Buscar

aula-10-direito-empresarial-regular-ordem-economica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 10 - O regime jurídico da livre iniciativa. 
Disciplina jurídica da concorrência. Livre iniciativa, 
concorrência desleal e infrações da ordem 
econômica. O CADE. Propriedade industrial. 
Patentes e registros. O comércio eletrônico. 
Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Professor: Wangney Ilco 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 2 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1 – A Constituição Federal e a Livre Iniciativa ..................................... 3 
2 – Concorrência Desleal ..................................................................... 5 
2.1–Concorrência desleal específica ........................................................ 5 
2.2–Concorrência desleal genérica ......................................................... 7 
2.3 – Responsabilidade civil................................................................... 8 
2.4 – Responsabilidade penal ................................................................ 9 
3 – Infração da Ordem Econômica ....................................................... 9 
3.1 – Tipificação das infrações da ordem econômica ............................... 10 
3.2 – Condutas que caracterizam infração da ordem econômica ............... 11 
3.3– As sanções por infração da ordem econômica ................................. 13 
3.4 – O CADE .................................................................................... 13 
4 – Propriedade Industrial ................................................................. 14 
4.1 – Introdução ................................................................................ 14 
4.2 – Patentes de Invenção e Modelo de Utilidade .................................. 16 
4.3 – Desenho Industrial ..................................................................... 19 
4.4 - Marca ....................................................................................... 20 
5 – Comércio Eletrônico ..................................................................... 22 
5.1 – Definição .................................................................................. 22 
5.2 – Legislação aplicável .................................................................... 23 
6 – Questões Comentadas ................................................................. 26 
7 – Lista de Questões......................................................................... 39 
8 - Gabarito ....................................................................................... 46 
 
 Olá, Pessoal! Este é o nosso último tópico da teoria, ok? Vamos que 
vamos!!! 
"Perseverança é o trabalho duro que você faz depois de ter se cansado 
de fazer o trabalho duro que você já fez." (Newt Gingrich) 
 
Aula 10 – O regime jurídico da livre iniciativa. Disciplina jurídica da 
concorrência. Livre iniciativa, concorrência desleal e infrações da 
ordem econômica. O CADE. Propriedade industrial. Patentes e 
registros. O comércio eletrônico. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 3 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
1 – A Constituição Federal e a Livre Iniciativa 
A livre iniciativa é fundamento previsto na Constituição Federal 
que serve de pressuposto para a proteção da ordem econômica e da disciplina 
jurídica da concorrência, onde trataremos da concorrência desleal e das 
infrações da ordem econômica. Por tudo isso, o princípio da livre iniciativa é 
base para o bom exercício da atividade empresarial e para o regime jurídico 
empresarial, como veremos a seguir! 
Bem, os fundamentos e os princípios que norteiam a ordem econômica 
estão previstos no texto constitucional, mais precisamente no seu art. 170. A 
livre iniciativa é um dos pilares desse sistema, que valoriza a atividade 
empresarial e o liberalismo econômico. 
Então vejamos como está construído na CF (art. 170, caput) o sistema 
da ordem econômica – em amarelo, os fundamentos; em azul, os princípios: 
 
 
 
Obs.: Além destes acima, ainda temos o princípio do tratamento favorecido 
às empresas de pequeno porte com sede e administração no país. 
Pois bem, as normas constitucionais envolvendo a ordem econômica 
determinam a obrigatoriedade de observar esses princípios, tendo a livre 
iniciativa como pilar, pois o exercício da atividade empresarial é um direito 
de todos e deve ser protegido: Art. 170, §único. “É assegurado a todos o livre 
exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização 
de órgãos públicos”. 
Portanto, é importante percebermos que dessa construção jurídica 
prevista pela Constituição Federal em torno da ordem econômica decorre um 
ordenamento jurídico voltado a promover a exploração das atividades 
econômicas, bem como a proteger e tutelar o direito à liberdade de exercer 
Livre 
iniciativa
Ordem 
econômica
Soberania nacional, 
propriedade privada
Função social da propriedade, 
livre concorrência
Defesa do consumidor e do 
meio ambiente
Redução das desigualdades 
sociais e regionais
Busca do pleno emprego
Valorização 
do trabalho
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 4 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
tais atividades. Logo, as leis infraconstitucionais devem estar condizentes com 
esses pressupostos constitucionais, ok? 
No mais, em busca da proteção à ordem econômica, o regime jurídico 
comercial deve se preocupar com a concorrência ilícita. Em suma, este é o 
objetivo principal da nossa aula de hoje, beleza? 
Vejamos uma questão sobre esse tema! 
1. (FGV / ICMS-RJ / 2010) Com relação à proteção da ordem 
econômica e da concorrência, analise as afirmativas a seguir: 
III. A livre iniciativa é princípio garantido, no Brasil, em sede constitucional. 
Comentários 
Correta, conforme o art. 170, caput da Constituição Federal que prevê o 
princípio da livre iniciativa: Art. 170. A ordem econômica, fundada na 
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a 
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os 
seguintes princípios: (...) 
 
 
Bem, a concorrência ilícita que ameaça a ordem econômica e a livre 
iniciativa pode ser dividida em dois tipos: 
 
 
 
Então, pessoal, cuidaremos a partir de agora desses temas, ok? 
 
 
 
 
 
Concorrência 
Ilícita
Concorrência DESLEAL
Em razão dos interesses 
particulares dos empresários. 
Não compromete as estruturas 
do livre mercado. É combatida em 
nível civil e penal.
INFRAÇÃO da ordem 
econômica
Ocorre o abuso de poder 
econômico. Compromete as 
estruturas do livre mercado. É 
combatida em nível civil, penal e 
administrativo.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
tora
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 5 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
 2 – Concorrência Desleal 
Bem, a competição entre empresários pela aquisição de parcelas do 
mercado é uma situação inerente à atividade empresarial. Normalmente, o 
ganho de um empresário representa o prejuízo de outro. Então, como 
diferenciar a concorrência leal da desleal? 
 Não é simples diferenciar a concorrência leal da desleal, pois nos dois 
casos o empresário tem o objetivo de prejudicar os seus concorrentes, para 
obter maiores lucros. Contudo, a diferença está nos meios utilizados pelo 
empresário com a finalidade de conquistar consumidores. Assim, há meios 
idôneos e inidôneos que podem ser utilizados pelo empresário com esse 
objetivo. 
 Pois bem, alguns doutrinadores ainda dividem a concorrência desleal em 
específica e genérica. 
 
Vejamos mais detalhadamente as modalidades de concorrência desleal 
apresentadas no esquema acima. 
 
2.1–Concorrência desleal específica 
 A concorrência desleal específica é caracterizada ou tipificada conforme 
as condutas previstas no art. 195 da Lei nº 9.279/96 (Lei de Propriedade 
Industrial – LPI). São condutas ou ações praticadas pelo empresário que violam 
o segredo de empresa ou induzem o consumidor ao erro, com a finalidade 
de conquistar mercados e auferir lucros. 
 Então, estas são condutas consideradas crimes e punidas com 
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa: 
 
 
Concorrência 
DESLEAL
Específica
Tipificação CIVIL e PENAL
Lesão a direito de propriedade intelectual, 
violação do segredo de empresa ou 
indução do consumidor em erro.
Genérica
Apenas tipificação CIVIL - indenização por 
perdas e danos.
Condutas não tipificadas como crime
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 6 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
Crimes de concorrência desleal 
Dar ou prometer dinheiro a empregado 
concorrente para obter vantagens ou receber 
dinheiro para proporcionar vantagem a 
concorrente do empregador. 
 
