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Moderna PLUS Suplemento de reviSão geografia Exemplar do professor. Silvia Helena de Camargo Madeira Bacharel e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professora de Geografia em escolas particulares de São Paulo. E st e su pl em en to é p ar te in te gr an te d o liv ro G eo gr af ia C on ex õe s – 2 a e di çã o – M od er na P lu s. N ão p od e se r ve nd id o se pa ra da m en te . frontis_suplemento de revisao_geo_ok.indd 8 10/18/10 3:06:17 PM Coordenação editorial: Fernando Carlo Vedovate, Wagner Nicaretta Edição de texto: Ana Carolina F. Muniz, Daiane Ciriáco, Cesar Brumini Dellore Coordenação de design e projetos visuais: Sandra Botelho de Carvalho Homma Projeto gráfico e capa: Everson de Paula, Marta Cerqueira Leite Foto: Plataforma de petróleo. © Larry Lee Photography/Corbis/Latinstock Coordenação de produção gráfica: André Monteiro, Maria de Lourdes Rodrigues Coordenação de arte: Wilson Gazzoni Agostinho Edição de arte: Flavia Maria Susi Assistência de produção: Marcia Nascimento Ilustrações: Adilson Secco, Selma Caparros, Keila Grandis, Studio Manga Cartografia: Alessandro Passos da Costa, Anderson de Andrade Pimentel, Fernando José Ferreira Coordenação de revisão: Elaine Cristina del Nero Revisão: Maria Cecília Kinker Caliendo Coordenação de pesquisa iconográfica: Ana Lucia Soares Pesquisa iconográfica: Ana Claudia Fernandez, Evelyn Torrecilla, Luciano Baneza Gabarron As imagens identificadas com a sigla CID foram fornecidas pelo Centro de Informação e Documentação da Editora Moderna. Coordenação de bureau: Américo Jesus Pré-impressão: Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira Silva, Helio P. de Souza Filho, Marcio H. Kamoto Tratamento de imagens: Arleth Rodrigues, Bureau São Paulo, Fabio N. Precendo, Pix Art, Rubens M. Rodrigues Coordenação de produção industrial: Wilson Aparecido Troque Impressão e acabamento: 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2010 Impresso no Brasil Moderna PLUS ISBN 978-85-16-06771-7 (LA) ISBN 978-85-16-06772-4 (LP) GeoPlus Supl_Rev. iniciais_1.indd 2 10/18/10 4:26:22 PM Apresentação Ao final do terceiro ano do Ensino Médio faz-se necessária uma revisão dos três anos de curso. O Suplemento de revisão foi organizado para esse momento. Ele acompanha o terceiro livro da Coleção Moderna Plus – Geografia e está organizado em 24 temas que sintetizam os principais conceitos dos três anos de curso. O texto destaca as palavras-chave do tema, organizando as informações essenciais. Imagens, mapas, gráficos e tabelas auxiliam na compreensão e na fixação dos conceitos revisados. Para cada tema, o material traz quatro páginas com questões de vestibulares e de exames nacionais selecionadas de diversos estados brasileiros. Ao longo do Suplemento de revisão, há remissões para o Portal Moderna Plus, que contém recursos multimídia como simuladores, vídeos, animações e textos para complementar o aprendizado. O Suplemento de revisão é um importante auxílio no estudo e na preparação para os exames de ingresso nas universidades. Bons estudos! GeoPlus Supl_Rev. iniciais_1.indd 3 10/15/10 1:56:13 PM 104 Suplemento de revisão GEOGRAFIA R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 105 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . ÁREA SUJEITA A INTENSO PROCESSO DE EROSÃO ÁREA SUJEITA A DESERTIFICAÇÃO EQUADOR TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO OCEANO ATLÂNTICO 50ºO 64 15 5 8 9 2 2 9 16 12 29 28 18 39 39 39 25 38 38 37 68 73 110 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 0 20 40 60 80 100 140 160 180 200 120 82 59 96 134 180 122 161 110 67 75 49 46 52 47 41 54 30 47 27 34 43 44 10 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 2000 0 10 20 20,6 14,8 19,0 20,4 25,9 34,2 38,5 42,7 49,7 23,8 24,8 30,6 39,0 43,6 49,4 58,4 5,8 4,8 4,4 4,7 4,8 5,1 6,7 8,7 40 50 60 70 B ilh õ es d e d ó la re s 30 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Exportação Importação Saldo Pequena agricultura comercial e de subsistência Pecuária melhorada Pecuária primitiva (extensiva) Extrativismo vegetal Grande agricultura comercial AGROPECUÁRIA II O Brasil possui uma das maiores áreas agrícolas do mundo. Milhares de brasileiros, porém, sofrem com a fome e a subnutrição, em decorrência da política de incentivo à agricultura de exportação e do processo de exclusão da terra que atingem a população de baixa renda do país. Agropecuária II A estrutura fundiária A distribuição das terras no Brasil se dá de forma extre- mamente desigual. Há grande concentração nas mãos de poucos, por conta sobretudo do processo histórico de constituição das propriedades rurais no país. Desde o início da colonização, a estrutura de propriedades se organizou em torno dos latifúndios, com o sistema de capitanias hereditárias e, posteriormente, das sesmarias. Também houve a posse de terras por pessoas que não eram suas proprietárias reconhecidamente. Em 1850, foi criada a primeira lei de terras do país, que extinguia o acesso à propriedade por meio da posse, tor- nando a compra obrigatória. Dessa forma, a terra tornou-se um bem inatingível para a população pobre, especialmente para os escravos libertos algumas décadas depois. A partir de 1950, as ligas camponesas, os sindicatos de trabalhadores rurais, a Igreja católica e o Partido Comu- nista Brasileiro intensificaram a luta pela terra. Em 1964, o governo militar aprovou o Estatuto da Terra, que previa a realização da reforma agrária e a modernização da agricultura. A aprovação do estatuto, porém, foi apenas uma estratégia para apaziguar os conflitos de terra — na prá- tica, houve apenas o incentivo à agricultura empresarial no Brasil e à criação de projetos de colonização na Amazônia, que deslocaram a violência do campo para a região. Em 1985, teve início a política de assentamentos de famí- lias no campo. A Constituição de 1988 promulgou leis que garantiriam a consolidação da reforma agrária por meio da desapropriação de terras consideradas de interesse social pela união. De acordo com estimativas, porém, apro- ximadamente 25% dos trabalhadores abandonaram esses assentamentos no primeiro ano e 35% desocuparam seus lotes no segundo ano. Esses maus resultados refletem a dura realidade dos assentamentos: cerca de 90% das fa- mílias assentadas não eram assistidas por abastecimento de água tratada e 80% não tinham energia elétrica, acesso a estradas ou assistência técnica. Portanto, para que a re- forma agrária tenha sucesso, mais do que apenas distribuir terras é preciso investir efetivamente em infraestrutura adequada para os assentados. A geografia agropecuária brasileira Os produtos oriundos do setor agropecuário representam 42% das exportações brasileiras, com destaque para soja, carnes, café, açúcar, fumo e suco de laranja. Há dois grupos de produtores rurais no país: os grandes proprietários de terra, que têm acesso a todo tipo de ino- vação tecnológica no campo e aos créditos dos bancos, e os pequenos agricultores, que produzem em pequenas e médias propriedades de caráter familiar e normalmente se integram à cadeia do agronegócio porque vendem a produção para grandes empresas do setor. Eles têm mais dificuldade de conseguir crédito e, muitas vezes, para não perder suas terras, entregam grande parte de seus lucros às instituições financeiras. Nove estados respondem por 85% da produçãoagropecuá- ria nacional: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. No Centro-Sul do país concentra-se a maior mecanização agrícola, com a consequente formação de complexos agroindustriais relacionados ao uso de insumos, como máquinas e fertilizantes, ao transporte, ao armazenamento dos produtos e à venda da produção. O Sudeste e o Sul do Brasil apresentam produção diver- sificada no campo, com destaque para a cana-de-açúcar, a laranja, o café, o fumo, a soja, o milho e a uva. A pecuá- ria também é bastante produtiva, especialmente a de criação, tanto para carne quanto para leite. O Centro-Oeste tem na produção de soja e na pecuária de corte suas grandes forças. A região possui os maiores rebanhos bovinos do Brasil e importantes frigoríficos. Já a produção de soja, para se tornar produtiva, necessitou antes superar a acidez dos solos e combater as pragas. Parcerias com a Embrapa foram fundamentais nesse processo. Estrutura fundiária do Brasil – 2003 Estratos de área em hectares Número dos imóveis rurais Área que ocupam em hectares Número absoluto Em % Número absoluto Em % Até 10 1.338.771 31,6 7.616.113 1,8 10 a menos de 100 2.272.718 53,6 76.757.747 18,2 100 a menos de 500 482.677 11,4 100.216.200 23,8 500 a menos de 1.000 75.158 1,8 52.191.003 12,4 De 1.000 a mais de 2.000 69.123 1,7 183.564.299 43,8 Total 4.238.447 100,0 420.345.362 100,0 Fonte: AgroStat Brasil. Disponível em: <www.agricultura.gov.br>. Acesso em: 28 set. 2009. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 143. Fonte: INCRA. II Plano Nacional de Reforma Agrária. Paz, produção e qualidade de vida no meio rural. Disponível em: <www.mda.gov.br>. Acesso em: 28 set. 2009. A fragilidade dos solos tropicais Apesar do extenso território, há muitas áreas em que os solos brasileiros apresentam limitações naturais à ativida- de agrícola, como a pobreza de nutrientes, a dificuldade de drenagem da água das chuvas — com o consequente risco de inundações — e a presença de solos rasos e áreas de forte declividade. A ação antrópica tem agravado esses problemas. Práticas como queimadas e exposição do solo à ação pluvial con- tribuem para processos erosivos, acidificação, laterização e desertificação; o uso indiscriminado de agrotóxicos provoca envenenamento dos solos, das plantações e das águas, o que prejudica os animais e o próprio homem. O solo de massapé, encontrado no Nordeste, com elevado teor de matéria orgânica, e a terra roxa, presente nas áreas do Sul e Sudeste do país que sofreram derrames basálticos na Era Mesozoica, são considerados os melhores do Brasil para a prática agrícola. Fonte: Balanço da reforma agrária 2000. Disponível em: <www.incra.gov.br/reforma>; <www.mst.org.br>; <www.cptnac.com.br>. Acesso em: 28 set. 2009. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2003. p. 32. Brasil: impactos ambientais Assassinatos de trabalhadores rurais – 1964-2007 Brasil: balança comercial do agronegócio – 2006-2007 Brasil: uso da terra 000 km Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br Texto: O Sertão é agora. Temas Seleção de 24 temas que sintetizam os conceitos principais dos três anos de curso. Síntese do conteúdo Texto organizado, com mapas, tabelas, gráficos e imagens, destacando as palavras-chave. ORGANIZAÇÃO DO SUPLEMENTO O Suplemento de revisão apresenta a síntese dos principais tópicos dos três anos de curso, acompanhada por questões de vestibulares. GeoPlus Supl_Rev. iniciais_1.indd 4 10/15/10 2:56:39 PM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 106 Suplemento de revisão GEOGRAFIA No Vestibular 1973 1979 1987 1983 Agropecuária II 1. (UFG-GO) Observe a imagem a seguir. As características da paisagem representadas na imagem indicam a existência de solosa) profundos e de elevada fertilidade natural. b) profundos e ricos em matéria orgânica. c) rasos, ácidos e pobres em minerais. d) rasos e ricos em minerais básicos. e) profundos, ácidos e de baixa fertilidade natural. 2. (UFRRJ) A agricultura brasileira vem se transformando, nas últimas décadas, como resultado de sua articulação cada vez maior com o setor industrial. A expansão das culturas de produtos agrícolas de exportação, marcada pelo con- sumo de tratores, máquinas e insumos industriais, seria a expressão dessa modernização. A partir do texto: a) cite duas razões para a modernização da agricultura na Região Centro-Sul. b) apresente dois exemplos que mostrem como a aplica- ção de produtos agroquímicos vem provocando graves desequilíbrios ambientais. c) apresente dois exemplos que mostrem como a “indus- trialização da agricultura” vem alterando as relações de produção na agricultura brasileira. 3. (Unitau-SP) Indique a alternativa incorreta relacionada à questão agrária no Brasil.a) A maior parte das terras agrícolas encontra-se em mãos de grandes proprietários.b) Os grandes latifundiários mantêm a maior parte de suas terras sob índices de produtividade extremamente baixos. c) A grande propriedade impede a multiplicação dos pequenos produtores e, portanto, a própria produção agropecuária do país.d) O latifúndio absorve um mínimo de mão de obra. e) Não há terras improdutivas no Brasil, já que os grandes latifúndios têm altíssimos índices de aproveitamento do solo. 4. (Unicamp-SP) Considerando as condições naturais das áreas de cultivo de soja, explique como foi possível ocorrer a expansão geográfica desse cultivo. Fonte: Veja, maio 1988. FA B IO C O LO M B IN I 2. de sumo de tra expr A partir do texto: a) 104 Suplemento de revisão GEOGRAFIA R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 105 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . ÁREA SUJEITA A INTENSO PROCESSO DE EROSÃO ÁREA SUJEITA A DESERTIFICAÇÃO EQUADOR TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO OCEANO ATLÂNTICO 50ºO 64 15 5 8 9 2 2 9 16 12 29 28 18 39 39 39 25 38 38 37 68 73 110 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 0 20 40 60 80 100 140 160 180 200 120 82 59 96 134 180 122 161 110 67 75 49 46 52 47 41 54 30 47 27 34 43 44 10 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 2000 0 10 20 20,6 14,8 19,0 20,4 25,9 34,2 38,5 42,7 49,7 23,8 24,8 30,6 39,0 43,6 49,4 58,4 5,8 4,8 4,4 4,7 4,8 5,1 6,7 8,7 40 50 60 70 B ilh õ es d e d ó la re s 30 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Exportação Importação Saldo Pequena agricultura comercial e de subsistência Pecuária melhorada Pecuária primitiva (extensiva) Extrativismo vegetal Grande agricultura comercial AGROPECUÁRIA II O Brasil possui uma das maiores áreas agrícolas do mundo. Milhares de brasileiros, porém, sofrem com a fome e a subnutrição, em decorrência da política de incentivo à agricultura de exportação e do processo de exclusão da terra que atingem a população de baixa renda do país. Agropecuária II A estrutura fundiária A distribuição das terras no Brasil se dá de forma extre- mamente desigual. Há grande concentração nas mãos de poucos, por conta sobretudo do processo histórico de constituição das propriedades rurais no país. Desde o início da colonização, a estrutura de propriedades se organizou em torno dos latifúndios, com o sistema de capitanias hereditárias e, posteriormente, das sesmarias. Também houve a posse de terras por pessoas que não eram suas proprietárias reconhecidamente. Em 1850, foi criada a primeira lei de terras do país, que extinguia o acesso à propriedade por meioda posse, tor- nando a compra obrigatória. Dessa forma, a terra tornou-se um bem inatingível para a população pobre, especialmente para os escravos libertos algumas décadas depois. A partir de 1950, as ligas camponesas, os sindicatos de trabalhadores rurais, a Igreja católica e o Partido Comu- nista Brasileiro intensificaram a luta pela terra. Em 1964, o governo militar aprovou o Estatuto da Terra, que previa a realização da reforma agrária e a modernização da agricultura. A aprovação do estatuto, porém, foi apenas uma estratégia para apaziguar os conflitos de terra — na prá- tica, houve apenas o incentivo à agricultura empresarial no Brasil e à criação de projetos de colonização na Amazônia, que deslocaram a violência do campo para a região. Em 1985, teve início a política de assentamentos de famí- lias no campo. A Constituição de 1988 promulgou leis que garantiriam a consolidação da reforma agrária por meio da desapropriação de terras consideradas de interesse social pela união. De acordo com estimativas, porém, apro- ximadamente 25% dos trabalhadores abandonaram esses assentamentos no primeiro ano e 35% desocuparam seus lotes no segundo ano. Esses maus resultados refletem a dura realidade dos assentamentos: cerca de 90% das fa- mílias assentadas não eram assistidas por abastecimento de água tratada e 80% não tinham energia elétrica, acesso a estradas ou assistência técnica. Portanto, para que a re- forma agrária tenha sucesso, mais do que apenas distribuir terras é preciso investir efetivamente em infraestrutura adequada para os assentados. A geografia agropecuária brasileira Os produtos oriundos do setor agropecuário representam 42% das exportações brasileiras, com destaque para soja, carnes, café, açúcar, fumo e suco de laranja. Há dois grupos de produtores rurais no país: os grandes proprietários de terra, que têm acesso a todo tipo de ino- vação tecnológica no campo e aos créditos dos bancos, e os pequenos agricultores, que produzem em pequenas e médias propriedades de caráter familiar e normalmente se integram à cadeia do agronegócio porque vendem a produção para grandes empresas do setor. Eles têm mais dificuldade de conseguir crédito e, muitas vezes, para não perder suas terras, entregam grande parte de seus lucros às instituições financeiras. Nove estados respondem por 85% da produção agropecuá- ria nacional: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. No Centro-Sul do país concentra-se a maior mecanização agrícola, com a consequente formação de complexos agroindustriais relacionados ao uso de insumos, como máquinas e fertilizantes, ao transporte, ao armazenamento dos produtos e à venda da produção. O Sudeste e o Sul do Brasil apresentam produção diver- sificada no campo, com destaque para a cana-de-açúcar, a laranja, o café, o fumo, a soja, o milho e a uva. A pecuá- ria também é bastante produtiva, especialmente a de criação, tanto para carne quanto para leite. O Centro-Oeste tem na produção de soja e na pecuária de corte suas grandes forças. A região possui os maiores rebanhos bovinos do Brasil e importantes frigoríficos. Já a produção de soja, para se tornar produtiva, necessitou antes superar a acidez dos solos e combater as pragas. Parcerias com a Embrapa foram fundamentais nesse processo. Estrutura fundiária do Brasil – 2003 Estratos de área em hectares Número dos imóveis rurais Área que ocupam em hectares Número absoluto Em % Número absoluto Em % Até 10 1.338.771 31,6 7.616.113 1,8 10 a menos de 100 2.272.718 53,6 76.757.747 18,2 100 a menos de 500 482.677 11,4 100.216.200 23,8 500 a menos de 1.000 75.158 1,8 52.191.003 12,4 De 1.000 a mais de 2.000 69.123 1,7 183.564.299 43,8 Total 4.238.447 100,0 420.345.362 100,0 Fonte: AgroStat Brasil. Disponível em: <www.agricultura.gov.br>. Acesso em: 28 set. 2009. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 143. Fonte: INCRA. II Plano Nacional de Reforma Agrária. Paz, produção e qualidade de vida no meio rural. Disponível em: <www.mda.gov.br>. Acesso em: 28 set. 2009. A fragilidade dos solos tropicais Apesar do extenso território, há muitas áreas em que os solos brasileiros apresentam limitações naturais à ativida- de agrícola, como a pobreza de nutrientes, a dificuldade de drenagem da água das chuvas — com o consequente risco de inundações — e a presença de solos rasos e áreas de forte declividade. A ação antrópica tem agravado esses problemas. Práticas como queimadas e exposição do solo à ação pluvial con- tribuem para processos erosivos, acidificação, laterização e desertificação; o uso indiscriminado de agrotóxicos provoca envenenamento dos solos, das plantações e das águas, o que prejudica os animais e o próprio homem. O solo de massapé, encontrado no Nordeste, com elevado teor de matéria orgânica, e a terra roxa, presente nas áreas do Sul e Sudeste do país que sofreram derrames basálticos na Era Mesozoica, são considerados os melhores do Brasil para a prática agrícola. Fonte: Balanço da reforma agrária 2000. Disponível em: <www.incra.gov.br/reforma>; <www.mst.org.br>; <www.cptnac.com.br>. Acesso em: 28 set. 2009. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2003. p. 32. Brasil: impactos ambientais Assassinatos de trabalhadores rurais – 1964-2007 Brasil: balança comercial do agronegócio – 2006-2007 Brasil: uso da terra 000 km Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br Texto: O Sertão é agora. Um pequeno texto informa resumidamente o tema a ser tratado na dupla de páginas. No Vestibular Para cada tema, quatro páginas com questões de vestibulares de todo o país, selecionadas com o intuito de auxiliar na compreensão e na fixação dos conteúdos revisados. ORGANIZAÇÃO DO SUPLEMENTO Conteúdo digital Moderna Plus Remissão para o Portal Moderna Plus, que contém recursos multimídia como: simuladores, vídeos, animações e textos complementares. GeoPlus Supl_Rev. iniciais_1.indd 5 10/18/10 4:23:48 PM GeoPlus Supl_Rev. iniciais_1.indd 6 10/15/10 1:56:23 PM SUMÁRIO Tema 1 Globalização e blocos econômicos 8 Tema 2 Planeta Terra e suas representações cartográficas 14 Tema 3 Região e regionalização do Brasil 20 Tema 4 População I 26 Tema 5 População II 32 Tema 6 As formas de relevo 38 Tema 7 Tipos climáticos mundiais 44 Tema 8 Biomas mundiais 50 Tema 9 A hidrografia 56 Tema 10 Brasil: relevo 62 Tema 11 Climas do Brasil 68 Tema 12 Domínios morfoclimáticos brasileiros 74 Tema 13 Urbanização I 80 Tema 14 Urbanização II 86 Tema 15 Espaço mundial: indústria 92 Tema 16 Agropecuária I 98 Tema 17 Agropecuária II 104 Tema 18 Recursos energéticos I 110 Tema 19 Recursos energéticos II 116 Tema 20 A indústria no Brasil 122 Tema 21 Ásia 128 Tema 22 África 134 Tema 23 América anglo-saxônica 140 Tema 24 Europa 146 GeoPlus Supl_Rev. iniciais_1.indd 7 10/15/10 1:56:23 PM 8 Suplemento de revisão GEOGRAFIA R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Globalização e blocos econômicos R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Globalização e blocos econômicos O mundo sofreu importantes transformações durante o século XX. O pós-Segunda Guerra foi marcado pela bipolarização mundial. A crise do socialismo, a partir de 1980, mudou profundamente as relações geopolíticas estabelecidas e redesenhou as fronteiras político-econômicas planetárias. Do mundo bipolar à multipolarização O fim da Segunda Guerra Mundial marcou a divisão do mundo em dois polos antagônicos de poder: um liderado pelos Estados Unidos, constituído por países capitalistas, e outro comandado pela União Soviética, que agregava paísessocialistas. Durante pouco mais de quatro décadas a humanidade con- viveu com a tensa disputa pela hegemonia mundial entre as duas superpotências. Esse período ficou conhecido como Guerra Fria. A década de 1980 trouxe à tona, porém, a crise do socialismo e o colapso desse sistema socioeconômico, acompanhado da redefinição das fronteiras no antigo mundo socialista. A pró- pria União Soviética sofreria fragmentação territorial e, pouco tempo depois, nações como Tchecoslováquia e Iugoslávia passariam por processos semelhantes. O mundo passou a ser predominantemente capitalista, com três eixos principais de poder: Estados Unidos, cuja área de influência se dá principalmente no continente americano; o Japão, dominante na bacia do Pacífico; e a União Europeia, bas- tante influente no continente africano e no Oriente Médio. Paralelamente a essas mudanças, o mundo vem assistindo a uma importante revolução tecnológica em setores como a informática e as telecomunicações. Com a chamada era tecnocientífico-informacional, inaugura-se um novo período em que as relações entre os lugares vêm sendo progressiva- mente modificadas e redefinidas. A difusão da internet tem possibilitado o acesso cada vez maior às informações, ao conhecimento e a produtos de várias procedências, além do contato quase que “instantâneo” entre indivíduos e culturas de diferentes cantos do planeta. Globalização e regionalização A globalização tem sido impulsionada principalmente pelo comércio exterior. Há a internacionalização da economia e a abertura das fronteiras, garantida pelo intercâmbio de pro- dutos, de culturas e até mesmo de hábitos de consumo. Verifica-se na prática um papel fundamental da propagan- da, da mídia e da internet nesse processo, com tendência ao controle e à manipulação das informações, em especial na difusão do consumismo. Critica-se a massificação cul- tural imposta sobretudo pelas indústrias dos países mais ricos, que levaria populações a se afastarem de costumes e hábitos culturais transmitidos há gerações. Fonte: El atlas de Le Monde Diplomatique II. Buenos Aires: Capital Intelectual, 2006. p. 52. O mundo bipolar – 1948-1991 2.010 km GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 8 10/15/10 2:03:56 PM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 9GLOBALIZAÇÃO E BLOCOS ECONÔMICOS R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br Mapa interativo: Os megablocos. FRANÇA ALEMANHA ESPANHA PORTUGAL ITÁLIA REINO UNIDO IRLANDA PAÍSES BAIXOS LUXEMBURGO BÉLGICA GRÉCIA REP. TCHECA ESLOVÁQUIA BULGÁRIA ROMÊNIA MACEDÔNIA CROÁCIA HUNGRIAÁUSTRIA ESLOVÊNIA DINAMARCA ESTÔNIA LETÔNIA LITUÂNIA POLÔNIA TURQUIA MALTA CHIPRE SUÉCIA ISLÂNDIA FINLÂNDIA OCEANO ATLÂNTICO MAR NEGRO CIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICOCIRCULO POLAR ÁRTICO M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H M ER ID IA N O D E G R EE N W IC H União Europeia Países que adotam o euro Países pretendentes OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO Estado membro Estado associado Estado observador União Europeia – 2009 Área de influência Fonte: Calendario atlante De Agostini 2007. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2006. (Atualizado.) A globalização tem aprofundado também o desnível en- tre países ricos e pobres. A desigualdade tecnológica entre as nações contribuiu para reforçar esse panorama, além de acentuar, como consequência, a disparidade salarial e as desiguais condições de vida entre as popu- lações dos países. Há resistência, porém, a essa invasão cultural e, muitas vezes, reforça-se o sentimento de nação. Portanto, para- lelamente ao globalismo dominante, há lugar também para manifestações que procuram enfatizar aspectos culturais e sociais, entre outros, do espaço local. Outro paradoxo interessante da globalização é a formação de blocos econômicos regionais, pois, ao mesmo tempo que se prega a existência de um grande mercado mundial, há a tendência de os países se agruparem em blocos regionais que têm no protecionismo um de seus pilares. As etapas de integração O primeiro estágio de aproximação econômica é a chamada zona de livre-comércio. Nela, os países-membros realizam trocas comerciais com a redução ou a isenção das tarifas alfandegárias. O segundo estágio é denominado união aduaneira e nele, além de funcionar uma zona de livre-comércio, os países estabelecem a Tarifa Externa Comum (TEC), que tem por objetivo criar regras comuns para as relações comerciais com as nações de fora do bloco. No terceiro estágio, denominado mercado comum, além das etapas anteriores, os países firmam acordos que garantem o fluxo de pessoas, serviços e capital entre os membros do bloco. Há também o nível de integração denominado união mo- netária, que prevê todos os níveis anteriores somados ao uso de uma moeda única, a uma possível política comum de defesa e a diretrizes econômicas que valham para todos os países-membros. Os principais blocos regionais O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foi criado por meio de um tratado assinado em 1988, que estabeleceu uma zona de livre-comércio agregando Canadá, Estados Unidos e México. Em vigor desde 1994, enfrenta dificuldades que envolvem sobretudo a partici- pação mexicana no Nafta. Há exploração da mão de obra dos trabalhadores do México, com a instalação no país das chamadas maquiladoras, e o desejo americano de, com essa integração, resolver os problemas advindos da migração ilegal na fronteira dos dois países. Essa iniciativa, porém, não trouxe resultados concretos. A União Europeia (UE) é o bloco em estágio mais avançado de integração, já tendo alcançado a união monetária. A ideia de unir países para fortalecer suas economias surgiu na Europa, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, com a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca). O Tratado de Roma criou o Mercado Comum Europeu em 1957 e, finalmente, em 1992 o Tratado de Maastricht criou a União Europeia, que em 2006 contava com 27 membros. Desde 1999 circula a moeda única no bloco, o euro, utilizada por 15 países. A grande heterogeneidade econômica e cul- tural entre os países-membros e o risco de conflitos étnico- O Mercado Comum do Sul (Mercosul) surgiu em 1991, com a assinatura do Tratado de Assunção, e funciona como uma união aduaneira. São membros efetivos: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, estando esta última ainda em processo de adaptação aos princípios do bloco. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador são membros associados, par- ticipando apenas da zona de livre-comércio. Um dos principais desafios do Mer- cosul é superar os desníveis econômicos entre seus membros e buscar novos parceiros comerciais. Há outras iniciativas de inte- gração entre países latino- -americanos, como a Aladi, o Pacto Andino, a Unasul, o Caricom e o MCCA. A Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec) tem por objetivo se tornar, até 2020, a maior zona de livre-comércio do mundo. Agrega algumas das maiores potências econô- micas da atualidade, como Japão e Estados Unidos, ao lado de economias frágeis, como as do Chile e do Peru. Essa desigualdade econômica,somada à heterogeneidade cul- tural e política, dificulta a integração efetiva do bloco. Fonte: Classificados Mercosul. Disponível em: <www.classificadosmercosul.com.br>. (com modificações). Acesso em: 30 set. 2009. Mercosul 530 km 2.470 km -religiosos e sociais, decorrentes sobretudo da imigração de indivíduos provenientes de nações menos desenvolvidas da União Europeia para as mais ricas, ainda impõem, contudo, desafios ao processo de integração plena do bloco. GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 9 10/18/10 8:59:46 AM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 10 Suplemento de revisão GEOGRAFIA No Vestibular Conceitos fundamentais da Àlgebra R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . No Vestibular Globalização e blocos econômicos 1. (UFMT) Na economia mundial globalizada, a terceirização surge como estratégia para o aumento da produtividade, da competitividade e da diminuição de custos. Assinale a alternativa que apresenta um efeito da terceirização. a) Redução do número de micros, pequenas e médias empresas, incorporadas pelos monopólios ou oligo- pólios. b) Aumento do número de empregados diretos na cadeia produtiva, com fortalecimento das reivindicações tra- balhistas e do movimento sindical. c) Redução da eficiência empresarial, com mais morosi- dade nas decisões administrativas, com a contratação direta de prestadores de serviços. d) Substituição das relações formalizadas de emprego por relações informais de compra e venda de serviços. e) Diminuição da participação, na economia, das ativida- des de serviços (setor terciário), diretamente relacio- nadas ao processo de industrialização. 2. (UFCG-PB) União Europeia, Nafta, Mercosul, Apec, Pacto Andino são alguns exemplos de blocos econômicos re- gionais definidos pelo processo de integração econômica entre países. “Na realidade, esses mercados internacionais constituem um dos caminhos ou etapas da globalização, da interdependência crescente de todos os países e povos do mundo, de uma amplia- ção de mercados, entre outros.” VESENTINI, J. W. Geografia: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2005. p. 210. Em relação ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), assinado em 1993, que representa a pro- gressiva integração econômica entre os EUA, o Canadá e o México, é correto afirmar que: a) abriu, progressivamente, as fronteiras entre os países- -membros, facilitando a livre circulação de mercado- rias, serviços e mão de obra entre eles. b) aproximou os padrões e os níveis de consumo da po- pulação mexicana aos padrões e níveis de consumo das populações estadunidense e canadense. c) desestruturou a agricultura mexicana. Com a criação desse bloco, os produtos agrícolas dos EUA (subsidiados, isentos de impostos e vendidos a preços inferiores aos praticados no mercado interno mexicano) inundaram o México, provocando o abandono de terras cultivadas, o desemprego de milhares de camponeses, a emigração de milhares de agricultores para os EUA, a elevação das importações mexicanas de produtos agrícolas etc. d) transformou o México no principal parceiro comercial do Canadá, que, dessa forma, deixou de ser o “quintal” do Reino Unido, com quem mantinha a maior parte de suas relações comerciais antes do bloco. e) intensificou a transferência das fábricas maquiladoras dos EUA para a região metropolitana da Cidade do México. A instalação dessas fábricas nessa aglomera- ção urbana aprofundou a concentração territorial da indústria e da população mexicanas. 3. (UFRR) Sobre globalização e pobreza, assinale a afirmativa incorreta. a) Para garantir o mínimo de condições de sobrevivência aos indivíduos, os países ricos difundiram os princípios do estado de bem-estar social. b) A ampliação da exclusão social pode estar vinculada aos princípios neoliberais que foram incorporados em várias partes do mundo. c) O processo de globalização econômica e financeira ampliou a diferença entre ricos e pobres, além de provocar empobrecimento da população, mesmo em países desenvolvidos. d) IDH, PIB, PNB, renda per capita, mortalidade infantil, expectativa de vida, escolaridade são índices utiliza- dos para a classificação dos países em ricos e pobres, desenvolvidos e subdesenvolvidos. e) A desconcentração espacial da riqueza na economia internacional tem aumentado a equidade social entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos. 4. (Unifal-MG) Observe a tabela abaixo, que mostra dados sobre a União Europeia, o Mercosul e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Bloco ou área de acordos comerciais População (milhões de habitantes) Produto Nacional Bruto − PNB (bilhões de dólares) Renda per capita média (dólares) União Europeia 375,4 8.272 23.226 Mercosul 210 1.111 5.370 Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) 191,08 166,4 1.584 Fonte: Adaptado de SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Trilhas da geografia: espaço geográfico mundial e globalização. São Paulo: Scipione, 2001. Com base na análise da tabela e em conhecimentos sobre a dinâmica dos blocos econômicos e da formação de áreas de acordos comerciais, assinale a afirmativa correta: a) Os dados revelam que a grande desigualdade socio- econômica intra e interblocos reflete os diferentes processos de formação socioespacial. b) A área de acordo comercial na África Austral é a mais promissora, devido ao grande mercado consumidor e à maior igualdade social. GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 10 10/15/10 2:04:00 PM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 11Globalização e blocos econômicos NO VESTIBULAR c) O Mercosul é o bloco que se encontra no estágio mais avançado de integração, entrando na fase da união monetária. d) A União Europeia, mesmo tendo os melhores índices de PNB e renda per capita, encontra dificuldades no processo de integração que permanece na união adua- neira. e) Os blocos, mesmo tendo diferenças, são exemplos de como os países podem se fortalecer numa estratégia contra a hegemonia do capitalismo imperialista. 5. (UFRRJ) A Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai formam o Mercosul (Mercado Comum do Sul), o organis- mo que estabelece as regras e os procedimentos para a integração econômica entre os quatro países. Sobre esse bloco econômico, é correto afirmar que: a) integra países com povoamento, dinâmica econômica e nível de renda muito diferentes. b) estabelece “fronteiras abertas” para o livre deslocamen- to de pessoas, produtos e capitais. c) permite a livre circulação dos bens industriais sem restrições e barreiras alfandegárias. d) restringe os fluxos migratórios devido às rivalidades históricas existentes dentro do bloco. e) amplia a competitividade do setor agropecuário devido à diferença no valor da terra. 6. (UFRRJ) Nas últimas décadas do século XX, intensifica- -se a ampliação das redes econômicas e culturais. Hoje podemos admitir a existência de um sistema-mundo no qual o modelo econômico e cultural a ser copiado é o da sociedade ocidental. b) apresente dois valores da sociedade ocidental que são apresentados como referência para o sistema- -mundo. 