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Puberdade e Métodos Contraceptivos TUTORIA I – MÓDULO II OBJETIVO I: DESCREVER O CICLO MENSTRUAL • No meio de cada ciclo sexual mensal, um único óvulo é expelido do folículo ovariano para a cavidade abdominal. • Esse óvulo cursa por uma tuba uterina até o útero, para aguardar a fertilização por um espermatozoide. OVULOGÊNESE E DESENVOLVIMENTO FOLICULAR DOS OVÁRIOS • Ovário: 1 a 2 milhões de ovócitos primários. • Ovócito (óvulo em desenvolvimento) diferencia-se em um óvulo maduro por meio da ovulogênese. • Células germinativas primordiais → superfície externa do ovário → divisão de forma repetitiva → interior do córtex ovariano → ovogônias/ovócitos primordiais. • Folículo primordial: óvulo circundado pelas células da granulosa acima do estroma. SISTEMA HORMONAL FEMININO 3 hierarquias de hormônios: • GnRH: hormônio liberador da gonadotrofina. Secretado pelo hipotálamo. • FSH (hormônio foliculoestimulante) e LH (hormônio luteinizante). Secretados pela adeno-hipófise. • Estrogênio e progesterona: hormônios ovarianos secretados pela adeno-hipófise. CICLO OVARIANO MENSAL E FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓFICOS • Ciclo menstrual: 28 dias. • Objetivos: liberar um único óvulo e preparar o endométrio uterino para a implantação do óvulo. HORMÔNIOS GONADOTRÓFICOS E SEUS EFEITOS NOS OVÁRIOS • Puberdade: entre os 9 e os 12 anos, a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, levando ao início de ciclos sexuais mensais normais, que começam entre 11 e 15 anos. CRESCIMENTO DO FOLÍCULO OVARIANO | FASE FOLICULAR DO CICLO OVARIANO • Durante toda a infância, as células da granulosa fornecem nutrição ao óvulo e secretem um fator inibidor da maturação do ovócito que mantém o óvulo parado em seu estado primordial. • Após a puberdade: FSH e o LH começam a ser secretados em quantidades significativas e os ovários começam a crescer. • 1º Estágio do crescimento folicular: aumento moderado do primeiro óvulo. o Desenvolvimento de camadas adicionais de células da granulosa → folículos primários. DESENVOLVIMENTO DOS FOLÍCULOS ANTRAIS E MADUROS • Primeiros dias do ciclo mensal: ↑ FSH e LH. o Crescimento de 6 a 12 folículos primários por mês. • Rápida proliferação das células da granulosa. • Teca: células do interstício ovariano que se agrupam em volta da camada granulosa. o Teca interna: secretam mais hormônios sexuais esteroides → estrogênios e progesterona. o Teca externa: capsula de tecido conjuntivo vascularizado do folículo em desenvolvimento. • Secreção de líquido folicular pelas células granulosas: rico em estrogênio. o Antro. • Desenvolvimento de folículos maduros: maiores. • O crescimento acelerado ocorre pelos seguintes fatores: o Estrogênio é secretado no folículo → ↑ receptores de FSH → feedback + → granulosa fica mais sensível ao FSH. o FSH e estrogênios se combinam → ↑ receptor de LH + estimulação do FSH. o Elevada quantidade de estrogênio e LH → proliferação das células tecais foliculares → aumentam secreção. • Folículos antrais crescem. APENAS UM FOLÍCULO AMADURECE TOTALMENTE A CADA MÊS E O RESTANTE SOFRE ATRESIA • Após 1 semana de crescimento (mas antes da ovulação), um dos folículos cresce mais do que os outros. o Folículo pré-ovulatório. • Os outros folículos sofrem atresia. OVULAÇÃO • No ciclo de 28 dias, a ovulação ocorrerá 14 dias após o início da menstruação. • Um pouco antes da ovulação, a parede externa do folículo incha e projeta-se como bico, onde um líquido viscoso sai. • Esse líquido carrega o óvulo rodeado da coroa radiada (várias camadas granulosas). UM PICO DE HORMÔNIO LUTEINIZANTE É NECESSÁRIO PARA A OVULAÇÃO • LH: necessário para o crescimento folicular final e ovulação. o Confere às células tecais a capacidade de secretar progesterona. • 2 dias antes da ovulação, a secreção de LH e FSH aumentam bastante → dilatação do folículo. • Ambiente para a ovulação: o Crescimento rápido do folículo. o Diminuição da secreção do estrogênio. o Início da