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1 ALEXANDRE FÉLIX SANTOS SILVA ALICE DOS SANTOS DE SANTANA ALISSON RAMOS DOS SANTOS ANNA TEREZA DE JESUS PARAÍSO BRUNA DE SOUZA SANTOS FILIPE GOMES DOS SANTOS FRANCISLENE SALES SANTOS GESMAEL SANTOS DO NASCIMENTO JOÃO VITOR DE SOUZA ASSIS JOSIANE SANTANA DOS SANTOS MATEUS WELDER DE JESUS SANTOS MATHEUS GONÇALVES DOS SANTOS MAYARA SILVA DOS SANTOS RENAN OLIVEIRA PEREIRA WELLEN DE OLIVEIRA MENEZES RAYANE OLIVEIRA SENA ARTHUR SCHOPENHAUER: A ÉTICA DA COMPAIXÃO Salvador 2021 2 ARTHUR SCHOPENHAUER: A ÉTICA DA COMPAIXÃO ALEXANDRE FÉLIX SANTOS SILVA ALICE DOS SANTOS DE SANTANA ALISSON RAMOS DOS SANTOS ANNA TEREZA DE JESUS PARAÍSO BRUNA DE SOUZA SANTOS FILIPE GOMES DOS SANTOS FRANCISLENE SALES SANTOS GESMAEL SANTOS DO NASCIMENTO JOÃO VITOR DE SOUZA ASSIS JOSIANE SANTANA DOS SANTOS MATEUS WELDER DE JESUS SANTOS MATHEUS GONÇALVES DOS SANTOS MAYARA SILVA DOS SANTOS RENAN OLIVEIRA PEREIRA WELLEN DE OLIVEIRA MENEZES RAYANE OLIVEIRA SENA Trabalho de Graduação apresentado comorequisito parcial da disciplina de Filosofia, Ética e Desenvolvimento Humano da rede UNIFTC, turno noturno, orientada pela docente: Laiz Fragas Dantas Salvador 2021 3 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 2. SCHOPENHAUER - O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO ........ 5 3. A ESTRUTURA DA ÉTICA DA COMPAIXÃO EM RELAÇÃO À FILOSOFIA TRANSCENDETAL .................................................................................................. 6 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 8 4 1. INTRODUÇÃO O filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) introduziu na filosofia ocidental elementos do budismo, que considera compaixão e bondade virtudes fundamentais. Schopenhauer se volta para as dores do mundo de forma existencial, não mais platônica ou kantiana, buscando na compaixão fundamento para a ética, renegando o abstrato imperativo categórico que se baseia no dever. Há dois pontos que estão bastante claros na ética de Schopenhauer e sobre os quais não há discordância entre os comentadores: o da aversão do filósofo quanto a uma ética do dever incondicionado e de uma lei da liberdade. Schopenhauer possui um alvo específico quando crítica a chamada moral do dever, que é Kant. Ele dedica um apêndice na terceira edição de O mundo como vontade e como representação e um capítulo em Sobre o fundamento da moral a respeito do assunto. A ética não é o único tema sobre o qual o filósofo, crítica Kant, mas certamente é o mais recorrente. Para Schopenhauer, o mundo é vontade e representação. Essa representação segue moldes kantianos, uma vez que Schopenhauer se apropriou, em parte, da filosofia de Kant. Não conhecemos o mundo em si, mas o mundo que nos é apresentado através dos sentidos e processados por nosso aparelho cognitivo. Não conhecemos o mundo, mas os fenômenos que se apresentam. Conhecemos nossa representação da realidade os fenômenos, mas não a realidade em si. Porém, a vontade, muito além da “boa vontade” kantiana e do imperativo categórico, se estende a toda a natureza, que nos demonstra todos os dias que uma vontade irracional move todos os seres. Todos lutam por sua vida, desde insetos até as plantas e o ser humano não está além da natureza. https://www.netmundi.org/filosofia/2012/immanuel-kant-imperativo-categorico/ https://www.netmundi.org/filosofia/2012/immanuel-kant-imperativo-categorico/ 5 2. SCHOPENHAUER - O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO Talvez nenhum outro filósofo tenha exercido maior influência no mundo das artes do que Arthur Schopenhauer. O compositor Richard Wagner, por exemplo, disse ter criado uma de suas maiores óperas, "Tristão e Isolda", como reação à leitura de Schopenhauer. Na literatura, o número de romancistas e contistas que compartilharam das ideias de Schopenhauer é imenso: os russos Tolstoi, Tcheckov e Turguêniev, os franceses Zola, Maupassant e Proust, os ingleses Hardy, Conrad e Maugham, sem falar no argentino Jorge Luís Borges e no brasileiro Machado de Assis. Também se encontram no mesmo caso poetas como escritor de língua alemã Rilke e o inglês T. S. Eliot, além de dramaturgos como o inglês Bernard Shaw, o irlandês Samuel Beckett e o italiano Luigi Pirandello. Mas a influência de Schopenhauer não para por aí: Friedrich Nietzsche disse ter se tornado filósofo devido à leitura de Schopenhauer, que também foi o ponto de partida da filosofia de Wittgenstein. Sigmund Freud, o pai da psicanálise, reconheceu que a análise da repressão - um dos pilares da teoria psicanalítica - foi feita pioneiramente por Schopenhauer, que é com frequência citado por Carl Gustav Jung. No entanto, na segunda metade do século 20, Schopenhauer foi deixado de lado e se tornou tão ignorado como foi na maior parte de sua própria vida. Vivo, só obteve reconhecimento depois dos 60 anos. De certo, isso o magoava, mas não o impediu de pensar de modo original e contrário ao pensamento oficial de seu tempo, que desprezou e atacou em suas obras. Esqueçam-se, porém, esses aspectos todos, que são circunstanciais. O que importa é a filosofia schopenhaueriana. Esta se encontra exposta numa obra- prima que ele escreveu ainda na casa dos 20 anos: "O Mundo como Vontade e Representação", de 1818, e da qual lançou uma edição revista e ampliada (a definitiva) em 1844. 