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artigo crimes cibernéticos e a ineficácia da lei 12 737_2012 (1)

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OS CRIMES CIBERNÉTICOS E A INEFICÁCIA DA LEI 12.737/2012 
 
 
Alessandro Gabriel Ferreira Carvalho1 
 Sérgio Grott2 
 
 
RESUMO 
 
A internet é uma ferramenta que mudou o jeito com que as pessoas convivem, 
trazendo comodidade e facilitando o acesso à informação de forma eficiente e 
rápida, se tornando essencial no dia a dia. Apesar disso, a web também é um local 
desconhecido e que propicia o cometimento de muitos crimes, os chamados crimes 
cibernéticos. Esta nova modalidade de infrações fez com que o Código Penal tivesse 
alterações com a Lei Federal n° 12.737/2012, conhecida como Lei Carolina 
Dickmann, que acrescentou sanções e tipificou alguns desses delitos. Este artigo 
tem o objetivo de explanar estes crimes e suas implicações dentro da sociedade, 
além de analisar o conteúdo da referida Lei e quais são os caminhos para que ela 
seja efetiva. 
 
Palavras-chave: Crimes cibernéticos. Lei Carolina Dickmann. Internet. 
 
ABSTRACT 
The internet is a tool that has changed the way people live, bringing convenience and 
facilitating access to information efficiently and quickly, becoming essential in 
everyday life. Despite this, the web is also an unknown place that allows the 
commission of many crimes, the so-called cyber crimes. This new type of offenses 
caused the Penal Code to be amended with Federal Law No. 12,737/2012, known as 
the Carolina Dickmann Law, which added sanctions and typified some of these 
 
1 Acadêmico do 9o semestre de Direito pelo Centro de Ensino Superior do Amapá. E-mail: 
alessandrogabriel587@gmail.com 
2 Docente do Curso de Direito do Amapá-CEAP. Especialista em Direito Constitucional pela 
Faculdade Damásio Educacional. Graduado em Direito pela Universidade Federal do Amapá 
(UNIFAP). Mestre em Direito pela Uniceub. Email: sergio.grott@ceap.br 
 2 
offenses. This article aims to explain these crimes and their implications within 
society, in addition to analyzing the content of the aforementioned Law and what are 
the ways for it to be effective. 
 
Keywords: Cyber crime. Carolina Dickmann Law. Internet. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O advento da informática trouxe novos processos de organização social, 
principalmente no contexto do contato diário entre pessoas e até empresas, que 
utilizam as redes como forma de aproximação com seus clientes. Esta 
oportunidade que o mundo globalizado e a tecnologia têm oferecido comodidade, 
ao mesmo tempo em que deixa a população suscetível a ações de criminosos e 
golpistas que utilizam destes meios para cometerem os mais diversos tipos de 
crimes. 
Um dos grandes desafios do Direito na atualidade, talvez, seja dar a 
devida segurança e proteção nas transações comerciais e nas diversas outras 
formas de relações exercidas pela internet, como forma de reduzir os danos 
cometidos por crimes cibernéticos. 
“A denominação de cibercrime é dada a um conjunto 
específico de crimes relacionados com a utilização de computadores 
e de redes informáticas. Essa expressão pode igualmente ser 
empregue no que refere à facilitação de atividades ilegais tradicionais 
através do recurso a meios informáticos” (CARRAPIÇO,2005, 
p.170)”. 
Além dos crimes cibernéticos relacionados às transações comerciais, tem-
se ainda uma grande diversidade destes relacionados aos ataques cibernéticos, 
promovidos por cracker’s do mundo todo, que se utilizam de malwares para 
sequestrarem computadores de usuários e empresas de forma a posteriormente 
solicitarem valores pecuniários em troca dos dados sequestrados, como foi visto 
recentemente em um ataque a uma empresa de petróleo nos Estados Unidos. 
O presente trabalho possui o objetivo geral do trabalho é mostrar que são 
muito comuns também os crimes cometidos na internet relacionados à pessoa, 
como injúrias, calúnia, difamação, ameaças, violação de correspondências, 
 3 
contra o patrimônio, pedofilia, dentre outros. 
A Lei 12.737/2012, também conhecida como “Lei Carolina Dickmann”, 
sancionada em 3 de Dezembro de 2012 pela então Presidente Dilma Rousseff, 
promoveu algumas alterações no Código Penal Brasileiro, tipificando os 
chamados “delitos ou crimes informáticos”. Apesar destas alterações, o objetivo 
específico desta pesquisa é mostrar adiante os motivos da sua ineficácia nos 
casos práticos de crimes cibernéticos dentro do ordenamento jurídico brasileiro e 
o que poderia ser feito para as vítimas se beneficiarem mais desta lei. Este 
trabalho utiliza o método hipotético-dedutivo, com abordagem qualitativa. Os 
procedimentos metodológicos foram a pesquisa bibliográfica e documental. 
 
