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Caderno EaD Topografia II - Eng Civil

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Prévia do material em texto

CURRICULUM DO PROFESSOR 
O autor do caderno de estudos de Topografia I é o Professor Pietro 
Valdo Rostagno, bacharel em Engenharia Civil pela Universidade 
Federal do Espírito Santo (UFES) em 27 de novembro de 2002, 
casado com Adriana Trocilo Picanço Rostagno e pai de Gabriella e 
Pietra. É Especialista em Docência do Ensino Superior pela 
Faculdade Redentor, em março de 2007 e Especialista em 
Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Integrada 
de Jacarepaguá, em outubro de 2009. Também atua como 
Engenheiro Civil da Prefeitura Municipal de São José de Ubá – RJ desde agosto de 2011. 
No campo da docência, atua ativamente desde novembro de 1999 ministrando aulas de 
matemática e física para o ensino médio, bem como no ensino superior em Engenharia Civil, 
qual tem larga experiência nas disciplinas de Cálculo 0, Probabilidade e Estatística, 
Topografia I e II, Hidrologia Aplicada, Estradas I e II, Obras Hidráulicas (Barragens), Portos, 
Aeroportos e Hidrovias, Tópicos de Planejamento em Engenharia Civil e Engenharia de 
Trânsito. No âmbito de ensino à distância atua como professor desde fevereiro de 2015, nos 
cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Produção da Faculdade Redentor. 
PIETRO VALDO ROSTAGNO 
 
2 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA DISICPLINA TOPOGRAFIA II 
 
Olá querido (a) colega da disciplina Topografia II !!! 
Passado o ciclo básico do curso de Engenharia Civil, que corresponde aos 04 
(quatro) primeiros períodos, bem como as disciplinas iniciais do ciclo profissionalizante, você 
está realizando a transição para a fase de formação final do curso. A partir de agora as 
disciplinas são de formação no campo da Engenharia Civil e requer atenção especial do 
aluno, pois são muitas informações ao mesmo tempo 
No ciclo básico sua formação em Engenharia abordou conhecimentos importantes 
para sua vida profissional, como os cálculos, as físicas e os desenhos, quais são 
fundamentais para a formação do Engenheiro Civil. A disciplina TOPOGRAFIA II abordará 
diversos conceitos aprendidos nestas disciplinas do ciclo básico, assim como a Topografia I, 
o Desenho de Projeto em Engenharia Civil e a Hidráulica, quais você já cursou, por isso, é 
necessário o entendimento de todas elas, pois certos conceitos serão abordados no 
entendimento de que o aluno já sabe e domina o que foi ensinado até aqui. 
A disciplina de Topografia II será dividida em 16 (dezesseis) aulas, onde ao final de 
cada uma teremos exercícios para serem feitos, cujos mesmos são importantíssimos para a 
realização da avaliações e atividades práticas supervisionadas (APS’s), bem como as 
complementares. 
 Procure sempre estar com seus estudos em dia, conforme já dito aqui são muitas 
informações e caso fique acumulada com outras disciplinas, ocorrerá um acumulo imenso 
de estudos, que irá requerer do aluno muito tempo para realizá-lo, pois este tempo é muito 
precisos na vida acadêmica do estudante de Engenharia Civil, bem como na correria do dia-
a-dia deve-se organizar para tê-lo em dia. 
A disciplina irá tornar o aluno a entender, compreender e saber a realizar um 
levantamento expedito, observar os tópicos de levantamentos topográficos específicos, 
saber locar uma obra, aprender os conceitos de GPS, Geoprocessamento e 
aerofotogrametria, pois cabe ao profissional de Engenharia Civil aplicar os conceitos aqui 
aprendidos na execução de seus empreendimentos. 
Apresentação 
3 
 
 
Quanto ao material de estudos é importantíssimo o aluno ter sempre em mãos: muito 
papel A4 branco ou reciclado, lápis ou lapiseira (0,5 mm ou 0,7 mm – marca Pentel), 
escalímetro com diversas escalas 1:20; 1:25; 1:50; 1:75: 1:100 e 1:125, borracha branca 
sintética, calculadora científica (Cassio FX-82 MS ou HP 10s, pois tem as funções que 
precisamos) e muita disposição para os estudos. 
E sempre lembrando do seguinte lema: “Aqui é Engenharia Colega…”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
OBJETIVO GERAL DA TOPOGRAFIA II 
Permitir ao aluno a aquisição de conhecimentos específicos no estudo da Topografia, 
visando a sua aplicação maior no campo da engenharia civil. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA TOPOGRAFIA II 
Proporcionar ao aluno noções adequadas do estudo de procedimentos de 
levantamentos de campo, locação de obras, uso do teodolito, uso do GPS, estudos 
específicos através de aerofotogrametria e levantamentos específicos de obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
5 
 
 
 
 
O SUMÁRIO É GERADO PELA EQUIPE DA EAD. 
 
Sumário 
6 
 
 
 
 
Iconografia 
7 
 
 
AULA 1 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
O levantamento expedito topográfico é o iníco para o planejamento inicial de 
qualquer obra, seja de pequeno, médio e grande porte. É um tipo de levantamento 
essencial para se estimar a mão-de-obra aplicada, máquinas, equipamentos, 
ferramentas e também o orçamento a ser empregado, bem como o prazo de 
execução dos serviços. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Ao final desta aula o aluno deverá saber: 
 
 Entender os conceitos de levantamento expedito do terreno; 
 Realizar um levantamento expedito em campo; 
 Trabalhar com croquis, ou seja, desenhos sem escala e sem precisão; 
 Saber dizer quais tipos de benfeitorias são existentes em um terreno; 
 Realizar visita em campo, saber identificar os terrenos, bem como 
estimar os custos e o cronograma de obra. 
Levantamento Expedito do Terreno 
 
8 
 
 
1.1 - INTRODUÇÃO 
 
O levantamento expedito, como o próprio nome sugere, consiste de 
operações rápidas de medida no campo; de precisão grosseira, tem apenas a 
finalidade de oferecer informações de caráter geral do terreno. Estas 
informações servirão para a definição e o planejamento do levantamento regular 
a ser realizado a posteriori. 
Com estes dados iniciais é possível definir a equipe de trabalho, o 
equipamento a utilizar, a precisão das medidas, o método de levantamento a 
empregar, a duração e o custo dos trabalhos. O reconhecimento da área é tarefa 
básica. Percorre-se o terreno a levantar com a finalidade de reconhecer as suas 
peculiaridades e definir as diretrizes gerais do trabalho. 
Em regiões extensas, o reconhecimento é feito utilizando-se aerofotos 
provenientes de recobrimento aerofotogramétrico. Nesta fase, o topógrafo 
percorre todo o local e escolhe os pontos notáveis (de interesse) para o 
levantamento e materializa-os cravando os piquetes ou as estacas.1 
 
1.2 - EXECUÇÃO DO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
1.2.1 - Introdução 
 
A topografia pode ser definida de modo variado como a forma, configuração, 
relevo, irregularidade ou característica tridimensional da superfície da Terra. Os 
mapas topográficos são feitos para mostrar essa informação, junto com a 
localização de feições naturais e artificiais da Terra, incluindo prédios, estradas, 
rios, lagos, florestas etc. Obviamente, a topografia de determinada área é de 
grande importância no planejamento de grandes projetos, tais como prédios, 
rodovias, barragens ou oleodutos. Além disso, a menos que o leitor viva numa 
região completamente plana, ele provavelmente desejaria ter um mapa 
topográfico pronto do terreno antes de localizar e planejar a construção de uma 
 
1 ROSTAGNO, P. V. Apostila de Topografia II. Faculdade Redentor, 2011. 
9 
 
 
casa. A topografia também é importante para projetos de conservação do solo, 
planejamentos florestais, mapas geológicos etc. 
A habilidade em usar mapas é muito importante para muitos profissionais 
além do próprio topógrafo, por exemplo, em engenharia, silvicultura, geologia, 
agricultura, climatologia e ciência militar. Em outubro de 1793, com a idade de 24 
anos, Napoleão Bonaparte recebeu sua primeira promoção graças a sua 
habilidade em fazer e usar mapas, quando assumiu o comando da artilharia no 
cerco de Toulon. 
Uma vez que a preparação de mapas é bastantecara, o topógrafo deve 
descobrir quais mapas foram previamente feitos para a área em questão antes 
de começar outro novo. Por exemplo, o Serviço Geológico Americano (U.S. 
Geological Survey) tem mapas topográficos para grande parte dos Estados 
Unidos. Esses mapas estão prontamente disponíveis a preços bastante 
razoáveis. Uma grande percentagem de seus antigos mapas foi publicada com a 
escala de 1:62.500 (1 polegada = quase 1 milha ou 1 cm = 625 m). Esses mapas, 
no entanto, estão defasados, e o presente objetivo do Programa Nacional de 
Mapeamento é fornecer mapas com a escala de 1:24.000 (1 polegada = 2.000 
pés ou 1 cm = 240 m) para todos os Estados Unidos, exceto o Alasca, onde está 
sendo usada a escala de 1:25.000 em alguns mapas recentes, no sistema 
métrico. 2 
1.12.2 – Execução do Levantamento Topográfico 
No levantamento topográfico é utilizada a NBR 13.133/1994, que estabelece a 
execução do levantamento topográfico. 
1.2.3 - Objetivo 
 A referida norma fixa as condições exigíveis para a execução de 
levantamento topográfico destinado a obter: 
 
 Conhecimento geral do terreno: relevo, limites, confrontantes, área, 
localização, amarração e posicionamento; 
 
2 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 248. 
10 
 
 
 Informações sobre o terreno destinadas a estudos preliminares de projetos; 
 Informações sobre o terreno destinadas a anteprojetos ou projetos básicos; 
 Informações sobre o terreno destinadas a projetos executivos. 
 
