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Representação dentária - anatomia e escultura dental - aula 2

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Representação dentária
ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL – AULA 2 
23/02/2022
· Dentição decídua 
· A dentição decídua surge em torno dos 6 meses de idade e completa-se na faixa dos 2 anos e meio.
· Sendo uma dentição temporária, ela permanece na cavidade bucal até ser substituída gradativamente pelos dentes permanentes.
OBS: Deve-se salientar que os dentes decíduos são substituídos por incisivos, caninos e pré-molares permanentes. Os molares permanentes não substituem nenhum dente, sendo chamados de dentes monofisários.
OBS: Em geral, os primeiros molares permanentes erupcionam entre os 6 e os 8 anos de idade, marcando o início da dentição mista, o que pode ocorrer também antes da esfoliação dos primeiros dentes decíduos. Infelizmente, alguns pais acreditam que os primeiros molares sejam, ainda, um dente decíduo, e que uma cárie nestes não é tão significativa, pois ele será substituído por outro dente. Tal fato, associado ainda à dieta cariogênica típica da idade, faz com que os primeiros molares sejam, em geral, os primeiros permanentes a serem afetados por cárie, e alguns dos dentes mais precocemente extraídos
· Dentição permanente
· Apesar de o desenvolvimento dos dentes permanentes começar a ocorrer por volta dos 4 meses de vida intrauterina, a dentição permanente inicia-se somente em torno dos 5 a 7 anos. Em geral, completa-se em torno dos 18 aos 21 anos de idade. Ela é composta por 32 dentes, sendo 16 no arco superior e 16 no inferior. Em cada hemiarco, existem 2 incisivos, 1 canino, 2 pré-molares e 3 molares.
· Período de dentição mista
 
· O termo “dentição mista” é empregado para se referir ao período no qual, ao mesmo tempo, existem dentes decíduos e dentes permanentes na cavidade bucal. Tal período inicia-se em torno dos 6 anos, após a erupção do primeiro molar permanente, e termina por volta dos 11 anos de idade.
· Cronologia de irrupção 
· Rizólise e esfoliação 
· Rizólise – processo de reabsorção radicular. Comum na dentição decídua e não na permanente.
· É um processo fisiológico na dentição decídua e patológico na dentição permanente. 
· A medida que o dente permanente vai se formando, a raiz do decíduo vai sofrendo reabsorção. 
· Esfoliação – é a perda do dente decíduo pelo processo de rizólise. 
OBS: do momento em que o dente irrupciona até a rizogênese completa são em media 2 a 3 anos para formar até o ápice radicular completo. 
· dentição decídua (período de irrupção):
· incisivos centrais inferiores (71/81) – 6 meses. 
· Incisivos centrais superiores (51/61) – 7 meses. 
· Incisivos laterais inferiores (72/82) – 8 meses. 
· Incisivos laterais superiores ( 52/62) – 9 meses. 
· Primeiros molares – 12 meses.
· Caninos – 18 meses. 
· Segundo molares – 24 meses. 
· Dentição permanente (período de irrupção):
· Primeiro molar – 6 anos. 
· Incisivo central – 6 anos. 
· Incisivo lateral – 7 anos.
· Canino inferior – 9 anos.
· Primeiro pré-molar – 10 anos. 
· Canino superior – 11 anos.
· Segundo pré-molar – 12 anos. 
· Segundo molar – 12 anos.
· Terceiro molar – 18 anos. 
OBS: dentição mista – dentes decíduos e permanentes na boca. É durante os 6 a 12 anos. 
OBS: pré-molares substituem molares decíduos. 
· Notação gráfica (barras) ou sistema de Palmer
· Esta notação utiliza-se de duas barras, perpendiculares entre si. A barra horizontal representa o plano oclusal, separando os dentes superiores dos inferiores. A barra vertical representa o plano mediano, separando os dentes direitos dos esquerdos.
· Deve-se observar que a referência é o paciente em posição anatômica, ou seja, olhando para o profissional. Inicialmente, isso pode gerar certa confusão, pois os dentes do lado direito da barra são, na realidade, os do lado esquerdo do paciente.
