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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE - UFAC CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DESPORTO - CCSD CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO ADRIELE ALVES CLÁUDIO RELATÓRIO AULA PRÁTICA CME RIO BRANCO - AC 2022 2 ADRIELE ALVES CLÁUDIO RELATÓRIO AULA PRÁTICA CME Atividade apresentado à disciplina Enfermagem em Centro Cirúrgico, oferecida no Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal do Acre, como avaliação parcial e obtenção de nota para N1. DOCENTE: Profª Dayane Pontes RIO BRANCO - AC 2022 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................4 2. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................5 3. CONCLUSÃO..................................................................................................7 4. REFERÊNCIAS...............................................................................................9 4 1. INTRODUÇÃO Segundo LUCON (2017) a central de material e esterilização (CME) é uma unidade fundamental do hospital, integra sua infraestrutura e colabora para o atendimento dos usuários por meio de uma atuação constituída por etapas de produção interna, sendo um serviço da área de saúde considerado importante e que pode ser classificado como cuidado. Nesse ínterim, o conhecimento desta área torna-se de suma importância ao enfermeiro, visto que este desempenha papel fundamental no funcionamento e gestão da CME. Estruturalmente, a CME conta com uma sala de recepção e limpeza ou expurgo, sala de preparo e esterilização, área de esterilização e área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados. Cada área que compõem a central de material e esterilização é pensada e localizada de acordo com o serviço prestado, com o intuito de garantir um fluxo unidirecional que não cruzar a barreira entre área contaminada e não contaminada (SOBECC, 2017). Em relação ao grau de complexidade e capacidade estrutural, a CME pode ser classificada em dois tipos: a de classe 1 é responsável por realizar a esterilização e preparo de materiais não críticos, semicríticos e críticos, com a condição de que estes sejam maiores que 5 milímetros não sendo obrigatório a presença de barreira física. Em contrapartida, a CME classe 2 possui a capacidade de preparar e esterilizar produtos para a saúde menores que 5 milímetros sendo eles não críticos, semicríticos e críticos, com obrigatoriedade de barreira física (SOBECC, 2017). Para que haja uma validação da esterilização efetiva de produtos para a saúde, os profissionais atuantes na CME contam com 06 indicadores químicos de qualidade, bem como outros indicadores biológicos que garantem a eficácia do processo estéril. Além disso, vale salientar que segundo a SOBECC (2017) a água é o elemento essencial ao processo de limpeza e deve atender minimamente aos padrões de potabilidade creditados pelo Ministério da Sáude (MS). Diante do exposto, o presente relatório tem como objetivo detalhar as aulas práticas ministradas pela Profª Dayane Pontes ao 4° grupo da turma de enfermagem da disciplina de Centro Cirúrgico. 5 2. MATERIAIS E MÉTODOS: A disciplina de Enfermagem em Centro Cirúrgico ofertada no curso de Enfermagem da Universidade Federal do Acre (UFAC) realizou nos dias 07, 08 e 09 de fevereiro de 2022 as aulas práticas em laboratório abordando o tema CME suas funcionalidades e as principais atribuições do enfermeiro atuante nesta área. As aulas tiveram duração mínima de 3 horas e ocorreram no laboratório de medicina da instituição. A turma foi dividida em 04 grupos, os quais foram distribuídos entre os 04 professores vigentes da disciplina. No primeiro dia de aula prática, os alunos puderam associar de acordo com os relatos da professora e demonstração de figuras no quadro como funcionava o fluxo de materiais e serviços na CME, o qual segue uma sequência unidirecional (figura 1). Foi demonstrado primeiramente aos alunos como é feito a coleta de materiais sujos no expurgo e como é realizada a lavagem desses produtos e quais materiais químicos seriam usados para esse procedimento. A partir do segundo dia, os alunos puderam observar a demonstração de como esses materiais seriam empacotados na sala de preparo, bem como os cuidados e critérios de avaliação e separação desses produtos. Após a demonstração da docente, os alunos foram encorajados a realizar em dupla o empacotamento de alguns materiais (figura 2 e 3), nessa etapa foram utilizados: Figura 1. Imagem ilustrativa utilizada em aula para representar a estrutura física do CME. (fonte: foto da discente Gabriele Assis). 