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Aula 04
Direito Administrativo p/ SEFAZ-PA
(Fiscal de Receitas) - 2021 - Pré-Edital
Autor:
Antonio Daud
Aula 04
03 de Março de 2021
01822323282 - Nathalia Amaral Celso
 
 
1 
 
 
Sumário 
1. Introdução .................................................................................................................................................... 2 
2. Espécies de Atos Administrativos ............................................................................................................ 2 
3. Desfazimento dos atos ............................................................................................................................. 12 
4. Conclusão ................................................................................................................................................... 23 
5. Resumo ....................................................................................................................................................... 24 
6. Mapas ......................................................................................................................................................... 27 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 29 
Lista das Questões Comentadas ................................................................................................................ 70 
Gabaritos .......................................................................................................................................................... 89 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antonio Daud
Aula 04
Direito Administrativo p/ SEFAZ-PA (Fiscal de Receitas) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
176343101822323282 - Nathalia Amaral Celso
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
Olá amigos, 
Na aula anterior, conceituamos os “atos administrativos”, diferenciando-os dos atos judiciais, legislativos e 
políticos e dos demais "atos da administração", comentamos seus atributos, as principais classificações e 
seus elementos. 
Nesta aula vamos dar continuidade ao assunto e nos aprofundar um pouco mais, conhecendo as principais 
espécies de atos e as situações em que o ato é retirado do mundo jurídico (o desfazimento dos atos 
administrativos). 
Os assuntos da aula de hoje são importantíssimos em prova! 
Vamos lá! 
2. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
O primeiro tópico da aula de hoje será o estudo das várias espécies de atos administrativos, as quais podem 
ser sintetizadas da seguinte forma: 
 
 
Para memorizar, a dica é usar o mnemônico N-O-N-E-P. 
 
Normativo veicula regras gerais e abstratas
Ordinatório emana do poder hierárquico
Negocial autoriza o particular a exercer uma atividade ou a usar um bem público
Enunciativo contém declaração da Administração quanto a um fato ou situação
Punitivo impõe penalidades a agentes públicos ou particulares
Antonio Daud
Aula 04
Direito Administrativo p/ SEFAZ-PA (Fiscal de Receitas) - 2021 - Pré-Edital
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3 
 
2.1. Atos Normativos 
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA 
Os atos administrativos normativos (também chamados de atos gerais) são aqueles que veiculam regras 
gerais e abstratas, alcançando número de destinatários indeterminado. 
Como possuem generalidade e abstração, os atos gerais são similares às leis, em termos de conteúdo. 
Friso que os atos normativos não inovam o ordenamento jurídico. Em outras palavras, eles não criam 
direitos ou obrigações aos administrados que já não estejam estabelecidas em lei. Eles visam a permitir a fiel 
execução das leis, explicitando seu conteúdo e uniformizando entendimentos adotados pelos agentes 
públicos. 
Exemplos: decretos regulamentares, resoluções, regimentos, instruções normativas, 
deliberações. 
Vejam, a seguir, os principais atos normativos tomando por base as lições de Hely Lopes Meirelles1: 
 
 
 
 
1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 184-186. 
• Decretos regulamentares ou de execução
• Decretos autônomos ou independentes (quando houver conteúdo normativo)
• Instruções Normativas: em geral expedidas por Ministros ou Secretários (CF,
art. 87, II) ou por órgãos superiores para permitir a execução de leis,
decretos e regulamentos.
• Resoluções: expedidos por altas autoridades do Executivo ou por Tribunais e
órgãos legislativos para disciplinar matéria de sua competência específica.
• Regimentos: atos normativos que regem o funcionamento interno de cada
órgão da Administração.
• Deliberações: atos normativos emanados de órgãos colegiados.
Atos normativos
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2.2. Atos Ordinatórios 
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA 
Os atos ordinatórios são aqueles que emanam do poder hierárquico da Administração e tem seus efeitos 
restritos ao âmbito interno das repartições públicas. 
Eles são dirigidos aos agentes públicos e veiculam determinações relacionadas ao desempenho das 
atribuições destes agentes. Então, por exemplo, quando uma autoridade da Secretaria do Tribunal de Contas 
da União designa, por meio de uma portaria, o servidor Fulano de Tal para realizar a auditoria no órgão X, tal 
portaria será um exemplo de ato ordinatório. 
Vejamos adiante os principais atos ordinatórios, tomando por base as lições de Hely Lopes Meirelles2: 
 
 
 
2 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 186-188. 
• Instruções: ordens escritas e gerais para orientar a atuação dos servidores
(diferentemente das instruções normativas).
• Circulares: também são ordens escritas para orientar a atuação dos
servidores, mas emitidas a pessoas específicas ou em circunstâncias
especiais
• Ordens de serviço: expedidas pelo superior hierárquico com
determinações especiais a respeito da execução de tarefas ou atividades
(e.g., ordem de serviço para o início de uma obra).
• Portarias: em geral utilizadas para designar servidores para realizar
atividades específicas (desginar o servidor Fulano para fiscalizar a empresa
X). Também utilizadas para impor regras.
• Provimentos: em geral utilizados por órgãos do Poder Judiciário para
regularização e uniformização dos serviços.
• Ofícios: comunicações escritas entre autoridades ou entre estas e
particulares.
• Despachos: contêm decisões administrativas das autoridades a respeito de
um procedimento.
• Despachos Normativos: proferido na apreciação de um caso individual, em
que a autoridade determina a aplicação daquela decisão a casos análogos.
Atos ordinatórios
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2.3. Atos Negociais 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA 
Os atos negociais são praticados para possibilitar ao particular o exercício de uma atividade ou o uso de um 
bem público. Decorrem do (i) poder de polícia administrativa (fase de consentimento)3 ou (ii) da necessidade 
de descentralizar a prestação de alguns serviços públicos. 
Nestes atos há um alinhamento entre o interesse público e o privado, sendo que, em alguns casos, o 
interesse do particular na prática do ato é até maior do que o interesse público. Mas não se pode esquecer 
que em todos os casos deverá existir interesse público, até mesmo para legitimar a atuação estatal. 
Mas, apesar da palavra “negocial”, estes atos contêm uma declaração unilateral da vontade da 
Administração. Portanto, os atos negociais não se confundem com um negócio jurídico ou com um contrato 
administrativo, nos quais há a manifestação da vontade do particular em conjunto com a da Administração 
(declaração bilateral). 
Consoante leciona Marcelo Alexandrino, os atos negociais podemser (i) discricionários ou vinculados e (ii) 
expedidos a título precário ou definitivo. 
Os atos negociais vinculados, como as licenças, não comportam juízo de valor por parte da Administração. 
Uma vez cumpridos os requisitos legais, o particular terá direito subjetivo à obtenção da anuência da 
Administração. 
Por sua vez, os atos negociais discricionários, como as autorizações, admitem juízo de conveniência e 
oportunidade por parte da Administração. Mesmo que o particular cumpra os requisitos legais, a 
Administração poderá negar-lhe o pedido. Neste caso, não há que se falar em direito subjetivo do particular 
em obter a anuência da Administração, mas em mero interesse. 
Os atos chamados de precários são revogáveis a qualquer tempo. Além disso, esta revogação, em geral, não 
gera o dever de indenizar o particular. 
Os atos considerados definitivos, a seu turno, serão sempre vinculados e, por este motivo, não comportam 
revogação. Se o particular cumpre os requisitos legais, terá direito à prática do ato negocial vinculado (há 
direito subjetivo na expedição daquele ato). Assim, posteriormente, não poderia a Administração decidir que 
é conveniente ou oportuna sua revogação, porquanto tal ato não comporta tal valoração de mérito. 
No entanto, apesar de não admitirem revogação, tais atos podem ser anulados ou até mesmo cassados 
(quando posteriormente se verificar que o particular descumpriu alguma das condições impostas). 
 