secreção de progesterona. FASE LÚTEA DO CICLO OVARIANO • Após a ovulação: células granulosas → células luteínicas. • Corpo lúteo com suprimento vascular: grandes quantidades de progesterona, e estrogênio. • Atinge esse estágio de desenvolvimento de 7 a 8 dias após a ovulação, depois involui → corpo albicante → tecido conjuntivo → é absorvido. • Hormônios ovarianos diminuem bastante → início da menstruação → novo ciclo ovariano. FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS OVARIANOS ESTROGÊNIOS • Secretados apenas pelos ovários. • B-estradiol, estrona e estriol. • Causa proliferação celular e crescimento dos tecidos dos órgãos sexuais e outros tecidos relacionados à reprodução. • Puberdade: o Aumento da vagina, ovários, tubas uterinas e do útero. o Desenvolvimento do estroma mamário, crescimento do sistema de ductos e deposito de gordura nas mamas. o Crescimento ósseo. o Aumento da síntese de proteínas. o Aumento do metabolismo corporal e deposição de gordura. PROGESTERONA • Promove alterações secretórias no útero, secreção pelas tubas uterinas. • Desenvolvimento das mamas. CICLO ENDOMETRIAL MENSAL E MENSTRUAÇÃO • Estágios do ciclo endometrial: o Proliferação do endométrio uterino. o Desenvolvimento de alterações secretoras no endométrio. o Descamação do endométrio → menstruação. OBJETIVO II: DESCREVER AS CARACTERÍSTICAS SEXUAIS SECUNDÁRIAS FEMININAS • Tem início com a ativação do eixo H-H-O. • Secreção do GnRH no hipotálamo: principal evento neuroendócrino da puberdade e dá origem à cascata de eventos hormonais que levam à ativação gonadal e às alterações físicas da puberdade. • Hipotálamo: produz o fator liberador de gonadotrofinas, o GnRH. • Hipófise: estimulada pela secreção pulsátil do GnRH hipotalâmico, produz FSH e LH. • Ovários: estimulados pelas gonadotrofinas, produzem os esteroides sexuais. Produzem ainda IGF-1, inibina, ativina e citoquininas. ADRENARCA • Ativação da zona reticular das suprarrenais. • Secreção dos hormônios androgênicos: deidroepiandrosterona (DHEA). • Ocorre 2 anos antes do estirão; • Não depende de GnRH, de gonadotrofinas ou da função ovariana. • No período que precede a menarca, o aumento dos pulsos de FSH em intensidade e frequência e o aumento da sensibilidade ovariana ao estímulo das gonadotrofinas levam ao aumento da secreção de estradiol. • Sequência de eventos do desenvolvimento puberal: o Estirão de crescimento. o Telarca. o Pubarca. o Menarca. ESTIRÃO DE CRESCIMENTO • Desenvolvimento somático; depende da ação conjunta do hormônio do crescimento (GH), dos estrogênios e do IGF-1. • Durante o estirão ocorre ganho de peso, com alteração importante no percentual de gordura corporal. • Sua duração é de 2 a 3 anos e a velocidade de crescimento de 9 cm a 10 cm/ano. • Ocorre desaceleração do crescimento após a menarca, com ganho estatural médio de 6 cm. QUANDO OCORRE? • Meninos: entre 12 e 17 anos, com pico entre 13 e 15 anos. • Meninas: entre 9 anos e meio e 13 anos e meio, com pico entre os 11 e 12 anos e meio. TELARCA • Desenvolvimento mamário, que se inicia com o aparecimento do broto mamário por volta de dois anos antes da menarca. • Sequência de Tanner: o M1: ausência de desenvolvimento mamário, estágio infantil. o M2: aparecimento do broto mamário. o M3: crescimento de mama e aréola, sem separação de contornos. o M4: projeção da papila e aréola acima do contorno da mama. o M5: projeção apenas da papila e retorno da aréola ao contorno da mama. PUBARCA • Aparecimento dos pelos pubianos, seguidos dos axilares. • O aumento da secreção das glândulas sebáceas: odor peculiar e surgimento da acne. • Tanner: o P1: ausência de pelos pubianos.o P2: pelos finos e lisos na borda dos grandes lábios. o P3: aumento na quantidade de pelos nos grandes lábios e na sínfise púbica, pelos mais escuros e crespos. o P4: pelos escuros, crespos, grossos, nos grandes lábios, na sínfise púbica e períneo. o P5: pelos terminais abundantes em sínfise, períneo e raiz das coxas. MENARCA • Fenômeno mais marcante