1.2.4 – Definições 
1.2.4.1 – Alinhamento de Via ou Alinhamento Predial 
É linha divisória que separa o lote de terreno do logradouro público. 
1.2.4.2 – Apoio Geodésico Altimétrico 
É o conjunto de referências de nível, materializadas no terreno, que 
proporciona o controle altimétrico dos levantamentos topográficos e o seu 
referenciamento. 
1.2.4.3 – Apoio Geodésico Planimétrico 
É o conjunto de pontos, materializados no terreno, que proporciona aos 
levantamentos topográficos o controle de posição em relação à superfície 
terrestre determinada. 
1.2.4.4 – Croqui 
Esboço gráfico sem escala, em breves traços, que facilite a identificação de 
detalhes. 
1.2.4.5 - Levantamento de Detalhes 
É o conjunto de operações topográficas clássicas (poligonais, irradiações, 
interseções, ou por ordenadas sobre uma linha-base), destinado à determinação 
das posições planimétrica e/ou altimétricas dos pontos, que vão permitir a 
representação do terreno a ser levantado topograficamente a partir do apoio 
topográfico. 
 
Anotações do Aluno: 
11 
 
 
1.2.4.6 – Levantamento Topográfico 
É o conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos 
horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com 
instrumental adequado à exatidão pretendida.3 
Leia a NBR 13.133/1994, pois lá você encontra todo o procedimento 
normatizado de um levantamento topográfico. 
 
1.3 – LEVANTAMENTO DE PROPRIEDADES 
O levantamento cadastral ou levantamentos de propriedade destina-se à 
locação dos limites de propriedades e à preparação dos desenhos (ou plantas) 
que mostram esses limites. Além disso, envolve a redação e interpretação das 
descrições de terras constantes em documentos legais para vendas de terra ou 
arrendamentos. Mais precisamente, levantamentos cadastrais são feitos para 
atender a uma ou mais das seguintes finalidades: 
1. Restabelecer limites de uma parte de terra que foi previamente levantada; 
2. Subdividir um pedaço de terra em partes menores; 
3. Obter os dados necessários para a redação das descrições legais de um 
pedaço de terra. 
A locação dos limites de propriedades começou antes da história registrada, e 
em todas as épocas subsequentes tem sido necessário o topógrafo para 
restabelecer limites de terras perdidos, estabelecer novos limites e preparar as 
descrições dos limites. A necessidade que os proprietários têm de locar, dividir, 
medir e verificar as dimensões de suas propriedades levaram ao 
desenvolvimento da profissão do topógrafo especializado no levantamento 
cadastral.4 Hoje, a expansão da população, a demanda para uma segunda casa 
 
3 NBR 13.133/1994 – Execução do Levantamento Topográfico. 
4 No Brasil, atualmente, não existe um termo específico para o profissional de levantamentos de 
propriedades urbanas e rurais. Elas podem ser levantadas por qualquer topógrafo, engenheiro 
cartógrafo ou agrimensor que seja registrado no Crea, e apenas no caso de imóveis rurais é exigido 
que tenha curso de georreferenciamento e também seja registrado no Incra. Mas, como o livro faz 
bastantes referências a esse tipo específico de profissional que existe nos Estados Unidos e outros 
países, no texto traduzido será usada a expressão “especialista em cadastro”. 
 
12 
 
 
e o crescimento das indústrias têm criado uma procura por mais e mais 
levantamentos de propriedades. 
De modo geral, o valor da terra continua a aumentar e a delimitação exata 
das propriedades é de crucial importância para venda, revenda, interesses 
financeiros e desenvolvimento. Antigamente, quando as reservas fundiárias 
norte-americanas eram abundantes, as distâncias eram descritas em termos 
como “tanto quanto um cavalo veloz pode correr em 15 minutos”. Mais 
recentemente na história, há várias décadas, a bússola e a corrente de 
agrimensor eram consideradas satisfatórias para fazer levantamentos de 
propriedade, mas isso não é mais o caso. Hoje, mesmo que uma trena de aço e 
um teodolito possam ocasionalmente ser usados, avanços técnicos, como as 
estações totais, são comumente utilizados em levantamento cadastral em todos 
os Estados Unidos com limites, plantas de propriedades, descrições legais (em 
alguns casos, pode-se encontrar o termo memorial descritivo, com a mesma 
finalidade) e desenhos, todos de acordos com as normas de maiores precisão e 
acurácia.5 
1.3.1 – Marcos 
Vértices são pontos estabelecidos pelo topógrafo ou pela concordância entre 
donos de propriedades adjacentes. A prática comum é marcar esses vértices 
com objetos relativamente permanentes chamados marcos, monumentos ou 
referenciais. Os marcos podem ser feições naturais como rochas, árvores e 
assim por diante, ou objetos artificiais, tais como tubos de ferro6 cravados no 
solo, postes de concreto ou de rocha, montes de rochas, estacas de madeira, 
talvez com um material mais permanente enterrado em suas bases, como 
carvão, vidro ou (em áreas de pouca chuva) montes de terra. 
O topógrafo deve ter bom senso nos métodos de materialização dos vértices 
usados em memoriais descritivos e para registros públicos. Ele deve descrever 
um vértice particular de forma perfeitamente clara para qualquer um, no 
momento da marcação, por exemplo, o vértice nordeste da fazenda de Fulano 
 
5 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 342. 
6 Marcos de tubos de ferro, ou tarugos (iron pipes), com discos de latão dotados de encaixe 
apropriado para a cabeça do tubo, assim como os pinos de ferro (iron pins), não são comuns por 
aqui, mas são bastante usados nos Estados Unidos e Canadá. 
 
13 
 
 
de tal. Poucas décadas mais tarde, por qualquer motivo, a propriedade do 
senhor Fulano de tal pode ser completamente destruída, e não haverá ninguém 
em volta que possa provar onde ela estava localizada. 
Praticamente qualquer coisa pode ser usada para estabelecer um marco de 
levantamento, mas tubos de ferro ou peças de concreto são geralmente mais 
satisfatórios e podem até mesmo ser exigidos por lei em alguns estados. 
Independentemente do tipo de marco usado, ele deve ser descrito 
cuidadosamente nas anotações do engenheiro nas plantas. 
O trabalho de um topógrafo e os problemas dos proprietários (pequenos ou 
grandes) seriam muito simplificadosse ambos compreendessem e seguissem 
essa regra importante: “implantar os marcos da propriedade de modo que sua 
destruição seja improvável, mas referenciá-los de modo que possam ser 
reimplantados de forma fácil e econômica, caso sejam destruídos. ”. 
 
Em Itaperuna e região em muitos loteamentos tem sido feitos 
serviços de terraplanagem necessários, contudo, os marcos são 
destruídos e os serviços de topografia devem ser realizados 
diversas vezes, pois é a forma mais fácil de se localizar este ou aquele 
terreno/lote que se deseja, bem como o meio fio, ruas e calçadas. 
Infelizmente, os marcos são destruídos com frequência e são necessários 
levantamentos para locar e implantar corretamente os marcos substitutos 
(procedimento conhecido como aviventação de marcos). É importante salientar 
que destruir ou danificar marcos deliberadamente é proibido por lei. Naqueles 
locais onde os marcos podem facilmente ser destruídos sem intenção (próximo a 
estradas movimentadas ou em áreas de construção), é uma boa prática usar 
marcos testemunhos. Estes podem ser tubos de ferro (ou outro tipo de marco), 
colocados a uma distância conveniente, ao longo do limite da propriedade, ou 
nas proximidades, em locais mais protegidos. Esses marcos são também 
descritos nas anotações dos topógrafos e são mostrados na planta. Outra 
situação comum em que são usados marcos testemunhos é quando os vértices 
reais estão em locais de difícil acesso, por exemplo em rios, córregos ou lagos. 
14 
 
 
Se a localização de um vértice da propriedade pode ser fixada sem nenhuma 
dúvida razoável, ele é considerado “existente”. Se sua posição não pode ser 
encontrada, ele é denominado “perdido”. Quando os marcos usados para 
materializar o vértice não podem ser encontrados, diz que o vértice está 
“destruído ou removido”. Isso, necessariamente, não significa que o vértice está 
perdido porque é perfeitamente possível restabelecer sua posição original. 
Os vértices podem, com frequência, parecer perdidos quando de fato não 
estão. Por exemplo, se os vértices foram marcados com estacas de madeira, a 
remoção da terra com uma pá pode revelar mudança na coloração do solo onde 
as estacas se deterioraram muitos anos antes. Se um tubo de ferro ou marco de 
concreto foi removido, o espaço vazio preenchido pelo terreno em volta pode 
mostrar uma pequena mudança na coloração. Entre diversos outros métodos 
que podem ser usados para encontrar vértices antigos pode-se mencionar a 
locação de vértices de antigas cercas, relatos de vizinhos e o uso de detectores 
de metais para revelar os tubos de ferro e assim por diante. 
 