3 Lembrando que o poder de polícia possui quatro fases: Legislação ou Ordem de polícia; Consentimento; 
Fiscalização e Sanção. 
Antonio Daud
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Em virtude desta possibilidade de anulação ou cassação, de forma unilateral, a doutrina contemporiza este 
título de “atos definitivos”, dizendo que, na verdade, há uma expectativa de definitividade, podendo a 
Administração extingui-los sem a concordância do administrado4. 
- - - - 
Adiante os três exemplos mais expressivos desta espécie de atos. 
➢ Licença 
A licença consiste no ato negocial expedido ao particular quando este preenche os requisitos concessórios, 
reconhecendo-lhe um direito e declarando tal situação. Trata-se de ato vinculado, que não está sujeito ao 
exame de mérito. 
Uma vez preenchidas as condições aplicáveis, a licença não pode ser negada ao particular. 
Além disso, como trata-se ato vinculado, a licença também é chamada de “ato definitivo”. 
Exemplos: alvará para exercício de profissão, para edificação, licença para dirigir, licença 
para construção etc. 
➢ Autorização 
Diferentemente da licença, na autorização há mero interesse do particular na sua obtenção (não há direito 
subjetivo). Mesmo quando o particular preencher todos os requisitos previstos na legislação para a obtenção 
da autorização, esta poderá ser negada pela Administração, já que se trata de ato discricionário (emitido 
após exame de mérito por parte da Administração). 
Se a autorização é concedida, aí sim o particular passa a ter o direito de explorar aquela atividade ou bem. 
No entanto, este ato tem caráter precário, já que é passível de revogação. 
Exemplos: porte de arma de fogo etc. 
➢ Permissão de uso de bem público 
Atualmente, a “permissão” pode assumir a forma de um ato administrativo (declaração unilateral de 
vontade) ou de um contrato administrativo (declaração bilateral). 
 
4 ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 579 
Antonio Daud
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Quando estivermos diante da permissão de serviços públicos, a legislação (Lei 8.987/1995, art. 40) exige a 
celebração de um contrato administrativo (e não um simples ato). 
Assim, a permissão enquanto ato administrativo, foco desta aula, tem lugar apenas quando estivermos 
diante da permissão de uso de bem público. 
Exemplos: autorização para colocação de mesas sobre passeio público, autorização para 
utilização de vias públicas para maratonas esportivas etc. 
E a permissão de uso de bem público constitui ato discricionário (admite valoração de mérito por parte da 
Administração) e precário (revogável a qualquer tempo). 
 
 
Além destes três principais, vou destacar brevemente outros atos negociais que podem aparecer em prova: 
Licença
• Ato vinculado 
• Definitivo
• Há direito do 
particular 
• Não comporta 
revogação
Autorização
• Ato discricionário
• Precário
• Há mero interesse 
do particular
• Revogável 
Permissão de uso 
de bem público
• Ato discricionário
• Precário
• Há mero interesse
• Revogável 
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2.4. Atos Enunciativos 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA 
Atos enunciativos são aqueles que contêm uma declaração da Administração quanto a um fato ou uma 
situação, como certidões e atestados. A rigor, tais atos não contêm manifestação de vontade da 
Administração, de modo que parte da doutrina chega a dizer que eles não produzem efeitos jurídicos. 
➢ Certidão 
Segundo Hely Lopes Meirelles5, as certidões consistem nas “cópias fieis e autenticadas de atos ou fatos 
constantes de processo, livro ou documento que se encontre nas repartições públicas”. 
Por meio das certidões a Administração fornece cópia de informações que possui a um particular ou aos 
servidores públicos. Com a informatização e digitalização dos processos, grande parte destas constam dos 
bancos de dados das repartições públicas. 
 
5 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 35ª edição, p. 195. 
• Admissão: ato vinculado, que permite a fruição de um interesse do particular
(e.g., admissão em um estabelecimento público de ensino).
• Registro: ato vinculado, por meio do qual a Administração reconhece o
cumprimento de condições legalmente impostas (e.g., registro de sindicato
perante o Ministério da Economia).
• Visto: ato por meio do qual a Administração controla seus atos ou do 
administrado, conferindo-lhe efeitos. Concebido para ter natureza vinculada, 
mas tem sido utilizado para o exame discricionário (e.g., visto em 
passaporte).
• Homologação: ato vinculado, pelo qual a Administração avalia a legalidade
de ato anteriormente praticado (e.g., homologação de uma licitação). Não
pode alterar o teor do ato sob homologação, limitando-se a confirmar ou
não o ato controlado. Segundo Di Pietro, a homologação se destina ao
controle a posteriori dos atos administrativos.
• Aprovação: ato discricionário, pelo qual a Administração exerce o controle a
priori ou a posteriori dos atos administrativos. Neste caso, a autoridade
aprovadora examina aspectos de conveniência e oportunidade da prática
daquele ato.
Atos negociais
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O direito à obtenção de certidões tem sede constitucional6 e independe do pagamento de taxas. 
Exemplos: certidão de quitação eleitoral, certidão negativa de débitos tributários. 
➢ Atestado 
Por meio dos atestados, por sua vez, a Administração comprova um fato de que tenha conhecimento em 
razão da atuação de seus agentes. Diferentemente da certidão, o atestado comprova um fato que não consta 
dos bancos de dados da Administração. 
Exemplos: atestado emitido por junta médica oficial que constata que o servidor está 
incapaz para o trabalho, devendo ser concedida a ela a aposentadoria por invalidez. 
➢ Parecer 
Os pareceres consistem em opiniões técnicas emitidas por órgãos especializados. Em geral, os pareceres 
fornecem subsídios para que, posteriormente, uma autoridadepossa tomar a melhor decisão. 
Como todo ato enunciativo, o Parecer não produz efeitos jurídicos, a menos que um ato posterior (com 
conteúdo decisório) lhe aprove ou adote suas conclusões em uma situação concreta. 
Exemplo: parecer jurídico emitido pela assessoria jurídica do Ministério da Economia a 
respeito da celebração de um contrato. O ato contém a opinião técnica daquela 
assessoria sobre a legalidade da contratação. 
➢ Apostila 
As apostilas se destinam a alterar ou a atualizar informações referentes a ato praticado ou a contrato 
celebrado anteriormente. 
Exemplos: apostilamento dos assentamentos funcionais de um servidor público, para 
registrar um aumento remuneratório ou uma promoção; apostilamento de um contrato 
para registrar um reajuste de preços. 
 
6 Constituição Federal, art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas: (..) 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal; 
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2.5. Atos Punitivos 
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA 
Por meio dos atos punitivos, a Administração impõe penalidades aos agentes públicos ou aos particulares 
em geral. 
Aqui não podemos confundir um ato punitivo de caráter administrativo com o poder punitivo do Estado (jus 
puniendi). O jus puniendi é exercido pelo Poder Judiciário e consiste na responsabilização penal por crimes 
e contravenções praticadas. 
Percebam que, no exercício do jus puniendi do Estado, a aplicação de sanções sempre será precedida de 
manifestação prévia do Poder Judiciário. 
Vejam o seguinte exemplo. 
Fica comprovado que um servidor público recebeu propina. Assim, mediante um processo administrativo 
disciplinar (PAD), o servidor será chamado a se manifestar e, ao final, poderá receber a pena de demissão do 
serviço público (na esfera federal, Lei 8.112/1990, art. 117, XII c/c art. 132, XIII). Esta demissão consiste em 
um ato administrativo punitivo. 
Mas reparem que esta mesma conduta é tipificada como crime (Código Penal, art. 317) e leva o servidor a 
responder, também, na esfera penal. Neste caso, o Ministério Público poderá denunciá-lo perante o Poder 
Judiciário, para que responda pelos seus atos no bojo de um processo judicial penal. Ao final, aquela pessoa 
poderá receber uma pena de reclusão, a qual consiste em ato judicial e, aqui sim, decorre do jus puniendi. 
- - - - 
Antes de concluir, é importante destacar que os atos punitivos podem atingir tanto os servidores públicos 
quanto os particulares em geral. Este último caso consiste, por exemplo, no ato da vigilância sanitária que 
aplica multa ao particular que descumpriu a regulamentação sanitária do município. 
Nestes dois casos estaremos diante de atos punitivos, sendo que a diferença repousa no poder manifestado 
em cada um destes casos. 
Resgatando as lições da aula sobre poderes, quanto à aplicação de sanções, temos o seguinte: 
Ao servidor público → poderes hierárquico e disciplinar 
Aos particulares com vínculo específico → poder disciplinar 
Aos particulares em geral (vínculo geral) → poder de polícia 
 
Para encerrar este tópico, vamos ver os principais atos punitivos: 
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Primeiramente, as características gerais de cada uma das espécies: 
 