 
 
 
 
 
Hipóteses que violam o 
segredo de empresa 
 
Divulgar, explorar ou utilizar-se, sem 
autorização, de informações ou dados 
confidenciais a que teve acesso mediante relação 
contratual ou empregatícia, mesmo após o 
término do contrato, ou obtidos por meios ilícitos 
ou fraudulentos – pode envolver o empregador, o 
sócio ou administrador. 
Divulgar, explorar ou utilizar-se, sem 
autorização, de resultados de testes ou outros 
dados não divulgados, cuja elaboração envolva 
esforço considerável e que tenham sido 
apresentados a entidades governamentais, como 
condição para aprovar a venda de produtos. 
Publicar falsa informação em detrimento de 
concorrente ou sobre ele para obter vantagem. 
 
 
 
Hipóteses que induzem 
o consumidor ao erro 
Propaganda enganosa 
Empregar meio fraudulento para desviar clientes, 
usar expressão, nome empresarial, título ou 
insígnia alheios. 
Vender produtos adulterados ou falsos e atribuir 
a si próprio, como meio de propaganda, 
recompensa ou distinção que não obteve. 
Vender, expor ou oferecer produto, declarando 
ser objeto de patente depositada, ou concedida, 
ou de desenho industrial registrado, que não o 
seja. 
 
 Este quadro de condutas tipificadas como crime de concorrência desleal 
é cobrado em prova. Vejamos!!! 
 
 
 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 7 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
2. (FCC / Auditor de Contas Públicas-TCE-PB / 2006) A 
utilização indevida de título de estabelecimento alheio, com a intenção de 
induzir a clientela a erro, consistirá em: 
a) ato de concorrência desleal, apenas na hipótese de o título de 
estabelecimento estar arquivado no registro de empresa. 
b) infração da ordem econômica, apenas na hipótese de o título de 
estabelecimento estar arquivado no registro de empresa. 
c) ato de concorrência desleal, mesmo que o título de estabelecimento não 
coincida com marca registrada pelo empresário. 
d) infração da ordem econômica, mesmo que esse ato não tenda à dominação 
de mercado nem ao exercício abusivo de posição dominante. 
e) ato de concorrência desleal e infração da ordem econômica, 
independentemente de qualquer outra condição. 
Comentários 
Letra “c”. Bem, conforme o nosso quadro acima, o uso indevido do título ou 
insígnia de estabelecimento alheio com o intuito de induzir o consumidor ao erro 
é considerado ato de concorrência desleal (art. 195, V, LPI), mesmo que o título 
não coincida com a marca (letra C). Ainda nesta aula veremos as distinções 
entre nome empresarial, título de estabalecimento e marca. Por ora, basta 
sabermos que o título de estabelecimento também pode ser conhecido por nome 
fantasia ou insígnia, e que pode ou não coincidir com a marca ou com o nome 
empresarial. Coincidindo, a proteção do título do estabelecimento é facilitada, 
pois o nome empresarial e a marca gozam de proteção – Junta Comercial e 
INPI, respectivamente. Contudo, se o título conter expressão diversa da marca, 
somente há proteção por meio da LPI, no que se refere á concorrência desleal. 
Ressalta-se que atualmente o título de estabelecimento não possui um registro 
próprio nem proteção específica. 
 
 
 
2.2–Concorrência desleal genérica 
 Ao contrário da específica, a concorrência desleal genérica não é tão 
simples de ser caracterizada. Ela está prevista no art. 209 da LPI e refere-se a 
atos não tipificados como crime pela LPI. Vejamos!! 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 8 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 Então, estas são as características que definem um ato como concorrência 
desleal genérica, beleza? São atos praticados para violar os direitos de 
propriedade industrial e atos de concorrência desleal que não foram 
tipificados pela LPI (art. 195). Ou seja, são os demais atos não previstos 
ainda na LPI. Como exemplo de ato caracterizado como de concorrência desleal 
genérica temos o desrespeito aos direitos do consumidor e a sonegação fiscal. 
Observemos que ao deixar de pagar dado tributo, o empresário poderá praticar 
preço mais baixo e deste modo causar prejuízos aos concorrentes. 
 Portanto, a dica é memorizar aqueles atos previstos no art. 195 para a 
concorrência desleal específica! 
 
 
2.3 – Responsabilidade civil 
 Bem, tanto na modalidade específica quanto na genérica, a prática de 
concorrência desleal enseja a apuraçãoda responsabilidade civil daquele que a 
pratica. No entanto, no caso de concorrência desleal específica, as hipóteses 
estão claramente tipificadas no art. 195 da LPI, que acabamos de estudar mais 
acima. Assim, quando as questões já estiverem decididas no juízo criminal, em 
relação à existência do fato e sua autoria, no plano civil não será mais 
questionada (art. 935, CC): a responsabilidade civil independe da criminal. 
 Então, a reparação civil àquele prejudicado é mais complexa quando se 
trata de concorrência desleal genérica, pois a sua caracterização não é tão 
simples. No entanto, o que devemos ter em mente e levar para a nossa prova 
é que, em suma, a prática de qualquer meio inidôneo gera a 
responsabilidade civil por concorrência desleal. 
 
 
Concorrência desleal 
GENÉRICA (art. 209, LPI)
Atos não tipificados como crime
Prejudica reputação/negócios alheios
Cria confusão entre estabelecimentos
Cria confusão entre produtos e serviços
Meio imoral, desonesto ou condenado 
pelas práticas usuais do mercado
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 9 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
Desta maneira, a reparação civil se dará conforme os seguintes critérios 
estabelecidos pela LPI: 
 
 Em relação à apuração dos lucros cessantes, o critério a ser utilizado será 
aquele mais favorável ao indenizado/prejudicado. 
 
2.4 – Responsabilidade penal 
 Acima vimos que os crimes de concorrência desleal estão tipificados no 
art. 195, da LPI. Por tais condutas, o autor também poderá ser responsabilizado 
civilmente a indenizar o prejudicado, ok? 
 Como penalidade para essas condutas caracterizadas como concorrência 
desleal está prevista a seguinte penalidade: Pena - detenção, de 3 (três) 
meses a 1 (um) ano, ou multa. 
 
 
3 – Infração da Ordem Econômica 
 Para garantir os princípios constitucionais que norteiam a ordem 
econômica e para combater o abuso do poder econômico foi criada a chamada 
Lei Antitruste - Lei nº 12.529/2011. Esta lei estrutura o Sistema Brasileiro 
de Defesa da Concorrência – SBDC e reprime as infrações contra a ordem 
econômica, por determinação do art. 173, §4º da CF. O SBDC é formado 
pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e pela Secretaria 
de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. 
Pois bem, o abuso do poder econômico pode ser caracterizado pela 
dominação dos mercados, eliminação da concorrência e aumento 
arbitrário dos lucros. Estas são características que colocam em risco a 
estrutura do mercado e a livre concorrência. 
Indenização 
Reparação 
civil
Regra Geral 
(art. 208, LPI)
Conforme os benefícios que o 
prejudicado teria se a violação 
não tivesse ocorrido
Lucros 
cessantes 
(art. 210, LPI)
Conforme os benefícios 
auferidos pelo autor da 
violação
Conforme a remuneração que 
o autor da violação teria pago 
ao titular do direito violado pela 
concessão de uma licença para 
explorar o bem legalmente.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 10 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
Bem, como foi apresentado anteriormenete, tais situações de abuso e 
infração são combatidas no ambito civil, penal e administrativo. Cuidaremos 
desses aspectos nos próximos tópicos. Primeiramente, devemos cuidar da 
tipificação das infrações da ordem econômica. 
 
