBITO E CRÉDITO 
 
 
CONTAS DO ATIVO 
Entrada de Valor - débito 
Saída de Valor - crédito 
 
 
CONTAS DO PASSIVO 
Entrada de Valor - crédito 
Saída de Valor - débito 
 
 
1) Para aumentar o saldo das contas no Ativo, temos de fazer lançamentos a débito. Isso, 
porque, as contas do Ativo apresentam saldo devedor. 
 
Perceba que “saldo devedor”, em termos contábeis, significa que o saldo remanescente está 
do lado do débito e não do crédito. Não podemos confundir com saldo devedor em conta-
corrente. 
 
Por outro lado, para diminuir o saldo das contas do Ativo, faremos lançamentos a crédito. 
 
2) As contas do Passivo e do Patrimônio Líquido, apresentam saldo credor. Isso quer dizer 
que, para aumentá-las, faremos lançamentos a crédito e para diminuí-las, a débito. 
 
 
 
 
PARTIDAS DOBRADAS 
 
É o método de escrituração contábil usado universalmente, apresentado no século XII pelo 
Frade Luca Paccioli. 
 
O princípio do método é que não há débito sem crédito e vice-versa. Os lançamentos 
contábeis podem ser efetuados em uma ou mais contas, contanto que a soma dos débitos 
seja igual a soma dos créditos. 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 6 
 
APRESENTAÇÃO DO BALANÇO 
 
Se o Balanço Patrimonial fosse demostrado como um “amontoado de contas”, teríamos 
dificuldade em ler, interpretar e analisá-lo. Por isso, é importante apresentar o Balanço 
agrupando-se as contas de mesma característica. 
 
A Lei das Sociedades Anônimas (6404/76), dispõe de uma estrutura de contas 
nacionalmente aceita, inclusive por outros tipos de sociedades. 
 
� No Ativo, as contas são agrupadas de acordo com a rapidez de conversão em dinheiro, 
em ordem decrescente de liquidez (capacidade de se transformar em dinheiro mais 
rapidamente). 
 
� No Passivo e no Patrimônio Líquido estarão as contas representativas das obrigações e 
capital próprio respectivamente, sendo que as contas deverão ser agrupadas em ordem 
decrescente de exigibilidade. 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
ATIVO PASSIVO 
 
CIRCULANTE 
 
 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 
PERMANENTE 
 
Investimentos 
 
Imobilizado 
 
Diferido 
 
 
 
TOTAL 
 
 
CIRCULANTE 
 
 
 
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS 
FUTUROS 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Capital social 
 
Lucros ou prejuízos acumulados 
 
TOTAL 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 7 
 
**** ATIVO CIRCULANTE 
 
Agrupam-se as contas que já são dinheiro (caixa, bancos) com aquelas que se 
converterão em dinheiro no curto prazo* (duplicatas a receber, estoques etc). É um 
grupo com elevado grau de liquidez.*Curto Prazo: As contas cujo prazo, para conversão em dinheiro, seja de até um ano, a 
contar da data de encerramento do Balanço Patrimonial. 
 
 
**** REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 
Agrupam-se as contas que se transformarão em dinheiro no longo prazo*. São ativos 
com menor grau de liquidez (títulos a receber no longo prazo etc.). 
 
*Longo Prazo: As contas cujo prazo, para conversão em dinheiro, seja acima de um 
ano, a contar da data de encerramento do Balanço Patrimonial. 
 
 
**** ATIVO PERMANENTE 
 
Agrupam-se as contas que dificilmente serão transformadas em dinheiro; normalmente 
não são vendidos, são utilizados como meio de consecução dos objetivos operacionais 
da empresa. Aqui estão os itens com caráter de permanência da empresa. 
 
Divide-se em três subgrupos: 
 
Investimentos 
 
São contas financeiras de caráter permanente que geram rendimentos e não são 
necessárias à manutenção da atividade fundamental da empresa. Ex.: Ações de outras 
empresas, imóveis a título de investimento, obras de arte etc. 
 
Imobilizado 
 
São itens de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção da atividade 
básica da empresa. Ex.: Edifícios, imóveis, máquinas, equipamentos, veículos etc. 
 
Diferido 
 
São gastos com serviços que beneficiarão resultados de exercícios futuros. Ex.: Projetos, 
pesquisas, divulgação etc. 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 8 
 
**** PASSIVO CIRCULANTE 
 
Representam as dívidas com terceiros. Em primeiro lugar agrupam-se as contas que 
serão pagas mais rapidamente. Ex.: salários a pagar, impostos a recolher, empréstimos e 
financiamentos que vencem no curto prazo, fornecedores de mercadorias etc. 
 
 
 
**** EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 
Representam as dívidas com terceiros, que vencem no longo prazo. Ex.: financiamentos 
e empréstimos que vencem no longo prazo etc. 
 
 
 
**** RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
 
Tratam-se de receitas já recebidas, que devem ser reconhecidas em exercícios futuros. 
 
 
 
**** PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
São os recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os recursos significam o capital 
social mais o seu rendimento - lucros ou prejuízos acumulados e reservas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 9 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
A demonstração do resultado do exercício é a apresentação resumida, das operações 
realizadas pela empresa, durante o exercício social, de forma a destacar o resultado líquido 
do período (lucro ou prejuízo), subtraindo as despesas das receitas. 
 
 
 R$ 
 
Receita Operacional Bruta 
 
 
 
( - ) Deduções (abatimentos, devoluções, impostos etc) 
 
 
 
( = ) Receita Operacional Líquida 
 
 
 
( - ) Custo Produtos Vendidos (matéria-prima, mão-de-obra) 
 
 
 
( = ) Resultado Bruto 
 
 
 
( - ) Despesas Operacionais 
 
 
 
(+/-)Encargos Financeiros Líquidos(receita financ-desp.finac.) 
 
