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Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles

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04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
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A Ética
Filosófica de
Platão e a Ética
das Virtudes de
Aristóteles
04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/humanidade_sociedade_etica/tema-02/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJI… 2/33
 
©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da
Apresentação 
Fonte: https://goo.gl/6GV3ao
A ética de Platão, como também a de Aristóteles,
inscreve-se numa tradição que remonta aos chamados
Sete Sábios, situados nas origens da filosofia e para os
quais a sabedoria implica um certo comportamento
virtuoso, uma certa educação do desejo, capaz de
orientar a pessoa a desejar a sabedoria, a afeiçoar-se à
sabedoria (phileín sophían [φιλείν σοφίαν]): eis aí o
princípio do filosofar (philosophein [φιλοσοφείν]), tal
como a tradição o conservou e transmitiu a Platão e a
Aristóteles (FRÈRE, 1981, p. 22-25). Antes de
começar o estudo deste conteúdo, visite o Portal da
Grécia Antiga e conheça os Sete Sábios como
introdução à ética para Platão e para Aristóteles, que
são os dois temas abordados nesta aula.
http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0210
Wagner Lopes
Highlight
Wagner Lopes
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04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
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©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da
Infográfico 
Leia o infográfico abaixo e conheça mais da biografia dos sete
sábios da Grécia.
04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/humanidade_sociedade_etica/tema-02/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJI… 4/33
04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/humanidade_sociedade_etica/tema-02/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJI… 5/33
Fonte: https://goo.gl/EkXYfe
04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
https://conteudo.catolica.edu.br/conteudos/nbt_cursos/humanidade_sociedade_etica/tema-02/index.html?print=1&access_token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJI… 6/33
Fig. 1 - Platão. 
Fonte: https://www.google.com.br/
 
©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da
Conteúdo 
A Ética Filosófica de Platão
Platão foi o primeiro a enfrentar
filosoficamente, isto é, com rigor
de método e profundidade de
reflexão, a questão do "Bem". A
interrogação platônica visará à
questão do "Bem em si mesmo" e
de como este Bem se apresenta
como bem-para-nós, ou seja,
como bem na vida humana.
Para iniciarmos o estudo do
pensamento de Platão sobre a Ética, vamos olhar um de seus
clássicos escritos conhecido como "Mito da Caverna".
Platão, para explicar sua concepção de Ética, inventou o Mundo
Ideal, lugar abstrato onde existe o Bem, a Verdade, a Justiça, o Belo
e todas as noções perfeitas que existem. Em nosso mundo real, só
percebemos a sombra deste mundo ideal, onde existe a luz plena.
Para alcançar o mundo ideal, segundo Platão, precisamos de um
método, a que ele chama de dialética.
Platão foi discípulo de Sócrates, considerado por ele como "o
homem mais sábio e mais justo de seu tempo" (PEGORARO ,
2006), e dele herdou seus principais princípios que percorreram
toda a sua filosofia. De Sócrates nada temos escrito, mas sabemos
de sua vida e de seu pensamento por meio de seu discípulo mais
iminente.
Sócrates, que viveu no século IV a.C., foi o primeiro filósofo grego
que se ocupou com a pessoa como prioridade e objeto de reflexão
filosófica. Até então, a questão em que os filósofos se debatiam
tinha como foco principal a natureza. Das palavras de Platão,
sabemos que Sócrates não fazia sua reflexão filosófica a partir de
um gabinete separado do mundo, mas sim do mundo vivido e
experimentado pelas pessoas. É nas praças (Ágora), nas ruas, nos
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/caverna.htm
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Fig. 3 - Sócrates. 