Ex: 
OBS: na dentição decídua, a representação é por algarismos romanos de I até V. 
· Notação da FDI
OBS: nesse caso, o primeiro número representa o quadrante e o segundo o dente (como na primeira notação).
Ex: 
OBS: quadrante de dentes decíduos é diferente do de dente permanentes.
Ex: 
· Termos de posição e direção 
· No sentido vertical:
· Face oclusal (ou incisal): Refere-se à porção da coroa que se relaciona com o plano oclusal. No caso dos pré-molares e molares, existe uma face oclusal. No caso dos incisivos e caninos, há apenas uma margem oclusal, comumente chamada de margem incisal.
· cervical: Refere-se à porção da coroa que se continua com o colo e a raiz. Como existe a linha cervical no colo, permaneceu o termo, cervical.
OBS: Quando se descreve a raiz de um dente, empregam-se os termos cervical e apical. E, sempre que uma estrutura se localizar entre oclusal e cervical (na coroa) ou entre cervical e apical (na raiz), emprega-se o termo médio.
· no sentido horizontal: 
· Neste sentido, não há diferença entre os termos da coroa ou da raiz. Foram criados os termos vestibular e lingual e os termos mesial e distal. E, tal como com termos empregados no sentido vertical, sempre que uma estrutura se localizar entre a vestibular e a lingual ou entre a mesial e a distal, emprega-se o termo médio.
· Vestibular e lingual: Os arcos dentais dividem a cavidade bucal em duas partes: a cavidade bucal propriamente dita e o vestíbulo bucal. A primeira localiza-se internamente aos arcos dentais, sendo ocupada pela língua, e a segunda, externamente, entre os arcos dentais e os lábios/bochechas. Assim, a face – ou parte do dente localizada externamente –, voltada para o vestíbulo, é a vestibular (na literatura inglesa, utiliza-se o termo “buccal”). A parte, ou face, do dente voltada para dentro, que contata a língua, é a lingual. Alguns estudiosos empregam o termo palatino para os dentes superiores, em vez de lingual.
· Mesial e distal: Para entender essa nomenclatura, deve-se, imaginariamente, desfazer o arco dental, desdobrando-o de modo a que todos os dentes fiquem em um mesmo plano frontal. Agora, as estruturas que estiverem voltadas para a linha mediana serão mesiais e as que estiverem voltadas para fora serão distais. Exemplificando, com o arco em posição, temos a face “medial” de um incisivo como mesial e, em um molar, a face “anterior” como a mesial.
· Morfologia geral dos dentes permanentes
· O desenvolvimento do dente começa com o aumento da proliferação celular nos centros de crescimento, ou lóbulos, do germe dentário. Estes lóbulos formam a coroa do dente e são centros primários de calcificação. Eles são representados pela cúspide, nos dentes posteriores, e pelos mamelões e cíngulos nos dentes anteriores. Os lóbulos são separados por sulcos de desenvolvimento. 
· Todos os dentes anteriores são formados por três lóbulos vestibulares e um lingual (cíngulo).
· Nos incisivos superiores e inferiores, extensões das margens de cada lóbulo vestibular formam protuberâncias arredondadas, os mamelões. Estes são mais evidentes logo após a erupção dos dentes, antes do desgaste fisiológico causado pela oclusão e pela mastigação.
· Os pré-molares também são formados por três lóbulos vestibulares e um lingual, sendo a exceção os segundos pré-molares inferiores, constituídos por três lóbulos vestibulares e dois linguais. Os primeiros molares superiores e inferiores são formados por cinco lóbulos, que representam suas cinco cúspides. Os segundos molares superiores e inferiores são constituídos por quatro lóbulos e os terceiros molares, por quatro lóbulos pelo menos.
· Em geral, a coroa dos dentes humanos apresenta dois tipos de formas geométricas: pentaédrica ou cuboide. Os dentes incisivos e os caninos, por terem apenas cinco faces, assemelham-se mais a um pentaedro, sendo que os pré-molares e os molares, por apresentarem seis faces, são mais parecidos com um cubo.