 
 
( = ) Resultado Operacional 
 
 
 
( + ) Receitas não Operacionais 
 
 
 
( - ) Despesas não Operacionais 
 
 
 
( = ) Resultado Líquido 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 10
 
**** RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
 
São as vendas ou faturamento bruto. 
 
É o valor recebido pelas vendas de produtos (empresa industrial), mercadorias (empresa 
comercial) ou de serviços (empresa de prestação de serviços). 
 
 
 
**** DEDUÇÕES 
 
São impostos que incidem sobre o faturamento bruto (IPI, ISS, ICMS etc); abatimentos 
concedidos, vendas canceladas ou devoluções de mercadorias, cujos valores são 
deduzidos da Receita Operacional Bruta. 
 
 
 
**** RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
 
É o resultado da Receita Operacional Bruta menos as deduções. Considerada a receita 
efetiva da empresa, já que está livre das vendas canceladas e dos impostos. 
 
 
 
 
**** CUSTO DOS PRODUTOS/MERCADORIAS VENDIDAS (CPV OU CMV) 
 
Para a empresa comercial, custo representa o valor de aquisição dos estoques, já na 
indústria custo compreende todo gasto para a transformação da matéria-prima em 
produto acabado. 
 
Exemplo: 
Matéria-prima, mão-de-obra, material de embalagem, energia elétrica etc. 
 
 
**** RESULTADO BRUTO 
 
É o resultado da Receita Operacional Líquida menos o C.P.V. 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 11
 
**** DESPESAS OPERACIONAIS 
 
São despesas decorrentes da atividade principal da empresa, podendo ser classificadas 
em: 
 
���� Despesas com vendas: 
Representam os gastos de promoção, colocação e distribuição dos produtos, como: 
è propaganda e publicidade; 
è salários e comissões dos vendedores; 
è distribuição dos produtos etc. 
 
 
���� Despesas Administrativas: 
Representam os gastos com a direção ou administração da empresa, como: 
è honorários da administração; 
è salários e encargos do pessoal; 
è material de escritório; 
è impostos e taxas etc. 
 
 
**** ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS (RECEITA/DESPESA 
FINANCEIRA) 
 
Representam a diferença entre juros e atualização monetária pagos e recebidos de 
instituições financeiras. 
 
 
**** RESULTADO OPERACIONAL 
 
É o resultado (lucro ou prejuízo) obtido por meio da atividade principal da empresa. 
 
 
**** RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
 
São receitas não provenientes da atividade principal da empresa. Ex.: aluguéis 
recebidos, venda de itens do imobilizado por valor superior ao que está contabilizado 
etc. 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 12
 
**** DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
 
São despesas não provenientes da atividade principal da empresa. Ex.: venda de bens do 
imobilizado por valor inferior ao que está contabilizado, multa de trânsito, doações 
feitas pela empresa etc. 
 
 
**** RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
 
É o resultado contábil (lucro ou prejuízo) do exercício. 
 
Se o resultado for lucro, deste valor saem, o imposto de renda, as reservas e os 
dividendos, a sobra é transportada para a conta de resultados acumulados no balanço. 
 
 
**** RESULTADO 
 
Será lucro quando as receitas forem maiores que as despesas. 
 
Será prejuízo quando as despesas forem maiores que as receitas. 
 
 
MECANISMO DO DÉBITO E CRÉDITO 
 
Até aqui, vimos lançamentos com contas do Balanço. A partir de agora, trabalharemos, 
também, com contas da Demonstração do Resultado do Exercício, também chamadas 
“Contas de Resultado”. 
 
 
DRE 
 
 
Receita – Crédito 
 
 
Despesa – Débito 
 
 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 13
 
 
 
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 
 
 
 
 
**** COMPRA DE MERCADORIAS 
 
 
 
���� Débito 
Conta estoques. 
 
 
 
���� Crédito 
Conta caixa ou fornecedores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTOQUES 
débito 
FORNECEDORES OU CAIXA 
crédito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 14
 
 
 
 
**** VENDA DE MERCADORIAS 
 
 
���� Crédito 
Conta de receita operacional pelo valor total da venda. 
 
���� Débito 
Conta caixa ou duplicatas a receber pelo valor total da venda. 
 
���� Crédito 
Conta estoques pelo custo dos produtos vendidos. 
 
���� Débito 
Conta custo dos produtos vendidos. 
 
 
 
CAIXA OU DUPLICATAS A RECEBER
débito 
RECEITA OPERACIONAL 
crédito 
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 
débito 
ESTOQUES 
crédito 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 15
 
DESPESAS COM DEPRECIAÇÃO 
 
 
Depreciação é a perda da capacidade produtiva dos bens. Como a maior parte dos elementos 
do ativo imobilizado tem a sua vida útil limitada no tempo, o custo correspondente deve ser 
rateado e distribuído pelos períodos de sua vida útil estimada. Esse procedimento é 
conhecido como: 
 
 
 
���� Depreciação 
Quando se referirà amortização de bens tangíveis como edifícios, máquinas e 
equipamentos, veículos etc. 
 
A tendência de um grande número de empresas é simplesmente adotar as taxas admitidas 
pela Legislação Fiscal, cujos critérios básicos de depreciação estão consolidados no 
Regulamento do Imposto de Renda. Abaixo relacionamos algumas taxas anuais de 
depreciação, constantes de publicações da Secretaria da Receita Federal: 
 
BENS TAXA ANUAL VIDA ÚTIL 
Edifícios 4% 25 anos 
Máquinas e Equipamentos 10% 10 anos 
Instalações 10% 10 anos 
Móveis e Utensílios 10% 10 anos 
Veículos 20% 5 anos 
Sist.Processamento de Dados 20% 5 anos 
 
� Procedimento Contábil 
 
���� Débito 
Despesas operacionais ou custo dos produtos. 
 
���� Crédito 
Conta de depreciação acumulada no ativo imobilizado. 
 
