Buscar

Aula 13 - Poder Judiciário

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 105 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 105 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 105 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 13 
Direito Constitucional 
Poder Judiciário 
Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
2 
 
 
 
Olá Pessoal, tudo certo? Vamos começar a desvendar a caixa preta do Poder 
Judiciário?? Calma, calma... vamos estudar somente o que será cobrado no 
concurso mesmo, que já é muita coisa....Vamos trabalha! 
 
PODER JUDICIÁRIO (1ª Parte) 
Disposições Gerais 
Órgãos do Poder Judiciário: 
O art. 92 da Constituição diz que são órgãos do Poder Judiciário: 
 Supremo Tribunal Federal; 
 Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela EC 45/04) 
 Superior Tribunal de Justiça; 
 Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
 Tribunais e Juízes do Trabalho; 
 Tribunais e Juízes Eleitorais; 
 Tribunais e Juízes Militares; 
 Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
Devemos ainda acrescentar as "Juntas Eleitorais", pois embora não estejam no 
art. 92, estão expressamente elencadas no art. 118, como sendo "órgão da 
Justiça Eleitoral". 
 
Parágrafos do art. 92: 
 O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os 
Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. 
 O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em 
todo o território nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 13 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lembrando também que não há justiça municipal, o Poder Judiciário é federal ou 
estadual. 
 
1. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) São órgãos do Poder Judiciário os 
tribunais e Juízes Militares. 
Comentários: 
Os órgãos do Poder Juciário estão elencados no art. 92 da Constituição (com 
exceção das juntas eleitorais, que embora sejam órgãos do Judiciário, só foram 
Juízes de 
1º grau 
STF 
Juízes de 
direito 
dos 
Estados e 
do DF/TF 
STM 
Juízes 
Federais 
Juízes do 
Trabalho 
Juízes e 
Juntas 
Eleitorais 
Juízes 
Militares 
CNJ 
Supremo 
Órgãos da 
justiça federal 
Comum 
(art.106) 
Órgãos da 
justiça do 
trabalho 
(art.111) 
Órgãos da 
justiça 
eleitoral 
(art.118) 
Órgãos da 
justiça 
estadual 
(art.125) 
Tribunais 
Militares 
TRE 
 
TJ 
 
TRF 
 
TRT 
 
TSE TST STJ 
Justiça Comum 
 
Justiça Especial 
 
Órgãos da 
justiça 
militar 
(art.122) 
ENFAM 
CJF 
ENAMAT 
CSJT 
Tribunais 
Superiores 
Tribunais 
de 2º grau 
 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
4 
elencadas pelo art. 118). Desta forma, por estar no rol do art. 92, está correto o 
enunciado. 
Gabarito: Correto. 
 
2. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ é órgão integrante do Poder 
Judiciário. 
Comentários: 
É um órgão de funções administrativas e correicionais que integra o Poder 
Judiciário (CF, art. 92). 
Gabarito: Correto. 
Princípios do Estatuto da Magistratura 
CF art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal 
Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os 
seguintes princípios: 
 
Pulo do Gato: 
A lei complementar terá o papel de prever vários temas relacionados com 
estatutos e organizações na Constituição Federal. Perceba: 
 Art. 79, parágrafo único. Conferir atribuições ao Vice-Presidente; 
 Arts. 93 e 128. Dispor sobre o Estatuto da Magistratura e o Estatuto do 
Ministério Público (Lei Complementar estadual no caso do MPE); 
 Art. 121. Dispor sobre a organização e competência dos tribunais eleitorais, 
dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
 Art. 131. Organização e funcionamento da AGU; 
 Art. 134, § 1º Organização da Defensoria Pública da União e do Distrito Federal 
e dos Territórios; 
 Art. 142, § 1º Normas gerais para organização, preparo e emprego das 
Forças Armadas; 
Assim, é fácil lembrar: se estamos falando de um estatuto, competências, 
organizações... "provavelmente" precisaremos de uma lei complementar! 
 
3. (FCC/TJAA-TRT 24/2011) No tocante ao Poder Judiciário, o Estatuto da 
Magistratura é disposto por Lei: 
a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal. 
b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados. 
c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. 
d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
5 
e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
Se estamos falando de um estatuto, competências, organizações... Lembrem-se 
da lei complementar. Essa tá no art. 93: Lei complementar, de iniciativa do 
Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura (...). 
Gabarito: Letra C. 
 
4. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) As Constituições estaduais podem 
reduzir o rol das garantias da magistratura estadual previstas na Constituição da 
República. 
Comentários: 
A Constituição da República é uma norma nacional, ou seja, é de observância 
obrigatória a todos os entes da federação. A Constituição Estadual não tem força 
para reduzir as garantias previstas pela Constituição da República. 
Gabarito: Errado. 
 
Ingresso na carreira: 
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, 
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da 
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do 
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e 
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação 
dada pela EC 45/04 que incluiu a necessidade dos 3 anos de prática 
jurídica) 
 
Organizando os requisitos: 
 concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas 
as fases; 
 bacharelado em direito; 
 no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e 
 obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. 
 
5. (FGV/ Téc. Administrativo- DPE-RO/ 2015) O Tribunal de Justiça, 
enquanto órgão de cúpula do Poder Judiciário estadual, está autorizado a praticar 
alguns atos que se projetam sobre a esfera jurídica dos Juízes de Direito. É 
correto afirmar que pode nomear ocupantes de cargo em comissão para o 
exercício temporário da função de Juiz de Direito; 
Comentários: 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
6 
Errado. Não existe no Brasil a figura do juiz ad hoc, de forma que todos os juízes 
de primeiro grau ingressam na carreira mediante concurso público de provas e 
títulos, nos termos do art. 93, I, confira: Art. 93. Lei complementar, de iniciativa 
do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, 
observados os seguintes princípios: 
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, 
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da 
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do 
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e 
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; 
Gabarito: Errado.6. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O ingresso na carreira de 
magistratura se dá mediante concurso público de provas e títulos, divididas em 
fases, nas quais é obrigatória a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, 
no mínimo, na primeira fase, podendo aspirar ao cargo os bacharéis em direito 
com, no mínimo, três anos de atividade jurídica. 
Comentários: 
A questão trouxe corretamente alguns requisitos para o ingresso na magistratura, 
porém, errou pelo fato da presença da OAB ser obrigatória em todas as fases 
(CF, art. 93, I). 
Gabarito: Errado. 
Promoção: 
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por 
antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: 
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes 
consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; 
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na 
respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de 
antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite 
o lugar vago; 
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios 
objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela 
freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de 
aperfeiçoamento; 
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz 
mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, 
conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-
se a votação até fixar-se a indicação; 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
7 
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em 
seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem 
o devido despacho ou decisão; 
III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e 
merecimento, alternadamente, apurados na última ou única 
entrância;(Redação dada pela EC 45/04. Antes havia uma previsão para 
os tribunais de alçada, que não existem mais) 
IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e 
promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo 
de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por 
escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; 
 