Fonte: https://www.google.com.br/
mercados que Sócrates interpela seus interlocutores para buscar a
verdade. Sob o lema "conhece-te a ti mesmo", que ficou registrado
na história como emblemático em todos os tempos, Sócrates
inaugurou o método da maiêutica. Isto é, a verdade já está no
interior de cada um, basta um bom método para retirá-la. Este
método, a maiêutica, é semelhante ao trabalho da parteira, que faz
vir para fora a pessoa que está dentro do útero. Assim, também o é
com a verdade, ela já está no interior das pessoas, mas precisa ser
retirada de lá. Quem é justo e bom, seja homem ou mulher, é feliz e
o injusto é infeliz. Não é possível que, a mulher ou o homem bom,
aconteça algum mal nem na vida e nem na morte: os deuses deles
se ocupam (SÓCRATES apud PEGORARO, 2006).
Com esta premissa (a verdade já
está no interior de cada um) e
com este método (fazer a verdade
aparecer por meio da maiêutica),
Sócrates pretende recuperar o
valor da dignidade moral da
pessoa, em uma sociedade que
tinha sérios problemas com a
justiça e o bem. Esta verdade,
contudo, tem seu sentido no
desenvolvimento de virtudes que
regulam a vida na sociedade, na "polis" (cidade) como diziam os
gregos. É de se imaginar que este pensamento socrático, do qual
bebeu Platão, não causou boa impressão entre as autoridades que
se utilizavam do poder para tirar dele benefícios pessoais.
Sócrates foi considerado como uma ameaça a estas
autoridades e foi condenado à morte (que na época
significava beber um veneno – cicuta) sob a acusação de
"corromper a juventude". Fiel aos seus princípios, ele
não quis se retratar e morreu lutando por sua verdade.
Platão, que testemunhou o fim trágico de seu mestre,
decidiu continuar seu caminho de busca da verdade,
mas optou não pelo caminho do confronto, mas sim o da
educação das cidadãs e dos cidadãos da polis, e esta
educação por meio do caminho da dialética
(PEGORARO, 2006).
A Moral Ascética de Platão
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Para Platão, o que nos destrói são: a injustiça, a desmedida e a
desrazão.
A justiça é, na polis, reflexo da ordem e da harmonia do universo;
pela justiça nos assemelhamos ao que é invisível, divino, imortal e
sábio. Não peço que me mostres o exemplo de um ato justo, mas
peço que me faças ver a essência por força da qual todas as
condutas são justas (PEGORARO, 2006).
A ética platônica não pode ser pensada sem se considerar o
método que sua filosofia institui, isto é, a dialética. Em Platão a
dialética é a busca do ser-em-side toda pessoa, ou seja, a Ideia
(Ιδέα): alguém na sua imutabilidade e perfeição. Por exemplo, seja
a noção de vertical: a dialética, como investigação filosófica, não
se ocuparia "de tal ou tal imagem de vertical, mas de defini-la
segundo seu ser necessário e constante" (GADAMER , 1994, p.
298. Tradução nossa). É a dialética, "ciência por excelência", que
nos dá acesso a essa transparência do ser em si mesmo (o ser de
todo ente na sua identidade), para além da transitoriedade e
mudança a que está sujeito o mundo sensível, objeto das ciências
empíricas. Assim, aplicada ao problema moral, a dialética platônica
será o método que permite fundar a vida prática das pessoas
empíricas na Ideia universal do Bem.
Ao refletir sobre o tipo de existência que possa exprimir uma vida
ética, isto é, a vida daquela e/ou daquele que busca o justo
equilíbrio entre prazer e inteligência (bem entendido, trata-se aqui
dos prazeres da alma, prazeres "verdadeiros", únicos capazes de se
harmonizarem com o cultivo da inteligência, em oposição aos
prazeres do corpo, intensos e desmesurados, que perturbam o
espírito), a ética platônica primará por uma articulação essencial
entre ética e estética, entre o Belo e o Bom. Como bem afirma
Gadamer:
O Belo, que engloba a aparência física e a retitude
interior (areté [άρετή]), a alma como o corpo, não é
outra coisa que o Bem sob sua forma dizível e manifesta.
