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Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Aula 13 Direito Constitucional Poder Judiciário Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 2 Olá Pessoal, tudo certo? Vamos começar a desvendar a caixa preta do Poder Judiciário?? Calma, calma... vamos estudar somente o que será cobrado no concurso mesmo, que já é muita coisa....Vamos trabalha! PODER JUDICIÁRIO (1ª Parte) Disposições Gerais Órgãos do Poder Judiciário: O art. 92 da Constituição diz que são órgãos do Poder Judiciário: Supremo Tribunal Federal; Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela EC 45/04) Superior Tribunal de Justiça; Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; Tribunais e Juízes do Trabalho; Tribunais e Juízes Eleitorais; Tribunais e Juízes Militares; Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Devemos ainda acrescentar as "Juntas Eleitorais", pois embora não estejam no art. 92, estão expressamente elencadas no art. 118, como sendo "órgão da Justiça Eleitoral". Parágrafos do art. 92: O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. Aula 13 Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3 Lembrando também que não há justiça municipal, o Poder Judiciário é federal ou estadual. 1. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) São órgãos do Poder Judiciário os tribunais e Juízes Militares. Comentários: Os órgãos do Poder Juciário estão elencados no art. 92 da Constituição (com exceção das juntas eleitorais, que embora sejam órgãos do Judiciário, só foram Juízes de 1º grau STF Juízes de direito dos Estados e do DF/TF STM Juízes Federais Juízes do Trabalho Juízes e Juntas Eleitorais Juízes Militares CNJ Supremo Órgãos da justiça federal Comum (art.106) Órgãos da justiça do trabalho (art.111) Órgãos da justiça eleitoral (art.118) Órgãos da justiça estadual (art.125) Tribunais Militares TRE TJ TRF TRT TSE TST STJ Justiça Comum Justiça Especial Órgãos da justiça militar (art.122) ENFAM CJF ENAMAT CSJT Tribunais Superiores Tribunais de 2º grau Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 4 elencadas pelo art. 118). Desta forma, por estar no rol do art. 92, está correto o enunciado. Gabarito: Correto. 2. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ é órgão integrante do Poder Judiciário. Comentários: É um órgão de funções administrativas e correicionais que integra o Poder Judiciário (CF, art. 92). Gabarito: Correto. Princípios do Estatuto da Magistratura CF art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: Pulo do Gato: A lei complementar terá o papel de prever vários temas relacionados com estatutos e organizações na Constituição Federal. Perceba: Art. 79, parágrafo único. Conferir atribuições ao Vice-Presidente; Arts. 93 e 128. Dispor sobre o Estatuto da Magistratura e o Estatuto do Ministério Público (Lei Complementar estadual no caso do MPE); Art. 121. Dispor sobre a organização e competência dos tribunais eleitorais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. Art. 131. Organização e funcionamento da AGU; Art. 134, § 1º Organização da Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios; Art. 142, § 1º Normas gerais para organização, preparo e emprego das Forças Armadas; Assim, é fácil lembrar: se estamos falando de um estatuto, competências, organizações... "provavelmente" precisaremos de uma lei complementar! 3. (FCC/TJAA-TRT 24/2011) No tocante ao Poder Judiciário, o Estatuto da Magistratura é disposto por Lei: a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal. b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados. c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 5 e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados. Comentários: Se estamos falando de um estatuto, competências, organizações... Lembrem-se da lei complementar. Essa tá no art. 93: Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura (...). Gabarito: Letra C. 4. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) As Constituições estaduais podem reduzir o rol das garantias da magistratura estadual previstas na Constituição da República. Comentários: A Constituição da República é uma norma nacional, ou seja, é de observância obrigatória a todos os entes da federação. A Constituição Estadual não tem força para reduzir as garantias previstas pela Constituição da República. Gabarito: Errado. Ingresso na carreira: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela EC 45/04 que incluiu a necessidade dos 3 anos de prática jurídica) Organizando os requisitos: concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases; bacharelado em direito; no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. 5. (FGV/ Téc. Administrativo- DPE-RO/ 2015) O Tribunal de Justiça, enquanto órgão de cúpula do Poder Judiciário estadual, está autorizado a praticar alguns atos que se projetam sobre a esfera jurídica dos Juízes de Direito. É correto afirmar que pode nomear ocupantes de cargo em comissão para o exercício temporário da função de Juiz de Direito; Comentários: Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 6 Errado. Não existe no Brasil a figura do juiz ad hoc, de forma que todos os juízes de primeiro grau ingressam na carreira mediante concurso público de provas e títulos, nos termos do art. 93, I, confira: Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; Gabarito: Errado.6. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O ingresso na carreira de magistratura se dá mediante concurso público de provas e títulos, divididas em fases, nas quais é obrigatória a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, no mínimo, na primeira fase, podendo aspirar ao cargo os bacharéis em direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica. Comentários: A questão trouxe corretamente alguns requisitos para o ingresso na magistratura, porém, errou pelo fato da presença da OAB ser obrigatória em todas as fases (CF, art. 93, I). Gabarito: Errado. Promoção: II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo- se a votação até fixar-se a indicação; Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 7 e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância;(Redação dada pela EC 45/04. Antes havia uma previsão para os tribunais de alçada, que não existem mais) IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; 7. (FCC/AJAJ TRT 14ª/2011) No que concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre outras, a seguinte norma: a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo- se a votação até fixar-se a indicação. e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. Comentários: Essa questão faz uma revisão de quase tudo que o art. 93, II, da Constituição fala sobre promoção de juízes. Letra A – Errado. Contraria o art. 92, II, “e” da Constituição, pois o juiz não pode devolver os autos ao cartório sem o devido despacho ou decisão. Letra B – Errado. Contraria o art. 92, II, “b” da Constituição. O correto seria “primeira quinta parte” e não “quarta parte”. Letra C – Errado. Contraria o art. 92, II, “c” da Constituição. Não é dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 8 Letra D – Errado. Contraria o art. 92, II, “d” da Constituição. O voto que rejeita o juiz mais antigo tem que ser dado por “2/3” dos membros. Letra E – Correto. É a disposição encontrada na Constituição Federal em seu art. 92, II, “a”. Gabarito: Letra E. Subsídio: V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; Organizando: Tribunal Superior = 95% do STF Demais magistrados serão escalonados, sendo que a diferença entre uma e outra não pode ser menor que 5%, nem maior que 10%, ou exceder 95% do subsídio dos membros do Tribunal Superior. Lembrando que seguindo os ditames do art. 96, II, b, teremos então a seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros do Judiciário: STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de seus Ministros; Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar o subsídio de seus Ministros; dos desembargadores dos respectivos tribunais de segundo grau e dos respectivos juízes vinculados; Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus membros e juízes vinculados. Aposentadoria: VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; (Regras do RPPS). Residência e Remoção: VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 9 VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; Atenção aos requisitos: Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ; Deve-se assegurar ampla defesa; VIII- a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II; 8. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Conforme dispõe o texto constitucional, o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal. Comentários: É o disposto no art. 93, VII. Gabarito: Correto. Publicidade dos julgamentos e decisões IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadase em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; Organizando: Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a intimidade; Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade; Se decisão for administrativa: será em sessão pública; Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 10 se disciplinar → voto da maioria absoluta; 9. (FCC/ Analista - TRT 15ª/2009) As decisões disciplinares dos tribunais serão tomadas pelo voto da maioria simples dos presentes à sessão. Comentários: O art. 93, X da Constituição determina que as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Gabarito: Errado. 10. (FCC/Procurador - Recife/2008) O princípio da motivação é tido pela doutrina como princípio que rege a administração pública, ainda que não esteja mencionado no caput do artigo 37 da Constituição Federal. Entretanto, a necessidade de motivação das decisões administrativas está expressamente prevista no texto constitucional no que toca às decisões dos tribunais. Comentários: A questão aborda o dispositivo encontrado no art. 93, X da Constituição, o qual impõe que as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Gabarito: Correto. Formação do órgão especial XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; O órgão especial (OE) é criado devido às dificuldades de se deliberar com o pleno do tribunal quando ele fica com mais de 25 membros julgadores, assim, com a criação do órgão especial, ele absorverá funções básicas que antes pertenciam ao pleno do tribunal. O pleno não deixa de existir, porém ele deixa de exercer as funções primordiais do tribunal, as suas principais atribuições administrativas e jurisdicionas são delegadas para o “OE”. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 11 11. (FCC/ Analista Processual- MPE-MA/ 2013) Considere a seguinte situação hipotética: O Tribunal de Justiça Militar do Estado A possui vinte e três julgadores. O Tribunal Regional do Trabalho B possui cem julgadores. O Tribunal Regional Federal C possui duzentos julgadores e o Tribunal de Justiça D possui centro e vinte julgadores. De acordo com a Constituição Federal brasileira, poderão constituir órgão especial, apenas os Tribunais (A) B, C e D, com o mínimo de onze membros. (B) B e C, com o mínimo de quinze membros. (C) A e D, com o mínimo de sete membros. (D) A e B, com o mínimo de onze membros. (E) A, C e D, com o mínimo de sete membros. Comentários: Para respondermos esta questão precisamos conhecer o art. 93, XI da Constituição que possui a seguinte redação: Art. 93, XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; Do exposto, somente o tribunal militar do Estado A não pode constituir órgão especial. Gabarito: Letra A Atividade jurisdicional XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 12 12. (FCC/ AJAJ-Taquigrafia- TST/ 2012) Considere as seguintes assertivas a respeito do Poder Judiciário: I. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. II. As decisões administrativas dos tribunais dispensam a motivação, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada a ampla defesa e o contraditório. III. Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno. IV. Pode a lei estabelecer período de férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, desde que determine a manutenção de juízes em plantão permanente durante o período. Está correto o que se afirma APENAS em (a) I e II. (B) II e III. (C) I e III. (D) II e IV. (E) III e IV. Comentários: Item I. Correto, transcreve o art. 93, IX da Constituição. Item II. Errado, O art. 93, X da Constituição determina que as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas...tanto as judiciais quanto as administrativas Item III. Correto, previsão do art. 93, XI da CF. Item IV. Errado, após a EC- nº45, o art. 93, XII, ao estabelecer que a atividade jurisdicional será ininterrupta, vedou expressamente as férias coletivas. Gabarito: Letra C. 13. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios: a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 13 b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. c) ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em todas as fases. d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus membros. e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um ano de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Comentários: Letra A – Está errado. Os requisitos para o ato deremoção de magistrado são os seguintes: Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ; Deve-se assegurar ampla defesa; Letra B – Correto. Literalidade do inciso XIV do art. 93. Letra C – Errado. Embora seja necessária a participação da OAB em todas as fases, não é necessária a participação do MP. Veja os requisitos: concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases; bacharelado em direito; no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. Letra D – Errado. Essa questão é muito cobrada em concursos. Trata do inciso X do art. 93. Se juntarmos o inciso X ao IX: Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a intimidade; Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade; Se decisão for administrativa: será em sessão pública; se disciplinar → voto da maioria absoluta; Letra E – Errado. Segundo o art. 93, II, b: a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 14 Gabarito: Letra B. 14. (FCC/Analista Enfermagem - TRT 9ª/2010) No que se refere ao Poder Judiciário, é certo que o Estatuto da Magistratura NÃO observará o princípio de que: a) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos Juízos e Tribunais de Segundo Grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente. b) os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. c) o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal, e a distribuição de processos será imediata em todos os graus de jurisdição. d) as decisões administrativas dos Tribunais serão motivadas e em sessão secreta, sendo a disciplinar tomada pelo voto da maioria simples de seus membros. e) o acesso aos Tribunais de Segundo Grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância. Comentários: Essa questão é de um estilo muito presente em concursos: pega o art. 93, que possui diversos princípios (dispostos em incisos) que serão norteadores para o Estatuto da Magistratura. Letra A - Correto. Literalidade do inciso XII do art. 93. Letra B - Correto. Literalidade do inciso XIV do art. 93. Letra C - Correto. Relacionou o inciso VII (o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal) com o inciso XV. Letra D - Errado. Esquematizando os dispositivos do inciso X ao IX: Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a intimidade; Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade; Se decisão for administrativa: será em sessão pública; se disciplinar → voto da maioria absoluta; Letra E - Correto. É a literalidade do inciso III. Gabarito: Letra D. Quinto Constitucional Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 15 Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. O legislador constituinte aplicou o “quinto constitucional” à formação dos seguintes tribunais: TRF, TJ, TJDFT, TST, TRT. Atenção ao fato de que o Quinto Constitucional para o TST e TRT é formado por advogados e membros do ministério público "do trabalho". Lembrando que no caso de TJ, quem nomeará é o Governador, mas no TJDFT será o Presidente, pois a cabe à União manter o Poder Judiciário do DF. 15. (FCC/Analista - TJ-PA/2009) Um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados será composto de membros do Ministério Público, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Comentários: Trata-se do "quinto constitucional", previsto no art. 94 da Constituição. Gabarito: Correto. Garantias e impedimentos O Poder Executivo recebe a lista e em 20 dias escolhe 1. (1) Lista SÊXTUPLA, formada pelas representaçõe s da classe. (6) O tribunal recebe e forma uma lista TRÍPLICE. (3) Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 16 Segundo o art. 95 da Constituição podemos dizer que os juízes tem as seguintes garantias (extensíveis aos membros do MP): vitaliciedade; inamovibilidade; irredutibilidade do subsídio (ressalvadas as hipóteses constitucionais). OBS1 - A vitaliciedade é adquirida no primeiro grau (juiz que ainda não está em tribunal) e só será adquirida após 2 anos de exercício. Enquanto o Juiz não for vitalício, ele pode perder o cargo caso haja: Deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado; ou Sentença judicial transitada em julgado. Pulo do Gato: Veja que para adquirir a vitaliciedade o juiz precisa de apenas 2 anos de exercício, diferente da estabilidade dos servidores públicos, que é adquirida após 3 anos. Antes, era tudo 2 anos, mas a EC 19/98 aumentou o prazo para estabilidade e não tocou na vitaliciedade. Dica: Quando for preciso resolver uma questão que se refira a algum destes prazos: de estabilidade, quarentena, vitaliciedade... lembre-se que a regra é tudo ser 3 anos, só que a vitaliciedade é diferente da estabilidade, aí será fácil lembrar que a vitaliciedade é após apenas 2 anos. Agora note um fato curioso: vamos relacionar a vitaliciedade com o quinto constitucional. A Constituição estabelece que: "no primeiro grau" a vitaliciedade só será adquirida após 2 anos de exercício - Ora, o advogado ou membro do MP que entrar pelo quinto constitucional não entrará no primeiro grau, mas direto no segundo grau. Então, o posicionamento doutrinário e jurisprudencial sobre o tema, é que eles adquirem a vitaliciedade automaticamente a partir do momento que tomarem posse. 16. (FGV/ Téc. Administrativo- DPE-RO/ 2015) O Tribunal de Justiça, enquanto órgão de cúpula do Poder Judiciário estadual, está autorizado a praticar alguns atos que se projetam sobre a esfera jurídica dos Juízes de Direito. É correto afirmar que pode Demitir o Juiz de Direito vitalício, no caso de infração disciplinar, após regular processo administrativo, observadas as garantias do contraditório e da ampla defesa. Comentários: Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 17 Errado. O juiz vitaliciadosomente perderá o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado. Veja o que diz o inciso I do Art. 95, sobre a vitaliciedade dos juízes: “Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado”. Observe que o juiz que ainda não conta com dois anos de atividade pode perder o cargo por decisão deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado. Gabarito: Errado. 17. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Nos termos da Constituição Federal, aos juízes é permitido dedicar-se à atividade político-partidária. Comentários: Trata-se de vedação imposta pela Constituição Federal em seu art. 95, parágrafo único, III. Gabarito: Errado. 18. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Segundo a Constituição, os juízes podem receber, a qualquer título, participação em processo. Comentários: Assim como o recebimento de custas, o recebimento de participação em processo constitui vedação imposta pela Constituição Federal em seu art. 95, parágrafo único, II. Gabarito: Errado. 19. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Nos termos da Constituição, é vedado ao magistrado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois anos do afastamento por exoneração, salvo por motivo de aposentadoria. Comentários: A questão cobrou a chamada "quarentena" que se aplica aos Juízes e aos membros do Ministério Público. Porém, tal quarentena é de 3 anos e não 2 anos (CF, art. 95, parágrafo único, V). Gabarito: Errado. 20. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Aos juízes é permitido, nos termos da Constituição Federal, perceber, em qualquer hipótese, contribuições de pessoas físicas ou entidades públicas. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18 Comentários: Está incorreto, pois, em regra, quaisquer auxílios ou contribuições, oriundos de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, não podem ser recebidos pelos juízes por expressa disposição Constitucional (CF, art. 95, parágrafo único,IV). Deve ser observado, porém, que a Constituição faz expressa ressalva às exceções previstas em lei. Gabarito: Errado. 21. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Aos juízes é permitido, nos termos da Constituição Federal, exercer na ativa ou em disponibilidade uma única função de magistério. Comentários: A regra é ser vedado aos juízes exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou função. Porém, a própria Constituição assegura a ressalva para uma (única) função de magistério (CF, art. 95, parágrafo único, I). Gabarito: Correto. 22. (CESPE/AJAA-STM/2011) Advogado nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquire vitaliciedade imediatamente a partir dessa nomeação. Comentários: O erro desta assertiva é a parte que diz “a partir dessa nomeação”. O correto seria a partir da posse. Gabarito: Errado. OBS2 - a inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII, ou seja: precisará de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ; deve-se assegurar ampla defesa. O art. 95 p. único ainda estabelece que aos juízes é vedado: exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; dedicar-se à atividade político-partidária. receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 19 exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (quarentena). Competências Privativas O art. 96 da Constituição relaciona as competências que são privativas dos tribunais em geral (inciso I) e específicas do STF, Tribunais Superiores e TJ (inciso II). As competências do inciso I, em regra, são exercidas diretamente, de forma interna, como organizar as secretarias, prover seus cargos e etc., mas existe uma que precisa veicular por lei, que é a criação de várias judiciárias, daí a alínea “d” dizer que compete privativamente aos tribunais “propor a criação de novas varas judiciárias”. As competências do inciso II, todas, precisam necessariamente tramitar pelo Legislativo, cabendo a esses órgãos que formam a cúpula da Justiça (STF e Tribunais Superiores - cúpula da Justiça Federal -, e TJ - cúpula da Justiça Estadual), propor ao Legislativo um projeto de lei, para que se realizem cada uma das coisas ali previstas, dentro de sua área de atuação. Caberá, então, a estes órgãos de cúpula, propor dentro da sua área de competência, que o Legislativo delibere sobre: 1. a criação ou extinção dos tribunais inferiores, bem como a alteração do número de membros destes tribunais; 2. a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; 3. a alteração da organização e da divisão judiciárias. Vamos ver na Constituição, como é isso: Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: (Aqui são as competências internas dos tribunais, diretas) a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 20 c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; (ele não cria varas diretamente, mas propõe esta criação). e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: (Aqui a Constituição direciona-se aos órgãos de cúpula, aqueles que "mandam" em sua estrutura - STF, Tribunais Superiores e o TJ. Ao falar sobre o art. 169, ela manda observar os limites legais de despesa). a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; A Alínea "b" fala da remuneração dos membros dos tribunais. Teremos entãoa seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros do Judiciário: STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de seus Ministros; Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar o subsídio de seus Ministros; dos desembargadores dos respectivos tribunais de segundo grau e dos respectivos juízes vinculados; Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus membros e juízes vinculados. 23. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de cargos da Secretaria do Tribunal. Comentários: Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 21 De acordo com a Constituição, em seu art. 96, II, b. Competirá ao STF a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares. No caso dos demais órgãos do judiciário federal essa competência caberá ao respectivo tribunal superior. E no caso da justiça estadual competirá ao TJ. Lembrando que nos termos da CF, art. 96, I, competirá privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. Gabarito: Correto. 24. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Compete privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. Comentários: Nos termos da Constituição, art. 96, I, competirá privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. Lembrando que de acordo com a Constituição, em seu art. 96, II, b, competirá ao STF a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares. No caso dos demais órgãos do judiciário federal essa competência caberá ao respectivo tribunal superior. E no caso da justiça estadual competirá ao TJ. Gabarito: Correto. Julgamento dos membros do MP pelo TJ: CF, art. 96, III - Compete privativamente aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. Esquematizando: Cabe ao TJ: Julgar nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a compe- tência da Justiça Eleitoral: os juízes estaduais e do DF/TF; e os membros do MP (Estadual). Julgar nos crimes comuns: os Prefeitos (art. 29.X + Súmula STF 702) Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 22 É preciso ter atenção que este julgamento pelo TJ (órgão máximo do Judiciário em âmbito estadual) só se faz para os membros do MP Estadual. No caso dos membros do MP da União, eles são julgados em regra pelo Tribunal Regional Federal. A não ser que sejam membros do MP que exerçam sua profissão oficiando perante os tribunais, quando, neste caso, serão julgados pelo STJ. Assim temos: Regra: Membros do MP Estadual - Julgados pelo TJ Membros do MP da União - Julgados pelo TRF Exceção: Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais serão julgados pelo STJ. 25. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um promotor de justiça estadual que praticar um crime comum será processado e julgado por juiz de direito de uma das varas criminais do estado. Comentários: Os membros do Ministério Público Estadual possuem prerrogativa de foro para julgamento perante o Tribunal de Justiça (CF, art. 96, III). Gabarito: Errado. 26. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao TJRJ compete julgar os juízes do respectivo estado, bem como os seus membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, inclusive os crimes eleitorais. Comentários: A Constituição estabelece no seu art. 96, III, que compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, porém fica ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. A justiça eleitoral é uma justiça especializada que irá sempre atrair para si a competência para julgar crimes cometidos durante eleições. Gabarito: Errado. Princípio da reserva de plenário Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 23 Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Assim, em princípio, quando um órgão fracionário (turma ou câmara) de um tribunal se deparar com uma controvérsia constitucional, não poderá, em regra, declarar a inconstitucionalidade da lei, mas, deverá remeter a questão ao pleno ou órgão especial (OE), se existir, e este sim é que terá a competência para declarar a inconstitucionalidade da lei. Esta regra, porém, admite exceções, já que, primando-se pela economia processual, dispensa-se este procedimento quando já existir decisão sobre o tema proferida anteriormente pelo OE, pelo pleno ou pelo STF (CPC art. 481 parágrafo único). Súmula Vinculante nº 10 → Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. 27. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Comentários: Essa é a chamada "Cláusula da reserva de plenário", está no art. 97 da Constituição, que determina que a declaração da inconstitucionalidade de leis ou atos normativos não podem ser feitas pelo órgão fracionário do tribunal, somente pelo órgão especial ou pleno e com o voto da maioria absoluta de seus membros. Assim, para que um TRIBUNAL (não vale para juízos, apenas para os tribunais) declare uma lei como inconstitucional, ele só poderá fazer isso através de seu pleno, ou então de seu órgão especial. Além disso, depende ainda da maioria absoluta dos votos do referido pleno ou órgão especial (OE). Gabarito: Correto. 28. (FCC/Procurador - Recife/2008) Compete originariamente ao Plenário ou órgão especial dos Tribunais o julgamento de todos os feitos que importem a declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Comentários: Declarar a "constitucionalidade" pode ser feito por órgãos fracionários. O que existe reserva de plenário (CF, art. 97) é para a declaração de "inconstitucionalidade". Gabarito: Errado. Juizados Especiais e Justiça de Paz Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 24 Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos orale sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. § 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. Lei nº 10.259/01, art. 2º → Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, ou multa. Organizando: Competência Causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante procedimento oral e sumaríssimo. Competência Celebrar casamentos, verificar o processo de habilitação, e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 29. (ESAF/ANA/2009) A justiça de paz, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, possui competência privativa para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. Comentários: Não se trata de uma competência privativa (CF art. 98, II). Gabarito: Errado. Juizados especiais Providos por juízes togados, ou togados e leigos Justiça de Paz Remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de 4 anos. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 25 Custas e emolumentos § 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça.(Incluído pela EC 45/04). 30. (CESPE/AJEP-TJES/2011) Os emolumentos e as custas judiciais são destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da justiça. Comentários: Trata-se do teor do art. 98, §2º da Constituição Federal, que foi inserido pela EC 45/04. Este dispositivo determina que as custas e emolumentos sejam destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. Gabarito: Correto. Autonomia Financeira e Orçamentária: A Constituição de 1988 garantiu ao Poder Judiciário a autonomia administrativa e financeira, cabendo ao próprio Judiciário, através de seus tribunais, elaborar a sua proposta orçamentária. Essas propostas devem, obviamente, estar compatibilizadas como a lei diretrizes orçamentárias (LDO) que é o instrumento que estabelece as metas e prioridades para o orçamento anual. Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. § 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Veja que os limites estabelecidos para as propostas orçamentárias são estipulados conjuntamente com os demais Poderes. Não é o Executivo, nem o Judiciário, nem o Legislativo que impõe os limites, é uma decisão conjunta. Após elaboradas as propostas, os presidentes dos tribunais responsáveis devem encaminhá-las ao Poder Executivo, para que as propostas sejam compiladas e levadas para deliberação no Legislativo. Lembramos nessa oportunidade que o Executivo detém a exclusividade da iniciativa das leis orçamentárias, promovendo no Brasil a existência do chamado "orçamento misto", onde o Executivo compila as propostas e o Legislativo delibera sobre elas. Falamos que os "presidentes tribunais responsáveis" encaminham a proposta ao Executivo, mas quem são eles? Serão o seguinte: Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26 Na esfera federal: O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF); Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando das propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. O TST envia ao Executivo a sua proposta, as propostas dos TRT´s). Na esfera estadual. O Presidente do TJ. OBS- A Constituição estabelece que ao fazer o encaminhamento das propostas, os Presidentes dos "tribunais responsáveis" pelo envio, devem ter a aprovação dos tribunais interessados. Assim, o Presidente do TST, por exemplo, não poderá fazer o envio sem que o próprio TST tenha aprovado a sua proposta, e os TRT`s também tenham aprovado as propostas referente a eles. Mas e se nesse vai pra lá, vem pra cá, o presidente do tribunal perder o prazo de encaminhamento, o que acontece? Aí a Constituição estabelece que: CF, art. 99 § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo (limites da LDO). Essa é uma disposição constitucional que se encontra diversas vezes ao longo de nosso Texto Magno, isso porque os orçamentos são leis importantíssimas, com prazo constitucional de deliberação. A deliberação orçamentária não pode ficar a mercê da inoperância de algum órgão da máquina administrativa. Desta forma, caso algum dos órgãos não envie a sua proposta orçamentária, considera-se como proposta a mesma que foi aprovada anteriormente para aquele órgão, podendo o próprio Executivo promover ajustes para enquadrar a proposta na LDO. Da mesma forma, se o órgão enviar a proposta no prazo certo, mas a proposta estiver em desacordo com a LDO, o Executivo estará apto a promover os ajustes necessários para enquadrá-la, veja: CF, art. 99 § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 27 A Constituição ainda estabelece mais um parágrafo para ratificar a importância do respeito aos orçamentos. CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. O orçamento é uma lei, e como lei deve ser respeitada. Assim, é óbvio que não se pode gastar mais do que foi estabelecido para tal órgão, nem assumir obrigações que extrapolem os limites definidos para tal. A exceção ocorre tão somente se houver abertura de créditos orçamentários adicionais (suplementares ou especiais) para tal. Esses créditos, nada mais são do que um reforço orçamentário, autorizado pelo Legislativo. Serão suplementares quando já existir a dotação e o Legislativo autorizar que ela seja aumentada, ou será especial, caso não exista dotação para aquela despesa e o Legislativo autoriza que se crie um crédito para tal. 31. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-SP/2011) Ao assegurar a autonomiaadministrativa e financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias. b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais interessados. d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Comentários: Letra A – Errado. Não é o Executivo que estipula os limites. Os limites são estipulados em conjunto com todos os Poderes. Assim versa a CF, no seu art. 96§ 1º: Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 28 Letra B – Correto. É a seguinte regra para a competência do encaminhamento das propostas orçamentárias dos tribunais: Na esfera federal: O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF); Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando das propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. O TST envia ao Executivo a sua proposta, as propostas dos TRT´s). Na esfera estadual. O Presidente do TJ. Letra C – Errado. O STF só encaminha em se tratando das propostas do próprio STF, no caso dos demais tribunais da esfera federal competirá ao respectivo tribunal superior. Letra D – Errado. A competência de tais ajustes é do Executivo e não do Legislativo. Letra E – Errado. Em regra, isso que a assertiva disse até está certo! Porém, a banca deu como errada por haver uma exceção no art. 99 § 5º da Constituição: “exceto se forem previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais”. Gabarito: Letra B. 32. (FCC/AJ-Arquivologia TRT 19ª/2011) Conforme prevê a Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal. c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal. d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no exterior. e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço. Comentários: A letra A é a única que traz o teor correto, pois é a exceção prevista no art. 95 §5º da Constituição. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 29 CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. Gabarito: Letra A. 33. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Comentários: Trata-se da literalidade do art. 99 §1º da Constituição, onde percebe-se que embora o Judiciário tenha autonomia para definir seu orçamento, deve respeitar os limites traçados na LDO, lei que serve de base para a elaboração do orçamento anual. Gabarito: Correto. 34. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Ao Poder Judiciário é assegurada parcial autonomia administrativa e financeira, sendo que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Comentários: O erro da questão é falar em "parcial autonomia". O fato da elaboração do orçamento, nos limites da LDO, não se configura restrição da autonomia, mas sim uma exigência constitucional a todos os Poderes Públicos. Gabarito: Errado. Pagamento de débitos por Precatórios Pagamento de débitos por precatórios O precatório é de um “documento formal em que se pede algo”. Previsto no art. 100 da Constituição, o regime de “precatórios” nada mais é do que a forma de os cidadãos receberem pagamentos por parte do Estado, que forem resultantes de decisões judiciais. O regime de precatórios foi substancialmente reformulado pela EC 62/2009, que alterou praticamente todo o art. 100 da Constituição (que passou a contar com 16 parágrafos) e ainda inseriu o art. 97 nos ADCT, com os seus 18 parágrafos que criavam um regime especial para pagamentos e regulamentavam o tema enquanto não fosse editada uma lei complementar. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 30 Todo ano, ao fazer o orçamento (Federal, Estadual, Municipal ou Distrital), caberá ao ente da federação incluir na lei orçamentária os valores destinados ao pagamento dos precatórios judiciais que forem apresentados até o meio do ano anterior ao da vigência de tal orçamento (1º de julho), devendo tais dotações orçamentárias ficarem consignadas diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão do precatório determinar o pagamento até o fim do exercício de tal orçamento, sendo a quantia paga atualizada monetariamente. Se o precatório for apresentado até 1º de julho, é obrigatória a inclusão de dotação para o seu pagamento no orçamento do ano seguinte, dotações estas que ficarão consignadas diretamente ao P. Judiciário, e caberá ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão do precatório determinar o pagamento até o fim do exercício de tal orçamento, sendo a quantia paga atualizada monetariamente. Pelas regras polêmicas inseridas, principalmente no art. 97 dos ADCT, a EC 62/09 ficou conhecida como a “emenda do calote”. Pois criava um parcelamento de até 15 anos da dívida e ainda permitia a vinculação do pagamento ao depósito de um valor irrisório (percentual que variava de 1 a 2% da Receita Corrente Líquida apurada) em uma conta especial, além de prever um “leilão” para o recebimento de precatórios, que permitiria a redução drástica do valor a receber pelo credor. No mês de março de 2013, porém, o STF julgou parcialmente procedente as ADIs 4.357 e 4.425. Neste julgamento, declarou inconstitucional todo o art. 97, dos ADCT, da Constituição Federal, extinguindo assim o Regime Especial para os pagamentos dos precatórios, passando a vigorar tão somente as regras do art. 100da parte dogmática e, ainda assim, com ressalvas que veremos a seguir. Agora que já vimos uma noção inicial, vamos ver os artigos constitucionais sobre o tema: Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se- ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Artigo e seus parágrafos com redação dada pela EC 62/09). Deste dispositivo, tiramos coisas muito importantes: é obrigatório que o pagamento das dívidas oriundas de sentenças judiciais seja feito pelo regime de precatório. Não poderá ser feito um “pagamento direto”. Exceção se faz somente aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor (vide §3º do art. 100 da Constituição). Pelo §4º, essa definição de “pequeno valor” pode ser fixada por leis próprias de cada ente da federação (até porque pequeno valor para a União é bem diferente de um pequeno valor para um município de 2.000 habitantes, certo?). Este “pequeno valor”, em qualquer caso, não poderá ser menor do que o valor do maior benefício previdenciário pago pelo Regime Geral de Previdência. Ou seja, na definição de pequeno valor, o mínimo é o “teto do RGPS”, conforme veremos nos parágrafos 3º e 4º. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31 § 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo (“pequeno valor”), admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. Os débitos de natureza alimentícia furam a fila dos precatórios e, dentre esses, ainda furam mais a fila aqueles de natureza alimentícia que tenham como credoras pessoas com mais de 60 anos ou portadores de doença grave (definida em lei). Mas observe: isso só ocorre quando o débito desses credores “especiais” (idosos ou portadores de grave doença) for até o triplo daquela quantia definida em lei como “pequeno valor”. Admite-se fracionar a dívida quando ela for maior Jurisprudência. O STF declarou inconstitucional86 a expressão “na data de expedição do precatório” por entender que o aferimento da idade para justificar a preferência deve ser no momento do pagamento, pois, caso contrário, pessoas com 60 anos incompletos que ficassem fora do regime preferencial acabariam, pela demora do pagamento, por terem bem mais de 60 anos no momento que o precatório fosse pago. § 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. Além de ser obrigatório o uso do precatório para os débitos acima do “pequeno valor”, os pagamentos serão feitos em uma ordem cronológica da apresentação dos precatórios, isso para dotar de impessoalidade o regime. Fica vedada ainda a designação específica de casos ou de pessoas dentro do orçamento. O precatório é por ordem cronológica e pronto! Essa ordem só é excepcionalizada Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 32 no caso dos débitos que tenham natureza alimentícia, esses são os únicos que podem “furar a fila”. Vejamos os §§1º e 2º: § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. § 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. § 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. Ou seja, o precatório tem de ser da dívida integral. Não pode fracionar em diversos pedaços para fugir da ordem cronológica e tentar enquadrar no “pequeno valor”. Fracionamento só pode ocorrer no caso de débitos alimentícios de maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, e ainda assim, este fracionamento é só para o caso de caber no limite de “3x o pequeno valor” e furar a fila cronológica, e não para caber dentro do pequeno valor e ser pago diretamente. § 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. § 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. Devido ao princípio da isonomia, os parágrafos 9º e 10 foram julgados inconstitucionais87 pelo STF. Eles forçavam uma compensação compulsória daquilo que o cidadão tinha a receber com aquilo que devia para o Estado. Era Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 33 uma forma de impedir que o cidadão recebesse valores antes de quitar dívidas com a Fazenda Pública. Acontece que o