 
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 
débito 
DESPESAS OPERACIONAIS 
crédito 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 16
DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 
 
Beneficiam mais do que um exercício contábil e que portanto não podem ser encerradas ao 
final do exercício, devendo constar do ativo. Ex.: Assinatura de Jornais e Revistas, Seguros 
etc. 
 
Figuram no ativo circulante ou realizável a longo prazo, e poderão ser encontrados com as 
seguintes denominações: Despesas do Exercício Seguinte, Despesas Diferidas, Despesas 
Antecipadas ou Despesas Pagas Antecipadamente. 
 
**** PROCEDIMENTO CONTÁBIL 
 
���� Débito 
Despesas do exercício seguinte pelo valor total gasto. 
 
���� Crédito 
Conta caixa. 
 
No final de cada período beneficiado pelo gasto: 
 
���� Débito 
Despesas operacionais (pelo valor proporcional). 
 
���� Crédito 
Despesas do exercício seguinte. 
 
 
 
DESP. EXERC. SEGTE. 
1) Débito 
CAIXA 
Crédito 1) 
DESP. OPERACIONAIS 
2) Débito 
Crédito 2) 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 17
 
RECEITAS ANTECIPADAS 
 
São recebimentos adiantados que vão gerar um passivo para uma prestação de serviço futura 
ou a entrega posterior de bens. Integram o grupo Resultado de Exercícios Futuros, cuja 
denominação de conta mais comum é Receitas Antecipadas. 
 
**** PROCEDIMENTO CONTÁBIL 
 
���� Débito 
Caixa (pelo valor total recebido). 
 
���� Crédito 
Receitas antecipadas. 
 
No final de cada período efetivo para apropriação da receita: 
 
���� Débito 
Receitas antecipadas. 
 
���� Crédito 
Receitas operacionais. 
 
 
 
CAIXA 
1) Débito Crédito 1) 
RECEITAS OPERACIONAIS 
Crédito 2) 
2) Débito 
RECEITAS ANTECIPADAS 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 18
RESERVAS 
 
São constituídas para complementar o capital na formação do patrimônio líquido das 
empresas. Podem ser: 
 
 
���� Reservas de capital 
São constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo resultado 
como receitas, por se referirem a valores destinados a reforço de capital. Como exemplo 
temos o ágio na emissão de ações, as doações recebidas e a correção monetária do 
capital realizado. 
 
 
���� Reservas de reavaliação 
Constituídas pelas reavaliações dos ativos a preços de mercado. 
 
 
���� Reservas de lucros 
Constituídas após a apuração do resultado com o objetivo de dar proteção aos 
acionistas. As principais são a reserva legal, a estatutária, a de contingências etc. 
 
 
 
 
PROVISÕES 
 
Elementos de redução do ativo ou verdadeiro passivo. Representam despesas já incorridas, 
com total, muitas vezes, apenas estimado e, portanto, deverão ter como contrapartida um 
débito em conta de despesa. 
 
 
Exemplos: 
Provisões para devedores duvidosos de duplicatas a receber e provisão para imposto de 
renda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 19
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
A N Á L I S E D E 
B A L A N Ç O S 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 20
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
 
 
Um dos objetivos da análise das demonstrações contábeis é o de reduzir o risco de 
concessão de crédito às empresas. 
Sabemos que há necessidade de equilíbrio e ponderação no processo de concessão de 
crédito, sendo fundamental o uso de instrumentos eficazes para avaliação da saúde financeira 
das empresas. É indispensável, portanto, conhecer seu mercado, sua estratégia e seu comando. 
Vários aspectos devem ser considerados ao se analisar demonstrações financeiras, tais 
como: 
 
 Aspectos Econômico-Financeiros dos Últimos Exercícios; 
 Participação de Capitais de Terceiros; 
 Dependência de Recursos Bancários; 
 Composição das Exigibilidades; 
 Grau de Liquidez a Curto e Longo Prazo; 
 Ciclo Financeiro/Operacional; 
 Evolução das Vendas; 
 Índice de Retorno do Patrimônio Líquido; 
 Necessidade de Capital de Giro; 
 Condições do Ramo de Atividade; 
 
A análise não pára nos itens elencados acima. Após a apuração desses índices, teremos à 
mão uma gama de informações que poderão ser confirmadas por meio de visitas, informações 
cadastrais e gerenciais, que aliadas ao seu conhecimento a respeito da empresa, lhe darão 
condições mais confiáveis para operar com as mesmas. 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 21
 
ANÁLISE VERTICAL 
 
A Análise Vertical é importante para todas as demonstrações contábeis, principalmente para 
o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados do Exercício. 
 
Tem por objetivo fornecer a representatividade em porcentagem de cada conta em relação à 
Demonstração Contábil a que pertence e, por meio da comparação com padrões do ramo ou 
com percentuais da própria empresa em anos anteriores, observar se há itens fora das 
proporções normais. 
 
Observe que os percentuais a Análise Vertical, nos permite ter uma visão interpretativa, que é 
extremamente difícil nos valores absolutos. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
Fórmula 
 
AV = Conta
Total Ativo / Passivo
 x 100 
 
 
Exemplo: 
 
Estoque = R$ 22.520,00 
Total do Ativo = R$ 248.730,00 
 
AV x = =22 520 00
248 730 00
100 9%. ,
. ,
 
 
O resultado acima mostra que do total de Ativos que a empresa possui, 9% estão investidos 
em estoques. 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO 
(Conta de lucros e perdas) 
 
Fórmula: 
 
 
 
 Conta 
AV = x 100 
 Receita Operacional Líquida 
 (Vendas / Faturamento) 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 22
 
Exemplo: 
 
C.P.V. = R$ 102.740,00 
R.O.L. = R$ 291.630,00 
 
AV x = =102 740 00
291630 00
100 35%. ,
. ,
 
 
O resultado mostra que o Custo dos Produtos Vendidos é de 35% em relação às Vendas, 
portanto conclui-se que a Margem Bruta (Lucro Bruto) é de 65%. 
 