A medida e a proporção são atributos fundamentais do
Belo, sendo o Belo a condição sob a qual um ente se dá
a ver e merece ser visto. (GADAMER, 1994, p. 308.
Tradução nossa)
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Visivelmente, na filosofia de Platão, a constituição da pessoa ética
implica a compreensão e incorporação por esta de um Bem
universal, o Bem enquanto Ideia, de tal modo que alguém,
informado pela força deste Bem, consegue suplantar, em si
mesmo, o excesso que ameaçaria a existência bela, aquela regida
pelo equilíbrio (pela medida e pela proporção). Assim se
conformam, na ética de Platão, o Belo e o Bom, pois, "uma forma é
bela se ela constitui em si mesma um todo perfeitamente
harmonioso. O Belo é, pois, a forma manifesta do Bem que, ele,
informa os entes desde o interior" (GADAMER, 1994, p. 309.
Tradução nossa).
A beleza, implicada na ideia de coesão interna, de coerência e de
harmonia, são igualmente requisitadas pela ideia de pessoa moral.
Para Platão, a pessoa moral será aquela capaz de tomar
consciência do Bem que é, o Bem na sua universalidade como
Ideia, idêntico a si e constante, e de harmonizar-se internamente
em consonância com este Bem em-si. Alguém ético, nesse sentido,
concebe-se como projeto estético de si mesmo: tornar-se uma
pessoa moral significa embelezar-se, buscar a beleza manifesta
numa vida equilibrada, sem excessos. A vida moral será, pois, para
Platão, identificada a uma vida moderada.
Portanto, a Ideia de Bem apresenta três propriedades constitutivas:
a proporção ou medida, a beleza e a verdade. A unidade ontológica
do Bem definirá, nesta tríplice perspectiva, o horizonte de
realização da existência moral:
A medida não se refere a uma norma externa a pessoa à qual
ela deva se conformar, mas "designa uma certa relação do
sujeito a si mesmo, um modo de comportamento particular
que carrega um nome: a moderação" (GADAMER, 1994, p.
310. Tradução nossa).
A beleza, longe de ser um modelo estético fixo, ela aparece
aqui como "forma aceitável na qual seu ser poderá se
manifestar, pelos seus atos, em toda a sua transparência"
(GADAMER, 1994, p. 310. Tradução nossa).
A verdade caracteriza o modo como a pessoa se engaja no
projeto de se forjar a si mesma como pessoa moral, de
constituir para si uma existência digna do nome "boa",
reconhecida como moral. Em outros termos, a verdade
designa o caráter de autenticidade daquela e daquele que
busca para si uma existência moral. É, pois, a verdade aquilo
que "associa o prazer e o intelecto a fim de que sua união não
seja abandonada ao acaso" (GADAMER, 1994, p. 310.
Tradução nossa).
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A articulação destes três princípios, portanto, irá presidir aquela
harmonização das diversas partes da qual se constitui a vida
humana, ou seja, o prazer e o intelecto, num todo coeso, numa
"medida determinada", guiando a pessoa em suas ações. Segundo
Platão, porém, dentre as duas partes "misturadas", tendo em vista a
realização de uma vida sob o signo do Bem, é o intelecto aquele
que mais se aproxima do ideal de bem, caracterizado, como vimos,
pela moderação, pois que os prazeres são, por sua própria
natureza, i-moderados. 
Pode-se, assim, dizer que a filosofia moral de Platão está em total
conformidade com sua Teoria das Ideias, a qual pressupõe um
abandono progressivo dos sentidos na apreensão da essência das
coisas. Este processo, na leitura de Reale (1991), se faz, em
analogia com a prática da navegação, em dois movimentos:
Para Refletir 
Pela dialética, Platão abandona o mundo sensível - onde não
há verdadeira realidade, pois na terra tudo não passa de
sombras ou de cópias do verdadeiro ser – e sobe ao Mundo
Inteligível das Ideias, que são a realidade em si mesma.