2 CONCEITUANDO OS CRIMES CIBERNÉTICOS 
 
Por meio da internet a humanidade se globalizou e dessa forma houve 
transformação no meio da comunicação e notícias. Portanto, ao passar do 
tempo, começou a ter intensidade de informação e decorrente o mau uso da 
plataforma digital e o Direito se tornando um mecanismo para regularizar os fatos 
jurídicos. Desse modo, surgiram meios para combater e fiscalizar o crime 
cibernético. 
Inicialmente deve-se salientar o que vem ser crime cibernético que é toda 
atividade criminosa vinda por meio eletrônico com o intuito de causar dano a 
outrem. Outro conceito que possa definir crime digital pode ser o de Ivette Senise 
Ferreira (2005, p. 261) em seu livro “Direito & Internet: Aspectos Jurídicos 
Relevantes. 2 ed”: 
 
Atos dirigidos contra um sistema de informática, tendo como 
subespécies atos contra o computador e atos contra os dados ou 
programas de computador. Atos cometidos por intermédio de um 
sistema de informática e dentro deles incluídos infrações contra o 
patrimônio; as infrações contra a liberdade individual e as infrações 
contra a propriedade imaterial. 
 
Para uma conceituação mais abrangente e compreensível do que são crimes 
cibernéticos PINHEIRO disserta: 
 4 
 
Os crimes digitais podem ser conceituados como sendo as condutas 
de acesso não autorizado a sistemas informáticos, ações destrutivas 
nesses sistemas a interceptação de comunicações, modificações de 
dados, infrações a direitos de autor, incitação ao ódio e 
descriminação, escárnio religioso, difusão de pornografia infantil, 
terrorismo entre outro. (2010, p. 46) 
 
Atualmente, como a tecnologia avança rápido, há diversas formas para cometer 
crimes. Como os atos criminosos sempre se renovam, manter a segurança dos 
usuários se torna uma tarefa muito difícil, visto que pode acontecer em qualquer 
lugar e por qualquer tipo de pessoa. 
Existem vários tipos de crimes virtuais e as suas tipificações conforme a lei 
12.737/2012. Contudo, iremos tratar sobre alguns ilícitos cibernéticos e trazer 
aspectos doutrinários para melhor compreensão da lei. Sendo assim, serão 
analisados os crimes de estelionato e contra propriedade intelectual. 
O estelionato sendo um crime bem conhecido no meio cibernético que é o 
estelionato está no artigo 171 do Código Penal: 
 
“Obter, para si ou para outrem vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou 
qualquer outro meio 
fraudulento.” 
 