3.1 – Tipificação das infrações da ordem econômica 
 Nos termos do art. 36, caput, da Lei Antitruste, para ser caracterizada 
como infração da ordem econômica, a conduta do empresário deve ter os 
seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados (efeito potencial): 
 
 
Obs.: O abuso de posição dominante pode ser considerado como uma 
síntese dos demais efeitos. Notemos que ele não está previsto no art. 173, §4º 
da CF, mas está definido na lei antitruste nestes termos: “Presume-se posição 
dominante sempre que uma empresa ou grupo de empresas for capaz de 
alterar unilateral ou coordenadamente as condições de mercado ou quando 
controlar 20% (vinte por cento) ou mais do mercado relevante, podendo 
este percentual ser alterado pelo CADE para setores específicos da economia”. 
 Deste modo, as ações de determinado empresário sejam elas quais forem 
devem objetivar os resultados acima para serem caracterizadas como infração 
da ordem econômica. Portanto, são esses efeitos que irão determinar se a 
conduta é lesiva ou não aos preceitos constitucionais garantidores da livre 
concorrência ou livre iniciativa. 
Porém, obviamente que em algumas situações o empresário em busca de 
novos mercados e de obter mais lucros irá lançar mão de meios para atingir 
Conduta 
infracional
Dominação 
de mercado
relevante
Eliminação da 
concorrência 
Abuso de posição 
dominante
Aumento 
arbitrário de 
lucros
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 11 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
esses objetivos. Assim, quando o empresário conquista novos mercados devido 
a um processo natural com base em sua eficiência como agente atuante 
na economia em comparação a seus concorrentes não considera-se que o 
empresário tenha agido com infração da ordem econômica, cujo efeito seria a 
dominação de mercado relevante. 
No mais, devemos lembrar que além da concorrência desleal, a infração 
da ordem econômica é também considerada como concorrência ilícita. 
3. (FGV / ICMS-RJ / 2009) Não constitui infração à ordem 
econômica: 
a) limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a 
livre iniciativa. 
b) exercer de forma abusiva posição dominante no mercado. 
c) dominar mercado relevante de bens ou serviços. 
d) aumentar arbitrariamente os lucros. 
e) adquirir o controle dos principais concorrentes do mercado. 
Comentários 
Letra “e”. A questão trata das infrações da ordem econômica. Lembremos que 
o caput do art. 36 da Lei Antitruste deve ser combinado com o seu §3º para que 
a infração esteja configurada. O §3º traz as condutas ou ações, que se 
resultarem ou tiverem como consequências as hipóteses do caput do art. 36 
estará caracterizada a infração da ordem econômica. Em outras palavras, 
as condutas do §3º somente serão infracionais se tiverem como efeito no 
mercado as situações do caput. Esse efeito no mercado pode ser efetivo ou 
potencial. Das alternativas apresentadas, somente a letra E que não 
representa um dos efeitos previstos no caput do art. 36. As demais alternativas 
são efeitos cujas condutas são consideradas infrações da ordem econômica. 
 
3.2 – Condutas que caracterizam infração da ordem econômica 
 Pois bem, o §3º do art. 36 da Lei Antitruste elenca de forma 
exemplificativa algumas condutas que podem ser consideradas como 
infracionais se resultarem num dos efeitos que vimos acima. 
 Portanto, de forma isolada essas condutasnão são consideradas como 
infração da ordem econômica. É preciso que o seu efeito ou possível efeito seja 
um dos previstos no caput do art. 36, de forma a configurar o abuso do poder 
econômico, beleza? Certinho? 
 Então vejamos as condutas relacionadas pelo §3º do art. 36, ressaltando-
se que estas são apenas exemplificativas, ou seja, outras condutas não 
previstas abaixo podem ser consideradas infracionais. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 12 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
Condutas infracionais da ordem econômica 
Combinar preços de bens ou serviços individualmente 
Combinar a produção ou comercialização restrita de produtos ou serviços 
Combinar a divisão de mercados atual ou potencial 
Combinar preços ou vantagens em licitação pública 
Promover conduta comercial uniforme entre concorrentes 
Limitar ou impedir acesso de novas empresas no mercado 
Criar dificuldades à operação de empresa concorrente 
Impedir o acesso de concorrente às fontes de insumo e equipamentos 
Exigir ou conceder exclusividade de propaganda 
Utilizar meios enganosos para provocar oscilação de preços 
Regular mercado de bens ou serviços por meio de acordo 
Impor preços de revenda, condições e descontos aos distribuidores 
Discriminar adquirentes ou fornecedores de bens ou serviços 
Recusar a venda de bens ou serviços em condições normais e costumes 
Dificultar ou romper relação comercial de prazo indeterminado 
Destruir ou inutilizar insumos, produtos intermediários ou acabados 
Açambarcar ou impedir a exploração de direitos de propriedade industrial 
Vender produtos ou serviços abaixo do preço de custo injustificadamente 
Reter bens de produção ou de consumo, exceto para cobrir custos 
Cessar parcial ou totalmente as atividades da empresa sem justa causa 
Subordinar a venda de um bem à aquisição de outro – venda casada 
Exercer ou explorar abusivamente direitos de propriedade industrial 
 
 Bem, esta relação acima é para termos uma ideia geral das infrações da 
ordem econômica, mesmo porque outras condutas possam ser tomadas. No 
mais, é importante notarmos que é irrelevante sabermos se houve ou não 
culpa na prática dessas ações, pois a avaliação administrativa (CADE) é feita 
de forma objetiva para verificar os efeitos da conduta infracional, beleza? 
No mais, quais seriam as sanções para aqueles que incorrem em infração 
da ordem econômica? 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 13 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
3.3– As sanções por infração da ordem econômica 
 Como já foi apresentado, temos sanções administrativas, penais e civis 
para as condutas tipificadas como infrações da ordem econômica, nos termos 
previstos pela Lei Antitruste. 
 Vejamos então: 
 
 Notemos que determinada conduta poderá ser considerada ilícita em sede 
administrativa, mas não obter sucesso na esfera civil, ok? E como se daria o 
processo na esfera administrativa? Qual o órgão competente para esse 
julgamento? Vejamos na sequência! 
Obs. 1: RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA: Configurada uma das formas de 
infração da ordem econômica, surge a responsabilidade solidária entre 
dirigentes/administradores e a empresa. Ou seja, os dirigentes/administradores 
são individualmente responsáveis de forma solidária à responsabilidade da 
empresa. Da mesma maneira, são solidariamente responsáveis as empresas ou 
entidades integrantes do grupo econômico quando uma delas praticar infração 
à ordem econômica. 
Obs. 2: DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: A Lei 
Antitruste prevê a desconsideração da personalidade jurídica, por infração da 
ordem econômica, quando houver da parte deste abuso de direito, excesso de 
poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato 
social. E ainda: falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da 
pessoa jurídica provocados por má administração. 
 