1.3.2 – Medidas e Divisas 
Método mais antigo de levantamento de terras é o sistema de medidas 
(mensuradas ou atribuídas) e divisas. Então, uma descrição de medidas e 
divisas fornece as extensões e as fronteiras externas da porção de terra em 
questão. O comprimento e a direção de cada lado da parcela são determinados 
e então são implantados marcos em cada vértice da propriedade. Córregos, 
lagos e outros pontos de referência naturais são ocasionalmente utilizados para 
definir vértices ou limites de propriedades. A maioria dos levantamentos de terra 
nos Estados Unidos foram executados pelo método de medidas e divisas. Aqui 
no Brasil, o método é igualmente empregado. 
Uma planta é um desenho em escala que fornece dados relativos ao 
levantamento cadastral e é, principalmente, um instrumento legal que se tornou 
uma questão de registro público. Ela fornece a informação necessária para 
encontrar, descrever e preparar uma descrição de terra. 
A figura 01 abaixo apresenta parte de uma planta. Além da informação 
mostrada, uma planta contém título, a escala, uma legenda ou quaisquer outras 
15 
 
 
anotações especiais necessárias. Qualquer símbolo não padronizado usado no 
desenho e outras informações especiais serão incluídos. O topógrafo fornecerá 
uma declaração quanto à precisão do levantamento de campo, e ao método 
usado para determinar a área do imóvel. Além disso, em áreas onde houver 
casas construídas ou por construir, deve-se anotar se a terra é abaixo ou acima 
do nível de inundação. Finalmente, os números do livro de escrituras e o número 
das páginas do cartório são frequentemente informados, onde assim os 
proprietários anteriores do imóvel são identificados e antigas descrições da 
propriedade são apresentadas. 
As descrições de propriedade são, usualmente, escritas por advogados, 
especialistas imobiliários ou topógrafos. A exatidão da descrição é da maior 
importância, porque um simples erro na sua redação pode levar a disputas de 
propriedade entre vizinhos por diversas gerações. Uma pessoa que redige as 
descrições de terras deve tentar se colocar no lugar de alguém que 5, 10 ou 100 
anos mais tarde vai tentar interpretar a descrição para localizar o imóvel. Segue 
 
Figura 01 – Planta de uma propriedade (McCORMAC, 2016). 
 
 
16 
 
 
1.3.3 - Linhas e Meandros 
Vias navegáveis e rios, assim como os lagos cobrindo 25 acres7 ou mais, são 
parte do domínio público da União e, assim, não foram levantados nem 
disputados pelas agências federais. Os estados, individualmente, têm soberania 
sobre tais corpos de água. 
As poligonais das margens desses corpos de água são chamadas de linhas 
de meandros. Essas poligonais consistem em linhas retas que contornam tão 
próximo quanto possível a média das marcas das águas mais altas, ao longo 
das margens envolvidas. As linhas de meandros não eram seguidas como linhas 
de limite e quando o leito do lago ou rio muda a altura das marcas de água e as 
linhas de propriedade mudam também. 
1.3.4 - Marcos Testemunhos 
Caso a locação de um vértice caia no meio de um lago ou rio sem meandro 
ou sobre uma subida íngreme ou pântano ou outro local inacessível, um marco 
testemunho é estabelecido, sendo normalmente colocado em uma das linhas de 
levantamento regular da propriedade. No entanto, se um ponto satisfatório para 
tal vértice não pode ser ocupado dentro de 200 m ao longo de uma linha de 
levantamento, é permitido locar um vértice testemunho em qualquer direção 
dentro de 100 m desde a posição do vértice. 
1.3.5 – Descrições de Terras em Escrituras 
 
Descrever pedaços regulares de terra dentro do sistema de terras públicas 
com finalidades legais é bastante simples. Quando, no entanto, está envolvida 
uma parte de terra irregular ou uma que não é uma parte regular do sistema de 
terras públicas, é necessário primeiramente, amarrar cuidadosamente a 
descrição dentro do sistema retangular. Então, é feita uma descrição de 
distâncias e rumos ou medidas e divisas de cada lado da porção de terra. Uma 
descrição de tal parte de terra pode ser como se segue: “Iniciando em um ponto 
marcado por um tubo de ferro 90 m ao norte do vértice NE; dali para Norte 
304,19 m até um tubo de ferro; dali para leste 263,35 m para um tubo de ferro 
 
7 Acres. Unidade de medida de área, conforme visto em Topografia I. 
17 
 
 
etc., de volta para o ponto inicial.”, tudo conforme visto em Topografia I no 
capítulo de Orientação Verdadeira e Magnética. 
 
Anotações do Aluno: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Resumo 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 O conceito de Levantamento Expedito; 
 O conceito de Levantamento Topográfico; 
 O levantamento de propriedades e suas características; 
 Algumas técnicas de levantamentos como os marcos, medidas e divisas, 
linhas e meandros, marcos testemunhos e descrições de terras em escrituras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Complementar 
 
 
Para enriquecer seu conhecimento é importante que você: 
 
 Revise a aula através do material complementar sugerido pelo professor; 
 Execute a APS para os assuntos abordados nesta aula; 
 Assista por completo os vídeos apresentadospelo professor, quais estão 
inseridos em “Aulas” na Plataforma Blackboard na página da disciplina. 
 Aprenda a realizar um levantamento expedito do terreno através do 
aprendizado da APS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Exercícios 
 
 
 
1) O que é necessário saber para se realizar um levantamento expedito? 
2) Que equipamentos topográficos são indispensáveis para um levantamento 
expedito? 
3) De acordo com a NBR 13.133/1994, diga qual a importância de termos os 
levantamentos topográficos através dos alinhamentos prediais? 
4) Qual a importância de um levantamento topográfico em um loteamento? 
5) Qual a importância dos marcos para levantamentos de loteamentos? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
 
Bibliografia da aula 01: 
 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016. 
 NBR 13.133/1994 – Execução do Levantamento Topográfico. 
 ROSTAGNO, P. V. Apostila de Topografia II. Faculdade Redentor, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Exercícios Aula 02 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Os exercícios aqui apresentados são mais elaborados, bem como podem 
estar na prova ou na APS, portanto, é de fundamental importância o aluno estar 
focado nos mesmos, pois são elaborados para que o aluno faça uma análise 
muito técnica dos mesmos a partir do aprendizado adquirido através dos vídeos, 
bem como da leitura do material complementar. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Ao final desta aula o aluno deverá saber: 
 
 Realizar os exercícios sobre o levantamento expedito do terreno; 
 Analisar criteriosamente qual procedimento topográfico deve-se fazer 
para a situação hipotética descrita no exercício; 
 Desenvolver a técnica de realização do exercício através do 
conhecimento adquirido ao longo do curso; 
 Saber questionar e solucionar os problemas com rapidez abordando o 
conhecimento adquirido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exercícios – Levantamento Expedito 
 
23 
 
 
1) Porque devemos realizar o levantamento expedito topográfico antes da 
realização do levantamento propriamente dito? 
Porque o levantamento expedito do terreno compreende não só a visita ao 
terreno, mas também o momento em que se obtém o conjunto de 
informações para se estimar o volume de trabalho do empreendimento. 
2) Porque a presença do engenheiro responsável pela obra é fundamental 
no levantamento expedito? 
Porque ele é o responsável pela obra, bem como é o responsável por todas 
as informações coletadas em campo, bem como sua presença é uma tarefa 
básica. 
3) Qual a importância dos marcos testemunhos para os levantamentos de 
loteamentos? 
É importante para sabermos os pontos de interesse locados, como divisa de 
lotes, ruas, bueiros, postes, etc. 
4) Quais informações devem ser coletadas durante um levantamento 
expedito de um terreno? 
Devem ser coletados o máximo possível de informações como: dimensões, 
confrontantes, benfeitorias existentes, tipo de relevo (aclive, declive), se tem 
infraestrutura necessária, meio-fio, calçamento, etc. 
5) Explique, com suas próprias palavras, porque os serviços de 
terraplanagem devem ser feitos após o levantamento expedito? 
Porque para se executar o levantamento expedito é necessário que o terreno 
não tenha nenhum tipo de intervenção, pois é necessário estimar os serviços, 
inclusive a mão-de-obra, custos e cronograma de obra. 
6) No levantamento de propriedades o que é preciso saber durante o 
levantamento expedito? 
Os limites da terra nua, os confrontantes, se há áreas de vegetação nativa 
(área de reserva legal), área alagadiça, estradas vicinais (rurais de terra), 
pontes, bueiros, linhas de transmissão, linha de trem, etc. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Resumo 
 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 Exercício referente ao levantamento expedito; 
 Exercício referente ao levantamento topográfico propriamente dito; 
 Exercício referente ao levantamento de propriedades; 
 Exercício referente ao levantamento expedito em loteamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Complementar 
 
 
 
Para enriquecer seu conhecimento é importante que você: 
 
 Revise a aula através do material complementar sugerido pelo professor; 
 Execute a APS para os assuntos abordados nesta aula, pois é uma APS 
prática; 
 Assista por completo os vídeos apresentados pelo professor, quais estão 
inseridos em “Aulas” na Plataforma Blackboard na página da disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Exercícios 
 
 
 
1) Distinga entre vértice e marco. 
2) O que é um marco testemunho? 
3) Descreva o método de levantamento de medidas e divisas. 
4) Para que serve o levantamento expedito? 
5) Por que temos que realizar o levantamento expedito? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 Referências Bibliográficas 
 
 
 
Bibliografia da aula 02: 
 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016. 
 NBR 13.133/1994 – Execução do Levantamento Topográfico. 
 ROSTAGNO, P. V. Apostila de Topografia II. Faculdade Redentor, 2011. 
 Exercícios propostos pelo professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 Aula 03 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Os levantamentos topográficos específicos são importantíssimos para que se 
possa saber, em obra, quais os elementos necessários e suas informações a 
serem coletadas durante um levantamento topográfico, e, com estas, utilizá-las 
nos projetos de engenharia para que se tenha excelente precisão durante a 
execução de qualquer obra. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Ao final desta aula o aluno deverá saber: 
 
 Realizar a análise de informações de levantamentos diversos; 
 Saber identificar os elementos necessários para um levantamento 
topográfico qualquer; 
 Saber, de acordo com a obra executar os procedimentos topográficos 
para a garantira de uma boa execução topográfica. 
 Saber identificar as cotas topográficas para utilizá-las posteriormente 
no projeto de engenharia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Levantamento Topográfico Específico 
 