Ao se efetuar a análise das Contas de Resultados, deve-se atentar aos seguintes itens: 
Margem Bruta, Margem Operacional e Margem Líquida, que são termômetros para análise 
dos demais itens. Assim, por exemplo, se a Margem Operacional de uma empresa for de 28% 
e a Margem Líquida de 2%, conclui-se que houveram contas (Despesas não operacionais) que 
afetaram o resultado significativamente. 
 
Fórmulas: 
 
 
Resultado Bruto 
Margem Bruta = x 100 
 Receita Operacional Líquida 
 
 
 
 
 
 Resultado Operacional 
Margem Operacional = x 100 
 Receita Operacional LíquidaResultado Líquido 
Margem Líquida = x 100 
 Receita Operacional Líquida 
 
 
 
 
 
 
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���� 23
 
CAPITAL DE GIRO OU CAPITAL CIRCULANTE 
 
É o montante ou conjunto de recursos que não está imobilizado. Estes recursos estão em 
constante movimentação no dia-a-dia da empresa para compra de matéria-prima, pagamento 
de impostos, salários e outras despesas. Para realização destes compromissos é necessário ter 
Capital de Giro, que não se limita somente ao numerário “em Caixa”, mas também são 
considerados os valores que serão transformados em numerário dentro de certo espaço de 
tempo (um exercício social). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO 
CIRCULANTE{Capital de GiroouCirculante PASSIVOCIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Realizável a Longo Prazo
ATIVO
PERMANENTE
 
 
CAPITAL DE GIRO = ATIVO CIRCULANTE 
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���� 24
 
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO OU CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 
 
O Capital Circulante Líquido (CCL) representa a folga financeira a curto prazo, ou seja, são 
recursos que a empresa dispõe para o seu giro e que não serão exigíveis naquele exercício. 
 
 
CCL = ATIVO CIRCULANTE - PASSIVO CIRCULANTE 
 
 
Sendo uma equação aritmética, seu resultado pode ser positivo ou negativo, indicando se a 
empresa está numa situação favorável ou não. Porém, é necessário considerar o perfil setorial 
e a natureza do negócio, por exemplo, há setores que têm como característica vender à vista e 
comprar a prazo. Outros, fazem o contrário por imposição de seu mercado. Outros ainda, 
devem pedir adiantamento a seus clientes, ou devem fazer adiantamento a seus fornecedores. 
Tudo, enfim, acaba por delinear o Capital de Giro e o Capital de Giro Líquido da empresa. 
 
 
ATIVO 
CIRCULANTE
{CCL>0
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Realizável a Longo Prazo
ATIVO
PERMANENTE
 
 
 
ATIVO 
CIRCULANTE
} CCL<0
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Realizável a Longo Prazo
ATIVO
PERMANENTE
 
 
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���� 25
 
CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO 
 
O Capital de Giro Próprio (CGP) é a parcela do Capital de Giro (Ativo Circulante) que é 
financiada por recursos próprios da empresa. Em outras palavras, é a parte do Patrimônio 
Líquido que não está investida no Ativo Permanente ou no Realizável a Longo Prazo. 
Partindo deste entendimento, temos a seguinte equação aritmética. 
 
 
Portanto, o resultado pode ser positivo ou negativo, sendo que para sua análise deve ser 
sempre lembrado o ramo de atividade que a empresa está inserida. 
 
 
ATIVO 
CIRCULANTE
{CGP>0
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDOATIVO
PERMANENTE
Realizável a Longo Prazo
 
 
 
 
ATIVO 
CIRCULANTE
{CGP<0
PASSIVO
CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Realizável a Longo Prazo
ATIVO
PERMANENTE
 
 
 CGP = PATRIMÔNIO LÍQUIDO – ATIVO PERMANENTE – REALIZÁVEL A 
 LONGO PRAZO 
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���� 26
 
ANÁLISE HORIZONTAL 
 
Tem por objetivo avaliar a evolução ou involução das contas do Balanço Patrimonial e da 
Demonstração de Resultados, de um exercício para outro ou de vários exercícios seguidos. 
Esta comparação permite perceber o “comportamento” da empresa no mercado e as 
tendências para o futuro. 
 
Quando há a comparação de índices ou de contas de uma série de exercícios, ocorre o 
problema da inflação, por estar comparando valores cujo poder aquisitivo da moeda é 
diferente em cada período. Portanto, para efetuar o cálculo da variação percentual dos itens a 
serem analisados, o primeiro passo é converter os valores em moeda do último ano (mesmo 
poder aquisitivo) corrigindo monetariamente as contas a serem analisadas. Esta técnica de 
inflacionar é a mais recomendada, porém pode-se também trazer os valores do ano atual para 
o ano anterior fazendo o deflacionamento. 
 
Fórmula do Cálculo da Variação Percentual 
 
AH Conta do Atual
Conta do Anterior
1 x 100= −






 Exercício 
Exercício 
 
 
Exemplo: 
 
Valores 
 
Estoque (ano atual) = R$ 22.520,00 
Estoque (ano anterior) = R$ 4.350,00 
Inflação anual = 350% 
 
Estoque Corrigido = 4.350,00 (1+3,5) = 19.575,00 
 
AH 22.520,00
19.575,00
1 x 100 15%= −




= 
 
O resultado indica que houve crescimento real de estoque, do ano anterior para o atual em 
15%. 
 
Todavia, freqüentemente a Análise Horizontal ganha sentido apenas quando aliada à vertical. 
Por exemplo, o disponível pode ter crescido em valores absolutos, mas sua participação 
percentual sobre o Ativo Circulante ou Total do Ativo pode ter-se mantido constante ou até 
ter diminuído por causa do aumento do giro ou das dimensões da empresa. 
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���� 27
 
ANÁLISE POR ÍNDICES 
 
Índice é a relação entre contas ou grupos de contas de Demonstrações Contábeis, que visa 
evidenciar determinados aspectos da situação econômica e financeira de uma empresa, 
permitindo ao analista extrair tendências e comparar índices com padrões pré-estabelecidos. 
A finalidade da análise não é somente retratar o que aconteceu no passado, mas sim, também 
fornecer bases para deduzir o que poderá ocorrer no futuro. 
 