Hoje em dia é muito comum a compra por loja virtual e pagamento financeiro 
online em qualquer lugar do mundo sendo bem mais rápido e fácil, porém os 
usuários ficam mais vulneráveis ao estelionato. 
Já no crime contra a propriedade intelectual essa modalidade o bem é tutelado 
sendo do direito autoral, como o universo da internet é amplo e de difícil controle. Há 
uma ausência de territorialidade que faz disseminar qualquer direito autoral com 
muita celeridade e sem controle. A propriedade intelectual está nas esferas das 
ideias, são registradas e protegidas por patentes, mas são caracterizadas por serem 
intangíveis e abstratas.. 
 5 
 Sobre os crimes contra à pessoa, temos como exemplos a calúnia e a difamação 
virtuais que se caracterizam como cyberbullying, uma vez que esses atos causam 
desconforto intencionalmente ou repetidamente dentro do ambiente virtual. Apesar 
disso, nem toda ofensa na internet pode ser considerada crime, uma vez que 
apenas injúrias ou calúnias que ofensivas que atinjam a moral do indivíduo 
diretamente são consideradas crimes cibernéticos. 
Por não se basear em agressão física, o cyberbullying é visto pelas pessoas 
como algo sem importância, porém, é fato de que tal crime possui resultados iguais 
ou até piores que o bullying físico. O cyberbullying acontece muitas vezes com o 
objetivo de atingir a pessoa psicologicamente, contudo, em alguns casos, esses 
enfrentamentos no ambiente online podem causar confrontos físicos, o que torna o 
problema cada vez mais real para a vítima. 
O crime de propriedade intelectual é o mais comum que se comete no ambiente 
virtual e todos eles têm tipificação no código penal e não uma lei especial própria 
sobre crimes virtuais 
Também é importante mencionar neste trabalho sobre os crimes de espionagem 
virtual, uma vez que este delito está se tornando cada vez mais comum, tendo 
impacto em governos estrangeiros e na economia de seus Estados. 
 Espionagem virtual ou cyber espionagem é um aliado das indústrias e 
organizações, já que é uma série de ações com a intenção de roubar informações 
de uma indústria ou organização, de forma a aproveitar o conhecimento roubado 
para a elaboração de produtos e afins. Atualmente, a onda de sequestros de 
sistemas dessas grandes empresas e organizações virtuais vem com intuito, 
também, de manter refém essas informações, em troca de um resgate em dinheiro. 
Outro crime muito popular na esfera dos crimes virtuais é o da falsidade 
ideológica. Nestes casos, os usuários utilizam as redes sociais para criar uma 
identidade falsa, que são conhecidos como “fake”. Os usuários roubam os dados 
pessoais (fotos, nomes, etc.) de outra pessoa e passam a se denominar e se colocar 
no lugar da outra pessoa e com isso usufruir de vantagens pessoais ou profissionais. 
O número de perfis fakes na internet é grande, dado que para isto basta apenas 
pesquisar o nome da pessoa ou até mesmo fotos fakes e aparecerão como 
resultado os dados pessoais e outras informações. Normalmente os perfis fakes são 
criados por usuários que muitas vezes desejam ser outra pessoa, pois estes perfis 
são geralmente de pessoas que possuem atributos físicos que são considerados 
 6 
bonitos e atraentes para a sociedade em geral, como uma forma de atrair suas 
vítimas mais facilmente. 
 
3 ANÁLISE DE CRIMES CIBERNÉTICOS NO BRASIL 
Quando se pensa na evolução da humanidade chegamos à internet, como um 
meio virtual com diversas funções e aplicações que não existiam e atingido boa 
parte da população mundial. No Brasil foi bastante propagado e os brasileiros 
ficaram bastante dependentes dessa tecnologia para comunicação e teletrabalho, 
surgindo práticas criminosas jamais imaginadas. 
A pandemia do covid-19 trouxe um novo cotidiano para a sociedade Brasileira, 
com isso veio a internet auxiliando ainda mais as empresas no aumento significativo 
de seus funcionários em home office. Porém, o aumento do uso dos usuários 
despertou o interesse dos cibercriminosos aumentando os crimes significativamente. 
O número de denúncias anônimas de crimes cometidos pela internet mais que 
dobrou em 2020. De janeiro a dezembro do ano passado, foram 156.692 denúncias 
anônimas, contra 75.428 em 2019. Os dados levam em conta as notificações 
recebidas pela central nacional de Denúncias de crimes cibernéticos, uma parceria, 
da ONG Safernet Brasil com o Ministério Público Federal (MPF). 
O Brasil possui números alarmantes. É o segundo país que mais perdeu 
financeiramente com ataques cibernéticos, atrás apenas da China, e o país em que 
mais crianças sofrem com bullying, na mesma posição que a Índia. Em 2017, cerca 
de 62 milhões de brasileiros foram vítimas de cibercrime, o que representa 61% da 
população adulta conectada do país. As perdas totalizaram US$ 22 bilhões sendo 
que cada vítima perdeu uma média 34 horas com as consequências dos ataques. 
Segundo a figura 1, a análise dos entes federativos dos 26 Estados e do Distrito 
Federal, sendo o Estado do Ceará que mais tem evidências de crime virtual 
relacionado ao comércio eletrônico. 
 
 
 
 
 
 
 7 
Figura 1: Ranking das fraudes da internet por unidade de federação no Brasil em 2010. 
 
 Fonte: Clearsale (2010) apud ASSI (2011). 
 