29 
 
 
3.1 - INTRODUÇÃO 
 
 
Para dar uma melhor compreensão ao aluno, a noção da grande quantidade 
de projetos de construção que necessitam apreciavelmente dos serviços de 
levantamentos, apresentamos a seguinte lista parcial: 
 Loteamentos residenciais 
 Desenvolvimento local 
 Estradas 
 Valas de drenagem 
 Canalização sanitária e pluvial 
 Bueiros 
 Pontes 
 Aterros 
 Oleodutos 
 Ferrovias 
 Canais 
 Aeroportos 
 Linhas de transmissão 
 Prédios 
 Plantas industriais 
 Reservatórios 
 Estações de tratamento de esgoto e água 
 Barragens 
 Minas subterrâneas 
 Minas a céu aberto 
 
3.2 - LEVANTAMENTOS PRELIMINARES 
 
Ao preparar o projeto para um prédio, os engenheiros necessitam de uma 
planta topográfica do local de modo que a construção e as benfeitorias 
associadas possam ser locadas cuidadosamente. Essas plantas são 
normalmente desenhadas em escalas grandes, como 1:100, 1:200 ou 1:500, 
dependendo das dimensões e da complexidade do projeto. 
30 
 
 
As informações a serem incluídas são os limites da propriedade, cotas para a 
preparação de curvas de nível, locais e tamanhos de prédios existentes no local 
ou nas adjacências, assim como os materiais com os quais foram construídos; 
localização de qualquer objeto imóvel; localização de ruas, meios-fios e calçadas 
existentes; localização de hidrantes; dimensões e localização das tubulações de 
gás, água e esgoto, incluindo localização de bocas de lobo e cotas invertidas (ou 
seja, pontos inferiores no lado interno das circunferências das tubulações); 
localização de linhas de força; linhas telefônicas,postes de iluminação, árvores 
e outros itens. 
Antes que o projeto da estrutura possa começar, a lista mencionada de 
informações necessárias deve ser fornecida para o engenheiro responsável pela 
obra. Os dados, normalmente, serão apresentados em planta. 
O posicionamento do prédio no terreno será baseado na informação 
apresentada na planta topográfica, e o projeto do prédio proposto será 
sobreposto a ela. O desenho final mostrará a localização do prédio com relação 
aos limites da propriedade, ruas, serviços públicos etc. Provavelmente, também 
mostrará como ficarão as curvas de nível finais após concluída a construção. 
Um levantamento preliminar pode incluir o levantamento das estruturas 
existentes no local e talvez estruturas adjacentes à propriedade que podem ser 
afetadas pela nova construção. Tais levantamentos devem ser realizados antes 
de começar a obra. Eles devem incluir medições das coordenadas horizontais e 
verticais das fundações desses prédios de forma que seja possível determinar 
posteriormente se ocorreu qualquer movimento lateral ou vertical durante a 
construção. A esse respeito, deve ser notado que as acomodações continuam 
por alguns anos após o término da construção do prédio e, se os prédios 
existentes no local, ou nas adjacências, são relativamente novos, eles podem 
ainda estar em acomodação. Como consequência, a acomodação que ocorre 
em um prédio existente quando um novo está sendo erguido pode ou não ser 
devida somente à nova construção. 
O levantamento de prédios existentes deve também incluir exames do interior 
e do exterior dos prédios a fim de registrar as suas condições. Por exemplo, 
itens como a localização e o tamanho de rachaduras nas paredes devem ser 
31 
 
 
notados.8 
 
3.2.1 - Piqueteamento De Greides 
Se um projeto é dimensionado para ser construído em cotas específicas, é 
necessário colocar piquetes para guiar o construtor. Uma vez que um greide 
aproximado tenha sido completado, é necessário posicionar piquetes a fim de 
controlar o movimento de terra final. Um “piquete de greide” é uma pequena 
estaca de madeira cravada no terreno até que o seu topo esteja na cota 
desejada para o trabalho final ou até que a cota do topo tenha uma relação 
definida com a cota desejada. Os piquetes de greide são necessários para a de 
esgotos, a pavimentação de ruas, ferrovias, prédios e assim por diante. 
Piquetes convencionais são largamente utilizados para obras 
verticais, enquanto as estacas são utilizadas para obras 
horizontais (similar ao piquete, contudo, tem comprimento de 30 a 40 cm, 
topo com 3x3 cm ou 3x4 cm e tem o lado pintado com o número da estação 
para identificar qual estaca está se trabalhando. 
Quando são realizados cortes de dimensões apreciáveis, pode não ser 
possível cravar piquetes no terreno até que seus topos estejam na cota final 
desejada, porque eles teriam de ser cravados abaixo do terreno ou enterrados. 
Se são previstos aterros de dimensões consideráveis, o topo dos piquetes do 
greide também pode ter que ser colocado muito acima do nível do terreno. 
Nesses casos, o costume é cravar estacas, chamadas de estacas testemunhas, 
em cotas convenientes acima do terreno e pintá-las então com os cortes ou 
aterros necessários para obter as cotas desejadas. É muito útil para o 
empreiteiro quando as estacas são colocadas em alturas tais que os cortes e 
aterros sejam dados em números cheios. 
Para certo ponto, o topógrafo determina a cota requerida e subtrai da altura aI 
do nível. Isso indica qual deve ser a leitura da mira quando o topo do piquete 
estiver na cota desejada. Então, mais ou menos por tentativa e erro, o piquete é 
 
8 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 312 a 314. 
 
32 
 
 
cravado até que a leitura exigida na mira seja obtida quando estiver posicionada 
no topo do piquete. 
Quando os levantamentos de greide estão próximos dos seus valores finais, é 
possível cravar piquetes até que seus topos estejam nas cotas finais 
especificadas. Os piquetes são comumente usados para levantamentos de 
greide ao longo de trechos de rodovias, ferrovias e assim por diante. Algumas 
vezes, os piquetes de greide são colocados no eixo central das rodovias em vez 
de no acostamento, pois se fossem colocados no acostamento poderiam haver 
erros de medição nas faixas adjacentes ao acostamento. Já locados no eixo, 
estes não tem como acontecer. Estes tópicos serão vistos na disciplina Estradas 
I.9 
3.2.2 - Pontos de Referência para Construção 
Todos os piquetes de levantamento, mesmo os mais firmes, são vulneráveis a 
distúrbios durante a construção. Como consequência, é necessário referenciá-
los a outros pontos, de forma que possam ser restabelecidos no caso de serem 
deslocados. Em construção ou em locação, os termos piquetes e estacas são 
muito usados. Uma estaca é usualmente uma peça de madeira de mais ou 
menos 3 × 6 × 45 cm (ou mais comprida) afiada em uma das pontas para 
facilitar seu cravamento no terreno. Um piquete é uma peça de madeira 5 × 5 cm 
de comprimento variável, fixada no solo até que se nivele com o terreno, sobre o 
qual é cravada uma tacha para marcar a posição precisa de um ponto no topo 
do piquete. Normalmente, uma ou mais estacas (testemunhas), nas quais são 
marcadas as identificações de um piquete, são fincadas parcialmente no solo, 
ao lado dos piquetes. As estacas podem também ser sinalizadas com 
bandeirolas. 
Na construção de estradas, é comum referenciar uma amarração a cada 10 
estacas (ou 200 m), em tangentes longas, assim como os pontos iniciais e finais 
de curvas e os pontos de interseção das retas tangentes às curvas. Para a 
construção de prédios, é convencional referenciar os vértices dos prédios e até 
os vértices das propriedades, se eles correrem risco de ser removidos. 
 
9 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 315. 
 
33 
 
 
As referências usadas devem ser, em geral, permanentes. As marcações 
podem consistir em cruzes ou pontos gravados em pisos de concreto, meios-
fios, calçadas, ou em pregos cravados no asfalto. Outros tipos são piquetes de 
madeira com seção maior, pregos em árvores ou feições existentes, tais como 
vértices de prédios. Uma desvantagem dos últimos dois tipos de ponto é que 
não se pode instalar tripés sobre eles. Algumas vezes, as referências podem ser 
demarcadas sobre um meio-fio, pavimento ou parede com tinta vermelha. Além 
disso, as direções são frequentemente escritas sobre o pavimento, descrevendo 
como encontrar as marcas, estejam elas sobre o pavimento, parede ou em 
qualquer outro local. 
É conveniente colocar um número suficiente de pontos de referência de forma 
que, se alguns deles forem perdidos, o ponto referenciado possa ainda ser 
reposicionado. Aconselha-se registrar pontos importantes e descrevê-los em 
anotações de campo, caso as marcações sejam apagadas ou os próprios pontos 
de referência sejam danificados. 
É muito comum os piquetes serem arrancados de um loteamento, 
pois quando ainda há serviços de terraplanagem em execução. 
Com isso da importância das anotações de campo, porque sem elas o 
serviço de “piqueteamento” deverá ser realizado todo novamente e o 
levantamento topográfico será em vão. 
Se as distâncias entre os pontos levantados e suas amarrações podem ser 
mantidas a menos de 2 m, os pontos podem ser restabelecidos rápida e 
facilmente com metro articulado e um fio de prumo. Caso os pontos de 
referência sejam colocados a distâncias maiores, será necessário usar uma 
trena e talvez uma estação total para verificar e reposicionar os pontos da 
construção. Provavelmente, quase todos os pontos de construção serão 
danificados pelo menos uma vez (talvez muitas vezes) durante o processo de 
construção. Por isso, o topógrafo precisa posicionaros pontos de referência 
cuidadosamente, de forma que, se forem danificados, possam ser facilmente 
restabelecidos. É sempre desejável colocar estacas testemunhas e bandeirolas 
em torno de pontos importantes das construções. Além dessas precauções, é 
ainda necessário fazer verificação contínua de alinhamento e de posições. Caso 
contrário, alguns dos trabalhos de construção podem ser posicionados 
34 
 
 
incorretamente, resultando em possível remoção e reposicionamento de 
edificações já construídas a custo potencialmente elevado. 
Um método muito comum de levantar pontos de referência é ilustrado na 
figura 02. Nessa figura, são usados três pontos de referência; se o ponto 
levantado for danificado ou removido, ele pode ser restabelecido fazendo um 
arco com uma trena de aço (na horizontal) com centro em cada um dos pontos 
de referência. A vantagem de manter os pontos de referência e os pontos 
levantados distantes de, no máximo, um comprimento de uma trena é óbvia (2 m 
é até melhor, como descrito previamente). Para proteger os piquetes e tornar 
mais fácil a sua localização, é desejável cravar estacas inclinadas sobre seus 
topos. 
Um método conveniente e frequentemente usado para referenciar vértices de 
prédios é mostrado na figura 03. É desejável, sempre que possível, instalar 
pontos de referência afastados a distâncias iguais do ponto levantado que está 
sendo referenciado, de modo que não tenha que ser usada nenhuma anotação 
para reposicioná-lo. 
 