7. (Uerj) A estrutura desse sistema internacional de circulação alcançou tal grau de complexidade que ultrapassa a compreensão da maio- ria das pessoas. As fronteiras entre funções diferentes como as de bancos, corretoras, serviços financeiros, financiamento habi- tacional, crédito ao consumidor etc. tornaram-se cada vez maisporosas, ao mesmo tempo que novas transações futuras de mer- cadorias, de ações, de moedas ou de dívidas surgiram em toda parte, introduzindo o tempo futuro no tempo presente de manei- ras estarrecedoras. Adaptado de HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992. O texto faz referência a características de um dos mais importantes aspectos do atual estágio do capitalismo. Dois fatores que contribuem para o fenômeno destacado pelo autor do fragmento estão apontados em: a) aumento da especulação financeira − maior eficiência das redes de transportes. b) controle do Banco Mundial sobre o sistema financeiro − formação da União Monetária Mundial. c) desregulamentação dos mercados financeiros − disse- minação das tecnologias da informação. d) padronização dos horários de funcionamento dos centros financeiros − surgimento dos bancos globais. 8. (UFRRJ) Seguindo uma tendência mundial de organização de blocos econômicos, os países sul-americanos criaram o Mercosul − Mercado Comum do Sul. Analise as afirmações abaixo e assinale a opção correta: a) O Mercosul foi criado na década de 1980 através do Tra- tado de Assunção assinado pelos países-membros ou Estados partes: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. b) Após a criação do Mercosul, mais sete países aderiram ao tratado como países associados: Bolívia, Chile, Co- lômbia, Equador, Peru, Venezuela e Guiana Francesa. c) A presidência do Mercosul é exercida por rotação dos Estados membros, em ordem alfabética, pelo período de um ano. d) Os Estados Unidos não têm interesse no sucesso do Mercosul porque este poderia atrasar a consolidação da ALCA − Área de Livre Comércio das Américas. e) Um dos maiores motivos do sucesso do Mercosul está relacionado à economia diversificada e aos parques industriais venezuelano e brasileiro. A partir do texto e da foto: a) cite dois avanços tecnológicos que aceleraram a mun- dialização da economia. H EI N R IC H V A N D EN B ER G /G A LL O IM A G ES /G ET TY IM A G ES As redes de informação, os sistemas de comunicação por satélites, a informática, as transnacionais deslocam unidades produtivas para os países periféricos. Os valores políticos da democracia liberal e representativa, do pluripartidarismo e do direito ao voto; os valores de liberdade, do direito dos homens e dos povos de autogovernar-se; os valores do consumo e do individualismo em detrimento do coletivo. GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 11 10/15/10 2:04:01 PM 12 Suplemento de revisão GEOGRAFIA R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . anos 1960 anos 1950 1850-1930 1500-1840 9. (Unicamp-SP) As transformações representadas na figura a seguir permitiram ao autor considerar que há “aniqui- lamento do espaço pelo tempo”. 11. (Unioeste-PR) Sobre o Mercosul − Mercado Comum do Sul, assinale a alternativa correta. a) Trata-se de bloco econômico supranacional que no momento de sua constituição oficial, no início da dé- cada de 1990, era formado exclusivamente pelo Brasil e Argentina. b) As primeiras tentativas de integração entre as nações americanas, que resultaram posteriormente no Mer- cosul, podem ser identificadas na década de 1950, com a criação da Alalc − Associação Latino-Americana de Livre Comércio e do Nafta − Acordo de Livre Comércio da América do Norte. c) Caracteriza-se pela união econômica e monetária entre os atuais países-membros, seguindo a tendência de organização encontrada na União Europeia. d) Entre os objetivos esperados pela criação desse bloco econômico, consta o aumento do comércio entre os países-membros, algo que ainda não foi alcançado. e) Os Estados partes do Mercosul são Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela é Estado parte em pro- cesso de adesão, dependendo ainda da aprovação dos congressos nacionais para tornar-se membro pleno. 12. (UFPR, adaptado) Observa-se, neste final de século, a organização de alguns países em torno de grandes blocos econômicos. Surgida na Europa na década de 1950, a C.E.E. também se revigora na atualidade, com consequências nas relações econômicas internacionais. Responda: a) O que significa C.E.E.? b) Quais os principais objetivos dessa organização? 13. (UFBA) Com base nos conhecimentos sobre a reorganiza- ção do espaço geográfico mundial, no pós-guerra, pode-se afirmar: (01) O comércio intrablocos é facilitado pela ausência de tarifas alfandegárias, o que não ocorre com o comércio interblocos. (02) Nas relações internacionais, está desaparecendo a distinção entre vencedores e vencidos da Segunda Guerra Mundial, embora, em termos políticos e militares, reafirme-se a hegemonia das superpotên- cias. (04) A Polônia e a Tchecoslováquia subsistiram à falência do bloco socialista e conservam a integridade ideo- lógica e territorial. (08) Os países do Sudeste Asiático se organizaram em blocos, na tentativa de reduzir as diferenças em relação aos países centrais. (16) As relações socioespaciais de Israel com os povos vizinhos visam pôr fim aos conflitos existentes e consolidar o próprio Estado. Soma: __________________ a) Por que, observando a figura, é possível afirmar que há “aniquilamento do espaço pelo tempo”? b) Justifique sua resposta relacionando-a ao processo de globalização. 10. (Unitau-SP) No Tratado do Mercosul, foi criada uma zona de livre-comércio. Explique o que isso significa. (1500-1840) A melhor média de velocidade das carruagens e dos barcos a vela era de 16 km/h. (1850-1930) As locomotivas a vapor alcançavam em média 100 km/h; os barcos a vapor, 57 km/h. (Anos 1950) Aviões a propulsão: 480-640 km/h. (Anos 1960) Jatos de passageiros: 800-1.100 km/h. Adaptado de HARVEY, D. A condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1989. p. 220. O avanço tecnológico causou um aparente encurtamento das distâncias entre os lugares. A tecnologia, com os avanços da informática e das telecomunicações, permitiu o contato direto e em tempo real com lugares situados a milhares de quilômetros de distância. Também houve facilitação no acesso a produtos sofisticados, como computadores e telefones celulares, e à informação. Acordo econômico que visa facilitar as trocas comerciais entre os países-membros por meio da isenção de tarifas alfandegárias e comércio com outros blocos. Significa Comunidade Econômica Europeia. Facilitar e ampliar o comércio entre seus membros e enfrentar a concorrência com Japão e Estados Unidos. 01 + 02 + 08 = 11 GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 12 10/18/10 10:43:53 AM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 13Globalização e blocos econômicos NO VESTIBULAR R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 14. (FGV-SP) Em 1991, um tratado foi assinado na cidade ho- landesa de Maastricht, cujo texto apresenta significativa revisão do Tratado de Roma de 1957. Esse novo tratado redefine os objetivos e diretrizes político-econômicas de uma comunidade de países, agora em um mundo não mais polarizado por duas grandes potências. O texto refere-se ao tratado assinado pelos: a) sete países de maior importância no mundo capitalista na busca da adoção de uma política de salvaguardas de seus interesses comuns. b) Estados Unidos, Alemanha, França, Japão e Canadá que redefinem estratégias econômicas globais para o planeta e formas de incorporação política da Europa Oriental. c) países ligados a OTAN que determinam ações ime- diatas a serem implementadas contra todos os países que, como o Iraque e a Líbia, continuamproduzindo armamentos pesados. d) países do Mercado Comum Europeu e pelo Japão que reforçam as suas relações político-econômicas vol- tadas ao fortalecimento de seus programas de ajuda mútua. e) países da Comunidade Europeia, definindo uma etapa superior de unificação econômica e política, inclusive com futura adoção de uma moeda única. 15. (Uece) Uma tendência do processo de globalização, as nações tendem a se agregar em grupos, formando mer- cados comuns. Sobre essa integração econômica é correto afirmar: a) Na América, os dois blocos mais importantes se for- maram desde a década de 1980. b) Dos blocos americanos, o Mercosul é o que tem mais se ampliado nos últimos anos. c) A Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico − APEC − agrega somente o Japão e os Tigres Asiáticos. d) A formação de mercados comuns tem reduzido o fluxo comercial do Pacífico e intensificado mais o do oceano Atlântico. 16. (UFRGS-RS) Vivemos uma nova revolução tecnológica, que une os diversos lugares do mundo num processo acelerado de globalização. A esse respeito, assinale a afirmação incorreta. a) Este processo caracteriza-se pelo desenvolvimento de ramos fundamentais da Tecnologia, como a informática e a mecatrônica. b) Uma das características da globalização da economia é a formação de megablocos regionais, como a União Europeia, o Mercosul e o Nafta. c) Os investimentos em Ciência e Tecnologia são funda- mentais neste processo. Os EUA, Japão e África do Sul lideram os investimentos em Ciência e Tecnologia no mundo. d) Empresas transnacionais como IBM, Sony e Microsoft atuam no setor da informática. e) A comunicação por redes tem possibilitado o armaze- namento e a transmissão de informações, acelerando e ampliando o conhecimento científico. 