· As coroas de todos os dentes são assimétricas. Se dividirmos um dente ao meio e observarmos as duas metades, notaremos que ambas apresentam características morfológicas diferentes. Isso facilita a identificação do dente e o lado a que ele pertence.
· As formas geométricas nas quais se inscrevem as coroas dos dentes são formadas por um conjunto de faces, margens e ângulos:
·Faces: São as superfícies planas que entram na formação do sólido geométrico (cubo ou pentaedro). Evidentemente, no estudo dos dentes, tais faces não são totalmente lisas e planas, mas, sim, irregulares e geralmente convexas. Os dentes anteriores apresentam cinco faces: vestibular, lingual, mesial, distal e cervical. Esta última é virtual, já que é contínua com a raiz. Já os dentes posteriores apresentam seis faces: vestibular, lingual, mesial, distal, cervical e oclusal, com uma verdadeira face oclusal e uma face cervical virtual.
· Margens: São formadas pelo encontro de duas faces. As margens recebem os nomes das faces que contribuem para sua formação, como margem mesiovestibular, oclusolingual etc. Para facilitar, pode-se usar, no lugar destes nomes compostos, apenas os nomes das faces adjacentes àquela que se está descrevendo. Assim, a face vestibular, por exemplo, apresentará as bordas oclusal, cervical, mesial e distal.
· Ângulos: São formados pelo encontro de três faces. Os ângulos recebem o nome das faces que o formam, como o ângulo mésio-oclusovestibular. Da mesma maneira que para as margens, pode-se simplificar também sua nomenclatura. Uma face vestibular, por exemplo, pode ter os ângulos mesial e distal, no lugar de ângulos mésio-oclusovestibular e disto-oclusovestibular.
· Divisão da coroa em terços 
· A coroa pode ser dividida em terços, como no sentido vertical (cérvico-oclusal) e também no horizontal (mesiodistal ou vestibulolingual). 
· O termo oclusão vale para pré-molares e molares. No caso de incisivos e caninos, usa-se incisal. 
OBS: Esta divisão também se aplica à raiz, mudando-se apenas a nomenclatura. Em vez de se usar o termo cérvico-oclusal, utiliza-se o termo cervicoapical, mantendo-se a mesma nomenclatura para os outros sentidos.
· Dimensões relativas das faces
· As faces vestibulares são mais compridas do que as linguais. 
· as faces vestibulares são mais largas que as faces linguais, com exceção do primeiro molar superior.
· As faces mesiais costumam ser mais compridas do que as distais. 
· as faces mesiais são mais largas que as distais.
· as faces vestibular e lingual convergem para a face oclusal.
· as faces mesial e distal convergem para a raiz, ou seja, para a face cervical. Essa inclinação é mais acentuada na face distal.
· as faces vestibular e lingual convergem para distal. No entanto, a convergência é muito discreta.
· as faces mesial e distal convergem para a lingual, fato que possibilita que a arcada se curve. Isso porque as faces linguais são menores.
· estruturas anatômicas
· faces livres – Bossa
· elevação arredondada situada no terço cervical da face vestibular de todos os dentes decíduos e permanentes;
· é uma saliência de esmalte na porção cervical. 
· Assim, as bossas protegem as porções marginais da gengiva, desviando delas os alimentos, durante a mastigação. Tal fato possibilita que haja uma fricção mínima sobre a gengiva, mantendo-a hígida.
· Se a convexidade da bossa for exagerada, o alimento não irá massagear suficientemente a gengiva e dificultará a higienização. Já uma bossa pouco definida deixará que o alimento se impacte exageradamente na gengiva, causando sua inflamação. 
· Faces proximais – bossa proximal e ponto de contato.
· Os pontos de maior convexidade nas faces proximais causam elevações semelhantes às bossas nas faces livres, chamadas de bossas proximais. No entanto, funcionalmente, tais elevações são mais importantes, pois, além de desempenharem o papel de proteção gengival descrito para as faces livres, ainda entram na formação do ponto de contato.
· Bossa lingual: elevação arredondada situada entre os terços cervical e médio dos dentes posteriores;
· Bossa proximal: elevação arredondada situada nos dois terços incisais/oclusais das faces de contato.