• Multa administrativa: ato punitivo do qual resulta a imposição de uma sanção
pecuniária ao administrado (e.g., multa tributária, multa a uma empresa
contratada pelo poder público etc).
• Interdição: ato por meio do qual a Administração veda ao particular a prática
de certa atividade (e.g., interdição de um estabelecimento que comercializa
produtos fora da especificação legal).
• Destruição de coisas: ato sumário por meio do qual a Administração elimina
produtos ou bens do particular impróprios para uso ou consumo (e.g.,
destruição de medicamentos vencidos).
• Cassação anulatória: ato que decorre do descumprimento superveniente, por
parte do particular, de condições originalmente estabelecidas (e.g., cassação
de uma licença).
Atos punitivos
Normativos
•Decorrem do poder normativo
•Regulamentos, instruções
normativas, resoluções
Ordinatórios
•Decorrem do poder hierárquico
(ef. internos)
•Ordem de serviço, instruções,
circulares
Negociais
•Necessários para exercício de
atividade ou uso de bem
público
•Licenças, autorizações e
permissão de uso de bem
público
Enunciativos
•Declaram uma situação ou
emitem juízo de valor
•Não contêm manifestação de
vontade da Administração
•Atestados, certidões, pareceres
Punitivos
•Aplicação de sanções a
servidores ou a particulares
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3. DESFAZIMENTO DOS ATOS 
Ao praticar um ato administrativo este entra no mundo jurídico e lá permanece produzindo efeitos, até que 
o ato seja desfeito. Em outras palavras, para que o ato seja retirado do mundo jurídico é necessário que este 
seja desfeito. Este processo de desfazimento do ato irá variar a depender da situação jurídica do ato. 
Vejamos! 
Se estivermos examinando o ato para confirmar sua legalidade ou legitimidade, estamos falando do controle 
de legalidade dos atos. 
Neste caso, buscamos comparar o ato praticado com os requisitos impostos pela legislação. No exercício 
deste controle, caso nos deparemos com um ato eivado de vícios (seja ilegal ou ilegítimo), terá lugar o 
processo de anulação. 
Exemplos: determinada pessoa tomou posse em um cargo que a lei exige nível superior, 
embora não o tivesse; foi aplicada sanção a um servidor público sem concessão de 
contraditório e ampla defesa. 
Se, por outro lado, o ato é considerado válido, mas se mostra inconveniente ou inoportuno, estaremos diante 
do controle de mérito dos atos, que poderá dar azo à sua revogação. No controle de mérito não nos 
interessa se o ato foi ou não praticado com a lei. Aqui o foco será na utilidade daquele ato ao interesse 
público. 
Exemplo: determinado órgão público autorizou a realização de licitação para construção 
da nova sede da repartição ao custo de R$ 100 milhões, com recursos previstos no 
orçamento. Alguns meses depois, o país passou a enfrentar uma grave crise econômica, 
de sorte que aquele órgão decidiu revogar a autorização para licitação, deixando para 
outro momento a construção da nova sede. 
Por fim, se não há retoques a serem feitos no ato, mas seu destinatário deixa de cumprir condições 
previamente estabelecidas para sua manutenção, o ato poderá ser objeto da cassação. 
 
Mais adiante iremos detalhar cada uma destas situações acima, mas já percebam o seguinte: 
 
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Mas antes de estudar as três principais formas de desfazimento dos atos, é importante ressaltar ao menos 
duas características comuns a elas. 
Em todos os casos, o desfazimento de ato administrativo que resulte prejuízos ao patrimônio jurídico do 
administrado ou aos seus interesses, é necessário que lhe seja facultado o exercício do contraditório e da 
ampla defesa. 
E, além de ouvir o administrado previamente, o ato que decidir pelo desfazimento de ato administrativo 
pretérito, deverá ser motivado (Lei 9.784/1999, art. 50, VIII). 
 
Agora sim, vamos passar a estudar cada uma das principais formas de desfazimento dos atos. 
3.1. Anulação 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTÍSSIMA 
A anulação ocorre quando há um vício no ato administrativo, quando este atoé inválido, ilegal. 
Se este vício for de intensidade tal que a lei o considere insanável, o administrador estará obrigado a 
proceder à anulação do ato eivado de vício. 
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Por outro lado, se a lei considerar aquela invalidade “tolerável”, dizemos que o ato contém um vício sanável. 
Nesta situação, em regra o administrador poderá decidir entre anular o ato ou convalidá-lo. 
Portanto, apesar de ser correto afirmar genericamente que “os atos inválidos devem ser anulados”, é 
importante ter em mente a possibilidade de convalidação de atos com vício sanável. 
A anulação de atos administrativos inválidos opera efeitos retroativos (ex tunc). Como 
regra geral, o ato é retirado do mundo jurídico desde o momento em que foi praticado, 
de modo que são desconsiderados os efeitos produzidos pelo ato. 
 
 
Quem pode determinar a anulação de um ato administrativo? 
Diferentemente da revogação, tanto a Administração Pública quanto o Poder Judiciário poderão 
promover a anulação de atos administrativos. 
A principal diferença é que o Poder Judiciário, em se tratando de sua atuação típica, somente 
poderá atuar mediante provocação. 
Já no caso da Administração Pública, esta poderá exercer o controle de legalidade tanto de ofício 
como mediante provocação. 
Além disso, como já havíamos adiantado, antes da anulação do ato (ou de qualquer outra forma 
de desfazimento) deve-se garantir que o interessado seja previamente ouvido, garantindo-se a ele 
que o exercício do contraditório e da ampla defesa. 
É importante comentar, ainda, que o direito de a Administração anular um ato não é eterno. Por 
razões de segurança jurídica, a legislação impõe um prazo para que a Administração possa revisitar 
seus atos e, caso identificada alguma invalidade, promova sua anulação. 
No âmbito federal, este prazo é de cinco anos, salvo a ocorrência de má-fé (Lei 9.784/1999, art. 54). 
Estudadas as principais características a respeito do controle de legalidade dos atos 
administrativos (que podem resultar na anulação de um ato), no próximo tópico comentaremos o 
controle de mérito dos atos administrativos (que podem resultar em sua revogação). 
 
 
Antonio Daud
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3.2. Revogação 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTÍSSIMA 
Revogação, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro7, consiste no “ato discricionário pelo qual a 
Administração extingue um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade”. 
Reparem que a revogação aplica-se somente a atos válidos! 
Só se fala em conveniência e oportunidade nos atos discricionários, reparem que a revogação 
somente pode ocorrer em relação a estes. Não se admite revogação de atos vinculados, até 
porque nestes não há conveniência ou oportunidade a serem valorados. 
Em síntese: 
 
A Administração praticou um ato discricionário, este ato era válido (legal), mas ele acabou se 
mostrando inconveniente ou inoportuno. Assim, o princípio da autotutela autoriza a administração 
a rever o mérito daquele ato, por meio de sua revogação. 
Diferentemente da anulação, a revogação não retroage (ex nunc) ao momento da prática 
daquele ato. A revogação opera efeitos prospectivos, de sorte que são preservados os 
efeitos produzidos pelo ato até sua revogação. 
 
 
7 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 7979 
Antonio Daud
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 Revogação → não retroage (ex nunc) 
 Anulação → retroage (ex tunc). 
 
E quem pode revogar de um ato administrativo? 
A regra de ouro é a seguinte: quem detém competência para praticar o ato também possui 
competência para revogá-lo. 
Marcelo Alexandrino8 leciona que a competência para revogação é “privativa da administração 
que praticou o ato que está sendo revogado”. 
Portanto, se a “Autarquia X” praticou aquele ato, não poderia a “Autarquia Z” revogá-lo. 
Além disso, o Poder Judiciário, no exercício de sua função típica, não pode revogar atos 
administrativos. Como a revogação é ato discricionário, o Judiciário não pode substituir o juízo de 
mérito do administrador público. 
 
Para finalizar este tópico, vale ressaltar que nem todos os atos são passíveis de revogação. Assim, 
é importante conheceremos os atos insuscetíveis de revogação. 
1) Atos vinculados 
Atos vinculados não comportam qualquer juízo de mérito, seja para serem praticados, seja para 
serem desfeitos. Portanto, atos vinculados são insuscetíveis de revogação. 
 
2) Atos consumados 
Atos consumados são aqueles que já exauriram seus efeitos. Assim, como a revogação não 
retroage, não faria sentido revogar atos já consumados. 
 
8 ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 593 
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Exemplo: a administração concedeu licença-capacitação a um servidor público por um 
mês. Imaginem o que aconteceria se a Administração decidisse revogar tal ato, após o 
retorno do servidor ao serviço! 
Assim, é fácil perceber que atos consumados são insuscetíveis de revogação. 
 