6 3. A ESTRUTURA DA ÉTICA DA COMPAIXÃO EM RELAÇÃO À FILOSOFIA TRANSCENDETAL Na interpretação da ética da compaixão de Schopenhauer desenvolvida até então, a unidade metafísica entre “eu” e “outro”, ou a ética do sentimento, era colocada em oposição à ética normativa kantiana. Houve novas tentativas de interpretar, com outra fundamentação, sua teoria do conhecimento e sua ética, a saber, com base na filosofia transcendental assumida por Kant. Na consideração do “eu” e do “outro”, a Ideia platônica desempenha um papel importante, porque com ela podemos reconhecer o “eu” e o “outro”, de certa forma, como cópias individuais da mesma Ideia (espécie) de humanidade. Isso vale também para a intuição espacial do eu que sofre e do “outro”, por exemplo, por meio da representação do rosto de um “outro”. De acordo com Schopenhauer, a Ideia platônica não é um ente metafísico-transcendente, mas um produto da atuação em conjunto da razão e da imaginação (fantasia) . A diferença empírica entre o “eu” e o “outro” precisa da Ideia platônica, que é chamada de “objetidade adequada da vontade”, porque a vontade transcendental, como espontaneidade, contribui para a existência da Ideia platônica como produto da imaginação (phantasma). Quando se leva em consideração a Dissertação de Schopenhauer, a Ideia platônica tem a função transcendental de garantir a identidade do objeto individual espacial, identidade que, no mundo da representação, é possível por intermédio do objeto imediato (corpo). Com essa função da Ideia platônica na teoria do conhecimento de Schopenhauer, a compaixão é possível. Assim, a teoria da compaixão e a teoria do conhecimento possuem a mesma estrutura. Além disso, dever-se ia ainda questionar como é vista a relação entre a Ideia platônica e o próprio sofrimento. Se a Ideia platônica fosse pensada como a Ideia espacial ou como intuição-normal, a ética da compaixão estaria sempre situada em um âmbito de problemas relacionados ao espaço. “O sofrimento” estaria ligado às representações determinadas e concretas, como as expressões 7 faciais, e seria, nessa medida, igual a todas as outras representações (aos objetos imediatos). Mas se “o sofrimento” é vivenciado como afeto da vontade, então ele é sentido sob a temporalidade do sentido interno. Claramente,o afeto recebido através do corpo como objeto imediato pode ser conectado com a representação espacial do sofrimento. Mas esse mesmo afeto não pode ser visto espacialmente. Ele pode ser apenas sentido, com auxílio da Ideia musical , no sentido interno. E, de “Ideia musical (temporal)”, em oposição à forma geral espacial, à “Ideia platônica (espacial)”. Mas aqui existem outros problemas, visto que a Ideia é pensada fora de temporalidade e de espacialidade. Devemos refletir ainda uma vez a respeito do significado da Ideia. [...] juntamente com o princípio de razão, foram suprimidos tanto a coisa individual quanto o indivíduo que conhece, restando somente a Ideia e o puro sujeito do conhecer, os quais, juntos, constituem a objetidade adequada da vontade neste grau. E a Ideia não está isenta apenas do tempo, mas também do espaço: ela não é propriamente uma figura espacial que oscila diante de mim; ao contrário, é a expressão, a significação pura, o ser mais íntimo dessa figura, que se desvela e fala para mim; Ideia que pode ser integralmente a mesma, apesar da grande diversidade de relações espaciais da figura (SCHOPENHAUER, 1988a, p. 247 [trad. cit.: SCHOPENHAUER, 2015a, p. 243]). Da forma como Schopenhauer descreve acima a Ideia, ela não possuiria nenhuma forma imaginável; não possuiria, portanto, uma forma espacial individual, apenas a expressão, a significação pura da Ideia, sua a respeito da designação da “Ideia musical. 8 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HAYASHI, Y. Uma consideração transcendental-filosófica da compaixão: Identidade e Diferença entre Eu e Outros [em japonês]. In: Schopenhauer- Studien, Band XX. Tóquio: Japanische Schopenhauer-Gesellschaft, 2015. FILOSOFIA. Uol. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/schopenhauer-o-mundo- como-vontade-e-representacao.htm>. Acessado em 10 de mai. 2021 FILOSOFIA, ARTE E CULTURA. Disponível em: https://www.netmundi.org/filosofia/2015/a-etica-em-shopenhauer - Acessado em 9 de mai. 2021 https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/schopenhauer-o-mundo-como-vontade-e-representacao.htm https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/schopenhauer-o-mundo-como-vontade-e-representacao.htm https://www.netmundi.org/filosofia/2015/a-etica-em-shopenhauer
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