· Ponto de contato: O ponto pelo qual um dente contata o seu vizinho, seja na face mesial como na face distal, é conhecido como ponto de contato. 
· Com o tempo, geralmente devido ao atrito entre as faces proximais do dente causado durante os movimentos do dente no alvéolo, tais pontos de contato tornam-se maiores. Nesse caso, utiliza-se o termo área de contato.
· Cristas marginais.
· Crista marginal: eminência situada nas bordas mesial e distal da face lingual dos dentes incisivos e caninos e nas bordas mesial e distal da face oclusal dos dentes pré-molares e molares. Na face lingual dos dentes anteriores, essa estrutura anatômica se estende do cíngulo ao ângulo incisal, como um pilar de reforço, enquanto que, nos elementos posteriores, estende-se das cúspides vestibulares às linguais;
· seu enfraquecimento, causado por processo carioso ou preparos cavitários, pode provocar a fratura da coroa. Além disso, tais cristas fornecem margens elevadas na periferia da face oclusal, forçando o alimento para as fossetas e os sulcos, onde pode ser mais bem triturado pelas cúspides do dente antagonista.
· Fossas e fossetas 
· Fossa: escavação de profundidade variável, dependendo do volume das saliências que a delimitam, localizada na face lingual dos dentes incisivos e caninos;
· É uma depressão na face lingual dos dentes incisivos e caninos. 
· A fossa lingual está na face lingual dos dentes anteriores, delimitada pelas cristas marginais mesial e distal e pelo cíngulo.
· Fóssula, fóvea ou fosseta: é uma depressão de forma triangular encontrada na face oclusal dos dentes pré-molares e molares e na face vestibular de molares;
· É uma depressão na face oclusal de pré-molares e molares e na face vestibular de molares. 
· Estão na face oclusal dos dentes posteriores, são profundas e marcam pontos de confluência dos sulcos, sendo muito suscetíveis à cárie. Os dentes do grupo dos pré-molares apresentam, em geral, duas fossetas triangulares, uma mesial e outra distal. Estas se localizam-se próximo às cristas marginais.
· Cíngulo.
· Cíngulo: saliência arredondada de origem do esmalte, que se localiza no terço cervical da face lingual dos dentes pertencentes ao grupo dos incisivos e caninos;
· É um aumento de volume do esmalte na face lingual no terço cervical dos incisivos e caninos. 
· Colo 
· Colo anatômico: O colo anatômico foi descrito no tópico anterior como exatamente a região do dente que bordeja a linha cervical. Portanto, ele é fixo e imutável. 
· Colo clinico: Já o colo clínico, ou colo cirúrgico, é a parte do dente que bordeja a gengiva, conhecida como linha gengival, sendo, portanto, variável no decorrer da vida. Na erupção e em jovens, ele se localiza na coroa. Em idosos, devido à perda óssea fisiológica e patológica, tende a se localizar mais na raiz. 
· Nos grupos dos dentes incisivos e no dos caninos, o colo apresenta diferenças entre as faces livres e as faces proximais.
· Nas faces livres, a linha cervical apresenta-se curva, com a concavidade voltada para a coroa. Nas faces proximais, a linha cervical apresenta um formato em “V”, mais fechado para os incisivos e mais aberto para os caninos, mas sempre com a abertura voltada para a raiz.
· No grupo dos pré-molares, observa-se sinuosidade semelhante aos incisivos e caninos, porém menos pronunciada. A linha cervical é uma curva suave, côncava para a coroa nas faces livres e côncava para a raiz nas faces proximais.
· No grupo dos molares, a linha cervical praticamente torna-se retilínea, observando-se apenas nuances das sinuosidades descritas. Pode-se observar, sobretudo nas faces livres, um prolongamento do colo em direção à raiz, representado por uma pequena ponta de esmalte que se dirige para o ponto de separação das raízes.
Referencias: livro anatomia aplicada a odontologia e http://www.editora.ufpb.br/sistema/press5/index.php/UFPB/catalog/download/234/740/5223-1?inline=1

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