3) Atos que geraram direito adquirido 
A proteção ao direito adquirido é garantia fundamental (Constituição Federal, art. 5º, XXXVI) e 
mencionada expressamente na Súmula 473 do STF9. 
 
4) Atos que integram procedimento 
Tome o procedimento como uma sucessão ordenada de atos administrativos. Imagine o que 
aconteceria se, após praticar o ato de número 10 daquele procedimento, o administrador decide 
revogar o ato de número 5! 
Por uma questão lógica, consideram-se insuscetíveis de revogação estes atos que integram 
procedimento, pois a cada novo ato opera-se a preclusão da revogação do ato anterior. 
 
5) Atos que estejam sob reapreciação de autoridade superior 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro10 inclui esta hipótese como insuscetível de revogação. Imaginem a 
seguinte sucessão de eventos: 
1º) Um servidor público requereu remoção, a critério da Administração, para outro local 
do território brasileiro. 
2º) O pedido foi negado pelo Diretor de Recursos Humanos da autarquia em que o 
servidor trabalha. 
3º) Ato contínuo, o servidor recorreu daquela decisão, interpondo recurso para o 
Superintendente. 
 
9 SUM-473 STF, A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial. 
10 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 7995 
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Neste momento, o Diretor não mais poderia rever sua decisão e revogar o ato que negou a 
remoção, já que a competência do Diretor “se exauriu relativamente ao objeto do ato”. 
Em outras palavras, a partir do momento em que o ato está sob reapreciação da autoridade 
superior, a autoridade que praticou o ato deixa de ser competente para revogá-lo. A partir deste 
momento, portanto, é a autoridade superior quem poderia revogá-lo. 
 
6) “Meros atos administrativos” 
Os chamados “meros atos administrativos” são aqueles que não contêm manifestação de vontade 
da Administração. Trata-se dosatos enunciativos, como pareceres, atestados e certidões, que 
possuem conteúdo declaratório ou opinativos. Segundo parcela da doutrina, a rigor nem mesmo 
seriam considerados atos administrativos. 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro11 menciona que os “meros atos administrativos” não comportam 
revogação, pois seus efeitos “são estabelecidos pela lei”. 
Em síntese, são irrevogáveis os seguintes atos: 
 
 
 
11 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Ed. GenMétodo. 31ª ed. 2018. eBook. P. 7995 
Atos não 
revogáveis
Vinculados não há mérito administrativo a ser revisto
Consumados já exauriram seus efeitos
Geraram direito 
adquirido garantia constitucional
Integram 
procedimento
prática de ato subsequente 
impede a revogação
Sob reapreciação de 
autoridade superior
exauriu-se a competência da 
autoridade que praticou o ato
Meros atos 
administrativos
não contêm manifestação de 
vontade 
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3.3. Cassação 
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA 
A cassação, segundo Marcelo Alexandrino12, consiste na extinção do ato administrativo quando 
“seu beneficiário deixa de cumprir os requisitos que deveria permanecer atendendo, como 
exigência para a manutenção do ato e de seus efeitos”. 
Exemplo: cassação da licença para dirigir quando seu titular deixa de atender requisitos 
legais que deveria cumprir para a manutenção daquele direito. 
3.4. Outras Formas de Desfazimento dos Atos Administrativos 
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXÍSSIMA 
Separamos este tópico para comentar outras formas de retirada dos atos administrativos do 
mundo jurídico. 
A contraposição consiste no surgimento de um novo ato com efeitos contrapostos a outro já 
praticado. 
Exemplo: o ato de exoneração de um servidor se contrapõe ao ato de nomeação daquele 
servidor, promovendo-se o desfazimento deste. 
A caducidade, por sua vez, consiste, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, na superveniência 
de norma jurídica que torna inadmissível situação anterior, na qual foi praticado o ato 
administrativo. 
O exemplo citado pelo autor diz respeito à emissão de permissão para uso de bem público em 
determinada data e, em momento posterior, surge uma lei que proíbe o uso privativo daquele 
bem. Assim, aquela permissão, de natureza precária, terá sofrido caducidade, extinguindo-se, não 
sendo necessário um segundo ato administrativo para pôr fim àquela permissão. 
Associando estas duas últimas formas de desfazimento dos atos com as três anteriores, temos o 
seguinte: 
 
12 ALEXANDRINO, Marcelo. Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado. 25ª ed. p. 596 
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- - - - 
Vimos, acima, formas de desfazimento dos atos administrativos. Agora, vamos ver duas formas de 
manter no ordenamento jurídico os efeitos de um ato inválido, por meio da convalidação. 
3.5. Convalidação 
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTÍSSIMA 
Como vimos anteriormente, os defeitos (ou vícios) do ato administrativo podem ser subdivididos 
em sanáveis e insanáveis. 
Admitindo-se, então, a existência de vícios sanáveis, tem lugar a convalidação (também chamada 
de “saneamento”), que consiste em corrigir o ato administrativo com efeitos retroativos (ex tunc). 
Friso, portanto, que o objeto da convalidação consiste nos atos que contêm vícios sanáveis, 
também chamados de anuláveis. 
Imaginem o seguinte exemplo: em um primeiro momento é praticado o ato A, em relação 
ao qual detecta-se um vício sanável. Em prol do interesse público, é possível praticar o 
ato B, com a finalidade de convalidar o ato A, desde seu nascedouro. 
 
Em decorrência desta convalidação: (i) o ato administrativo A continua a existir no mundo 
jurídico e (ii) passa a ser considerado válido desde sua origem. 
Desfazimento dos 
atos 
administrativos
ANULAÇÃO O ato praticado é inválido
REVOGAÇÃO O ato é válido, mas inconveniente ou inoportuno
CASSAÇÃO Beneficiário do ato deixa de cumprir os requisitos necessários
CONTRAPOSIÇÃO Surgimento de novo ato com efeitos contrapostos a outro já praticado 
CADUCIDADE
Superveniência de norma jurídica que 
torna inadmissível situação anterior, na 
qual o ato foi praticado
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a
 
 
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Reparem o seguinte: se a convalidação operasse efeitos prospectivos apenas, perderia sua razão 
de existir, pois o administrador poderia praticar um novo ato, desta vez válido, com efeitos a partir 
de então. Portanto, a grande importância da convalidação consiste em gerar efeitos retroativos. 
Como a convalidação se dá no bojo do controle de legalidade dos atos administrativos (apesar de 
o vício ser sanável), esta poderá recair sobre atos discricionários ou vinculados. 
A partir da regra positivo no art. 55 da Lei 9.784/1999, é possível concluir que, além do vício ser 
considerado sanável, são impostas outras duas condições à convalidação, a saber: 
 
Entendi! Mas quando o vício será considerado sanável? 
É sanável o vício relativo (i) à competência quanto à pessoa (não quanto à matéria), exceto se tratar 
de competência exclusiva e (ii) à forma, exceto se a lei considerar a forma como elemento essencial 
à validade do ato. 
 
Para finalizar, traçando um paralelo entre convalidação, revogação e anulação, temos o seguinte: 
 
Convalidação
Vício sanável
Ausência de lesão ao interesse 
público
Ausência de prejuízo a terceiros
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e
 
 
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Anulação 
Atos ilegais 
(vício sanável 
ou insanável) 
Atos 
vinculados ou 
discricionários 
É ato 
vinculado 
(vícios 
insanáveis) 
Revogação 
Atos válidos 
Atos 
discricionários 
Efeitos não 
retroativos 
(ex nunc) 
apenas pela 
Administração 
É ato 
discricionário 
Convalidação 
Atos 
vinculados ou 
discricionários 
Efeitos 
retroativos 
(corrige o ato 
desde a origem) 
Apenas pela 
Administração 
É ato 
discricionário 
Efeitos 
retroativos 
(ex tunc) 
exceto: efeitos 
já produzidos 
sobre 3os de 
boa fé 
condição: 
ausência de lesão 
ao interesse 
público e a 3os 
Atos ilegais, 
com vício 
sanável 
pelo Poder 
Judiciário, se 
provocado 
pela 
Administração 
(de ofício ou 
provocada) 
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4. CONCLUSÃO 
Bem, pessoal, 
Com esta aula concluímos a abordagem do assunto “atos administrativos”. 
O assunto é importantíssimo e conta com inúmeras de questões de prova. Destaco, 
especialmente, as diferenças entre revogação, anulação e convalidação. 
Atenção aos detalhes das várias espécies dos atos, a exemplo de certidão, atestado, parecer, 
licença, autorização, homologação, ordens de serviço e instruções normativas. 
Adiante teremos, como de costume, nosso resumo e as questões comentadas relacionadas ao 
tema da aula de hoje =) 
 