Figura 02 – Pontos de Referência (McCORMAC, 2016) 
 
Anotações do Aluno: 
35 
 
 
 
Figura 03 – Pontos de referência a distâncias iguais (McCORMAC, 2016). 
 
É mais rápido instalar pontos de referência aleatórios, como mostrado na 
figura 04, para fazer uso de objetos relativamente permanentes como árvores, 
prédios, pavimentos ou postes nas proximidades. Para restabelecer pontos de 
levantamento a partir dessas referências, é recomendável usar, no mínimo 03 
(três) ajudantes, de forma que as medidas possam ser feitas simultaneamente 
de ambos os pontos de referência.10 
 
 
Figura 04 – Referência aleatória. 
 
 
 
10 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 315 a 317. 
 
36 
 
 
3.3 - LOCAÇÃO DE PRÉDIOS 
 
O primeiro passo para locar um prédio é identificar os limites da construção 
sobre o terreno. Muitas cidades têm normas de construção que especificam 
certas distâncias mínimas permissíveis dos limites do terreno às fachadas dos 
prédios. As finalidades dessas normas são promover o crescimento organizado, 
melhorar a estética e reforçar a proteção contra incêndio. A equipe de topografia 
instala os piquetes de alinhamento, com direções e distâncias medidas a partir 
dos prédios existentes, ruas ou meios-fios, de maneira que a estrutura seja 
erguida na posição planejada. 
Depois de posicionar apropriadamente o prédio, é necessário demarcar o 
local da edificação com as dimensões corretas. Isso é importante, 
particularmente mais ainda quando algum ou todos os componentes dos prédios 
são pré-fabricados e montados posteriormente “in loco”. Na maioria dos 
levantamentos de edificações residenciais, a locação pode consistir apenas no 
levantamento das fundações, porque o empreiteiro da obra será capaz de obter 
todas as outras medições a partir dessas fundações. As construções comerciais 
e industriais requerem uma locação detalhada e estacas de controle, devido à 
duração do projeto de construção e ao tamanho do projeto. 
É obviamente crítico para um trabalho de construção que todas as partes da 
estrutura sejam posicionadas nas cotas projetadas. Para atingir esse objetivo, o 
topógrafo estabelecerá uma ou mais referências de nível nas proximidades 
gerais do projeto. Essas referências de nível são posicionadas fora das 
proximidades imediatas do prédio, de modo que não sejam destruídas pelas 
operações de construção, sendo usadas para viabilizar o controle vertical para o 
projeto. Uma vez instaladas, o topógrafo estabelecerá um bom número de 
referências de nível menos permanentes e mais acessíveis, mais próximas ao 
projeto (na ordem de 30 a 60 m). A posição desses pontos menos permanentes 
deve ser cuidadosamente selecionada, de forma que não sejam necessários 
pontos de mudança quando tiverem que ser locadas as cotas do projeto. Essa 
seleção cuidadosa dos pontos pode resultar em economia crítica de tempo, o 
que é importante nos projetos de construção. 
37 
 
 
Para grandes projetos de construção, é desejável estabelecer as cotas com 
base nos valores do nível médio do mar, qual é importante também para obras 
subterrâneas. Caso seja usado uma cota arbitrária, suas cotas deverão ser 
suficientemente grandes para que não ocorra nenhuma cota negativa no projeto, 
o que não é conveniente em topografia. 
Outra ideia que pode poupar um tempo considerável consiste em estabelecer 
uma posição permanente para instalação do nível, de forma que o instrumento 
possa ser instalado na mesma posição todos os dias. Um modo de fazer isso é 
ter encaixes fixos para os pés do tripé, construídos sobre uma calçada de 
concreto, pavimento ou uma base plana de concreto especialmente posicionada. 
Assim, a altura do instrumento nível sempre será a mesma se forem usados os 
mesmos instrumento e tripé, e a leitura da mira, para qualquer posição desejada 
(por exemplo, o nível de um pavimento), será constante. 
Algumas vezes, um pilar especial de concreto para instalação do nível pode 
ser justificável para um trabalho grande. Também se aconselha uma plataforma 
quando é necessário verificar constantemente prédios existentes nas 
proximidades quanto a possíveis acomodações do solo (recalques) durante o 
progresso da nova construção. Isso é importante durante escavações, 
especialmente se houver muita vibração ou explosões. Um conjunto de alvos 
pode ser fixado nos prédios próximos, o nível é instalado em um ponto fixo, e a 
luneta é usada para checar rapidamente se houve qualquer recalque por meio 
de visadas aos alvos. Desse modo, é necessário usar o mesmo instrumento e o 
mesmo tripé (pernas rígidas, não ajustáveis) todos os dias. É necessário, 
também, verificar frequentemente as cotas das RNs (referências de nível) 
permanentes, comparando-as com as RNs em volta, que estão fora da influência 
das atividades da construção. 
Mais tarde, durante a construção, pode ser conveniente estabelecer uma RN 
em um ponto nas paredes ou em outra parte do prédio e usar esse ponto para 
medir ou atribuir cotas na estrutura. Além disso, outros pontos de referência 
podem ser instalados dentro do prédio nos quais maquinarias ou outros itens 
podem ser apropriadamente posicionados quando o prédio estiver fechado. Isso 
é feito instalando pontos de referência feitos de latão ou discos fixados no piso 
ou em outros pontos no prédio. Uma vez levantadas as paredes, o topógrafo não 
38 
 
 
conseguirá realizar longas visadas de pontos de referência do lado de fora do 
prédio.11 
 
2.4 - LINHAS DE REFERÊNCIA 
Antes que as medições efetivas de locação comecem, é necessário 
estabelecer cuidadosamente linhas de referência ou linhas de base. Para 
grandes projetos de construção, o procedimento usual é instalar uma linha de 
base principal sobre a linha central da estrutura e assentar estacas ou piquetes 
(preferencialmente, de 3 × 3 cm ou maiores) com tachas, a intervalos que não 
excedam 30 m. Espera-se que esses piquetes permaneçam nessas posições 
por algum tempo durante a construção. Se forem atribuídos números de 
estações aos pontos, eles devem ser preferencialmente números grandes, de 
modo que não seja necessária nenhuma estação negativa nas extremidades do 
sistema de controle do levantamento. 
Neste caso, deve-se utilizar, preferencialmente as estacas, pois são 
bem mais eficientes que os piquetes para a situação proposta. 
Anota-se o número da estaçãoe confecciona-se o mapa de estacas 
para o empreendimento em questão. 
Além disso, são instalados marcos permanentes sobre a linha central, após 
as extremidades da área do trabalho de construção. As extremidades da linha 
são materializadas com marcos de concreto pesados, moldados no local, com 
chapas de metal embutidas em seus topos. Os marcos das extremidades da 
linha podem ser ocupados pelo topógrafo, permitindo-lhe verificar e reposicionar, 
se necessário, pontos dentro da área de construção. 
Uma linha de base central será afetada tão frequentemente durante a 
construção que é comum estabelecer uma linha de base secundária, paralela à 
linha central, mas a alguma distância dela. Na verdade, algumas vezes podem 
ser estabelecidas duas linhas de referências adicionais, uma na frente da 
construção e outra atrás. 
 
11 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 317 a 324. 
 
39 
 
 
A figura 05 mostra uma linha de referência estabelecida em um lado do 
prédio. Ao longo dessa linha são instalados os piquetes necessários para 
permitir ao topógrafo locar ou alinhar os cantos ou outras feições importantes do 
prédio. Uma vez definidos os cantos de um prédio, é essencial que sua 
localização seja cuidadosamente verificada.12 As linhas tracejadas servem para 
conferir se a locação está correta, qual veremos na aula 05. 
 
Figura 05 – Locação da fundação de um prédio (McCORMAC, 2016). 
Quando é necessário fornecer constantemente alinhamento para pontos em 
uma construção cujas marcas de referências tenham sido alteradas, o 
procedimento descrito e ilustrado na figura 05 tem a desvantagem de necessitar 
da instalação do instrumento e girá-lo em ângulos de 90° todas as vezes que um 
ponto é necessário. É preferível usar um sistema em que os pontos importantes 
da construção possam ser conferidos ou restabelecidos meramente pela visada 
entre dois pontos ou esticando um fio ou uma linha entre eles. Tal sistema é 
ilustrado na figura 06. Para esse prédio, uma linha de referência e uma linha 
auxiliar foram estabelecidas juntamente com os pontos auxiliares mostrados. 
Quando possível, é desejável fixar ou pintar alvos sobre as paredes dos prédios 
existentes, em vez de materializar pontos auxiliares no solo. Tais alvos são bem 
menos propensos a ser destruídos do que os piquetes no solo.13 
 
 
12 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 318 a 319. 
13 K. Royer, Applied Field Surveying (New York: John Wiley & Sons, Inc., 1970), p. 124 
40 
 
 
 
Figura 06 – Locação da fundação de um prédio (McCORMAC, 2016). 
 