O cálculo e a avaliação do significado de cada índice, é um dos pontos mais importantes da 
Análise de Balanços, pois os mesmos relacionam grupos e itens do Balanço e da 
Demonstração do Resultado. 
 
A avaliação do número encontrado, dependerá de um exame de consistência e do confronto 
com índices apresentados por empresas do mesmo ramo de atividade, e de como o setor vem 
se desenvolvendo. 
 
O importante não é o cálculo do grande número de índices, mas de um conjunto de índices 
que permita conhecer a situação da empresa segundo o grau de profundidade desejada da 
análise, que normalmente, varia de usuário para usuário. 
 
 
PRINCIPAIS ASPECTOS REVELADOS PELOS ÍNDICES FINANCEIROS 
 
 
 
Situação Financeira
Liquidez
Estrutura
 
 
 
Situação Econômica Rentabilidade 
 
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���� 28
 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
 
Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa. Os índices de 
liquidez não são índices extraídos de fluxo de caixa que comparam as entradas e saídas de 
dinheiro. São índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, 
procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa. 
 
Bons índices de liquidez significam que a empresa tem condições de ter boa capacidade de 
pagar suas dívidas, mas não estará obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia em função 
de outras variáveis. 
 
Para que estes índices sejam considerados adequadamente convém observar dois 
aspectos limitativos: 
 
� Primeiro, os índices não revelam a qualidade dos Ativos. 
 
� Segundo, os índices não revelam a sincronização entre recebimentos e pagamentos, ou 
seja, não possibilitam identificar se os recebimentos ocorrerão em tempo para pagar 
dívidas vincendas. 
 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE 
 
 Fórmula 
 
 
 LC Ativo Circulante
Passivo Circulante
= 
 
 
Este índice relaciona os recursos em reais disponíveis e os que serão convertidos dentro de 
um prazo de até 360 dias, em relação as dívidas dentro do mesmo prazo. 
 
O resultado revela até que ponto os investimentos do Ativo Circulante são suficientes ou não 
para cobrir as dívidas do Passivo Circulante. 
 
Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo 
Circulante. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
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���� 29
 
Exemplo: 
 
Valores:AC = R$ 110.500,00 
PC = R$ 80.600,00 
 
LC 110.500,00
80.600,00
1,37= = 
 
Conclusão: O índice 1,37 indica que os investimentos no Ativo Circulante são suficientes 
para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda permite uma folga de 0,37 centavos para cada 
R$ 1,00 de dívida. 
 
 
LIQUIDEZ GERAL 
 
Fórmula 
 
 Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
 LG = 
 Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 
 
 
Este índice detecta a saúde financeira da empresa, no que se refere a liquidez, considerando a 
curto e longo prazo. 
 
Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada 
R$ 1,00 de dívida total. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
AC = R$ 110.500,00 
RLP = R$ 55.600,00 
PC = R$ 80.600,00 
ELP = R$ 20.450,00 
 
LG 110.500,00 55.600,00
80.600,00 20.450,00
1,64= +
+
= 
 
O resultado 1,64 indica que, para cada R$ 1,00 de dívida total, a empresa tem R$ 1,64 de 
investimentos realizáveis, ou seja, consegue pagar suas dívidas e ainda dispõe de uma folga 
ou margem de R$ 0,64 (64%). 
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���� 30
 
LIQUIDEZ SECA 
 
O Ativo Circulante da empresa compreende investimentos de risco, enquanto o Passivo 
Circulante é líquido e certo: deve ser pago no dia e na quantia combinada. 
 
Daí a idéia de excluir do Ativo Circulante, o item de maior risco, o Estoque. 
 
 
Fórmula: 
 
LS Ativo Circulante Estoque
Passivo Circulante
=
−
 
 
 
A finalidade deste índice é medir o grau de excelência da situação financeira da empresa. Se 
o índice encontrado for abaixo do limite, segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma 
dificuldade de liquidez, porém, se ocorrer o contrário, conjugado com o índice de liquidez 
corrente é um reforço à conclusão de que a empresa é um “atleta de liquidez”. 
 
Indica: quanto a empresa possui do Ativo Circulante, para cada R$ 1,00 de dívida de curto 
prazo, independente dos estoques. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
AC = R$ 110.500,00 
Estoque = R$ 56.300,00 
PC = R$ 80.600,00 
 
LS 110.500,00 56.300,00
80.600,00
0,67= − = 
 
O índice 0,67 indica que a empresa somente conseguiria pagar 67% de suas dívidas de curto 
prazo, sem depender dos Estoques. 
 
Obs.: Na liquidez seca, deve-se sempre levar em conta o ramo de atividade da empresa, 
pois existem ramos em que não há estoques e outros que vivem basicamente de 
estoques, que é o caso dos supermercados, onde o cálculo deste índice não leva a 
conclusão nenhuma. 
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���� 31
 
GRAU DE SOLVÊNCIA 
 
Este grau relaciona o total de investimentos (Total do Ativo) com o total de Capital de 
Terceiros (Passivo Circulante mais o Exigível a Longo Prazo). 
 
Fórmula: 
 
 
 
 
 
 
 
Indica: A capacidade da empresa em saldar suas dívidas, considerando o total 
 de seu Patrimônio. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
Total do Ativo: R$ 240.150,00 
 
Exigível Total : R$ 92.850,00 
 
 
 240.150,00 
GS = x 100 = 258,64% 
 92.850,00 
 
 
Conclusão: O seu patrimônio total representa 258,64% do valor total de suas dívidas. 
Portanto, o total dos seus Ativos, é suficiente para cobrir 2,5 vezes suas dívidas. 
 