Dentro do que foi exposto, é muito preocupante a segurança cibernética dos 
usuários no Brasil e as empresas ficam muito vulneráveis aos ataques virtuais sendo 
um setor que vem crescendo para implementar novas ferramentas que fortaleçam a 
segurança, portanto investir ciberataques para o governo se torna cada vez 
primordial para manter a segurança de suas entidades públicas e corporações 
privadas em diversos segmentos. 
O governo brasileiro vem investindo menos que o esperado na área da 
segurança cibernética, sendo que em 2020 foi investido 19 milhões e foi 
recomendado o investimento de 60 milhões de reais pela Comissão de Relações 
Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Sendo que existem 134 milhões de brasileiros 
na internet. 
No plano plurianual, de 2021 a 2023 não tem planejamento para investir em 
segurança cibernética. Segundo o senador Esperidião Amim, “O orçamento 
planejado pelo Executivo não contempla a segurança cibernética. Além disso, 
digamos desprestígio, é evidente que o setor nuclear depende do cibernético. Um 
 8 
ataque cibernético pode invalidar todo o arsenal se não houver proteção cibernética 
para o seu manejo. O mesmo vale para o setor elétrico, energético, comunicações, 
abastecimento de água e logística. Por isso alguns países já adotaram a cibernética 
como quarta arma”. Ao contrário do governo, as empresas privadas investem mais 
na área da segurança virtual, sendo bilhões de reais em investimento em segurança 
da informação. 
A vulnerabilidade da lei brasileira para o cybercrimes ajudou a propagar tais 
ilicitudes, umas das razões da criação da lei específica. 
“A fragilidade das leis brasileiras foi um dos fatores que mais 
contribuíram para que surgissem novos crimes, especialmente nos 
últimos vinte anos, no ambiente virtual. É certo que muitas condutas 
podiam ser abrangidas por disposições já existentes na Constituição 
Federal, no Código Civil, no Código Penal, no Estatuto da Criança e 
do Adolescente, mas a criação de leis específicas para este tipo de 
criminalidade se tornou cada vez mais impositiva. […], nesse sentido, 
merece destaque a Lei Carolina Dieckmann, que pode ainda se 
apresentar limitada, porém se revelou um grande salto na proteção 
às vítimas de crimes perpetrados na internet”. (AMÂNCIO, 2013, p. 
28). 
A lei 12.727/12 conhecida como a lei Carolina Dieckmann veio representar novas 
tipificações jurídicas conhecidas como dispositivo informático vindo ao encontro das 
necessidades sociais. Renato Opice Blum (2012, p.110) acrescenta que: “o debate 
sobre uma legislação específica para a internet se arrastava em velocidade de 
conexão discada havia mais de uma década, mas ganhou ímpeto depois da invasão 
do computador da atriz global Carolina Dieckmann.” 
Por não ter uma lei específica desde a década de 90 quando esse segmento 
começou a crescer consideravelmente. Era um atraso enorme para a legislação 
Brasileira, então começou a ter uma pressão no Congresso Nacional por não ter 
nenhuma tipificação legal e somente um projeto de Lei -PL nº 2793/2011 que não 
tinha sido analisado. 
A Lei 12.737, sendo criada para estabelecer a tipificação criminal de delitos 
informáticos e alterar o código penal brasileiro acrescentando os artigos 154-A e 154 
– B foi criado um novo tipo penal “invasão de dispositivo informático”.Tendo 
 9 
entendimento que os sujeitos ativos do ato é qualquer pessoa que invade sem 
autorização os equipamentos eletrônicos e o sujeito passivo e qualquer pessoa que 
sofre a consequência do sujeito ativo. 
O projeto de lei n° 4.554/2020 sancionada pelo presidente da república, 
ampliando as penas de crimes de estelionato e furto praticado por dispositivos 
eletrônicos. Sendo que a lei estabelece que no crime de invasão de dispositivo 
informático, tal penalidade passará a ser de reclusão de um a quatro anos e multa, 
aumentando a pena de um terço a dois terços se a invasão resultar em prejuízo 
econômico. 
No entanto, com penas mais severas ajudam a coibir os crimes cibernéticos, 
porém não resolve e deixa muitas lacunas tendo o aprimoramento da celeridade da 
justiça judiciária e a ferramentas de investigação para a polícia judiciária umas das 
mais fundamentais. Portanto a lei precisa passar em análise novamente tendo em 
vista as novas práticas de crimes que a lei não tipifica para consertar possíveis 
lacunas, sendo que tende mais a ser utilizada por lei complementar. 
Segundo João Loes (2013) “a promulgação da lei criada para 
regular os crimes digitais no Brasil foi – apenas o primeiro passo – 
pois as lacunas no texto e a infraestrutura deficitária da polícia 
podem atrapalhar, tendo em vista o lapso de tempo para prescrição 
dos crimes. Devido a natureza branda do crime a lei pode estimular o 
delito mais que coibi-lo, pois se for réu primário sendo este tendo a 
oportunidade de conversão de cesta básica”. 
Para João Loes (2013), a Lei 12.737 requererá uma apuração veloz para funcionar, 
porque os crimes possuem penas pequenas, e por esta razão prescrevem 
rapidamente, inviabilizando a punição dos criminosos. 
Os maiores insucessos da lei Carolina Dieckmann é uma estrutura para 
apurar os delitos informáticos. Embora tenhamos profissionais de excelência 
precisaremos de muito mais estruturas e profissionais capacitados levando em 
consideração o aumento muito elevado dos cibercrimes no tempo da pandemia. 
A ambiguidade da lei é um outro fator que traz problemas para as mesmas se 
tornarem efetivas, precisando de leis complementares e jurisprudência para 
funcionar plenamente. Sendo Luiz Flavio Gomes critica no V Congresso de crimes 
eletrônicos a eficácia da lei Carolina Dieckmann: 
 10 
“A eficácia que todo mundo espera da norma penal não vai 
acontecer, eu contei 104 (cento e quatro) verbos, cada verbo é uma 
interpretação, tudo hoje demanda uma interpretação e cada juiz 
interpreta da sua maneira e cada autor interpreta do seu jeito. 
(GOMES, 2013, V Congresso – Crimes Eletrônicos – Formas de 
Proteção)”. 
 