3.4 - MÉTODOS DE ESTAQUEAMENTO RADIAL 
Muitos projetos de construção hoje são preparados com base em sistemas de 
controle radial. Com esse tipo de sistema, os pontos de controle são instalados 
em locais adequados, em torno do local de trabalho e usados para locar pontos 
importantes da estrutura. Esses últimos pontos são locados pela medição de 
ângulos e distâncias a partir dos pontos de controle previamente instalados. 
O método radial é muito eficiente para locar um grande número de pontos, 
particularmente quando são usadas estações totais. Para locar um projeto de 
construção, um ou mais pontos de controle são estabelecidos no local de 
trabalho ou nas proximidades. Então, as coordenadas dos vários pontos 
desejados são determinadas a partir das plantas do projeto. Finalmente, os 
ângulos e distâncias dos pontos de controle são calculados e locados no campo. 
As estações totais podem ser usadas para fazer esses últimos cálculos. Esse 
método de controle de levantamento é particularmente útil em edificações de 
41 
 
 
formato circular ou curvilíneos como tanques, silos, domos, arenas, ou estruturas 
cilíndricas para contenção industrial.14 
 
3.5 - LEVANTAMENTO AS-BUILT 
Os levantamentos as-built (como construídos) são realizados após o término 
do projeto de construção para fornecer as posições e as dimensões dos objetos 
do projeto, do modo como eles realmente foram construídos. Esses 
levantamentos não somente oferecem um registro do que foi construído, mas, 
também, permitem uma verificação da qualidade, para ver se o trabalho foi feito 
de acordo com a concepção do projeto. Os marcos de controle para o projeto 
são verificados e reajustados ou recolocados, se necessário. É essencial 
proteger esse sistema de controle tanto quanto possível, caso haja futura 
modificação ou expansão do projeto. 
A partir dos pontos de controle horizontais e verticais, é preparado um mapa 
detalhado mostrando todas as mudanças realizadas durante a construção. Um 
projeto de construção usual é sujeito a inúmeras modificações dos planos 
originais, em função de modificações do projeto e de problemas encontrados no 
campo, tais como tubulações subterrâneas, condições inesperadas para 
fundações e outras situações não previstas. 
Níveis a laser são particularmente úteis para conduzir levantamentos as-built. 
Um exemplo é a verificação das cotas e declividades para drenagem. Após 
instalar um nível a laser, uma pessoa pode andar ao longo da obra com uma 
caderneta de campo e conferir as cotas. 
O leitor deve notar que isso é necessário para levantamento de oleodutos, 
redes de esgoto e outras estruturas subterrâneas, antes de elas serem 
aterradas, de forma que suas posições corretas sejam determinadas, tanto 
horizontal quanto verticalmente. Além disso, esses levantamentos devem 
mostrar as localizações de tubulações existentes não previstas, estruturas e 
outras feições que são encontradas na escavação. Levantamentos as-built são 
 
14 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 320. 
 
42 
 
 
documentos muito importantes e devem ser preservados para uso em reparos, 
modificações e ampliações futuros. 
 
3.6 – LEVANTAMENTOS ESPECÍFICOS DE OBRAS 
3.6.1 – Planejamento dos Serviços 
Com base em uma planta da Prefeitura ou levantamento por 
aerofotogrametria, deverá ser demarcada a área a ser levantada, a localização 
dos marcos importantes, tais como praças, ETAs, postes, etc. 
A partir destes dados, deve ser planejada a implantação dos novos pares de 
marcos que serão os pontos de partida e fechamento das poligonais 
topográficas a serem implantadas. 
3.6.2 - Montagem das Poligonais 
Deverão ser utilizados pares de receptores de GPS para levantamentos 
estáticos. As poligonais de GPS deverão ser enquadradas ou fechadas. 
 
3.6.3- Levantamento Planialtimétrico Cadastral de Ruas 
O levantamento será efetuado pelo eixo das ruas, sendo pontos obrigatórios 
todos os cruzamentos de ruas e os pontos notáveis, tais como partes altas ou 
baixas existentes no traçado da rua, bem como bueiros, pontes e drenagens que 
atravessarem a rua. 
 
Anotações do Aluno: 
43 
 
 
 
Figura 07 – Locação de uma rua. (ROSTAGNO,2011). 
 
Nota-se que o topógrafo, conforme a figura 07, faz o nivelamento preciso da 
inclinação da rua com o apoio da máquina, ou seja, se vai levantar o seu greide15 
ou não. 
A distância máxima entre dois pontos coletados não poderá ser maior que 
120 m e em trechos curvos de ruas deverão ser coletados pontos suficientes 
para reproduzir fielmente o traçado das mesmas. 
Deverão ser levantados todos cantos de quadras e os cantos de lotes ao 
longo do contorno da quadra, de forma a reproduzir fielmente o traçado urbano 
dos lotes e das ruas. No caso de ruas pavimentadas, serão levantados também 
os meios-fios de forma a definir a caixa da rua e o contorno das quadras. 
3.6.4- Deverão ser coletadas na forma de croquis: 
 A posição relativa de cada imóvel em relação ao lote; 
 O nome da rua; 
 A localização de rios, riachos, canais e córregos; 
 
15 Greide é o perfil longitudinalde uma via. 
44 
 
 
 A localização, material, diâmetros e cotas das galerias pluviais que cortam 
transversalmente as ruas; 
 O tipo de pavimentação, classificados em: sem pavimento, lajota, 
paralelepípedo, concreto e asfalto. 
3.7 – LEVANTAMENTO DE BARRAGENS 
 Cota das ombreiras; 
 Cota do vertedouro; 
 Cota da descarga; 
 Cota da saída da adutora; 
 NA com data e hora; 
 Cota da tomada d’água. 
 3.8 - LEVANTAMENTO DE ESTAÇÕES DE RECALQUE (Estações 
elevatórias de Água – EEA e Estações Elevatórias de Esgoto – EEE) 
 Cota do piso; 
 Cota do eixo da bomba; 
 Cota do topo, fundo e NA do poço de sucção; 
 Cota do topo, fundo e eixo da tubulação do barrilete. 
3.9 - LEVANTAMENTO DE ETA (Estação de Tratamento de Água) E ETE 
(estação de Tratamento de Esgoto) 
 Cota do piso de cada andar; 
 Cota do NA de entrada; 
 Cota de saída do tanque de contato. 
3.10 - LEVANTAMENTO DE RESERVATÓRIO 
 Cota da laje superior; 
 Cota do fundo; 
 Cota do extravasor; 
 Cota da tubulação de entrada; 
 Cota da tubulação de saída; 
 Cota do topo, fundo e eixo da tubulação do barrilete. 
45 
 
 
3.11- LEVANTAMENTO DE LOTES URBANOS 
No caso de lotes urbanos, o terreno deverá ocupar completamente um ou 
mais lotes, dependendo das necessidades, não deixando áreas residuais. 
Deverão ser ainda levantadas: 
 A rua onde se situa a frente do lote; 
 As ruas transversais a rua onde se situa o lote, de forma a definir 
precisamente a sua localização; 
 Nome do proprietário e dos extremantes; 
 Outros dados pertinentes. 
 Levantar todas as benfeitorias existentes nos lotes a desapropriar; 
 Levantar e definir áreas alagadiças e de mata, se houverem; 
 Nome do proprietário e dos extremantes; 
 Outros dados pertinentes. 
3.12 - LOTES RURAIS OU GLEBAS URBANAS 
Deverá estar inclusa no levantamento a estrada de acesso, que se fizer 
necessária para o terreno, a partir das vias públicas. Sempre que possível o 
acesso deverá ser junto a uma das extremas do terreno. Deverão ser ainda 
levantadas: 
 Áreas de vegetação ou de cultura, se existirem; 
 Benfeitorias existentes nas áreas a desapropriar; 
 Áreas alagadiças e os níveis de enchente, se houverem; 
 Nome do proprietário e dos extremantes; 
 Outros dados pertinentes.16 
 
Anotações do Aluno: 
 
 
 
16 Disponível em http://www.casan.com.br/ckfinder/userfiles/files/Documentos_Download/ 
Topografia_3 Edicao.pdf, acessado em 07/05/2017. 
46 
 
 
 Resumo 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 Os levantamentos topográficos preliminares de uma obra qualquer; 
 O piqueteamento, para que serve e a sua importância no planejamento de 
um empreendimento através do levantamento topográfico; 
 Os pontos de referência para uma construção, qual será visto com mais 
precisão na aula 05; 
 As informações mais importantes para levantamentos topográficos de 
obras específicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 Complementar 
 
 
 
Para enriquecer seu conhecimento é importante que você: 
 
 Revise a aula através do material complementar sugerido pelo professor; 
 Assista por completo os vídeos apresentados pelo professor, quais estão 
inseridos em “Aulas” na Plataforma Blackboard na página da disciplina. 
 Consulte a bibliografia da disciplina, pois boa parte do conteúdo aqui 
apresentado também estão disponíveis nas mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 Exercícios 
 
 
 
1) Explique, com suas próprias palavras, qual a importância de sabermos o que 
é preciso, no que diz respeito ao levantamento topográfico, em uma obra 
qualquer? 
2) Qual a diferença entre piquete e estaca? 
3) Por que as estacas devem ser numeradas? 
4) Qual importância da utilização dos piquetes na localização das fundações? 
5) Qual a importância do aparelho nível ótico no levantamento topográfico de 
ruas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 Referências Bibliográficas 
 
 
 
Bibliografia da aula 03: 
 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016. 
 NBR 13.133/1994 – Execução do Levantamento Topográfico. 
 ROSTAGNO, P. V. Apostila de Topografia II. Faculdade Redentor, 2011. 
 K. Royer, Applied Field Surveying, New York: John Wiley & Sons, 1970. 
 http://www.casan.com.br/ckfinder/userfiles/files/Documentos_Download/Topog
rafia_3 Edicao.pdf, acessado em 07/05/2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 Aula 04 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Os exercícios aqui apresentados são mais elaborados, bem como podem 
estar na prova ou na APS, portanto, é de fundamental importância o aluno estar 
focado nos mesmos, pois são elaborados para que o aluno faça uma análise 
muito técnica dos mesmos a partir do aprendizado adquirido através dos vídeos, 
bem como da leitura do material complementar. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Ao final desta aula o aluno deverá saber: 
 
 Realizar os exercícios de levantamentos topográficos específicos; 
 Analisar criteriosamente qual procedimento topográfico deve-se fazer 
para a situação hipotética descrita no exercício; 
 Desenvolver a técnica de realização do exercício através do 
conhecimento adquirido ao longo do curso; 
 Saber questionar e solucionar os problemas com rapidez abordando o 
conhecimento adquirido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exercícios – Levantamento Topográfico Específico 
 
51 
 
 
1) Explique, com suas próprias palavras, a importância de se fazer um 
levantamento topográfico para loteamentos urbanos, no que diz 
respeito ao crescimento urbano ordenado e suas diretrizes de 
implantação. 
 