 
 Ativo Total 
 GS = x 100 
 Exigível Total 
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���� 32
 
ÍNDICES DE ESTRUTURA 
 
Os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em termos de 
obtenção e aplicação de recursos. 
 
 
GRAU DE ENDIVIDAMENTO 
 
 Exigível Total 
GE = x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
O grau de endividamento demonstra qual a proporção entre Capitais de Terceiros (Passivo 
Circulante e Exigível a Longo Prazo) e Patrimônio Líquido utilizado pela empresa, que são as 
duas fontes de recursos. É um indicador de riscos ou de dependência de terceiros, por parte da 
empresa. 
 
Também pode ser chamado de Índice de Participação de Capitais de Terceiros. 
 
Indica: quanto a empresa tomou de Capitais de Terceiros para cada R$ 100,00 de capital 
próprio investido. 
 
Interpretação: quanto menor, melhor. 
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
PC = R$ 80.600,00 
ELP = R$ 12.250,00 
PL = R$ 147.300,00 
 
GE 80.600,00 12.250,00
147.300,00
x100 63%= + = 
 
O resultado mostra que em cada R$ 100,00 de Capital Próprio (Patrimônio Líquido), a 
empresa tomou R$ 63,00 de Terceiros. 
 
Obs.: A cada apreciação sobre o grau de endividamento é preciso comparar os seus índices 
com padrão, isto é, verificar se o nível de endividamento da empresa, está dentro ou 
fora de certos padrões de normalidade, obtidos por meio de resultados de outras 
empresas do mesmo ramo. 
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���� 33
 
GRAU DE DEPENDÊNCA BANCÁRIA 
 
 
Fórmula: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indica: Proporção de endividamento bancário em relação ao Patrimônio Líquido. 
 
Interpretação: quanto menor melhor. 
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
Bancos = R$ 37.140,00 
PL = R$ 147.300,00 
 
 
DB 37.140,00
147.300,00
x100 25%= = 
 
 
Conclusão: O resultado indica que em cada R$ 100,00 de Capital Próprio (P.L.) a empresa 
tomou R$ 25,00 em Instituições Financeiras. 
 
 
 
 Instituições Financeiras 
 DB = x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
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���� 34
 
GRAU DE IMOBILIZAÇÃO 
 
 
 Ativo Permanente 
GI = x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
 
O grau de imobilização indica qual a parcela de recursos próprios (Patrimônio Líquido) 
investida no Ativo Permanente. 
 
Quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, menos recursos próprios sobrarão para 
o Ativo Circulante e, maior será a dependência de capitais de terceiros para o financiamento 
do giro da empresa. 
 
O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para 
cobrir o Ativo Permanente, o Realizável a longo prazo e ainda sobrar uma parcela para giro 
da empresa. 
 
Indica: quantos reais a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada R$ 100,00 de 
Patrimônio Líquido. 
 
Interpretação: quanto menor, melhor. 
 
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
AP = R$ 108.980,00 
PL = R$ 147.300,00 
 
GI 108.980,00
147.300,00
x100 74%==== ==== 
 
Isto significa, que a empresa imobilizou 74% do seu Patrimônio Líquido. 
 
Obs.: Para dizer se imobilizou muito ou pouco, necessita-se de padrões de comparação, isto 
é, comparar com índices estabelecidos por empresas do mesmo ramo. 
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���� 35
 
GIRO DO ATIVO 
 
 
 
 Vendas Líquidas 
GA = 
 Ativo Total 
 
 
Indica: quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
ROL (Vendas Líquidas) = R$ 291.630,00 
Ativo Total = R$ 240.150,00 
 
 
 291.630,00 
GA = = 1,21 
 240.150,00 
 
 
Conclusão: Cada R$ 1,00 de investimento total gerou um volume de vendas de R$ 1,21. 
 
O sucesso de uma empresa depende em primeiro lugar de um volume de vendas adequado. 
 
O volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos. Não se pode dizer 
se uma empresa está vendendo pouco ou muito olhando-se apenas para o valor absoluto de 
suas vendas. Uma empresa que vende R$ 100.000,00 por mês tem vendas elevadas se o seu 
ativo for de R$ 40.000,00. Certamente suas vendas serão baixas se o ativofor de R$ 
2.000.000,00. 
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���� 36
 
ÍNDICE DE RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Fórmula: 
 
 Lucro Líquido 
IR = x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
Indica: quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 100,00 de Capital Próprio investido. 
 
Interpretação: quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
Lucro Líquido do Exercício = 29.530,00 
Patrimônio Líquido = 147.300,00 
 
IR 29.530,00
147.300,00
x100 20%==== ==== 
 
 
Conclusão: Para cada R$ 100,00 de Capital Próprio investido, a empresa conseguiu R$ 
20,00 de lucro. 
 
 
Este índice revela a situação econômica da empresa, se está ou não, por meio da estrutura, 
gerando lucros. 
 
O objetivo desta análise, como parte da Análise de Crédito, é a de avaliar a Taxa de Retorno 
sobre o Patrimônio Líquido, isto é, qual foi o retorno sobre os recursos próprios investidos no 
negócio por uma empresa. 
 
Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado, como 
Caderneta de Poupança, CDB, Ações etc, para avaliar se a empresa oferece rentabilidade 
superior ou inferior. 
 
O Lucro Líquido se acha expurgado da inflação, a Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido é 
real. 
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���� 37
 
ÍNDICES DE ATIVIDADE OU PRAZOS MÉDIOS 
 
Basicamente são três os Índices de Prazos Médios que podem ser encontrados a partir das 
Demonstrações Financeiras. 
 
- Prazo Médio de Renovação de Estoque 
 
 Estoque Médio 
PMRE = x 360 
 CPV 
 
 
- Prazo Médio de Recebimento de Duplicatas 
 
 Duplicata a Receber Médio 
PMRD = x 360 
 Receita Oper. Líquida 
 
Obs.: Do valor da Receita Operacional Bruta devem ser excluídas as devoluções e vendas 
canceladas. 
 