dispositivo não previa qualquer compensação compulsória no sentido inverso, da Fazenda Pública com o cidadão, o que justificou a sua declaração de inconstitucionalidade, por entender oSupremo que tal compensação deveria ser bilateral, senão ocasionaria verdadeiro confisco. § 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. § 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional (EC 69/2009), a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. Foi declarada inconstitucional a expressão “índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança”. (ADI 43570). A decisão pela retirada do índice da caderneta de poupança se deu pela insuficiência da correção da inflação, que tem sido em valores superiores aos juros pagos pelas cadernetas de poupança. Assim, caberá ao juiz, no momento da decisão, arbitrar o índice de correção de forma que se consigam correções que não sejam corroídas pela inflação. Isto ocorreu para evitar o “enriquecimento sem causa” do Estado em cima dos valores dos cidadãos. § 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. § 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. § 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. § 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 34 O regime é obrigatório para todo crédito contra a Fazenda Pública oriundo de sentença judicial transitada em julgado, salvo para o definido em lei (de cada um dos entes) como sendo de pequeno valor; • Pequeno valor não pode ser uma quantia inferior ao teto do Regime Geral de Previdência; • A ordem de pagamento é a seguinte: 1. Créditos de natureza alimentícia de maiores de 60 anos (a ser apurado no momento do pagamento) ou portadores de doença grave, limitados a três vezes o definido como pequeno valor; 2. Demais créditos de natureza alimentícia; 3. Ordem cronológica da apresentação dos demais precatórios, vedado o fracionamento. • Se o precatório for apresentado até 1º de julho, é obrigatório que se inclua no orçamento do ano seguinte, e se pague até o final daquele ano, corrigido monetariamente. Se não for pago até o final do ano, além da correção, irá incidir juros simples (em índices a serem arbitrados pelo juiz, de forma que a inflação seja corrigida), ficando excluída a incidência de juros compensatórios. • O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. Noções sobre os órgãos do Poder Judiciário Os tribunais, segundo a Constituição, podem possuir os seguintes números de membros: STF (somos time de futebol) 11 STJ (são três juntos) No mínimo, 33 TST (trinta sem três) 27 STM (são todas moças - 15 anos) 15 TSE No mínimo 7 TRE 7 Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 35 TRT No mínimo 7 TRF No mínimo 7 Veja que todo tribunal tem uma frase pra nos ajudar a decorar, quando não tiver, é porque o número de membros é 7 (no mínimo). Obs. Segundo a doutrina, o número de membros do TRE, pode ser superior a 7. Porém, a Constituição estabeleceu como apenas 7, e o CESPE, recentemente, em 2010, considerou que este número deva ser taxativamente 7. Obs. 2 - O Tribunal de Justiça não tem o seu número de membros fixados constitucionalmente, vai depender de cada Estado. Outra coisa importante é a quem poderá ser nomeado para esses tribunais. Todos eles devem ser brasileiros, sem precisar ser natos, com exceção do STF, onde todos devem ser natos. O STM compõe-se de 15 membros, sendo 10 oficiais generais e 5 civis. Logo, possui 10 membros necessariamente brasileiros natos. Existe ainda a questão da idade para poder ser nomeado para os tribunais: 35 anos é a "idade da sabedoria" para a nossa Constituição. É somente a partir dos 35 anos que a pessoa pode ocupar os cargos de maior responsabilidade da administração pública: Senador; Presidente ou Vice-Presidente da República; Cidadão escolhido para o Conselho da República; Ministro do TCU; Procurador-Geral da República; ou Participar dos tribunais de cúpula: STF, STJ, TST e STM (este, no caso dos ministros civis) Para o TRT e o TRF, a Constituição resolveu colocar membros "quase sábios", ou seja, estabeleceu como mínimo, os 30 anos. No que tange à idade máxima, é bem fácil descobri-la. Se o membro não for sujeito às regras de aposentadoria dos servidores públicos (como o Senador, Presidente, Cidadãos do Conselho da República...), não há idade máxima estabelecida, já que não haverá "aposentadoria compulsória" aos 70 anos. Como os demais cargos (magistrados, PGR...) possuem membros que se aposentam compulsoriamente aos 70, a Constituição limitou a idade a 65 anos, para que a pessoa consiga ficar pelo menos 5 anos ali. Muito simples não??? Direito Constitucional nas 5 Fontes Aula 13 – Poder Judiciário. Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 36 Observação: Vimos que os tribunais superiores são preenchidos por membros "sábios" (maior de 35 anos). Porém essa "sabedoria" tem de ser auferida ainda por uma sabatina do Senado. Em regra essa aprovação pela sabatina do Senado se faz com voto da maioria absoluta, porém, a Constituição se omitiu em alguns casos, como ocorre para o STM. Assim, como a Constituição estabelece em seu art. 47 que salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações serão tomadas por maioria simples dos votos, não é necessária a maioria absoluta para aprovação de membros do STM. Antes da EC 45/04 isso também valia para o STJ. A EC 45, no entanto, modificou o texto, exigindo essa MA para o STJ, mas não o fez para o STM. Competências A maioria esmagadora das questões de concurso sobre o Poder Judiciário se dá nas "competências" - as bancas costumam elencar a competência de um tribunal e dizer que é da competência de outro. Por isso é de extrema importância a leitura atenta do rol de competências constitucionais, sempre com atenção a peculiaridades características. Uma outra coisa básica, muito cobrada sobre competências, é a sua natureza originária ou recursal. Um tribunal tem 2 tipos de competência, a competência originária - aquelas que tem origem diretamente no tribunal, e a competência recursal, aquela que se iniciou em outro órgão e chegou ali através de um recurso. Assim a constituição, sempre que vai estabelecer quais são as competências de um tribunal, ela diz quais vão ser aquelas que o tribunal irá conhecer "originariamente"
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