 
4 PROBLEMAS PARA OBTENÇÃO DO ÔNUS DA PROVA 
Com o surgimento dessa nova forma de se cometer delitos, um dos maiores 
desafios da Polícia em termos de crimes cibernéticos são as investigações 
dessas transgressões dentro do ambiente virtual. A informação é o fator-chave 
do trabalho policial, principalmente nesta era tecnológica é essencial que as 
informações coletadas sejam feitas de forma que embasam o processo de 
levantamento de provas. 
O processo de investigação de um crime cibernético necessita da 
colaboração de várias outras partes alheias do processo, como as provedoras de 
internet e de redes de telecomunicações e até multinacionais proprietárias de 
redes sociais. Além disso, alguns dados são protegidos por garantias 
constitucionais, como dados bancários, que para serem acessados precisam 
passar por todo um processo judicial. 
Outro problema na investigação dessa tipologia de crime está na falta de um 
método específico no tratamento para as diversas formas que tipo de crime pode 
ser cometido, sendo uma delas a ausência de um mecanismo de 
compartilhamento de informações entre instituições, principalmente empresas 
que trabalham com sistemas de informações online, além da dificuldade de 
determinar a localidade desses criminosos, já que o local do cometimento do 
crime nem sempre é o local onde se encontra o criminoso. 
Assim, se faz necessário que o investigador seja uma pessoa com 
conhecimentos avançados em Tecnologia da Informação (TI), já que esse tipo de 
delito é cometido por pessoas com alto nível de conhecimento tecnológico, 
conseguindo até mesmo apagar sua presença no mundo virtual através do uso 
de programas, como o programa Troyano, sendo necessário uma identificação 
que não gere dúvidas de sua origem. 
 11 
Todo este trabalho de construção de provas é um fator essencial para o 
trabalho do magistrado. A tomada de decisão de um juiz deve ser baseada em 
dados exatos juntamente com os fatos relacionados para estabelecer um 
processo decisório justo e coerente. Todos esses fatores atrapalham a 
celeridade dos órgãos públicos que ficam competentes de fazer a devida 
investigação e coibição desses delitos, levando a possíveis impunidades. 
Alguns países já estão criando metodologias próprias para a investigação de 
crimes cibernéticos, como é o caso da União Europeia, que estabeleceu 5 pontos 
base: Preparação e prevenção; Detecção e resposta; Mitigação e recuperação; 
Cooperação internacional e estabelecimento de critérios para Tecnologia da 
informação e comunicação. 
A preparação e prevenção estão centradas nas informações, ou seja, 
estabelecer sistemas de informação concentrada na maior difusão possível das 
possibilidades e os métodos utilizados pelos criminosos. Faz parte disso uma 
campanha intensa de conscientização da população no sentido de prover o 
máximo de informações possíveis. 
 No caso da Detecção e resposta, é buscado apoio na multidisciplinaridade, 
ou seja, a investigação tem que ser um trabalho em equipe e das renovadas 
estratégias da pesquisa científica com base nos pressupostos filosóficos 
admitidos; o objeto a investigar; a metodologia da investigação; e, a linguagem 
técnica a ser utilizada, destacando em cada um deles, os principais atributos a 
serem considerados 
Na questão da mitigação e recuperação envolve a formação de recursos 
adequados aos profissionais, ou seja, o profissional tem que ser preparado 
dentro da especificidade necessária para investigar o crime além de contar com 
os recursos tecnológicos necessários para tal intento. 
No caso da cooperação internacional se faz necessário a formatação de um 
inventário de interesses entre as nações. Ainda de acordo com Saylor e 
Alexander (2014, p. 33): 
“A primeira característica diz que um plano deve estar baseado no 
conhecimento e interesses daqueles que serão atingidos 
positivamente ou negativamente por ele; o segundo diz que o 
plano deve ser caracterizado por uma alta flexibilidade. Faz-se 
 12 
previsões para modificações no plano para igualarem-se às 
necessidades e interesses dos envolvidos com muitas opções 
válidas para eles”. 
 