7. (FCC/AJAJ TRT 14ª/2011) No que concerne ao Poder Judiciário, a 
Constituição Federal estabelece a necessidade de ser observado o princípio da 
alternância quanto aos critérios de antiguidade e merecimento na promoção de 
entrância para entrância, atendida, dentre outras, a seguinte norma: 
a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder 
além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou 
decisão. 
b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva 
entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta, 
salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. 
c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos 
de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo 
dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de 
aperfeiçoamento. 
d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais 
antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme 
procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo- se a votação até 
fixar-se a indicação. 
e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou 
cinco alternadas em lista de merecimento. 
Comentários: 
Essa questão faz uma revisão de quase tudo que o art. 93, II, da Constituição 
fala sobre promoção de juízes. 
Letra A – Errado. Contraria o art. 92, II, “e” da Constituição, pois o juiz não pode 
devolver os autos ao cartório sem o devido despacho ou decisão. 
Letra B – Errado. Contraria o art. 92, II, “b” da Constituição. O correto seria 
“primeira quinta parte” e não “quarta parte”. 
Letra C – Errado. Contraria o art. 92, II, “c” da Constituição. Não é dispensável 
aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
8 
Letra D – Errado. Contraria o art. 92, II, “d” da Constituição. O voto que rejeita 
o juiz mais antigo tem que ser dado por “2/3” dos membros. 
Letra E – Correto. É a disposição encontrada na Constituição Federal em seu art. 
92, II, “a”. 
Gabarito: Letra E. 
 
Subsídio: 
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 
noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros 
do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados 
serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, 
conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não 
podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou 
inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do 
subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em 
qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; 
 
Organizando: 
 Tribunal Superior = 95% do STF 
 Demais magistrados serão escalonados, sendo que a diferença entre uma 
e outra não pode ser menor que 5%, nem maior que 10%, ou exceder 95% 
do subsídio dos membros do Tribunal Superior. 
 Lembrando que seguindo os ditames do art. 96, II, b, teremos então a 
seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros do Judiciário: 
 STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de seus Ministros; 
 Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar o subsídio 
de seus Ministros; dos desembargadores dos respectivos tribunais de 
segundo grau e dos respectivos juízes vinculados; 
 Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder Legislativo 
Estadual para fixar o subsídio de seus membros e juízes vinculados. 
 
Aposentadoria: 
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes 
observarão o disposto no art. 40; (Regras do RPPS). 
 
Residência e Remoção: 
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do 
tribunal; 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
9 
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por 
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do 
respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla 
defesa; 
 
Atenção aos requisitos: 
 Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do 
CNJ; 
 Deve-se assegurar ampla defesa; 
 
VIII- a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de 
igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, 
c e e do inciso II; 
 
8. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Conforme dispõe o texto constitucional, o 
juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal. 
Comentários: 
É o disposto no art. 93, VII. 
Gabarito: Correto. 
 
Publicidade dos julgamentos e decisões 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, 
e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a 
lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a 
seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação 
do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o 
interesse público à informação; 
X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadase em 
sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros; 
 
Organizando: 
 Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença 
às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a 
intimidade; 
 Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade; 
 Se decisão for administrativa: 
 será em sessão pública; 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
10 
 se disciplinar → voto da maioria absoluta; 
 
9. (FCC/ Analista - TRT 15ª/2009) As decisões disciplinares dos tribunais 
serão tomadas pelo voto da maioria simples dos presentes à sessão. 
Comentários: 
O art. 93, X da Constituição determina que as decisões administrativas dos 
tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas 
pelo voto da maioria absoluta de seus membros. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (FCC/Procurador - Recife/2008) O princípio da motivação é tido pela 
doutrina como princípio que rege a administração pública, ainda que não esteja 
mencionado no caput do artigo 37 da Constituição Federal. Entretanto, a 
necessidade de motivação das decisões administrativas está expressamente 
prevista no texto constitucional no que toca às decisões dos tribunais. 
Comentários: 
A questão aborda o dispositivo encontrado no art. 93, X da Constituição, o qual 
impõe que as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão 
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros. 
Gabarito: Correto. 
 
Formação do órgão especial 
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, 
poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o 
máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições 
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal 
pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade 
por eleição pelo tribunal pleno; 
 
 O órgão especial (OE) é criado devido às 
dificuldades de se deliberar com o pleno do tribunal quando ele fica com mais de 
25 membros julgadores, assim, com a criação do órgão especial, ele absorverá 
funções básicas que antes pertenciam ao pleno do tribunal. O pleno não deixa de 
existir, porém ele deixa de exercer as funções primordiais do tribunal, as suas 
principais atribuições administrativas e jurisdicionas são delegadas para o “OE”. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
11 
11. (FCC/ Analista Processual- MPE-MA/ 2013) Considere a seguinte 
situação hipotética: 
O Tribunal de Justiça Militar do Estado A possui vinte e três julgadores. 
O Tribunal Regional do Trabalho B possui cem julgadores. 
O Tribunal Regional Federal C possui duzentos julgadores e o Tribunal de Justiça 
D possui centro e vinte julgadores. 
De acordo com a Constituição Federal brasileira, poderão constituir órgão 
especial, apenas os Tribunais 
(A) B, C e D, com o mínimo de onze membros. 
(B) B e C, com o mínimo de quinze membros. 
(C) A e D, com o mínimo de sete membros. 
(D) A e B, com o mínimo de onze membros. 
(E) A, C e D, com o mínimo de sete membros. 
Comentários: 
Para respondermos esta questão precisamos conhecer o art. 93, XI da 
Constituição que possui a seguinte redação: 
Art. 93, XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco 
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de 
onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das 
atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do 
tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra 
metade por eleição pelo tribunal pleno; 
Do exposto, somente o tribunal militar do Estado A não pode constituir órgão 
especial. 
Gabarito: Letra A 
 
Atividade jurisdicional 
XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias 
coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias 
em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão 
permanente; 
XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à 
efetiva demanda judicial e à respectiva população; 
XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de 
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; 
XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de 
jurisdição. 
 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
12 
12. (FCC/ AJAJ-Taquigrafia- TST/ 2012) Considere as seguintes assertivas 
a respeito do Poder Judiciário: 
I. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, podendo 
a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à 
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à 
informação. 
II. As decisões administrativas dos tribunais dispensam a motivação, sendo as 
disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros, 
assegurada a ampla defesa e o contraditório. 
III. Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser 
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco 
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais 
delegadas da competência do tribunal pleno. 
IV. Pode a lei estabelecer período de férias coletivas nos juízos e tribunais de 
segundo grau, desde que determine a manutenção de juízes em plantão 
permanente durante o período. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(a) I e II. 
(B) II e III. 
(C) I e III. 
(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
Comentários: 
Item I. Correto, transcreve o art. 93, IX da Constituição. 
Item II. Errado, O art. 93, X da Constituição determina que as decisões 
administrativas dos tribunais serão motivadas...tanto as judiciais quanto as 
administrativas 
Item III. Correto, previsão do art. 93, XI da CF. 
Item IV. Errado, após a EC- nº45, o art. 93, XII, ao estabelecer que a atividade 
jurisdicional será ininterrupta, vedou expressamente as férias coletivas. 
Gabarito: Letra C. 
 
13. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) Lei complementar, de iniciativa do Supremo 
Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, dentre 
outros, os seguintes princípios: 
a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão 
por voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
13 
b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da 
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. 
c) ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em todas 
as fases. 
d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, 
sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus membros. 
e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um ano 
de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da 
lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite 
o lugar vago. 
Comentários: 
Letra A – Está errado. Os requisitos para o ato deremoção de magistrado são os 
seguintes: 
 Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou 
do CNJ; 
 Deve-se assegurar ampla defesa; 
Letra B – Correto. Literalidade do inciso XIV do art. 93. 
Letra C – Errado. Embora seja necessária a participação da OAB em todas as 
fases, não é necessária a participação do MP. Veja os requisitos: 
 concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas 
as fases; 
 bacharelado em direito; 
 no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e 
 obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. 
Letra D – Errado. Essa questão é muito cobrada em concursos. Trata do inciso X 
do art. 93. Se juntarmos o inciso X ao IX: 
 Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença 
às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a 
intimidade; 
 Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade; 
 Se decisão for administrativa: 
 será em sessão pública; 
 se disciplinar → voto da maioria absoluta; 
Letra E – Errado. Segundo o art. 93, II, b: a promoção por merecimento 
pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a 
primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com 
tais requisitos quem aceite o lugar vago. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
14 
Gabarito: Letra B. 
 
14. (FCC/Analista Enfermagem - TRT 9ª/2010) No que se refere ao Poder 
Judiciário, é certo que o Estatuto da Magistratura NÃO observará o princípio de 
que: 
a) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos 
Juízos e Tribunais de Segundo Grau, funcionando, nos dias em que não houver 
expediente forense normal, juízes em plantão permanente. 
b) os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e 
atos de mero expediente sem caráter decisório. 
c) o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal, e a 
distribuição de processos será imediata em todos os graus de jurisdição. 
d) as decisões administrativas dos Tribunais serão motivadas e em sessão 
secreta, sendo a disciplinar tomada pelo voto da maioria simples de seus 
membros. 
e) o acesso aos Tribunais de Segundo Grau far-se-á por antiguidade e 
merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância. 
Comentários: 
Essa questão é de um estilo muito presente em concursos: pega o art. 93, que 
possui diversos princípios (dispostos em incisos) que serão norteadores para o 
Estatuto da Magistratura. 
Letra A - Correto. Literalidade do inciso XII do art. 93. 
Letra B - Correto. Literalidade do inciso XIV do art. 93. 
Letra C - Correto. Relacionou o inciso VII (o juiz titular residirá na respectiva 
comarca, salvo autorização do tribunal) com o inciso XV. 
Letra D - Errado. Esquematizando os dispositivos do inciso X ao IX: 
 Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença 
às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a 
intimidade; 
 Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade; 
 Se decisão for administrativa: 
 será em sessão pública; 
 se disciplinar → voto da maioria absoluta; 
Letra E - Correto. É a literalidade do inciso III. 
Gabarito: Letra D. 
 
Quinto Constitucional 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
15 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto 
de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, 
e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com 
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista 
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista 
tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias 
subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. 
 
O legislador constituinte aplicou o “quinto 
constitucional” à formação dos seguintes tribunais: TRF, TJ, TJDFT, TST, TRT. 
 
Atenção ao fato de que o Quinto Constitucional para o TST e TRT é formado por 
advogados e membros do ministério público "do trabalho". 
 
 
 
 
 
 
 
Lembrando que no caso de TJ, quem nomeará é o Governador, mas no TJDFT 
será o Presidente, pois a cabe à União manter o Poder Judiciário do DF. 
 
15. (FCC/Analista - TJ-PA/2009) Um quinto dos lugares dos Tribunais dos 
Estados será composto de membros do Ministério Público, com mais de 10 anos 
de carreira, e de advogados, com mais de 10 anos de efetiva atividade 
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das 
respectivas classes. 
Comentários: 
Trata-se do "quinto constitucional", previsto no art. 94 da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
Garantias e impedimentos 
O Poder 
Executivo 
recebe a lista 
e em 20 dias 
escolhe 1. 
(1) 
Lista 
SÊXTUPLA, 
formada pelas 
representaçõe
s da classe. 
(6) 
 
O tribunal 
recebe e 
forma uma 
lista 
TRÍPLICE. 
(3) 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
16 
Segundo o art. 95 da Constituição podemos dizer que os juízes tem as 
seguintes garantias (extensíveis aos membros do MP): 
 vitaliciedade; 
 inamovibilidade; 
 irredutibilidade do subsídio (ressalvadas as hipóteses 
constitucionais). 
 
OBS1 - A vitaliciedade é adquirida no primeiro grau (juiz que ainda não está em 
tribunal) e só será adquirida após 2 anos de exercício. Enquanto o Juiz não for 
vitalício, ele pode perder o cargo caso haja: 
 Deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado; ou 
 Sentença judicial transitada em julgado. 
 
Pulo do Gato: 
Veja que para adquirir a vitaliciedade o juiz precisa de apenas 2 anos de 
exercício, diferente da estabilidade dos servidores públicos, que é adquirida 
após 3 anos. Antes, era tudo 2 anos, mas a EC 19/98 aumentou o prazo para 
estabilidade e não tocou na vitaliciedade. 
Dica: Quando for preciso resolver uma questão que se refira a algum destes 
prazos: de estabilidade, quarentena, vitaliciedade... lembre-se que a regra 
é tudo ser 3 anos, só que a vitaliciedade é diferente da estabilidade, aí será 
fácil lembrar que a vitaliciedade é após apenas 2 anos. 
 
Agora note um fato curioso: vamos relacionar a vitaliciedade com o quinto 
constitucional. 
A Constituição estabelece que: "no primeiro grau" a vitaliciedade só será 
adquirida após 2 anos de exercício - Ora, o advogado ou membro do MP que 
entrar pelo quinto constitucional não entrará no primeiro grau, mas direto no 
segundo grau. Então, o posicionamento doutrinário e jurisprudencial sobre o 
tema, é que eles adquirem a vitaliciedade automaticamente a partir do momento 
que tomarem posse. 
 