Dessa forma, Platão faz uma profunda cisão entre o mundo
sensível e corporal, de um lado e o mundo inteligível e
espiritual, de outro, inclusive separando totalmente Alma e
corpo dos humanos.
O que você pensa sobre essa cisão entre o corporal ou
sensível e o espiritual ou inteligível? Essa separação, não
revela uma desvalorização de tudo o que está no mundo,
inclusive um desprezo da vida e da terra, como critica
Nietzsche? A ascese ou a renúncia dos prazeres corporais
que atrapalham o trabalho do espírito é Justificável? Será que
os prazeres espirituais também não podem atrapalhar a
dialética? Será que não existem paixões que seriam
espirituais? Pense seriamente sobre isso, pois na
contemporaneidade considera-se a pessoa como uma única
realidade corporal-espiritual, cujos atos são ao mesmo
tempo espirituais e corporais. Por isso filósofo existencialista
Gabriel Marcel pergunta: "Será que somos uma carne
espiritual ou um espírito carnal?" Será que não somos essa
realidade indivisível? Pense fundo sobre tudo isso.
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04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
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Primeira navegação – na qual se utilizam as velas ao vento
(método dos naturalistas, fundado sobre os sentidos).
Segunda navegação – esta se dá quando o navegador leva
adiante o barco, na ausência do vento, com o auxílio dos
remos, procedimento este mais exigente e cansativo,
equivalente metafórico do novo método de acesso à verdade,
fundado nos raciocínios e postulados. Esta "segunda
navegação" que o filósofo deve empreender corresponde
propriamente à dialética: para alcançar a essência (a
natureza verdadeira) do Bem, é preciso buscar alcançá-lopela
contemplação, dirigir o intelecto para além do mundo
sensível. A verdade está na Ideia, na sua forma interior, e não
na sua forma visível. O pensamento deve então voltar-se para
a forma interior ou essência das coisas, isto é, a natureza
puramente inteligível ou realidade íntima do que é.
A partir da metáfora da "segunda navegação", Platão afirmará que
as coisas que captamos com os olhos do corpo são formas físicas;
porém, as coisas que captamos com o "olho da alma" são, ao
contrário, formas não-físicas. O "ver" da inteligência capta formas
inteligíveis que são essências puras: o Bem, o Verdadeiro, o Belo, o
Justo etc. Essa hierarquia está assentada na ontologia geral de
Platão, na qual o sensível só é em função do supra-sensível.
Portanto, o valor das coisas somente é valor se subordinado ao
valor superior da alma.
É importante lembrar que, para Platão, assim como para Sócrates e
Aristóteles (nosso próximo estudo), a ética são virtudes que devem
ser seguidas na polis, ou seja, na sociedade, na relação com o
"outro". E, de modo especial, para Platão, tem como sua finalidade a
construção de uma sociedade onde a justiça seja seu maior valor.
Do mundo Ideal é que retiramos o conceito de Justiça e pela razão
devemos apreendê-lo e praticá-lo na vida em sociedade.
Passemos a estudar, agora, a ética de Aristóteles, discípulo de
Platão.
A Ética das Virtudes de Aristóteles
Você estudou que o caminho de Platão para definir o horizonte da
vida boa, ou seja, da vida plenamente realizada (a existência
moral), passa por uma análise minuciosa dos modelos possíveis
de existência humana, os quais devem, em última instância, serem
confrontadas com a estrutura geral do Bem em-si a fim de se
verificar que gênero de existência é digno de ser chamado "bom"
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(GADAMER, 1994, p. 37-38). No diálogo platônico em que este
exame é feito, seguindo o emprego do método dialético, a
discussão em torno do "lugar" reservado aos "prazeres" é central.
Mas, trata-se aqui, bem entendido, do tipo de prazer do qual se
pode igualmente dizer que ele é "bom" para o homem, isto é, do
prazer que pode se harmonizar com a atividade intelectual, ao
invés de a perturbar, como o fazem os prazeres do corpo. Esse
gênero de prazer, dito "verdadeiro", deverá ser "acomodado" à razão
(logos) segundo os critérios que caracterizam a moderação:
proporção, beleza e verdade.