da puberdade. • O tempo médio entre o aparecimento do broto mamário e a menarca: 2 a 3 anos. • Ocorre após o pico do crescimento ponderal, com idade óssea igual ou maior que 13 anos e com desenvolvimento mamário em estágio M4 e de pelos P4. • Após a menarca: os ciclos menstruais anovulatórios e irregulares. • Com o passar do tempo: maturidade do eixo feedback bifásico entre o estradiol e o LH. • A ciclicidade da ovulação leva à regularidade menstrual e marca o final da puberdade. CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS NA PUBERDADE • Busca de si mesmo e da identidade. • Tendência grupal. • Necessidade de intelectualizar e fantasiar. • Crises religiosas. • Deslocamento temporal. • Evolução sexual. • Atitude social reivindicatória. • Condições sucessivas em todas as manifestações de conduta. • Separação progressiva dos pais. • Constantes flutuações do humor. OBJETIVO I I I: COMPREENDER OS ASPECTOS LEGAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS ENVOLVIDAS NO PLANEJAMENTO FAMILIAR • O Sistema Único de Saúde deve garantir: o Assistência à concepção e contracepção; o Atendimento pré-natal; o Assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; o Controle das doenças sexualmente transmissíveis; o Controle e a prevenção dos cânceres cérvico-uterino, de mama, de próstata e de pênis. • O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade. • Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção. ESTERILIZAÇÃO VOLUNTÁRIA • Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: o em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce; o risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. o A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e ooforectomia. OBJETIVO IV: DISCUTIR MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS NÃO HORMONAIS • Na adolescência: o uso de métodos que não exijam um regime diário pode ser o ideal. o A escolha do método pode ser influenciada por fatores como: relações sexuais esporádicas e necessidade de esconder a atividade sexual ou o uso de anticoncepção. • Deve-se evitar que o custo do serviço e do método limite sua utilização. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS • Requerem determinação do período fértil. • Complexo e de eficácia média a baixa. • Divididos em dois grandes grupos: o Abstenção periódica. o Relações em que o esperma não é depositado na vagina. ABSTENÇÃO PERIÓDICA Os métodos de abstenção periódica pressupõem o conhecimento do período fértil, época em que são evitadas as relações sexuais. A forma de se reconhecer o período fértil deu origem aos chamados método da tabelinha ou de Ogino – Knaus; método do muco cervical ou de Billings; método da curva térmica; método sintotérmico. MÉTODO DE OGINO – KNAUS= TABELA • O fundamento desse método é o conhecimento da fisiologia do ciclo menstrual da mulher: o A ovulação ocorre 12 a 16 dias antes da menstruação; o O espermatozóide pode permanecer no trato genital feminino, com capacidade de fertilizar o óvulo, salvo exceções, por até 48 horas (2 dias); o O óvulo permanece no trato genital feminino em condições de ser fertilizado, salvo exceções, por 24 horas (1 dia). • Estabelece o período fértil, calculando-se: o O 1º dia do período fértil, subtraindo- se 18 do número de dias de duração do ciclo, sendo que: 18 = 16 (primeiro dia em que pode ocorrer a ovulação) + 2 (número de dias em que o espermatozóide pode permanecer viável); o o último dia do período fértil, subtraindo-se 11 do número de dias de duração do ciclo menstrual, sendo que: 5 11= 12 (último dia em que pode ocorrer a ovulação) – 1 (número de dias em que o óvulo permanece viável após a ovulação). MÉTODO DO MUCO CERVICAL: BILLINGS • Fundamenta-se nas mudanças físico- químicas que o muco cervical sofre. • Quanto maior a estimulação estrogênica, mais o muco se torna abundante, aquoso, transparente e filante. • Após a ovulação, o corpo lúteo passa a secretar mais progesterona, de forma que o muco fica escasso, espesso, opção, grumoso