Os loteamentos devem ser ordenados, para que suas redondezas se 
desenvolvam também de forma ordenada, ou seja, tenha um planejamento 
viário, circulação de pedestres, mobilidade e acessibilidade. Para sua 
implantação é necessário que se tenha infraestrutura adequada como luz, 
rede de água, esgoto, pluvial e o calçamento. 
 
2) Ao iniciar um levantamento planialtimétrico, é tecnicamente mais 
indicado? 
 
É indicado conhecermos a região, sempre realizando um levantamento 
expedito, levantando as benfeitorias e também as divisas por onde o 
levantamento será feito. 
 
3) Quais são os procedimentos (em nível de projeto) a serem adotados 
quando realizamos um levantamento topográfico em um terreno 
qualquer? 
 
Levantamento expedito, levantamento topográfico, estudos ambientais, 
anteprojeto, projeto básico, projeto executivo e projetos complementares 
(estrutural, elétrico, hidrossanitário, pavimentação, incêndio, telefônico, SPDA 
– Sistema de proteção contra descarga atmosférica, vulgo para-raios). 
 
4) Em um prédio com 10 (dez) andares, o que é preciso fazer, 
topograficamente, para de ter um sistema de distribuição de água 
potável eficiente? 
 
O ideal é que na distribuição de água potável logo após a caixa d’água, se 
tenha um barrilete com registros individuais, pois se houver um problema de 
vazamento em alguma unidade habitacional, não é necessário interromper o 
fornecimento em todo o prédii, apenas na unidade em questão. 
 
 
5) Em uma obra de uma via qualquer, quais os procedimentos topográficos 
a serem adotados para a confecção do perfeito traçado em nível de 
projeto? 
 
Realizar o levantamento cadastral de ruas, pois com este, poderemos ter uma 
noção de como utilizaremos o nível ótico e como será o apoio da 
motoiveladora (patrol) para a movimentação de terra. Se for terra nua, marcos 
de estacas são cravados no chão para determinar o “off-set”, que é o espeço 
máximo onde as maquinas realizarão o seu trabalho. 
 
52 
 
 
6) Nos levantamentos topográficos específicos, em especial os 
reservatórios superiores de edifícios, temos o chamado “Barrilete”. 
Qual a importância de se conhecer as cotas topográficas deste 
elementohidráulico neste tipo de edificação? Justifique a sua resposta 
utilizando as suas próprias palavras. 
 
Para conhecermos as vazões de jusante das unidades consumidoras. O 
barrilete tem a função de distribui a água de forma uniforme para todos os 
pontos de água existentes. 
 
7) Para que se possa fazer o projeto de um edifício, será necessária a 
contratação de um levantamento topográfico que contenha os limites e 
confrontações do terreno, sua orientação e as cotas desses pontos de 
perímetro. Explique, com suas próprias palavras, como será feito este 
tipo de levantamento topográfico. 
 
Será eito com piquetes cravados no chão para locar os pontos de fundação, 
bem como devemos fazer o levantamento expedito, para saber se o terreno é 
em aclive ou declive, se precisará de corte ou aterro, bem como quais os 
equipamentos e maquinários para a realização do mesmo: nível, teodolito, 
escavadeira, patrol, rolo compactador, etc. 
 
8) Levantamentos topográficos representam o conjunto de métodos 
destinados a medições de ângulos e de distâncias com instrumental 
adequado à exatidão pretendida. A respeito do assunto, diga se os itens 
abaixo são verdadeiros ou falsos. Caso o item seja falso, justifique com 
suas próprias palavras o mesmo. Caso o item não contenha a 
justificativa, o item será considerado incorreto. 
I - Levantamento topográfico expedito: constitui-se de um 
levantamento exploratório do terreno com a finalidade de 
reconhecimento, prevalecendo os critérios de exatidão. 
Falso. Não prevalecem os critérios de exatidão. 
II - Levantamento topográfico planimétrico: levantamento dos limites e 
confrontações de uma propriedade, pela determinação do seu 
perímetro. 
Verdadeiro. 
III - Levantamento topográfico planialtimétrico: levantamento 
topográfico altimétrico acrescido da determinação planimétrica do 
relevo do terreno e da drenagem natural. 
Verdadeiro. 
 
Anotações do Aluno: 
 
 
53 
 
 
IV - Levantamento topográfico altimétrico: levantamento que objetiva a 
determinação das alturas relativas a uma superfície de referência, 
pressupondo-se o conhecimento de suas posições planimétricas, 
visando à representação planimétrica da superfície levantada. 
Falso. ... o conhecimento de suas posições altimétricas... 
V - Levantamento topográfico planimétrico cadastral: levantamento 
planialtimétrico acrescido da determinação planimétrica da posição de 
certos detalhes visíveis ao nível e acima do solo e de interesse à sua 
finalidade. 
Falso. Levantamento planimétrico acrescido.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 Resumo 
 
 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
 Exercícios sobre diversos tipos de levantamentos específicos; 
 Exercícios sobre conceitos de levantamento expedito trazidos a esta aula; 
 Exercícios sobre conceitos de levantamento topográfico trazidos a esta 
aula; 
 Exercícios com nível de dificuldade de prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 Complementar 
 
 
 
Para enriquecer seu conhecimento é importante que você: 
 
 Revise a aula através do material complementar sugerido pelo professor; 
 Assista por completo os vídeos apresentados pelo professor, quais estão 
inseridos em “Aulas” na Plataforma Blackboard na página da disciplina. 
 Consulte a bibliografia da disciplina, pois boa parte do conteúdo aqui 
apresentado também estão disponíveis nas mesmas. 
 Refaça os exercícios sozinho, pois estes são de nível de prova; 
 Faça todos os exercícios da bibliografia sugerida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 Exercícios 
 
 
 
1) Por que os piquetes são mais utilizados para obras verticais? 
2) Quais os procedimentos para se realizar um levantamento de um 
“Shopping Center”? 
3) Porque os procedimentos de levantamento das ETA’s são igual ao das 
ETE’s? 
4) Quais os procedimentos de levantamento de loteamentos urbanos? 
5) Qual a diferença entre os levantamentos de loteamentos urbanos e 
rurais? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 Referências Bibliográficas 
 
 
 
Bibliografia da aula 04: 
 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016. 
 NBR 13.133/1994 – Execução do Levantamento Topográfico. 
 ROSTAGNO, P. V. Apostila de Topografia II. Faculdade Redentor, 2011. 
 BORGES, Alberto de Campos. Topografia Aplicada à Engenharia Civil, 
volumes 1 e 2. Editora Blucher, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 Aula 05 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Nesta aula o aluno irá aprender como se loca uma obra qualquer, bem como 
se desenvolve tecnicamente um mapa de fundação, bem como quais são os 
procedimentos topográficos de execução da locação e como se faz as 
conferências em obra 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Ao final desta aula o aluno deverá saber: 
 
 Os procedimentos de locação de uma obra; 
 Realizar a análise do mapa de fundação para a locação de seus 
elementos; 
 Os procedimentos de uma obra subterrânea; 
 Como locar paredes, viadutos, pontes, túneis e prédios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Locação de Obras 
 
59 
 
 
5.1 – INTRODUÇÃO 
 
Locação é a operação inversa do levantamento. No levantamento, também 
chamado de medição, o profissional vai ao terreno obter medidas de ângulos e 
distâncias para, no escritório, calcular e desenhar. Na locação, também 
chamada de marcação, os dados foram elaborados no escritório através de um 
projeto. O projeto da obra, no entanto, deverá ser implantado no terreno. Para 
isso, o profissional, munido dos dados do projeto, irá locá-los no terreno. 
Significa que o sucesso da obra depende de duas atividades bem executadas, 
para que resulte exatamente como foi projetada: um correto levantamento e de 
uma boa locação. Muitas vezes são encontradas dificuldades na locação, porém 
o erro inicial foi do levantamento que forneceu ao projetista uma forma do 
terreno que não coincide com a forma real. 
Basicamente a locação pode ser efetuada usando-se os dois sistemas de 
coordenadas universais: os retangulares e os polares. Como regra geral, 
podemos dizer que as coordenadas polares (cartesianas) são melhores para 
locar alinhamentos, e as coordenadas polares (direção e distância) para locar 
pontos. Para caracterizar melhor a aplicação destes dois sistemas de 
coordenadas nas locações, vamos abordar diferentes tipos de obras.17 
 
5.2 - LOCAÇÕES DE OBRAS DIVERSAS 
 
5.2.1 – Locação de Edifícios 
 
 Os projetos de edifícios comumente compõem-se de paredes divisórias e 
limítrofes alinhadas. Quer dizer que os alinhamentos são a base do projeto. 
Então o uso das coordenadas retangulares é mais favorável.18 
 
Anotações do Aluno: 
 
 
 
17 BORGES, Alberto de Campos BORGES, Alberto de Campos. Topografia Aplicada à Engenharia 
Civil, volume 2. Editora Blucher, 2010, p. 219. 
18 BORGES, Alberto de Campos BORGES, Alberto de Campos. Topografia Aplicada à Engenharia 
Civil, volume 2. Editora Blucher, 2010, p. 219 a 220. 
 