Um abraço e bons estudos, 
Prof. Antonio Daud 
 
 
@professordaud 
 
www.facebook.com/professordaud 
 
Antonio Daud
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5. RESUMO 
 
 
 
Atos em 
espécie 
Normativo veicula regras gerais e abstratas
Ordinatório emana do poder hierárquico
Negocial
autoriza o particular a 
exercer uma atividade ou 
usar um bem público
Enunciativo
contém declaraçãoda 
Administração quanto a um 
fato ou situação
Punitivo
impõe penalidades a 
agentes públicos ou 
particulares
Atos vinculados
Licença
Consentimento da Administração para particular 
exercer atividade (ex. alvará p/ edificação). 
Caráter definitivo.s
Admissão
Permite a fruição de interesse do particular (ex. 
admissão em um estabelecimento público de 
ensino)
Registro
Administração reconhece o cumprimento de 
condições legalmente impostas (ex. registro de 
sindicato perante do Ministério da Economia).
Homologação Administração avalia a legalidade de ato anteriormente praticado (controle posterior)
Atos discricionários
Autorização
Consentimento da Administração para particular 
exercer atividade (ex. porte de arma). Ato precário 
e revogável a qualquer tempo.
Permissão Permissão de uso de bem público. Ato precário e revogável a qualquer tempo.
Aprovação
Administração exerce o controle da conveniência e 
oportunidade da prática de um ato (controle 
prévio ou posterior)
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Desfazimento dos 
atos 
administrativos
ANULAÇÃO O ato praticado é inválido
REVOGAÇÃO O ato é válido, mas inconveniente ou inoportuno
CASSAÇÃO Beneficiário do ato deixa de cumprir os requisitos necessários
CONTRAPOSIÇÃO Surgimento de novo ato com efeitos contrapostos a outro já praticado 
CADUCIDADE
superveniência de norma jurídica que 
torna inadmissível situação anterior, na 
qual o ato foi praticado
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Anulação 
Atos ilegais 
(vício sanável 
ou insanável) 
Atos 
vinculados ou 
discricionários 
É ato 
vinculado 
(vícios 
insanáveis) 
Revogação 
Atos válidos 
Atos 
discricionários 
Efeitos não 
retroativos 
(ex nunc) 
apenas pela 
Administração 
É ato 
discricionário 
Convalidação 
Atos 
vinculados ou 
discricionários 
Efeitos 
retroativos 
(corrige o ato 
desde a origem) 
Apenas pela 
Administração 
É ato 
discricionário 
Efeitos 
retroativos 
(ex tunc) 
exceto: efeitos 
já produzidos 
sobre 3os de 
boa fé 
condição: 
ausência de lesão 
ao interesse 
público e a 3os 
Atos ilegais, 
com vício 
sanável 
pelo Poder 
Judiciário, se 
provocado 
pela 
Administração 
(de ofício ou 
provocada) 
VÍCIO 
SANÁVEL 
COMPETÊNCIA quanto à pessoa 
exceto 
competência 
exclusiva 
FORMA exceto se forma 
exigida em lei 
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6. MAPAS 
 