3.4 – O CADE 
 Inicialmente, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) foi 
criado pela lei nº 4.137/62, como órgão federal. A lei nº 8.884/94 transformou 
o CADE em autarquia federal, vinculada ao Ministério da Justiça, tendo sua sede 
Sanção
Administrativa
Natureza pecuniária (art. 37) - multas 
para a PJ e administradores
Natureza não pecuniária (art. 38) -
medidas administrativas
Penal Tipificado como crime pela lei 8.137/90
(art. 4º) - contra a ordem econômica
Civil
Independe da sanção administrativa
Art. 47 - ação de indenização por perdas 
e danos sofridos
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 14 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
no Distrito Federal e jurisdição nacional. A nova Lei Antitruste mantém tais 
definições sobre o CADE. 
O CADE possui poder decisório sobre as infrações à ordem 
econômica, aplicando as penalidades preconizadas em lei, possuindo jurisdição 
em todo o território nacional. 
 Importante ressaltar, que o CADE detém competência vinculada ao 
caracterizar determinado ato como infração à ordem econômica. Porém, poderá 
o CADE, ao aplicar a sanção, atenuar ou deixar de aplicá-la, agindo de maneira 
discricionária. 
 O CADE ainda possui função preventiva, como no caso do controle 
prévio sobre os atos de concentração empresarial de que trata o art. 88, da Lei 
Antitruste. 
 
 Ainda sobre a prescrição das infrações da ordem econômica, temos que: 
 
 
 
 
4 – Propriedade Industrial 
 
4.1 – Introdução 
A lei que regula a propriedade industrial é a Lei nº 9.279/96 (Lei da 
Propriedade Industrial - LPI). Esta lei trata das invenções, modelos de 
utilidade, desenhos industriais, marcas, indicações geográficas e concorrência 
desleal. Portanto, o regime jurídico da propriedade industrial abrange os 
elementos imateriais relacionados ao estabelecimento empresarial. 
Vale destacar que o direito de propriedade industrial é uma espécie do 
gênero chamado direito de propriedade intelectual, cuja outra espécie é o direito 
PRESCRIÇÃO 
Infração Ordem Econômica
Prescreve em
5 anos
Contados da 
prática do ilícito 
ou da data em 
que cessou a sua 
prática 
continuada.
INTERRUPÇÃO
Qualquer ato 
administrativo ou 
judicial que tenha 
como objeto a 
apuração da infração, 
notificação ou 
intimação.
SUSPENSÃO
Durante a 
vigência do 
compromisso de 
cessação ou do 
acordo em 
controle de 
concentrações.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco– Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 15 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
autoral. Logo, o direito de propriedade industrial não se confunde com o direito 
autoral. 
 
 Então, pessoal, o estudo do direito de propriedade industrial engloba o 
seguinte, conforme o art. 2º da LPI, considerado o seu interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País: 
• Concessão 
o Patentes 
▪ de Invenção 
▪ de Modelo de Utilidade 
o Registro 
▪ de Desenho Industrial 
▪ de Registro de Marca 
• Repressão 
o às Falsas Indicações Geográficas 
o à Concorrência Desleal 
 
Pois bem, o órgão responsável por tutelar o direito de propriedade 
industrial é o INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Retiramos a 
seguinte transcrição do próprio site do INPI: 
“Criado em 1970, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial 
(INPI) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), 
responsável pelo aperfeiçoamento, disseminação e gestão do 
sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de 
propriedade intelectual para a indústria”. 
 
 
Direito de 
Propriedade 
Intelectual
Direito de 
Propriedade 
Industrial
Bens imateriais e 
proteção da técnica: 
invenções e sinais 
distintivos das 
empresas
Direito Autoral
Bens imateriais e 
proteção da obra: 
científicas, artístitcas, 
literárias
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 16 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
4.2 – Patentes de Invenção e Modelo de Utilidade 
Por meio da patente, é garantido ao autor de invenção ou modelo de 
utilidade o direito de propriedade sobre sua criação. Inclusive herdeiros ou 
sucessores do autor podem requerer a patente. No caso de mais de um pedido 
junto ao INPI contendo a mesma invenção ou modelo de utilidade, por autores 
independentes, prevalece aquele que provar o depósito mais antigo, 
independente das datas das invenções ou criações. 
Pois bem, a LPI definiu os institutos: 
• Invenção (art. 8º): É patenteável a invenção que atenda aos requisitos 
de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Portanto, a 
invenção diz respeito a algo completamente novo. 
• Modelo de utilidade (art. 9º): É patenteável como modelo de utilidade 
o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, 
que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que 
resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. É um 
aperfeiçoamento ou inovação de equipamento ou produto que já existe, 
mas que não está protegido pela patente. 
 
Ainda, para que uma invenção ou modelo de utilidade sejam 
patenteáveis, devem atender aos seguintes requisitos: 
 
 
 
 Embora os requisitos acima estejam observados por certa invenção ou 
modelo de utilizado, é necessário ainda que não haja impedimentos (ilicitudes) 
nos termos do art. 18 da LPI: 
 
 
I
n
v
e
n
ç
ã
o
 e
 
M
o
d
e
lo
 d
e
 
U
ti
li
d
a
d
e
Novidade
Desconhecido pelos cientistas ou 
pesquisadores. Algo novo não compreendido 
no estado da técnica
Atividade 
Inventiva
Quando, para um técnino, não decorrer, de 
forma evidente ou óbvia, do estado da 
técnica
Aplicação 
Industrial
Quando pode ser utilizado ou produzido 
em qualquer tipo de indústria.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 17 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Ainda, por cima, não são considerados invenção nem modelo de utilidade 
algumas obras, produtos, técnicas e situações, conforme art. 10, LPI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. (FGV/ICMS-RJ/2008) A respeito das patentes, é incorreto 
afirmar que: 
a) as regras de jogo e programas de computador em si não são consideradas 
patentes. 
b) a patente de invenção vigorará pelo prazo de vinte anos e a de modelo de 
utilidade pelo de quinze anos, contados da data do respectivo depósito. 
NÃO SÃO PATENTEÁVEIS
• O que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à 
ordem e à saúde públicas
• Substâncias, suas modificações e seus processos quando 
resultantes da transformação do núcleo atômico
• O todo ou parte de seres vivos, exceto os microorganismos 
transgênicos que obedecem aos requisitos de patentiabilidade e 
que não sejam mera descoberta.
Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade: 
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; 
II - concepções puramente abstratas; 
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, 
financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; 
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer 
criação estética; 
V - programas de computador em si; 
VI - apresentação de informações; 
VII - regras de jogo; 
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos 
terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; 
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos 
encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou 
germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais. 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 18 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
c) nos casos de emergência nacional ou interesse público, declarados em ato 
do Poder Executivo Federal, desde que o titular da patente ou seu licenciado 
não atendam a essa necessidade, poderá ser concedida, mediante 
requerimento, licença compulsória, com prazo indeterminado e não 
exclusiva, para exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do 
respectivo titular. 
d) a invenção pertence unicamente ao empregador quando decorrer de 
contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto 
a pesquisa ou atividade inventiva, ou resulte da natureza dos serviços para 
os quais o empregado foi contratado. 
e) o pedido de patente de invenção tem que se referir a uma única invenção ou 
a um grupo de invenções inter-relacionadas de forma a compreenderem um 
único conceito inventivo. 
Comentários 
c) Incorreta. Bem, há a possibilidade do titular da patente conceder licença 
para que terceiro explore a sua patente, mediante contrato (arts. 61 a 74). Esta 
licença poderá ser voluntária ou compulsória, devendo ser registrado o contrato 
no INPI. 
 