Segundo Silva (2010, p. 14), “a legislação penal contra crimes virtuais e/ou 
cibernéticos representa hoje um espaço de marco regulatório essencial”, que veio 
junto com a necessidade de ressignificar a relação dos seres humanos com os 
ambientes virtuais onde estão inseridos, fazendo com que ajam de forma mais 
responsável e aprendendo a resguardar suas particularidades, além de mostrar 
que a internet é um ambiente suscetível a penalizações, assim como na vida real. 
A Lei 12.737/2012, também conhecida como Lei Carolina Dieckmann, passou por 
um processo de elaboração e aprovação extremamente acelerado dentro do 
Congresso Nacional por conta da repercussão do fato acontecido com a atriz, o que 
levou a existir muitas lacunas na redação da presente lei. 
Um dos problemas em seus artigos são as penas curtas que não levam em 
consideração diversas outras implicações, como sua gravidade. Na redação do 
artigo 154-A se lê: 
Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de 
computadores, mediante violação indevida de mecanismo de 
segurança e com o fim de obter, adulterarou destruir dados ou 
informações sem autorização expressa ou tácita do titular do 
dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem 
ilícita. Pena- reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. 
 
A pena mínima para este ato é de apenas 1 ano de reclusão, não 
reconhecendo a gravidade do ato. Este tipo de atenuante faz com que o 
criminoso possa aplicar o pedido de suspensão condicional do processo 
(SURSI), tirando a gravidade e os danos causados às vítimas, onde a pena 
poderia ser maior para que o réu não se beneficiasse dos juizados comuns cíveis 
que converte a prisão em serviços à comunidade. 
Uma das lacunas na redação do texto legal do art. 154 e descrito pelo 
dos Reis é “O ato de “entrar à força, apoderar-se violentamente” e a julgar pela 
redação do novel artigo, somente se configura o crime se o agente entrasse no 
 13 
sistema de informática à força”. (2013, p. 34). Pelo texto legal que fica explícito a 
imprescritibilidade em haver uma lesão ou ameaça concreta ao bem jurídico 
tutelado para que se enquadre ao princípio da lesividade, pois só a ação do 
agente não é suficiente para configurar o crime e daí vem à deficiência na 
redação dispositivo legal. 
A falta de legislação sobre a chamada Deep Web (internet profunda) 
também é uma grande falha na redação da lei 12.737/2012. Nesta parte da 
internet está presente uma grande parte dos crimes virtuais e serve como porta 
de entrada para hackers e crackers de todo o mundo para a invasão de 
computadores e também serve como mecanismo de articulação entre 
organizações criminosas especializadas em não só em crimes cibernéticos, mas 
também de terrorismo, como o Estado Islâmico. 
No caso da atriz Carolina Dieckmann, que teve suas fotos íntimas 
vazadas na web, a lei trouxe chance de punibilidade para quem invadiu seu 
telefone celular, mas a impediu de retirar suas imagens íntimas do ar, uma vez 
que a falta de legislação sobre o assunto e o fato das empresas que fazem o 
armazenamento dessas imagens serem sediadas fora do país faz com que seja 
quase impossível esse pedido de ser acatado. 
Vale destacar também que algumas redações da lei estão rasas e 
confusas, o que dificulta o entendimento da lei por juristas e a aplicação dela 
pelos mesmos. Por conta disso, muitas ações são quase impossíveis de serem 
feitas, como a retirada de imagens indevidas da internet. 
A única forma da Lei 12.737/2012 ser completa e eficaz é através de leis 
complementares, jurisprudências e atos normativos, uma vez que o dispositivo 
legal apresenta muitas lacunas e deixa a desejar muitos aspectos que circulam o 