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 QUESTÕES COMENTADAS 
1. Instituto AOCP - Ass Soc (PC ES) /PC ES/2019 
Assinale a alternativa correta acerca da extinção, desfazimento e sanatória do ato administrativo. 
a) A anulação é a retirada, do mundo jurídico, de um ato válido, mas que, segundo critério discricionário da 
administração, tornou-se inoportuno ou inconveniente. 
b) A revogação ocorre quando há um vício no ato relativo à legalidade ou legitimidade; nunca por questões 
de mérito administrativo. 
c) A revogação é um ato discricionário e tem como critério a conveniência e oportunidade. 
d) A extinção objetiva do ato se dá pelo desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato. e) A 
designação de ato administrativo abrange toda atividade desempenhada pela administração. 
Comentários: 
A letra (a) peca, uma vez que, por se tornar inconveniente ou inoportuno, dar-se-á a revogação do ato 
administrativo. 
A letra (b) está incorreta. A alternativa apresenta conceito contrário ao descrito na alternativa “a”, sendo 
que em uma situação de ilegalidade ou ilegitimidade dará azo à anulação do ato administrativo. 
A letra (c) está correta, pois a revogação do ato administrativo é discricionária e dar-se-á por conveniência e 
oportunidade da autoridade que proferiu o ato. Esse inclusive é o entendimento da súmula 473 do STF: 
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial. 
A letra (d) está incorreta, visto que, com o desaparecimento do sujeito da relação jurídica amparada pelo 
ato administrativo, terá lugar a extinção subjetiva do ato. Por exemplo, não haverá motivo para que um ato 
de licença sanitária a um restaurante subsista mesmo após o seu fechamento. 
A letra (e) está incorreta, dado que é o “ato da administração” que abrange toda a atividade desempenhada. 
Gabarito (C) 
2. IDIB/CRF-RJ – Agente administrativo – 2018 
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Quando um ato administrativo é extinto porque este foi praticado em desconformidade com o ordenamento 
jurídico vigente, afirmamos que houve um(a): 
a) Cassação. 
b) Revogação 
c) Invalidação. 
d) Contraposição. 
Comentários: 
A letra (A) está incorreta, pois a cassação é a extinção de um ato em que o beneficiário não cumpre mais os 
requisitos necessários à manutenção do ato e dos seus efeitos. 
A letra (B) está incorreta, pois a revogação é quando os atos administrativos, mesmo legais, não atendem 
mais à conveniência da Administração Pública. 
A letra (C) está correta. A invalidação, como sinônimo de anulação, ocorre quando um ato possui algum vício 
de legalidade, em razão de ter sido editado em desconformidade com os requisitos legais. 
A letra (D) está incorreta. A contraposição ocorre quando um ato novo surge e é oposto ao ato anterior. 
Gabarito (C) 
3. CONSULPLAN - JE TJMG/TJ MG/2018 
Quanto ao ato administrativo, analise as afirmativas a seguir. 
I. Os atos administrativos presumem-se legítimos, presunção relativa, pois que não se trata de presunção 
absoluta e intocável. 
II. A teoria dos motivos determinantes está assentada no princípio de que o motivo do ato administrativo 
deve ser compatível com a situação de fato que gerou a manifestação de vontade. 
III. Anulação é modalidade de extinção do ato administrativo por motivo de oportunidade ou conveniência, 
ao passo que revogação é a extinção por ilegalidade do ato. 
IV. A convalidação tem efeitos ex nunc, por não ser possível retroagir seus efeitos ao momento em que foi 
praticado o ato originário. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
a) I e II. 
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b) II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
Comentários: 
O Item I está correto, pois admite-se prova em contrário, ou seja, é possível que se prove que o ato, na 
verdade, apresenta um vício. Assim, fala-se que a presunção de legitimidade é relativa (ou juris tantum) e 
não absoluta (ou juris et de jure). 
O Item II está correto. Uma vez motivada o ato de manifestação de vontade, a administração se vinculada a 
ele, conforme o seguinte julgado do STJ: 
“A “teoria dos motivos determinantes” dispõe que, expostos os motivos que justificaram a 
edição do ato (motivação), eles vinculam o próprio ato, de modo que, havendo vício no 
motivo enunciado,o ato como um todo será ilegal. Assim, ainda que se trate de ato em 
que o motivo seja discricionário, uma vez explicitado, ele deverá ser verdadeiro e 
consonante com os princípios da Administração Pública, sob pena de invalidade do ato.” 
STJ, AgRg no RMS 32.437/MG) 
O Item III está incorreto. Conforme a súmula 473 do STF, a anulação decorre de motivos de ilegalidade; a 
revogação é a espécie de extinção do ato administrativo realizada por motivos de conveniência ou 
oportunidade. 
“SÚMULA 473 STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por 
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, 
em todos os casos, a apreciação judicial.” 
O Item IV está incorreto. A convalidação gera efeitos ex tunc, justamente para atingir o ato jurídico 
convalidado desde sua origem – sanando, assim, a nulidade que atingia o ato. Celso Antônio Bandeira de 
Mello ressalta que: 
“Só pode haver convalidação quando o ato possa ser produzido validamente no presente. 
Importa que o vício não seja de molde a impedir reprodução válida do ato. Só são 
convalidáveis atos que podem ser legitimamente produzidos”. 
Gabarito (A) 
4. CONSULPLAN - AJ TRE RJ/TRE RJ/Judiciária/2017 
Antonio Daud
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O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral declarou ponto facultativo em uma sexta-feira que sucederá um 
feriado nacional. Na hipótese, o ato administrativo concessório da benesse 
 a) goza do atributo da imperatividade o que significa que pode ser imediatamente executado. 
 b) é ilegal, por vício de competência, já que a atribuição é privativa do Presidente da República. 
 c) pode ser anulado pelo Tribunal Superior Eleitoral por razão de oportunidade e conveniência. 
 d) não pode ser revogado pela autoridade competente, na semana seguinte à referida sexta-feira. 
Comentários: 
Questão interessante, que versa sobre os atos administrativos insuscetíveis de revogação. Os atos 
consumados (que já exauriram seus efeitos) não podem ser revogados, de sorte que a letra (D) está correta. 
Quanto à letra (A), sua imediata execução decorre do atributo da autoexecutoriedade – e não da 
imperatividade. 
Gabarito (D) 
5. CONSULPLAN - AJ TRF2/TRF 2/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 
“No curso de aquisição de bens por dispensa de licitação pela Administração Pública, a autoridade 
competente revoga ato administrativo que requisitou o objeto, fundado em razões de interesse público. 
Porém, verifica-se que o ato de revogação é celebrado em desconformidade com as exigências legais.” Sobre 
o caso, é correto afirmar que o ato de revogação 
a) não pode ser revisto, uma vez que já exaurido o objeto do ato revogado. 
b) deve ser anulado, o que pode ser feito na esfera administrativa ou judicial. 
c) deve ser convalidado, tendo em vista que as hipóteses de dispensa de licitação são vinculadas. 
d) deve ser revogado pela mesma autoridade administrativa que praticou o ato ou por autoridade 
Comentários: 
Questão que buscou confundir o candidato entre revogação e anulação de atos administrativos. 
Primeiramente, tomem por base a seguinte sequência de atos: 
- foi praticado o “ato A” em conformidade com a legislação (ato de requisição do objeto) 
- o “ato A”, apesar de legal, mostrou-se inconveniente 
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- foi praticado o “ato B”, revogando o “ato A” 
- foi identificada uma ilegalidade no “ato B” (que revogou o “ato A”) 
A partir desta sequência, percebemos que o “ato B” deverá ser anulado pela Administração, na medida em 
que foi praticado em desconformidade com as regras legais. Portanto, o ato de revogação (“ato B”) está em 
desacordo com a lei e, assim, deverá ser anulado, seja pelo Judiciário ou pela Administração. Dessa forma, o 
gabarito está na letra (B). 
Passemos às demais alternativas! 
As letras (A) e (D) estão incorretas. Sendo ilegal o ato de revogação, ele estará sujeito à anulação – e não 
revogação. 
A letra (C) está incorreta. Primeiramente, lembro que há hipóteses de licitação dispensada (atuação 
vinculada) e dispensável (discricionária). Além disso, nem sempre será possível a convalidação, a qual recai 
apenas sobre vícios sanáveis. 
Gabarito (B) 
6. CONSULTEC - Of (PM BA) /PM BA/2017 
Sobre Atos Administrativos, é correto afirmar: 
a) Competência, finalidade, forma, motivo e objeto são atributos dos atos administrativos. 
b) Atos discricionários são os que a Administração pratica sem margem alguma de liberdade de decisão, pois 
a lei previamente determinou o único comportamento possível a ser obrigatoriamente adotado, sempre que 
se configure a situação objetiva descrita na lei. 
c) Atos de gestão são aqueles que a administração impõe coercitivamente aos administrados, criando para 
eles obrigações ou restrições, de forma unilateral e independente de sua anuência. 
d) Atos ordinatórios são atos administrativos internos, endereçados aos servidores públicos subordinados à 
autoridade que os expediu, veiculando determinações concernentes ao adequado desempenho de suas 
funções. 
e) Atos negociais são atos administrativos que possuem conteúdo análogo às leis, criando coercitivamente 
para os administrados obrigações, não havendo como finalidade a satisfação do interesse público. 
Comentários: 
A letra (a) está incorreta, uma vez que a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o abjeto são 
requisitos dos atos administrativos (e não atributos). 
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A letra (b) está incorreta, visto que a alternativa apresentou conceito para atos vinculados. Os atos 
discricionários são aqueles em que a Administração Pública está autorizada a praticar com certa liberdade 
de escolha, segundo a conveniência e oportunidade. 
A letra (c) está incorreta, dado que a imposição coercitiva está relacionada com os atos de império. Os atos 
de gestão são aqueles que a Administração Pública pratica sem o uso de sua supremacia sobre os 
destinatários. 
A letra (d) está correta. Para Hely Lopes Meirelles os atos ordinatórios “são os que visam disciplinar o 
funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. São provimentos, determinações 
ou esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas 
atribuições.”13 
A letra (e) está incorreta, tendo em vista que os atos negociais são aqueles praticadas pela Administração 
mediante solicitação do interessado (sem coerção). 
Gabarito (D) 
7. CONSULTEC - TJ (TRE SC) /TRE SC/Administrativa/2014 
Sobre os atos administrativos, a alternativa incorreta é a 
a) O sujeito ativo da revogação é uma autoridade no exercício de função administrativa. 
b) A revogação tem lugar quando uma autoridade, no exercício de competência administrativa, conclui que 
um dado ato ou relação jurídica não atendem ao interesse público e, por isso, resolve eliminá-los a fim de 
prover, de maneira mais satisfatória, ás conveniências administrativas. 
c) O objeto da revogação é um ato ou relação jurídica inválidos, e seu motivo é a inconveniência ou 
inoportunidade da mantença da situação precedente. 
d) A nenhum Poder estatal assiste a possibilidade de revogar atos dos outros, pois isso implicaria violação da 
independência recíproca. 
e) A revogação é a extinção de um ato administrativo ou de seus efeitos por outro ato administrativo, 
efetuada por razões de conveniência e oportunidade, respeitando-se os efeitos precedentes.Comentários: 
A letra (a) está correta, uma vez que a revogação do ato administrativo se dará pela autoridade 
administrativa que praticou o ato. 
 
13 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 46. ed. São Paulo: Malheiros, 2016. p. 208. 
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A letra (b) está correta. A alternativa descreve situação em que o ato administrativo é valido, porém não é 
mais do interesse política público, cabendo, portanto, sua revogação. 
A letra (c) está incorreta, pois a revogação é própria de atos válidos, por motivo de inconveniência e 
inoportunidade. Os atos inválidos serão objeto de anulação. 
A letra (d) está correta, visto que apenas a autoridade prolatora do ato detém competência para sua 
revogação. 
A letra (e) está correta. A revogação não pode atingir efeitos anteriores já consumados, operando efeitos 
prospectivos (ex nunc). 
Gabarito (C) 
8. COPESE UFPI - Estagiário (TRF1 Piauí)/ 2016 
Sobre os Atos Administrativos, marque a opção CORRETA. 
a) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, não se faz necessário assegurar o contraditório e a 
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie 
o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma 
e pensão. 
b) A Administração Pública não pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
c) A administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque 
deles não se originam direitos; ou anulá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
d) O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da 
Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
e) É constitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público. 
Comentários: 
A letra (a) está incorreta, à luz do que dispõe a Súmula Vinculante 3 do STF: 
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a 
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato 
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato 
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 
As letras (b) e (c) estão incorretas. A Súmula 473 do STF autoriza a autotutela. Além disso, o desfazimento 
em razão de conveniência e oportunidade chama-se “revogação”: 
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A letra (d) está de acordo com a Súmula 683 do STF: 
O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7.º, 
XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo 
a ser preenchido. 
A letra (e) está em desacordo com a Súmula 684 do STF: 
É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público. 
Gabarito (D) 
9. FUNDEP - Adv (CAU MG) /CAU MG/2019 
Considerando que os atos administrativos podem ser divididos em duas categorias, quanto ao conteúdo e 
quanto à forma de que se revestem, relacione a COLUNA II com a COLUNA I, associando a modalidade à sua 
respectiva definição. 
COLUNA I 
1. Homologação 
2. Alvará 
3. Licença 
COLUNA II 
( ) Ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha os 
requisitos legais o exercício de uma atividade. 
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( ) Ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, a 
posteriori, examinando o aspecto de legalidade. 
( ) Instrumento pelo qual a Administração Pública confere licença ou autorização para a prática de ato ou 
exercício de atividade sujeitos ao poder de polícia do Estado. 
Assinale a sequência correta. 
a) 1 3 2 
b) 2 1 3 
c) 3 2 1 
d) 3 1 2 
Comentários: 
É por meio da licença (Item 3) que a Administração Pública manifesta sua concordância ao exercício de 
determinada atividade por particular (exemplo: licença para dirigir, para funcionamento de um restaurante, 
para construção etc). Se os requisitos previstos na legislação foram preenchidos, a licença deverá ser 
concedida (ato vinculado). 
Por meio da homologação (Item 1) a Administração avalia a legalidade de ato anteriormente praticado 
(controle posterior). 
O alvará (Item 2), segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, “é fórmula utilizada para expedição de 
autorizações e licenças”14. 
Gabarito (D) 
10. FUNDEP - Aud (TCE-MG) /TCE-MG/2018 
A respeito da revogação dos atos administrativos, é incorreto afirmar: 
a) A prerrogativa de revogação consubstancia o exercício de discricionariedade por parte da autoridade 
revogadora. 
b) A revogação pode incidir sobre ato administrativo eficaz ou ineficaz. 
 