Aristóteles  (2004) aprofundará a concepção platônica da vida
boa, concordando quanto à ideia de que o prazer não constitui o
bem maior para a pessoa. Entretanto, deslocando a questão para o
campo conceitual, Aristóteles atacará justamente a pretensão de
fundamento ontológico do bem humano que o "Mundo das Ideias"
de Platão apresenta.
A crítica de Aristóteles à moral platônica terá como alvo esta
estrutura na qual está fundada sua concepção do ideal de Bem,
fundamento a partir do qual uma vida pode ser avaliada e
distinguida como "boa", isto é, como moral. Como nota Gadamer:
Ao conceder unicamente à Ideia, o ser propriamente
dito, Platão é conduzido a interpretar o bem humano em
função da Ideia de Bem. (...) A unidade da realização do
homem é, assim, derivada de determinações ontológicas
 gerais que se aplicam a todo ente suscetível de ser e
de escapar ao fluxo inconstante do 'devir'. (GADAMER
, 1994, p. 322. Tradução nossa)
Para Aristóteles, a questão do que é o bem para alguém não se
resolve pela busca de um tipo ideal de vida boa, na qual teriam as
pessoas que inspirar-se. Por mais que se possa considerar que um
"modelo" de vida que se ligue à natureza racional humana seja mais
propício ao pleno desenvolvimento do caráter, o bem para a pessoa
é sempre decidido em situações já dadas, numa determinada
cultura, num determinado tempo histórico, enfim, no horizonte de
um determinado ethos, e aí nenhuma teoria geral do bem pode
oferecer respostas adequadas, ou respostas últimas para cada
situação.
04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
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A pessoa age sempre em contextos concretos, nos quais, a cada
vez, ela é chamada a posicionar-se, a dar respostas, a decidir o que
é o melhor a ser feito. Ora, nenhuma escolha que ela deva fazer
pode ser deduzida de uma Ideia universal do Bem, se é que ela
existe. As escolhas humanas variam de acordo com o contexto e,
portanto, o que é o bem, ou o que é a escolha boa, depende dos
fatores implicados em cada caso. Daí surge também a dificuldade
de se pensar a ética como ciência, no sentido em que a
entendemos no nosso tempo, isto é, como saber que forneça os
princípios gerais – universais e imutáveis (leis) – a partir dos quais
se possa iluminar e solucionar os casos particulares. Como bem
expressa Gadamer:
Saber, de antemão, antes mesmo que se ponha a
situação concreta da ação, o que se deve fazer para ser
justo e estar seguro de si, é uma exigência à qual
nenhuma ciência do homem e de seu agir pode
satisfazer. (GADAMER, 1994, p. 323. Tradução nossa)
Proceder assim significa desconsiderar as condições sob as quais
a existência humana se dá. Todo o esforço da ética enquanto
disciplina autônoma será, a partir de Aristóteles, o de pensar, ante
essa fragilidade e instabilidade que são inerentes ao ser-aí da
pessoa, possibilidades de existência que possam pretender a certa
constância; e, nesse sentido, pensar as práticas que mereçam
tornar-se habituais, sem que se abandone, no entanto, as
exigências de concretude que condicionam a vida prática humana.
Desse modo a ética se apresentará como "ciência prática, capaz de
"estudar e esclarecer esta compreensão factual da existência na
sua invariabilidade mediana" (GADAMER, 1994, p. 324. Tradução
nossa). É somente nesse sentido que podemos afirmar, como o faz
Gadamer (1991, p. 321), que Aristóteles é "o fundador da ética
filosófica".