 
- Prazo Médio de Pagamento ao Fornecedor 
 
 Fornecedor Médio 
PMPF = x 360 
 Compras 
 
 
Os índices de Prazos Médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre em 
conjunto, assim permitem avaliar se as políticas utilizadas pela empresa vem sendo 
adequadas. 
 
A precisão dos índices de prazos médios está diretamente ligada à uniformidade das vendas e 
compras. Se a empresa tem vendas e compras aproximadamente uniformes durante o ano, os 
índices de Prazos Médios calculados a partir dos dados do Balanço e da Demonstração de 
Resultado refletirão satisfatoriamente a realidade. Agora, se as vendas e/ou compras 
flutuantes tiverem picos e vales ou concentração em determinadas épocas do ano, os índices 
poderão estar completamente distorcidos. 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 38
 
Exemplo: 
 
Valores: 
 
Dupl. a receber, ano anterior (corrigida) = R$ 20.480,00 
Dupl. a receber, ano atual = R$ 27.110,00 
Estoque, ano anterior (corrigido) = R$ 19.575,00 
Estoque, ano atual = R$ 22.520,00 
Fornecedor, ano anterior (corrigido) = R$ 18.020,00 
Fornecedor, ano atual = R$ 11.900,00 
C.P.V. (Custo Prod. Vendido) = R$ 102.740,00 
R.O.L. (Receita Oper. Líquida) = R$ 292.630,00 
Compras = R$ 105.685,00 
 
 
Compras = CPV - EI + EF 
 
EI = Estoque Inicial (ano anterior) 
EF= Estoque final (ano atual) 
C = 102.740,00 - 19.575,00 + 22.520,00 
C = 105.685,00 
 
 
 
 19.575,00 + 22.520,00 
 
PMRE = 2 x 360 = 74 dias 
 102.740,00 
 
 
 
 20.480,00 + 27.110,00 
 
PMRD = 2 x 360 = 29 dias 
 292.630,00 
 
 
 
 18.020,00 + 11.900,00 
 
PMPF = 2 x 360 = 51 dias 
 105.685,00 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 39
 
CICLO OPERACIONAL DE UMA INDÚSTRIA 
 
 
 
6
1
2
5
4
3
CAIXA
����
����
����
����
São adquiridas "Matérias-primas"
e contraídas dívidas com 
"Fornecedores"
"Produtos em Elaboração":
valor é acrescido às matérias-primas
são geradas "Despesas Provisionadas"
(salários, energia etc.)
"Produtos Acabados: completam-se
os produtos; são geradas mais 
"Despesas Provisionadas"
"Duplicatas a Receber"
são cobradas
"Produtos Acabados"
são vendidos; são geradas 
Despesas Administrativas, 
de Vendas e Tributárias; 
são geradas
"Duplicatas a Receber"
 
 
 
Obs.: Nota-se, na figura, acima a ausência de financiamentos bancários, porque estes são 
fontes complementares de recursos e não fontes primárias que devem sempre estar 
presentes no conjunto de eventos que compõem o ciclo operacional. Os empréstimos 
só ocorrem quando o “CAIXA”, não é suficiente para pagamento de fornecedores, 
encargos, despesas etc, em tempo necessário para completar cada etapa do ciclo. 
 
 
A soma dos prazos PMRE + PMRD representa o que se chama Ciclo Operacional, ou seja, o 
tempo decorrido entre compra e o recebimento da venda da mercadoria. 
 
Graficamente tem-se: 
 
 
 
Ciclo Operacional
compra venda
PMRE PMRD
recebimento
 
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���� 40
 
 
CICLO FINANCEIRO 
 
 
Ciclo Operacional
compra venda
PMRE PMRD
recebimento
Pagamento
PMPF
Ciclo Financeiro
 
 
 
Ciclo Operacional = PMRE + PMRD 
Ciclo Financeiro = PMRE + PMRD - PMPF 
 
O Ciclo Operacional mostra o prazo de investimento. Paralelamente ao Ciclo Operacional 
ocorre o financiamento concedido pelos fornecedores, a partir do momento da compra. Até o 
momento do pagamento aos fornecedores, a empresa não precisa preocupar-se com 
financiamento, o qual é automático. 
 
 
− Se o PMPF (Prazo Médio de Pagamento ao Fornecedor) for superior ao PMRE (Prazo 
Médio de Renovação de Estoque) então os fornecedores financiarão também uma parte das 
vendas. O tempo decorrido entre o momento em que a empresa paga ao fornecedor e o 
momento em que recebe as vendas é o período em que a empresa precisa de 
financiamento. É o chamado Ciclo Financeiro. 
 
 
− No gráfico acima observa-se que os fornecedores financiam totalmente os estoques e uma 
parte das vendas. 
 
 
Ciclo Operacional e Financeiro, representado pelos prazos médios anteriormente. 
 
PMRE = 74 dias 
PMRD = 29 dias 
PMPF = 51 dias 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 41
 
 
 
 
Ciclo Operacional
compra venda recebimento
Pagamento
Ciclo Financeiro
103
74 29
PMRE PMRD
PMPF
51
 
 
 
 
 
 
Conclusão: O Ciclo Operacional é de 103 dias, isto é, o período entre a compra da matéria-
prima e o recebimento das vendas, enquanto o Ciclo Financeiro é de 52 dias, 
pois os fornecedores estão financiando apenas 51 dias. O ciclo financeiro é a 
parcela do Ciclo Operacional que não é financiada pelos fornecedores, no qual a 
empresa precisa buscar capital de giro de outras fontes. 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 42
 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 
 
Capital de Giro sob uma nova ótica é o recurso investido nas contas do balanço (Ativo) ligadas 
diretamente ao processo produtivo da empresa. Ex.: Estoque, Duplicatas a Receber, etc (Ativo 
Circulante Operacional). 
 