14 Mello, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. 
p. 440. 
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c) A revogação pressupõe a validade do ato administrativo sobre a qual incide. 
d) O ato de revogação não pode ser praticado por autoridade que se encontre fora da linha hierárquica na 
qual foi expedido o ato a ser revogado. 
e) O ato revogador tem sempre eficácia jurídica ex nunc. 
Comentários: 
A letra (a) está correta, visto que a revogação é a extinção de um ato válido por razões de conveniência e 
oportunidade. 
A letra (b) está correta, pois indiferentemente da eficácia do ato, é possível sua revogação caso a 
Administração entenda que ele seja inconveniente e inoportuno. A revogação, por outro lado, não poderia 
recair sobre atos inválidos. 
A letra (c) está correta, uma vez que para o ato inválido será cabível a anulação. 
A letra (d) está incorreta. Celso Antônio Bandeira de Mello bem explica que “Pode ocorrer, ainda, 
eventualmente, que a lei confira a autoridade fora da linha hierárquica competência revogatória incidente 
sobre situações que em princípio estariam na alçada de outras.”15 
A letra (e) está correta. O ato revogador possui efeito ex nunc pois somente produz efeitos prospectivos, não 
retroagindo ao tempo em que o ato era considerado conveniente e oportuno à Administração Pública. 
Gabarito (D) 
11. FUNDEP - Aud (TCE-MG) /TCE-MG/2018 
Considerando o tratamento dado à convalidação dos atos administrativos, conforme expresso na redação 
das leis federal e mineira de processo administrativo, assinale a alternativa CORRETA. 
a) A lei federal prevê que os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração, desde que nessa decisão se evidencie que tais atos não acarretam lesão ao interesse público 
nem prejuízo a terceiros, ao passo que a lei estadual dispõe que os atos que apresentarem defeito sanável 
serão convalidados pela Administração, desde que a convalidação não acarrete lesão do interesse público 
nem prejuízo para terceiros. 
 
15 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. 
p. 450. 
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b) Ambas as leis preveem que os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidadospela 
própria Administração, desde que nessa decisão se evidencie que tais atos não acarretam lesão ao interesse 
público nem prejuízo a terceiros. 
c) Ambas as leis vedam a convalidação de atos administrativos ilícitos. 
d) Apenas a lei federal prevê expressamente a possibilidade de convalidação dos atos administrativos. 
e) Nenhuma das leis trata expressamente do tema da convalidação dos atos administrativos, o que abre 
ensejo à divergência doutrinária sobre a matéria, com parte dos autores defendendo que a convalidação, 
quando possível, constitui dever para o administrador público, enquanto outros autores a consideram mera 
faculdade da Administração Pública. 
Comentários: 
Analisando-se a questão estritamente à luz do disposto na lei federal 9.784/1999, podemos perceber que a 
letra (a) está correta, nos termos do seu art. 55: 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem 
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados 
pela própria Administração. 
Gabarito (A) 
12. FUNIVERSA - Papis (PC GO) /PC GO/2015 
Em relação ao regime jurídico dos atos administrativos, assinale a alternativa correta. 
a) A convalidação abrange os elementos, a forma e a competência do ato administrativo e possui efeitos ex 
tunc. 
b) A revogação do ato administrativo implica efeitos ex tunc. 
c) O Poder Judiciário pode revogar atos administrativos praticados por órgão do Executivo quando 
configurada fraude à lei. 
d) O ato vinculado caracteriza-se pelo juízo de conveniência e oportunidade do administrador. 
e) A anulação extingue, com efeitos ex nunc, o ato administrativo sobre o qual ela incide. 
Comentários: 
A letra (a) está correta. A convalidação é uma “correção” aplicada aos atos administrativos anuláveis, que são 
aqueles que apresentam vícios considerados sanáveis, a saber: a competência (desde que não seja exclusiva) 
e a forma (desde que não seja essencial). Seus efeitos são retroativos (ex tunc). 
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A letra (b) está incorreta. Os efeitos da revogação de um ato administrativo são não retroativos (ex nunc). 
A letra (c) está incorreta. O Poder Judiciário pode anular, quando provocado, atos administrativos praticados 
por órgão do Executivo quando houver alguma ilegalidade. Se o ato foi praticado pelo Poder Executivo, 
somente o Executivo poderá revogá-los. 
A letra (d) está incorreta. É o ato discricionário que se caracteriza pelo juízo de conveniência e oportunidade 
do administrador. Ato vinculado é aquele em que a lei fixa todos os requisitos e condições de sua realização, 
não deixando qualquer liberdade de ação para o administrador. 
A letra (e) está incorreta. Os efeitos da anulação de um ato administrativo são ex tunc (retroativos). 
Gabarito (A) 
13. FUNIVERSA - Ag AP (SEGAD DF) /SEGAD DF/2015 
Em relação aos atos e aos poderes administrativos, julgue o item seguinte. 
Consoante a doutrina majoritária, não se admite que o Poder Judiciário revogue atos administrativos ilegais 
praticados pelo Poder Executivo. 
( ) Certo 
( ) Errado 
Comentários: 
Exato! O Poder Judiciário pode anular os atos administrativos ilegais praticados pelo Poder Executivo, 
quando provocado. A revogação dos atos administrativos ocorre por razões de conveniência e oportunidade 
(mérito administrativo) e cabe ao Poder Executivo (se este houver praticado o ato) e, não, ao Poder 
Judiciário. Destarte, o item está correto. 
Gabarito (C) 
14. FUNIVERSA - Ag AP (SEGAD DF) /SEGAD DF/2015 
Em relação aos atos e aos poderes administrativos, julgue o item seguinte. 
Com base em seu poder de autotutela, a administração pública pode invalidar seus próprios atos. 
( ) Certo 
( ) Errado 
Comentários: 
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O poder ou princípio de autotutela encontra-se consolidado na Súmula 473 do STF, que diz: 
Súmula 473 - A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tornem ilegais, porque deles não se origina direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial. 
Portanto, o item está correto. 
Gabarito (C) 
15. FUNIVERSA - Ag AP (SEGAD DF) /SEGAD DF/2015 
Em relação aos atos e aos poderes administrativos, julgue o item seguinte. 
A convalidação pode abranger os elementos forma e competência do ato administrativo e terá efeitos ex 
tunc. 
( ) Certo 
( ) Errado 
Comentários: 
A convalidação representa a possibilidade de “corrigir” ato administrativo, possuindo efeitos retroativos (ex 
tunc). Ela é aplicada aos atos anuláveis, que são aqueles que apresentam vícios considerados sanáveis, a 
saber: 
 