e sem filância. MÉTODO DA CURVA DA TEMPERATURA BASAL • Medida após, no mínimo, 6 horas de sono. • A medida diária proporciona a elaboração de uma curva pelas suas variações. • Quando a mulher ovula, após a extrusão do óvulo do folículo, forma-se o corpo amarelo que secreta, além do estrógeno, a progesterona. • A progesterona eleva a temperatura corporal (efeito termogênico da progesterona): pode ser usado para identificar o dia da ovulação. • Este será o imediatamente anterior à decalgem, para cima, observada na curva de temperatura basal. MÉTODO SINTOTÉRMICO • Utilização de múltiplos marcadores do período fértil. • Para identificar o início do período fértil: o Fazer cálculo do calendário. o Analisar o muco. • Para identificar o fim do período fértil: o Observar variações do muco. o Identificar a decalagem da temperatura basal MÉTODOS DE BARREIRA • Consistem na utilização de aparelhos que impedem a ascensão do espermatozóide no trato genital feminino. Tais aparelhos podem ser de utilização pelo homem ou pela mulher e agem como obstáculos mecânicos. • O preservativo masculino (látex) e feminino (poliuretano) são os métodos que oferecem comprovadamente dupla proteção. o É indicado sua utilização independentemente da indicação anticonceptiva devido à sua ação preventiva em relação às DSTs. • Diafragma e espermicida são pouco eficazes. CAMISINHA MASCULINA • Única forma eficaz de se prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS. • Seu uso requer alguns cuidados: o Ser de boa qualidade; o Estar íntegro; o Abrir corretamente o invólucro, evitando comprometer a integridade do preservativo; o Colocá-lo sempre antes de qualquer penetração, com o pênis em ereção, tendo-se o cuidado de retirar o ar da pequena bolsa que existe na sua extremidade fechada, destinada a deposição do esperma ejaculado; o Evitar manobras que possam causar ruptura do material de que é constituído; o Retirar o pênis da vagina ainda com boa ereção, evitando, assim, a ocorrência de extravasamentos de esperma; o Usar apenas uma vez e descartá-lo. CAMISINHA FEMININA • É um aparelho com formato de um tubo em que tem uma de suas extremidades obliterada por um diafragma, circunscrito por um anel flexível. • A extremidade fechada deve ser introduzida na vagina, devendo alcançar o fundo, enquanto a aberta fica para fora, em contato com a vulva, e seu anel tem a finalidade demantê-la aberta, para possibilitar a penetração do pênis em seu interior. • O uso correto exige: o Cuidados para não comprometer a integridade do aparelho; o Deve ser usado uma única vez e descartado; o Precaução à penetração, certificando-se que o pênis se encontra em seu interior. • É de controle total da mulher e protege contra DSTs. • Desvantagens: o Desconforto. o Se movimenta durante o coito. o Tira a sensibilidade da penetração. o É mais caro que o preservativo masculino. ESPERMICIDA • São substâncias químicas introduzidas na vagina que servem como barreira ao acesso dos espermatozóides ao trato genital superior e são apresentadas de diversas formas, sendo as mais usadas: o Cremes; o Geleias; o Comprimidos; o Tabletes; o Espuma. • Mais utilizada: Nonoxilnol-9. • Apresentam baixa eficácia contraceptiva, quando usados isoladamente, mas aumentam em muito a eficácia de outros métodos de barreira, quando usados em associação. • Uso correto: o Devem ser colocados o mais próximo possível da cérvix; o Os supositórios, tabletes, filmes ou comprimidos devem ser colocados uns 15 minutos antes da relação para que possam se dissolver e liberar a substância ativa; o Como possuem efetividade por, no máximo, duas horas, a relação deve ocorrer nesse intervalo de tempo. Para novas relações, novas aplicações devem ser feitas. DIAFRAGMA • Membrana de silicone, em forma de cúpula circundada por um anel flexível. • O uso do diafragma requer uma prévia tomada de medida da vagina, para aquisição do aparelho adequado, e um treinamento da paciente em colocá-lo e retirá-lo. • Inserção: cobrir completamente