16. (FGV/ Téc. Administrativo- DPE-RO/ 2015) O Tribunal de Justiça, 
enquanto órgão de cúpula do Poder Judiciário estadual, está autorizado a praticar 
alguns atos que se projetam sobre a esfera jurídica dos Juízes de Direito. É 
correto afirmar que pode Demitir o Juiz de Direito vitalício, no caso de infração 
disciplinar, após regular processo administrativo, observadas as garantias do 
contraditório e da ampla defesa. 
Comentários: 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
17 
Errado. O juiz vitaliciadosomente perderá o cargo mediante sentença judicial 
transitada em julgado. Veja o que diz o inciso I do Art. 95, sobre a vitaliciedade 
dos juízes: “Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos 
de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação 
do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de 
sentença judicial transitada em julgado”. 
Observe que o juiz que ainda não conta com dois anos de atividade pode 
perder o cargo por decisão deliberação do tribunal a que o juiz estiver 
vinculado. 
Gabarito: Errado. 
 
17. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Nos termos da Constituição Federal, aos 
juízes é permitido dedicar-se à atividade político-partidária. 
Comentários: 
Trata-se de vedação imposta pela Constituição Federal em seu art. 95, parágrafo 
único, III. 
Gabarito: Errado. 
 
18. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Segundo a Constituição, os juízes podem 
receber, a qualquer título, participação em processo. 
Comentários: 
Assim como o recebimento de custas, o recebimento de participação em processo 
constitui vedação imposta pela Constituição Federal em seu art. 95, parágrafo 
único, II. 
Gabarito: Errado. 
 
19. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Nos termos da Constituição, é vedado 
ao magistrado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes 
de decorridos dois anos do afastamento por exoneração, salvo por motivo de 
aposentadoria. 
Comentários: 
A questão cobrou a chamada "quarentena" que se aplica aos Juízes e aos 
membros do Ministério Público. Porém, tal quarentena é de 3 anos e não 2 anos 
(CF, art. 95, parágrafo único, V). 
Gabarito: Errado. 
 
20. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Aos juízes é permitido, nos termos da 
Constituição Federal, perceber, em qualquer hipótese, contribuições de pessoas 
físicas ou entidades públicas. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
18 
Comentários: 
Está incorreto, pois, em regra, quaisquer auxílios ou contribuições, oriundos de 
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, não podem ser recebidos pelos 
juízes por expressa disposição Constitucional (CF, art. 95, parágrafo único,IV). 
Deve ser observado, porém, que a Constituição faz expressa ressalva às exceções 
previstas em lei. 
Gabarito: Errado. 
 
21. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Aos juízes é permitido, nos termos da 
Constituição Federal, exercer na ativa ou em disponibilidade uma única função 
de magistério. 
Comentários: 
A regra é ser vedado aos juízes exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer 
outro cargo ou função. Porém, a própria Constituição assegura a ressalva para 
uma (única) função de magistério (CF, art. 95, parágrafo único, I). 
Gabarito: Correto. 
 
22. (CESPE/AJAA-STM/2011) Advogado nomeado desembargador de um 
tribunal de justiça estadual adquire vitaliciedade imediatamente a partir dessa 
nomeação. 
Comentários: 
O erro desta assertiva é a parte que diz “a partir dessa nomeação”. O correto 
seria a partir da posse. 
Gabarito: Errado. 
OBS2 - a inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de interesse público, 
na forma do art. 93, VIII, ou seja: 
 precisará de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou 
do CNJ; 
 deve-se assegurar ampla defesa. 
 
O art. 95 p. único ainda estabelece que aos juízes é vedado: 
 exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma 
de magistério; 
 receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
 dedicar-se à atividade político-partidária. 
 receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas 
em lei; 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
19 
 exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração (quarentena). 
 
Competências Privativas 
O art. 96 da Constituição relaciona as competências que são privativas dos 
tribunais em geral (inciso I) e específicas do STF, Tribunais Superiores e TJ (inciso 
II). 
 As competências do inciso I, em regra, são exercidas diretamente, de forma 
interna, como organizar as secretarias, prover seus cargos e etc., mas 
existe uma que precisa veicular por lei, que é a criação de várias 
judiciárias, daí a alínea “d” dizer que compete privativamente aos 
tribunais “propor a criação de novas varas judiciárias”. 
 As competências do inciso II, todas, precisam necessariamente tramitar 
pelo Legislativo, cabendo a esses órgãos que formam a cúpula da Justiça 
(STF e Tribunais Superiores - cúpula da Justiça Federal -, e TJ - cúpula da 
Justiça Estadual), propor ao Legislativo um projeto de lei, para que se 
realizem cada uma das coisas ali previstas, dentro de sua área de atuação. 
Caberá, então, a estes órgãos de cúpula, propor dentro da sua área de 
competência, que o Legislativo delibere sobre: 
1. a criação ou extinção dos tribunais inferiores, bem como a alteração 
do número de membros destes tribunais; 
2. a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços 
auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação 
do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais 
inferiores, onde houver; 
3. a alteração da organização e da divisão judiciárias. 
 
Vamos ver na Constituição, como é isso: 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
(Aqui são as competências internas dos tribunais, diretas) 
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, 
com observância das normas de processo e das garantias processuais 
das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos 
respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; 
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que 
lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional 
respectiva; 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
20 
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de 
carreira da respectiva jurisdição; 
d) propor a criação de novas varas judiciárias; 
(ele não cria varas diretamente, mas propõe esta criação). 
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, 
obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos 
necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim 
definidos em lei; 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos 
juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; 
 
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos 
Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, 
observado o disposto no art. 169: 
(Aqui a Constituição direciona-se aos órgãos de cúpula, aqueles que 
"mandam" em sua estrutura - STF, Tribunais Superiores e o TJ. Ao falar 
sobre o art. 169, ela manda observar os limites legais de despesa). 
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; 
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços 
auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação 
do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais 
inferiores, onde houver; 
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; 
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; 
 
A Alínea "b" fala da remuneração dos membros dos tribunais. Teremos 
entãoa seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros do 
Judiciário: 
 STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de seus Ministros; 
 Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar o 
subsídio de seus Ministros; dos desembargadores dos respectivos 
tribunais de segundo grau e dos respectivos juízes vinculados; 
 Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder 
Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus membros e juízes 
vinculados. 
23. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo 
Tribunal Federal propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de cargos da 
Secretaria do Tribunal. 
Comentários: 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
21 
De acordo com a Constituição, em seu art. 96, II, b. Competirá ao STF a criação 
e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares. No caso 
dos demais órgãos do judiciário federal essa competência caberá ao respectivo 
tribunal superior. E no caso da justiça estadual competirá ao TJ. Lembrando que 
nos termos da CF, art. 96, I, competirá privativamente aos tribunais organizar 
suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, 
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. 
Gabarito: Correto. 
 
24. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Compete privativamente aos tribunais 
organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem 
vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. 
Comentários: 
Nos termos da Constituição, art. 96, I, competirá privativamente aos tribunais 
organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem 
vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. 
Lembrando que de acordo com a Constituição, em seu art. 96, II, b, competirá 
ao STF a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços 
auxiliares. No caso dos demais órgãos do judiciário federal essa competência 
caberá ao respectivo tribunal superior. E no caso da justiça estadual competirá 
ao TJ. 
Gabarito: Correto. 
 
Julgamento dos membros do MP pelo TJ: 
CF, art. 96, III - Compete privativamente aos Tribunais de Justiça julgar 
os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como 
os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de 
responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
Esquematizando: 
Cabe ao TJ: 
 Julgar nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a compe-
tência da Justiça Eleitoral: 
 os juízes estaduais e do DF/TF; e 
 os membros do MP (Estadual). 
 Julgar nos crimes comuns: os Prefeitos (art. 29.X + Súmula STF 702) 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
22 
 É preciso ter atenção que este julgamento pelo TJ 
(órgão máximo do Judiciário em âmbito estadual) só se faz para os membros do 
MP Estadual. 
No caso dos membros do MP da União, eles são julgados em regra pelo Tribunal 
Regional Federal. A não ser que sejam membros do MP que exerçam sua profissão 
oficiando perante os tribunais, quando, neste caso, serão julgados pelo STJ. 
Assim temos: 
Regra: 
 Membros do MP Estadual - Julgados pelo TJ 
 Membros do MP da União - Julgados pelo TRF 
Exceção: 
 Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais serão 
julgados pelo STJ. 
 
25. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um promotor de justiça estadual que praticar 
um crime comum será processado e julgado por juiz de direito de uma das varas 
criminais do estado. 
Comentários: 
Os membros do Ministério Público Estadual possuem prerrogativa de foro para 
julgamento perante o Tribunal de Justiça (CF, art. 96, III). 
Gabarito: Errado. 
 
26. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao TJRJ compete julgar os juízes do 
respectivo estado, bem como os seus membros do Ministério Público, nos crimes 
comuns e de responsabilidade, inclusive os crimes eleitorais. 
Comentários: 
A Constituição estabelece no seu art. 96, III, que compete aos Tribunais de 
Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os 
membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, porém 
fica ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. A justiça eleitoral é uma 
justiça especializada que irá sempre atrair para si a competência para julgar 
crimes cometidos durante eleições. 
Gabarito: Errado. 
 
Princípio da reserva de plenário 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
23 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou 
dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar 
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
Assim, em princípio, quando um órgão fracionário (turma ou câmara) de um 
tribunal se deparar com uma controvérsia constitucional, não poderá, em regra, 
declarar a inconstitucionalidade da lei, mas, deverá remeter a questão ao pleno 
ou órgão especial (OE), se existir, e este sim é que terá a competência para 
declarar a inconstitucionalidade da lei. 
Esta regra, porém, admite exceções, já que, primando-se pela economia 
processual, dispensa-se este procedimento quando já existir decisão sobre o tema 
proferida anteriormente pelo OE, pelo pleno ou pelo STF (CPC art. 481 parágrafo 
único). 
Súmula Vinculante nº 10 → Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) 
a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente 
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua 
incidência, no todo ou em parte. 
 
27. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Somente pelo voto da maioria absoluta 
de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os 
Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público. 
Comentários: 
Essa é a chamada "Cláusula da reserva de plenário", está no art. 97 da 
Constituição, que determina que a declaração da inconstitucionalidade de leis ou 
atos normativos não podem ser feitas pelo órgão fracionário do tribunal, somente 
pelo órgão especial ou pleno e com o voto da maioria absoluta de seus membros. 
Assim, para que um TRIBUNAL (não vale para juízos, apenas para os tribunais) 
declare uma lei como inconstitucional, ele só poderá fazer isso através de seu 
pleno, ou então de seu órgão especial. Além disso, depende ainda da maioria 
absoluta dos votos do referido pleno ou órgão especial (OE). 
Gabarito: Correto. 
 
28. (FCC/Procurador - Recife/2008) Compete originariamente ao Plenário 
ou órgão especial dos Tribunais o julgamento de todos os feitos que importem a 
declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
Comentários: 
Declarar a "constitucionalidade" pode ser feito por órgãos fracionários. O que 
existe reserva de plenário (CF, art. 97) é para a declaração de 
"inconstitucionalidade". 
Gabarito: Errado. 
Juizados Especiais e Justiça de Paz 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
24 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados 
criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, 
competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas 
cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial 
ofensivo, mediante os procedimentos orale sumaríssimo, permitidos, 
nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos 
por turmas de juízes de primeiro grau; 
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto 
direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência 
para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em 
face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer 
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras 
previstas na legislação. 
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito 
da Justiça Federal. 
Lei nº 10.259/01, art. 2º → Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo 
os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, ou multa. 
Organizando: 
 
 
 
Competência  Causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de 
menor potencial ofensivo, mediante procedimento oral e sumaríssimo. 
 
 
 
Competência  Celebrar casamentos, verificar o processo de habilitação, e 
exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras 
previstas na legislação. 
 
29. (ESAF/ANA/2009) A justiça de paz, composta de cidadãos eleitos pelo 
voto direto, universal e secreto, possui competência privativa para, na forma da 
lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação 
apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem 
caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 
Comentários: 
Não se trata de uma competência privativa (CF art. 98, II). 
Gabarito: Errado. 
Juizados 
especiais Providos por juízes togados, ou togados e leigos 
Justiça de 
Paz 
Remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo 
voto direto, universal e secreto, com mandato 
de 4 anos. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
25 
 
Custas e emolumentos 
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao 
custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça.(Incluído 
pela EC 45/04). 
 
30. (CESPE/AJEP-TJES/2011) Os emolumentos e as custas judiciais são 
destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades 
específicas da justiça. 
Comentários: 
Trata-se do teor do art. 98, §2º da Constituição Federal, que foi inserido pela EC 
45/04. Este dispositivo determina que as custas e emolumentos sejam destinados 
exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da 
Justiça. 
Gabarito: Correto. 
 