 Ainda há um caso específico de licença compulsória, conforme art. 71 da 
LPI, que é o caso tratado nesta alternativa: 
 Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou interesse público, 
declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o titular da 
patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá ser 
concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não 
exclusiva, para a exploraçãoda patente, sem prejuízo dos direitos do 
respectivo titular. 
Licença de 
Patente
Licença 
Voluntária
Mediante contrato acordado 
entre as partes
A patente poderá ser 
ofertada pelo INPI 
Licença 
Compulsória
Exercício abusivo da patente 
e abuso de poder econômico
Não exploração do objeto da 
patente, exceto por 
inviabilidade econômica
A comercialização que 
satisfizer o mercado
Comprovada em 
decisão administrativa 
ou judicial 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 19 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
Parágrafo único. O ato de concessão da licença estabelecerá seu prazo de 
vigência e a possibilidade de prorrogação. 
Portanto, esta alternativa está incorreta, com base no disposto no art. 71 
da LPI. O erro está na palavra “mediante requerimento” e “com prazo 
indeterminado”, quando o correto seria a concessão da patente de ofício e por 
prazo temporário, respectivamente. 
a) O art. 10 relaciona os casos que não são considerados invenção, nem modelo 
de utilidade. Dentre eles, temos os programas de computador em si (inciso V) 
e as regras de jogo (inciso VII). Correta. 
b) Conforme o art. 40 da LPI, a patente de invenção vigora pelo prazo de 20 
anos da data do depósito, ou 10 anos da concessão (prazo mínimo). A 
patente de modelo de utilidade vigora pelo prazo de 15 anos da data do 
depósito, ou 7 anos da concessão (prazo mínimo). Esses prazos são 
improrrogáveis. Alternativa está correta. Exemplo: o depósito do pedido de 
patente de invenção foi realizado em 2010, mas a concessão só foi realizada em 
2029 por questões diversas (judicial, por exemplo). Como o prazo mínimo é de 
10 anos da concessão, a patente vigorará até 2039. 
d) Correta, nos termos do art. 88 da LPI. Quando a invenção ou o modelo de 
utilidade resultam dos serviços de empregado contratado para tal, o titular do 
direito de propriedade industrial é o empregador. A LPI, ainda assegura essa 
titularidade ao empregador, até um ano após o fim do vínculo empregatício, no 
caso de requerimento de patente pelo empregado. Neste caso, considera-se que 
a invenção ou o modelo de utilidade foram desenvolvidos durante a vigência do 
contrato de trabalho. 
Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade pertencem 
exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de 
trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a 
pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos 
serviços para os quais foi o empregado contratado. 
e) Correta, conforme a literalidade do art. 22 da LPI. O pedido de patente deve 
englobar apenas uma invenção ou invenções que tenham uma relação entre si, 
fazendo parte do mesmo processo ou tecnologia. Gabarito: C 
 
4.3 – Desenho Industrial 
O desenho industrial é protegido pela LPI por meio de registro (não é a 
patente). Então, a definição legal de desenho industrial é a seguinte: 
 
 
 
 
Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental 
de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa 
ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e 
original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de 
fabricação industrial. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 20 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Considera-se, então, que o desenho industrial possui natureza estética. 
A partir desta definição, podemos considerar os seguintes requisitos: 
• Novidade: quando não compreendido no estado da técnica; 
• Originalidade: quando dele resulte uma configuração visual distintiva, 
em relação a outros objetos anteriores, mas poderá ser decorrente da 
combinação de elementos conhecidos. 
• Desimpedimento: os desenhos puramente artísticos não são 
considerados desenho industrial. Ainda, não são registráveis como 
desenho industrial: 
o O que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a 
honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de 
consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos 
de respeito e veneração; 
o A forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela 
determinada essencialmente por considerações técnicas ou 
funcionais. 
 
• Vigência da proteção ao registro do desenho industrial: 
o Tem duração de 10 anos a contar do depósito - admitidas até 3 
prorrogações sucessivas por períodos de 5 anos (art. 108), 
totalizando 25 anos do depósito. 
 
• Pedido de registro de desenho: feito o depósito do desenho no INPI, 
há imediata publicação e concomitante expedição de certificado 
(art.106). 
 
4.4 - Marca 
A Marca pode ser definida como o sinal distintivo de percepção visual, 
não compreendido nas proibições legais (art. 122). Os requisitos previstos 
para a marca são: 
• Novidade relativa: marca deve cumprir sua finalidade, de identificar, 
direta ou indiretamente, produtos e serviços. Não é necessária a novidade 
absoluta (expressão linguística nova). Por esse motivo, a proteção é 
restrita à classe dos produtos ou serviços a que pertence o objeto 
marcado (princípio da especificidade – classes). Exceto: a marca de alto 
renome (art. 125). 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 21 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
• Não-colidência com marca notória (art. 126): sob pena de 
indeferimento de ofício pelo INPI. Visa a repressão à contrafação de 
marcas (pirataria). 
• Desimpedimento (art. 124): lista de signos que não são registráveis 
como marca (embora possa ser utilizada na identificação de produtos e 
serviços). Listarei alguns não registráveis: 
o brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e 
monumento oficiais, públicos, nacionais, estrangeiros ou 
internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou 
imitação; 
o letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de 
suficiente forma distintiva; 
o expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à 
moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de 
pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto 
religioso ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração; 
o reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador 
de título de estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, 
suscetível de causar confusão ou associação com estes sinais 
distintivos; 
o sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda; 
o cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de 
modo peculiar e distintivo; 
o indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão 
ou sinal que possa falsamente induzir indicação geográfica; 
o nome, prêmio ou símbolo de evento esportivo, artístico, cultural, 
social, político, econômico ou técnico, oficial ou oficialmentereconhecido, bem como a imitação suscetível de criar confusão, 
salvo quando autorizados pela autoridade competente ou entidade 
promotora do evento; 
o obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que 
estejam protegidos pelo direito autoral e sejam suscetíveis de 
causar confusão ou associação, salvo com consentimento do autor 
ou titular; 
o objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de 
terceiro. 
 
• Vigência da proteção ao registro da marca: 
o vigora por 10 anos, contados da concessão, sendo cabíveis 
sucessivas prorrogações por igual período (art.133). 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 22 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
4.4.1 - Nome empresarial x marca x título do estabelecimento 
Tais institutos se ferem à empresa, mas não se confundem como 
podemos notar no decorrer deste curso. Vejamos!!! 
O nome empresarial identifica o sujeito de direito, aquele que exerce 
a atividade empresarial, sendo protegido a partir do registro na Junta 
Comercial. 
Já a marca identifica os produtos e serviços, gozando de proteção a 
partir do registro no INPI. 
E, por fim, o título do estabelecimento identifica o local onde a 
atividade empresarial é exercida. 
Por exemplo: razão social - Casa Bahia Comercial Ltda. O local onde os 
consumidores frequentam se chama Casas Bahia – é o título do 
estabelecimento. Não necessariamente o título do estabelecimento coincide com 
o núcleo do nome empresarial ou da marca. Até o momento, não existe registro 
para título do estabelecimento, ok? 
 
 
5 – Comércio Eletrônico 
 Bem, pessoal, o comércio eletrônico um tema ainda novo e muito pouco 
cobrado em prova. Contudo, devemos nos cercar de todos os lados, certo? 
Então, vamos lá! 
5.1 – Definição 
 O comércio eletrônico é caracterizado pelos negócios comerciais, venda 
de produtos e prestação de serviços, num ambiente virtual. O estabelecimento 
empresarial neste caso não é físico, mas sim virtual e sua transações ocorrem 
com a transmissão de dados via internet ou fora dela (pode ser via telefone). 
 