Considera-se que esse capital de giro origina-se em parte ou integralmente por aquelas contas 
também ligadas ao processo produtivo da empresa, localizadas no passivo. 
Ex.: Fornecedores, Salários a pagar (Passivo Circulante Operacional).3 Quando o Capital de Giro necessário para manter o Ativo Circulante Operacional for maior 
que o valor originado pelo Passivo Circulante Operacional, diz-se que a empresa tem 
Necessidade de Capital de Giro (NCG). 
 
Necessidade de Capital de Giro (NCG) 
 
Para encontrar a necessidade de Capital de Giro de uma empresa, é preciso em primeiro lugar 
reclassificar as contas do balanço, conforme abaixo: 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
 
Ativo Circulante 
Financeiro 
 
Passivo Circulante 
Financeiro 
 
Ativo Circulante 
Operacional 
 
Passivo Circulante 
Operacional 
 
Ativo 
 Não 
Circulante 
 
Passivo 
Não 
 Circulante 
 
 
Ativo (Aplicação dos recursos) 
 
Ativo Circulante Financeiro 
É basicamente representado pelas Disponibilidades, Aplicações Financeiras e outras contas 
Realizáveis a Curto Prazo ligadas diretamente à área financeira da empresa. 
 
Ativo Circulante Operacional 
É o grupo de contas que se renova de acordo com a produção da empresa, portanto estão 
diretamente ligadas à área operacional, normalmente representadas pelas contas Duplicatas a 
Receber, Estoques etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 43
 
 
Ativo não Circulante 
É o grupo de contas de caráter permanente (fixas) da empresa, ou seja, aquelas que não são 
movimentadas e substituídas com freqüência. São contas localizadas no Realizável a Longo 
Prazo e Permanente. 
 
 
Passivo (Origem dos recursos) 
 
Passivo Circulante Financeiro 
É constituído por financiamentos de curto prazo que representam fontes de recursos ocasionais 
Ex.: Empréstimos/Financiamentos, Duplicatas Descontadas e outras contas que não figuram 
com freqüência no Passivo Circulante. 
 
Passivo Circulante Operacional 
A exemplo do ativo, também são contas ligadas a produção e que se movimentam em função da 
produção da empresa. Essas contas são constantemente renovadas Ex.: Fornecedores, Salários a 
Pagar, etc. 
 
Passivo não Circulante 
São as contas consideradas permanentes, pois seus valores são mantidos com freqüência no 
balanço, ou pelo menos por um longo prazo. Incluem-se nesse grupo: Exigível a Longo Prazo e 
Patrimônio Líquido. 
 
 
Resumo das Contas Reclassificadas 
 
Grupos 
 
ATIVO 
(Aplicações) 
PASSIVO 
(Origens) 
 
Circulante 
Financeiro 
 
 
Caixa e Banco 
 
Financiamentos a 
Curto Prazo 
 
Circulante 
Operacional 
 
 
Clientes e Estoque 
 
Fornecedores 
 
Não Circulante 
R.L.P. 
e 
Permanente 
 
E.L.P. e P.L. 
 
 
 
 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 44
 
 
 
Logo NCG é a diferença entre os valores do Ativo Circulante Operacional e Passivo Circulante 
Operacional. 
 
 
 
 - = 
 
 
 
Os recursos necessários para financiar a NCG deveriam ser oriundos de fontes permanentes, ou 
seja, a diferença entre o Passivo não Circulante e o Ativo não Circulante. 
 
 
 
 
 - = 
 
 
 
 
 
 
Quando a empresa necessitar de Capital de Giro e o saldo de Fundos Permanentes for 
inexistente ou insuficiente para suprir essa necessidade, ela terá que recorrer a empréstimos de 
curto prazo, representados pela diferença entre os valores do Ativo Circulante Financeiro e do 
Passivo Circulante Financeiro. (Saldo de Tesouraria) 
 
 
 
 - = 
 
 
 
 
 
As contas do Ativo Circulante Operacional são freqüentes nos balanços, pois uma empresa em 
atividade terá sempre saldo em estoque e duplicatas a receber, portanto quando essas contas 
estão sendo financiadas com empréstimos de Curto Prazo (Saldo de Tesouraria), a situação 
torna-se desconfortável para a empresa, tendo em vista a pouca confiabilidade desse tipo de 
empréstimo como fonte de recursos renováveis, além do alto custo financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
Ativo Circulante 
Operacional 
Passivo Não 
Circulante 
 
Ativo Circulante 
Financeiro 
 
Passivo Circulante 
Operacional 
Ativo Não 
Circulante 
 
Passivo Circulante 
Financeiro 
 
N.C.G. 
 
Fundo Permanente 
 
Saldo de 
Tesouraria 
 ________________________________Contabilidade Empresarial 
 
���� 45
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
 
 
 
���� Análise Financeira de Balanço 
Autor: Dante C. Matarazzo 
Editora Atlas - ano 1988 - 2ª edição 
 
 
 
���� Análise da Correção das Demonstrações Financeiras 
Autor: Eliseu Martins 
Editora Atlas - ano 1987 - 2ª edição 
 
 
 
���� Planejamento de Pequenas e Médias Empresas 
Autor: Haroldo Vinagre Brasil 
 
 
 
���� Contabilidade Introdutória 
Autor: Equipe de professores da FEA/USP 
Editora Atlas - ano 1990 - 7ª edição 
 
 
 
���� Administração Financeira 
Autor: Eliseu Martins e Alexandre Assaf Neto 
Editora Atlas - ano 1985 - 1ª edição 
 
 
 
���� Manual de Contabilidade para não Contadores 
Autor: Sérgio de Indícibus e José Carlos Marion 
Editora Atlas - ano 1992 - 1ª edição 
 
 
S/Gráfica/Cursos Bradesco/Treinet – Apostilas/Contabilidade.doc

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