17. (Fuvest-SP) Chefes de Estado e de governo dos países-membros anuncia- ram, em Jacarta, em novembro de 1994, a aceitação do Chile no maior mercado livre do mundo, que estará em plena atividade até o ano 2020. Vivem na região mais de 2 bilhões de pessoas, que respondem por 50% da produção industrial e pelo menos 40% do comércio do planeta. Adaptado de O Estado de S. Paulo, 16 nov. 1994. a) Dê o nome do bloco mundial a que se refere o texto anterior e apresente dois de seus principais objetivos. b) Discuta a heterogeneidade dos países-membros, ilustrando sua argumentação com pelo menos dois exemplos. 18. (UFMG) Desde os anos de 1980, têm sido observadas algumas importantes modificações em aspectos da or- ganização econômica, social e política do mundo. a) Enumere dois aspectos da organização do mundo atual que têm sido considerados como indícios do estabeleci- mento de uma nova ordem econômica mundial. b) Cite um problema relacionado com os recursos humanos e outro relacionado com a atividade industrial do Brasil, que têm sido apontados como entraves à maior participação do país na nova ordem econômica mundial. 19. (Ufes) “O mundo do pós-Guerra Fria é um mundo de polaridades indefi- nidas, que obedece a duas lógicas: a globalização e a fragmentação.” Cadernos do Terceiro Mundo. p. 177. Exemplifique, com dois fatos do mundo atual, a coexis- tência dos processos de globalização e fragmentação. Apec (Associação de Cooperação Ásia-Pacífico), cujos principais objetivos são aprimorar o comércio e facilitar a circulação de capital entre seus membros. Há grande diversidade econômica entre seus membros. Tal situação é clara se comparamos o potencial econômico do próprio Chile com o Japão. A formação de blocos econômicos e a globalização da economia. A má qualidade na formação do indivíduo, o que gera mão de obra de baixa qualificação; a necessidade de modernização da indústria, de forma a torná-la mais competitiva. Globalização: formação de blocos econômicos. Fragmentação: desmembramento da ex-União Soviética. GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 13 10/15/10 2:04:03 PM 14 Suplemento de revisão GEOGRAFIA Planeta Terra e suas representações cartográficas A cartografia realiza estudos de observação direta ou de análise de documentação para elaborar mapas, cartas ou outras formas de representação de fenômenos, elementos, objetos ou ambientes físicos e socioeconômicos. A interpretação desse material produzido é fundamental para que se conheça e utilize um território. OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO 60º 0º 0º 30º 30º 30º 30º 90º 60º 60º 60º90º 90º120º150º180º 90º 120º 150º 180º Brasília Dacar Argel Madri Reykjavlk Berlim Moscou Cairo Paris Londres Bucareste Teerã Riad Astana Nova Délhi Pequim Seul Tóquio Hong Kong Manila Jacarta Melbourne Sidnei Is. Fiji Trípoli Niamei Luanda Cidade do Cabo Maputo Nairóbi Adis Abeba Is. Maldivas Cabo Verde Is. Canárias Is. Madeira Açores Georgetown Bogotá Los Angeles Cidade do México Vancouver Ottawa Washington Nova York Lima Buenos Aires Is. Falkland (Malvinas) Is. Galápagos Is. Havaí Is. Aleutas Is. PitcalrnIs. Tonga –12 –11–10 –9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10+11+12 1 3 4 2 0º Aumento da área florestada (%) Desmatamento (%) mais de 2,5 de 1,0 a 2,5 menos de 1,0 menos de 0,5 de 0,5 a 1,0 de 1,1 a 2,0 mais de 2,0 Área total de florestas (mil km2) 8.100 5.000 3.000 1.000 200 CANADÁ ESTADOS UNIDOS BRASIL RDC RÚSSIA CHINA INDONÉSIA AUSTRÁLIA Horário universal de Greenwich Horário fracionado Linha de mudança de data A Terra e seus movimentos O movimento realizado pela Terra ao redor do Sol é denominado translação e se completa num período aproximado de 365 dias e 6 horas. Esse movimento, somado à inclinação do eixo do planeta — 23o27’ em relação ao plano de sua órbita ao redor do Sol —, resulta nas estações do ano. A inclinação do eixo da Terra também faz com que as estações do ano sejam diferentes nos hemisférios norte e sul. Aproximadamente no dia 21 de junho tem início o verão no hemisfério norte e o inverno no hemisfério sul. Já perto do dia 21 de dezembro, a situação se inverte — começa o inverno no hemisfério norte e o verão no hemisfério sul. O início do verão no hemisfério norte marca o solstício de verão nesse hemisfério, momento em que os raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer; esse dia corresponde ao solstício de inverno no hemisfério sul. O início do verão no hemisfério sul marca o solstício de verão nesse hemisfério, momento em que os raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Capricórnio. É solstício de inverno no hemisfério norte. Próximo ao dia 21 de março tem início a primavera no hemis- fério norte e o outono no hemisfério sul, enquanto em torno de 23 de setembro começa o outono no hemisfério norte e a primavera no hemisfério sul. São os equinócios, momentos em que os dois hemisférios estão recebendo a mesma quanti- dade de energia solar. Nessas datas os raios solares atingem perpendicularmente a Terra, junto à linha do Equador. Os países adaptam os fusos horários teóricos às suas necessidades práticas. Fonte: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. p. 35 (com atualizações). As posições 1 e 3 da Terra correspondem aos equinócios; as posições 2 e 4, aos solstícios. Fonte: Investigando a Terra. São Paulo: McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 1980. v. 1. p. 96. Movimento de translação e as estações do ano Fusos horários Outro movimento importante realizado pela Terra é o de rotação, caracterizado pelo giro do planeta ao redor de seu próprio eixo, de oeste para leste. Com duração aproximada de 24 horas, é responsável pelos dias e pelas noites. Ao se dividir o planeta em 24 fusos, a cada 15o de longitude ocorre a variação de 1 hora entre as localidades da Terra. O meridiano de Greenwich, que passa por Londres, é usado como referência para o cálculo dos diferentes horários existentes no planeta. A Terra e suas representações Os mapas são formas gráficaspor meio das quais se repre- sentam elementos que compõem a paisagem geográfica. Para isso são utilizados símbolos, que localizam no espaço aspectos físicos, sociais e econômicos. Eles traduzem a visão de mundo de determinada época. Os mapas topográficos representam a posição altimétrica e planimétrica de elementos do espaço geográfico. Os mapas temáticos representam informações sobre um determinado fenômeno geográfico, quer sejam naturais (clima, vegetação, por exemplo), sociais (analfabetismo, guerras civis etc.) ou econômicos (indústrias, produção agrícola, entre outros). Os mapas são representações com forte caráter ideológico. Podem omitir informações consideradas confidenciais e são instrumentos de poder, uma vez que subsidiam ações militares, divisões de territórios e até políticas públicas de desenvolvimento econômico. 3.700 km GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 14 10/18/10 10:10:25 AM 15PLANETA TERRA E SUAS REPRESENTAçÕES CARTOGRÁFICAS 15 14 13 12 11 ITAPEMA Balsa Fazenda Palmeira Igreja Santo Benedito Instituto do Açúcar e do Alcool Porto de areia Clube de Pesca Campo Náutica Freguesia da Escada Olaria R IO PA R A ÍB A 600 600 600 600 600 700 700 700 70 0 574 579 x 600 600 600 600 600 700 700 700 70 0 574 579 x A B A B Estrada Via férrea Curso de água Cota altimétrica700 OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO 60º 0º 0º 30º 30º 30º 30º 90º 60º 60º 60º90º 90º120º150º180º 90º 120º 150º 180º Brasília Dacar Argel Madri Reykjavlk Berlim Moscou Cairo Paris Londres Bucareste Teerã Riad Astana Nova Délhi Pequim Seul Tóquio Hong Kong Manila Jacarta Melbourne Sidnei Is. Fiji Trípoli Niamei Luanda Cidade do Cabo Maputo Nairóbi Adis Abeba Is. Maldivas Cabo Verde Is. Canárias Is. Madeira Açores Georgetown Bogotá Los Angeles Cidade do México Vancouver Ottawa Washington Nova York Lima Buenos Aires Is. Falkland (Malvinas) Is. Galápagos Is. Havaí Is. Aleutas Is. PitcalrnIs. Tonga –12 –11–10 –9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10+11+12 0º Aumento da área florestada (%) Desmatamento (%) mais de 2,5 de 1,0 a 2,5 menos de 1,0 menos de 0,5 de 0,5 a 1,0 de 1,1 a 2,0 mais de 2,0 Área total de florestas (mil km2) 8.100 5.000 3.000 1.000 200 CANADÁ ESTADOS UNIDOS BRASIL RDC RÚSSIA CHINA INDONÉSIA AUSTRÁLIA Horário universal de Greenwich Horário fracionado Linha de mudança de data Fonte: Carta do Brasil. Folha SF-23-Y-D-I-4. Rio de Janeiro: IBGE, 1969. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 25. Escalas e coordenadas geográficas Todo mapa representa uma redução dos elementos pre- sentes no espaço geográfico no papel. O valor numérico que expressa essa redução é a escala. As escalas pequenas mostram áreas muito extensas, com pequeno grau de detalhamento. As escalas grandes mostram áreas pequenas, com grande detalhamento. Assim, uma planta arquitetônica trará mais detalhes do que uma carta topográ- fica e esta, mais detalhes do que um planisfério. As escalas podem ser numéricas, quando a proporção é indicada por meio de uma fração, ou gráficas, quando a relação é explicitada mediante linha graduada. O sistema de coordenadas geográficas permite localizar um ponto na superfície da Terra a partir da latitude e da longitude. A latitude é calculada a partir dos paralelos — linhas que vão do Equador (0o) aos polos (90o). A longitude é calculada a partir dos meridianos — linhas situadas entre o semicírculo do meridiano de Greenwich e o meridiano oposto, localizado do outro lado da Terra (180o). Hoje existe um sistema preciso de localização conhecido como GPS (Global Positioning System). A partir das informa- ções de uma rede de satélites, o aparelho receptor calcula com grande precisão latitudes, longitudes e altitudes, o que permite a localização de estradas, avenidas, rios e até mesmo de objetos, parados ou em movimento. Projeções cartográficas As projeções cartográficas permitem que a Terra seja representada em um plano. Entretanto, distorcem a su- perfície a ser representada. As projeções conformes mantêm a forma dos locais re- presentados, mas distorcem suas áreas. O exemplo mais famoso é a projeção de Mercator. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 12. Nas projeções equivalentes, as áreas não são alteradas, mas as formas da superfície terrestre sofrem distor- ções. A projeção de Peters enquadra-se nesse tipo. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 12. As projeções azimutais apresentam a Terra como se estivesse sendo vista a distância. Não preservam nem área nem forma, mas revelam as direções exatas de todos os pontos do globo, tendo o ponto central do mapa como referência. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 12. Guararema (SP) Desmatamento e florestamento Planisfério de Mercator Planisfério de Peters 780 m Plano tangente ao polo Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos retos irradiam-se do polo. Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br Texto: A tecnologia a serviço da guerra. 4.420 km GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 15 10/15/10 2:04:10 PM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 16 Suplemento de revisão GEOGRAFIA No Vestibular R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Planeta Terra e suas representações cartográficas 1. (PUC-RJ) Cuidado com o que se lê na internet!!!! “Que espetáculo! Foto do amanhecer na Europa e na Áfri- ca, num dia sem nuvens, vista de um satélite em órbita. Ob- servem como as luzes ainda estão acesas em Paris e Barcelo- na e, no entanto, em Londres, Lisboa e Madri é dia claro.” Global (GPS) fornece de imediato as coordenadas que buscamos. O GPS também tem sido usado, cada vez com maior frequência, para diversas outras finalidades. a) Quais são os pontos de referência usados pelo GPS em substituição ao Sol e às estrelas? b) Apresente um exemplo de uso do GPS no mundo atual. 3. (UFU-MG) No final do século XX e início do século XXI, vi- venciamos grandes transformações técnicas e científicas; aliadas a elas adquirimos grande rapidez na transmissão de informações, facilmente evidenciada nos procedimen- tos de aquisição e manipulação de dados. A cartografia, que sempre contribuiu para uma maior vi sua lização das distribuições dos fenômenos geográficos, também vem se utilizando destas novas tecnologias. Os dados obtidos pelos satélites da série LANDSAT, SPOT, CBERS, IKONOS, GOES, METEOSAT vêm sendo muito utilizados por pro- fissionais das mais diferentes áreas, especialmente por geógrafos. Cite cinco aplicações dos satélites mencionados. Com base na leitura do texto e na observação da imagem de satélite, IDENTIFIQUE E EXPLIQUE um erro relacionado à variação na luminosidade do planeta, utilizando seus conhecimentos acerca dos movimentos da Terra. 2. (UFRJ) A percepção de que a localização de um ponto qualquer à superfície poderia ser indicada a partir de um sistema de coordenadas geográficas representou grande avanço para a humanidade. Desde então, o Sol e outras estrelas foram usados como pontos de referência para a determinação das coordenadas de um lugar. Atualmente, o aparelho conhecido como Sistema de Posicionamento Fonte: texto e imagem adaptados de mensagem anônima enviada pela internet. TH E LI VI N G E A R TH , V IA N A SA ’S E A R TH O B SE R VA TO R Y O GPS determina as coordenadas geográficas de um local por meio de uma rede de satélitesde órbita polar, que substituem o Sol e as estrelas na determinação de coordenadas geográficas. O aparelho pode indicar com precisão a localização de pontos fixos no espaço, além de objetos em movimento, o que permite acompanhar rotas, direções e velocidades. Atualmente ele é usado até mesmo nas cidades, para a localização de um endereço. O GPS pode ter tanto uso civil quanto militar. O texto traz uma interpretação equivocada da foto de satélite. A foto mostra o anoitecer na Europa e na África, e não o amanhecer. O movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo imaginário se dá no sentido oeste-leste e, assim, nos países situados a leste amanhece antes do que naqueles situados a oeste. Ao anoitecer, a ordem é a mesma, de leste para oeste. Seguindo-se essa lógica, a foto do satélite mostra o anoitecer tanto na Europa quanto na África. Esses satélites podem ser utilizados na fiscalização de áreas estratégicas, em previsões meteorológicas, em mapeamentos, no levantamento de recursos minerais e na análise de problemas ambientais. GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 16 10/15/10 2:04:12 PM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17Planeta Terra e suas representações cartográficas NO VESTIBULAR 4. (UFRN) Os mapas a seguir expressam a visão de mundo de quem os construiu, possibilitando uma leitura ideológica. Observe atentamente os mapas e explique duas das di- ferenças que essas projeções apresentam. 5. (UFPR) Na(s) questão(ões) a seguir leia, analise as afirma- tivas e dê a soma dos itens corretos. “Como um solitário no meio do deserto que vê ao longe a si- lhueta das dunas projetadas no horizonte azul, o planeta Terra é o centro imaginário da esfera celeste, de onde se vislumbram dese- nhos sobre o fundo escuro do céu pontilhado de estrelas. Vistos da Terra, o Sol, a Lua e os planetas movem-se em relação a esse fundo estrelado...” Programação do Planetário da UFRGS Com base nos conhecimentos sobre a Terra no espaço, é correto afirmar: (01) O sistema Terra-Lua executa em torno do Sol os movimentos de rotação e de nutação em 365 dias e 5 horas. (02) Nos solstícios, devido à inclinação do eixo da Terra, os dois hemisférios recebem quantidades iguais de calor. (04) Denomina-se equinócio o instante em que o Sol, aparentemente, atravessa a eclíptica, determinando dias iguais às noites, durante o verão. (08) A localização dos astros na esfera celeste modifica- -se ao longo dos séculos pela precessão dos equi- nócios. (16) O Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio mar- cam os limites do caminho aparente do Sol na esfera celeste. Soma: _______________ 6. (Enem-MEC) “Casa que não entra sol, entra médico.” Esse antigo ditado reforça a importância de, ao construirmos casas, darmos orientações adequadas aos dormitórios, de forma a garantir o máximo conforto térmico e salubridade. Assim, confrontando casas construídas em Lisboa (ao norte do Trópico de Câncer) e em Curitiba (ao sul do Trópico de Capricórnio), para garantir a necessária luz do sol, as janelas dos quartos não devem estar voltadas, respectivamente, para os pontos cardeais: a) norte/sul b) sul/norte c) leste/oeste d) oeste/leste e) oeste/oeste 7. (Furg-RS) As coordenadas geográficas, designadas pelos pares de elementos denominados de latitude e longitude, permitem determinar as posições de pontos na superfície terrestre, onde: I. a latitude é o arco de equador entre o meridiano de Greenwich e o meridiano do lugar; II. a longitude é o arco de equador ou de paralelo entre o meridiano de um lugar e o meridiano de Greenwich; III. a latitude é altura de um ponto em relação ao nível médio do mar; IV. a latitude é o arco de um meridiano entre o equador e o paralelo de um lugar; V. a longitude é a distância entre dois lugares. a) são corretas as afirmativas I e II. b) são corretas as afirmativas II e III. c) são corretas as afirmativas I e III. d) são corretas as afirmativas II e IV. e) são corretas as afirmativas IV e V. 8. (UFPB) Sobre o movimento de translação da Terra, é FALSO afirmar: a) As estações do ano ocorrem em função do movimento de translação e da inclinação de 23o27’ do eixo da Terra em relação ao Sol. Planisfério de Mercator Planisfério de Peters 08 + 16 = 24 A projeção de Mercator faz uma representação precisa das formas dos continentes, mas altera suas áreas, colocando os países desenvolvidos em evidência. A projeção de Peters mantém o ângulo e altera a forma dos continentes, mas os países representados têm conservadas a proporção de sua área e a posição. GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 17 10/15/10 2:04:13 PM 18 Suplemento de revisão GEOGRAFIA R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO ATLÂNTICO 60o 180o América do Norte América do Sul Europa Ásia A D África Oceania Antártida 140o 100o 60o 60o 20o 0o 20o 0o 20o 80o 80o 20o 0o 20o 60o 100o 140o 180o 180o 140o 100o 60o 20o 0o 20o 60o 100o 140o 180o 40oN 60o 60o 40oS 40oS 20o 80o 80o 40oN C B b) O eixo de inclinação da Terra estabelece linhas imagi- nárias, denominadas Trópico de Câncer, no hemisfério sul, e Trópico de Capricórnio, no hemisfério norte. c) Equinócio significa dias e noites iguais e ocorre em março e setembro, determinando, respectivamente, a primavera e o outono no hemisfério norte. d) Solstício significa dias e noites extremamente desiguais e ocorre em junho e dezembro, determinando, respecti- vamente, o inverno e o verão no hemisfério sul. e) A zona situada próximo ao Equador quase não apre- senta diferenças na inclinação dos raios solares. 