Gabarito (C) 
16. UFF - Proc Mun (Maricá)/Pref Maricá/Nível I/2018 
A homologação é ato: 
a) unilateral e vinculado, por meio do qual a Administração Pública manifesta a legalidade de um ato jurídico. 
b) bilateral e discricionário, pelo qual a Administração Pública reconhece a existência de um ato jurídico. 
VÍCIO 
SANÁVEL 
COMPETÊNCIA 
quanto à 
pessoa 
exceto 
competência 
exclusiva 
FORMA exceto se forma 
exigida em lei 
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c) unilateral e discricionário, pelo qual a Administração Pública reconhece a eficácia de um ato jurídico. 
d) bilateral e vinculado, pelo qual a Administração Pública reconhece a licitude de um ato jurídico. 
e) parcialmente unilateral e parcialmente vinculado, pelo qual a Administração Pública reconhece a 
procedência de um pedido. 
Comentários: 
A letra (a) está correta. A homologação resulta do controle de legalidade de um ato ou procedimento 
anterior (ex.: homologação de uma licitação, de um concurso público etc). Ao homologar, a autoridade está 
atestando a lisura do procedimento. E, conforme leciona José dos Santos Carvalho Filho “A homologação, a 
seu turno, constitui manifestação vinculada, ou seja, praticado o ato, o agente por ela responsável não tem 
qualquer margem de avaliação quanto à conveniência e oportunidade da conduta. Ou bem procede à 
homologação, se tiver havido legalidade, ou não o faz em caso contrário.” 16 
Gabarito (A) 
17. UFF - Ag Adm (Pref Maricá) /Pref Maricá/2018 
Com relação aos atos administrativos, há um tipo em que existe um direito do particular à sua obtenção, 
desde que satisfaça os requisitos legais. Também existem aqueles que podem, ou não, ser praticados pela 
Administração, conforme o seu juízo de oportunidade e conveniência. Trata-se, respectivamente, dos 
seguintes atos administrativos: 
a) volitivo – negocial definitivo. 
b) declaratório – negocial discricionário. 
c) mandatário – declaratório. 
d) imperativo – definitivo. 
e) negocial vinculado - negocial discricionário. 
Comentários: 
Nosso gabarito está na letra (e), uma vez que o ato negocial será vinculado ou discricionário a depender se 
a lei define ou não seus requisitos. Hely Lopes Meirelles salienta que “o ato pode ser vinculado ou 
 
16 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
p. 146. 
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discricionário, definitivo ou precário; será vinculado quando a lei estabelecer os requisitos para sua 
formação; será discricionário quando sua expedição ficar ao alvedrio da autoridade competente”.17 
Passemos às incorretas!A letra (a) está incorreta. O termo volitivo tem relação com a vontade e não se aplica ao primeiro ato (que 
independe da vontade do agente). O ato negocial, conforme Meirelles, “será definitivo quanto embasar-se 
num direito individual do requerente”.18 
A letra (b) está incorreta. Os atos declaratórios são os que afirmam uma situação de fato ou de direito já 
existente. Quanto ao negocial discricionário vide comentário da alternativa “e”. 
A letra (c) está incorreta, uma vez que não as classificações mencionadas não dizem respeito às 
características enunciadas. 
A letra (d) está incorreta, uma vez que a imperatividade é atributo dos atos administrativos, os quais se 
impõem a terceiros independentemente de sua concordância. Quando ao definitivo, vide comentário da 
alternativa “a”. 
Gabarito (E) 
18. UFF - FPT (Pref Maricá) /Pref Maricá/2018 
Quanto à forma de exteriorização (aspecto formal), a espécie de ato administrativo que configura um 
instrumento formal expedido pela Administração que, através dele, expressa aquiescência no sentido de ser 
desenvolvida certa atividade pelo particular é o(a): 
a) alvará. 
b) ofício. 
c) parecer. 
d) portaria. 
e) provimento. 
Comentários: 
A letra (a) está correta, uma vez que a definição apresentada amolda-se perfeitamente à figura do alvará. A 
banca baseou-se na definição apresentada por José dos Santos Carvalho Filho, para quem “Alvará é o 
 
17 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 46. ed. São Paulo: Malheiros, 2016. p. 212. 
18 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 46. ed. São Paulo: Malheiros, 2016. p. 212. 
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instrumento formal expedido pela Administração, que, através dele, expressa aquiescência no sentido de ser 
desenvolvida certa atividade pelo particular.”19 Assim, podemos dizer que o alvará é a forma de um ato, o 
qual pode conter uma licença ou uma autorização. 
A letra (b) está incorreta. Valendo-se das lições do já referido autor, ofícios “São atos formais, de intensa 
utilização na rotina administrativa, através dos quais as autoridades administrativas se comunicam entre si 
ou com terceiros.”20 
A letra (c) está incorreta. Considerando o interesse da banca pelo autor, continuemos a utilizar seus 
conceitos. “Os pareceres consubstanciam opiniões, pontos de vista de alguns agentes administrativos sobre 
matéria submetida à sua apreciação.”21 
A letra (d) e letra (e) estão incorretas. Para José dos Santos Carvalho Filho “Todos esses atos servem para 
que a Administração organize sua atividade e seus órgãos...” e “...na prática administrativa atual é irrelevante 
distingui-los.”22 
Gabarito (A) 
19. UFF - Tec CI (Pref Maricá) /Pref Maricá/2018 
O ato administrativo exclusivo do chefe do poder executivo é denominado: 
a) resolução. 
b) lei. 
c) ofício. 
d) decreto. 
e) ordem de serviço. 
Comentários: 
 
19 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
p. 136. 
20 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
p. 136. 
21 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
p. 136. 
22 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
p. 136-137. 
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Trata-se de uma das características do decreto, mencionada na letra (d). Ensina-nos Hely Lopes Meirelles 
que os “Decretos, em sentido próprio e restrito, são atos administrativos da competência exclusiva dos 
Chefes do Executivo”.23 
Agora vamos às alternativas incorretas! 
A letra (a) está incorreta, visto que as “resoluções são atos, normativos ou individuais, emanados de 
autoridades de elevado escalão administrativo, como por exemplo, Ministros e Secretários de Estado ou 
Município, ou de algumas pessoas administrativas ligadas ao Governo.24 
A letra (b) está incorreta, uma vez que a lei é emanada pelo Poder Legislativo. 
A letra (c) está incorreta. Conforme já manifestado na questão anterior, leciona Carvalho Filho que os ofícios 
“São atos formais, de intensa utilização na rotina administrativa, através dos quais as autoridades 
administrativas se comunicam entre si ou com terceiros.”25 
A letra (e) está incorreta, já que, as “Ordens de serviço são determinações especiais dirigidas aos 
responsáveis por obras ou serviços públicos autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter 
administrativo, ou especificações técnicas sobre o modo e forma de sua realização.”26 
Gabarito (D) 
20. UFPR - Adv (Matinhos)/Pref Matinhos/2019 
Os atos administrativos, em linha geral, podem ser entendidos como manifestações de vontade da 
Administração Pública ou de quem lhe faça as vezes, no exercício da função administrativa e, portanto, sob 
o regime de Direito Público. Sobre esse tema, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes 
afirmativas: 
( ) São requisitos dos atos administrativos a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto. 
( ) A Administração pode anular seus próprios atos, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados 
os direitos adquiridos; ou pode revogá-los, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não 
se originam direitos. 
 
23 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 46. ed. São Paulo: Malheiros, 2016. p. 204. 
24 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
p. 134-135. 
25 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
p. 136. 
26 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 46. ed. São Paulo: Malheiros, 2016. p. 210. 
Antonio Daud
Aula 04
Direito Administrativo p/ SEFAZ-PA (Fiscal de Receitas) - 2021 - Pré-Edital
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( )O Poder Judiciário pode apreciar a legalidade dos atos administrativos vinculados e discricionários. 
( ) A presunção de veracidade é um dos atributos dos atos administrativos. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 
a) V – F – V – V. 
b) V – V – F – F. 
c) F – V – V – F. 
d) F – V – F – V. 
e) F – F – V – V. 
Comentários: 
O primeiro item é verdadeiro de acordo com o entendimento majoritário da doutrina, o qual segue o 
entendimento que se extrai do art. 2º da lei 4.717/1965 que regula a ação popular: 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo 
anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. 
O segundo item é falso dado que a questão inverte os conceitos. A administração, por motivo de 
conveniência e oportunidade, poderá anular o ato administrativo, sendo possível a anulação em caso de 
ilegalidade. 
O terceiro item é verdadeiro. Atendo-se ao exame da legalidade, é irrelevante para o Poder Judiciário se o 
ato é discricionário ou vinculado. 
O quarto item é verdadeiro, sendo definido pela doutrina como aquele pelo qual presumem-se verdadeiros 
os fatos alegados pela administração. 
Gabarito (A) 
Antonio Daud
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21. LEGALLE Concursos / Câmara de Vereadores de Guaíba - RS / Auxiliar de Apoio Administrativo/ 2017 
Com relação à invalidação dos atos administrativos; é a modalidade de supressão de um ato administrativo

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