Autonomia Financeira e Orçamentária: 
A Constituição de 1988 garantiu ao Poder Judiciário a autonomia 
administrativa e financeira, cabendo ao próprio Judiciário, através de 
seus tribunais, elaborar a sua proposta orçamentária. Essas propostas 
devem, obviamente, estar compatibilizadas como a lei diretrizes 
orçamentárias (LDO) que é o instrumento que estabelece as metas e 
prioridades para o orçamento anual. 
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e 
financeira. 
§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos 
limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de 
diretrizes orçamentárias. 
 
Veja que os limites estabelecidos para as propostas orçamentárias são 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes. Não é o Executivo, nem o 
Judiciário, nem o Legislativo que impõe os limites, é uma decisão conjunta. 
Após elaboradas as propostas, os presidentes dos tribunais responsáveis 
devem encaminhá-las ao Poder Executivo, para que as propostas sejam 
compiladas e levadas para deliberação no Legislativo. Lembramos nessa 
oportunidade que o Executivo detém a exclusividade da iniciativa das leis 
orçamentárias, promovendo no Brasil a existência do chamado "orçamento 
misto", onde o Executivo compila as propostas e o Legislativo delibera sobre elas. 
Falamos que os "presidentes tribunais responsáveis" encaminham a proposta ao 
Executivo, mas quem são eles? Serão o seguinte: 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
26 
 
Na esfera federal: 
 O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF); 
 Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando das 
propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. O TST envia ao 
Executivo a sua proposta, as propostas dos TRT´s). 
 
Na esfera estadual. 
 O Presidente do TJ. 
OBS- A Constituição estabelece que ao fazer o encaminhamento das propostas, 
os Presidentes dos "tribunais responsáveis" pelo envio, devem ter a aprovação 
dos tribunais interessados. Assim, o Presidente do TST, por exemplo, não poderá 
fazer o envio sem que o próprio TST tenha aprovado a sua proposta, e os TRT`s 
também tenham aprovado as propostas referente a eles. 
 
Mas e se nesse vai pra lá, vem pra cá, o presidente do tribunal perder o prazo de 
encaminhamento, o que acontece? Aí a Constituição estabelece que: 
CF, art. 99 § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as 
respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na 
lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para 
fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com 
os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo (limites da LDO). 
 
Essa é uma disposição constitucional que se encontra diversas vezes ao longo de 
nosso Texto Magno, isso porque os orçamentos são leis importantíssimas, com 
prazo constitucional de deliberação. A deliberação orçamentária não pode ficar a 
mercê da inoperância de algum órgão da máquina administrativa. Desta forma, 
caso algum dos órgãos não envie a sua proposta orçamentária, considera-se 
como proposta a mesma que foi aprovada anteriormente para aquele órgão, 
podendo o próprio Executivo promover ajustes para enquadrar a proposta na 
LDO. 
Da mesma forma, se o órgão enviar a proposta no prazo certo, mas a proposta 
estiver em desacordo com a LDO, o Executivo estará apto a promover os ajustes 
necessários para enquadrá-la, veja: 
CF, art. 99 § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo 
forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma 
do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins 
de consolidação da proposta orçamentária anual. 
 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
27 
A Constituição ainda estabelece mais um parágrafo para ratificar a importância 
do respeito aos orçamentos. 
CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não 
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que 
extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, 
exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. 
 
O orçamento é uma lei, e como lei deve ser respeitada. Assim, é óbvio que não 
se pode gastar mais do que foi estabelecido para tal órgão, nem assumir 
obrigações que extrapolem os limites definidos para tal. A exceção ocorre tão 
somente se houver abertura de créditos orçamentários adicionais (suplementares 
ou especiais) para tal. Esses créditos, nada mais são do que um reforço 
orçamentário, autorizado pelo Legislativo. Serão suplementares quando já existir 
a dotação e o Legislativo autorizar que ela seja aumentada, ou será especial, 
caso não exista dotação para aquela despesa e o Legislativo autoriza que se crie 
um crédito para tal. 
 
31. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-SP/2011) Ao assegurar a 
autonomiaadministrativa e financeira do Poder Judiciário, a Constituição da 
República prevê que 
a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias. 
b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos 
Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos 
respectivos tribunais. 
c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, 
ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais 
interessados. 
d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em 
desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo 
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual. 
e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização 
de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos 
na lei de diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
Letra A – Errado. Não é o Executivo que estipula os limites. Os limites são 
estipulados em conjunto com todos os Poderes. Assim versa a CF, no seu art. 
96§ 1º: Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
28 
Letra B – Correto. É a seguinte regra para a competência do encaminhamento 
das propostas orçamentárias dos tribunais: 
Na esfera federal: 
 O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF); 
 Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando das 
propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. O TST envia ao 
Executivo a sua proposta, as propostas dos TRT´s). 
Na esfera estadual. 
 O Presidente do TJ. 
Letra C – Errado. O STF só encaminha em se tratando das propostas do próprio 
STF, no caso dos demais tribunais da esfera federal competirá ao respectivo 
tribunal superior. 
Letra D – Errado. A competência de tais ajustes é do Executivo e não do 
Legislativo. 
Letra E – Errado. Em regra, isso que a assertiva disse até está certo! Porém, a 
banca deu como errada por haver uma exceção no art. 99 § 5º da Constituição: 
“exceto se forem previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais”. 
Gabarito: Letra B. 
 
32. (FCC/AJ-Arquivologia TRT 19ª/2011) Conforme prevê a Constituição 
Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução orçamentária do 
exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de 
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, EXCETO se 
a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou 
especiais. 
b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de 
delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal. 
c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do 
Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal. 
d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o 
Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no exterior. 
e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade de 
despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no término 
do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço. 
Comentários: 
A letra A é a única que traz o teor correto, pois é a exceção prevista no art. 95 
§5º da Constituição. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
29 
CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não 
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que 
extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, 
exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. 
Gabarito: Letra A. 
 
33. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Os tribunais elaborarão suas propostas 
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais 
Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
Trata-se da literalidade do art. 99 §1º da Constituição, onde percebe-se que 
embora o Judiciário tenha autonomia para definir seu orçamento, deve respeitar 
os limites traçados na LDO, lei que serve de base para a elaboração do orçamento 
anual. 
Gabarito: Correto. 
 
34. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Ao Poder Judiciário é assegurada parcial 
autonomia administrativa e financeira, sendo que os tribunais elaborarão suas 
propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os 
demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
O erro da questão é falar em "parcial autonomia". O fato da elaboração do 
orçamento, nos limites da LDO, não se configura restrição da autonomia, mas 
sim uma exigência constitucional a todos os Poderes Públicos. 
Gabarito: Errado. 
 
