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Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas Curso de Psicologia Antropologia e Cultura Brasileira Prof ° Fábio Costa Julião Rebecca Santana Lima- 2382915 O Etnocentrismo e a Sociedade SÃO PAULO 2021 Introdução Neste trabalho iremos abordar o que é o etnocentrismo, o que é emigração e o preconceito etnocêntrico contra os emigrantes. A importância de vermos sempre a história de povos diferentes e como o conhecimento e a empatia nos liberta do preconceito. Etnocentrismo O etnocentrismo é um preconceito que uma sociedade ou uma cultura produz. É a visão que só uma maneira de proceder é a certa e as outras estão erradas. Assim o etnocentrismo julga os outros povos e culturas pelos padrões de sua própria sociedade, que servem para medir até que ponto são humanos e corretos os costumes alheios. Assim, o etnocentrismo torna-se um perigo pois contém ideias de superioridade racial e cultural. Isso porque ele coloca um grupo étnico no centro de tudo, deslegitimando assim qualquer outra possibilidade de existência. Etnocentrismo e Judeus Uma das evidências que o etnocentrismo é muito perigoso e pode dizimar um povo é a segunda guerra mundial. Hitler achava que a raça alemã era a melhor e acreditava em uma raça “pura e ariana “. O povo que Hitler mais perseguiu foram os judeus. “Assim que eu realmente estiver no poder, minha primeira e mais importante tarefa será a aniquilação dos judeus. Tão logo eu tenha o poder de fazer isso, eu terei forças construídas em fileiras - na Marienplatz em Munique, por exemplo, tantas quantas o tráfego permitir. Então os judeus serão enforcados indiscriminadamente, e eles continuarão pendurados até federem; eles ficarão pendurados lá tanto tempo quanto os princípios da higiene permitirem. Assim que eles tiverem sido desamarrados, o próximo lote será enforcado, e assim por diante da mesma maneira, até que o último judeu em Munique tiver sido exterminado. Outras cidades farão o mesmo, precisamente dessa maneira, até que toda a Alemanha tenha sido completamente limpa de judeus. O etnocentrismo, o racismo e a xenofobia andam lado a lado um não existe sem o outro. Existe uma explicação lógica para esses preconceitos que é a ignorância, a falta de conhecimento sobre uma cultura ou povo, o sentimento de superioridade sobre outra pessoa. O preconceito do povo alemão contra os judes causou um total de 6 milhões de judeus mortos. Uma ferida que sempre estará aberta na história da humanidade, uma dor que nunca vai passar, principalmente para esse povo que sente até hoje a dor de ter sido perseguidos, escravizados e mortos. Etnocentrismo nos dias atuais A emigração é o movimento de chegada de pessoas a um país estrangeiro. A palavra vem do latim “ immigratus”, que significa se mudar para. Os emigrantes são pessoas que deixam seu lugar de origem para outro país. Ela pode ocorrer por diversos fatores como guerras, perseguições políticas, étnicas ou culturais, catástrofes naturais, busca de trabalho e melhores condições de vida, entre outros. O que vamos falar aqui é sobre o etnocentrismo e o preconceito que os emigrantes vêm sofrendo dia após dia ao deixar seu lugar de origem a procura de uma vida digna em outro país. Com nossos mundos econômicos e políticos é impossível falar sobre emigração e não falar sobre poder. Nos últimos 5 anos pelo menos 300 mil europeus migraram para o Brasil, a maioria para ocupar altos cargos em grandes empresas e ninguém questiona o fato deles “estarem vindo para roubar os nossos empregos” ou que eles vieram “passar todo tipo de doença pra gente”, pois acreditamos que eles são desenvolvidos e vão contribuir para o desenvolvimento do nosso paí. Já aos refugiados nos resta a imagem da pobreza e doenças. Por que os europeus não nos incomodam e os refugiados sim? Por todo o estereótipo e preconceito que eles carregam, por toda a informação da mídia sobre o lugar de origem deles como um lugar de miséria e subdesenvolvimento, a escritora nigeriana Chimamanda no livro “o perigo de uma história única” diz que: “mostre um povo como uma coisa, como somente uma coisa, repetidamente, e será o que eles se tornarão.” A mídia como um todo tem um papel fundamental na nossa visão sobre o mundo, e infelizmente às vezes nos deixamos levar, sem desenvolver um olhar crítico sobre um país ou local. Um exemplo é o continente africano que é visto como um local de extrema miséria, doenças e todos os tipos de catástrofes. É importante a disseminação de informações, mas além das negativas as positivas também. O continente Africano além de ter sido colonizado, escravizado e sucateado por séculos é um continente que resiste e luta todos os dias. E tem muitos pontos positivos, o continente é riquíssimo em ouro com 40% do ouro explorado no mundo, ela bate recordes de usuários de redes sociais, é rica em arquitetura como a pirâmide de Gizé, entre outras mil coisas positivas. O melhor jeito de destituir um povo é contar o seu próprio ponto de vista, comece a contar sobre as flechas dos índios e não sobre a chegada dos portugueses no Brasil e a história vai ser diferente. Comece a contar sobre o fracasso do estado africano e não com a criação do colonial do estado africano e você também terá uma história totalmente diferente. Devemos sim, escutar histórias diferentes contadas pelo próprio povo e sempre avaliar os dois lados e não apenas um. Procurarmos conhecer outras culturas porque só assim combatemos o etnocentrismo e todos os outros preconceitos, somente com conhecimento e empatia podemos construir uma sociedade melhor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MENESES, Paulo: Etnocentrismo e Relativismo Cultural. Disponível em : http://faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/747 Acesso em: 14 de Abril de 2021. BRITO, Zeila: Imigrantes:Entre Políticas, Conflitos e Preconceitos. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ceru/article/view/11917/13694 Acesso em :14 de Abril de 2021 NGZOZI, Chimamanda: Livro: O Perigo de uma história única. http://faje.edu.br/periodicos/index.php/Sintese/article/view/747 https://www.revistas.usp.br/ceru/article/view/11917/13694
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