tema da segurança jurídica dentro do cyberspace. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
É evidente os benefícios do ciberespaço para a atualidade, tendo um papel de 
facilitador para a comunicação entre as pessoas, promovendo a facilidade em se ter 
uma educação a distância e se tornando cada vez mais um aliado nas transações 
econômicas. Dessa forma, a segurança das redes brasileiras se torna cada vez mais 
 14 
frágil, pois qualquer pessoa que acessa a internet pode ser atingida pela 
criminalidade no meio informático. 
 Infelizmente é cada vez mais comum a realização de fraudes, cyberbullying, 
ofensas à pessoa, danos ao sistema financeiro, exploração sexual infantil e várias 
outras condutas ilícitas não são elementos contidos na delinquência informática, 
trazendo para o direito penal um medo e uma preocupação maior. Essas condutas 
trazem um sentimento de insegurança e de, principalmente, deficiência legislativa. 
O presente estudo traçou uma trajetória da web até chegar ao surgimento dos 
crimes virtuais e seus tipos mais comuns, em seguida foi elucidado o grande caso 
da atriz Carolina Dieckmann, que provocou a célere promulgação de uma tipificação 
legal. A Lei Carolina Dieckmann foi um marco importante para esfera digital no país, 
adentrando no ordenamento jurídico com o intuito de combater a atuação de 
criminosos que tinha a prática de invadir os dispositivos informáticos alheios sem 
permissão, e até mesmo o roubo de dados e falsificações cartões de crédito e 
débito, ou seja, a lei tinha a intenção de evitar a impunidade dos crimes cibernéticos 
e proteger os usuários. 
Entretanto a Lei possui algumas deficiências em seu texto legal, o que foi 
explanado no terceiro capítulo deste trabalho trazendo alguns pontos negativos e 
ineficazes da referida lei como o termo “invasão”: se o computador estiver 
desprotegido, não há punição pelo crime de invasão, diante do texto uma vez que 
não configura a violação indevida do mecanismo de segurança. 
Adiante, é mostrado que os pontos negativos da Lei superam os positivos 
pelo texto ser ambíguo e provocou bastante estranhamentos entre os juristas e os 
especialistas, apontando como o maior defeito é a aplicação de penas brandas que 
ao decurso do processo pode converter-se em multa ou trabalho voluntário. Além 
disso, é evidenciada a falta de preparo e qualificação dos profissionais, que somada 
a poucas Delegacias especializadas fazem que a investigação desses crimes acabe 
se tornando uma tarefa árdua e passível de erros. 
Outro problema apontado é a falta de tipificação de quem pratica o ato ilícito 
através da Deep Web, por tratar de um modo de navegação totalmente obscuro e 
imperceptível, além de ser o meio em que os criminosos mais usam e, infelizmente, 
não há nenhuma Lei que verse sobre tal assunto. Através de todos os pontos 
elucidados, conclui-se que a legislação brasileira está bem longe de dar a devida 
proteção e alcançar a justiça para os usuários. 
 15 
Sendo assim, propõe-se confrontar a legislação pátria, com jurisprudências e 
leis complementares capazes de preencher as lacunas deixadas, além de fazer o 
governo atentar se mais para o combate aos crimes cibernéticos, realizando 
campanhas frequentes na educação do uso digital somada a implementação de 
mais delegacias especializadas no assunto que também é de suma importância. 
Além disso, é importante fazer investimentos na capacitação dos policiais de 
inteligência, uma vez que o êxito é maior tanto no combate ao crime, quanto na 
prevenção, para que fique cada vez menor as ocorrências dos crimes virtuais. 
 
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