 
 
C
o
m
é
r
c
io
 
E
le
tr
ô
n
ic
o
Venda de produtos e prestação de serviços em 
estabelecimento virtual
Oferta e contrato por transmissão e recepção eletrônica de 
dados, via internet ou fora dela
Não há estabelecimento físico - negócios celebrados pela 
aceitação por meio de transmissão de dados.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 23 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
 Em relação ao estabelecimento, algumas características do 
estabelecimento físico não podem ser aplicadas ao virtual, como a localização 
física do ponto. No entanto, outras são aplicadas como o fundo de comércio e a 
natureza jurídica. 
 Então, juridicamente falando, a oferta do produto ou serviço ocorre 
somente no momento do acesso pelo consumidor, vinculando o 
empresário a partir de então. Já a aceitação ao contrato pelo consumidor, se dá 
no momento em que o empresário recebe essa informação em seu sistema, ok? 
5. (CESPE/Juiz Substituto-TJ-DF/2003) Assinale a 
alternativa incorreta. No que pertine ao comércio eletrônico, pode-se 
afirmar que: 
b) no comércio eletrônico, a oferta e o contrato são realizados por transmissão 
e recepção eletrônica de dados, podendo ser realizado através da rede 
mundial de computadores ou fora dela. 
 Comentários 
Certamente esta é uma das características que determinam o comércio 
eletrônico. Destaca-se que a oferta somente se efetiva quando o consumidor 
acessar as informações. Assim, não caracteriza oferta um anúncio que não seja 
acessado, por exemplo. Gabarito: Correta. 
 
5.2 – Legislação aplicável 
. O Decreto nº 7.962, de 15 de março de 2013, regulamenta o Código de 
Defesa do Consumidor (CDC) ao dispor sobre a contratação no comércio 
eletrônico. Antes do decreto não havia uma legislação específica sobre o tema. 
O referido decreto trata, em suma, dos seguintes aspectos: 
 
 
Assim, na esquematização abaixo detalharemos alguns deveres do 
fornecedor: 
 
Informações claras a 
respeito do produto, 
serviço e do fornecedor
Atendimento 
facilitado ao 
consumidor
Respeito ao 
direito de 
arrependimento
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 24 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 Ainda o fornecedor tem o dever de disponibilizar um canal de atendimento 
ao consumidor em meio eletrônico. O recebimento das demandas do 
consumidor deve ser confirmado pelo mesmo meio empregado por ele e sua 
manifestação deve ocorrer em até cinco dias. 
 No entanto, talvez, o principal aspecto apresentado no decreto nº 
7.962/2013 seja aquele relacionado ao direito de arrependimento: 
 
 Porém, há o entendimento doutrinário de que somente há o direito ao 
arrependimento quando caracterizado o emprego pelo fornecedor de 
técnicas de marketing agressivo, visto considerar-se que o comércio 
eletrônico ocorre dentro do estabelecimento, ok? Ressalta-se, assim, que o 
prazo para exercer o direito de arrependimento do contrato é de 7 dias a 
contar de sua assinatura ou do recebimento do produto ou do serviço (art. 
49, CDC). 
 Vejamos que o direito de arrependimento previsto acima não engloba 
aqueles casos onde o consumidor comprou, mas não gostou do bem. O direito 
Deveres do 
fornecedor 
(comércio eletrônico)
Nome da 
empresa e 
proprietários 
em local de 
destaque e fácil 
visualização. 
Endereço físico 
e eletrônico 
Características 
essenciais do 
produto ou 
serviço (riscos à 
saúde e 
segurança). 
Discriminação de 
despesas 
adicionais.
Sumário do 
contrato antes da 
compra, 
ferramentas eficazes 
ao consumidor para 
correção de erros na 
compra
Confirmar a 
aceitação 
imediata da 
oferta, 
disponibilizar 
o contrato 
após a 
contratação
D
ir
e
it
o
 d
e
 
a
r
r
e
p
e
n
d
im
e
n
to
O fornecedor deve prestar informação clara e 
ostensiva acerca dos meios para o seu exercício
O consumidor pode utilizar qualquer ferramenta 
para o seu exercício
Implica rescisão dos contratos acessórios, 
sem qualquer ônus para o consumidor
Fornecedor deve comunicar 
imediatamente ao banco ou 
administradora de cartão de crédito. 
Não lançamento 
na fatura do cartão 
ou
Que seja 
estornado o valor
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 25 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
ao arrependimentoé previsto para proteger o consumidor que não tem contato 
direto com o produto, mas é influenciado pelas propagandas do fornecedor, ok? 
 Por fim, o titular do estabelecimento empresarial virtual só responde pela 
veracidade e regularidade da publicidade quando apresentar anúncio 
abusivo ou enganoso sobre os seus próprios produtos ou serviços. 
6. (CESPE / Juiz Substituto-TJ-DF / 2003) Assinale a 
alternativa incorreta. No que pertine ao comércio eletrônico, pode-se 
afirmar que: 
a) na compra de produtos ou serviços através da Internet, o consumidor 
internaútico não tem o direito de arrependimento, a menos que o empresário 
tenha se utilizado de alguma prática agressiva. 
Comentários 
 Considera-se que o comércio eletrônico se passa dentro do 
estabelecimento virtual do fornecedor e, por isso, não abarca o direito ao 
arrependimento previsto no art. 49 do CDC. Contudo, pode ser aplicado quando 
da prática de propagandas e anúncios agressivos. Gabarito: Correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 26 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
7 - Questões Comentadas 
7.(FCC/Julgador Administrativo Tributário-SEFAZ-PE/2015) No que se 
refere à defesa da concorrência, considere os enunciados seguintes, relativos 
às infrações da ordem econômica: 
I. As diversas formas de infração da ordem econômica implicam a 
responsabilidade da empresa e a responsabilidade individual de seus dirigentes 
ou administradores, subsidiariamente. 
II. Serão solidariamente responsáveis as empresas ou entidades integrantes de 
grupo econômico, de fato ou de direito, quando pelo menos uma delas praticar 
infração à ordem econômica. 
III. A personalidade jurídica do responsável por infração da ordem econômica 
poderá ser desconsiderada quando houver da parte deste abuso de direito, 
excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou 
contrato social. 
IV. A repressão das infrações da ordem econômica, em razão de sua 
especificidade, exclui a punição de outros ilícitos previstos em lei. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e IV, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I, III e IV, apenas. 
d) I, II e III, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Comentários 
Letra “b”. 
I – Incorreta, pois o art. 12 da Lei nº 12.529/11 prevê responsabilidade solidária 
da empresa e dos administradores e dirigentes individualmente. 
Art. 32. As diversas formas de infração da ordem econômica implicam a 
responsabilidade da empresa e a responsabilidade individual de seus 
dirigentes ou administradores, solidariamente. 
II – Correta, nos termos literais do Art. 33 da Lei nº 12.529/11. 
III - Correta, conforme a literalidade do caput do art. 34 da Lei nº 12.529/11. 
IV- Incorreta, pois “A repressão das infrações da ordem econômica não exclui 
a punição de outros ilícitos previstos em lei” (art. 35 da Lei nº 12.529/11). 
 
8.(FCC/Procurador de Contas-TCE-CE/2015) Acerca da disciplina jurídica 
da concorrência, constituem infração da ordem econômica os atos que 
possam prejudicar a livre iniciativa, 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 27 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
a) desde que decorrentes de dolo ou culpa, ainda que esse efeito não seja 
alcançado. 
b) independentemente de dolo ou culpa, mas desde que esse efeito seja 
efetivamente alcançado. 
c) independentemente de dolo ou culpa, ainda que esse efeito não seja 
alcançado. 
d) desde que decorrentes de dolo ou culpa e que esse efeito seja efetivamente 
alcançado. 
e) desde que decorrentes de dolo, ainda que esse efeito não seja alcançado. 
Comentários 
Letra “c”. Como estudamos, as infrações da ordem econômica devem ser 
analisadas sob um enfoque objetivo, mesmo que os seus efeitos não sejam 
atingidos. Assim determina o art. 36 da Lei nº 12.529/2011. 
Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente 
de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por 
objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam 
alcançados: 
I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou 
a livre iniciativa; 
II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; 
III - aumentar arbitrariamente os lucros; e 
IV - exercer de forma abusiva posição dominante. 
 