Pagamento de débitos por Precatórios 
Pagamento de débitos por precatórios 
O precatório é de um “documento formal em que se pede algo”. Previsto no art. 
100 da Constituição, o regime de “precatórios” nada mais é do que a forma de 
os cidadãos receberem pagamentos por parte do Estado, que forem resultantes 
de decisões judiciais. 
O regime de precatórios foi substancialmente reformulado pela EC 62/2009, que 
alterou praticamente todo o art. 100 da Constituição (que passou a contar com 
16 parágrafos) e ainda inseriu o art. 97 nos ADCT, com os seus 18 parágrafos 
que criavam um regime especial para pagamentos e regulamentavam o tema 
enquanto não fosse editada uma lei complementar. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
30 
Todo ano, ao fazer o orçamento (Federal, Estadual, Municipal ou Distrital), caberá 
ao ente da federação incluir na lei orçamentária os valores destinados ao 
pagamento dos precatórios judiciais que forem apresentados até o meio do ano 
anterior ao da vigência de tal orçamento (1º de julho), devendo tais dotações 
orçamentárias ficarem consignadas diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao 
Presidente do Tribunal que proferir a decisão do precatório determinar o 
pagamento até o fim do exercício de tal orçamento, sendo a quantia paga 
atualizada monetariamente. 
Se o precatório for apresentado até 1º de julho, é obrigatória a inclusão de 
dotação para o seu pagamento no orçamento do ano seguinte, dotações estas 
que ficarão consignadas diretamente ao P. Judiciário, e caberá ao Presidente do 
Tribunal que proferir a decisão do precatório determinar o pagamento até o fim 
do exercício de tal orçamento, sendo a quantia paga atualizada monetariamente. 
Pelas regras polêmicas inseridas, principalmente no art. 97 dos ADCT, a EC 62/09 
ficou conhecida como a “emenda do calote”. Pois criava um parcelamento de até 
15 anos da dívida e ainda permitia a vinculação do pagamento ao depósito de um 
valor irrisório (percentual que variava de 1 a 2% da Receita Corrente Líquida 
apurada) em uma conta especial, além de prever um “leilão” para o recebimento 
de precatórios, que permitiria a redução drástica do valor a receber pelo credor. 
No mês de março de 2013, porém, o STF julgou parcialmente procedente as ADIs 
4.357 e 4.425. Neste julgamento, declarou inconstitucional todo o art. 97, dos 
ADCT, da Constituição Federal, extinguindo assim o Regime Especial para os 
pagamentos dos precatórios, passando a vigorar tão somente as regras do art. 
100da parte dogmática e, ainda assim, com ressalvas que veremos a seguir. 
Agora que já vimos uma noção inicial, vamos ver os artigos constitucionais sobre 
o tema: 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, 
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-
ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios 
e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de 
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para 
este fim. (Artigo e seus parágrafos com redação dada pela EC 62/09). 
Deste dispositivo, tiramos coisas muito importantes: é obrigatório que o 
pagamento das dívidas oriundas de sentenças judiciais seja feito pelo regime de 
precatório. Não poderá ser feito um “pagamento direto”. Exceção se faz somente 
aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor (vide 
§3º do art. 100 da Constituição). Pelo §4º, essa definição de “pequeno valor” 
pode ser fixada por leis próprias de cada ente da federação (até porque pequeno 
valor para a União é bem diferente de um pequeno valor para um município de 
2.000 habitantes, certo?). Este “pequeno valor”, em qualquer caso, não poderá 
ser menor do que o valor do maior benefício previdenciário pago pelo Regime 
Geral de Previdência. Ou seja, na definição de pequeno valor, o mínimo é o “teto 
do RGPS”, conforme veremos nos parágrafos 3º e 4º. 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
31 
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles 
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas 
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou 
por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença 
judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos 
os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 
(sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou 
sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos 
com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao 
triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo 
(“pequeno valor”), admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo 
que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do 
precatório. 
 
Os débitos de natureza alimentícia furam a fila dos precatórios e, dentre esses, 
ainda furam mais a fila aqueles de natureza alimentícia que tenham como 
credoras pessoas com mais de 60 anos ou portadores de doença grave (definida 
em lei). Mas observe: isso só ocorre quando o débito desses credores “especiais” 
(idosos ou portadores de grave doença) for até o triplo daquela quantia definida 
em lei como “pequeno valor”. Admite-se fracionar a dívida quando ela for maior 
 
Jurisprudência. 
O STF declarou inconstitucional86 a expressão “na data de expedição do 
precatório” por entender que o aferimento da idade para justificar a preferência 
deve ser no momento do pagamento, pois, caso contrário, pessoas com 60 anos 
incompletos que ficassem fora do regime preferencial acabariam, pela demora do 
pagamento, por terem bem mais de 60 anos no momento que o precatório fosse 
pago. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios 
não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno 
valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado. 
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, 
valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes 
capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do 
regime geral de previdência social. 
Além de ser obrigatório o uso do precatório para os débitos acima do “pequeno 
valor”, os pagamentos serão feitos em uma ordem cronológica da apresentação 
dos precatórios, isso para dotar de impessoalidade o regime. Fica vedada ainda 
a designação específica de casos ou de pessoas dentro do orçamento. O 
precatório é por ordem cronológica e pronto! Essa ordem só é excepcionalizada 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
32 
no caso dos débitos que tenham natureza alimentícia, esses são os únicos que 
podem “furar a fila”. Vejamos os §§1º e 2º: 
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito 
público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de 
sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários 
apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do 
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados 
monetariamente. 
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados 
diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que 
proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, 
a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento 
de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor 
necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. 
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou 
omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios 
incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o 
Conselho Nacional de Justiça. 
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou 
suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou 
quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do 
total ao que dispõe o § 3º deste artigo. 
Ou seja, o precatório tem de ser da dívida integral. Não pode fracionar em 
diversos pedaços para fugir da ordem cronológica e tentar enquadrar no 
“pequeno valor”. Fracionamento só pode ocorrer no caso de débitos alimentícios 
de maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, e ainda assim, este 
fracionamento é só para o caso de caber no limite de “3x o pequeno valor” e furar 
a fila cronológica, e não para caber dentro do pequeno valor e ser pago 
diretamente. 
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de 
regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor 
correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida 
ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública 
devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados 
aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação 
administrativa ou judicial. 
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda 
Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda 
do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as 
condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. 
Devido ao princípio da isonomia, os parágrafos 9º e 10 foram julgados 
inconstitucionais87 pelo STF. Eles forçavam uma compensação compulsória 
daquilo que o cidadão tinha a receber com aquilo que devia para o Estado. Era 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
33 
uma forma de impedir que o cidadão recebesse valores antes de quitar dívidas 
com a Fazenda Pública. Acontece que o dispositivo não previa qualquer 
compensação compulsória no sentido inverso, da Fazenda Pública com o cidadão, 
o que justificou a sua declaração de inconstitucionalidade, por entender oSupremo que tal compensação deveria ser bilateral, senão ocasionaria verdadeiro 
confisco. 
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade 
federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra 
de imóveis públicos do respectivo ente federado. 
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional (EC 69/2009), 
a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo 
pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice 
oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de 
compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de 
juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a 
incidência de juros compensatórios. 
Foi declarada inconstitucional a expressão “índice oficial de remuneração básica 
da caderneta de poupança”. (ADI 43570). 
A decisão pela retirada do índice da caderneta de poupança se deu pela 
insuficiência da correção da inflação, que tem sido em valores superiores aos 
juros pagos pelas cadernetas de poupança. Assim, caberá ao juiz, no momento 
da decisão, arbitrar o índice de correção de forma que se consigam correções que 
não sejam corroídas pela inflação. Isto ocorreu para evitar o “enriquecimento 
sem causa” do Estado em cima dos valores dos cidadãos. 
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em 
precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, 
não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. 
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após 
comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e 
à entidade devedora. 
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta 
Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento 
de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, 
dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de 
liquidação. 
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir 
débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, 
refinanciando-os diretamente. 
 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
34 
 O regime é obrigatório para todo crédito contra a 
Fazenda Pública oriundo de sentença judicial transitada em julgado, salvo para o 
definido em lei (de cada um dos entes) como sendo de pequeno valor; 
• Pequeno valor não pode ser uma quantia inferior ao teto do Regime Geral de 
Previdência; 
• A ordem de pagamento é a seguinte: 
1. Créditos de natureza alimentícia de maiores de 60 anos (a ser apurado 
no momento do pagamento) ou portadores de doença grave, limitados a três 
vezes o definido como pequeno valor; 
2. Demais créditos de natureza alimentícia; 
3. Ordem cronológica da apresentação dos demais precatórios, vedado o 
fracionamento. 
• Se o precatório for apresentado até 1º de julho, é obrigatório que se inclua no 
orçamento do ano seguinte, e se pague até o final daquele ano, corrigido 
monetariamente. Se não for pago até o final do ano, além da correção, irá incidir 
juros simples (em índices a serem arbitrados pelo juiz, de forma que a inflação 
seja corrigida), ficando excluída a incidência de juros compensatórios. 
• O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, 
retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime 
de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de 
Justiça. 
 