6 Indicadores de qualidade classe 05 ou 06 (demonstrativo); Indicador de qualidade classe 01 (fita zebrada); Indicador de qualidade classe 02 (teste Bowie & Dick); Indicador biológico; Indicadores-teste 05 ou 06 (demonstrativo); Cuba rim; Invólucro de tecido algodão, SMS (demonstrativo) e papel crepado (demonstrativo); Kit Cirúrgico (ou LAP); Capote cirúrgico; Kit cateterismo vesical; Kit de curativo. Todos os discentes puderam realizar a tarefa de empacotamento, atentando-se para os cuidados de identificação do pacote (figura 4), teste de funcionamento da bomba de vácuo da autoclave, testes de qualidade e sinalizadores de produto estéril (como a fita zebrada), cuidados com termosensíveis, técnicas de empacotamento bem como técnica de abertura do pacote. Figura 3: discentes realizando dobradura dos lençóis abdominal e lateral (presentes no kit LAP). Figura 2. Imagens da montagem de kit de curativo (A), cateterismo vesical (B) e empacotamento da cuba rim (C). A B C (Fonte: fotos das discentes Nicolly e Adriele Cláudio). 7 Além disso, também foi discutido com os alunos a respeito da data de validade que cada tipo de invólucro oferece ao pacote esterilizado, bem como sobre a importância da documentação dos materiais que chegam ao CME por meio do expurgo e dos materiais que saem desta unidade através do arsenal. Onde também foi falado sobre os critérios da estrutura física desses locais, como o uso de carrinhos com rodízios fechados, prateleiras com rodízios e de obra-prima não porosa, distância adequada das prateleiras do arsenal em relação ao teto e chão. Outras especificidades do CME, como o uso de EPI adequado a cada etapa do processo de esterilização também foram abordados em sala. (Fonte: fotos da discente Adriele Cláudio). Figura 4. Exemplo de identificação de pacote estéril realizado pela aluna Adriele Cláudio. (fonte: foto discente Adriele Cláudio). 8 O terceiro dia de aula prática foi destinado ao treinamento de empacotamento e mensuração de aprendizado da turma, para este último, a docente utilizou do método de perguntas relacionadas ao tema abordado em aula, ao passo que a turma treinava as técnicas de empacotamento a avaliação de aprendizagem ocorria. Além disso, ao término das atividades também foi realizado o treinamento de calçamento de luva estéril em forma de bônus para a aula prática. 3. CONCLUSÃO: Diante do exposto, é possível destacar o CME como uma das principais unidades dentro do âmbito hospitalar, visto que é através da central de material e esterilização que os produtos para a saúde recebem o devido cuidado e processamento para diminuição dos riscos de infecções relacionadas à assistência em saúde. Desse modo, tanto a estrutura física do CME como a organização de fluxo unidirecional que este preconiza é totalmente voltada ao seu principal objetivo, que consiste na diminuição dos riscos de contaminaçãodos produtos para a saúde. Nesse ínterim, a aula prática em laboratório foi de suma importância e contribuição para o conhecimento e aprendizado dos discentes, visto que foi possível associar o conteúdo teórico com a prática, bem como favoreceu ao domínio das técnicas de limpeza, empacotamento, esterilização, armazenamento e distribuição dos materiais, assim como foi possível compreender as principais atribuições do enfermeiro atuante na CME.9 4. REFERÊNCIAS: Associação de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Diretrizes em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a saúde. 7ª ed. São Paulo: SOBECC; Barueri: Manoel; 2017. LUCON, Selma Maria Ravazzi et al. Formação do enfermeiro para atuar na central de esterilização. Revista SOBECC: São Paulo, 2017.
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