O autor de Ética a Nicômaco não centrará sua reflexão sobre as
noções de "virtude" ou de "bem" tomadas em si, mas partirá de uma
compreensão do ethos como horizonte de realização de uma vida
boa, orientada pela vivência da virtude em situação. Isso significa
que a pessoa ética não tem diante de si, ao agir, um modelo ético
universalmente válido, ou seja, válido independentemente da
situação concreta na qual se encontra e age. Assim, não basta
"aprender" o que é o bem para tornar-se ético. A pessoa ética deve
04/03/2021 Versão para impressão - A Ética Filosófica de Platão e a Ética das Virtudes de Aristóteles
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desenvolver uma capacidade prática ou sagacidade (é isto o que
significa a phrónesis [φρόνησις]) que o possibilite a agir com
retidão. Gadamer o precisa:
O conceito de Ethos que ele [Aristóteles] toma por
fundamento significa precisamente que a 'virtude' não
consiste num saber, que a possibilidade do saber
depende, ao contrário, do que se é; ora, este ser mesmo
de cada um recebeu previamente sua marca de uma
educação e de um modo de vida. (GADAMER, 1991, p.
321. Tradução nossa).
Há, portanto, em Aristóteles, uma consideração atenta das
determinações práticas que condicionam o agir humano. A análise
aristotélica da phrónesis [φρόνησις] reconhece no próprio saber
moral um modo da pessoa moral que, assim, não é separável de
todo o concreto que seu autor chama Ethos. O saber moral
conhece o que é realizável, o que uma situação exige, e o conhece
em virtude de uma reflexão que remete a situação concreta ao que
se tem em geral por direito e bom. (GADAMER, 1991, p.321.
Tradução nossa)
O Bem Supremo do Homem: a Felicidade
Em suas ações, a pessoa sempre tende a fins que correspondem
ao bem. Contudo, nem todos os fins dispostos para a ação
equivalem em importância. Por vezes, buscamos certos fins
(relativos) em vista de outros mais elevados. Mas esse processo
deve ter um termo: todos os nossos fins e propósitos estão em
função de um fim último e de um bem supremo. A pessoa tem seu
ser no viver, no sentir e na razão. É, no entanto, a vida virtuosa
aquela que possibilita alguém viver racionalmente.
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As Virtudes Éticas
As virtudes éticas na pessoa resultam do hábito: o que é próprio da
pessoa é que ela é capaz de estabelecer fins que visem à justiça e,
pelo exercício, de atualizar esse bem. Assim como não existe
virtude fora de uma vida virtuosa, não existe justiça senão na
realização do que é justo. Agindo com justiça, a pessoa desenvolve
o senso de justiça, tornando-se apta a agir justamente em outras
circunstâncias.
Para Aristóteles, o contrário da virtude é o excesso, ou demais ou
de menos. Portanto, virtude implica a ideia de uma justa medida (o
justo meio entre extremos, dos quais um é por falta e outro por
excesso). Assim, por exemplo, a coragem será o justo meio entre
os excessos da temeridade e da covardia; a temperança, o justo
meio entre os excessos da intemperança e da insensibilidade; a
liberalidade, o justo meio entre os excessos da avareza e da
prodigalidade; etc.
Os excessos da vida sensível somente podem ser mediados pela
superior atividade da alma, a razão, capaz de impor aos
sentimentos e ações a justa medida. De todas as virtudes, a justiça
será a mais elevada, precisamente por ser a característica do justo
meio.
As Virtudes Dianoéticas ou Intelectuais
São as virtudes da parte mais elevada da alma, a alma racional.
Sendo duas as funções da alma, cada qual terá uma perfeição e
virtude própria:
Razão prática (aquela que conhece as coisas contingentes
e variáveis): sagacidade / prudência (phrónesis), saber
Para Refletir 
Será que nascemos virtuosos? Ou será que podemos
aprender as virtudes? Será que Aristóteles tem razão quando
diz que as virtudes éticas são aprendidas por nós pelo
hábito?  O que você pensa sobre tudo isso? Reflita
seriamente sobre essas questões e procure debatê-las com
seus colegas. Aprimore seu pensamento por meio do debate!