9.(FCC/Julgador Administrativo Tributário-SEFAZ-PE/2015) No tocante 
à disciplina jurídica da livre concorrência, a concorrência desleal: 
I. é reprimida em nível civil, penal e administrativo e, quando caracterizada, 
envolve não só os interesses particulares dos empresários concorrentes, mas 
também as estruturas de atuação do livre mercado. 
II. específica viabiliza-se, basicamente, por meio de violação do segredo de 
empresa ou pela indução do consumidor em erro; uma espécie desse tipo de 
concorrência desleal é a publicidade enganosa. 
III. genérica não é tipificada como crime e se caracteriza na utilização de meios 
imorais, desonestos ou condenados pelas práticas usuais dos empresários. 
Está correto o que se afirma em: 
a) II e III, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 28 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
d) I, II e III. 
e) I, apenas. 
Comentários 
Letra “a”. Relembrando as nossas esquematizações para nos ajudar nesta 
questão: 
- As duas situações que ameaçam a ordem econômica: 
 
- Especificamente acerca da concorrência desleal vimos o seguinte: 
 
Assim, passemos à análise das assertivas: 
I – Incorreta. A concorrência desleal não é reprimida em nível administrativo e 
não compromete as estruturas do livre mercado. 
II e III – Corretas, conforme o nosso esquema acima. 
 
10.(FCC / Juiz Substituto-TJ-RN / 2002) Constitui prática tipificada de 
concorrência desleal: 
a) reter bens de produção ou de consumo, ainda que para garantir a cobertura 
dos custos de produção. 
b) atribuir-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não 
obteve. 
Concorrência 
Ilícita
Concorrência DESLEAL
Em razão dos interesses 
particulares dos empresários. 
Não compromete as estruturas 
do livre mercado. É combatida em 
nível civil e penal.
INFRAÇÃO da ordem 
econômica
Ocorre o abuso de poder 
econômico. Compromete as 
estruturas do livre mercado. É 
combatida em nível civil, penal e 
administrativo.
Concorrência 
DESLEAL
Específica
Tipificação CIVIL e PENAL
Lesão a direito de propriedade intelectual, 
violação do segredo de empresa ou 
indução do consumidor em erro.
Genérica
Apenas tipificação CIVIL - indenização por 
perdas e danos.
Condutas não tipificadas como crime
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
thav
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 29 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
c) interromper ou reduzir a produção, sem justa causa comprovada. 
d) conceder descontos em função do relacionamento comercial com a outra 
parte. 
e) obter exclusividade para divulgação de publicidade nos meios de 
comunicação de massa. 
Comentários 
Letra “b”. Atentar que a questão pede para assinalar a prática de concorrência 
desleal e não de infração da ordem econômica, ok? 
b) Vejamos que a ação do empresário de atribuir como meio de propaganda 
recompensa ou distinção que não obteve induz o consumidor ao erro, sendo 
por isso tipificada como prática de concorrência desleal prevista no inciso VI, do 
art. 195 da LPI. Correta. 
a) A primeira parte da alternativa está prevista como infração da ordem 
econômica (art. 36, §3º, XVI, Lei Antitruste), porém a parte final a 
descaracteriza como conduta infracional. Mesmo sendo caracterizada como 
infração da ordem econômica, estaria incorreta pois o enunciado pede a 
concorrência desleal. 
c) Caso signifique cessação parcial ou total das atividades da empresa, 
considera-se infração da ordem econômica (inciso XVII, §3º, art., 36 da Lei 
Antitruste). Mas não é prática de concorrência desleal. 
d) também não é prática prevista como concorrência desleal. 
e) é conduta tipificada como infração da ordem econômica prevista no inciso VI 
do §3º do art. 36 da Lei Antitruste. Não é concorrência desleal. 
 
11.(FCC / Juiz Substituto-TJ-RN / 1999) A caracterização da infração da 
ordem econômica, passível de repressão pelo CADE - Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica depende da: 
a) comprovação da intenção do agente econômico ara lesar concorrentes 
b) comprovação de prejuízo imediato para o consumidor 
c) ocorrência de abuso de poder econômico capaz de inibir o ingresso de novos 
concorrentes no mercado. 
d) verificação de situação de monopólio de mercado. 
e) sua repercussão era todo a território nacional. 
Comentários 
Letra “c”. Das alternativas acima, a letra C é a única prevista na Lei Antitruste, 
no inciso III, do §3º do art. 36- “limitar ou impedir o acesso de novas empresas 
ao mercado”. 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 30 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
12.(VUNESP/Analista Jurídico-EMPLASA-SP/2014) O Sistema Brasileiro 
de Defesa da Concorrência atua na prevenção e na repressão às infrações 
contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de 
liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, 
defesa dos consumidores e na repressão ao abuso do poder econômico. 
Referido sistema é formado pelo o Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica (CADE) e 
a) pela Secretaria das Finanças do Ministério da Fazenda. 
b) pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. 
c) pela Secretaria de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. 
d) pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor. 
e) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial. 
Comentários 
Letra “b”. Conforme o art. 3º da Lei Antitruste, o SBDC é formado pelo CADE e 
pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. 
Art. 3o O SBDC é formado pelo Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica - CADE e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do 
Ministério da Fazenda, com as atribuições previstas nesta Lei. 
 