60 
 
 
 
 
Figura 08 – Planta de Detalhe (BORGES, A. C., 2010) 
 
5.2.2 – Locação de Estacas 
 
 Para se localizarem os diversos detalhes de um projeto sobre o terreno, o 
faremos pelas paredes que aparecem na planta. Porém desde que haja 
necessidade de estaqueamento, a posição da estaca deve ser fixada 
inicialmente. Só depois do estaqueamento pronto iremos locar as paredes. 
Devemos lembrar que o bate-estacas, como máquina extremamente pesada, e 
que é transportada arrastando-se no terreno, ira desmanchar qualquer locação 
prévia das paredes. Para locação das estacas, convém preparar uma planta 
deste detalhe, tal como aparecem na figura 08. Deve-se notar a preocupação de 
se escolher uma origem para eixos de coordenadas ortogonais e as distâncias 
marcadassobre eles serão, portanto, acumuladas desde a referida origem. 
 
61 
 
 
 
 As estacas devem estar sempre dispostas em cota acumulada, ou 
seja, a locação da cota de cada elemento de fundação sempre terá 
seu “zero” no gabarito (tabeira), para que não ocorram erros das medidas, 
como o famoso “eixo a eixo” nos elementos estruturais. 
 
Nas construções, onde existe estrutura de concreto, caberá ao escritório de 
cálculo o fornecimento da planta de locação das estacas. No local, 
providenciamos a colocação de tábua ou sarrafo em volta de toda a área de 
construção formando um retângulo, por exemplo. O sarrafo deve ser colocado 
inteiramente nivelado. 
 
Figura 09 – Planta de obra (BORGES, A. C., 2010). 
 
Anotações do Aluno: 
62 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Implantação de um imóvel (BORGES, A. C., 2010). 
 
 
Sobre o sarrafo serão medidas as diversas distâncias marcadas na planta, 
fixando por intermédio de cravação de pregos os mesmos pontos nos lados 
opostos do retângulo. Isto faz com que uma estaca exija a colocação de quatro 
pregos sobre o sarrafo, como mostra a figura 11. Nas figuras 12 e 13 é mostrado 
como é a construção do gabarito (tabeira) e a disposição dos pregos. A estaca X 
tem seu local fixado pela interseção de duas linhas esticadas: uma do prego 1 
ao prego 1 e outra do prego 2 ao prego 2. Caso haja diversas estacas no 
mesmo alinhamento, o mesmo par de pregos servirá para todas elas. Depois de 
terminada a cravação de todos os pregos necessários, iremos esticando linhas 2 
a 2 e as interseções estarão no mesmo prumo do local escolhido pelo projeto 
para a cravação da estaca. Porém, como o cruzamento das linhas poderá estar 
63 
 
 
muito acima da superfície do solo, por intermédio de um prumo levamos a 
vertical até o chão e nele cravamos pequena estaca de madeira (piquete), 
geralmente com 3x3 cm de seção. Este piquete deverá ser pintado com uma cor 
para a identificação do mesmo. O piquete deve ser cravado até o nível do chão, 
para que o bate-estacas não o arranque ao passar sobre ele. 
 
 
Figura 11 – Disposição dos pregos (BORGES, A. C., 2010). 
 
 
 
Figura 12 – Gabarito / Tabeira (McCORMAC, 2016). 
 
 
Quando se trata de edificação de casa térrea (só 1 pavimento) ou sobrado (2 
pavimentos), a colocação da tábua ou sarrafo corrido pode prever a necessidade 
de futuros andaimes. A planta (figura 09) representa o pavimento térreo de uma 
64 
 
 
construção. Não há a preocupação de representar portas e janelas e nem definir 
a utilidade de cada compartimento. As medidas constantes na planta 
representam as distâncias livres, isto é, de face a face de paredes. A planta de 
obra (figura 09), geralmente em escala 1:50 ou mesmo 1:100, não pode conter 
incoerências ou erros, o seja, as distâncias parciais somadas devem resultar a 
distância total. No exemplo, a seção A-A temos: 2,00 + 3,00 + 3,15 + 3,20 +0,65 
= 12,00 m (largura do lote); 0,65 m é a somatória das espessuras das paredes 
0,25 + 0,15 + 0,25. 
 
 
Figura 13 – Gabarito mostrando os fios e as cotas do primeiro pavimento19 (McCORMAC, 2016). 
 
A tábua ou sarrafo que deve circundar a área construída terá as dimensões 
conforme a figura 10. A tábua ou sarrafo que deverá circundar o contorno da 
área a ser construída com um afastamento de 1,50 m para futuras “passarelas” 
dos andaimes. 
Para a pregagem da tábua corrida, serão cravados no solo pontaletes de 
pinho (3” x 3”). Esses são os pontaletes usados normalmente como escoramento 
das lajes. A figura 14 representa a colocação dos pontaletes e da tábua corrida. 
Os pontaletes serão cravados cerca de 0,60 m no solo para melhor fixação e 
espaçados cerca de 2,50 m, para que os vãos das tábuas das passarelas de 
andaime tenham resistência.20 
 
Anotações do Aluno: 
 
19 McCORMAC, Jack. Topografia. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2016, p. 321. 
20 BORGES, Alberto de Campos BORGES, Alberto de Campos. Topografia Aplicada à Engenharia 
Civil, volume 2. Editora Blucher, 2010, p. 220 a 223. 
 
65 
 
 
 
 
 
Figura 14 – Pontaletes e tábua corrida (BORGES, A. C., 2010). 
 
 
5.2.3 – Locação de Paredes 
 
Tanto na colocação de paredes como a das estacas deve de preferência ser 
executada pelo próprio engenheiro. Uma locação malfeita trará desarmonia 
entre o projeto e a execução, cujas consequências poderão ser bem graves. 
Caso se possa contar com um mestre-de-obras de certa capacidade, quando 
muito poderíamos aceitar a sua locação, desde que por nós verificada nas suas 
partes básicas (esquadros perfeitos e comprimentos totais exatos). 
Ao marcarmos as posições das paredes, devemos fazê-la pelo eixo, para que 
se tenha distribuição racional das diferenças de espessura da parede, no 
desenho e na realidade. Nas plantas, é hábito desenhar as paredes de um tijolo 
de 25 cm de espessura; sabemos que, na execução, depois de revestida, 
apresenta a espessura de 27 ou 28 cm. As paredes de meio-tijolo aparecem nos 
desenhos com 15 cm e na execução com 14 cm. Ora, estas diferenças, que 
isoladamente são insignificantes acumuladas, já representam considerável 
modificação entre projeto e execução, caso não sejam distribuídas. A melhor 
forma de distribuição será a locação das paredes pelo eixo e não por uma das 
faces. 
Além desta vantagem, teríamos menor risco de confusão por parte dos 
pedreiros já que sabemos que todos os alinhamentos marcados representam o 
eixo das paredes e, portanto, colocarão os tijolos metade para cada lado. 
Marcando pelas faces, poderia surgir dúvida quanto a parede ser de um ou outro 
lado do alinhamento marcado. 
66 
 
 
Quanto ao processo de fixação dos alinhamentos no terreno, são conhecidos 
dois processos: 
 
a) Processo dos cavaletes: 
 
Os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes. Estes 
são constituídos de duas estacas cravadas e uma travessa pregada sobre 
elas. A figura 15 mostra como o alinhamento da parede foi estabelecido 
por intermédio dos dois cavaletes opostos. 
 
Figura 15 – Alinhamento de dois cavaletes (BORGES, A. C., 2010). 
 
Deve-se, tanto quanto possível, evitar tal processo, porque os cavaletes 
podem facilmente ser deslocados por batidas de carrinhos de mão, pontapés, 
etc. Deslocando-se o cavalete sem que tal seja notado, a parede resultará fora 
do alinhamento previsto. 
Só se justifica o seu emprego em construção muito pequena onde os 
alinhamentos permanecem fixados nos cavaletes poucas horas, porque logo são 
levantadas as paredes. 
 
b) Processo da tábua corrida: 
 
Consiste na cravação de pontaletes de pinho (3” x 3” ou 4” x 4”), 
distanciados entre si de 1,50 metros aproximadamente, e afastados das 
futuras paredes cerca de 1,20 metros. Estes pontaletes servirão mais tarde 
para erguimento de andaimes, sempre necessários. Nos pontaletes serão 
pregadas tábuas sucessivas, formando uma cinta em volta da área a ser 
construída. As tábuas deverão estar estendidas em nível para que se possa 
67 
 
 
esticar a trena sobre elas. Pregos fincados nas tábuas determinam os 
alinhamentos. 
Não há dúvida de que os deslocamentos dos pontos marcados deste 
modo são impossíveis, e considerando que os pontaletes serão usados para 
andaimes, não haverá perda de tempo. É, pois, o processo ideal. 
A locação deve ser procedida com trena de aço, já que é a única que nos 
merece fé. É proibido o uso de trena de pano, já que estica à vontade de 
quem usa (pode-se empregar também trena de plástico). 
Para perfeito esquadro entre dois alinhamentos, devemos usar o 
teodolito. Desde que se fixem dois alinhamentos ortogonais, com o aparelho 
os pontos restantes podem ser marcados com trena de aço. É hábito ainda, 
ao terminarmos a locação, estendermos linha em dois alinhamentos finais e 
verificar a exatidão do ângulo reto com o aparelho. Se o primeiro e o último 
esquadros estão perfeitos, os intermediários também

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