Noções sobre os órgãos do Poder Judiciário 
Os tribunais, segundo a Constituição, podem possuir os seguintes números de 
membros: 
 
STF (somos time de futebol) 11 
STJ (são três juntos) No mínimo, 33 
TST (trinta sem três) 27 
STM (são todas moças - 15 
anos) 
15 
TSE No mínimo 7 
TRE 7 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
35 
TRT No mínimo 7 
TRF No mínimo 7 
 
Veja que todo tribunal tem uma frase pra nos ajudar a decorar, quando não tiver, 
é porque o número de membros é 7 (no mínimo). 
Obs. Segundo a doutrina, o número de membros do TRE, pode ser superior a 7. 
Porém, a Constituição estabeleceu como apenas 7, e o CESPE, recentemente, em 
2010, considerou que este número deva ser taxativamente 7. 
Obs. 2 - O Tribunal de Justiça não tem o seu número de membros fixados 
constitucionalmente, vai depender de cada Estado. 
Outra coisa importante é a quem poderá ser nomeado para esses tribunais. Todos 
eles devem ser brasileiros, sem precisar ser natos, com exceção do STF, onde 
todos devem ser natos. 
O STM compõe-se de 15 membros, sendo 10 oficiais generais e 5 civis. Logo, 
possui 10 membros necessariamente brasileiros natos. 
Existe ainda a questão da idade para poder ser nomeado para os tribunais: 35 
anos é a "idade da sabedoria" para a nossa Constituição. É somente a partir 
dos 35 anos que a pessoa pode ocupar os cargos de maior responsabilidade da 
administração pública: 
 Senador; 
 Presidente ou Vice-Presidente da República; 
 Cidadão escolhido para o Conselho da República; 
 Ministro do TCU; 
 Procurador-Geral da República; ou 
 Participar dos tribunais de cúpula: STF, STJ, TST e STM (este, no caso dos 
ministros civis) 
Para o TRT e o TRF, a Constituição resolveu colocar membros "quase sábios", 
ou seja, estabeleceu como mínimo, os 30 anos. 
No que tange à idade máxima, é bem fácil descobri-la. Se o membro não for 
sujeito às regras de aposentadoria dos servidores públicos (como o Senador, 
Presidente, Cidadãos do Conselho da República...), não há idade máxima 
estabelecida, já que não haverá "aposentadoria compulsória" aos 70 anos. Como 
os demais cargos (magistrados, PGR...) possuem membros que se aposentam 
compulsoriamente aos 70, a Constituição limitou a idade a 65 anos, para que a 
pessoa consiga ficar pelo menos 5 anos ali. 
Muito simples não??? 
 
 
Direito Constitucional nas 5 Fontes 
Aula 13 – Poder Judiciário. 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 
 
36 
Observação: Vimos que os tribunais superiores são preenchidos por membros 
"sábios" (maior de 35 anos). Porém essa "sabedoria" tem de ser auferida ainda 
por uma sabatina do Senado. 
Em regra essa aprovação pela sabatina do Senado se faz com voto da maioria 
absoluta, porém, a Constituição se omitiu em alguns casos, como ocorre para o 
STM. Assim, como a Constituição estabelece em seu art. 47 que salvo disposição 
constitucional em contrário, as deliberações serão tomadas por maioria simples 
dos votos, não é necessária a maioria absoluta para aprovação de membros do 
STM. 
Antes da EC 45/04 isso também valia para o STJ. A EC 45, no entanto, modificou 
o texto, exigindo essa MA para o STJ, mas não o fez para o STM. 
 
 
 
Competências 
A maioria esmagadora das questões de concurso sobre o Poder Judiciário se dá 
nas "competências" - as bancas costumam elencar a competência de um tribunal 
e dizer que é da competência de outro. 
Por isso é de extrema importância a leitura atenta do rol de competências 
constitucionais, sempre com atenção a peculiaridades características. 
Uma outra coisa básica, muito cobrada sobre competências, é a sua natureza 
originária ou recursal. Um tribunal tem 2 tipos de competência, a competência 
originária - aquelas que tem origem diretamente no tribunal, e a competência 
recursal, aquela que se iniciou em outro órgão e chegou ali através de um 
recurso. 
Assim a constituição, sempre que vai estabelecer quais são as competências de 
um tribunal, ela diz quais vão ser aquelas que o tribunal irá conhecer 
"originariamente"

Continue navegando