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deliberar sobre o que é bem ou mal para a pessoa. Na Ética a
Nicômaco, Aristóteles a define como "um estado verdadeiro,
acompanhado de razão veraz, que conduz a ação quando
está em jogo as coisas boas ou más para o homem"
(ARISTÓTELES, 2004, 1140b). Esta virtude tem o fundamental
papel de auxiliar a pessoa na determinação dos meios
idôneos para se alcançar os verdadeiros fins; é, portanto, uma
virtude que capacita alguém na direção de sua vida prática.
Razão teórica: aquela que conhece as coisas necessárias
e universais. Esta nos conduz à sabedoria (sophia [σοφία]).
Ela é superior porque, ao contrário da prudência (que está
ligada ao que há de mutável na pessoa), a sabedoria diz
respeito ao que está acima da pessoa, ao que é mais elevado
do que a condição dos seres vivos.
Não há, contudo, conforme reflexão de Bodéus  (1982), uma
oposição entre os gêneros de vida que acompanham estas duas
virtudes, ou seja, entre vida política e vida meditativa.
Evidentemente, Aristóteles situa a vida meditativa em primeiro
plano, como sendo o gênero de vida mais propício a realizar a
existência ideal para alguém. Antes de tudo, é preciso considerar
que no ato meditativo alguém não o fará jamais de modo exclusivo,
como o faria um ser "imaterial", como são os deuses. Isto quer
dizer que a vida meditativa é uma vida humana e que se dedicar à
meditação, como o faz a filósofa e o filósofo, deve também ter uma
vida guiada por uma capacidade prática, a capacidade para saber
deliberar quando a situação exige, como o fazem as pessoas na
política.
Se alguém pretendesse dedicar-se apenas ao cultivo de sua razão,
negligenciando a sabedoria prática - a sagacidade /prudência
(phrónesis) –, estaria em contradição com sua própria inteligência,
a qual é exigida em toda tomada de decisão. A sabedoria é
superior à sagacidade, mas não oposta a esta, pois a pessoa sábia
é também sagaz e ela não pode pretender ser uma coisa sem ser
também a outra. A vida meditativa (cume do edifício ético
aristotélico) só pode ter lugar em uma sociedade na qual ela tem
razão de ser.
Esta sabedoria prática ou sagacidade, que nos permite determinar
um fim bom enquanto realizável na prática, buscando então eleger
o melhor meio para tal fim, mostra-nos que não basta decidir
quanto ao que é bom para dizermos que tal ou tal ação seja ética.
Como bem nota Gadamer:
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O realizável não é somente o que é bom (recht), mas
também o que é útil, ordenado a um fim e, nessa medida,
'direito' (richtig). A compenetração destas duas
'retidões' no comportamento prático do homem constitui
manifestamente para Aristóteles o bem humano. (1991,
p. 323. Tradução nossa)
Uma pessoa não é ética porque busca realizar, em suas ações, algo
(pro)posto como sendo um bem em si, mas porque é capaz de
entrever o bem que deve ser, algo que, realizável na prática, revele
ao mesmo tempo o próprio agente, seu caráter (êthos).
Nossas ações se entrecruzam com as ações de outras pessoa, e é
esse entrelaçamento o que constitui o mundo social. Assim, as
ações de pessoas e grupos vão se alargando, alcançando aquilo
que constitui o bem comum, aquilo que concerne ao interesse
coletivo.
Nesse sentido, dirá Ricoeur  (1995, p. 15), "o desígnio da
felicidade não para a sua trajetória na solidão, mas no meio da
cidade", em outras palavras, o terreno onde se realiza a ética, se
nos inspiramos em Aristóteles, não é o abandono da pessoa em
face de seus valores e princípios pessoais, mas a sua
concretização em harmonia com aquilo que é igualmente desejável
para os outros, e isto é o bem comum.