13.(CESPE / Juiz Federal Substituto-TRF-1ª / 2013) Quanto às infrações 
da ordem econômica dispostas na Lei Antitruste, assinale a opção correta. 
e) Nas relações comerciais de prazo indeterminado, o rompimento da 
continuidade em razão de recusa da outra parte em submeter-se a cláusulas 
anticoncorrenciais caracteriza infração à ordem econômica. 
Comentários 
Correta. Esta conduta está caracterizada como infração da ordem econômica 
nos termos do art. 36, §3º, inciso XII da Lei Antitruste. 
Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente 
de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por 
objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam 
alcançados: (...) 
§ 3o As seguintes condutas, além de outras, na medida em que 
configurem hipótese prevista no caput deste artigo e seus incisos, 
caracterizam infração da ordem econômica: 
XII - dificultar ou romper a continuidade ou desenvolvimento de relações 
comerciais de prazo indeterminado em razão de recusa da outra parte em 
submeter-se a cláusulas e condições comerciais injustificáveis ou 
anticoncorrenciais; 
 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 31 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
14.(FGV / ICMS-AP / 2010) Adalberto adquiriu uma máquina de lavar roupa 
pela Internet da empresa Linha Branca S.A.. Após receber a mercadoria na 
sua residência, Adalberto constatou que tinha outras expectativas em 
relação ao produto adquirido. Considerando a disciplina jurídica das relações 
de consumo, assinale a alternativa que indique a providência que Adalberto 
pode tomar. 
a) Nenhuma, pois a legislação brasileira quanto às relações de consumo veda 
o direito de arrependimento. 
b) No prazo de 07 dias do recebimento da máquina de lavar roupa, Adalberto 
pode desistir da compra e receber o valor pago. 
c) No prazo de 07 dias do recebimento da máquina de lavar roupa, Adalberto 
pode desistir da compra e terá direito, obrigatoriamente, a escolher outra 
mercadoria da empresa Linha Branca S.A.. 
d) Adalberto tem 30 dias para pensar sobre a sua compra e procurar a empresa 
para receber a devolução do dinheiro ou outra mercadoria. 
e) A situação deverá ser negociada entre Adalberto e a empresa Linha Branca, 
pois o Código de Defesa do Consumidor não traz nenhuma disciplina 
específica para esta situação. 
Comentários 
Letra “b”. Esta questão trata do direito de arrependimento. Segundo Fabio Ulhoa 
“As legislações protetivas dos consumidores asseguram o direito de 
arrependimento na hipótese de o fornecedor empregar técnicas de marketing 
“agressivo” (art. 49 do CDC). A identificação jurídica dessas técnicas, até a 
difusão do comércio eletrônico, era feita pela noção de ato de consumo realizado 
“fora do estabelecimento” (porta a porta, telemarketing, marketing etc.).”. 
Desta forma, considera-se que o negócio realizado de forma virtual não é 
realizado fora do estabelecimento do fornecedor, e sim dentro; já que o 
consumidor tem a iniciativa de procurar o estabelecimento do fornecedor, tendo 
acesso detalhado a dados e informações, que também teria no caso de 
estabelecimento físico. Sendo assim, o direito de arrependimento cabe ao 
comércioeletrônico nos mesmos termos do negócio realizado de forma não-
virtual, isto é, cabe no caso de marketing agressivo somente. De outra 
forma, se o negócio virtual não emprega técnica agressiva, o direito de 
arrependimento não se justifica. Este é o entendimento doutrinário. Retornando 
ao enunciado da questão, observamos que no negócio realizado não há relato 
de marketing agressivo; há somente a frustração das expectativas do 
comprador pelo bem. Contudo é prática comercial conceder o direito de 
arrependimento mesmo neste caso. Sendo assim, na questão, foi adotada essa 
prática literal do art. 49 do CDC e considerada a venda realizada através 
de comércio eletrônico como sendo fora do estabelecimento. Então, 
fiquemos atentos a esse embate! 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 32 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
Art. 49 do CDC. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 
dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou 
serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços 
ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou 
a domicílio. 
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento 
previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, 
durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, 
monetariamente atualizados. 
 
15.(FGV / ICMS-RJ / 2010/ADAPTADA) Com relação à proteção da ordem 
econômica e da concorrência, analise as afirmativas a seguir: 
I. A discriminação de adquirentes ou fornecedores de bens ou serviços por meio 
da fixação diferenciada de preços, conduta prevista no artigo 36, §3º, X, da Lei 
n.° 12.529/11, não caracterizará infração da ordem econômica se essa conduta 
foi praticada sem a intenção de ou não tiver o efeito de prejudicar a livre 
concorrência, dominar mercado relevante, aumentar arbitrariamente os preços 
ou exercer de forma abusiva uma posição dominante. 
Comentários 
Incorreta, pois combina as condutas previstas pelo §3º com os efeitos efetivos 
ou potenciais no caput do art. 36 da Lei Antitruste, sendo irrelevante 
sabermos se houve ou não culpa na prática dessas ações, já que a avaliação 
administrativa (CADE) é feita de forma objetiva para verificar os efeitos da 
conduta infracional. 
 
16.(TJ-DF / Juiz Substituto-TJ-DF / 2008) Assinale a alternativa incorreta: 
a) Prescrevem em cinco anos as infrações da ordem econômica, contados da 
data da prática do ilícito ou, no caso de infração permanente ou continuada, 
do dia em que tiver cessado. Interrompe-se a prescrição com o compromisso 
de cessação ou de desempenho. 
b) As decisões do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), não 
comportam revisão no âmbito do Poder Executivo. 
c) Constitui infração à ordem econômica o aumento arbitrário dos lucros. 
d) A chamada posição dominante é presumida quando a empresa ou grupo de 
empresas controla 20% (vinte por cento) de mercado relevante, podendo 
este percentual ser alterado pelo CADE para setores específicos da 
economia. 
Comentários 
a) Incorreta. A parte final a respeito da interrupção da prescrição está 
incorreta, pois a previsão de interrupção da prescrição das infrações da ordem 
econômica ocorre por qualquer ato administrativo ou judicial que tenha por 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 33 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
objeto a apuração da infração contra a ordem econômica, bem como a 
notificação ou a intimação da investigada (art. 46, §1º, Lei 12.529/11). 
Portanto, o compromisso de cessação ou desempenho não interrompe a 
prescrição. 
b) Correta. Art. 9º, §2º e art. 61, §3º da Lei Antitruste. 
Art. 9º. §2o As decisões do Tribunal não comportam revisão no âmbito do 
Poder Executivo, promovendo-se, de imediato, sua execução e 
comunicando-se, em seguida, ao Ministério Público, para as demais 
medidas legais cabíveis no âmbito de suas atribuições. 
Art. 61. §3o Julgado o processo no mérito, o ato não poderá ser 
novamente apresentado nem revisto no âmbito do Poder Executivo. 
c) Correta. Art. 36, III, da Lei Antitruste. 
d) Correta. Art. 36, §2º da Lei Antitruste. 
Art. 36. §2o Presume-se posição dominante sempre que uma empresa ou 
grupo de empresas for capaz de alterar unilateral ou coordenadamente 
as condições de mercado ou quando controlar 20% (vinte por cento) ou 
mais do mercado relevante, podendo este percentual ser alterado pelo 
Cade para setores específicos da economia. 
 
17.(CESPE / Juiz Federal Substituto-TRF-5ª região/2005) Considere a 
seguinte situação hipotética. Duas auto-escolas, que dominam menos de 1% 
do mercado relevante, e cujas sedes localizam-se na mesma avenida, 
decidiram fixar, em comum acordo, preços e condições para a prestação de 
seus serviços. Nessa situação, com base na disciplina jurídica da 
concorrência empresarial, é correto concluir que não houve infração à ordem 
econômica. 
Comentários 
Correta. Neste caso, o domínio de mercado relevante não caracteriza infração 
à ordem econômica visto que apenas 1% do mercado relevante é dominado 
pelas duas auto-escolas. Assim, nos termos do art. 36, §2º da Lei 12.529/11, 
este percentual de domínio deveria ser de 20% ou mais do mercado 
relevante, podendo este percentual ser redefinido pelo CADE para setores 
específicos da economia. Além disso, como já vimos, o CADE deve apreciar os 
atos que de alguma forma possam limitar ou prejudicar a livre concorrência, 
bem como resultar no domínio de mercado relevante de bens e serviços. 
Portanto, presume-se que o domínio de pelo menos 20% do mercado relevante 
é que poderá constituir infração da ordem econômica. 
 
18.(FGV/Procurador-TCM-RJ/2008) Assinale a afirmativa correta. 
a) O prazo de vigência da patente de invenção não pode ser inferior a quinze 
anos, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o INPI estar 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 10 
Prof.º Wangney Ilco 34 de 46 
www.exponencialconcursos.com.br 
impedido de proceder ao exame do mérito do pedido por pendência judicial 
comprovada ou por motivo de força maior. 
b) A patente de invenção vigora pelo prazo de vinte anos, contados da data do 
depósito. 
c) A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial é assegurada em 
todo o território brasileiro mediante o ato de protocolo do pedido das 
patentes e marcas do Instituto Nacional de Propriedade Industrial. 
d) É patenteável a invenção que atenda aos requisitos da novidade e atividade 
inventiva, sendo dispensável sua aplicação industrial. 
e) Os programas de computador são considerados invenções ou modelos de 
utilidade, podendo seu autor obter a

Continue navegando