a cérvice e a parede anterior da vagina. • É recomendável que seja usado em associação a um creme ou geleia espermaticida, para aumentar a eficácia contraceptiva, além de proporcionar lubrificação para mais fácil inserção. • Desvantagens: o Alteração da flora vaginal; o Aumenta a incidência de infecções urinarias. o Pode ocorrer reação alérgica. ESPONJA CONTRACEPTIVA • É uma esponja redonda em formato de travesseiro feita de poliuretano com aproximadamente 4 cm de diâmetro. A esponja é umedecida com água, dobrada e colocada profundamente na vagina, onde bloqueia a entrada dos espermatozoides no útero. A esponja também contém espermicida. Está disponível para venda livre e não precisa ser ajustada por um profissional de saúde. • Pode ser colocada na vagina pela mulher até 24 horas antes da relação sexual e fornece proteção durante esse período, não importa a frequência de repetição do ato. A esponja deve ser deixada no lugar por pelo menos seis horas após a última relação sexual. • As taxas de gravidez com o uso típico são de 12% para mulheres que nunca tiveram filhos e de 24% para mulheres que já tiveram. • Desvantagens: reações alérgicas, secura ou irritação vaginal. DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) COM COBRE E SISTEMA INTRAUTERINO (SIU) LIBERADOR DE LEVONORGESTREL DIU • O DIU com cobre não é a primeira escolha para adolescentes e nulíparas. • não interfere com a ovulação e promove uma resposta inflamatória intrauterina de ação espermicida. • Considerar o número de parceiros sexuais, dependência ou não de álcool e drogas e de estar ou não em um relacionamento sexual estável. • Pode ser uma alternativa para as adolescentes que já engravidaram, quando houver contraindicação à anticoncepção hormonal ou quando os benefícios superarem os riscos. SIU • Provável baixa incidência de DIP devido ao espessamento do muco cervical, atrofia endometrial e diminuição do sangramento uterino. • São eficazes por tempo prolongado, mantêm a privacidade da usuária e independem do fator “esquecimento”. • Desvantagens: custo, mobilização uterina e treinamento médico adequado para sua inserção. MÉTODOS CIRÚRGICOS LAQUEADURA • A Laqueadura consiste no bloqueio das trompas como método de anticoncepção definitivo. A obstrução das trompas impossibilita o encontro do óvulo com os espermatozóides, o que seria o processo chamado fecundação. • Atualmente, a técnica de Laqueadura mais usada é através da colocação de um “stent tubário”, parecido com uma mola. VASECTOMIA • Consiste no corte dos canais deferentes que levam os espermatozoides até a vesícula seminal. • Os pequenos ductos deferentes que transportam o esperma ficam logo abaixo da pele, e por meio de uma pequena incisão de cada lado da bolsa escrotal, os ductos deferentes são cortados e bloqueados por fios de sutura. Dessa forma, os espermatozóides não serão mais ejaculados. • Existem dois tipos de Vasectomias: Método com incisão e Método sem incisão. • Os métodos sem incisão reduzem o risco de infecção e outras complicações e o tempo de recuperação é bem menor. Millena Cardoso – Passei Direto Referências BARACAT ed. Manual de Ginecologia Endócrina— São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2015. CABRAL, ZAF. Manual de Ginecologia Infanto Juvenil - Sao Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2014. BRASIL. Lei N. 9263 de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. FINOTTIi, M. Manual de anticoncepção. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2015. HALL, J.E.; GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. GRABER, E. G. Crescimento físico e amadurecimento sexual dos adolescentes. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/crescimento-e-desenvolvimento/crescimento- f%C3%ADsico-e-amadurecimento-sexual-dos-adolescentes.>. Faculdade de Medicina da UFMG. Disponível em: <https://www.medicina.ufmg.br/laqueadura-e- vasectomia-devem-ser-ultima-opcao-de-contracepcao/>.
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