Desse modo, a ética aristotélica encontra na política seu horizonte
último de efetivação. Com efeito, afirma o filósofo no Livro I de sua
Ética à Nicômaco (1094b): "Ainda que a finalidade seja a mesma
para um homem isoladamente e para uma cidade, a finalidade da
cidade parece de qualquer modo algo maior e mais completo".
Por outro lado, a vida política é visada por Aristóteles numa certa
perspectiva: ele inclina-se por uma "vida política reformada, mais
do que pôr-se em favor de um novo gênero de vida" (BODÉUS ,
1982, p. 30. Tradução nossa). Esta "vida política reformada",
certamente, não equivaleria a uma vida intelectual, votada à
pesquisa da verdade.
Todavia, ela deve ao mesmo tempo em que realiza o bem comum,
aperfeiçoar a pessoa política enquanto tal, pois se "a política é a
sagacidade considerada na relação com os outros" (BODÉUS, 1982,
p. 33) e uma vez que a "sagacidade se conjuga com a virtude
moral" (ARISTÓTELES, 2004. Tradução nossa), vemos porque, para
Aristóteles, a atividade política "é uma excelência (a sagacidade)
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que permite alguém alcançar seu bem último no exercícioda
virtude moral praticada por ela mesma nas relações como os
outros" (BODÉUS, 1982, p. 33). É somente neste sentido que a vida
meditativa é superior à vida política, pois ela contém já, em si, os
mesmos valores que esta.
À distinção da moral platônica, a ética aristotélica não pretende
direcionar o olhar das pessoas para um fundamento universal do
Bem, único capaz de orientar a pessoa em sua vida prática. Como
bem afirma Gadamer (1991, p. 322. Tradução nossa): "Não é nos
conceitos universais de coragem e justiça etc., que se cumpre o
saber moral, mas, ao contrário, na aplicação concreta que
determina, à luz deste saber, o que é realizável aqui e agora".
A ação humana não depende apenas das faculdades de que dispõe
a pessoa, mas ela implica também as condições dadas pela
circunstância na qual ela age (GADAMER, 1991, p. 324). A ação não
se dá, portanto, apenas porque alguém determina-se a agir de tal
ou tal modo. O que "ambienta" a ação também conta para o
conteúdo da ação mesma: a pessoa dotado de phrónesis não tem
o consolo da norma moral universal que o manteria ao abrigo das
circunstâncias, à distância do concreto da vida humana ordinária,
comum; ela não pode, pois, se contentar em apenas "aplicar", em
cada caso, o que determina a Lei (moral), como o preconizam os
"legalistas" no nosso tempo. Este caráter condicionado da ação
humana não significa tão somente uma limitação desta. Ela indica
apenas que a pessoa que age o faz em meio a determinações
sociais e políticas concretas.
Depois de ter estudado as éticas de Platão e Aristóteles,
você agora está preparado para entender a ética
agostiniana e a tomista, pois essas éticas cristãs foram
construídas sobre os alicerces da filosofia grega:
Agostinho assumiu a filosofia ética de Platão e Tomás de
Aquino a de Aristóteles. Estes serão os assuntos
abordados na próxima aula. Até lá!
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Saiba Mais 
Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja as
sugestões da docência, abaixo:
Para compreender melhor o conceito de bem de Platão, leia o
artigo de Jayme Paviani: A ideia do bem em Platão.
Para aprofundar seu conhecimento a respeito das virtudes
éticas, leia o texto A virtude e a felicidade em Aristóteles.  
Para entender melhor as éticas de Platão e Aristóteles, leia
este texto de Bento Silva Santos sobre seus conceitos de
Felicidade: Ética e "Felicidade" em Platão e Aristóteles:
semelhanças, tensões e convergências.
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/viewFile/1527/989
http://embaixadoresdaprevencao.com.br/gerenciador/uploads/arquivos/arquivo_52.pdf
http://www.puc-rio.br/parcerias/sbp/pdf/3-jorge.pdf
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