9. (UFRS) Para cada tipo de representação existe uma escala numérica apropriada. Assim, os mapas podem ser divi- didos em três categorias básicas: escala grande, média e pequena. Associe as escalas numéricas mais apropriadas para as finalidades dos mapas. 1. Mapas topográficos 2. Plantas urbanas 3. Planisférios 4. Plantas arquitetônicas ( ) 1: 50 a 1: 100 ( ) 1: 25.000 a 1: 250.000 ( ) 1: 500 a 1: 20.000 A sequência numérica correta, das preenchidas com os números referentes às mesmas, é: a) 4 – 3 – 1 b) 4 – 1 – 2 c) 2 – 3 – 4 d) 4 – 2 – 1 e) 3 – 1 – 4 10. (UFMT) Em junho de 2008, passou a vigorar no Brasil nova distribuição de fusos horários. Sobre o assunto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) A diferença entre o horário de Brasília e os dos esta- dos do Acre e do Amazonas foi reduzida. ( ) A mudança no fuso horário contribuiu para o pro- cesso de integração nacional favorecido pelas tec- nologias da informação, especialmente em relação ao Acre. ( ) A mudança do fuso horário brasileiro também aten- deu à solicitação das emissoras de televisão, depois que o Estado determinou a exibição dos programas em horários de acordo com a classificação indicativa por faixa etária. ( ) Essas modificações auxiliam o trabalho dos meteo- rologistas, que deixam de ficar sob o comando do horário Zulu (Z) e passam a fazer as medições me- teorológicas tendo o horário universal do meridiano de Greenwich, na Inglaterra, como referência. Assinale a sequência correta. a) V, V, V, F b) V, V, F, F c) V, F, F, V d) F, V, V, F e) F, F, F, V 11. (Uerj) “Se uma imagem vale mais do que mil palavras, um mapa pode valer um milhão − mas cuidado. Todos os mapas distorcem a rea- lidade. (...) Todos oscartógrafos procuram retratar o complexo mundo tridimensional em uma folha de papel ou em uma televi- são ou tela de vídeo. Em resumo, o autor avisa, todos os mapas precisam contar mentirinhas.” MARK MONMONIER Traduzido de How to lie with maps. Chicago/London: The University of Chicago Press, 1996. Observe o planisfério acima, considerando as ressalvas presentes no texto. Para deslocar-se sequencialmente, sem interrupções, pe- los pontos A, B, C e D, percorrendo a menor distância física possível em rotas por via aérea, as direções aproximadas a serem seguidas seriam: a) Leste − Norte − Oeste b) Oeste − Norte − Leste c) Leste − Noroeste − Leste d) Oeste − Noroeste − Oeste 12. (UFPR) Existem distintas maneiras de representar a Terra, tais como os mapas, que sempre apresentam distorções, tendo em vista que se procura reproduzir uma esfera em um plano através de projeções que se diferenciam na dependência das características do trecho da superfície terrestre que se quer representar. Em um texto de 3 a 5 linhas, caracterize uma projeção cartográfica. 13. (Enem-MEC) Existem diferentes formas de representação plana da superfície da Terra (planisfério). Os planisférios de Mercator e de Peters são atualmente os mais utilizados. 4.230 kmFonte: <www.nationalgeographic.com>. As projeções cartográficas permitem representar a superfície da Terra, que é esférica, em um plano − o mapa. Para atingir esse objetivo ocorrem distorções na área ou na forma das superfícies mapeadas. GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 18 10/15/10 2:04:13 PM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Planeta Terra e suas representações cartográficas NO VESTIBULAR a) c) d) e) b) O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L O L 0º 1º 2º 3º 20º 21º A B 22º 23º 14. (UFMA) A figura abaixo representa uma rede geográfica de uma determinada área da superfície terrestre. Quais as coordenadas geográficas das cidades A e B, respecti- vamente? Planisfério de Mercator Planisfério de Peters Apesar de usarem projeções, respectivamente, conforme e equivalente, ambos utilizam como base da projeção o modelo: a) 20o30’ de longitude leste; 2o 00’ de latitude sul e 22o 00’ de longitude leste; 0o 30’ de latitude sul. b) 20o 30’ de latitude oeste; 2o 00’ de longitude sul e 22o 00’ de latitude oeste; 0o 30’ de longitude sul. c) 20o 30’ de longitude leste; 2o 00’ de latitude norte e 22o 00’ de longitude leste; 0o 30’ de latitude norte. d) 20o 30’ de longitude oeste; 2o 00’ de latitude norte e 22o 00’ de longitude oeste; 0o 30’ de latitude norte. e) 20o 30’ de latitude leste; 2o 00’ de longitude norte e 22o 30’ de latitude leste; 0o 30’ de longitude norte. GeoPlus Supl_Rev. Temas 01a04 (P08a31)_4.indd 19 10/15/10 2:04:16 PM 20 Suplemento de revisão GEOGRAFIA R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Regionalizar um território significa criar uma divisão do espaço agrupando áreas com características semelhantes. É possível criar essa divisão a partir de diferentes critérios. A regionalização oficial de nosso país foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Região e regionalização do Brasil Rio Negro R io X in gu R io Tocantins Rio Paraguai R io Ja vari Rio Japurá Rio Napo R io Pu rus Rio M am oré R io P ar na íba Rio Ibicuí Rio Am azonas R io M ade ira Ri o Pa ra ná R io S ão F ra n ci sc o Rio Guaporé R io O ia po qu e Ri o U ru gu ai Rio J uru á Rio Para ná GUIANA FRANCESA SURINAME GUIANAVENEZUELA COLÔMBIA PERU BOLÍVIA PARAGUAI URUGUAI RORAIMA AMAPÁ AMAZONAS PARÁ MARANHÃO RIO GRANDE DO NORTE CEARÁ PIAUÍ PARAÍBA PERNAMBUCO ALAGOAS TOCANTINS ACRE SERGIPERONDÔNIA MATO GROSSO MINAS GERAIS GOIÁS DF MATO GROSSO DO SUL ESPÍRITO SANTO RIO DE JANEIRO SÃO PAULO PARANÁ SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL BAHIA 1895 1872 1903 1907 1904 1900 1828 1872 OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO EQUADOR Tratado de Tordesilhas (1494) Período colonial Tratado de Madri (1750) Períodos imperial e republicano Aquisições por arbitramento Aquisições por acordo bilateral Território transferido à Bolívia Limite atual dos estados A formação do território O Tratado de Tordesilhas garantia a Portugal cerca de 2,5 milhões de km2 das terras descobertas na América. A expansão territorial da América portuguesa ocorreu em decorrência de diferentes atividades econômicas que garantiram o avanço sobre as terras situadas a oeste do Tratado de Tordesilhas. Apesar de a ocupação ter se iniciado no litoral, com a extração de pau-brasil e posteriormente o cultivo da cana- -de-açúcar, que manteve por um bom tempo esse vínculo com a área costeira, já no século XVII os portugueses iniciaram incursões pelo vale amazônico, avançando para o interior. A atividade mineradora exerceu importante papel na ex- pansão do território. As expedições desbravadoras dos bandeirantes para o interior e a própria necessidade de abastecer com alimentos a região aurífera desempenha- ram papel fundamental na criação de uma articulação econômica entre áreas geograficamente distantes, como o Sul e o Nordeste, com Minas Gerais. Fonte: Atlas nacional do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p. I-3. No século XVIII, os portugueses conquistaram definitiva- mente a Amazônia e terras localizadas no atual Centro- -Oeste e parte do Sul, por meio do Tratado de Madri. No século XIX, a exploração do látex na Amazônia impul- sionou o Brasil a adquirir o Acre da Bolívia, fato que se concretizou apenas em 1903. Surgia assim um país de dimensões continentais, com 8.514.876 km2. A regionalização do Brasil Desde o século XIX, inúmeros teóricos têm proposto divi- sões do território brasileiro em regiões. Em 1938, o governo federal criou o IBGE, com o objetivo de fazer desse órgão o responsável por um minucioso levantamento de dados estatísticos acerca do Brasil e de seus habitantes. A ideia era conhecer e mapear melhor este país extenso, com uma população mal distribuída. Além da coor denação da produção de dados relacionados à cartografia e ao meio ambiente do território nacional, o IBGE, por meio dos censos demográficos, realiza pe- Brasil: expansão das fronteiras – séculos XV a XX riodicamente o levantamento estatístico de informações socioeconômicas. Tais pesquisas servem de subsídios para que órgãos das esferas governamentais federal, estaduais e municipais possam planejar e implementar políticas públi- cas em saúde, educação, saneamento, habitação etc. mais adequadas a cada rea lidade regional. Em 1942, o IBGE publicou a primeira divi- são regional oficial do país. Estabeleceu como critérios os aspectos naturais do território, considerando as característi- cas do relevo, do clima e da vegetação dos estados. O país foi agrupado em cin- co regiões: Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro-Oeste. Na década de 1970, o IBGE estabeleceu uma nova divisão baseada em critérios físicos, econômicos e sociais, muito se- melhante à atual. O país foi organizado em cinco macrorre giões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na regionalização proposta em 1980, o Centro-Oeste ganhou mais um estado; com o desmembramento do Mato Grosso surgia o Mato Grosso do Sul. Em 1988, foi a vez de a Região Norte ganhar o estado do
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